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Certificação em

Sustentabilidade Ambiental

MANUAL
DE PROCEDIMENTOS
versão 1.10

Secretaria Municipal de Meio Ambiente | Belo Horizonte | 2012


PROGRAMA de CERTIFICAÇÃO
em SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Versão 1.10

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

BELO HORIZONTE | 2012


Prefeito Municipal Apoio Técnico e Administrativo
Marcio Araujo de Lacerda Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Secretaria Municipal de Meio ambiente - SMMA Saulo Henrique Ataíde – Chefe de Gabinete
Vasco de Oliveira Araújo Adriana Gelape dos Santos - Gerente Administrativo
Assessoria de Comunicação Social do Município - ASCOM Marildo Rezende Silva – Gerente Financeiro
Regis Augusto Souto Liliane Ferreira Santos – Gerente de Normatização e Análise
Carlos Alberto dos Santos Técnico Processual
Secretaria Municipal Adjunta de Modernização - SMAM Ricardo Márcio Camargos – Gerente de Comunicação
Lídia Maria de Carvalho Otoni Vasconcelos Daniel de Paiva Morais – Assessor
Empresa de Informática e Informação do Município de Belo
Horizonte S.A - PRODABEL Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência
Paulo de Moura Ramos Anna Maria Louzada Drummond – Gerente de Informação e
Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo FIFA 2014 Acompanhamento Técnico
Flávia Rodrigues Rohlfs Letícia Maria Resende Epaminondas
Junia Márcia Bueno Neves
Equipe Técnica
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo FIFA 2014
Weber Coutinho – Gerente de Planejamento e Monitoramento Marianna Amarante Andrade – Gerente
Ambiental Alessandra Meneses de Oliveira Santos – Assessora
Sônia Mara Miranda Knauer – Gerente de Recursos Hídricos
Cyleno Reis Guimarães – Gerente de Sistemas de Informações Assessoria de Comunicação Social do Município - ASCOM
Ambientais Janine Campelo Marttelleto – Chefe de Gabinete
Maurício Barbosa Gonçalves Júnior – Gerente de Suporte Maria da Conceição Baêta da Costa – Gerente de Publicidade e
Tecnológico Propaganda
José Geraldo de Araujo – Gerente de Produção Visual
Cássio Soares Martins – Engenheiro Agrônomo
Silmara Machado Teixeira – Assistente Social
Apoio Operacional
Wagner Guadagnin Morávia – Engenheiro Civil
Secretaria Municipal Adjunta de Modernização - SMAM
Rodrigo Rocha de Assis – Auxiliar Administrativo
Fernando Antonio Mourão Januzzi – Gerente de Controle da
Daniela Araújo Moura – Estagiária Engenharia Ambiental
Qualidade do Atendimento ao Cidadão
Soraya Lima da Cruz – Gerente da Central de Relacionamento
Empresa de Informática e Informação do Município de Belo
Telefônico
Horizonte S.A. - PRODABEL
Sônia Marlene Faria de Matos – Gerência de Gestão de
Thelma Palhares – Gerente de Relacionamento
Informações e Sistemas de Relacionamento com o Cidadão
Tânia Regina Pimentel – Assessoria de Planejamento e Projetos
Juliano Ribeiro Pimenta – Gerente da Central de Atendimento
– APP-PB
Presencial – BH Resolve
Luiz Fernando Azeredo Cardoso – Superintendente de Projetos
de Sistemas – SPS-PB
Renato Tobias – Analista de Sistemas – SPS-PB
APRESENTAÇÃO

O lançamento do Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental de Belo Horizonte é


um marco importante na implementação da política municipal de meio ambiente, especialmente na
política de combate às mudanças climáticas, uma prioridade mundial, tendo em vista os impactos
devastadores já observados na natureza.

As discussões sobre a política de sustentabilidade ambiental e de mudanças climáticas no


município de Belo Horizonte iniciaram-se em 2006 com a instituição do Comitê Municipal sobre
Mudanças Climáticas e Ecoeficiência – CMMCE, que congrega representantes de diversos órgãos da
Administração Municipal e Estadual, da Câmara Municipal de Vereadores, dos setores produtivos da
iniciativa privada, de universidades e de organizações não governamentais.

Das reuniões do CMMCE surgiram várias iniciativas de políticas públicas na área da


sustentabilidade, como a produção do Manual da Política da Construção Sustentável, elaborado em
conjunto com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade – e a inclusão da meta de redução de
20% dos gases de efeito estufa no Planejamento Estratégico de Belo Horizonte para o ano de 2030,
culminando com a instituição da Certificação em Sustentabilidade Ambiental.

O Programa de Certificação é uma iniciativa inédita de política pública de governos locais, com
a criação de um Selo próprio municipal, agraciando aqueles que contribuírem em seus
empreendimentos para a redução dos consumos de água e de energia, para a redução e reciclagem
dos resíduos sólidos, bem como para a redução direta das emissões de gases de efeito estufa.

Sabemos dos desafios que temos pela frente para implementar uma política desse nível, que
depende da aceitação da sociedade e da credibilidade do processo, mas temos a certeza de que não
faltarão esforços do governo e dos técnicos da PBH para fazer cumprir as metas e os objetivos
esperados com este programa.

O Manual ora apresentado, juntamente com o Programa de Simulação disponibilizado via WEB,
constitui ferramenta importante para informar e orientar os interessados sobre os procedimentos
necessários para a elaboração de suas propostas e para a solicitação da certificação.

Estabelece-se, com essa política, uma nova forma de gestão do meio ambiente urbano,
propositiva e inovadora, incentivando a implantação de empreendimentos ambientalmente
sustentáveis, introduzindo, definitivamente, a construção sustentável na cidade de Belo Horizonte.

Vasco de Oliveira Araujo


Secretário Municipal de Meio Ambiente

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................5
2. APRESENTAÇÃO DO MANUAL .........................................................................................................6
3. ORIENTAÇÕES BÁSICAS ...................................................................................................................7
3.1 Principais etapas do programa .........................................................................................7
3.2 Pré-requisitos para participar do programa .....................................................................9
4. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS (ETAPA 1)..........................................................................10
4.1 Procedimentos iniciais....................................................................................................10
4.1.1 Solicitações de informações gerais do Programa ...........................................10
4.1.2 Avaliação das premissas do Programa ...........................................................10
5. REALIZAÇÃO DO CADASTRO ..........................................................................................................11
6. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS (ETAPA 2) ........................................................................................14
6.1 Realizações de simulações no Sistema ...........................................................................14
6.1.1 Dimensão Água ...............................................................................................16
6.1.2 Dimensão Energia ...........................................................................................24
6.1.3 Dimensão Emissões Diretas de GEEs ..............................................................30
6.1.4 Dimensão Resíduos Sólidos ............................................................................34
7. ELABORAÇÃO DA PROPOSTA (ETAPA 2)........................................................................................41
8. ENCAMINHAMENTO DA PROPOSTA (ETAPA 3).............................................................................43
9. AVALIAÇÃO DO RESULTADO DA PROPOSTA (ETAPA 4) ................................................................44
10. IMPLANTAÇÃO DOS MECANISMOS INDICADOS NA PROPOSTA (ETAPA 5) ................................45
11. REALIZAÇÃO DE AUDITORIA DE CONFORMIDADE E CERTIFICAÇÃO (ETAPA 6) ..........................46
12. MONITORAMENTO DO DESEMPENHO DA TECNOLOGIA ADOTADA (ETAPA 7) .........................47
13. REALIZAÇÃO DE AUDITORIA DE PERFORMANCE E MANUTENÇÃO DO SELO (ETAPA 8).............48
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................................49
15. ANEXOS .......................................................................................................................................50

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1) Introdução
O Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental traduz uma política pública de
iniciativa da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, de reconhecimento e comprovação concedidos a
empreendimentos públicos e privados, condomínios residenciais e comerciais e/ou industriais que
adotarem medidas que contribuam para a redução do consumo de água, energia, de emissões diretas
de gases de efeito estufa e para a redução/reciclagem de resíduos sólidos.

A adesão ao Programa é feita de forma voluntária e consensual e sua implementação é de


responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com apoio do Comitê Executivo Municipal
da Copa 2014 e do Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência.

Os empreendimentos certificados receberão o selo na modalidade Ouro, Prata ou Bronze, de


acordo com a abrangência do projeto e com os resultados alcançados pelas medidas de eficiência e
gestão adotadas. Também será concedido um Certificado de Boas Práticas Ambientais para aqueles
empreendimentos que adotarem medidas de sustentabilidade, mas não alcançarem os índices mínimos
estabelecidos para certificação, em cada área temática. A base legal da certificação é a Deliberação
Normativa nº 66/2009 do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM que estabeleceu medidas
de sustentabilidade e de combate às mudanças climáticas.

O objetivo geral do programa é reduzir as emissões dos gases de efeito estufa no município, de
modo a atingir as metas estabelecidas no Planejamento Estratégico da PBH para 2030, de redução de
20% dessas emissões.

O Programa tem também como objetivo estimular a política da construção sustentável na cidade,
bem como reduzir os impactos ambientais desses empreendimentos através da redução dos consumos
de água e energia, da gestão adequada de resíduos sólidos e da redução das emissões diretas de gases
efeito estufa (GEEs).

A adesão dos empreendimentos à certificação contribuirá significativamente para a melhoria das


condições ambientais da cidade, especialmente no que se refere ao bem estar da sociedade, à
sustentabilidade dos recursos naturais e à qualidade do ar.

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2) Apresentação do Manual

O presente Manual foi elaborado com o objetivo de orientar os interessados em participar do


Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental, de forma prática, informando os requisitos
necessários para a elaboração dos projetos, o encaminhamento de propostas e a obtenção do Selo,
sintetizando, portanto, as informações sobre as etapas a serem cumpridas no processo de Certificação.

Nesse documento estão contidos os principais procedimentos técnicos e administrativos tais como:
regras, pré-requisitos, formas de condutas, documentos, prazos e esclarecimentos sobre a forma de
apresentação dos Projetos a serem submetidos para pleito ao Programa.

Esse Manual encontra-se estruturado de forma clara e objetiva, apresentando, na sua primeira
parte, o conteúdo básico do Programa e, na segunda parte, os procedimentos administrativos e os
requisitos técnicos para obtenção da certificação, bem como as instruções e anexos para a utilização do
Programa de Simulação de Avaliação de Sustentabilidade Ambiental.

Além das instruções contidas neste Manual, as informações gerais relativas aos objetivos,
funcionamento e indicadores do Programa de Certificação estão disponibilizadas aos interessados nos
seguintes meios:

• BH Resolve da Prefeitura de Belo Horizonte, atendimento presencial à Av. Santos


Dumont 363, Centro;

• Telefone 156;

• Internet no sítio www.pbh.gov.br, nos links >Portal de Informações e Serviços da


Prefeitura de Belo Horizonte >Meio Ambiente;

• Internet, no sítio da Certificação, http://cesa.pbh.gov.br;

• Secretaria Municipal de Meio Ambiente – telefone: 3277-9521.

