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ROBERTA TRIGO

Marketing Pessoal
e Administração
de
CARREIRA
Incluindo testes para autoanálise, modelo de currículo eficaz e
um glossário com as competências mais exigidas nas corporações

1ª edição - 2010
Rua Eng. Alpheu José Ribas Sampaio, 3-40
Jd. Infante Dom Henrique | CEP 17012-631 | Bauru, SP
Fone/fax (14) 3313-7968 | www.canal6.com.br

T828m Trigo, Roberta.


Marketing pessoal e administração de carreira / Roberta Trigo.
- - Bauru, SP: Canal6, 2010.
104 p. ; 21 cm.

ISBN 978-85-7917-161-1

1. Administração. 2. Marketing. 3. Marketing Pessoal. 4. Markwting


Estratégico. I. Trigo, Roberta. II. Título.

CDD: 650.14

Copyright© Roberta Trigo, 2010


Agradecimentos

A idéia de fazer este livro surgiu da necessidade de ter um material


que pudesse ser usado em meus treinamentos sobre marketing pessoal,
administração de carreiras e demais programas ministrados na Trigo
Consultoria e em outras entidades para as quais presto serviços.
Posso dizer que foi uma tarefa muito gratificante com a qual tam-
bém pude enriquecer meus conhecimentos pessoais e profissionais
nas mais diversas áreas, não somente em toda teoria abrangida por
este livro, como também em todo o meio editorial, o qual é muito
rico e envolvente.
Agradeço a todos que contribuíram de forma direta ou indireta
nesta empreitada, que acima de tudo é a realização de um sonho dis-
tante e, sem a ajuda de todos à minha volta, este sonho nunca teria
sido concretizado.
Cito algumas pessoas que fizeram a diferença neste processo às
quais agradeço de coração e que muito me incentivaram na publica-
ção deste material:
Minha amiga Vanessa Gonçalves que ao publicar o seu primeiro
livro recentemente me intimou a terminar este projeto iniciado ante-
riormente ao dela.
Todo pessoal da editora que me orientou sobre as melhores prá-
ticas editoriais.
A professora de Português, Silvia Lopes dos Santos, amiga pessoal
da família, que gentilmente fez as correções ortográficas necessárias e,
deste modo descobri que pontuar corretamente uma frase é algo mui-
to complexo e nem muitos anos de análise e terapia servirão para eu
conseguir compreender a diferença entre vírgula e ponto e vírgula!
A empresa Trigo Consultoria em Recursos Humanos e todos os
seus colaboradores, que durante minha ausência conduziram suas
tarefas com tanto esmero e excelente desempenho. Confirmando a
frase de que ninguém é insubstituível, descobri que não faço tanta
falta assim.
E, finalmente aos meus pais, que me incentivaram a finalizar o
material, ajudando na correção final e últimos retoques e, claro, por
me aturarem durante todos esses anos de vida.
Sumário

1 - Introdução ...............................................................................9

2 - Princípios do Marketing Estratégico ..................................... 13


O que é Marketing?..............................................................................................13
Os Fundamentos do Marketing Estratégico...................................................... 14
Os 4Ps do Marketing Estratégico .......................................................................15

3 - O Produto Pessoa .................................................................23


Os Fundamentos do Marketing aplicados ao Produto Pessoa .........................23
Ciclo de Vida do Produto Pessoa ........................................................................26

4 - Marketing Pessoal ................................................................29


Conceito do Marketing Pessoal ..........................................................................29
Valorização da Imagem.......................................................................................34
Estudo das Percepções ........................................................................................38

5 - Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal .... 41


Pontualidade ........................................................................................................41
Comunicação Verbal ...........................................................................................42
Comunicação corporal ........................................................................................44
Educação e Cordialidade.....................................................................................45
Apresentação Pessoal ..........................................................................................46
Visual e Etiqueta ..................................................................................................47
Negócios à Mesa...................................................................................................48

6 - Apresentações em Público ................................................... 51


Contato Visual .....................................................................................................53
Postura Física .......................................................................................................53
Gesticulação .........................................................................................................53
Voz ........................................................................................................................53
Respiração ............................................................................................................54
Dicção e Verbalização .........................................................................................54
Linguagem ...........................................................................................................54
Ouvir .....................................................................................................................55

7 - O Produto: VOCÊ. .................................................................59


Vida.......................................................................................................................60
Objetivo ................................................................................................................62
Carreira ................................................................................................................65
Entusiasmo e Motivação ..................................................................................... 74

8 - Dicas finais para o desenvolvimento de um


bom marketing pessoal ........................................................83

9 - Anexos ..................................................................................85

10 - Bibliografia Recomendada ................................................ 101


1
Introdução

Marketing Pessoal é o conjunto de características individuais do


ser humano, que, somado a uma boa imagem e visual adequado, é
capaz de conduzi-lo à realização e à conquista do sucesso.

"Marketing Pessoal não é


divulgar uma melhor imagem
de nós mesmos, mas nos
tornarmos pessoas
melhores."

Marketing Pessoal implica em desenvolvermos todo um conjunto


de características individuais como:
10 | Introdução

É fato que em todo o momento estamos negociando algo com al-


guém, seja em nosso trabalho ou em nossa vida pessoal, comprando
ou vendendo algo; até mesmo nossas idéias são produtos cabíveis em
uma negociação.
Se observarmos bem, todo relacionamento de cunho pessoal ou
profissional envolve negociação, persuasão, convencimento, sedução.
Com seu chefe é a idéia de um projeto novo a ser implementado,
ou seu aumento salarial; já com sua família pode ser o caso de um
almoço na casa da sogra no domingo (o que para alguns pode ser
um verdadeiro martírio!) mas, brincadeiras à parte, para obtermos
sucesso nas negociações, usamos toda a nossa capacidade intelectual,
técnica, emocional e até mesmo a aparência física é um fator impor-
tante para alcançarmos nossos objetivos.
No mundo de hoje, somos avaliados o tempo todo, por isso a im-
portância do desenvolvimento de um bom marketing pessoal, cujo
objetivo é nos tornarmos completos.
Perceba que o desenvolvimento de um bom marketing pessoal de-
pende de vários fatores e, com base neles, proponho uma reflexão....

• Percepções
Quais as percepções que eu tenho dos outros e os outros têm de
mim?

• Aparência
Quais as impressões que as pessoas têm de mim com a minha
aparência?
Eu passo uma imagem de sucesso?
Atualmente existe uma preocupação muito grande com a apa-
rência, mas lembro que isso não é tudo para desenvolvermos um bom
marketing pessoal. É preciso ter conteúdo além da aparência.
De que adianta um frasco lindo se o perfume não tem cheiro?

• Atitudes
Quais as minhas atitudes que me remetem ao sucesso?
Introdução | 11

Atitude é o que se faz. Cuidado com aqueles que muito falam e


pouco fazem.

• Comportamento
Como é o meu comportamento perante a sociedade, tanto na vida
pessoal como profissional?
Como me relaciono com os outros?

• Competências
Que competências são necessárias no meu segmento de atuação,
tanto técnicas como comportamentais, para obter o sucesso desejado?

• Qualidades
Quais são as minhas principais qualidades que me destacam dos
demais?
O que me faz ser diferente e melhor?

• Boa Imagem
A boa imagem está relacionada ao visual adequado para cada si-
tuação; saber posicionar-se nas mais diversas ocasiões é fundamental
para o desenvolvimento de um bom marketing pessoal.
É importante lembrarmos que aparência, atitude, comportamento,
forma de se apresentar e se vestir sempre abriram portas e influen-
ciaram opiniões e decisões; até aí nenhuma novidade, no entanto, é
importante afirmar que estas questões passaram a ter importância
fundamental nas organizações, em qualquer que seja a área de atuação
ou atividade exercida. Muitas vezes nos esquecemos dessas regras, rela-
xamos em nossa postura e, com isso, vem a “derrocada do império”.
O mundo trata melhor quem se trata melhor.
Existe um ditado que diz: O hábito não faz o monge.
Você concorda com essa afirmativa? Pois eu não concordo total-
mente, para muitos, a sua forma de se apresentar e vestir faz muita
diferença!
12 | Introdução

Quem nunca se sentiu melhor tratado em um restaurante, trajan-


do um terno ou um vestido fino?
Repare em algumas casas noturnas e restaurantes. Que carros são
estacionados na frente desses locais? Fuscas?
Claro que, para cada área de atuação, existe um protocolo a ser
seguido. Afinal, ninguém vai aparecer em um campeonato de surf
trajando terno e gravata ou saltos altos!
O Marketing Pessoal questiona desde pensamentos e atitudes, até
a apresentação e a comunicação, além da ética e da capacidade de
liderar, de se automotivar e de entusiasmar as pessoas a sua volta.
Tudo isso é Marketing Pessoal.
Mais do que nunca, atualmente, as empresas, no momento de
contratar, analisam não só suas competências técnicas e experiências
profissionais anteriores, para o perfeito desempenho de suas funções
e atividades, como também tudo que possa enriquecer direta ou indi-
retamente a futura posição que poderá vir a ocupar.
Traduzindo: preocupações com o capital intelectual humano e
ética são fundamentais para as empresas poderem definir, de forma
mais ampla, o perfil de seus colaboradores.
Neste material, você encontrará uma série de informações básicas e in-
teressantes na arte de se apresentar bem como nas mais diversas situações
que envolvem nossa rotina diária: vestimenta, comportamento, postura
profissional, relacionamento humano. São noções de Marketing Pessoal
como: vestuário adequado, etiqueta e bons costumes, sua carreira, sua vida,
metas e objetivos que, aplicadas de forma habitual e sincera, constituirão
um diferencial competitivo na sua carreira e, por conseguinte, na sua vida.
Desejamos que você tenha muito sucesso.
ELE SÓ DEPENDE DE VOCÊ!

O SUCESSO, PESSOAL E
PROFISSIONAL,
SÓ DEPENDE DE VOCÊ!
2
Princípios do Marketing Estratégico

Antes de abordarmos os conceitos sobre Marketing Pessoal, co-


mentaremos sobre os Princípios do Marketing Estratégico, que nos
norteará para desenvolvermos o nosso Marketing Pessoal, desenvol-
vendo as estratégias do Marketing de Consumo a um novo produto,
o produto pessoa... o produto VOCÊ.

O que é Marketing?

Pela AMA (Americam Marketing Association), Marketing é “toda


atividade de negócio que leva o produto (ou serviço) do produtor ao
consumidor”.

O principal objetivo da atividade da área de Marketing é produ-


zir resultados, levando-se em conta os fatores que influenciam o com-
14 | Princípios do Marketing Estratégico

portamento do consumidor e os produtos/serviços adequados para


atingir esse consumidor.
Esses resultados podem vir como retorno financeiro ou de ima-
gem (fixação da marca).
Outra atividade da área é desenvolver, com base no mercado e na
concorrência, esforços e ações que gerem o encantamento do cliente e
uma diferenciação da concorrência.
Essa diferenciação é que nos faz únicos no mercado!
O Marketing Pessoal está apoiado nas bases do marketing tradi-
cional. Para tanto, é interessante fazermos uma rápida apresentação
sobre os conceitos de Marketing e como eles podem (e devem) ser
aplicados no Produto Pessoa

Os Fundamentos do Marketing Estratégico

Para compreendemos melhor sobre o Marketing Pessoal e como


desenvolvê-lo, vamos analisar os fundamentos do marketing estraté-
gico e, posteriormente, faremos a analogia destes termos e conceitos
ao Produto Pessoa.
Princípios do Marketing Estratégico | 15

Os 4Ps do Marketing Estratégico

Toda estratégia de Marketing está baseada nos 4Ps:

• Produto,
• Preço,
• Ponto de Venda ou Praça,
• Promoção ou Propaganda.

Produto

Neste caso nos referimos ao que é oferecido ao mercado, o pro-


duto ou o serviço em si. Quando desenvolvemos um produto ou um
serviço, algumas características específicas devem ser analisadas:
16 | Princípios do Marketing Estratégico

Características Físicas:
Podemos citar como características físicas, tudo que é palpável,
tangível, medido, observado por todos, como: formato, embalagem,
peso, dimensões.
Para definirmos as características físicas de um produto, basta
responder as seguintes perguntas:
• O que é o produto/serviço?
• Para que ele serve ou o que ele faz?

Características que atingem o consumidor:


Essas características são intangíveis, não são tão facilmente iden-
tificáveis, mas imprescindíveis para o desenvolvimento de qualquer
campanha de marketing, pois serão elas que atingirão a mente do
mercado comprador, do cliente final... o consumidor.
Portanto, pense nas questões abaixo:
• Como o produto é percebido pelo consumidor?
• Qual a sensação dos clientes ao adquirem esse produto/ser-
viço?
• O que o produto/serviço oferece para o consumidor?
• O que os consumidores pensam quanto à qualidade do pro-
duto?
• O que os consumidores querem com esse produto?
• Qual o seu diferencial em relação ao mercado (concorrên-
cia)?
• Qual o seu potencial de mercado?

Preço

O preço costuma ser um dos fatores críticos para a escolha de um


ou outro produto; mas, além do preço, a questão é quanto ele vale no
mercado?
É muito comum vermos produtos inovadores, principalmente na
área de tecnologia como telefones celulares, televisores e computa-
Princípios do Marketing Estratégico | 17

dores; quando é lançado um novo modelo, seu preço de venda é alto;


após um período, o preço reduz consideravelmente até que o produto
se torne obsoleto e saia de circulação.
Portanto, antes de falarmos se um produto ou serviço é caro ou
barato e estipularmos o seu preço, é necessário conhecermos o seu
valor de mercado.
Reflita sobre as questões abaixo:
• Qual o valor deste produto ou serviço no mercado?
• Quanto será seu custo de produção e seu preço de venda?
• Quanto o mercado está disposto a pagar por este produto ou
serviço?
• O que pode ser implementado de modo a adicionar valor ao
produto/serviço?

Ponto de Venda ou Praça

Em marketing, ponto de venda ou praça é o local de comercia-


lização do produto, território de venda, e nesse item inclui-se o pú-
blico-alvo, que nada mais é do que o mercado consumidor. Antes de
vendermos um produto é preciso identificar quem é cliente-alvo e ir
atrás dele, esteja onde estiver.
Com base em um produto específico, pense:
• Onde ele será oferecido?
• Como e onde ele será vendido?
• Qual o melhor local para a venda?

Promoção e Propaganda

Para todo produto/serviço obter sucesso no mercado, é necessário fa-


zer-se conhecido. O mercado consumidor precisa saber de sua existência. A
promoção e propaganda são as armas de uma divulgação eficaz. Nesse caso
é preciso identificar as melhores práticas que atinjam o público-alvo.
18 | Princípios do Marketing Estratégico

• Qual a forma que será usada para divulgar este produto/serviço?


• Terá alguma ação como: panfletagem, anúncios em TV, jornais e
revistas?
• Que jornais ou revistas os clientes deste produto lêem?

A Estratégia (ideal) deverá estar centrada em todos os itens aci-


ma, os quais eles devem ser estudados e observados, sempre com foco
no mercado consumidor.
Além dos itens observados acima, existe um ponto muito impor-
tante que não foi incluso nos 4Ps anteriores: a EMBALAGEM.
Alguns escritores defendem a tese de que a Embalagem faça par-
ta do P-Produto, pois é parte integrante do mesmo, visto que esta é
destinada a envolvê-lo, protegê-lo, garantindo o destaque da marca,
chamando a atenção dos consumidores para o produto.
É a Embalagem que seduz o cliente na hora da compra.
Está comprovado que mais de 65% das vendas de perfumes femini-
nos são motivados pela embalagem, da mais exótica à mais tradicional.
Muitos livros são comprados pela capa!

Ciclo de Vida do Produto


Princípios do Marketing Estratégico | 19

Todo o produto possui um ciclo de vida que vai desde o seu lan-
çamento no mercado, até a sua retirada por motivos de obsolescência
tecnológica, baixa procura, falta de mercado comprador etc.
São 5 fases que compõem o ciclo de vida de um produto:

• Início, Iniciação ou Introdução:


Fase na qual o produto está sendo introduzido no mercado. Todos
os esforços de promoção estão centrados neste produto, a idéia é fixá-
lo na mente do consumidor. Os lucros são negativos, ou praticamente
inexistentes; o crescimento nas vendas é lento.
O produto é inovador.

• Crescimento:
O produto já está em fase de comercialização. Tudo que é novo
normalmente é experimentado pelo consumidor em geral, por isso
o produto apresenta um considerável crescimento nas vendas, lucros
ainda inexistente, mas com tendência ao crescimento. Há necessida-
de da recuperação do investimento.
Produto sendo experimentado e testado.

• Maturidade ou Maturação:
O produto já foi experimentado e testado pelo consumidor o qual
define sua preferência ou não. Imaginando que tenha agradado ao
mercado, o público torna-se cativo; com isso, as vendas apresentam
certa estabilidade. Alta lucratividade.
Produto incorporado aos hábitos de consumo.

