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Transmissão de calor
3º ano
10. Radiação
❑ Introdução
❑ Radiação Térmica
❑ Radiação de Corpo Negro
❑ Lei de Stefan-Boltzmann
❑ Lei de Planck da distribuição
❑ Lei de deslocamento Wien
❑ Emissão em bandas
A condução e a convecção
ocorrem de um meio a alta
temperatura para um que se
encontra a baixa temperatura.
O interessante na radiação é
que esta pode ocorrer entre
duas superfícies separadas
por um meio mais frio que
ambas as superfícies.
c (10.1)
λ=
ν
Onde c é a velocidade de propagação da onda no meio. A velocidade de
propagação num meio está relacionada com a velocidade da luz no vácuo do
seguinte modo: c = co/n
hc (10.2)
e = hν =
λ
Onde h é a constante de Planck que tem o valor de 6,6256 x 10-34 J
A radiação em sólidos
opacos é considerada um
fenómeno de superfície
porque só considera a
radiação emitida pelas
moléculas à superfície que
podem escapar do sólido.
4
Eb (T ) = σ T (10.3)
C1
Ebλ (λ , T ) = "% W/m 2 ⋅ µ m #&
" 'C ( # (10.4)
λ 5 ,exp * 2 + − 1-
% . λT / &
onde :
C1 = 3,74 x 108 W·µm 4 /m 2
C2 = 1,439 x 104 µm·K
Na figura apresenta-se a
variação da emissividade
espectral do corpo negro,
em função do
comprimento de onda,
para algumas
temperaturas
seleccionadas. Podem ser
feitas várias observações
desta figura:
Esta relação foi desenvolvida originalmente por Willy Wien em 1894, usando
a termodinâmica clássica, mas também pode ser obtida diferenciando a
Equação 10.4 em função de λ mantendo T constante e igualando o resultado a
zero.
∞
2 (10.6)
Eb (T ) = ∫ Ebλ (λ , T )d λ = σ T 4
0
(W m )
Em um gráfico de Ebλ - λ a
área por baixo de uma
curva para uma
determinada temperatura
representa a energia de
radiação total emitida por
um corpo negro àquela
temperatura.
λ
Eb ,0−λ (T ) = ∫ Ebλ (λ , T )d λ
0
(W m 2
) (10.7)
Então pode-se determinar Eb0-λ substituindo a relação de Ebλ na
Equação 10.4 e executando esta integração. Mas se mostra que
esta integração não tem uma solução de forma simples e executar
uma integração numérica cada vez que se precise de um valor de
Eb0-λ não se mostra prático.
λ
Ebλ (λ , T )d λ (10.8)
fλ (T )= ∫
0
σT 4
A função fλ representa a fracção da radiação emitida por um corpo negro a
temperatura T num comprimento de banda λ = 0 até λ.
A fracção da energia radiante emitida por um corpo negro a temperatura T,
num comprimento de banda finito entre λ = λ1 e λ = λ2 é dado por:
f λ1 −λ2 = f λ2 (T ) − f λ1 (T ) (10.9)
Onde fλ1(T) e fλ2(T) são a função de radiação do corpo negro correspondente
a λ1T e λ2T, respectivamente
Representação gráfica da
fracção de radiação
emitida num comprimento
de onda de λ1 a λ2
2π π π
s = ∫ dS = ∫ ∫ r sin θ dθ dφ = 2π r
2 2
∫ sin θ dθ = 4π r (10.10)
φ =0 θ =0 θ =0
dS
dω =
r2
= sin θ dθ dφ (10.11)
É de notar que a área dS é normal à direcção da vista desde que dS seja visto
do centro da esfera. Em geral, o diferencial dω do ângulo sólido subentendido
por um diferencial de superfície da área dA quando visto de um ponto a uma
distância r de dA é expressado como:
dAn dA cos α
dω = 2 = (10.12)
r r2
A intensidade da radiação é
baseada na área projectada,
daí o cálculo da emissão de
radiação de uma superfície
envolver a projecção dessa
superfície.