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3) Orientações Básicas

3.1) Principais Etapas do Programa


O empreendedor participante do Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental
receberá uma das três modalidades do Selo: Ouro, Prata ou Bronze, conforme o número de dimensões
contempladas em sua proposta (água, energia, gases de efeito estufa (GEEs), ou resíduos sólidos), se
três, duas ou uma, respectivamente.

Para auxiliar a elaboração de seu projeto, o empreendedor poderá realizar simulações através do
Sistema de Avaliação de Sustentabilidade Ambiental disponibilizado pela Secretaria do Meio Ambiente.
Nele, serão consideradas as práticas ambientais e a eficiência dos equipamentos/mecanismos já
adotados ou a serem adotados no empreendimento.

Após o cadastramento no Programa e a realização da simulação, o empreendedor deverá


apresentar à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em reunião pré-agendada com os técnicos da
Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental (GPLA), a sua Proposta de Sustentabilidade no
formato de um Projeto Básico, assinada por um Responsável Técnico, com atribuições específicas para
o objeto em questão, acompanhada da documentação necessária. Essa Proposta deverá contemplar o
detalhamento técnico das medidas a serem adotadas, bem como das eficiências esperadas com os
dispositivos especificados.

A proposta de sustentabilidade será analisada pelos técnicos da Gerência de Planejamento e


Monitoramento Ambiental e, se aprovada, o empreendedor receberá um Parecer Técnico, que
concluirá pela viabilidade ou não de certificação do empreendimento, condicionada à implantação de
todas as práticas/mecanismos/equipamentos/dispositivos ali previstos.

Após a implantação dos mecanismos/equipamentos/dispositivos propostos e a realização da


Auditoria de Conformidade, o empreendedor receberá um Atestado de Certificação e o respectivo Selo
Ambiental para o empreendimento.

A partir de então, o empreendedor deverá monitorar o desempenho do empreendimento e


registrar as informações a respeito das tecnologias adotadas, durante o período de 1 (um)ano, quando
será realizada a Auditoria de Performance.

Após a Auditoria de Performance, o empreendimento manterá o Certificado de Sustentabilidade


Ambiental, caso os resultados de eficiência com as tecnologias adotadas em sua proposta atinjam os
índices pré-estabelecidos para cada dimensão.

Ainda que os resultados da sua Proposta de Sustentabilidade não atinjam a pontuação mínima
necessária à obtenção dos Selos Ouro, Prata e Bronze, o empreendedor poderá receber o “Certificado
de Boas Práticas Ambientais”, caso os índices de eficiência das dimensões apresentados no seu projeto
fiquem dentro de faixas estabelecidas para esta certificação.

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As normas de procedimento para apresentação da proposta, a Auditoria de Conformidade da
implantação, o monitoramento de desempenho e a Auditoria de Performance estão detalhados neste
Manual.

Apresenta-se a seguir o fluxograma das principais etapas do Programa.

PRINCIPAIS ETAPAS DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO EM SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

PBH/Empreendedor Empreendedor
Empreendedor SMMA/PBH
PROCEDIMENTOS REALIZAÇÃO de
ADMINISTRATIVOS: SIMULAÇÕES de
AVALIAÇÃO de ENCAMINHA-- AVALIAÇÃO/
RECEBIMENTO de SUSTENTABI- MENTO da RESULTADO da
1
INFORMAÇÕES LIDADE AMBIENTAL PROPOSTA PROPOSTA e
GERAIS DO
PARA A EMISSÃO DO
PROGRAMA ELABORAÇÃO DA
SMMA/GPLA PARECER TÉCNICO
PROPOSTA
REALIZAÇÃO de (4)
CADASTRO do (3)
EMPRENDIMENTO

(1) (2)

Auditor/PBH
Empreendedor
Empreendedor Auditor/PBH REALIZAÇÃO de AUDITORIA
MONITORAMENTO
de PERFORMANCE do
REALIZAÇÃO de do DESEMPENHO
IMPLANTAÇÃO EMPREENDIMENTO
AUDITORIA de das TECNOLOGIAS
dos CONFORMIDADE/ ADOTADAS no MANUTENÇÃO do SELO
1 MECANISMOS CONCESSÃO do EMPREENDIMENTO CONCEDIDO ou CONCESSÃO
INDICADOS na SELO do CERTIFICADO de BOAS
PROPOSTA
PRÁTICAS

(5) (6)

(7)
(8)

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3.2) Pré-requisitos para participar do Programa
Estão habilitados a participar do Programa os empreendimentos públicos e privados, residenciais
multifamiliares, comerciais, industriais e de serviços, localizados no município de Belo Horizonte que
tenham “Alvará de Localização e Funcionamento”.

As edificações em fase de construção, residenciais multifamiliares e comerciais, em razão de não


disporem de Alvará de Localização e Funcionamento, poderão participar do Programa desde que
apresentem a “Certidão de Baixa e Habite-se” após o término das obras.

Os condomínios prediais existentes, residenciais ou comerciais, em razão de não possuírem Alvará


de Localização e Funcionamento, estarão habilitados a participar do Programa desde que apresentem a
“Certidão de Baixa e Habite-se” da construção.

Acrescente-se às condicionantes anteriores, para todos os tipos de empreendimentos, a não


existência de pendências relativas ao licenciamento e/ou fiscalização ambiental.

Em se tratando de consumo de água, quando o empreendimento for também abastecido com água
de poço artesiano, o empreendedor deverá apresentar o documento de Outorga emitido pelo IGAM –
Instituto Mineiro de Gestão de Águas.

Caso o uso da água proveniente do poço artesiano seja para abastecimento humano (potável), o
empreendedor deverá apresentar o documento de Controle de Qualidade da Água, em atendimento
ao Decreto do Ministério da Saúde nº 518/2004.

No caso de resíduos sólidos, o empreendedor deverá apresentar, junto com a proposta de


certificação, o Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos da atividade, incluindo-se neste, se
couber, as outras categorias de resíduos que não sejam urbanos (resíduos sólidos industriais, especiais,
etc.).

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4) Procedimentos administrativos (ETAPA 1)

4.1) Procedimentos iniciais

4.1.1) Solicitação de informações gerais do Programa


As informações gerais relativas aos objetivos, funcionamento e indicadores do Programa de
Certificação estão também disponibilizadas aos interessados nos seguintes meios:

- no BH Resolve da Prefeitura de Belo Horizonte, atendimento presencial à Av. Santos


Dumont 363, Centro;
- pelo telefone 156;
- através da Internet no sítio www.pbh.gov.br, nos links >Portal de Informações e
Serviços da Prefeitura de Belo Horizonte >Meio Ambiente;
- na Internet, no sítio da Certificação, http://cesa.pbh.gov.br

4.1.2) Avaliação das premissas do Programa


Para o esclarecimento de eventuais dúvidas sobre o Programa, os interessados poderão
solicitar à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, através do telefone 3277-9521, maiores informações
e orientações técnicas específicas e suficientes para subsidiar sua decisão de candidatar-se à
Certificação.

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5) Realização de Cadastro
Conhecidas as informações gerais e demais orientações técnicas, os interessados, que atendam os
pré-requisitos do item 3.2 e tenham intenção de participar do Programa, poderão cadastrar-se para
realizar simulações no Sistema de Avaliação de Sustentabilidade Ambiental.

Nele podem ser feitas as simulações quanto a utilização de equipamentos, dispositivos e a adoção
de práticas para cada dimensão selecionada no(s) seu(s) respectivo(s) projeto(s): água, energia,
emissões diretas de GEE e/ou resíduos sólidos.

Assim, será possível para o empreendedor avaliar de forma preliminar a concepção da sua
proposta: quantas e quais dimensões serão trabalhadas no seu empreendimento, bem como as
alternativas viáveis do ponto de vista técnico e econômico para o atendimento dos índices
estabelecidos para a certificação. De acordo com o regulamento do Programa, o projeto de cada
dimensão deverá atingir uma pontuação mínima para receber o Selo, conforme será detalhado nesse
Manual.

O cadastro pessoal para realização de simulações poderá ser feito:

- presencialmente no BH Resolve – Central de Atendimento Presencial da


Prefeitura de Belo Horizonte, à Av. Santos Dumont, 363
- pelo telefone 156;
- ou diretamente pelo interessado através da Internet: Portal da Prefeitura de
Belo Horizonte (www.pbh.gov.br)>Portal de Informações e Serviços > SacWeb
Atendimento ao Cidadão> Solicitar Serviços(clicar em “grupos de serviços” e escolher
a opção “meio ambiente”, clicar em “lista de serviços” e será disponibilizada a lista de
serviços na qual deverá ser selecionada a opção. A partir desta página, a orientação
para preenchimento dos dados de cadastramento e o caminho a percorrer estão
detalhados no Menu à esquerda da página em “Tutoriais”.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: ao preencher a página “Solicitar Serviço”, última do


sistema de Cadastro, há um campo aberto destinado ao detalhamento da solicitação.
O interessado deve acrescentar, nesse espaço, o CNPJ do empreendimento e os dados
do Alvará de Localização e Funcionamento. No caso de prédios em construção que
não dispõem de Alvará de Localização e Funcionamento, os empreendedores
fornecerão, neste campo, os dados do Alvará de Construção. Os condomínios, prediais
ou comerciais, que não dispõem de Alvará de Funcionamento, fornecerão os dados da
Certidão de Baixa e Habite-se.

As cópias do Alvará de Localização e Funcionamento e da Certidão de Baixa e Habite-


se deverão ser encaminhadas posteriormente juntamente com a proposta, caso o
empreendedor continue o processo de Certificação.

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FLUXOGRAMA : PROCEDIMENTOS INICIAIS DO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

SMMA
EMPREENDEDOR PREFEITURA SACWEB
FONE 156

INICIO

SOLICITAR FORNECER
INFORMAÇÕES INFORMAÇÕES

FORNECER
DESEJA SIM INFORMAÇÕES
AGENDAR
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
REUNIÃO NA
DETALHADAS? SOBRE AS
SMMA/GPLA
PREMISSAS

NÃO

SOLICITAR O
CADASTRO

VERIFICAR AS
PENDENCIAS DE
REALIZAR
CADASTRO
CADASTRO

ENVIAR AO
EMPREENDEDOR SENHA DE
ACESSO AO SISTEMA DE
AVALIAÇÃO DE
SUSTENTABILIDADE E
RECEBER SENHA DE ACESSO AO RELAÇÃO DE PENDÊNCIAS
PROGRAMA E RELAÇÃO DE
PENDÊNCIAS

REALIZAR A SIMULAÇÃO OFICIAL Página | 12


Feita a solicitação de cadastro no Programa, o empreendedor receberá automaticamente o
número de protocolo do pedido. No prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, o empreendedor receberá
o login e a senha para realização de simulações no Sistema de Avaliação de Sustentabilidade Ambiental,
bem como as pendências, se houver, em relação aos dados fornecidos.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: As pendências deverão ser solucionadas pelo empreendedor


previamente à apresentação da proposta, conforme roteiro descrito a partir do item 8 deste manual.