• Saturação:
O produto atingiu seus objetivos, não existem novos consumidores
e os cativos estão começando a se identificar com novos lançamentos.
Com isso, temos uma leve queda nas vendas e a lucratividade relacionada
ao produto, diminui; aumento dos gastos internos. Esta fase é bastante
crítica: hora de a empresa rever as características do produto em função
do mercado e de identificar os motivos da leve queda nas vendas.
Produto entrando no desgosto do consumidor.
20 | Princípios do Marketing Estratégico

• Declínio:
Nesta fase é hora de reavaliar a presença do produto no mercado.
O produto apresenta forte queda nas vendas e o público interessado
reduz sensivelmente; consequentemente, o lucro desaparece o os cus-
tos dobram ou até mesmo triplicam.

Produto obsoleto.

É função do Marketing monitorar constantemente o comporta-


mento das vendas dos produtos no mercado a fim de evitar que es-
tes entrem em declínio; portanto, antes de o produto entrar na fase
de SATURAÇÂO, é necessário um incremento, uma mudança, uma
inovação, de forma que ele volte a ser de interesse do público consu-
midor e do mercado em geral.
Podemos citar alguns exemplos de como a monitoração do mer-
cado ou mesmo uma revisão no posicionamento da marca foi possível
rever todo um conceito “de produto ideal”, transformando-o em um
sucesso de vendas.

Lojas Hering:
Para quem tem mais de 30 anos deve se lembrar da marca Hering
e como foi sua evolução nestas últimas décadas.
Durante década de 70 até o início dos anos 80, Hering era sinôni-
mo de camiseta branca, sem muita qualidade, barata e o seu público
consumidor era classe C e D.
Em menos de 10 anos, já na década de 90, a Hering revolucionou o
seu mercado consumidor, reposicionando sua marca com produtos di-
ferenciados, lojas com design arrojados, localizadas em shoppings mais
elitizados, passando a ser consumida por público das classes A e B.

Honda:
Acredito que este seja um dos maiores sucessos de marketing no Bra-
sil e como é possível alavancar vendas de um produto praticamente mor-
to para o mercado graças a um novo foco estratégico para o produto.
Princípios do Marketing Estratégico | 21

Sei que muitos se lembram da famosa lambreta. Calma que essa


também não é da minha época, mas com certeza foi líder de vendas
durante anos. Simplesmente saiu do mercado, pois não mostrava um
visual arrojado, era lenta e para quem tivesse sede de aventura era ne-
cessário um produto superior, sendo substituída por outros modelos
com um apelo mais moderno e tecnologicamente mais avançado.
Por volta da década de 80, a Honda lançou a Vespa. O que todos
pensavam quando viam essa motocicleta?
“Nossa, que feia, parece uma lambreta.”
Ela transmitia a ideia de um conceito antigo o qual já não agrada-
va mais ao consumidor.
Quais as principais características identificadas pelo mercado?
Uma moto “brega” e antiga.
Resultado: em pouco tempo, as Vespas saíram de circulação devi-
do a um erro de marketing no posicionamento do produto.
Entretanto, no final dos anos 2000, qual a moto Honda que é líder
de vendas pelo país? A Biz, cujas características são muito semelhan-
tes às da Vespa e de nossa saudosa lambreta.
O que mudou nesse cenário?
A Biz, e os novos modelos Scooters, lançados no mercado, além
de serem tecnologicamente superiores às anteriores, atingiram o gos-
to de um novo público para o segmento de veículos de duas rodas: o
público feminino. Até então, apesar do século XXI, podemos dizer
que as mulheres não eram muito adeptas ao uso de motocicletas.
Esse comportamento do público feminino, vem mudando, pois
essa nova linha de produto veio com uma proposta nova, destacando
os benefícios do aparador de vento frontal para mulheres; elas pode-
riam usar saias preservando a sua intimidade; o “porta malas” para
acomodar a bolsa, capacete e outros badulaques, natural de toda mu-
lher; por não ser muito potente, não atinge altas velocidades, trazen-
do maior segurança e economia.
Ou seja, a área de marketing da empresa soube trabalhar as ca-
racterísticas que até então eram consideradas negativas no produto,
em uma forma extremamente positiva, conquistando assim um novo
mercado consumidor.
22 | Princípios do Marketing Estratégico

Havaianas:
Outro exemplo clássico é das Sandálias Havaianas, que partiu
de um uso exclusivo da classe C e D, com um processo de falência
iminente, para o mercado internacional, revolucionando todo concei-
to de sandálias de borracha.
Este produto é considerado um dos mais democráticos no merca-
do, pois atinge desde pessoas pertencentes à classe A como às da clas-
se E. Poucos produtos conseguem navegar em todos os níveis sociais
como as Sandálias Havaianas.
São vários os casos de sucessos e cenários de mudanças ocorri-
das no comportamento do consumidor, graças a uma repaginação de
produto, reposicionamento de imagem e de mercado.
Mas o que isso tudo tem a ver com o Marketing Pessoal?
Se é possível fazer todo esse reposicionamento com um produto,
é possível fazer com você também.
No próximo capítulo estudaremos o Marketing Pessoal aplicado
ao Produto Pessoa e como as técnicas do Marketing Estratégico são
úteis nesse processo de aprimoramento pessoal para nos tornarmos
pessoas melhores e mais completas.
Chegou a hora de dar uma repaginada no Seu produto... o Pro-
duto Pessoa!
3
O Produto Pessoa

Os Fundamentos do Marketing aplicados ao Produto


Pessoa

Estudamos os fundamentos do marketing baseando os 4Ps (Pro-


duto, Preço, Ponto de Venda ou Praça, Promoção ou Propaganda) a
um produto ou serviço qualquer.
Neste capítulo inserimos um quinto P – Pessoa e veremos como
aplicar esses conceitos ao nosso produto: o Produto Pessoa.

P - Produto Pessoa

O que é o Produto Pessoa? Na realidade, o Produto Pessoa a ser


estudado, é o nosso produto; a nossa própria pessoa que será, de cer-
ta forma, “oferecida” (não no sentido pejorativo, por favor...) para o
mercado.
Nesse caso, quando nos referimos ao produto (EU), devemos en-
fatizar as características que formam a nossa Pessoa como:
• Características Físicas
• Aparência Pessoal
• Formação Profissional e Pessoal
• Ética, Moral e Caráter
• Competências, Comportamentos e Atitudes
24 | O Produto Pessoa

Saber identificar quem somos e o que fazemos ou sabemos fazer é


fundamental para o desenvolvimento do Produto Pessoa.
Nosso caráter e nossa índole são fundamentais para o desenvol-
vimento do nosso produto. Nossa imagem é formada a partir do que
transmitimos para as pessoas, através das nossas atitudes, postura,
forma de falar, comunicar-se, comportamento, competências, rela-
cionamento etc.

Preço do Produto Pessoa

Qual o nosso valor de mercado? Não me refiro apenas à remunera-


ção, e sim nosso próprio valor como indivíduo? Quanto valemos como
pessoa e o que podemos fazer para agregar valor a nós mesmos?
Tudo deve ser pesado em uma balança para avaliarmos o nosso
valor, não só como profissional, mas também como indivíduo. Claro
que isso é incalculável em moeda, mas pode ser expresso em nossa
autoestima.

Ponto de Venda ou Praça para o Produto Pessoa

Obviamente, ninguém aqui está REALMENTE à venda (será? O


que você faria por 1 milhão de dólares? Muitos estão pensando... mas
isso não vem ao caso), quando nos referimos ao Produto Pessoa e
aos locais para sua “venda” ou divulgação, estamos nos referindo a
ambientes onde poderíamos apresentar o nosso produto, como em-
presas, reuniões, feiras de negócio, clubes, festas, restaurantes etc.
A venda do nosso produto dar-se-á em qualquer local, a todo o
momento. Sempre estamos oferecemos algo a alguém, negociamos
algo, convencemos alguém sobre nossas idéias, expressamos nossas
opiniões, ou até mesmo “vendemos” a nossa imagem.
O Produto Pessoa | 25

Promoção e Propaganda para o Produto Pessoa

Neste caso a panfletagem, anúncios em TV, jornais e revistas não


constituem a melhor forma de divulgação para um indivíduo. Cada
produto exige canais de divulgação específicos para atingir o seu
público-alvo.
Colocar o Produto Pessoa em evidência é muito mais fácil do que
parece, basta participar de reuniões pessoais, entrevistas, seminários, fei-
ras, eventos etc. A melhor forma é através de apresentações profissionais,
seja para grandes grupos ou até mesmo para uma única pessoa. Isto será
tema para um capítulo específico sobre Apresentações Pessoais.
É importante lembrar que não podemos desperdiçar oportuni-
dade para expor nossas idéias e opiniões; é importante sabermos nos
colocar em evidência de forma profissional; só assim seremos conhe-
cidos e lembrados.
Nosso principal material de divulgação do Produto Pessoa é nos-
so currículo, e este deverá ser elaborado com esmero e dedicação, tal
qual um folder promocional de uma empresa. Lembre-se, é a nossa
imagem que será transmitida nessa folha de papel.
Dada a importância desse assunto, inserimos um anexo especial
sobre como elaborar um currículo eficaz. Nele são obtidas informa-
ções completas sobre o modelo ideal de um currículo perfeito!

Embalagem do Produto Pessoa

A embalagem é o que reveste o produto, portanto, quando nos


referimos ao Produto Pessoa, estamos falando de nossa vestimenta,
nossos trajes e, por conseguinte, nossa aparência pessoal.
No capítulo anterior comentamos sobre a importância da emba-
lagem na arte da sedução do cliente na hora da compra, não é por isso
que devemos usar minissaia, cinta liga e meia arrastão (obviamen-
te, estou me referindo às mulheres, já imaginaram um rapaz usando
isso? Muito sedutor!).
26 | O Produto Pessoa

Nossos trajes devem seguir as normas do local, o perfil e o pro-


pósito da reunião.
É muito importante não cairmos no ridículo nem no exagerado!
Quando falamos de aparência pessoal é muito comum pensar-
mos no físico que inclui: idade, peso, estatura, asseio pessoal etc. En-
tretanto, é importante lembrarmos que o nosso grau de motivação e
entusiasmo interior também interfere em nossa aparência.
Autoestima e valorização pessoal são fundamentais para trans-
mitirmos a idéia de uma imagem de sucesso.

Ciclo de Vida do Produto Pessoa

Todo o produto possui um ciclo de vida que vai desde o seu lan-
çamento até a sua retirada no mercado. E cada pessoa, tal qual um
produto, também possui seu ciclo de vida profissional:

• Iniciação ou Introdução
O profissional está na fase de investimento em si mesmo: cur-
sos, formação acadêmica, uma boa apresentação pessoal, ginástica
etc. Esta pessoa está se preparando para ingressar no mercado ou em
uma nova área de atuação.

• Crescimento
A pessoa está mais em evidência, oportunidades de trabalho apa-
recem com bastante frequência. Há um desenvolvimento humano.

• Maturidade
Existem boas oportunidades para trabalho e há uma estabilidade
aparente. O profissional está no seu ápice!

• Saturação
Inicia-se uma considerável queda no aparecimento de oportunida-
des, o profissional começa a ficar desatualizado perante o mercado.
O Produto Pessoa | 27

• Declínio
As oportunidades desaparecem por completo, não há mais inte-
resse pelo mercado nesse profissional. Ele está obsoleto, ultrapassado!
Nosso objetivo é jamais deixar nosso Produto Pessoa entrar na
fase de saturação, e o melhor modo de fazermos isso é mantermo-
nos sempre atualizados, atentos ao mercado, observando o mundo
a nossa volta, aceitar as mudanças de maneira positiva e não ficar se
lamuriando pelos cantos, esperando que o mercado volte ao que era
antes. Isso jamais acontecerá; ou nós mudamos, ou mudam conosco.
Depois as pessoas são demitidas e não sabem por quê!
4
Marketing Pessoal

Para desenvolvermos uma boa estratégia de Marketing Pessoal,


é necessário fazermos uma série de atividades de autoconhecimento
de modo a podermos analisar nossos pontos fortes, a fim de darmos
ênfase para o desenvolvimento dos mesmos; e nossos pontos fracos,
para aprendermos como minimizá-los ou combatê-los.

Primeiro conheça VOCÊ.

Conceito do Marketing Pessoal

A Expressão Marketing Pessoal vem sendo muito usada nas últi-


mas décadas, entretanto em tom pejorativo, referindo-se ao Marke-
ting Pessoal como um modo de persuasão pessoal. Esse pensamento
errôneo coloca o Marketing Pessoal como uma forma de manipula-
ção dos outros, deformação pessoal etc.
30 | Marketing Pessoal

Quem nunca ouviu falar: Puxa! aquele sujeito tem um Marketing


Pessoal e tanto, por isso conseguiu a promoção tão facilmente, referindo-
se ao tal como um indivíduo de muita lábia, grandes relacionamentos,
mas pouco conteúdo. Do tipo que muito fala e pouco faz.
Esse pensamento está totalmente equivocado; o Marketing Pes-
soal não é somente divulgar uma melhor imagem de nós mesmos,
mas sim nos tornarmos pessoas melhores.
Agora, vamos ler a estória abaixo e refletir:
A nossa estória é composta por dois personagens: Leo e Tom.
Ambos trabalhavam em uma multinacional, exercendo cargo de
analista de sistemas e almejavam a gerência da área.
Leo sempre muito comunicativo e Tom bem mais retraído, focado
em seus pensamentos.
Leo se preocupava em conquistar a todos com sua simpatia, comu-
nicabilidade, participando a seu chefe tudo o que fazia. Posicionava a
gerência sobre cada etapa realizada.
Tom desenvolvia seu trabalho com o maior esmero; era uma pessoa
muito fechada e não se preocupava em comunicar a ninguém, nem
mesmo à sua gerência, sobre suas tarefas, pois acreditava que a sua
promoção seria fruto do seu trabalho.
Seu chefe pouco sabia sobre os projetos nos quais trabalhava e,
quando alguém perguntava sobre isso, Tom respondia com secura di-
zendo que estava tudo dentro do prazo.
Leo era um bom profissional, embora tecnicamente ainda apre-
sentasse algumas deficiências; isso não afetava, de forma expressiva, a
qualidade do seu trabalho.
Já Tom era um verdadeiro especialista, tecnicamente muito com-
petente, mas era uma pessoa de difícil relacionamento.
Leo sempre atrasava a entrega dos projetos solicitados, os quais em
alguns casos ainda precisavam de retoques.
Tom sempre se antecipava às datas de entrega, e seu trabalho era
perfeito, sem necessidade de revisão alguma.
Agora eu pergunto: Se você tivesse que promover um deles, qual
você escolheria?
Marketing Pessoal | 31

Se você respondeu Tom, com certeza essa é a resposta politica-


mente correta; entretanto, essa é a realidade nas empresas?
Nem sempre o melhor vence.
Mas neste caso, quem é o melhor?
Isso depende de cada situação.
Podemos dizer que Tom é mais competente que Leo?
Não, pois dependerá de quais competências são necessárias ou
mais importantes para o desempenho das atividades.
É comum termos candidatos perguntando sobre qual é o compor-
tamento ideal em uma dinâmica de grupo, ou em uma entrevista, e eu
sempre respondo: seja você mesmo, pois cada área, empresa e função
deseja um perfil específico, seja este mais dinâmico ou retraído. Cada
função requer um conjunto de competências específicas, e em uma
seleção, cabe ao recrutador identificar essas características nos candi-
datos, selecionando o que mais se encaixa ao perfil solicitado.
E que é competência?
Como saber quais são necessárias, quais possuímos em maior ou
menor grau?
Costumamos dizer: toda competência é formada pelo conjunto
de conhecimentos, habilidades e atitudes que, juntas, definem o com-
portamento de um indivíduo.

O CHA da Competência

C – Conhecimento
H – Habilidade
A – Atitude

C CONHECIMENTO SABER FAZER


H HABILIDADE COMO FAZER
A ATITUDE O FAZER
32 | Marketing Pessoal

Conhecimento é toda informação adquirida ao longo de nossa


vida, obtida por intermédio de estudos realizados, leituras, aprendi-
zado. É o saber; o conhecer.

Habilidade é o que sabemos executar. Ela está muito ligada a nos-


sa experiência vivenciada ao longo de nossa jornada profissional e
pessoal. É a prática em fazer algo.

Atitude é o ato que nos levará à conclusão de algo. Execução de


uma tarefa. Está ligado a um comportamento pró-ativo.