dQe dQe
I e (θ , φ ) = = ( W m 2 ⋅ sr ) (10.13)
dA cos θ ⋅ d ω dA cos θ sin θ dθ dφ
dQe (10.14)
dE = = I e (θ , φ ) cos θ sin θ dθ dφ
dA
2π π 2
E= ∫ dE = ∫
φ =0 θ =0∫ I e (θ , φ ) cos θ sin θ dθ dφ ( W m 2 ) (10.15)
hemisfério
Eb = π I b (W m 2 ) (10.17)
Eb (T ) σ T 4
I b (T ) = = (W m 2 ⋅ sr ) (10.18)
π π
2π π 2
G= ∫ dG = ∫
φ =0 θ =0∫ I i (θ , φ ) cos θ sin θ dθ dφ (W m 2 ) (10.19)
hemisférico
J = π I e + r (W m 2 ) (10.22)
⋅
d Qe
I λ , e (λ , θ , φ ) = ( W m 2 ⋅ sr ⋅ µ m) (10.23)
dA cos θ ⋅ d ω ⋅ d λ
∞ ∞ ∞
I e = ∫ I λ ,e d λ , I i = ∫ I λ ,i d λ , e J = ∫ J λ d λ
0 0 0 (10.25)
(10.26)
∞ ∞ ∞
E = ∫ Eλ d λ , G = ∫ Gλ d λ e J = ∫ J λ d λ
0 0 0
Eλ = π I λ ,e , Gλ = π I λ ,i , e J λ = π I λ ,e + r (10.27)
2λ c02
I bλ (λ , T ) = 5 (W m 2 ⋅ sr ⋅ µ m) (10.28)
λ [ exp(hc0 λ kT ) − 1]
Ebλ (λ , T ) = π I bλ (λ , T ) (10.29)
I λ , e (λ , θ , φ , T )
ε λ ,θ (λ , θ , φ , T ) = (10.30)
I bλ (λ , T )
I e (θ , φ , T )
ε θ (θ , φ , T ) = (10.31)
I b (T )
Eλ (λ , T )
ε λ (λ , T ) = (10.32)
Ebλ (λ , T )
E (T )
ε (T ) = (10.33)
Eb (T )
Como exemplo, considere-se a função de emissividade representada na
figura. Como se vê esta função pode ser aproximada razoavelmente bem por
uma função discreta da forma:
∞
E (T ) ∫ ελ (λ , T ) Ebλ (λ , T )d λ
ε (T ) = = 0 (10.34)
4
Eb (T ) σT
λ1 λ2 ∞
ε1 ∫ Ebλ d λ ε 2 ∫ Ebλ d λ ε 3 ∫ Ebλ d λ
0 λ1 λ2
ε (T ) = + + (10.36)
Eb Eb Eb
= ε1 f 0 − λ1 (T ) + ε 2 f λ1 −λ2 (T ) + ε 3 f λ2 −∞ (T )
α + ρ +τ = 1 (10.41)
α + ρ =1 (10.42)
Esta é uma relação de propriedade importante, já que permite determinar
tanto a absorvidade como a reflectividade de uma superfície opaca,
conhecendo qualquer uma destas propriedades.
I λ ,abs (λ , θ , φ ) I λ ,ref (λ , θ , φ )
α λ ,θ (λ , θ , φ ) = = e ρλ ,θ (λ , θ , φ ) =
I λ ,i (λ , θ , φ ) I λ ,i (λ , θ , φ ) (10.43)
Gλ ,abs (λ ) Gλ ,ref (λ )
α λ (λ ) =
Gλ (λ )
e ρ λ (λ ) =
Gλ (λ )
(10.44)
Gλ ,tr (λ ) (10.45)
τ λ (λ ) =
Gλ (λ )
A absorvidade, reflectivdade, e transmissividade médias de uma superfície
também podem ser definidas em termos das suas contrapartes espectrais
como:
∞ ∞ ∞
∫ α λ Gλ d λ ∫ ρλ Gλ d λ ∫ τ λ Gλ d λ
0 0 0
α= ∞
, ρ= ∞
, τ= ∞ (10.46)
∫ Gλ d λ ∫ Gλ d λ ∫ Gλ d λ
0 0 0
Gabs = α G = ασ T 4
A radiação emitida pelo pequeno corpo é:
4
Eemit = εσ T
Considerando que o corpo pequeno está em equilíbrio térmico com a cavidade,
a taxa líquida de transferência de calor para o corpo deve ser zero. Então, a
radiação emitida pelo corpo deve ser igual à radiação absorvida por isso:
ε λ (T ) = α λ (T ) (10.48)
Transmissividade espectral do
vidro de baixo teor de ferro a
temperatura ambiente para
diferentes espessuras.