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6) Procedimentos técnicos (ETAPA 2)
Apresenta-se a seguir os procedimentos técnicos e elementos do Sistema de Avaliação de
Sustentabilidade Ambiental desenvolvidos no âmbito da SMMA, que servirão de subsídio ao
empreendedor para avaliar preliminarmente a concepção durante a elaboração do Projeto Básico de
Sustentabilidade Ambiental, cujo resultado final será parte integrante da proposta a ser apresentada,
conforme item 8 deste Manual.

6.1) Realização de Simulações no Sistema


Passo a passo, o empreendedor interessado em se cadastrar no Programa de Certificação
Ambiental percorrerá o seguinte caminho:

1) entrar no site da Certificação de Sustentabilidade da Prefeitura (http://cesa.pbh.gov.br)

2) na primeira página clicar em “Cadastrar o Empreendimento”;

3) acessar o sistema utilizando o login e a senha recebidos por e-mail.

4) ao final da página encontra-se o campo “Preencher formulário” onde, clicando, o empreendedor


terá acesso aos formulários das dimensões (água, energia, emissões diretas de GEEs e resíduos sólidos)
a serem preenchidos (vide abaixo). Para excluir um empreendimento em preenchimento, o
empreendedor utilizará a opção “Excluir”.

Observações: os demais campos desta página serão preenchidos pelo próprio Sistema, não
devendo, portanto, ser preenchidos pelo interessado. São eles:
- o tipo de “Empreendimento”
- o “Ano” em que o empreendimento foi cadastrado;
- o “Endereço do empreendimento”;
- o “Status empreendimento ou seja, em qual situação se encontra o processo de certificação do
empreendimento na Prefeitura de Belo Horizonte;
-“Status Processo, esclarecendo em qual situação o preenchimento do formulário se encontra.

5) Após clicar em “Preencher formulário”, o empreendedor encontrará na página seguinte as abas


de cada dimensão: água, energia, emissões diretas de GEEs, resíduos sólidos. Para cada dimensão a ser
avaliada de acordo com seu projeto, o empreendedor deverá preencher os campos referentes aos
mecanismos/submecanismos/tecnologias relativos a cada uma delas.

6) O preenchimento do formulário poderá ser interrompido e retomado a qualquer momento. Para


salvar os campos já preenchidos, o empreendedor deverá clicar no botão “Salvar preenchimento
parcial”.

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7) Ao final do preenchimento de cada dimensão, caso o empreendedor deseje apenas visualizar o
resultado de sua simulação, o mesmo deverá clicar em “Ver Resultados”. Será aberta uma página com
um quadro mostrando uma síntese da avaliação segundo os mecanismos/submecanismos/tecnologias.
Ao final do quadro será mostrada a pontuação final e a situação do empreendimento quanto à sua
certificação.

8) Para o encaminhamento de sua simulação final, que será anexada ao projeto a ser enviado à
Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o empreendedor deverá clicar em “Finalizar Preenchimento”.

ATENÇÃO: a opção “Finalizar Preenchimento” deverá ser selecionada somente após a finalização
das simulações feitas para cada dimensão. Uma vez selecionada, não será mais possível alterá-la. Essa
simulação ficará registrada no Sistema de Avaliação de Sustentabilidade.

A seguir são reproduzidas as páginas relativas a cada dimensão, para possibilitar o esclarecimento
ao usuário deste Manual, sobre o preenchimento de cada um de seus itens.

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6.1.1) Dimensão Água

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Como preencher:
Item 1-Água – Nesse item deverá ser preenchido o “Consumo médio mensal no período de 12 meses”
– “Conta Copasa” do empreendimento em litros, e também o “Consumo médio mensal no período de
12 meses” - “Poço Artesiano”, caso o empreendimento utilize água dessa origem.

Para empreendimento existente a média mensal de consumo será dos 12 (doze) últimos meses, ao
contrário, nos empreendimentos novos a média mensal de consumo é a estimativa de 12 (doze) meses
de operação.

Mecanismo 1.1 “Práticas Ambientais”

Submecanismo 1.1.1 “Práticas de Educação Ambiental” - Neste item encontram-se as tecnologias e os


mecanismos:

- Campanha de sensibilização de usuários.

- Envolvimento da comunidade.

- Eventos comemorativos.

- Produção de material educativo.

- Treinamento de funcionários.

- Outras atividades de educação ambiental.

Estas categorias visam promover a sustentabilidade do empreendimento por meio de ações que
abranjam os diversos atores envolvidos, de modo a promover mudanças de hábitos e ampliação de
valores ambientais. As campanhas envolvendo usuários, funcionários e comunidade devem contemplar
metodologias participativas e interativas com as equipes técnicas/gerenciais do empreendimento. Para
tanto, a existência de atividades informativas sobre aspectos de sustentabilidade previstos no
empreendimento podem incluir a distribuição de material didático e ilustrado e com conceitos de
sustentabilidade ambiental, além de treinamentos e palestras frequentes sobre os mecanismos
economizadores instalados e a economia anual esperada. Portanto, a adoção de um plano de educação
ambiental consistente permitirá que o empreendedor realize atividades frequentes e diversificadas
sobre essa temática.

Neste item devem ser assinaladas, nos campos correspondentes, as ações desenvolvidas e sua
frequência, pontuando para fins de avaliação da seguinte forma:

- 3 pontos para ações permanentes;

- 1 ponto para ações realizadas semestralmente;

- 1 ponto para ações feitas anualmente.

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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Em 1.1“Práticas Ambientais” o Sistema de Avaliação de
Sustentabilidade contabiliza o máximo de 5 pontos para a categoria , ainda que o total de pontos
assinalados pelo empreendedor em “ Práticas Ambientais” ultrapasse esse número. Cada ponto
equivale a 0,30% do percentual de eficiência necessário à obtenção do Selo na dimensão Água.

Submecanismo 1.1.2 “Mecanismos de Gestão de Águas Pluviais” – Neste item, se o empreendimento


possuir dispositivos tais como o uso de pisos permeáveis, retenção de água em bacia ou trincheira;
telhado verde e/ou outro tipo de retenção de água, os mesmos deverão ser assinalados nos campos
respectivos.

Em relação a pisos permeáveis, receberão bônus aqueles empreendimentos que possuírem esse
mecanismo em áreas que excedam aquelas exigidas pela Lei 9959/2010, de Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo, em seu artigo 53.

Cada ponto equivale a 0,30% do percentual de eficiência necessário à obtenção do Selo e o


empreendedor poderá receber nesta categoria um bônus que varia de 5 (cinco) a 10 (dez) pontos da
seguinte forma:

- 5(cinco) pontos se o empreendimento tiver pelo menos 1 (um) mecanismo equivalente a 1,5% do
percentual de eficiência necessária à obtenção do Selo.

- 10(dez) pontos se o empreendimento possuir 2 (dois) ou mais mecanismos equivalentes a 3,0% do


percentual de eficiência necessário à obtenção do Selo.

Submecanismo 1.2/1.2.1 Controle de Vazamentos - O empreendedor irá assinalar os campos, se seu


empreendimento dispuser de sistemas de detecção de vazamentos (em qualquer tipologia de
empreendimento) ou de um sistema de medição individualizada (para empreendimentos residenciais
multifamiliares).

Caso o empreendimento tenha, pelo menos, um dos sistemas citados acima, receberá no item 1.2.1
um bônus de 5 pontos ou 1,5% do percentual de eficiência necessário à obtenção do Selo.

Submecanismo 1.3 “Recirculação/Reuso”/1.3.1”Recirculação” - O empreendedor deverá preencher o


volume de água recirculada baseada na média mensal dos últimos 12 (doze) meses, caso o
empreendimento possua mecanismos de reuso de água que possibilitem reduzir a captação e
minimizar a geração de efluentes líquidos.

A pontuação de 1.3 “Recirculação/Reuso”/1.3.1”Recirculação

Número de pontos = % Economia de água por recirculação * 100 / 30

Mecanismo 1.4 “Fontes Alternativas”/1.4.1 “Captação de Água” - O empreendedor irá marcar o


campo respectivo, se seu empreendimento tiver um mecanismo de captação de água de chuva, que

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contribua para a redução da vazão afluente ao sistema de drenagem e da redução do consumo de água
potável.

Caso o empreendimento tenha o mecanismo de captação de água, receberá no item 1.4 “Fontes
Alternativas”/1.4.1 “Captação de Água” um bônus de 6 pontos ou 1,8% do percentual de eficiência
necessário à obtenção do Selo.

Mecanismo 1.5 “Tecnologias Economizadoras” abrange os seguintes submecanismos: 1.5.1


“Chuveiros”, 1.5.2 “Descargas”, 1.5.3 “Mictórios”, 1.5.4 “Outros usos”, 1.5.5 “Torneiras”. Nos campos
correspondentes, serão assinaladas todas as tecnologias existentes, tanto as economizadoras quanto as
convencionais, além da quantidade de cada uma delas, deverá ser informado o tempo de uso
(horas/mês).

A pontuação das tecnologias economizadoras será feita no sistema através da relação entre a
porcentagem de economia de água pelas tecnologias economizadoras e o índice de economia de água
estipulado.

Número pontos = % Economia de água por tecnologias economizadoras * 100 / 30

Para obtenção do selo na dimensão Água, o empreendimento deverá alcançar uma economia acima de
30% ou 100 pontos. Será concedido um certificado de boas práticas ambientais para o
empreendimento que alcançar uma economia entre 20 e 30%. O cálculo da pontuação final
corresponderá à soma das pontuações alcançadas por cada um dos mecanismos avaliados, acrescido de
uma tolerância de 5%.

Apto à certificação: > 100 pontos


Certificado de Boas Práticas: 67 a 99 pontos
Não atingiu o índice de certificação: 0 a 66 pontos

A seguir, reproduz-se o “Quadro Resumo” para verificação da pontuação obtida na


dimensão água. Para acessá-lo o empreendedor irá clicar em “Ver resultado”. Automaticamente será
aberto o Quadro Resumo - Dimensão Água

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Na parte de cima do Quadro (em MECANISMOS) é explicitado o percentual de economia alcançada
no projeto para cada PRÁTICA AMBIENTAL E/OU TECNOLOGIA DE SUSTENTABILIDADE apresentada pelo
empreendedor no projeto.

Em seguida tem-se:

- a META DE CERTIFICAÇÃO, ou seja, o percentual de 30% mínimo necessário para obtenção do Selo na
dimensão Água;

- a EFICIÊNCIA (em percentual) de cada Categoria do projeto (Práticas Ambientais e Tecnologias


Economizadoras) calculada conforme a pontuação alcançada;

- a EFICIÊNCIA TOTAL (em percentual) e pontuação final do projeto (sem considerar o percentual de
tolerância);

- o PERCENTUAL DE TOLERÂNCIA de 5% admitido no Sistema de Avaliação é explicitado em pontos no


Quadro Resumo;

- a PONTUAÇÃO FINAL obtida pelo projeto (acrescida do percentual de tolerância);

- a UNIDADE DE MEDIDA utilizada no Sistema de Avaliação, litros no caso de água;

- e finalmente a forma de cálculo que é a relação percentual entre a água economizada proposta no
projeto (com a utilização de todos os dispositivos e práticas economizadoras) e o consumo total de
água demandada pelo empreendimento (que compreende o consumo de água da concessionária
COPASA + consumo de água de poço artesiano + água obtida por fontes alternativas (captação de água
de chuva) + água que deixou de ser consumida após a introdução das tecnologias economizadoras no
projeto);

% Economia água empreendimento =


Volume água economizada x 100 / Volume de água demandada

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6.1.2) Dimensão Energia

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Item 2.” Energia” - Nesta página encontra-se inicialmente um campo onde deverá ser preenchido o
“Consumo médio mensal no período de 12 meses” (conta cemig) do empreendimento em kWh/mês.