Com base no CHA, quais são as competências mais importantes


e valorizadas nas empresas atualmente?
Depende de cada situação; entretanto, vemos que as competências
ditas comportamentais como relacionamento interpessoal, trabalho
em equipe, liderança e outras, são normalmente mais valorizadas em
um processo seletivo, pois acredita-se que competências técnicas são
mais fáceis de serem desenvolvidas ou absorvidas pelos profissionais
do que mudanças em seu comportamento.
Mudar comportamento só é possível mediante o desejo interno do
indivíduo pela mudança, caso contrário, a pessoa permanece arraiga-
da nos seus antigos vícios sem observar as necessidades ao seu redor.
O livro “Quem mexeu no meu queijo” aborda exatamente esse
tema: mudanças comportamentais exigidas pelo mercado de traba-
lho, no qual o queijo pode ser o que cada leitor desejar, um emprego,
uma oportunidade na empresa, um projeto, um relacionamento, etc.
No final deste livro, elaboramos um glossário com uma relação
de competências comportamentais exigidas pelas empresas de seus
colaboradores. Aconselhamos a leitura crítica desse material, apro-
veitando o momento para uma autoanálise sobre quais são as SUAS
competências.
Voltando a nossa história entre Tom e Leo, qual deles afinal era o
mais competente e mereceria a promoção?
Marketing Pessoal | 33

Talvez Tom fosse mais competente tecnicamente que Leo, entre-


tanto, com base no glossário de competências, quando nos referimos
a um cargo gerencial, só competências técnicas não são suficientes,
é preciso mais do que isso, é necessário você saber se relacionar com
os outros, mostrar seu trabalho, fazer-se presente, valorizar a sua
imagem, para que os outros saibam e participem do que você pensa
e acredita.
É necessário desenvolver as NOSSAS habilidades, atitudes, com-
petências e qualidades, que compõem a estrutura do Marketing Pes-
soal, tornando-nos profissionais de sucesso.
Para desenvolvermos um bom Marketing Pessoal é necessário
sermos completos. As competências técnicas são fundamentais para
termos sucesso no meio profissional, caso contrário, até podemos
conseguir nossa promoção, mas logo as “máscaras” cairão, e somente
relacionamento pessoal e lábia não nos sustentarão no poder!
Afinal, não é possível enganar muitos por muito tempo.
Para a desenvoltura de um bom marketing pessoal devemos levar
em conta “N” variáveis como: postura, visual, comportamento, capa-
cidade de relacionamento etc., todas características pessoais, tangí-
veis e intangíveis, que compõem o conjunto de como somos analisa-
dos e avaliados pelos outros.
Quem não tira suas conclusões sobre outras pessoas num primei-
ro olhar que durou pouco mais de 5 segundos?
Nessa rápida análise, nós já dizemos se gostamos ou não deste ou
daquele, com base no comportamento, modo de andar, vestimenta,
forma de falar, agir etc., enfim, basicamente em menos de 1 minuto
nós já definimos todo o perfil do indivíduo e se o aprovamos ou não.
Por isso temos que atentar para o primeiro contato, pois em mui-
tos casos a primeira impressão é que fica!
Em um processo seletivo, se a primeira impressão não for boa, di-
ficilmente teremos a chance para uma segunda oportunidade e, caso
esta venha a acontecer, com certeza será bem mais complicado tra-
balhar o convencimento, a argumentação, a persuasão, pois sempre
restarão dúvidas sobre os acontecimentos e fatos anteriores.
34 | Marketing Pessoal

Valorização da Imagem

Para desenvolvermos uma boa estratégia de Marketing Pessoal, é


necessário aprendermos a valorizar nossa imagem. Para isso é preci-
so entender como somos percebidos pelos outros.
Lembre-se de nossa estória: Leo e Tom. Como cada um era per-
cebido pelos outros?
Um mais comunicativo e bem relacionado, embora tecnicamente
deixasse a desejar; o outro, apresentando um comportamento bem
diferente: um excelente técnico com dificuldade nos relacionamentos
interpessoais.
Vejamos outro caso, o Caso do Miguel.
Será apresentado o relato de 5 personagens a respeito de um mes-
mo protagonista, Miguel.
Leia atentamente os relatos abaixo e tire suas conclusões sobre o
nosso personagem: O Miguel.

O caso do Miguel

Relato 1 – De sua mãe:


Miguel levantou-se correndo, não quis tomar café e nem ligou para
o bolo que eu havia feito especialmente para ele. Só apanhou o maço
de cigarros e a caixa de fósforos. Não quis colocar o cachecol que eu lhe
dei. Disse que estava com pressa e reagiu com impaciência a meus pe-
didos para que se alimentasse e agasalhasse direito. Ele continua sendo
uma criança que precisa de atenção, pois não reconhece o que é bom
para si mesmo.

Relato 2 – Do garçom da boate:


Ontem à noite ele chegou aqui acompanhado de uma morena, bem
bonita, por sinal, mas não deu a mínima bola para ela. Quando entrou
uma loura, de vestido colante, ele me chamou e queria saber quem era
ela. Como eu não a conhecia, ele não teve dúvidas: levantou-se e foi à
Marketing Pessoal | 35

mesa falar com ela. Eu disfarcei, mas só pude ouvir que eles marcavam
um encontro para as 9h da manhã do dia seguinte, bem nas barbas do
acompanhante dele. Sujeito peitudo!

Relato 3 – Do Zelador do Edifício:


Esse Miguel, ele não é certo da bola não! Às vezes cumprimenta, às
vezes finge que não vê ninguém. As conversas dele... a gente não enten-
de. É parecido com um parente meu que enlouqueceu. Hoje de manhã,
ele chegou falando sozinho. Eu dei bom dia e ele me olhou com um
olhar estranho e disse que tudo no mundo era relativo, que as palavras
não eram iguais para todos, nem as pessoas. Deu um puxão na minha
gola e apontou para uma senhora que passava. Disse, também, que
quando pintava um quadro, aquilo não era realidade. Dava risadas e
mais risadas... Esse cara é um lunático!

Relato 5 – Da Faxineira:
Ele anda sempre com um ar misterioso. Os quadros que ele pinta, a
gente não entende. Quando ele chegou, na manhã de ontem, me olhou
enviesado. Tive um mau pressentimento, como se fosse acontecer alguma
coisa ruim. Pouco tempo depois chegou uma moça loura. Ela me pergun-
tou onde ele estava e eu disse. Daí a pouco ouvi ela gritar e corri para
acudi-la. Abri a porta de supetão e ele estava com uma cara furiosa,
olhando para ela cheio de ódio. Ela estava jogada no sofá e no chão tinha
uma faca embebida em sangue. Eu saí gritando: Assassino! Assassino!

Após ler cada relato, quais são as impressões que podemos tirar
sobre nosso pobre Miguel? Será mesmo um assassino?
Quais as impressões de cada personagem a respeito do mesmo
Miguel?
- Sua mãe: um pobrezinho que não sabe nem se cuidar.
- O garçom: um safado! Paquerando outra mulher na frente de
sua acompanhante!
- O porteiro: um lunático, com temperamento inconstante.
- A faxineira: um assassino!
36 | Marketing Pessoal

Vejamos como quatro pessoas diferentes podem ter pensamentos


distintos sobre um mesmo indivíduo diante de situações diversas.
E com certeza a impressão de cada um de nós será outra.
Agora vamos ler o relato do próprio Miguel:

Relato do próprio Miguel

Eu me dedico à pintura de corpo e alma. O resto não tem impor-


tância. Há meses que eu quero pintar uma Madona do século XX, mas
não encontro uma modelo adequada que mostre a beleza, a pureza e o
sofrimento que eu quero retratar. Na véspera daquele dia, uma amiga
me telefonou dizendo que tinha encontrado a modelo que eu procura-
va e propôs nos encontrarmos num bar.
Eu estava muito ansioso para vê-la. Quando ela chegou, fiquei fas-
cinado; era exatamente o que eu queria. Não tive dúvidas. Já que o
garçom não a conhecia, fui até a mesa dela me apresentar e pedir para
ela posar para mim. Ela aceitou e marcamos um encontro em meu
ateliê às 9h da manhã do dia seguinte. Eu nem dormi direito naquela
noite. Levantei ansioso e, louco para começar o quadro, nem pude to-
mar café de tão afobado.
No táxi, comecei a fazer um esboço, pensando nos ângulos da figura,
no jogo de luz e sombra, na textura, nos matizes... Nem notei que o mo-
torista falava comigo. Quando entrei no edifício, eu falava baixinho. O
zelador tinha falado comigo e eu nem tinha prestado atenção. Aí eu per-
guntei: O que foi? Ele disse: Bom-dia! Nada mais do que um bom-dia. Ele
não sabia o que aquele dia significava para mim. Sonhos fantasias e aspi-
rações... Tudo iria se tornar real, enfim, com a execução daquele quadro.
Eu tentei explicar para ele que a verdade era relativa, que cada pessoa vê
a outra a sua maneira. Ele me achou um lunático. Eu dei uma risada e
disse: Está aí a prova do que eu disse. O lunático que você vê, não existe.
Quando eu pude entrar, dei de cara com aquela velha mexeriqueira.
Entrei no meu ateliê e comecei a preparar a tela e as tintas.
Marketing Pessoal | 37

Foi quando ela chegou. Estava com o mesmo vestido da véspera


e explicou que passara a noite em claro, numa festa. Aí eu pedi que
sentasse no lugar indicado e que olhasse para o alto, que imaginasse
inocência, sofrimento... que....
Aí ela me enlaçou o pescoço com os braços e disse que eu era muito
simpático. Eu a afastei e perguntei se ela tinha bebido. Ela disse que sim,
que a festa estava ótima, que foi pena eu não ter estado lá, pois teríamos
aproveitado muito.. Quando ela enlaçou novamente meu pescoço e dis-
se que estava interessada em mim, eu a empurrei, ela caiu no sofá e gri-
tou, derrubando meus pinceis e um vidro de tinta vermelha no chão.
Nesse instante a faxineira entrou e saiu correndo, berrando: Assas-
sino! Assassino!
A loura levantou-se e foi embora, mas antes me chamou de idiota.
Então eu suspirei e disse: Ah! Minha madona!....

Como vimos, todas as impressões a respeito do nosso amigo Mi-


guel eram infundadas, ele estava em outra sintonia e por ele não ser
uma pessoa de fácil relacionamento com os demais, as pessoas conclu-
íam o que imaginavam. Cada um tirou as suas próprias conclusões.
E assim somos “taxados” em nossos empregos, nossas vidas, nos-
sa família.
Se por um acaso você deixa de cumprimentar alguém na rua, você
é chamado de mal educado, mas esse fato pode ocorrer por diversos
motivos como, por exemplo, timidez, distração, falta de óculos.
A falta de interação faz com que as pessoas não nos conheçam
em profundidade. Estamos fechados para os relacionamentos, e a
idéia do marketing pessoal é poder trabalhar no aprimoramento das
nossas relações, sejam elas profissionais ou pessoais, em nossa vida
íntima e no trabalho.
E você, já reparou como você é percebido pelos outros?
Quais as impressões que os outros têm sobre você?
Se você disser: “O que os outros pensam de mim não me interessa!”...
Bem, você está no caminho errado para desenvolver um bom ma-
rketing pessoal, pois uma imagem negativa pode acabar com qual-
38 | Marketing Pessoal

quer possibilidade de promoção ou outra espécie de relacionamento.


Uma reputação ruim é o fim para qualquer carreira.
Um modo de compreendermos melhor como somos percebidos
pelos outros é refletir sobre o estudo abaixo e verificar como somos
observados e analisados pelos nossos colegas de trabalho e demais
pessoas que podem ser importantes e influenciam em nossos objeti-
vos pessoais e profissionais.

Estudo das Percepções

Como vimos, concluímos que a imagem de cada indivíduo é in-


fluenciada pela percepção dos outros, portanto vale concluir que a
valorização da imagem depende de um Estudo das Percepções.
Para compreender melhor o Estudo das Percepções, faça uma au-
toanálise, leia as questões abaixo e reflita sobre cada uma delas:
• Que imagem eu passo de mim?
• O que pensam de mim?
• O que eu quero passar?
• Como os outros me percebem?
• Como eu me vejo?
• Como eu vejo os outros?
• O que eu penso dos outros?

Caso você não consiga fazer isso sozinho, pergunte às pessoas


mais próximas sobre qual imagem você passa e veja se será necessário
mudar ou não algo em você.
Você poderá surpreender-se neste estudo!
Muitas vezes estamos tão envolvidos em nossas tarefas que esque-
cemos de nos relacionar com as outras pessoas, e hoje, as relações pes-
soais são fundamentais para um bom desempenho no trabalho, já que
as relações humanas ainda prevalecem no ambiente profissional.
Por isso é preciso olhar o ambiente a nossa volta, sair de nossa
redoma e nos virar para os outros. É importante entendermos como
Marketing Pessoal | 39

os outros querem ser tratados e alterarmos nosso comportamento de


modo a desenvolvermos o nosso relacionamento interpessoal.
Cada indivíduo tem uma forma de se relacionar e interagir com o
meio e é nosso dever nos moldar para cada situação. Tal qual atores de-
sempenhando seu papel no contexto da peça teatral chamada VIDA.
É importante destacar que a idéia não é nos tornarmos persona-
gens de nós mesmos (do tipo “duas caras”), mas sim sermos pessoas
diferentes e melhores do que somos hoje, adequando nossa persona-
lidade e comportamento conforme o meio em que vivemos.
Saber identificar até onde vai o espaço de cada um, respeitando os
limites do outro é o que define o bom espírito de equipe e coletivis-
mo. Isso é um comportamento assertivo.
O livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas” é uma ótima
leitura para aqueles que acreditam que necessitam melhorar as suas
competências relacionadas no GRUPO III de nosso glossário de com-
petências: Capacidade de se Relacionar em Grupo.
Se você já está satisfeito com você mesmo e não deseja mudar abso-
lutamente nada, parabéns! Você está dentro de uma minoria! 99% das
pessoas não estão satisfeitas com elas mesmas, e isso inclui desde sua
aparência pessoal, relacionamentos, carreira, até sua conta bancária!
Entretanto, antes de tal afirmação, avalie bem o ambiente ao seu re-
dor, porque todo ser humano é assim, insatisfeito por natureza, e é jus-
tamente esse desejo interno, esse incômodo, essa ansiedade que produz
o combustível vital para o desenvolvimento humano e tecnológico.
Se não fosse por essa inquietação, esse fervor em querer mudar
o mundo, não teríamos descoberto a cura para diversas doenças, de-
senvolvido produtos tecnológicos, entre outras grandes invenções que
hoje pouco valorizamos como a energia elétrica, o telefone, imprensa,
roda, fogo.... e uma série de outras criações que, sem elas, como seria
possível a nossa sobrevivência?
5
Requisitos Indispensáveis para
o seu Marketing Pessoal

Existem alguns requisitos que são indispensáveis para o desen-


volvimento de uma estratégia para um bom Marketing Pessoal.

Pontualidade

A pontualidade pode definir muito da personalidade de uma pessoa.


Quem costuma se atrasar, não só para compromissos pessoais, possivel-
mente fará isso com seus compromissos profissionais e não cumprirá os
prazos que costuma firmar; sinal de que há algo errado.
Muitos assumem milhares de compromissos ao mesmo tempo e não
conseguem cumprir a agenda. Isso significa que seu planejamento diário
está inadequado. É hora de parar e refletir sobre um novo planejamento
diário. Outros não possuem foco nas atividades que executam, são dis-
persos. Estes necessitam desenvolver a objetividade, comprometimento,
terem mais determinação e empenho para as finalizações das tarefas.
Seguem algumas dicas que podem nos auxiliar em nos tornar-
mos mais pontuais para nossos compromissos, contribuindo para
um melhor aproveitamento do nosso tempo.
• Programar e organizar todas as tarefas, compromissos ou ati-
vidades do seu dia seguinte, na véspera.
• Para uma boa organização, vale tudo: agenda, risque-rabis-
que, papéis-lembrete, palmtop, smartphone, etc.
• Reservar 10 minutos do dia para a organização do ambiente
de trabalho antes de ir embora.
42 | Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal

• Manter o ambiente de trabalho limpo e organizado.


• O segredo do sucesso é conseguir produzir muito mais com
menos, ou seja: respeitar o limite das 24 horas do dia.
• Saber identificar tarefas urgentes, importantes e prioritárias,
não deixando que as importantes se tornem urgentes.
• Importante não deixar para o dia seguinte tarefas que podem
e devem ser concluídas no mesmo dia.
• Começar o dia mais cedo.
• Evitar longos períodos de almoço
• Fugir das conversas particulares fora dos horários de descanso.
• Caso ache que chegará atrasado, ligue para a pessoa que o
aguarda avisando do imprevisto e pergunte se esta poderá
aguardá-lo por mais alguns minutos.

