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Introdução
O filme, de ficção científica, “2001: Uma Odisseia no Espaço” produzido em 1968 sob
a direção de Stanley Kubrick, co-escrito por Kubrick e Arthur C. Clarke tem uma fonte
inesgotável de elementos para interpretação. Na minha primeira reflexão sobre esta
obra, produzi 10 páginas, isto porque tive que me autocensurar para não produzir mais
de 400. O que seria desconfortável durante uma sessão auditiva. Com isso, buscarei ser
sintético e conciso nesta apresentação.
Inicialmente, o roteiro de Arthur C. Clarke previa uma narração in off que explicasse o
filme. Mas o diretor Stanley Kubrick censurou essa possibilidade, trazendo à tona o
mérito maior desta obra-prima. Aliás kubrick nunca explicou o filme ou deu alguma
definição.
O filme
Logo na abertura do filme, três minutos de tela totalmente escura, introduz ao público
uma sensação sombria ao som micropolifônico de Atmospheres de Gyorgy Ligeti. O
completo vazio e a estranheza dos sons dissonantes de massas sonoras remetem ao
desconhecido da imensidão espacial Lentamente vai invadindo a tela um espaço
estrelado que é quebrado por um abrupto aparecimento do lado oculto da lua em
simultâneo com o explosiva sonora de Also sprach Zarathustra, Op. 30 de Richard
Strauss. É iniciado um movimento de câmera que em minimo plongée mostra o
preciso alinhamento da eclipse lunar.
A primeira ação começa na pré-história, mais ou menos 7 milhões de anos. Sem
explicações o monólito aparece. Os primatas (Sahelantropus tchadensis) que tocaram o
monólito mudaram de comportamento. Eles descobrem que os ossos podem ser usados
como armas e com esta descoberta passam a caçar, tornam-se carnívoros, defendem as
fontes de água e expulsam outros animais de seu território. O filme, num corte seco,
então, muda radicalmente seu ambiente para o espaço. Descobrimos que o mesmo
monólito foi enterrado na Lua. Depois que os astronautas o tocam ele emite um som
agudo ensurdecedor. A terceira parte da narrativa mostra dois astronautas em uma
viagem para Júpiter. A nave por eles tripulada é comandada em absoluto e integral por
HAL9000 que se trata de um computador dotado de inteligência suprema, livre arbítrio
e infalível com fabricação a prova de erros. Durante a viagem HAL9000 perde o
controle emocional e mata toda a tripulação, menos o astronauta David Bowman. Para
se proteger o astronauta depois de muitas tentativas consegue desligar HAL9000. Ao
fazer isso descobre o real motivo da missão. O monólito que estava enterrado na lua
enviou sinais para Júpiter, comunicando assim aos terráqueos que havia vida inteligente
em tal planeta. Na quarta parte o monólito reaparece agora ao redor de Júpiter. Há um
túnel de luzes coloridas dando a entender que Bowman entrou em outra dimensão.
GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Fundada em 08 de janeiro de 1928 da E.’. V.’..
Interpretação
Tanto na cena a do primata apontando para o monólito e quando Dave velho na cama
tenta tocar o monólito nos remete ao afresco A Criação de Adão pintado por
Michelangelo Buonarotti.
O lugar que todo maçom acredita ir é o Oriente Eterno que no filme casa bem com o
sala toda branca da cena final. Afinal não é a pedra polida que buscamos?
1. O Eclipse Lunar provoca um confronto entre passado e futuro, mas é o futuro que deve vencer. Hábitos, apegos e
experiências baseadas em comportamentos já conhecidos devem ser substituídos e dar vez a novas direções.