Para empreendimento existente a média mensal de consumo será dos 12 (doze) últimos meses, ao
contrário, nos empreendimentos novos a média mensal de consumo é a estimativa de 12 (doze) meses
de operação.

Item 2.1 “Práticas Ambientais” / 2.1.1“ Práticas de Educação Ambiental” encontram-se:

- Campanha de sensibilização de usuários.

- Envolvimento da comunidade.

- Eventos comemorativos.

- Outras atividades de educação ambiental.

- Produção de material educativo.

- Treinamento de funcionários.

Estas categorias visam promover a sustentabilidade do empreendimento por meio de ações que
abranjam os diversos atores envolvidos, de modo a promover mudanças de hábitos e ampliação de
valores ambientais. As campanhas envolvendo usuários, funcionários e comunidade devem contemplar
metodologias participativas e interativas com as equipes técnicas/gerenciais do empreendimento. Para
tanto, a existência de atividades informativas sobre aspectos de sustentabilidade previstos no
empreendimento podem incluir a distribuição de material didático e ilustrado e com conceitos de
sustentabilidade ambiental, além de treinamento e palestras frequentes sobre os mecanismos
economizadores instalados e a economia anual esperada. Portanto, a adoção de um plano de educação
ambiental consistente permitirá que o empreendedor realize atividades frequentes e diversificadas
sobre essa temática.

Neste item devem ser assinaladas, nos campos correspondentes, as ações desenvolvidas e com
qual frequência, pontuando para fins de avaliação da seguinte forma:

- 6 pontos para ações permanentes;

- 3 pontos para ações realizadas semestralmente;

- 2 pontos para ações feitas anualmente.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Em 2.1“Práticas Ambientais”, o Sistema de Avaliação de


Sustentabilidade contabiliza o máximo de 10 pontos para a categoria, ainda que o total de pontos
assinalados pelo empreendedor em “Práticas Ambientais” ultrapasse esse número. Cada ponto
equivale a 0,25% do percentual de eficiência necessária à obtenção do Selo.

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Item 2.2/2.2.1 “Arquitetura Bioclimática” - O empreendedor deverá assinalar o campo se a
concepção arquitetônica do seu empreendimento contempla elementos da arquitetura bioclimática,
isto é, com concepção que propicie a redução do consumo de energia.

Cada ponto equivale a 0,25% do percentual de eficiência necessária à obtenção do Selo na


dimensão Energia. O Sistema de Avaliação de Sustentabilidade contabilizará 5 pontos para a categoria.

Item 2.3 “Co-geração de Energia” - O empreendedor deverá assinalar o campo se o empreendimento


dispõe de co-geração de energia por biomassa e/ou por gás natural e a quantidade de kwh gerada ,
calculada pela média mensal no período de 12(doze) meses.

Item 2.4 “Geração por fontes de energia renováveis” - O empreendedor deverá assinalar o campo se o
empreendimento dispuser de geração de energia por fontes renováveis e a quantidade gerada de
energia, calculada pela média mensal no período de 12(doze) meses por cada
submecanismo/tecnologia: coletor solar (para banho e/ou para piscina), biomassa (gasosa, líquida ou
sólida), origem eólica e através de painéis fotovoltaicos.

Item 2.5 “Tecnologias Economizadoras” – Neste item são elencados os


mecanismos/equipamentos/dispositivos relacionados à climatização, equipamentos elétricos e
iluminação. Para a aferição da economia energética proporcionada pelas tecnologias empregadas no
projeto são utilizados os parâmetros de classificação do equipamento pelo PROCEL, relacionando a sua
eficiência em relação à classificação Nível C (considerada pelo sistema como a pior condição), o tempo
de uso do equipamento, calculada pela média mensal no período de 12(doze) meses e o consumo
energético do mesmo.

Item 2.5.1 – Climatização, Item 2.5.2 – Equipamentos Elétricos, Item 2.5.3 – Iluminação - Nos campos
desses itens, o empreendedor deverá selecionar os modelos dos equipamentos e preencher a
quantidade e o tempo médio de uso dos mesmos, calculado pela média mensal no período de 12(doze)
meses.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Para os itens 2.3 “Co-geração de Energia”, 2.4 “Geração por fontes de
energia renováveis” e 2.5 “Tecnologias Economizadoras” cada ponto equivale a 0,25% do percentual
necessário para a certificação. Nestes mecanismos, o Sistema de Avaliação de Sustentabilidade
contabiliza os pontos de acordo com a relação entre a economia de energia obtida com as tecnologias
empregadas e o total de energia demandada pelo empreendimento.

Para obtenção do selo na dimensão Energia, o empreendimento deverá alcançar uma economia acima
de 25% ou 100 pontos. Será concedido um certificado de boas práticas ambientais para o
empreendimento que alcançar uma economia entre 20 e 25%. O cálculo da pontuação final
corresponderá à soma das pontuações alcançadas por cada um dos mecanismos avaliados, acrescido de
uma tolerância de 5%.

Apto à Certificação: > 100 pontos


Certificado de Boas Práticas: 67 a 99 pontos

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Não atingiu o índice de certificação: 0 a 66 pontos

Reproduz-se a seguir o Quadro Resumo para verificação da pontuação obtida na dimensão Energia.
Para acessá-lo, o empreendedor deverá clicar em “Ver resultado”, para visualizar o “Quadro Resumo”
desta dimensão.

Na parte de cima do Quadro (em MECANISMOS) é explicitado o percentual de economia alcançada


no projeto para cada TECNOLOGIA DE SUSTENTABILIDADE apresentada pelo empreendedor no projeto.

Em seguida tem-se:
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- a META DE CERTIFICAÇÃO, ou seja, o percentual de 25% mínimo necessário para obtenção do Selo na
dimensão Energia;

- a EFICIÊNCIA (em percentual) de cada Categoria do projeto (Co-geração de energia, Geração por
fontes renováveis de energia, Práticas Ambientais e Tecnologias Economizadoras) e os pontos
correspondentes alcançados pelos mecanismos do projeto.

- a EFICIÊNCIA TOTAL ( em percentual) sem considerar o percentual de tolerância;

- o PERCENTUAL DE TOLERÂNCIA de 5% admitido no Sistema de Avaliação é explicitado em pontos no


Quadro Resumo- a PONTUAÇÃO FINAL obtida pelo projeto (acrescida do percentual de tolerância);

- a UNIDADE DE MEDIDA utilizada no Sistema de Avaliação, kWh.

E, finalmente, a forma de cálculo que é a relação percentual entre a energia economizada proposta
no projeto (com a utilização de todos os dispositivos e práticas economizadoras) e o consumo total de
energia demandada pelo empreendimento (que compreende o consumo de energia da concessionária
CEMIG + energia obtida por co-geração + energia obtida por fontes renováveis + energia que deixou de
ser consumida após a introdução das tecnologias economizadoras no projeto);

% Economia energética = Energia economizada X 100 / energia demandada

Onde:

Energia economizada = Energia economizada por tecnologias + Energia de cogeração + Energia


de fontes alternativas

Energia demandada = Energia consumida (CEMIG) + Energia economizada por tecnologias +


Energia de cogeração + Energia de fontes alternativas

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6.1.3) Emissões Diretas de Gases de Efeito Estufa (GEEs)

Item 3 - “Emissões Diretas de GEEs”- Nesse item, encontram-se os campos relativos à mitigação do
lançamento direto de gases causadores de efeito estufa (GEEs).

3.1 “Redução”- Nesse item, o empreendedor deverá informar no campo correspondente o percentual
de emissões diretas de GEEs reduzido diretamente na fonte pelo empreendimento (fontes
estacionárias), pelo total da frota (fontes móveis).

3.2 “Compensação e Neutralização”- Nesse item, o empreendedor deverá informar no campo


correspondente o percentual de emissões diretas de GEEs compensado e/ou carboneutralizado, pelo
empreendimento.

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A contabilização dos pontos necessários ao atingimento das metas para a obtenção da Certificação
em Sustentabilidade Ambiental da dimensão Emissões Diretas de GEEs será proporcional ao percentual
de GEEs reduzidos e/ou compensados/carboneutralizados, considerando um mínimo de 30% para
fontes estacionárias e 10% para fontes móveis.

Para obtenção do selo, na dimensão Emissões Diretas de GEEs para fontes estacionárias, o
empreendimento deverá alcançar um índice de redução e/ou compensação/carboneutralização de
GEEs acima de 80%, correspondente a 100 pontos. Será concedido um certificado de boas práticas
ambientais para o empreendimento que alcançar uma economia entre 30 e 79%. O cálculo da
pontuação final corresponderá à soma das pontuações alcançadas por cada um dos mecanismos
avaliados, acrescido de uma tolerância de 5%.

Para fontes móveis, o empreendimento deverá alcançar um índice de redução e/ou


compensação/carboneutralização de GEEs acima de 20%, correspondente a 100 pontos. Será concedido
um certificado de boas práticas ambientais para o empreendimento que alcançar uma economia entre
10 e 19%. O cálculo da pontuação final corresponderá à soma das pontuações alcançadas por cada um
dos mecanismos avaliados, acrescido de uma tolerância de 5%. Haverá ainda, para essa categoria, a
bonificação de 50 pontos se atendia a meta de redução mínima de 90% de material particulado para
emissão veicular e 25 pontos se houver classificação de mais de 70% da frota total de veículos leves no
Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular – INMETRO igual ou superior à CLASSE B.

O Quadro abaixo resume os critérios para a Certificação na dimensão Emissões Diretas de GEEs:

Reproduz-se, a seguir, o Quadro Resumo para verificação da pontuação obtida na dimensão


Emissões Diretas de GEEs (preenchido apenas para fins ilustrativos). Para acessá-lo o empreendedor
deverá clicar em “Ver resultado”. Automaticamente será aberto o “Quadro Resumo” da dimensão
gases de efeito estufa.

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Na parte de cima do Quadro (em MECANISMOS) explicitam-se os percentuais de redução de
lançamento direto, compensação e/ou carboneutralização de GEEs alcançados pelo projeto
apresentado pelo empreendedor.