Comunicação Verbal

A melhor forma de aumentarmos a percepção sobre nós mesmos


é nos tornarmos melhores comunicadores.
Estabelecer uma comunicação eficaz pressupõe alguns cuidados
fundamentais, visto que nossa imagem pode ser seriamente compro-
metida pela forma como falamos ou nos dirigimos aos demais.
Apenas falar com educação não é o suficiente. É importante saber
nos expressar de forma correta, utilizando inflexões de voz adequa-
das ao contexto.
Falar alto ou baixo demais também prejudica nossa comunica-
ção. Devemos procurar ajustar o volume e o tom de voz ao local e ao
número de pessoas, falando de forma clara e eloquente.
Colocar vida e emoção no que estamos dizendo desperta o inte-
resse de nossa platéia e conseguimos captar atenção das pessoas. Des-
ta forma as nossas chances de êxito, em qualquer que seja a situação,
são bem maiores.
Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal | 43

Para dar vivacidade em nossa comunicação devemos usar ade-


quadamente as pausas, o ritmo e, principalmente, o entusiasmo em
nossa performance verbal.
Devemos ter muito cuidado com erros elementares que ferem re-
gras básicas gramaticais, tanto na escrita como na fala. Eles são im-
perdoáveis.

Exemplos de erros de pronúncia, plural e concordância

Há muitas pessoas que parecem famintas ao falar, comem os


“esses” (letra S) nos finais das palavras, sem se preocuparem com a
concordância na oração ou em outros casos, ferindo as regras de con-
jugação verbal, pronunciando frases como:
“Pega as caneta e as pasta que tamu atrasadu”
“Os carro pra buscá a gente vão chegá só amanhã”
Ou ainda frases do tipo: “Ela trouxe a caixa para mim consertar
ela” que confunde quem faz, com quem sofre a ação. Afinal nessa
frase é para ser consertado o quê? A Caixa? Ou algo diferente não
expresso no texto. Uma forma correta dessa frase seria: “Ela trouxe a
caixa para mim, para eu consertar”.
Isso sem falar no “gerundismo”: “Eu vou estar verificando e estarei
lhe posicionando amanhã”. Diga apenas: “Verificarei”
Erros de concordância, ou pronúncia, considerados vícios de
linguagem, não transmitem a visão de um profissional de sucesso.
Devemos lembrar que, salvo raras exceções, um português perfeito
é imprescindível, competência técnica fundamental. Ambas serão
observadas em um processo seletivo.
Uma solução simples e interessante para falar melhor é criar o
hábito da leitura. Esse hábito, além de aumentar a fluência verbal e
escrita, enriquecer o vocabulário e os conhecimentos em geral, ajuda
na formação correta da frase e do pensamento, desenvolvendo a cria-
tividade e a rapidez do raciocínio verbal. No mundo globalizado, para que
44 | Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal

possamos competir profissionalmente, é preciso apresentar diferenciais


que aumentem nossas chances de empregabilidade e o conhecimento
proporcionado leitura, sem dúvida, contribui positivamente para tal.

Comunicação Corporal

É importante ficarmos atentos a nossa comunicação corporal. Este é


um ponto importante do Marketing Pessoal. Algumas pessoas não têm
consciência do impacto que seu próprio corpo causa sobre os outros.

Olhos:
Os olhos comunicam muito mais que a fala. Nossos sentimentos,
medos, anseios, aspirações, são refletidos em nosso olhar, por isso,
mantendo sempre o contato visual com nosso interlocutor teremos
uma comunicação mais eficaz.

Postura Corporal:
A chave para acessar as oportunidades que aparecem à nossa vol-
ta está na capacidade de comunicar bem nossas idéias e formar rela-
ções positivas.

Você sabia que...


Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal | 45

A postura corporal influencia diretamente na comunicação, pois


as pessoas se atém ao nosso modo de agir, ao nosso comportamento e
se este não for positivo, dispersará nosso público-alvo.
Portanto, apresentar uma postura ereta, altiva, entusiasmada,
assertiva e segura, transmitirá à platéia nossa capacidade e conheci-
mento sobre o assunto abordado, conquistando nosso público.
No livro: “O Corpo Fala”, os autores enfatizam sobre a importân-
cia e a influência da linguagem corporal na mente de nossos interlo-
cutores durante uma comunicação.
A eloquência verbal, a forma de nos expressar, a elegância no falar
e o carisma ajudam a “encantar” e sensibilizar as pessoas para a com-
preensão e entendimento da nossa mensagem.

“A comunicação pode construir pontes ou muros, depende de nós.”

Educação e Cordialidade

Uma forma concreta de marcar presença positiva nas pessoas é


tratá-las de forma cortês e atenciosa. Isso é simples: devemos tratar as
pessoas como gostaríamos de ser tratados.
O nome, por exemplo, constitui-se isoladamente como uma das
mais antigas e poderosas armas do Marketing Pessoal. É importante
saber e utilizar o nome das pessoas com eficácia, dessa forma estare-
mos personalizando o tratamento.
Todos nós, sem exceção, gostamos de ser tratados pelo nosso nome.
Além dele, existem algumas palavras que tornam as pessoas muito
mais receptivas, são as palavras que têm efeito mágico e imediato:

“bom dia, boa tarde, boa noite!”


“por favor, desculpe”
“com licença”
“muito prazer, muito obrigado...”
46 | Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal

Quanto mais empregarmos estas palavras, mais nos destacaremos


positivamente dos demais, fazendo com que nos aproximemos mais
das pessoas a nossa volta. Estas palavras, não só nos tornam pessoas
mais gentis e educadas, como fazem com que os outros colaborem mais
espontaneamente conosco.
O motivo é simples: tendemos a colaborar com quem é gentil co-
nosco. Já com quem não é...
A todo o momento é possível fazer com que as pessoas se sintam es-
peciais; tratá-las com educação e elegância, sempre dá ótimos resultados.

Apresentação Pessoal

A apresentação pessoal está relacionada com a nossa aparência


geral, o que inclui não somente o nosso exterior: aparência física, se a
pessoa é considerada bonita ou feia dentro dos conceitos tradicionais
de uma sociedade, como também nosso interior, ou seja, comporta-
mentos, atitudes, perante públicos heterogêneos.
Lembrando dos conceitos do Marketing Estratégico, e fazendo
uma analogia ao nosso Produto Pessoa, todo o produto deve conter:
Design: é a forma do produto. No caso do produto “pessoa”, o
design reúne as características físicas: peso, altura, cor dos olhos,
cabelos etc. Forma é a postura, corporal, modos e comportamentos
perante os outros.
Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal | 47

Embalagem: é o modo como se apresenta o produto. Em analogia


à “pessoa”, podemos nos referir à vestimenta.

Marca: é o nome pelo qual é conhecido o produto, que também


pode ser o SEU nome. É importante criar para o Produto Pessoa uma
“marca”. Desse modo poderemos ser lembrados com mais facilidade.

Plus: é o elemento diferenciador do produto em relação à concor-


rência. No caso do Produto Pessoa é como ele se destaca dos demais
ou como você se destaca dos demais? Todo Produto Pessoa deve ter
um diferencial de mercado.

Imagem: é a opinião do público sobre o produto. O que as pesso-


as pensam do Produto Pessoa... o produto você?

Visual e Etiqueta

Se você é uma daquelas pessoas preocupadas com seu visual, pa-


rabéns! Preocupar-se é positivo, mas não é tudo. O ato de vestir, por
si só, já é uma ação de comunicação. Porém, algumas pessoas, mesmo
com esforço, erram na escolha da roupa.
O vestuário é apenas a base que, em conjunto com outros fatores
como personalidade, estilo, postura e comportamento, irão traduzir
por completo o real sentido da elegância pessoal de cada um.

Você já deve ter ouvido falar a expressão: “Roupa certa para a oca-
sião certa”, pois bem, devemos estar sempre preocupados, não apenas
com a primeira impressão, mas com a segunda, a terceira...
48 | Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal

Por isso as roupas e acessórios devem estar em harmonia com


uma série de fatores que comporão a nossa imagem profissional. E
como fazer isto? Agindo com bom senso na hora da escolha. Desta
forma estaremos aptos para enfrentar qualquer situação, sentindo-
nos elegantemente à vontade.
A seguir, alguns fatores que devem ser considerados na hora de
escolher a roupa ideal:
• Tipo de evento ou compromisso
• Horário e local
• Tons, cores e texturas (adequação de peças)
• Clima
• Idade
• Tipo físico

Vestir determinado tipo de roupa apenas porque está na moda


pode não ser o ideal. O importante é nos sentimos, psicológica e fisi-
camente bem, ao usá-la.
Está comprovado que quando nos sentimos fisicamente bem,
elegantes, transparecemos isso em nosso semblante, irradiando um
sentimento e uma energia positiva.

Negócios à Mesa

Na literatura gastronômica, encontram-se muitos dos elementos


que garantem a harmonia nas reuniões em torno de uma mesa bem
servida, tanto num banquete, na residência de um executivo ou num
restaurante. Dizem que é comendo que melhor se revela o nível de
educação de uma pessoa.
O paladar estimulado predispõe ao otimismo e, numa conversa
de negócios, o clima ameno ajuda a quebrar as tensões. O que é ser-
vido à mesa é importante para se conseguir esta atmosfera agradável,
e um cardápio pesado ou os excessos de bebida podem atrapalhar o
jogo de influências.
Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal | 49

Portanto seguem algumas regras básicas sobre comportamento


quando tratamos de negócios à mesa.
• Esse momento não será para aproveitarmos o restaurante ca-
ríssimo que a empresa oferecerá, mas sim para comentarmos
sobre nossas experiências e potencial para ocupar a vaga em
questão ou apresentar novas idéias de trabalho, contatos etc.
Por isso não devemos nos “empanturrar” até mesmo porque é
feio falar de boca cheia.
• Se for um restaurante “A La Carte”, jamais devemos solicitar
o prato mais caro do cardápio ou algo pesado como uma fei-
joada ou uma buchada de bode; primeiro que não é elegante
em um contato profissional se enfastiar de tanto comer; se-
gundo que esses pratos podem ser um pouco indigestos e se
o executivo nos convidar para continuarmos as negociações
após o almoço, na empresa, não conseguiremos produzir
o suficiente; e terceiro, temos que atentar para os hábitos e
costumes das pessoas. Muitos têm aversão a carne de porco,
ou até mesmo a carne de um modo geral, portanto uma boa
pedida é pedir o mesmo que nosso anfitrião, ou apenas um
prato leve, como uma saladinha e um filé de frango. Em caso
de bufê livre ou por peso, a regra é a mesma.
• Jamais ingerir bebidas alcoólicas em um momento como esse,
mesmo que nos ofereçam ou até se o condutor da entrevista
estiver bebendo. Cuidado para não sermos inconvenientes,
ou parecermos arrogantes, “um estraga prazeres”. Podemos
simplesmente dizer que naquele momento infelizmente não
iremos beber, pois a bebida nos dá sono, e preferimos estar
bem despertos nesse momento tão importante.
• O mesmo ocorre quanto ao fumo; ainda que nos ofereçam,
devemos evitar. Hoje a maioria das empresas está com uma
campanha antitabagista bastante acentuada, e não é o melhor
momento para nos mostrarmos fumantes inveterados.
• Devemos manter o celular desligado. Nessa hora nada será
tão importante que não possa esperar, a não ser em casos
50 | Requisitos Indispensáveis para o seu Marketing Pessoal

ultra especiais. Nessa situação, é de bom tom compartilhar


nosso problema com o interlocutor, avisando que deixaremos
o telefone ligado, pois aguardamos uma ligação urgente e que
não poderemos deixar de atendê-la. Cuidado com esse caso
tão urgente isso poderá indicar como estabelecemos nossos
padrões de priorização para as tarefas e nossos níveis de ur-
gência.
• Quando devemos começar a comer? Não precisamos esperar
que todos tenham recebido seus pratos para “atacar” a nossa
comida, principalmente em mesas grandes. Quem define isso
pode ser o mais velho da mesa, ou o anfitrião; ele iniciando,
todos estão livres para se servirem. No caso de mesas gran-
des, se a maioria das pessoas próximas a nós já estiverem ser-
vidas, também é um sinal.
• Cumprimentos: jamais devemos cumprimentar as pessoas
que chegam oferecendo as mãos após o início da alimentação.
O modo elegante é um simples aceno.
• Guardanapo de pano: enquanto estamos sentados, ele deve
estar posicionado sempre no colo; ao nos levantarmos, o local
correto é sobre o assento de nossas cadeiras e não embolado
sobre a mesa.
• Existe uma ordem correta para o uso dos talheres. Em geral é
das pontas para o meio; em caso de dúvida, nada melhor que
a técnica do espelhamento.
• Jamais devemos empurrar o prato quando acabarmos de co-
mer, ou pior ainda, empilhá-lo na mesa ao lado.
Comportamentos como: palitar os dentes, arrotar, falar de boca
cheia, mastigar com a boca aberta, assobiar ao tomar sopa estão fora
de cogitação.

As chances de bons resultados em negócios realizados à mesa são maio-


res, pois cria-se um relacionamento interpessoal mais próximo, portanto de-
vemos sempre aproveitar essas ocasiões e agirmos com classe e elegância.
6
Apresentações em Público

Desenvolver nosso Marketing Pessoal também é saber expor


nossas idéias e trabalhos. Claro que é primordial possuirmos sólidos
e profundos, conhecimentos acerca dos assuntos a serem abordados,
mas é também imprescindível sabermos divulgar a nossa imagem e
nosso conhecimento para os demais de uma forma positiva.
A melhor forma para vender a nossa imagem é por intermédio
de apresentações profissionais, sejam estas em uma reunião para um
pequeno grupo ou seminários para grandes públicos.
É nessa ocasião que teremos a oportunidade de sermos vistos e
avaliados tanto pela nossa competência técnica como também pela
52 | Apresentações em Público

nossa desenvoltura, carisma, comunicação e a capacidade de trans-


mitir nossas idéias de forma clara e consciente.
Sabemos que o medo de falar em público assola mais de 50% da
população nacional, seguido do medo de andar de avião. O que pare-
ce até irônico, pois muitas pessoas têm mais medo de falar em públi-
co do que da morte.
Nesse momento mágico, quando estamos de frente com a platéia,
muitos olhares direcionados diretamente a nós, qual é a sensação?
Fugir, correr, esconder-se, é isso que passa na cabeça da maioria
das pessoas, a vontade que nós temos é essa! Sair dali, sumir da face
da terra.
Na verdade, todos que enfrentam uma platéia pela primeira vez
sentem esse desconforto que perdura por alguns minutos. O pior é
que esse medo nunca passa, sempre, quando iniciarmos uma apre-
sentação, virá aquele “frio na boca do estômago”, suor nas mãos, o
que é natural. Mesmo os grandes oradores sentem essa emoção nos
primeiros 5 minutos, que são cruciais para conquistarmos a nossa
platéia e relaxar.
Quem disser que não sente mais nenhuma ansiedade antes de
qualquer apresentação, ou está mentindo, ou a apresentação será
ruim, pois a pessoa já não tem mais aquele viço para manter o entu-
siasmo e a animação inerente a qualquer profissional voltado para o
público e sua platéia.
Essa emoção, ao entrar em um palco, ou enfrentar uma platéia é
o combustível necessário para o desenvolvimento de uma boa apre-
sentação. Ela motiva o apresentador a sempre se superar, enfrentar
novos desafios, fazer com que aquele momento seja único e marcante
para os participantes e, fazendo isso, aos poucos vamos sedimentan-
do nossa imagem positiva no mercado.
Para exercermos uma boa influência sobre a nossa platéia, ga-
rantindo o êxito nas nossas apresentações profissionais, existem al-
gumas orientações fundamentais que devemos considerar, a fim de
aperfeiçoarmos nossa postura como orador, utilizando todos os re-
cursos que possuímos:
Apresentações em Público | 53

Contato Visual

É importante darmos atenção a todos na platéia olhando-os nos


olhos. Dizem que os olhos são o espelho da alma e mostram muitas
sensações. Pelo contato visual e atenção aos participantes, podemos
perceber o comportamento de cada um, ajustando nossa apresenta-
ção conforme o nível de satisfação da platéia.

Postura Física

A postura física contribui sensivelmente para a venda de uma


imagem positiva. Uma pessoa desleixada transmite uma imagem
negativa. Devemos atentar para a postura dos ombros, mantendo-os
eretos. Toda a movimentação deve ser natural e a gesticulação deverá
ser associada à fala e ao movimento do corpo. Andar naturalmente.

Gesticulação

Costumamos dizer que gestos abaixo da linha da cintura pouco


contribuem para o convencimento de uma platéia; acima dos ombros,
são exagerados; o ideal é mantermos o movimento dos braços na al-
tura da cintura.

Voz

O tom da voz, o volume, a ênfase utilizada durante a explanação


são fatores fundamentais para manter a atenção do público. Portan-
to, devemos sempre dar “cor” a nossa voz, alternando sua cadência
conforme o enfoque a ser dado no assunto. Isso mantém o público
acordado e desperto.
54 | Apresentações em Público

Não devemos gritar nem falar baixo demais; nossa voz deverá
atingir a todos os participantes igualmente.
Um bom exercício é ler livros em voz alta, assim exercitamos as
nossas cordas vocais que são como músculos, necessitam de aqueci-
mento prévio antes de uma apresentação.