Em seguida tem-se:

- a META DE CERTIFICAÇÃO, ou seja, os percentuais mínimos necessários para todos os mecanismos


para obtenção da Certificação na dimensão Emissões Diretas de GEEs;

- a EFICIÊNCIA (em percentual) e os pontos correspondentes alcançados pelos mecanismos do projeto;

- a EFICIÊNCIA TOTAL (em percentual) do projeto (sem considerar o percentual de tolerância);

- o PERCENTUAL DE TOLERÂNCIA de 5% admitido no Sistema de Avaliação é explicitado em pontos no


Quadro Resumo;

- a PONTUAÇÃO FINAL obtida pelo projeto (acrescida do percentual de tolerância);

- a UNIDADE DE MEDIDA utilizada no Sistema de Avaliação, tonelada de CO2 equivalente (tCO2e) no


caso de Emissões Diretas de GEEs;

- a forma de cálculo que é a relação entre a soma da massa de GEEs evitada e a massa de GEEs
compensada/neutralizada e a massa potencial de GEE gerada pelo empreendimento proposta no
projeto.

Onde:
%GEE evitado/compensado = percentual total de emissões diretas de GEEs evitado;
%Reduzido = percentual de emissões diretas de GEEs reduzidos diretamente na fonte;
%Compensado/neutralizado = percentual de emissões diretas de GEEs compensada e/ou carboneutralizado.

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6.1.4) Dimensão Resíduos Sólidos

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Item 4” - Resíduos Sólidos – Nesse item, encontra-se inicialmente o campo onde o empreendedor
deverá informar a “Massa total de resíduos gerada (Média mensal acumulada no período de 12
meses)”. Para empreendimento existente a média mensal de consumo será dos 12 (doze) últimos
meses, ao contrário, nos empreendimentos novos a média mensal de consumo é a estimativa de 12
(doze) meses de operação, que deverá ser expressa em quilograma (kg).

Item 4.1 “Redução” / 4.1.1 “Mobilização e Educação Ambiental” – Nesse item encontram-se:

- Campanha de sensibilização de usuários;

- Envolvimento da comunidade;

- Eventos comemorativos;

- Outras atividades de educação ambiental;

- Produção de material educativo;

- Treinamento de funcionários.

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Da mesma forma que para as dimensões anteriores, estas categorias visam promover a
sustentabilidade do empreendimento por meio de ações que abranjam os diversos atores envolvidos,
de modo a promover mudanças de hábitos e ampliação de valores ambientais. As campanhas
envolvendo usuários, funcionários e comunidade devem contemplar metodologias participativas e
interativas com as equipes técnicas/gerenciais do empreendimento. Para tanto, a existência de
atividades informativas sobre aspectos de sustentabilidade previstos no empreendimento podem
incluir a distribuição de material didático e ilustrado e com conceitos de sustentabilidade ambiental,
além de treinamento e palestras frequentes sobre os mecanismos economizadores instalados e a
economia anual esperada. Portanto, a adoção de um plano de educação ambiental consistente
permitirá que o empreendedor realize atividades frequentes e diversificadas sobre essa temática.

Neste item devem ser assinaladas, nos campos correspondentes, as ações desenvolvidas e com
qual frequência, pontuando para fins de avaliação da seguinte forma:

- 3 pontos para ações permanentes;

- 1 ponto para ações realizadas semestralmente;

- 1 ponto para ações feitas anualmente.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Em 4.1.1“Práticas Ambientais”, o Sistema de Avaliação de


Sustentabilidade contabiliza o máximo de 5 pontos para a categoria , ainda que o total de pontos
assinalados pelo empreendedor em “ Práticas Ambientais” ultrapasse esse número. Cada ponto
equivale a 0,25% dos pontos necessários à obtenção

Item 4.1 “Redução” / 4.1.2 “Otimização de processos” – Nesse item, encontram-se:

- Melhoria na qualidade dos insumos;

- Melhoria operacional.

O empreendedor deverá assinalar nos campos correspondentes as ações desenvolvidas, pontuando


para fins de avaliação da seguinte forma:

- 5 pontos para uma ou mais ações desenvolvidas.

Cada ponto equivale a 1,0% dos pontos necessários ao atingimento das metas para a obtenção da
Certificação em Sustentabilidade Ambiental da dimensão resíduos sólidos.

Item 4.2 “Reutilização”- Nesse item, o empreendedor deverá informar no campo correspondente o
percentual de resíduos sólidos urbanos destinados à reutilização exercida internamente à atividade, em
relação ao percentual total de resíduos gerados.

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A contabilização dos pontos desse item será proporcional ao percentual de resíduos destinados à
reutilização interna, com um mínimo de 20% e máximo de 30%, onde o percentual máximo de 30%
corresponderá a 20 pontos e abaixo deste valor (20% a 29%) o empreendedor fará jus à pontuação
proporcional.

Item 4.3 “Coleta seletiva” / 4.3.1 “Resíduos Secos” – Nesse item, o empreendedor deverá informar,
primeiramente no campo “Total”, o percentual de resíduos sólidos urbanos secos (madeira, metal,
plástico, vidro, papel e papelão) que são passíveis de reciclagem em relação ao percentual total de
resíduos gerados. Em seguida, o empreendedor deverá informar no campo “Destinado à reciclagem” o
percentual de resíduos sólidos urbanos secos destinados adequadamente à reciclagem em relação ao
percentual total de resíduos gerados. Esses quantitativos devem ser determinados por gravimetria dos
resíduos totais do empreendimento, salvo outra forma de comprovação por parte do empreendedor
que será sujeita à análise.

A contabilização dos pontos desse item será proporcional ao percentual de resíduos secos
destinados à coleta seletiva, com um mínimo de 40% e máximo de 70%, onde o percentual máximo de
70% corresponderá a 90 pontos e abaixo deste valor (40% a 69%) o empreendedor fará jus à pontuação
proporcional.

Item 4.3 “Coleta seletiva” / 4.3.2 “Resíduos Úmidos” – Nesse item, o empreendedor deverá informar,
primeiramente no campo “Total”, o percentual de resíduos sólidos urbanos úmidos (matriz orgânica)
que são passíveis de compostagem em relação ao percentual total de resíduos gerados. Em seguida, o
empreendedor deverá informar no campo “Destinado à compostagem” o percentual de resíduos
sólidos urbanos úmidos destinados adequadamente à compostagem em relação ao percentual total de
resíduos gerados. Esses quantitativos devem ser determinados por gravimetria dos resíduos totais do
empreendimento, salvo outra forma de comprovação por parte do empreendedor que será sujeita à
análise.

Também nesse item, o empreendedor deverá assinalar no campo correspondente se possui


infraestrutura e desenvolve ação de destinação adequada de óleo de cozinha, pontuando para fins do
programa de certificação da seguinte forma:

- 20 pontos para ação desenvolvida.

A contabilização dos pontos desse item será proporcional ao percentual de resíduos sólidos úmidos
destinados à compostagem, com um mínimo de 40% e máximo de 70%, onde o percentual máximo de
70% corresponderá a 90 pontos e abaixo deste valor (40% a 69%) o empreendedor fará jus a pontuação
proporcional.

Para a Certificação em Sustentabilidade Ambiental, da dimensão Resíduos Sólidos, será necessário


que o empreendedor atinja um mínimo de 100 pontos neste quesito, sendo que para o Certificado de
Boas Práticas Ambientais a quantidade mínima de pontos a ser considerada é de 70 pontos.

O Quadro abaixo resume os critérios de Certificação para a dimensão Resíduos Sólidos:


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Reproduz-se, a seguir, o Quadro Resumo para verificação da pontuação obtida na dimensão
resíduos sólidos. Para acessá-lo, o empreendedor deverá clicar em “Ver resultado”. Automaticamente
será aberto o “Quadro Resumo”.

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QUADRO RESUMO – DIMENSÃO RESÍDUOS SÓLIDOS

Na parte de cima do Quadro (em MECANISMOS) explicitam-se os percentuais de economia


alcançada no projeto para cada TECNOLOGIA DE SUSTENTABILIDADE apresentada pelo empreendedor
no projeto.

Em seguida tem-se:

- a META DE CERTIFICAÇÃO, ou seja, os percentuais mínimos necessários para todos os mecanismos


para obtenção da Certificação na dimensão resíduos sólidos;

- a EFICIÊNCIA (em percentual) e os pontos correspondentes alcançados por todos os mecanismos do


projeto;
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- a EFICIÊNCIA TOTAL (em percentual) do projeto (sem considerar o percentual de tolerância);

- o PERCENTUAL DE TOLERÂNCIA de 5% admitido no Sistema de Avaliação explicitado em pontos no


Quadro Resumo;

- a PONTUAÇÃO FINAL obtida pelo projeto (acrescida do percentual de tolerância);

- a UNIDADE DE MEDIDA utilizada no Sistema de Avaliação, quilograma (kg/mês);

- a forma de cálculo que é a relação entre o percentual de geração de resíduos reduzido por meio de
reutilização/reciclagem proposto no projeto e o percentual total de resíduos sólidos urbanos gerados
pelo empreendimento.

Onde:
%RS reduzido = percentual de geração de resíduos sólidos urbanos reduzido;
MReutilizada = massa média mensal de resíduos sólidos destinada adequadamente à reutilização (em kg);
MReciclada = massa média mensal de resíduos sólidos destinada adequadamente à reciclagem (em kg);
MÚltima = massa média mensal de resíduos sólidos destinada à coleta pública/privada não seletiva (em
kg);

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7) Elaboração da Proposta (ETAPA 2)
Para pleitear a Certificação Ambiental, o empreendedor deverá submeter à apreciação da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente/Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental uma
proposta escrita, elaborada em forma de Projeto Básico, contemplando no mínimo os seguintes itens:

1 - Introdução – Breve histórico que possibilite a compreensão do que vai ser apresentado no
Projeto de Sustentabilidade.

2 - Descrição do empreendimento – Descrição sucinta, informando a localização, dados do


proprietário ou responsável, dados do responsável técnico pelo projeto de sustentabilidade, a atividade
principal, produtos gerados, serviços ofertados em suas operações, etc.

3 – Objetivos

3.1 - Objetivo Geral – Expressar em poucas palavras as dimensões que pretende certificar,
destacando a relevância da escolha: água, energia, emissões diretas de GEEs, resíduos sólidos, e o que
se deseja alcançar em um prazo mais longo com o Projeto Básico de Sustentabilidade Ambiental,
mesmo que esse prazo ultrapasse sua duração.

3.2 - Objetivos específicos – São aqueles resultantes do detalhamento do Objetivo Geral e que são
atingidos através das ações e atividades desenvolvidos no tempo de duração do Projeto. OBS: Não
coloque aqui os resultados, mas as ações que levem a eles.

4 – Diagnósticos dos Sistemas de Consumo de água e energia e/ou, emissões diretas de


GEEs e geração de resíduos sólidos – Detalhar todas as áreas de consumo e ou geração/emissão
onde serão feitas as intervenções para a eficientização e ou redução, com os respectivos dados
necessários à contabilização desses processos.

4.1 – Água

4.2 – Energia

4.3 – Resíduos Sólidos

4.4 – Emissões diretas de GEEs

5 - Projeto de Sustentabilidade

5.1 - Áreas contempladas com indicação dos dispositivos economizadores – Detalhar os projetos
para as diversas dimensões com as especificações dos dispositivos/equipamentos/práticas ambientais e
de suas eficiências individualizadas de forma a possibilitar a aferição dos resultados obtidos para a
certificação.

5.2 - Resultados obtidos – Apresentar a síntese dos resultados obtidos.

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6 - Avaliação dos impactos ambientais – Apresentar as reduções nas emissões diretas e
indiretas de GEEs (equivalente tCO2e), obtidas com o projeto de sustentabilidade.

7 - Considerações finais – Colocar as características gerais do Projeto Básico que não foram
contempladas nos itens anteriores, especialmente o que se espera em termos de sustentabilidade com
implantação dos mecanismos, dispositivos, equipamentos e práticas nele previstos.

8 – Anexos

8.1 – Manual de Gestão dos Resíduos Sólidos (se pleiteado a dimensão Resíduos Sólidos)

8.2 – Plano de Mobilização e Educação Ambiental

8.3 – Documentação Necessária

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8) Encaminhamento da Proposta (ETAPA 3)
Nesta etapa o empreendedor encaminhará à SMMA/GPLA proposta para o seu empreendimento,
composta:

1) Cópia da Proposta de Sustentabilidade elaborada conforme item 7 que deverá ser protocolizado
no BH Resolve, à Av. Santos Dumont 363, Centro. Deverão ser anexados à Proposta os documentos
pendentes, solicitados pela Prefeitura por ocasião da mensagem enviada com o login e senha para o
cadastro do empreendedor (ver item 5);

2) Cópia das simulações realizadas utilizando o Sistema de Avaliação de Sustentabilidade


Ambiental que devem estar previamente registradas no referido Sistema conforme item 6.1.

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9) Avaliação do resultado da Proposta (ETAPA 4)
A proposta apresentada será avaliada pelos técnicos da Gerência de Planejamento e
Monitoramento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no prazo máximo de 15 (quinze)
dias úteis, a contar da data de entrega, com a emissão do Parecer Técnico.

Nesta etapa, poderão ser solicitados ao empreendedor esclarecimentos e informações adicionais


em relação à proposta.

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10) Implantação dos dispositivos indicados na Proposta (ETAPA 5)
Previamente à realização da Auditoria de Conformidade, o empreendedor deverá ter implantado
no seu empreendimento todos os dispositivos (equipamentos/mecanismos) indicados na Proposta. Da
mesma forma, para comprovação das “Práticas Ambientais”, o empreendedor deverá ter concebido e
apresentar o Plano de Mobilização/Educação Ambiental.

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11) Realização de Auditoria de Conformidade/Concessão do Selo (ETAPA 6)
Após a implantação dos dispositivos (equipamentos/mecanismos) indicados na Proposta, o
empreendedor deverá solicitar a Auditoria de Conformidade, através do telefone 3277-9521.

Essa auditoria será realizada por um instituto de certificação independente, acreditado no


INMETRO para realização de auditorias ambientais, contratado pela Prefeitura de Belo Horizonte, que
financiará a primeira auditoria.

Caso a auditoria constate que tudo está implantado conforme previsto na Proposta, o
empreendedor receberá o Certificado de Sustentabilidade e o Selo.

Caso contrário, o empreendedor deverá realizar as adequações necessárias e solicitar uma nova
auditoria, quando tudo estiver concluído.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A nova Auditoria de Conformidade solicitada pelo empreendedor


deverá ser realizada pelo mesmo instituto contratado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Os custos
dessa auditoria serão de responsabilidade do empreendedor.

Página | 46
12) Monitoramento do desempenho dos sistemas implantados no
empreendimento (ETAPA 7)
Após o empreendimento ser certificado, o empreendedor deverá monitorar mensalmente os
sistemas implantados e manter o registro dos procedimentos necessários à avaliação de desempenho
da proposta, que deverá ocorrer quando da Auditoria de Performance, como contas de água e de
energia, recibos de encaminhamento dos resíduos, produtos e/ou serviços realizados pelo
empreendimento, e, ainda, qualquer outro tipo de documento que auxilie os trabalhos da auditoria.

Página | 47
13) Realização de Auditoria de Performance do Empreendimento / Manutenção
do Selo (ETAPA 8)
Um ano após o empreendimento receber a certificação e a cada dois anos subsequentes, será
realizada a Auditoria de Performance.

Essa auditoria será realizada por um instituto de certificação independente, acreditado no


INMETRO para realização de auditorias ambientais, contratado pela Prefeitura de Belo Horizonte, que
financiará a primeira auditoria.

Os empreendimentos auditados poderão:

1) manter o Selo se os resultados da avaliação de desempenho tenham atingido os índices pré


estabelecidos para a certificação em todas as dimensões colocadas na proposta;

2) receber outro Selo, caso os resultados da avaliação de desempenho forem inadequados para
alguma das dimensões colocadas na proposta e se pelo menos uma das dimensões da proposta
atingirem os índices pré-estabelecidos;

3) perder o Selo caso os resultados de todas as dimensões colocadas na propostas tenham sido
inadequados. Nessa hipótese, ainda assim o empreendimento poderá receber o Certificado de Boas
Práticas Ambientais, se os resultados da performance atingirem os índices pré-estabelecidos nos itens
5.5.5 – Água, 5.1.2 – Energia, 5.1.3 Gases Efeito Estufa, 5.1.4 – Resíduos Sólidos para essa certificação

Finalmente, havendo o interesse do empreendedor em se candidatar novamente à certificação, o


mesmo deverá realizar as adequações necessárias na sua proposta e apresentá-la novamente para
avaliação da equipe técnica da Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente. Essa apresentação deverá ser feita presencialmente, através do
atendimento ao público, no BH Resolve situado à Av. Santos Dumont, 363 – Centro.

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14) Considerações finais
Com este Manual, espera-se ter informado aos interessados em aderir ao Programa de Certificação
em Sustentabilidade Ambiental de Belo Horizonte as condições gerais e os procedimentos
administrativos e técnicos, necessários à obtenção do Selo, e ainda ter esclarecido as dúvidas mais
frequentes sobre o processo de certificação.

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15) Anexo - Metodologia de Cálculo para Apresentação da Proposta

ANEXO 1 - DIMENSÃO: ÁGUA

O cálculo da sustentabilidade é feito em 4 (quatro) etapas:

1. Cálculo da quantidade de água demandada;


2. Cálculo da eficiência;
3. Cálculo da pontuação;
4. Cálculo da conformidade.

1. CÁLCULO DA QUANTIDADE DE ÁGUA DEMANDADA

Para o cálculo da sustentabilidade do empreendimento, inicialmente é necessário determinar o volume


de água demandada calculada pela média mensal dos 12 (doze) últimos meses (um ano), estimada no
caso de empreendimentos novos e/ou contabilizados nos 12 (doze) últimos meses para
empreendimentos existentes. Sendo assim, tem-se que:

VD = VC + VEC, onde:
• VD – Volume demandado;
• VC – Volume consumido, dado pela soma VC = VCO + VPA, onde:
− VCO – Volume de água consumido com origem na concessionária (Copasa);
− VPA – Volume de água consumido com origem na retirada de poço artesiano.
• VEC – Volume economizado, dado pela soma VEC = VTE + VRR, onde:
− VTE – Volume de água economizado por tecnologias economizadoras;
− VRR – Volume de água utilizado para Recirculação/Reuso.

Orientações:

A. O Volume de água consumido com origem na Concessionária (VCO) é obtido diretamente com a
concessionária, a partir das contas mensais ou valor estimado para empreendimentos novos;
B. O Volume de água consumido com origem na retirada de Poço Artesiano (VPA) é fornecido pelo
próprio empreendedor;
C. No cálculo do Volume Economizado (VEC), é necessário considerar o volume de água que seria
gasto no empreendimento sem os dispositivos economizadores implantados ou propostos,
além do volume de água utilizado para recirculação/reuso.
D. Para o Volume Economizado por Tecnologias Economizadoras (VTE), é necessário calcular o
volume de água a partir da eficiência de cada tecnologia utilizada no empreendimento em
relação aos equipamentos convencionais equivalentes, no período de referência de 12 meses,
sendo o volume a média mensal do período.

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Esse cálculo deve ser feito para todas as tecnologias presentes no empreendimento, sendo
seus resultados somados ao final.

Nesses cálculos, devem ser levados em consideração os consumos setorizados por:


- Torneiras;
- Descargas sanitárias;
- Chuveiros;
- Refrigeração;
- Irrigação;
- Consumo em equipamentos (piscinas, máquinas de lavar pratos e/ou roupas, banheiras);
- Outros.

Dessa forma, tem-se que:

VTE = ∑ (Q x T x N x U x D x EF), onde:


• ∑ = O cálculo deve ser feito para cada tecnologia presente no empreendimento,
considerando o valor médio mensal dos 12 (doze) últimos meses, sendo seus resultados
somados ao final;
• Q = Vazão de projeto da tecnologia (ver tabela 1, no item 5).;
• T = Tempo de acionamento da tecnologia. No caso das tecnologias, “descarga com caixa
acoplada (6 litros)” ou “descarga com duplo acionamento (3 e 6 litros)”, considerar o tempo
de 3,5 segundos para acionamento de 6 litros e 1,75 segundos para acionamentos de 3
litros; Para as demais tecnologias, utilizar o tempo médio de acionamento em cada uso.
• N = Número de acionamentos por cada usuário da tecnologia .
• U = Número de usuários da tecnologia por dia.
• D = Número de dias utilizados no mês.
• EF = eficiência da tecnologia, representada pela porcentagem economizada de água em
relação à tecnologia convencional (ver tabela 2, no item 6).

E. Para o Volume Economizado por Recirculação/Reuso (VRR), considerar o volume efetivo de água
recirculada e utilizada no processo, pela média mensal dos 12 (doze) últimos meses.

2. CÁLCULO DA EFICIÊNCIA

Após o cálculo do volume demandado (VD), é necessário calcular a eficiência obtida em cada uma das
soluções adotadas. A Eficiência total do empreendimento é dada pela fórmula:

EF = (∑ EFTE) + EFRR, onde:


• ∑ = O cálculo deve ser feito para todas as tecnologias presentes no empreendimento, sendo
seus resultados somados ao final;
• EFTE – Eficiência proveniente da economia obtida pelas Tecnologias Economizadoras;
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• EFRR – Eficiência proveniente da economia obtida pela Recirculação/Reuso.

As eficiências são dadas pelas fórmulas:

Tecnologias economizadoras Fontes renováveis


EFTE = VTE x 100 / VD EFFR = VRR x 100 / VD

Os valores de VTE, VRR e de VD foram obtidos através dos cálculos realizados no item anterior (Item 1).

3. CÁLCULO DA PONTUAÇÃO

Cada um dos mecanismos adotados pelo empreendimento receberá uma pontuação, as quais servirão
para determinar sua conformidade em relação aos critérios estabelecidos pelo Programa para o
recebimento do Certificado em Sustentabilidade (Selo BH Sustentável) ou do Certificado de Boas
Práticas.

A Pontuação Total (PT) do empreendimento será dada pela somatória das pontuações obtidas por
cada um dos mecanismos de sustentabilidade adotados.