Respiração

A respiração correta facilita a verbalização das palavras, melhora


a nossa aeração cerebral, trazendo mais energia para o nosso cérebro,
clareando as idéias.
É uma boa técnica para controlar o nervosismo e a tensão inicial.
Respirar profunda e compassadamente nos acalma, ajudando a com-
bater o estresse.

Dicção e Verbalização

Falar com clareza e pronunciar corretamente as palavras é im-


prescindível para uma boa apresentação pessoal. Para transmitir
confiança e aumentar o nosso poder de influência sobre nossos in-
terlocutores, é muito importante não suprir sílabas ou letras, verifi-
car a pronúncia correta de determinadas palavras e certificar-nos da
construção de frases.

Linguagem

Termos que atentar para alguns cuidados quanto à linguagem


empregada em nossas apresentações. Devemos utilizar termos claros
e adequados ao nosso público. Cuidados como: não usar palavras sem
conhecer exatamente seu significado, exagerar no uso de termos téc-
nicos para platéias leigas, ou empregar gírias; devem ser observados.
Apresentações em Público | 55

Ouvir

Saber ouvir é uma dádiva! Nem todos temos essa capacidade e


discernimento para escutar ativamente sem colocarmos nossos pon-
tos de vista de forma impositiva. Devemos atentar para os problemas
e dificuldade de cada um dos nossos ouvintes, prestando atenção nas
questões apresentadas.

Descubra seu Estilo

Não existem receitas infalíveis. Alguns podem fazer tudo isso e,


ainda assim, não serem bons oradores. Temos que descobrir e explo-
rar os traços que temos e que mais nos afinam com o grupo.

Dicas para Falar Melhor

As dicas a seguir foram baseadas num original de Reinaldo Polito.

1) Seja você mesmo:


Essa é a primeira e maior “dica” de como falar melhor: a natura-
lidade acima de tudo. Nenhuma técnica poderá ser mais importante
que a sua naturalidade. Aprenda, aperfeiçoe, progrida, mas ao falar,
seja sempre natural.

2) Pronuncie bem as palavras:


Pronuncie completamente as palavras. Principalmente não omita
a pronúncia dos “s” e “r” finais e dos “i” intermediários. Por exemplo:
fale primeiro, janeiro, terceiro, precisar, trazer, levamos, e não janero,
tercero, precisá, traze, levamo. Pronunciando todos os sons correta-
mente, a mensagem será melhor compreendida pelos ouvintes e ha-
verá maior valorização da imagem de quem fala. Faça exercícios para
56 | Apresentações em Público

melhorar a dicção lendo qualquer texto com o dedo entre os dentes e


procurando falar da forma mais clara possível.

3) Fale com boa intensidade:


Se falar muito baixo, as pessoas que estiverem distantes não en-
tenderão suas palavras e deixarão de prestar atenção. Também não
deve falar muito alto porque, além de se cansar rapidamente, poderá
irritar os ouvintes. Fale numa altura adequada para cada ambiente.
Nunca deixe, entretanto, de falar com entusiasmo e vibração. Se não
demonstrar interesse por aquilo que transmite, não conseguirá inte-
ressar sua platéia.

4) Fale com boa velocidade:


Não fale rápido demais. Se a sua dicção for deficiente será ainda
mais grave, já que dificilmente alguém conseguirá entendê-lo. Tam-
bém não fale muito lentamente, com pausas prolongadas, para não
entediar os ouvintes.

5) Fale com bom ritmo:


Alterne a altura e a velocidade da fala para construir um ritmo
agradável de comunicação. Quem se expressa com velocidade e altura
constantes acaba por desinteressar os ouvintes, não pela falta de con-
teúdo, mas pela maneira “descolorida” como se apresenta.

6) Tenha um vocabulário adequado:


Um bom vocabulário tem de estar isento de excesso de termos
pobres e vulgares, como palavrões e gírias. Por outro lado, não se re-
comenda um vocabulário repleto de palavras difíceis e quase sempre
incompreensíveis.

7) Cuide da gramática:
Um erro gramatical, dependendo da sua gravidade, poderá atrapa-
lhar a apresentação e até mesmo destruir sua imagem. Toda a gramática
precisa ser correta. Faça uma revisão de concordância e conjugação de
Apresentações em Público | 57

verbos. Muitos hesitam na construção de frases porque têm dúvidas so-


bre a concordância a fazer ou o verbo a conjugar.

8) Tenha postura correta:


Fique sempre bem posicionado. Ao falar, procure não colocar as
mãos nos bolsos, nas costas, cruzar os braços, nem se debruce sobre
a mesa, cadeira ou tribuna. Deixe os braços naturalmente ao longo
do corpo ou acima da linha da cintura e gesticule com moderação.
O excesso da gesticulação é prejudicial à sua apresentação. Distribua
o peso do corpo sobre as duas pernas, evitando apoio ora sobre uma
perna, ora sobre a outra. Essa atitude torna a postura deselegante.
Também não fique se movimentando desordenadamente de um lado
para outro e quando estiver parado não abra demasiadamente as per-
nas. Só se movimente se pretender aproximar-se dos ouvintes, ou dar
ênfase a determinada informação. Não relaxe a postura do tronco
com os ombros caídos. Poderá passar uma imagem negligente, ou
de excesso de humildade. Cuidado também para não agir de forma
contrária não levantando demasiadamente a cabeça nem mantendo
rígida a posição do tórax. Poderá passar uma imagem arrogante e
prepotente. Deixe o semblante sempre descontraído, sorria sempre
que possível. Não fale em alegria com a fisionomia fechada, nem em
tristeza com a face alegre.

9) Tenha início, meio e fim:


Toda fala, seja simples conversa ou numa apresentação para uma
grande platéia, precisa ter início, meio e fim. Envolva os seus ouvintes
com uma linguagem clara, objetividade e coerência nas idéias. Cui-
dado para não se tornar repetitivo, monótono... o famoso... “Chato”.

10) Fale com emoção:


Fale com entusiasmo, vibre com sua mensagem, demonstre emo-
ção e interesse nas suas palavras e ações. Assim, terá autoridade para
interessar e envolver seus ouvintes.
58 | Apresentações em Público

Saber se comunicar bem permite irmos mais longe. É importante


nos manter atualizados na arte da comunicação. Cursos de oratória,
artes cênicas como teatro amador e até mesmo canto, são excelentes
para aprimorarmos nossas técnicas de verbalização, postura corpo-
ral. Essas práticas, além de tudo, ajudam a vencer a timidez.
Existem ainda vários livros que versam sobre esse assunto e indi-
camos as coleções de Reinaldo Polito, considerado hoje um dos mes-
tres na arte da comunicação e oratória. Em nossa bibliografia inseri-
mos algumas referências para leitura.

Vamos desenvolver o SEU produto... o Produto VOCÊ


7
O Produto:
VOCÊ

Vida
Objetivos
VOCÊ
Carreira
Entusiasmo

Primeiramente necessitamos trabalhar os 4 itens principais do


produto VOCÊ.

Vida: Faça um resumo de sua vida, êxitos e derrotas. Reflita so-


bre sua VIDA: você e sua família, sua vida pessoal e profissional,
fatores que influenciam na sua motivação.
Objetivos: Defina seus objetivos, trace seu projeto pessoal.
Carreira: Defina sua carreira, esteja atento ao mercado, busque
atualizar-se, conheça os seus pontos fortes e analise as oportuni-
dades de mercado.
Entusiasmo: Viva a vida com entusiasmo e motivação.

O nosso próximo passo é analisar o produto VOCÊ e identificar-


mos juntos, como podemos nos tornar pessoas ainda melhores.
60 | O Produto: VOCÊ

Vida

Faça agora uma reflexão sobre sua vida, suas metas, objetivos al-
cançados etc. Essa análise servirá para você rever toda a sua vida, seus
acertos e necessidades de mudanças. Sempre é tempo de revermos nos-
sos conceitos pessoais e, a cada dia, aprimorar nosso intelecto, nosso
relacionamento com o outro, o convívio interpessoal. Nosso objetivo é
ficarmos satisfeitos com nós mesmos; sermos pessoas felizes!.
Convido você a sentar-se em um local confortável e deixar-se le-
var pelos seus pensamentos.
Volte no tempo: qual a primeira recordação que você tem de
quando era criança?
Com quantos anos você estava?
Normalmente a nossa primeira recordação é sempre um pouco
traumática, pois situações de pesar ou tristeza marcam mais a vida de
qualquer indivíduo do que as de alegria e felicidade.
Agora tente lembrar-se de algo positivo que aconteceu na sua in-
fância, um Natal, um aniversário, uma brincadeira com os amigos.
Imagine-se com 5 anos, o que você mais gostava de fazer?
Procure recordar o seu primeiro dia no colégio, quantas incerte-
zas, inseguranças, como seria passar um dia inteirinho na escola com
novos amigos, totalmente diferente do que você estava habituado(a),
sem a segurança de seu lar.
O Produto: VOCÊ | 61

Quais as sensações experimentadas nesse primeiro dia? Abando-


no, euforia, medo, desconforto, vontade de conhecer algo novo, de-
safio, chorar, gritar.
Quem foi a sua primeira professora (ou professor) que mais mar-
cou a sua vida e por quê?
Já um pouco mais “velho(a)” entre 12 ou 15 anos, começando a
lutar pela sua independência, quais eram os seus planos nessa época?
O que você queria para si mesmo(a)?
É, talvez não soubéssemos ainda o que gostaríamos de ser, mas
uma coisa era certa, JAMAIS queríamos ser como os nossos pais! In-
dependentemente de como eles fossem.
JAMAIS!

E hoje, ao mirarmos no espelho e voltarmos nosso pensamento


para o fundo de nossa alma, muitos veremos uma imagem daquilo
que não queríamos ser, um reflexo que não é o que imaginávamos
quando tínhamos metade de nossa idade.
E por que chegamos a este ponto? O que nos trouxe a algo que não
queríamos? O mercado, a família, os amigos?
É muito fácil culpar alguém ou algo pelos nossos insucessos e
frustrações, seja na sociedade, na política, ou mesmo na família e
amigos. Todos nós sabemos nos desculpar por algo que não conse-
guimos fazer ou conquistamos, mas infelizmente se nossos objetivos
não foram alcançados, foi por culpa única e exclusivamente de nós
mesmos. Em algum momento falhamos.
A autopiedade não leva ninguém ao sucesso, muito pelo contrá-
rio, quanto mais pena de si, mais nos acomodaremos e entregaremos
nosso futuro a sua própria sorte.
62 | O Produto: VOCÊ

Não há mais espaço para pessoas que usam o refrão da música do


Zeca Pagodinho: “.... deixa a vida me levar... vida leva eu... “, como
bandeira para sua existência.
Nós somos responsáveis pelo nosso futuro, pelo nosso destino, e não
adianta querer culpar o “mundo a nossa volta” pelo nosso fracasso. Não
podemos ser amenos com nós mesmos; devemos ser duros, autocríticos,
pois somente assim é que conseguiremos atingir nossos objetivos.
Mas afinal quais são eles? O que nos impulsiona a continuar nos-
sa vida?
Todos nós na vida já pensamos em que queríamos ser quando
crescêssemos.
Quem já não quis ser bombeiro, médico, enfermeiro, pedreiro,
vendedor de loja, garçom, aeromoça (agora é comissária de bordo,
na minha época era aeromoça), piloto (seja este de avião, helicóptero,
fórmula 1 etc.), engenheiro, advogado, e outras tantas profissões que
passam pela nossa cabeça quando somos pequenos?
E, no final, qual delas escolhemos? Em alguns casos, nenhuma
delas; não seguimos caminho algum, ficamos parados, esperando o
quê? O “bonde”? Esse não vai passar nunca mais!
Quando ainda estávamos com apenas 15 anos, qual era a imagem
projetada para nosso futuro? Onde estaríamos aos 30 anos? E hoje,
para aqueles que já alcançaram os seus 30, o que foi conquistado nes-
sas três décadas, e o que pretende conquistar para as próximas?
Como você se vê daqui a uns 5, 10 ou 20 anos?
Mentalize sua visão de futuro, imagine-se, projete uma visão de
sucesso para sua vida.

Objetivo

Qual o seu Projeto Pessoal?

Neste processo é fundamental uma boa dose de ambição. “Feche


para balanço”. Analise tudo que você fez até agora. Procure planejar
O Produto: VOCÊ | 63

sua vida para os próximos dias, meses e por que não anos... Lance-se
a desafios factíveis e procure vencê-los.
Pare agora e escreva seu planejamento de vida para os próximos 6
meses, 5 anos e 10 anos.
Pense à vontade... SONHE... e... NUNCA DESISTA de seu
projeto!

Depois que você se visualizou no futuro, pare de sonhar e comece a


planejar a sua vida.

Costumamos dizer que seu projeto pessoal deve ser:

Significativo
Mensurável
SMART Atingível
Redigido
Tempo Definido

Significativo: O projeto tem que ter relevância pessoal, ser im-


portante, pois caso não tenha tanto impacto na sua vida, num
primeiro obstáculo ele será interrompido.

Mensurável: Saber mensurar, avaliar o tamanho, o montante, idea-


lizar todo o projeto é fundamental para definir um projeto SMART.
Qual será o investimento seja este financeiro ou dedicação pessoal
necessária para o desenvolvimento deste projeto? Haverá alguma
necessidade de mudança pessoal?

Atingível: É possível de ser realizado? É muito comum vermos


metas propostas que são praticamente inexequíveis, pelo menos
não no prazo de tempo estabelecido. Metas não realizáveis des-
motivam. Foque em objetivos possíveis, concretos.
64 | O Produto: VOCÊ

Redigido: É importante colocar no papel a descrição do seu pro-


jeto pessoal, nos mínimos detalhes. Comentamos que se o pro-
jeto não for redigido, escrito, ele permanece no plano do sonho.
Escrever detalhadamente o projeto faz com que ele se torne mais
concreto em nossa mente.

Tempo Definido: É fundamental fixar metas a curto, médio e


longo prazos, acompanhando o cumprimento de cada etapa e
avaliando o nível de desenvolvimento necessário para a próxima
etapa. Isto ajuda não só a manter a motivação, como a fazer pe-
quenos ajustes caso seja necessário, além de auxiliar na adminis-
tração do tempo para a conquista do projeto pessoal.

Comece a elaborar O SEU PROJETO PESSOAL, para tanto, você


terá que responder a duas questões:
• O que preciso fazer para atingir aos meus projetos pessoais?
• Como fazer?

Desenvolvendo o SEU Projeto Pessoal

Tire um tempo para você e defina sua meta pessoal com base nas
definições SMART. Aproveite esse tempo e preencha a tabela abaixo;
ela contemplará a formação de todo o seu projeto pessoal.

O que é Como Mudanças


Meta/Objetivo
necessário? alcançar? Necessárias?
6 meses
1 ano
5 anos
10 anos
20 anos
O Produto: VOCÊ | 65

Neste momento, é importante parar a leitura e refletir sobre os


seus objetivos, mentalizar seus desejos.

• Defina objetivos dentro dos prazos propostos pela tabela,


idealize-se para os próximos 20 anos;
• Para cada meta/objetivo, analise o que é necessário, o que
precisa ser desenvolvido para conquistá-los;
• Identifique seus pontos fortes, seu diferencial e pontos que
necessitam de mudanças que VOCÊ acha que precisam ser
melhorados;
• Saiba do que você gosta, e do que não gosta;
• Descubra o que você realmente quer e aonde quer chegar;
• Defina sua estratégia para conquistar cada meta/objetivo;
• Desenvolva um plano de ação e o implemente;
• Concentre-se no seu círculo de influência;
• Seja flexível a mudanças, isso é uma constante.

Escreva cada passo, cada meta. Mantenha registros de todos os


seus próximos passos.

Uma META só é considerada META se ela estiver escrita em algum


lugar e puder ser consultada a qualquer momento!

Carreira

Após termos trabalhado os conceitos anteriores do nosso marke-


ting pessoal do produto VOCÊ, é hora de administrarmos nossa car-
reira, nossos objetivos, nosso futuro!
66 | O Produto: VOCÊ

Um Mundo em Mudanças

Durante todos esses anos que tenho trabalhado diretamente nas áre-
as de recrutamento e seleção em minha empresa de consultoria, pude
analisar de forma ampla o mercado e identifiquei duas características
emocionais muito marcantes nos profissionais que estão há algum tempo
em busca de emprego sem conseguirem uma recolocação facilmente:
• Baixa autoestima.
• Baixo nível de motivação.