O quadro a seguir resume os critérios de pontuação para cada um dos mecanismos:

Mecanismo Submecanismo Pontuação Frequência Observação


A bonificação é calculada de acordo
1 anual
com a frequência das atividades das
Educação Ambiental 1 semestral tecnologias existentes até o máximo de
5 pontos, independente do número de
3 permanente atividades realizadas.
São concedidos 5 pontos para cada
Práticas
Gestão Águas Pluviais 5 - mecanismo adotado, até o máximo de
ambientais
10 pontos.
Controle de Vazamentos
Medição Individualizada Bonificação concedida caso exista um
5 -
(somente para prédios dos sistemas ou ambos.
residenciais)
Fontes Alternativas 6 - Bonificação concedida caso exista.
Nesse caso, a constante (0,3)
Tecnologias economizadoras EFTE / 0,3 -
corresponde à meta estabelecida para
Recirculação/Reuso EFRR / 0,3 - a dimensão Água, que é de 30%.

4. CÁLCULO DA CONFORMIDADE

No cálculo da conformidade, será concedida uma tolerância de 5% (cinco por cento) sobre a pontuação
total, visando compensar eventuais distorções causadas pelas aproximações adotadas durante os
cálculos de consumo e eficiência dos dispositivos. Sendo assim, a Pontuação Final do empreendimento
será dada pela fórmula:

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PF = PT + T, onde:
• PF – Pontuação final;
• PT – Pontuação total (obtida no item 3, referente ao cálculo da pontuação);
• T – Tolerância 5% (cinco por cento);

De acordo com a Pontuação Final obtida, o resultado será segundo o quadro a seguir:

Pontuação Final Resultado


>= 100 Apto à Certificação
Entre 67 e 99 Certificado de Boas Práticas
Até 66 Não atingiu o índice de certificação

5. PARÂMETROS DE VAZÃO ADOTADOS

Tabela 1 - Parâmetros de vazão adotados, de acordo com a norma NBR 5626:1998 da ABNT.

Vazão de projeto Vazão de projeto


Mecanismo
(l/s) (l/hora)
Chuveiro 0,1 360
Ducha 0,2 720
Descarga 1,7 6120
Mictórios 0,15 540
Torneira de lavatório 0,15 540
Torneira de Pia 0,25 900
Torneira de tanque 0,25 900
Banheira e similares 0,3 1080
Lavadora de pratos 0,1 360
Lavadora de roupas 0,25 900
Sauna 0,25 900
Sistema de irrigação de jardins 0,25 900
Bidê 0,1 360
Bebedouro 0,1 360
Reposição de água por evaporação - ar condicionado 0,5 1800
Reposição de água por evaporação - piscina 0,25 900

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6. PARÂMETROS DE EFICIÊNCIA ADOTADOS

Tabela 2. Parâmetros de eficiência média adotados para as tecnologias.

Eficiência média de
Equipamento Tipo
redução
Hidromecânica/fechamento automático 50%
Com acionamento por sensor 60%
Torneiras
Com acionamento por pedal 50%
Com arejador/redutor de vazão/restritor/pulverizador 25%
Descarga com caixa acoplada (6 litros) 50%
Descarga com duplo acionamento (3 e 6 litros) 60%
Bacias Sanitárias Descarga por sensor 50%
Descarga à vácuo 80%
Descarga por pressão 70%
Mictório sem água 100%
Com válvula por sensor 50%
Mictórios
Redutor de vazão 25%
Válvula temporizada 50%
Com redutor de vazão 40%
Chuveiros/Duchas
Válvula de fechamento automático 40%

7. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA ENVIO DE PROPOSTA

• Conta de água fornecida pela concessionária COPASA referente ao cálculo do consumo médio
utilizado na Proposta;
• Cópia da Simulação de Dados lançados no Sistema;
• Dados de distribuição do consumo de água do empreendimento: Tabela e Gráfico;
• Comprovante do fornecedor sempre que a eficiência da tecnologia ultrapassar o índice médio
sugerida pela metodologia do Programa de Certificação Selo BH Sustentável;
• Comprovantes das ações de educação ambiental desenvolvidos. Empreendimentos em fase de
projeto deverão enviar plano de educação ambiental.

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ANEXO 2 – DIMENSÃO: ENERGIA

O cálculo da sustentabilidade é feito em 4 (quatro) etapas:

1. Cálculo da quantidade de energia demandada;


2. Cálculo da eficiência;
3. Cálculo da pontuação;
4. Cálculo da conformidade.

1. CÁLCULO DA QUANTIDADE DE ENERGIA DEMANDADA

Para o cálculo da sustentabilidade do empreendimento, inicialmente é necessário estimar o total de


energia demandada, calculada pela média mensal 12 (doze) últimos meses (um ano), estimada no
caso de empreendimentos novos e/ou contabilizados nos 12 (doze) últimos meses para
empreendimentos existentes. Sendo assim, tem-se que:

ED = EC + EEC, onde:
• ED – Energia demandada;
• EC – Energia consumida (energia adquirida da concessionária);
• EEC – Energia economizada, dada pela soma EEC = ETE + EFR + ECG, onde:
− ETE – Energia economizada por tecnologias economizadoras;
− EFR – Energia economizada por fontes renováveis;
− ECG – Energia economizada por co-geração.

Orientações:

A. Para esse cálculo, devem ser levados em consideração os consumos especialmente das
seguintes áreas: Iluminação, Elevadores, Ar condicionado/refrigeração, Aquecimento de
água, Máquinas e equipamentos.
B. A Energia Consumida (EC) é obtida diretamente com a concessionária, a partir das contas
mensais e/ou estimada, no caso de empreendimentos novos.
C. No cálculo da Energia Economizada (EEC), é necessário determinar a quantidade a mais de
energia que seria consumida no empreendimento sem os dispositivos economizadores
propostos e/ou implantados.
D. A Energia Economizada por Fontes Renováveis (EFR) e Energia Economizada por Co-Geração
(ECG) corresponde à energia gerada por essas fontes.
E. Para a Energia Economizada por Tecnologias Economizadoras (ETE), é necessário calcular a
quantidade de energia a partir da eficiência de cada tecnologia em relação à sua linha de
base, bem como o consumo dessa tecnologia e o seu tempo de funcionamento.
Esse cálculo deve ser feito para todas as tecnologias presentes no empreendimento, sendo
seus resultados somados ao final. Dessa forma, tem-se que:
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ETE = (|IEF – IEF padrão / IEF padrão|) x C x T, onde:
• IEF (Índice de eficiência da tecnologia) – coeficiente de eficiência energética disponível
na tabela Procel/Inmetro;
• IEF padrão (Índice de eficiência padrão da tecnologia) – eficiência energética mínima
utilizada na Classe C pelo Procel/Inmetro;
• C – Consumo de energia com base nos resultados do ciclo normalizado pelo Inmetro,
de uma hora por dia por mês (kWh/mês), disponível nas tabelas Procel/Inmetro;
• T = tempo de utilização da tecnologia, em horas, pela média mensal dos 12(doze)
últimos meses.

Para os equipamentos não listados nas tabelas Procel/Inmetro, a eficiência deverá ser
calculada com base nas especificações do fabricante e em relação a uma solução tecnológica
convencional equivalente.

F. Para o caso específico da iluminação, o cálculo é feito de maneira análoga, porém


considerando a potência dos dispositivos em lugar da eficiência. A fórmula, então, assume a
seguinte forma:

ETE = 0,5 x (PT eq – PT) x T, onde:


• PT (Potência da tecnologia) – potência da tecnologia, disponível na tabela
Procel/Inmetro;
• PT eq (Potência equivalente) – potência equivalente de uma lâmpada incandescente,
disponível na tabela Procel/Inmetro;
• T = tempo de utilização da tecnologia em horas, pela média mensal dos 12(doze)
últimos meses.

Para lâmpadas de LED (light-emitting diode), utilizar a tabela abaixo:

Fabricante Marca Potência (kw) Potência equivalente (kw)


0,001 0,010
0,003 0,020
0,005 0,025
0,007 0,035
0,010 0,060
0,012 0,080
0,015 0,100
Todos Todas 0,020 0,150
0,050 e 0,060 0,400
0,075 0,550
0,080 0,450
0,090 0,550
0,100 e 0,120 0,750
0,150 0,900
0,160 0,950

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2. CÁLCULO DA EFICIÊNCIA

Após o cálculo da energia consumida, é necessário calcular-se a eficiência obtida em cada uma das
soluções adotadas. A Eficiência total (EF) do empreendimento é dada pela fórmula:

EF = EFTE + EFCG + EFFR, onde:


• EFTE – Eficiência proveniente da economia obtida pelas Tecnologias Economizadoras;
• EFCG – Eficiência proveniente da economia obtida pelas Co-Geração;
• EFFR – Eficiência proveniente da economia obtida pela geração por Fontes Renováveis.

As eficiências são dadas pelas fórmulas:

Tecnologias economizadoras Co-Geração Fontes renováveis


EFTE = ETE x 100 / ED EFCG = ECG x 100 / ED EFFR = EFR x 100 / ED

Os valores de ETE, ECG, EFR e de ED foram obtidos através dos cálculos realizados no item anterior (Item
1).

3. CÁLCULO DA PONTUAÇÃO

Cada um dos mecanismos adotados pelo empreendimento receberá uma pontuação, as quais
servirão para determinar o enquadramento nos critérios estabelecidos pelo Programa para o
recebimento do Certificado em Sustentabilidade (Selo BH Sustentável) ou do Certificado de Boas
Práticas.

A Pontuação Total (PT) do empreendimento será dada pela somatória das pontuações obtidas por
cada um dos mecanismos.

O quadro a seguir resume os critérios de pontuação para cada um dos mecanismos:

Mecanismo Pontuação Frequência Observação


A bonificação é calculada de acordo com a
1 anual
frequência das atividades das tecnologias
3 semestral existentes até o máximo de 5 pontos,
Práticas
independente do número de mecanismos
ambientais
adotados.
5 permanente (Cada ponto corresponderá a 0,25% de
sustentabilidade até o máximo de 1,25%)
Arquitetura Bonificação concedida pela existência da
5 -
bioclimática tecnologia.
Tecnologias
EFTE / 0,25 -
economizadoras Nesse caso, a constante (0,25) corresponde à
Geração por meta estabelecida para a dimensão Energia,
EFFR/ 0,25 -
Fontes Renováveis que é de 25%.
Co-Geração EFCG / 0,25 -

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4. CÁLCULO DA CONFORMIDADE

No cálculo da conformidade, será concedida uma tolerância de 5% (cinco por cento) sobre a
pontuação total, visando compensar eventuais distorções causadas pelas aproximações adotadas
durante os cálculos de consumo e eficiência dos dispositivos.

Sendo assim, a Pontuação Final do empreendimento será dada pela fórmula:

PF = PT + T, onde:
• PF – Pontuação final;
• PT – Pontuação total (obtida no item 3, referente ao cálculo da pontuação);
• T – Tolerância 5% (cinco por cento);

De acordo com a Pontuação Final obtida, o resultado será segundo o quadro a seguir:

Pontuação Final Resultado


>= 100 Apto à Certificação
Entre 80 e 99 Certificado de Boas Práticas
Até 79 Não atingiu o índice de certificação

5. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA PARA ENVIO DE PROPOSTA:

• Demonstrativo de Conta CEMIG contendo os 12 meses utilizados no cálculo da média mensal


de gasto energético;
• Distribuição do consumo de energia do empreendimento: tabela e gráfico;
• Comprovante de dados do fornecedor sempre a tecnologia não tiver sido avaliada pelo
Procel;
• A descrição das atividades de Educação Ambiental deverá vir acompanhada dos
comprovantes relacionadas às ações. Quando as ações estiverem em fase de planejamento,
enviar a proposta.

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ANEXO 3 – DIMENSÃO: RESÍDUOS SÓLIDOS

O cálculo da sustentabilidade na dimensão Resíduos Sólidos será feito em 4 (quatro) etapas:

1. Cálculo da massa total de resíduos sólidos gerados;


2. Cálculo da eficiência;
3. Cálculo da pontuação;
4. Cálculo da conformidade.

1. CÁLCULO DA MASSA TOTAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERADA

Para o cálculo da sustentabilidade do empreendimento na dimensão Resíduos Sólidos, inicialmente é


necessário determinar a massa total de resíduos sólidos gerados no período de referência de 12
meses (1 ano), contado a partir da data de apresentação da proposta. Sendo assim, tem-se que:

MTotal gerada = MReutilizada + Mreciclada + Múltima


Onde:

• MTotal gerada – Massa total de resíduos gerada;


• MReutilizada – Massa de resíduos destinada adequadamente à reutilização;
• Mreciclada – Massa de resíduos destinada adequadamente à reciclagem;
• Múltima – Massa de resíduos destinada à coleta pública/privada de forma não seletiva.
Orientações:

A. Sugere-se que os quantitativos de massa de resíduos sejam trabalhados em kg;


B. Posteriormente, para o cálculo da eficiência total nesta dimensão, o empreendedor deverá
deter informações sobre os percentuais do total de resíduos passíveis de reciclagem e de
compostagem, que devem ser determinados por gravimetria, ou outra forma de
comprovação justificada pelo empreendedor.

2. CÁLCULO DA EFICIÊNCIA

Após o cálculo massa total de resíduos gerada, é necessário calcular-se o percentual de redução da
geração de resíduos sólidos contemplando as soluções adotadas. A percentual de redução da geração
de resíduos sólidos do empreendimento é dado a seguir:

%RS reduzido = (MReutilizada + MReciclada) x 100 / MTotal gerada

Onde:

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• MTotal gerada = MReutilizada + MReciclada +MÚltima
• %RS reduzido = percentual de geração de resíduos sólidos urbanos reduzido;
• MReutilizada = massa de resíduos sólidos destinada adequadamente à reutilização (em kg);
• MReciclada = massa de resíduos sólidos destinada adequadamente à reciclagem (em kg);
• MÚltima = massa de resíduos sólidos destinada à coleta pública/privada não seletiva (em kg);

3. CÁLCULO DA PONTUAÇÃO

Cada um dos mecanismos adotados pelo empreendimento receberá uma pontuação, as quais
servirão para determinar o enquadramento nos critérios estabelecidos pelo Programa para o
recebimento do Certificado em Sustentabilidade (Selo) ou do Certificado de Boas Práticas.

A Pontuação Total (PT) do empreendimento será dada pela somatória das pontuações obtidas por
cada um dos mecanismos.

O quadro a seguir resume os critérios de pontuação para cada um dos mecanismos:

Pontuação
Mecanismo Frequência Observação
máxima
1 ações anuais
A bonificação é calculada de acordo com a frequência das
Redução
ações atividades das tecnologias existentes até o máximo de 10
(Mobilização e educação 1
semestrais pontos, independente do número de mecanismos
ambiental)
ação adotados.
3
permanente
Redução (Cada ponto corresponderá a 1,0% de sustentabilidade
5 se praticado
(Otimização de processos) até o máximo de 5,0%).
A prática de reutilização de 30% do total de resíduos
Reutilização 20 - sólidos equivale à pontuação máxima (20 pontos). De 20 a
29%, considerar-se-á pontuação proporcional.
A prática de reutilização de 70% do total de resíduos
sólidos passíveis de reciclagem equivale à pontuação
Coleta seletiva (inorgânicos) 90 -
máxima (90 pontos). De 40 a 69%, considerar-se-á
pontuação proporcional.
A prática de reutilização de 70% do total de resíduos
sólidos passíveis de compostagem equivale à pontuação
Coleta seletiva (orgânicos) 90 -
máxima (90 pontos). De 40 a 69%, considerar-se-á
pontuação proporcional.
Coleta óleo de cozinha 20 se praticado Bonificação concedida pela existência da tecnologia.

4. CÁLCULO DA CONFORMIDADE

No cálculo da conformidade, será concedida uma tolerância de 5 (cinco) pontos sobre a pontuação
total, visando compensar eventuais distorções causadas pelas aproximações adotadas durante os
cálculos de consumo e eficiência dos dispositivos.

Sendo assim, a Pontuação Final do empreendimento será dada pela fórmula:

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PF = PT + T, onde:
• PF – Pontuação final;
• PT – Pontuação total (obtida no item 3, referente ao cálculo da pontuação);
• T – Tolerância 5% (cinco por cento);

De acordo com a Pontuação Final obtida, o resultado será segundo o quadro a seguir:

Pontuação Final Resultado


>= 100 Apto à Certificação
Entre 70 e 99 Atestado de Boas Práticas
Até 69 Não atingiu índice de certificação

5. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS À PROTOCOLAGEM DA PROPOSTA

• Proposta contendo os seguintes tópicos: introdução, descrição do empreendimento,


objetivos, diagnósticos do sistema, projeto de sustentabilidade, avaliação dos impactos
ambientais e considerações finais;
• 01 cópia do Laudo de Gravimetria dos resíduos do empreendimento contemplando as
seguintes classes: resíduos secos (reclicláveis), resíduos úmidos (compostáveis), resíduos
últimos. Este laudo deve constar a metodologia utilizada para determinação da gravimetria e
os dados do responsável pela informação;
• 01 cópia na íntegra do “Manual de Gestão de Resíduos Sólidos” do empreendimento;
• Declaração de recebimento do destinador ou os 3 últimos recibo de destinação de resíduos
recicláveis/compostáveis.

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ANEXO 4 – DIMENSÃO: EMISSÕES DIRETAS DE GASES DE EFEITO ESTUFA (GEEs)

O cálculo da sustentabilidade na dimensão Emissões Diretas de GEEs será feito em 4 (quatro) etapas:

1. Cálculo da quantidade lançada de GEEs;


2. Cálculo da eficiência;
3. Cálculo da pontuação;
4. Cálculo da conformidade.

1. CÁLCULO DA QUANTIDADE LANÇADA DE GEEs: INFORMAÇÃO DO TOTAL DE


EMISSÕES DE GEEs REDUZIDAS OU COMPENSADAS/NEUTRALIZADAS

Para o cálculo da sustentabilidade do empreendimento na dimensão Emissões Diretas de GEEs, o


empreendedor deverá informar o percentual de emissões de GEEs reduzido (fontes estacionárias -
empreendimento/móveis - frotistas) ou compensado/neutralizado em relação ao total de emissões
no período de referência de 12 meses (um ano), estimadas e/ou contabilizadas no caso de
empreendimentos/frotas de veículos existentes.

Orientações:

A. Sugere-se que os quantitativos de emissões para os cálculos percentuais, se for o caso, sejam
convertidos em tCO2e (tonelada de CO2 equivalente);
B. Os GEEs considerados para efeito do Programa são os contemplados no Inventário Municipal
de Emissões de Gases de Efeito Estufa realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, sendo
eles:

Tipo de fonte emissora GEEs considerados


dióxido de carbono (CO2)
Estacionárias metano (CH4)
óxido nitroso (N2O)
Móveis dióxido de carbono (CO2)

C. Emissões de hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre


(SF6), investigadas de acordo com as diretrizes do IPCC para a elaboração do Inventário
Municipal de Emissões de Gases de Efeito Estufa, não foram identificadas no Município.
Sendo assim, estes gases não serão contabilizadas no âmbito do Programa;
D. O Inventário Municipal de Emissões de Gases de Efeito Estufa pode ser encontrado no
seguinte sítio eletrônico: www.pbh.gov.br.

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2. CÁLCULO DA EFICIÊNCIA

A eficiência de redução das emissões diretas de GEEs é determinada diretamente pela soma dos
percentuais reduzido e compensado/carboneutralizado em relação ao total de emissões de GEEs no
período de referência (12 meses), conforme a seguir:

%GEE evitado/compensado = %Reduzido + %Compensado/neutralizado, onde:


• %GEE evitado/compensado = percentual total de emissões diretas de GEEs evitado;
• %Reduzido = percentual de emissões diretas de GEEs reduzidos diretamente na fonte;
• %Compensado/neutralizado = percentual de emissões diretas de GEEs compensada e/ou
carboneutralizado.

3. CÁLCULO DA PONTUAÇÃO

Cada um dos mecanismos adotados pelo empreendimento receberá uma pontuação, as quais
servirão para determinar o enquadramento nos critérios estabelecidos pelo Programa para o
recebimento do Certificado em Sustentabilidade (Selo BH Sustentável) ou do Certificado de Boas
Práticas.

A Pontuação Total (PT) do empreendimento será dada pela somatória das pontuações obtidas por
cada um dos mecanismos.

O quadro a seguir resume os critérios de pontuação para cada um dos mecanismos:

Pontuação
Mecanismo Frequência Observação
máxima
A prática de redução de 80% do total de
Fontes emissões diretas de GEEs equivale à pontuação
100 se praticado
estacionárias máxima (100 pontos). De 30 a 79%, considerar-
se-á pontuação proporcional.
A prática de redução de 20% do total de
emissões diretas de GEEs equivale à pontuação
100 se praticado
máxima (100 pontos). De 10 a 19%, considerar-
Redução
se-á pontuação proporcional.
Fontes A prática de redução acima de 90% do total de
50 se praticado
móveis material particulado PM10 ou PM2,5.
se praticado
Classificação de mais de 70% da frota total no
(somente p/
25 Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular –
veículos
INMETRO igual ou superior à CLASSE B.
leves)
A prática de compensação/neutralização de 80%
do total de emissões diretas de GEEs equivale à
Compensação/neutralização 100 se praticado
pontuação máxima (100 pontos). De 30 a 69%,
considerar-se-á pontuação proporcional.

Página | 63
4. CÁLCULO DA CONFORMIDADE

No cálculo da conformidade, será concedida uma tolerância de 5% (cinco por cento) sobre a
pontuação total, visando compensar eventuais distorções causadas pelas aproximações adotadas
durante os cálculos de consumo e eficiência dos dispositivos.

Sendo assim, a Pontuação Final do empreendimento será dada pela fórmula:

PF = PT + T, onde:
• PF – Pontuação final;
• PT – Pontuação total (obtida no item 3, referente ao cálculo da pontuação);
• T – Tolerância 5% (cinco por cento);

De acordo com a Pontuação Final obtida, o resultado será segundo o quadro a seguir:

Pontuação Final Resultado


>= 100 Apto à Certificação
Entre 40 e 99 Certificado de Boas Práticas
Até 39 Não atingiu o índice de certificação

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