Muitos deles mostram um despreparo para encarar essa situação


de frente, fugindo dos amigos e colegas mais próximos por envergo-
nhar-se dessa situação.
Nos dias atuais, estar desempregado não é motivo de vergonha. O
cenário brasileiro e mundial mudou muito, se comparado aos tempos
de nossos pais.
Naquela época, a economia apresentava certa estabilidade e o
profissional era avaliado não somente pela sua função/cargo, mas
também pelo tempo de serviço dedicado a uma mesma empresa.
Até o final da década de 70, era comum vermos profissionais
construírem suas carreiras em uma única empresa, alguns com mais
de 15 anos de “casa” , os chamados “ativos fixos”.
Esses profissionais, de uma forma até mesmo irônica, eram conside-
rados como verdadeiros patrimônios da empresa, e todos se orgulhavam
disso, pois era sinônimo de status, reconhecimento, profissionalismo.
O Produto: VOCÊ | 67

Entretanto, o mundo mudou e essa visão foi deixada para trás!


No século XXI o cenário econômico é outro!
Todos devemos nos preparar para essas mudanças! Ficar mais
que cinco anos em uma mesma função, sem novos desafios ou apren-
dizagem é coisa do passado, até mesmo inadmissível nos dias atuais.
Permanecer em uma mesma função, executando as mesas ativi-
dades por um longo espaço de tempo, mostra um profissional sem
grandes aspirações, sem um plano consistente de carreira.
Muitos de nós podemos passar vários anos em uma mesma cor-
poração, mas veja que, quando falamos de uma grande empresa, o
cenário é outro. É possível desenvolvermos várias funções, em setores
diferentes, sem sair da corporação. O importante é adquirirmos ex-
periências diversificadas, muito valorizadas no mercado atual.
Às vezes não estamos satisfeitos com nosso emprego atual, mas temos
medo de mudar, estamos tão arraigados ao nosso cotidiano, que não te-
mos coragem de ousar, alçar novos rumos, por medo do desconhecido.
Mudanças em nossas vidas estão cada vez mais presentes e devemos
encarar os fatos com frieza, naturalidade, seriedade e certos de que, se
chegamos a este ponto até agora, é porque somos competentes e temos
nosso valor. O que precisamos é saber identificar nosso dom, nossa
vocação para exercermos as atividades que nos tragam o sentimento de
realização e nos satisfaçam tanto pessoal como profissionalmente.
A conquista de um novo emprego não é uma tarefa fácil, exige de-
dicação, empenho e acima de tudo, uma verdadeira vontade em fazer
tudo diferente para não cairmos nas mesmas armadilhas anteriores.
É importante não deixarmos que outros influenciem em nossa nova
conquista, podemos aceitar conselhos, desde que saibamos como filtrá-los.
Com certeza daqui a 10, 20, 50 anos, tudo isso mudará. O mundo é cí-
clico, mas não creio que volte como era antes. Acredito numa tendência ain-
da mais radical: o fim dos empregos tradicionais com registro pela CLT.
Na minha concepção, o mercado tradicional de trabalho, como o
conhecemos hoje, chegará ao seu fim. Os profissionais migrarão para
indivíduos-empresários, ou seja, empresas compostas por somente uma
pessoa, prestadores de serviços, trabalhando em suas próprias residên-
68 | O Produto: VOCÊ

cias com relacionamentos virtuais. Enquanto isso não acontece, é hora


de revermos nossos projetos de vida e seguirmos uma nova jornada.

O Fantasma da Globalização

O cenário mundial e brasileiro caracteriza-se hoje por um con-


junto de fatores e tendências como:
• Aumento exponencial da velocidade de mudanças tecnológicas;
• Medidas econômicas, políticas e comunitárias, ocasionando
altos índices de instabilidade e desemprego;
• Alto nível de adaptabilidade em função das mudanças;
• Aumento da dependência política, econômica e tecnológica
do Brasil em relação aos países desenvolvidos;
• Aumento do uso da robotização, automação e uso generaliza-
do de microcomputadores;
• Redução das distâncias pelo uso dos satélites de comunicação.

Para que uma Organização acompanhe e lidere o mercado é ne-


cessária a seleção de profissionais gabaritados que atendam todas as
exigências e tendências desta nova era.
Com o impacto da globalização sobre o mercado nacional, são
cada vez mais exigidas dos profissionais características como:
• Maior conhecimento técnico;
• Maior produtividade e qualidade dos serviços oferecidos;
• Maior agilidade e poder de resposta dos processos;
• Novos conhecimentos como informática, telecomunicações, línguas;
• Visão do futuro.
• Adaptabilidade.

Desta forma as Organizações conseguem compactar a sua estru-


tura, pois os novos profissionais que ingressarem em seu quadro fun-
cional serão mais capacitados que os anteriores e aptos a absorverem
um maior número de tarefas.
O Produto: VOCÊ | 69

Em resultado e razão dessas mudanças, é comum hoje, uma em-


presa aumentar ou diminuir seu quadro de funcionários, para ajus-
tar-se às oscilações do mercado e manter a sua competitividade.
Em decorrência de mudanças profundas nas relações comerciais
entre as empresas, mercados e países, como estas que estamos viven-
ciando, o que chamamos isso de: “fenômeno da globalização”; as pa-
lavras chaves são:

Qualidade
Produtividade
Competitividade

Por isso, a pressão por resultados obriga as empresas a adotarem


uma conduta mais objetiva e prática em relação à sua permanência ou
não em seu quadro de pessoal.
Os desligamentos quase sempre ocorrem por necessidades objeti-
vas de sobrevivências do negócio, por necessidades mercadológicas e/
ou tecnológicas, por obsolescência de produtos e serviços e por uma
série de outros fatores, nem sempre sob o domínio da empresa. E cada
vez mais essas necessidades e mudanças ocorrem em uma velocidade
maior do que antes.
Sabemos que o processo de desligamento é muito traumático,
tanto para a empresa quanto para o profissional:

Para as empresas: além de custar caro, acarreta sérios problemas


no ambiente organizacional, sem contar o fato de que, com a demis-
são de alguns funcionários, parte da história da empresa, do conheci-
mento, do talento e da competência vão embora junto com eles.
Para o colaborador: ele fica sem emprego, à disposição de novas
oportunidades que nem sempre serão imediatas. Surge o medo do de-
semprego e o temor de não conseguir se recolocar num prazo curto.
Sabemos que as empresas, diante deste cenário altamente com-
petitivo, procuram estabelecer relações estritamente comerciais com
os seus empregados, sendo menos paternalistas e mais profissionais,
70 | O Produto: VOCÊ

sempre buscando melhores resultados, necessitando de profissionais


polivalentes, com experiência em ramos distintos e vivência em dife-
rentes culturas organizacionais.
Pensando nesta dimensão, propomos uma reflexão no quanto é pre-
ciso que cada um de nós tome iniciativas em várias direções, que nos
capacitem e nos dêem a tranquilidade e o equilíbrio necessários para en-
frentarmos situações adversas, quando, e na hipótese destas ocorrerem.
O que fazemos ou fizemos para a construção de uma carreira de
sucesso?
Nossa carreira é um patrimônio pessoal e não da empresa. Nós
somos os únicos responsáveis por ela, e não devemos delegar esta res-
ponsabilidade a ninguém.
Devemos sempre nos manter atentos às necessidades de aprimo-
ramento e desenvolvimento profissional, e isso inclui a capacitação
técnica e emocional para estamos aptos a enfrentarmos todas essas
mudanças de cenários que ainda estão por vim.

Conquiste o seu espaço!!!


Conquiste o seu emprego!!!
Anime-se !!!
Existem empregos por aí...
Pessoas são demitidas...
Pessoas são afastadas...
Pessoas são aposentadas...
Pessoas trocam de empregos....
Pessoas são repostas...
Novas empresas e novas vagas são criadas...

Encontrar ou não um emprego ideal depende dos métodos que


utilizamos e do nosso empenho nessa busca.
Descubra o seu Dom, sua Vocação!
Está comprovado que, quem trabalha no que gosta, tem 75% mais
chances de se tornar bem sucedido no mercado de trabalho porque o
O Produto: VOCÊ | 71

faz com amor, vontade e dedicação. Quem trabalha no que gosta, tra-
balha com mais prazer e, como resultado, tudo é realizado com maior
zelo, dedicação e esmero. O produto final é mais perfeito.

Você sabia que 1/3 de nossa existência ativa é destinado ao nosso


trabalho?

O trabalho tem que proporcionar prazer, bem estar, satisfação


pessoal, orgulho, realização e muitas outras recompensas e gratifica-
ções. Por isso, pense e responda com toda a sua sinceridade:

• Você faz o que gosta?


• Esta é realmente a profissão de seu interesse?
• Já analisou outras possibilidades?

Se você é um profissional que faz o que gosta, tenha certeza que


isso fará toda a diferença nas etapas de um processo de recolocação
profissional e mesmo no desenvolvimento de sua carreira. Você terá
mais iniciativa, determinação, objetividade e segurança em tudo que
desenvolver.
Quem faz o que gosta tende a conquistar seus objetivos com mais
afinco.
Se você tem certeza da sua área de atuação, viabilize o seu autode-
senvolvimento. Pesquise. Aprofunde os seus conhecimentos naquilo
que você faz. Mantenha-se constantemente atualizado, participando
de eventos ou de situações que lhe agreguem novos valores.
Pense na possibilidade de ampliar e diversificar seus conheci-
mentos dentro de sua área de interesse e vocação.
Pesquisar, ler livros, navegar pela Internet, participar de seminá-
rios, cursos, reuniões, feiras, congressos, encontro com profissionais
etc, possibilitam agregar novos conhecimentos, novos relacionamen-
tos, minimizando os riscos e sofrimentos da perda ou aproveitamen-
to de boas oportunidades.
72 | O Produto: VOCÊ

Diante de todos os fatos, analise e decida sobre qual será a sua pos-
tura a ser adotada nesta nova empreitada: sua busca foca apenas em um
novo emprego, ou ela inclui o desenvolvimento de sua carreira.

Identificando Novas Oportunidades e Alternativas de


Trabalho

Caso você esteja naquele grupo que ainda não encontrou a sua ver-
dadeira vocação, não se desespere, saiba que você não está sozinho!

Neste caso, analise suas experiências anteriores, faça uma auto-


análise e identifique alternativas ou áreas com as quais você mais se
identifica ou gostaria de se desenvolver.
Faça um resumo de seus feitos e realizações, perceba onde você
errou e onde acertou, atividades que lhe agradaram ou que realiza
com certa habilidade e facilidade.
Sabemos, ainda, que além do regime de CLT, existem várias for-
mas de trabalho que poderemos utilizar para desempenharmos nos-
sas atividades profissionais:
• Sistema de Cooperativas;
• Prestadores de Serviços (terceirização);
• Autônomo;
• Estagiários.
O Produto: VOCÊ | 73

É importante estarmos receptivos às novas propostas e formas de


trabalho, porque quando se fala em trabalhar, a imagem que logo vem
à nossa mente é a do emprego convencional, em uma multinacional,
grande e boa empresa, com uma ótima remuneração, um plano de
benefícios atraente, com perspectivas de desenvolvimento pessoal e
profissional além da estabilidade de emprego.
Seguindo este raciocínio, rapidamente descartamos uma série de
outras formas de trabalho, tão ou mais gratificantes, compensadoras
e realizadoras que o emprego convencional para as quais possuímos
capacitação profissional ou potencial a ser desenvolvido, seja de ma-
neira autônoma, com vínculo empregatício, como empresário, em
regime de cooperativa ou sob outras modalidades legalmente dispo-
níveis e ao nosso alcance

80% da mão-de-obra ativa deste país trabalham em


pequenas e micro empresas.

Dificilmente paramos para avaliar quais as outras maneiras, ou


outros mercados consumidores. Em marketing de produto, é impor-
tante estarmos atentos a todas as oportunidades, verificarmos as ten-
dências e as áreas que estejam em maior crescimento.
É importante destacar que, a cada dia que passa, surgem mais
empregos fora do regime CLT. O mundo migra para um cenário mais
independente. É a era dos homeoffice, pessoas trabalhando em seus
próprios escritórios estruturados em suas residências.
Estamos próximos dos relacionamentos profissionais virtuais,
internet, webcam, e os serviços de mensagem rápida permitem uma
grande agilidade para esses novos profissionais. Isso já é uma reali-
dade para alguns.
Quanto à remuneração, ficará vinculada diretamente à produti-
vidade. Serão criados índices que possibilitem o cálculo dessa pro-
dutividade: metas e resultados obtidos, palavras digitadas, e-mails
enviados, telefonemas realizados e recebidos, todas as atividades exe-
cutadas serão individualmente controladas e cobradas.
74 | O Produto: VOCÊ

Analise todas essas possibilidade e propostas de trabalho no con-


texto geral, considerando pontos positivos e desfavoráveis à atuação,
avaliando o desenvolvimento e aprendizagem, para investir em sua
profissão.

Entusiasmo e Motivação

O último tópico para desenvolver o Produto VOCÊ – é a letra “E”


de Entusiasmo.
Sem entusiasmo e motivação entramos num processo depressivo
e, combatê-lo isoladamente pode ser uma luta desleal.

Entusiasmo

A palavra entusiasmo é apresentada como de origem grega. A sua


base morfológica é: Em Teos Asmo, que traduz algo como:

“ter um Deus dentro de você”


“o encontro com Deus que existe dentro de você”

Existe uma história de que na Grécia antiga, pessoas que obtinham


uma boa colheita eram consideradas entusiasmadas, pois seu Deus
interior contribuía para a fortificação da safra e, segundo os gregos,
somente pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios
do cotidiano.
Nos tempos atuais, pessoas entusiasmadas são pessoas positivas,
alegres, contagiantes. Dizem que pessoas entusiasmadas vão mais
longe, pois acreditam em si, são autoconfiantes.
Entusiasmo e autoconfiança são duas características marcantes e
comuns às pessoas de sucesso.
O Produto: VOCÊ | 75

Ter autoconfiança é, acima de tudo, acreditar em si próprio e no


poder de realização, aliada a uma grande capacidade de superação de
problemas e imprevistos.
O entusiasmo é o combustível natural da determinação. Existem
pessoas que seriam verdadeiros “doutores” em suas áreas, mas como
não se aplicaram com entusiasmo, nunca conseguiram obter sucesso
efetivo. O contrário também é verdadeiro: existem pessoas que em-
bora com pouco conhecimento, venceram graças ao seu entusiasmo
com que se dedicaram e sua vontade de vencer. O entusiasmo é fator
determinante para nossas conquistas.
Se formos esperar as condições ideais, jamais nos entusiasmare-
mos com algo, pois sempre existirão fortes razões para nos desanimar.
O entusiasmo e a motivação trazem uma nova visão para a vida.

O ENTUSIASMO traz o sucesso e não o contrário.

Enquanto a autoconfiança nos deixa seguros, o entusiasmo nos


impulsiona para ir adiante, com obstinação e eloquência. As dificul-
dades do dia-a-dia têm o poder incrível de alterar nosso estado de
espírito, minando nossa autoconfiança e entusiasmo, por isso temos
sempre que ficar atentos aos sinais de desmotivação, evitando que
nossa vibração pela vida diminua de intensidade.

Conheça 10 bons motivos para viver e agir com entu-


siasmo:

1. O entusiasmo é contagiante.
2. As pessoas entusiasmadas são mais saudáveis.
3. Entusiasmo e vontade de vencer andam juntos.
4. Desânimo, tristeza e mau-humor não resolvem problemas.
5. Com entusiasmo você resolve mais rápido seus problemas.
6. Com entusiasmo sua imagem é de vencedor.
7. Com entusiasmo você é mais persuasivo.
76 | O Produto: VOCÊ

8. O entusiasmo transforma o ambiente à sua volta.


9. O entusiasmo é um escudo contra pessoas negativas.
10. Agindo com entusiasmo você cativa as pessoas.

Os Dez Mandamentos do Entusiasmo

1. Afaste-se das pessoas e dos fatos negativos. Se você se deixar


envolver por um ambiente negativo, você vai se transformar
numa pessoa negativa.
2. Acredite nos seus “insights” positivos. Os vencedores são
aqueles que acreditam nas suas idéias, confiam nos seus ins-
tintos e seguem seu caminho com determinação.
3. Não reclame constantemente. Quando a gente reclama mui-
to, habitua-se a reclamar cada vez mais e acaba se transfor-
mando numa pessoa ranzinza, azeda. É insuportável convi-
ver com pessoas que só vivem se queixando! Se não há nada
de bom a dizer... não diga!
4. Cultive a alegria e o bom humor... Aprenda a sorrir e ser feliz!
Ilumine seu ambiente de trabalho e sua casa. A escuridão traz
a depressão!
5. Seja alguém disposto a colaborar com os outros. Ache sempre
uma maneira de participar! Traga as pessoas para mais próxi-
mo de você.
O Produto: VOCÊ | 77

6. Comunique-se, participe, converse com as pessoas com as


quais convive. Interesse-se pelas pessoas à sua volta!
7. Surpreenda as pessoas com “momentos mágicos”. Con-
tagie os outros... Faça com que, ao entrar num ambiente,
as pessoas se contagiem com a aura de entusiasmo que
envolve você!
8. Faça tudo com sentimento de perfeição. Faça as coisas com
vontade de fazer! Não deixe nada pela metade! Cultive o de-
sejo de acertar, de ganhar, de criar e fazer tudo o mais correto
possível.
9. Ande bem vestido, limpo e perfumado. Tenha orgulho da sua
imagem. Gostar de si próprio, mantendo a autoestima, é fun-
damental para o Entusiasmo. Ame-se!
10. Aja prontamente. FAÇA AGORA! “DO IT NOW”. Não co-
meta o pecado da procrastinação! Não deixe para amanhã.
Quando tiver alguma coisa para fazer, faça imediatamente.
Sentiu que é o momento certo? - Aja!

Motivação

Pense: O que motiva VOCÊ?

Antes de discutirmos sobre motivação, é necessário entender o


seu conceito e sua definição.
A definição pode ser muito simples:

Motivação é a força ou impulso que leva os


indivíduos a agirem de uma forma específica”.

Entende-se que o comportamento dos indivíduos pode ser anali-


sado em função das necessidades que sentimos.
78 | O Produto: VOCÊ

NECESSIDADE

M
O
DESEJO
T
I
ESTÍMULO V
O

AÇÃO

A partir de uma necessidade, criamos o desejo, este gera o estí-


mulo para a ação.

O Comportamento é Decorrente da Motivação

Costumo dizer que a palavra MOTIVAÇÃO é composta por duas


outras:

MOTIVO + AÇÃO = MOTIVAÇÃO

Para fazermos algo (uma ação) é necessário um motivo; então


concluímos que motivação é a combinação da ação mais o motivo
que nos leva a tal.
Todo indivíduo necessita de um motivo que seja realmente im-
portante para ele de modo que o faça agir, algo significativo que ser-
virá como gatilho para a primeira impulsão rumo ao seu objetivo.
Motivação é o nosso combustível, é o que faz movimentar nossos
esforços em busca de algo. Se tivermos fome, procuramos alimento;
se sede, procuramos água - ou quem sabe uma cervejinha bem gela-
da! – neste caso temos um outro tipo de motivação, não é a sede que
O Produto: VOCÊ | 79

nos está direcionando, mas sim nossa vontade por algo diferente, seja
uma cerveja, refrigerante ou suco.
Esse outro comportamento comentado anteriormente é facilmen-
te explicado pela Matriz das Necessidades de Maslow.

Hierarquia das Necessidades de Maslow

Abraham Maslow, psicólogo e administrador, focou seus estudos


nos aspectos motivacionais dos seres humanos. Sua teoria baseia-se
nos princípio de que a motivação de cada ser humano em realizar
esta ou aquela tarefa está diretamente ligada à satisfação de necessi-
dades insatisfeitas, seja ela de vestimenta, alimentação, status, reali-
zação pessoal, ou profissional etc.
E baseando-se nessas necessidades insatisfeitas, Maslow desen-
volveu sua teoria chamada: Hierarquia das Necessidades de Maslow
ou também conhecida como Pirâmide de Maslow
Maslow definiu uma série de necessidades insatisfeitas como sen-
do as fontes principais para a motivação do indivíduo. Neste caso, o
homem percorre o caminho como se estivesse subindo degraus de
uma escada, etapa por etapa, motivado pela ultrapassagem total no
estágio anterior.
Somente passamos para um novo estágio em nossas vidas, quan-
do todas as necessidades do nível anterior foram totalmente satisfei-
tas. É possível também voltarmos a estágios anteriores, conforme a
nossa fase de vida, família, emprego, carreira etc., ou seja, ao longo
de nossa existência, navegaremos pelos diversos degraus da pirâmide
de acordo com o momento da vida de cada um.
80 | O Produto: VOCÊ

Gráfico piramidal da Hierarquia das Necessidades de Maslow:

Fisiológicas: Nesta fase o indivíduo está interessado na sua so-


brevivência e em suas necessidades básicas como: roupa, abrigo, ali-
mentação, sexo e outras afins.

Segurança: Benefícios que inspirem confiança e segurança para si


mesmo e a família como aposentadoria, pensões, assistência médica, políti-
ca salarial, boas condições de higiene, segurança em todos os sentidos, seja
no trabalho, estabilidade e coisas afins como segurança pessoal, proteção.

Associação: O ser humano é gregário por natureza, e nesta fase ele


deixa de se preocupar exclusivamente consigo mesmo e passa a ter maior
consciência profissional, preocupando-se com a organização. Dedica-se a
participar de grupos, filia-se a clubes, preocupa-se em ser aceito por todos.
O Produto: VOCÊ | 81

Nasce um sentimento de integração para com a família organizacional.


Existe uma necessidade de estar próximo dos outros.

Autoestima: O objetivo é a obtenção de status destacando-se no


grupo; sucesso na organização. A pessoa nesta fase necessita de ser
vista e reconhecida pelo que tem e pelo que é. Deseja ardentemen-
te conquistar novas oportunidades dando o máximo de si para essa
aquisição, em troca de um reconhecimento da organização; depende
da avaliação positiva dos outros para sentir-se feliz.

Autorrealização: Preocupa-se com sua realização pessoal. Con-


sidera seu próprio potencial e conhece a sua própria capacidade. Sabe
reconhecer o seu valor. Avalia sua experiência e testa sua capacidade.
Para alcançar esta meta, destaca-se em trabalhos com desafios maio-
res e significativos. Outras características: potencial e criatividade,
desenvolvimento pessoal, realização e satisfação através dos resulta-
dos do seu trabalho na organização.

Para clarear o conceito, imaginemos uma pessoa com sede ou fome


e o seu comportamento baseado nas suas necessidades insatisfeitas:

Fisiológico: Se com sede ou fome, esta pessoa procurará por


qualquer líquido ou alimento que estiver mais ao seu alcance, pois
seu objetivo é unicamente satisfazer a sua necessidade básica, sem
distinção de sabor, cor, formato ou tipo de alimento ou bebida.

Segurança: Embora esta pessoa sinta com sede ou fome, ela se cer-
tificará se o alimento ou o líquido esteja em condições de consumo.

Associação: Esta pessoa comerá ou beberá o que os outros do


grupo estiverem comendo ou bebendo.

Autoestima: Esta pessoa escolherá os itens mais caros do cardápio.


Caviar, lagosta e champanhe constarão em seu menu. Frequentará res-
taurantes finos e caros, que mostrem seu status social. A sua satisfação
82 | O Produto: VOCÊ

está na imagem transmitida, sinais exteriores, e não nas qualidades in-


trínsecas dos produtos usados, mas no valor da marca e do status adqui-
rido pelo seu uso ou consumo.

Autorealização: Esta visa a satisfação pessoal, não importa se o


valor for caro, barato, nem que esteja na moda, mas sim que o satisfa-
ça plenamente pelo seu conforto e diletantismo.

Com base nessa teoria é possível identificar as necessidades do


indivíduo e como o espírito de cada um é motivado para os resulta-
dos. Deste modo empresas traçam políticas internas que possibilitam
a motivação individual, instigando e desenvolvendo todos para o au-
mento da produtividade.
Toda teoria que envolve a Pirâmide de Maslow é bem abrangente
e é muito usada na administração e gestão de pessoas. Para àqueles
que têm interesse em se aprofundar neste assunto, aconselho o livro
“Maslow no Gerenciamento”; o qual aborda de forma clara e bem ob-
jetiva a teoria aplicada no gerenciamento de equipes e de como esta
pode nos auxiliar em nosso processo pela busca da melhoria constan-
te, em nosso crescimento profissional e pessoal além da motivação
permanente.
Muitas vezes nos sentimos desmotivados com algo, pois não en-
contramos satisfação naquela tarefa, atividade, ou situação. Se pen-
sarmos com base na teoria de Maslow, nossas necessidades anteriores
já foram atendidas e é hora de alçar novos rumos, subir um degrau
nessa pirâmide, buscando novos desafios.

Sem motivação para o trabalho não há desenvolvimento humano.

Diante dessa exposição, convido para uma reflexão sobre o que


buscamos para nossas vidas? O que achamos importante na escolha e
decisão por um novo emprego? Ou quais são os nossos desafios?
8
Dicas finais para o desenvolvimento
de um bom marketing pessoal

• Seja responsável pela sua própria vida, carreira e desenvolvimen-


to. Dessa forma, você sempre será reconhecido como alguém de
muito valor agregado, uma pessoa que faz a diferença.
• Estude e acompanhe novas tendências e mudanças para não
ficar para trás. Estamos todos indo ao encontro do futuro,
portanto não podemos perder o rumo, nem nos iludir com
“miragens”.
• Desenvolva capacidades e competências para melhorar seu
desempenho pessoal. A nossa segurança ou empregabilida-
de depende da nossa produtividade e do potencial que temos
como pessoas e profissionais.
• Invista em suas habilidades de comunicação e sociabilidade.
Não adianta ser bom se ninguém o conhece ou se o seu traba-
lho não aparece.
• Saiba ouvir. Precisamos saber ouvir tão bem quanto falamos,
pois a comunicação é uma via de mão dupla.
• Pratique a filosofia da melhoria constante e contínua, baseada
na aprendizagem. A maior vantagem competitiva que temos é
a capacidade de aprender continuamente.
• Observe e pesquise tudo e todos. Mantenha os olhos abertos e
a mente funcionando.
• Mantenha-se leve, flexível e adaptável. A vida é feita de mudan-
ças constantes e precisamos aprender a acompanhá-las e res-
peitá-las. “A maior obra de arte é saber transformar a si mesmo,
eternamente...”
84 | Dicas finais para o desenvolvimento de um bom marketing pessoal

• Seja você mesmo, não se desvie dos seus princípios básicos:


moral e ética.

Lembre-se:

Ao receber uma faca, você é quem decide por onde a segurará, se


pela lâmina ou pelo cabo!

O sucesso só depende de uma única pessoa: VOCÊ!

Mãos à obra....
9
Anexos

Glossário de Competências

Currículo – O Modelo Ideal

Teste sua Empregabilidade

Teste sua Inteligência Emocional


86 | Anexos

ANEXO I
Glossário de Competências

Apresentamos a seguir uma relação com 19 competências comu-


mente exigidas pelas empresas de seus colaboradores.
Essas competências estão subdivididas em 5 grupos, formados
com base na natureza de cada uma e nos resultados e objetivos que
elas podem alcançar.
Muitos programas de avaliação de desempenho baseiam seus
questionários nas competências abaixo relacionadas.

Grupo I – capacidade de autogerenciamento

Autodesenvolvimento
Sabe avaliar e conhece os seus pontos fortes e necessidades de
desenvolvimento. Busca desafios, mantém-se atualizado com relação
às atividades de seu setor, foco no aprimoramento profissional. Tem
prazer em ler, estudar e conhecer novas pessoas e novas atividades.
Capacidade de aprender na prática ou ser autodidata.

Habilidade em Lidar com Pressão e Estresse


Disposição mental positiva, bom equilíbrio entre sua vida profissio-
nal e pessoal. Consegue manter o autocontrole mesmo diante de situações
complexas e adversas. Mantém a calma em situações limítrofes, consegue
raciocinar com clareza mesmo diante de fatos novos e desafiadores.

Habilidade de Planejamento e Organização


Trabalha com planejamento e ordem, cumpre os prazos acorda-
dos, sabe administrar o seu tempo, sabendo priorizar tarefas impor-
tantes ou complexas. É sistemático na organização de seu trabalho,
espaço e mesa de trabalho. Disciplinado.
Anexos | 87

Motivação e Entusiasmo
Capacidade de manter a energia positiva mesmo em situações ad-
versas, otimismo. Transmitir entusiasmo aos outros. Manter a sua
autoconfiança e auto-estima.

Grupo II – capacidades de comunicação


Comunicação Escrita
Usa a forma adequada nas comunicações escritas. Sabe expor
suas idéias com clareza e em boa linguagem. Utiliza estrutura lógica
na elaboração dos seus textos. Comunica-se com impacto.

Escutar Ativamente
Mantém o interesse nos outros, permitindo que as pessoas se
“abram” com espontaneidade. Compreende as necessidades dos ou-
tros e corresponde a elas.

Fluência Verbal
Sabe apreciar boas conversas, cativa os ouvintes com sua forma
de falar. Expressa suas idéias com clareza, provocando impacto ao
falar. Bastante articulado, postura confiante ao se relacionar com um
grupo de pessoas, bem posicionado em apresentações pessoais.

Grupo III – capacidade de se relacionar em grupo

Agir Eticamente
Reconhecido pelo grupo por seu comportamento íntegro. Des-
fruta da confiança de todos aqueles que o conhecem. Segue normas e
procedimentos. Age com honestidade e objetividade. Discreto.

Assertividade
Age com determinação, objetividade, clareza e eficácia. Mantém
sua posição e sabe dizer não quando necessário, de forma educada e
segura. Capaz de diferenciar desavenças profissionais sem levar para
88 | Anexos

o âmbito pessoal. Enfrenta conflitos e confrontos com maturidade.


Idealiza soluções nas quais todos saem ganhando.

Empatia
Capaz de provocar a simpatia e a compreensão solidária nas pes-
soas. Demonstra sensibilidade às necessidades dos outros, sabe respei-
tar os seus limites em um convívio mútuo. Emocionalmente seguro.

Habilidades Sociais
Sabe se relacionar com os demais, sente-se à vontade nos rela-
cionamentos, sendo muito sociável. Atrai os colegas, benquisto por
todos, sendo considerado uma boa companhia.

Influência e Liderança
Atua como representante do grupo, departamento, projeto. É tido
como um líder especialista na sua área. Sua opinião costuma ser con-
sultada em questões de significativa importância. Mantém um círculo
de relacionamentos influentes. Detém conhecimento e informações.

Trabalho em Equipe
Gosta de atividades que envolvam grupos de pessoas, cooperati-
vismo. Compartilha informações, conhecimentos e idéias. Contribui
ativamente para o crescimento da equipe. Envolve-se com os proble-
mas do grupo, comprometendo-se com o resultado da equipe.

Grupo IV – capacidade analítica

Análise de Informações
Procura compreender as informações cruciais avaliando e pon-
derando dados com base em históricos. Trata com facilidade aspec-
tos conceituais, profundamente teóricos. Capaz de elaborar relatórios
objetivos a partir de dados complexos.
Anexos | 89

Criatividade e Inovação
Possui sempre idéias inovadoras e revolucionárias. Propõe novas
abordagens para um mesmo tema. Capaz de pensar fora dos padrões.
Contestador, principalmente em caso de suposições. Aceita desafios
com facilidade. Pensamento emotivo e intuitivo.

Solução de problemas
Capaz de obter e organizar as informações de maneira rápida e
eficiente. Adota uma abordagem organizada e metódica para lidar
com problemas. Sabe analisar e avaliar as opções e toma decisões as-
sertivas fundamentadas em bases sólidas.

Grupo V – capacidade de realização

Adaptação à mudança
Predisposição positiva e receptividade a novas experiências. Fle-
xível, com certo grau de espontaneidade. Foco no futuro e capaz de
planejar antecipadamente.

Foco na realização
Reconhecido como empreendedor e realizador. Mostra determi-
nação na busca constante de resultados e sucesso. Reconhece quando
perde ou ganha, mantendo sempre o foco no objetivo final. Possui
um histórico de vitórias pessoais e profissionais. Ambicioso e entu-
siasmado.

Multidisciplinar
Administra várias tarefas ao mesmo tempo, sabe administrar o
seu tempo. Capaz de interagir em várias áreas, perfil ativo, conside-
rado “elétrico”, irrequieto em algumas situações. Capaz de atuar em
grupos heterogêneos.
90 | Anexos

ANEXO II
Currículo – O Modelo Ideal

Com o intuito de orientar melhor os candidatos sobre qual é o


melhor formato de um currículo, vamos mostrar a estrutura ideal de
um currículo perfeito.

Estrutura curricular

1. Apresentação Pessoal:

• Nome: Seu nome deve vir em primeiro lugar. Não é necessário


vir escrito “curriculum vitae”, o documento é autoexplicativo.
Características pessoais: idade, estado civil, nacionalidade.
• Dados para contato: Endereço completo, incluindo números
de telefones e e-mail. Lembre-se de incluir sempre um nú-
mero de telefone para recados e um número de telefone fixo.
Hoje, devido ao controle nos gastos internos, muitas empre-
sas possuem bloqueio para ligações celulares.

2. Objetivo:

• Especifique o seu objetivo profissional.


• Qual a área ou vaga que você almeja? Muitos apresentam em
seu objetivo: “Administrativo, financeiro, comercial, atendimen-
to ao cliente etc”, enfim qualquer coisa...Isso não vale, tem que
ser mais claro e focar a sua área de conhecimento ou interesse.
• Indicar nos objetivos uma série de áreas para se trabalhar trans-
mite uma idéia de falta de foco na carreira, falta de objetividade
do candidato e, em alguns casos, ansiedade em demasia.
Anexos | 91

3. Formação Acadêmica:

• A formação acadêmica sempre deve ser mencionada, inde-


pendentemente do nível cursado e deverá ser a terceira infor-
mação em seu currículo, logo abaixo do objetivo.
• Se você possuir nível técnico profissionalizante, nível supe-
rior, pós-graduação, é necessário destacá-la incluindo a insti-
tuição de ensino e o ano de conclusão do curso.

4. Principais Qualificações Profissionais:

• Descreva o que você sabe fazer, seus conhecimentos, suas ex-


periências anteriores etc.
• Procure colocar suas qualificações em ordem de importância
em relação à vaga.
• Ordene por ordem de competência: o que você conhece mais
vem primeiro.
• Destaque o tempo de experiência nas funções.
• Não seja repetitivo nas qualificações.

5. Histórico Profissional:

• Aqui você detalha as empresas nas quais trabalhou.


• Lembrando que devem ser dispostas na ordem cronológica
inversa.
• Detalhe o mês e ano de início e fim do período das atividades
nas empresas.
• Se você teve promoções na mesma empresa, pode optar por
colocar somente a última, ou detalhar os períodos que exer-
ceu cada uma das funções anteriores.
• Ao detalhar as suas atividades nas empresas, procure algo
que o destaque naquela função, que seja específico daquele
negócio ou trabalho: Atendimento ao cliente é muito gené-
rico e todo mundo faz. Pense em algo que o(a) diferencie no
92 | Anexos

mercado de trabalho como algum projeto, idéia, venda, resul-


tados alcançados, metas obtidas etc.
• Apenas as três últimas empresas podem bastar para um bom
currículo. A não ser que você tenha ficado muito pouco tem-
po em cada uma delas. Neste caso dê a preferência para aque-
las que estejam mais relacionadas com a vaga em questão, ou
naquelas em que você ficou mais tempo.

6. Cursos Complementares:

• Insira cursos que tenham sido realizados até 3 anos atrás. Mais
do que isso, muitos conceitos podem estar ultrapassados.
• Se você não cursou nada recentemente e acha que alguns dos
cursos anteriores são imprescindíveis para você, opte por não
especificar a data de realização.

7. Informações Adicionais:

• São dados que você gostaria de dizer, mas que não teve opor-
tunidade antes: atuações voluntárias, atividades de lazer que
possam ser importantes e influenciem no processo seletivo.
Dados que você ache que sejam fundamentais.
• Lembrando que o mais importante estará centralizado nos itens
4 e 5. Não vá criar uma nova página só para colocar os cursos
complementares e as informações adicionais. Estes itens podem
ser suprimidos tranquilamente sem prejuízo do seu currículo.
Anexos | 93

ANEXO III
Teste sua Empregabilidade
Fonte: Livro Marketing Pessoal de Marco Laurindo

1. Você tem certeza de que faz está de acordo com a sua vocação?
a) Talvez, estou tentando dar um rumo na minha vida.
b) Sim.
c) Não.

2. Quanto tempo faz que participou de um curso ou treinamento?


a) Seis meses.
b) Seis meses a 18 meses.
c) Mais de 18 meses.

3. Quanto tempo faz que participou de uma feira ou evento?


a) Seis meses a 18 meses.
b) Seis meses.
c) Mais de 18 meses.

4. Quanto tempo permaneceu no seu último emprego?


a) de dois a 4 anos.
b) mais de 4 anos.
c) menos de dois anos.

5. Com que frequência você se atualiza sobre sua área?


a) Uma vez por semana.
b) Uma vez por mês ou mais.
c) Diariamente.

6. Como você considera o seu trabalho dentro da empresa?


a) Muito importante. Nenhum colega poderia fazer o que eu faço.
b) Importante, mas outras pessoas poderiam fazer o que eu faço.
c) Dispensável. Se eu não fizer o meu trabalho, não vai afetar o
departamento.
94 | Anexos

7. Quanto aos compromissos, a sua postura é:


a) Cumprir os compromissos, mas só o que for possível fazer
dentro do horário de trabalho.
b) Cumprir todos os compromissos, mesmo que seja preciso tra-
balhar até mais tarde.
c) Não tenho muita rigidez com o cumprimento de compromis-
sos e horários.

8. Fora do trabalho você:


a) Cuida da sua saúde e cultiva outras atividades, como esportes
e lazer.
b) Não se preocupa muito com a saúde e, de vez em quando, faz
algo diferente, mas nada regular.
c) Não pensa na saúde e não cultiva outras atividades além do
trabalho.

9. Com relação ao salário você:


a) Gasta tudo, não sobra para investir em cursos.
b) Gasta o necessário, fazendo extravagâncias de vez em
quando, mas poupa regularmente para investir na própria
profissão.
c) Gasta tudo e ainda usa o limite do cheque especial.

10. As atividades remuneradas fora do trabalho (dar aulas, fa-


zer traduções ou consultoria) são:
a) Inexistentes.
b) Mantidas eventualmente.
c) Mantidas regularmente.

11. Com relação ao seu networking, você:


a) Acha importante se relacionar com gente da mesma área e
tem contato frequente com essas pessoas.
b) Procura as pessoas da sua área quando precisa de emprego.
c) Não costuma guardar cartões de pessoas que conhece em si-
tuações profissionais.
Anexos | 95

12. Como você se comporta diante das oportunidades do mer-


cado de trabalho ?
a) Eu só vou verificar o que interessa para a minha carreira.
b) Não fico atento ao mercado.
c) Nunca passam despercebidas, no mínimo podem ser um bom
contato.

Saiba como analisar os resultados

Faça uma análise nas respostas assinaladas e veja como anda o


seu nível de empregabilidade:
Marque 1 ponto para cada resposta certa conforme o gabarito abaixo:
Questão Resposta Pontuação
1 B
2 A
3 B
4 C
5 C
6 A
7 B
8 A
9 B
10 C
11 A
12 C
Total

Agora avalie o seu resultado

Para mais de 10 respostas certas:


Você está atento ao mercado, mostra-se preocupado com sua car-
reira e procura se manter sempre atualizado com o que acontece ao
96 | Anexos

seu redor, não só relacionado com a sua carreira mas também com
o mercado como um todo. Com certeza não faltarão oportunidades
para sua recolocação profissional. Você é encarado pelo mercado
como uma peça rara e que tem portas abertas em qualquer empresa
que desejar trabalhar.

Entre 6 e 9 respostas certas:


Você precisa ficar mais atento ao que o mercado sinaliza e aos
acontecimentos na sua área. O mercado vive em constante ebulição e
com isso é necessário que você se mantenha mais atualizado. Aproxi-
me-se de seus amigos e colegas, participe de mais seminários e con-
venções, isso é importante para sua carreira.

Menos de 6 respostas certas:


Você precisa, antes de tudo, encontrar sua vocação. O que você
realmente está disposto a desenvolver, quais os seus objetivos de vida
e focar o seu futuro. Com essa sua postura profissional, será muito
difícil encontrar uma nova atividade, por isso, comece já a se desen-
volver, tanto profissional como pessoalmente. O mercado está cada
vez mais competitivo e somente os melhores sobreviverão.
Anexos | 97

ANEXO IV
Teste sua Inteligência Emocional

Fonte: Inteligência Emocional, Daniel Goleman

Responda as questões abaixo com base no que você realmente


faria diante de cada situação proposta.

1. Você está viajando de avião. De repente, entra numa área de


grande turbulência e começa a balançar de um lado para o outro.
O que você faz?
a) Continua a fazer o que estava fazendo, prestando pouca aten-
ção à turbulência.
b) Fica de prontidão para uma emergência, cuidadosamente de olho
na tripulação e lê o cartão de instruções “em casos de emergência”.
c) Um pouco de ambos (a e b).
d) Não tem certeza, nunca prestou atenção.

2. Você leva a um parque um grupo de crianças de 4 anos de


idade, e uma delas começa a chorar porque as outras não querem
brincar com ela. Qual a sua atitude?
a) Não dá bola, deixa as crianças resolverem sozinhas.
b) Conversa com a criança e a ajuda a bolar um plano para que
as outras brinquem com ela.
c) Fala para ela não chorar, em um tom meigo.
d) Tenta distrair a chorona, mostrando outras coisas com as
quais ela poderia brincar.

3. Suponha que você é um estudante universitário que esperava


tirar nota 10 (dez), mas você acabou de saber que sua nota foi 4
(quatro). O que você faz?
a) Traça um plano específico para melhorar sua nota e resolve
seguir o plano.
b) Resolve fazer melhor na próxima vez.
98 | Anexos

c) Diz a você mesmo que não importa como foi sua nota naquela dis-
ciplina e se concentra em aulas onde suas notas são mais altas.
d) Procura o professor e tenta falar com ele para aumentar sua nota.

4. Imagine que você é um vendedor de seguros contatando possí-


veis clientes. Quinze pessoas contatadas de uma vez desligaram o tele-
fone na sua cara, e você está ficando desencorajado. O que você faz?
a) Para e espera ter mais sorte no dia seguinte.
b) Avalia possíveis características suas que possam prejudicar a
sua venda.
c) Experimenta nova abordagem no telefonema seguinte e con-
tinua tentando.
d) Pensa que é melhor mudar de trabalho.

5. Você é gerente em uma organização que está tentando incen-


tivar o respeito pela diversidade racial e étnica e ouve alguém con-
tar uma piada racista. O que você faz?
a) Ignora a piada, afinal é apenas uma brincadeira.
b) Chama a pessoa a seu escritório para uma repreensão.
c) Fala na hora que tais piadas são inapropriadas e não serão
toleradas na sua organização.
d) Sugere à pessoa que contou a piada que faça um programa de
treinamento sobre diversidade racial.

6. Você está tentando acalmar um amigo que está furioso com


um motorista que quase bateu no carro dele, tirando uma “fina”
em alta velocidade. O que você faz?
a) Diz a ele para esquecer, ele agora está bem e afinal não aconte-
ceu nada.
b) Coloca uma música ou aumenta o som do rádio para distraí-lo.
c) Junta-se a ele na desqualificação do outro motorista, como
prova de solidariedade.
d) Diz a ele que uma vez algo semelhante aconteceu com você e
que ficou tão furioso quanto ele, mas aí você percebeu que o
outro motorista estava a caminho do pronto-socorro.
Anexos | 99

7. Você e seu parceiro (namorado(a), marido ou esposa) entra-


ram numa discussão que evoluiu para uma gritaria desafiadora;
vocês estão desapontados e no auge da discussão, e não gostaria de
fazer ataques pessoais. Qual a melhor coisa a fazer?
a) Parar por uns 20 minutos e depois retomar a discussão.
b) Parar a discussão e ficar em silêncio, não importa o que o ou-
tro disser.
c) Pedir desculpas e pedir para o outro se desculpar também.
d) Parar por um momento, refletir um pouco, e então dar a sua
opinião de forma mais clara e precisa.

8. Você foi indicado para chefiar um grupo que está tentando


uma solução criativa para um problema de trabalho. Qual a primei-
ra coisa a fazer?
a) Pegar uma agenda e alocar tempo para discutir cada item de forma
a fazer o melhor uso possível do seu tempo junto com os outros.
b) Fazer com que a pessoa do grupo gaste algum tempo para que
se conheçam melhor.
c) Começar perguntando para cada pessoa por ideias sobre como
resolver o problema, enquanto as ideias estão “frescas” na ca-
beça do pessoal.
d) Começar com uma sessão de discussão aberta, sem restri-
ções, encorajando cada um a falar o que vem à mente, não
importando quão estranho possa parecer.

9. O seu filho de três anos de idade é extremamente tímido, e


sempre se mostrou hipersensível sobre isso e meio amedrontado em
relação a lugares e pessoas novas. O que você faz?
a) Aceita que seu temperamento é retraído e procura formas de
protegê-lo de situações que o perturbem.
b) Leva seu filho em um psiquiatra infantil para ajuda.
c) Leva propositadamente seu filho a conhecer uma porção de
pessoas e lugares de forma que ele possa superar seus medos.
d) “Bola um programa de experiências desafiadoras, porém ad-
ministráveis, para que ele aprenda que é capaz de lidar com
locais e pessoas que não conhece.
100 | Anexos

10. Durante vários anos você gostaria de voltar a aprender a


tocar um instrumento que você tentou tocar quando era criança,
e agora vai finalmente começar, só por diversão. Porém, você quer
usar o seu tempo de forma eficiente e eficaz. O que você deve fazer?
a) Reservar diariamente um horário para praticar o instrumento.
b) Escolher peças que desenvolvam, de cada vez, um pouco mais
a habilidade que você tem.
c) Praticar somente quando der vontade.
d) Escolher peças que estão muito além da sua habilidade mas
que você será capaz de aprender com muito esforço.

Tabela de Pontuação
Questão A B C D
1. 20 20 0 0
2. 0 20 0 0
3. 20 0 0 0
4. 0 0 20 0
5. 0 0 20 0
6. 0 5 5 20
7. 20 0 0 0
8. 0 20 0 0
9. 0 5 0 20
10. 0 20 0 0

Total de Pontos: ______________

Classificação
Pontuação Nível
De 0 a 49 Inferior
De 50 a 84 Médio Inferior
De 85 a 124 Médio
De 125 a 174 Médio Superior
Acima de 175 Superior
10
Bibliografia Recomendada

ANTUNES, Celso. Manual de técnicas de dinâmica de grupo de sensi-


bilização de ludoterapia. 23ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes. 2004.
BERNARD WILLIAM & LEOPOLD, Jules. Faça seu teste. 6ª Ed. São
Paulo: Mestre Jou, 1973.
CARLAW, Peggy. O grande livro de jogos para treinamento de atendi-
mento ao cliente. 1ª Ed. Qualitymark, 2001.
FILHO, Sady Bordin. Cem dicas para valorizar a sua imagem. Rio de
Janeiro: Record, 2003.
FRITZEN, Silvino José. Janela de Johari. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Vo-
zes, 2002.
FURHAM, Adrian. Linguagem Corporal no trabalho. São Paulo: No-
bel, 2001.
HARDINGHAM, Alison. Trabalho em equipe. 1ª Ed. São Paulo: No-
bel, 2000.
KIRBY, Andy. 150 Jogos de treinamento. 1ª Ed. – São Paulo: T&D,
1995.
LAURINDO, Marco. Marketing Pessoal e o novo comportamento pro-
fissional. 3ª. Ed. São Paululo: Altana, 2004.
LEWIS, Gareth; CROZIER, Gene. Teste suas competências Pessoais –
São Paulo: Publifolha, 2002
102 | Bibliografia Recomendada

MARINS, Luiz Filho. Socorro! Preciso de Motivação. 1ª Ed. São Paulo:


Harbra, 1995.
MARTINEAUD, Sophie. Teste sua inteligência emocional. 2ª Ed. Rio
de Janeiro: Ediouro, 1998.
MILITÃO, Albigenor & Rose. Jogos, Dinâmicas & Vivências Grupais.
1ª Ed. Rio de Janeiro: 2000.
MIRANDA, Simão de. Oficina de dinâmica de grupo para empresas e
escolas. 1ª Ed. Campinas: Papirus, 1996.
MOINE, Donald J. Modernas Técnicas de Persuasão. 1ª Ed. São Paulo:
Summus, 1988.
O’NEILL, Liz; O’NEILL, Brian. Teste sua resistência ao Estresse. São
Paulo: Publifolha, 2002.
POLITO Reinaldo, Como falar corretamente e sem inibições. 47a Ed.
São Paulo: Saraiva, 1996.
RIZZO, Cláudio. Marketing Pessoal, Instrumento para Negociação –
São Paulo: Terra, 1995.
SUGIURA, Tadashi; KANEKO, Noriharu; YAMADA, Yoshiaki;
ODA, Takashi. Introdução a jogos e treinamentos para equipes. 1ª Ed.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998.
WILSON, John. Teste seu estilo de administração. São Paulo: Publi-
folha, 2002.
YOUNG, James Webb. Técnica para produção de idéias. São Paulo:
Nobel, 1994.
ZAISS, Carl D. Treinamento eficaz em vendas: faça parceria com seus
clientes. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 1994.
apoio:

www.trigoconsultoria.com.br
Sobre o livro
Formato 15x21 cm
Tipologia Minion (texto)
Helvetica Neue (títulos)
Papel Off-set 75g/m2 (miolo)
Cartão triplex 250g/m2 (capa)
Projeto Gráfico Canal 6 Projetos Editoriais
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Produção da Capa Carlos Fendel
Diagramação Marcelo Woelke

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