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Roteiro de aula
Profa. Sielen B. Caldas de Vilhena
Conceito
Férias: “lapso temporal remunerado, de frequência anual,
constituído de diversos dias sequenciais, em que o
empregado pode sustar a prestação de serviços e sua
disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de
recuperação e implementação de suas energias e de sua
inserção familiar, comunitária e política”. (DELGADO)
Fundamentos e objetivos
•favorecer a ampla recuperação das energias físicas e
mentais do empregado após longo período de prestação de
trabalho (medida de proteção à saúde e à segurança no
trabalho).
•propiciar maior integração do indivíduo no âmbito familiar,
social e político (instrumento de realização da plena
cidadania do indivíduo).
Natureza Jurídica
Para o empregado:
• direito de gozo e pagamento acrescido do terço
constitucional, nos 12 meses subseqüentes à
aquisição do direito;
• dever de não trabalhar para outro empregador
nesse período, a menos que tenha outro contrato
de trabalho já existente. (OBS: há entendimento
contrário)
CLT, Art. 138 - Durante as férias, o empregado não
poderá prestar serviços a outro empregador, salvo
se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato
de trabalho regularmente mantido com aquele.
Para o empregador:
• dever: obrigação de fazer (conceder as férias no período
concessivo) e obrigação de dar (efetuar o pagamento das
férias com, pelo menos, 2 dias de antecedência do início
da fruição;
CLT, Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se
for o caso, o do abono referido no art. 143 serão
efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo
período. Parágrafo único - O empregado dará quitação do
pagamento, com indicação do início e do termo das férias
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem
prejuízo da remuneração.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco)
vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze)
faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três)
faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e
duas) faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12
(doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito
Art. 135. A concessão das férias será
participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias.
Dessa participação o interessado dará recibo.
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo
das férias sem que apresente ao empregador
sua Carteira de Trabalho e Previdência Social,
para que nela seja anotada a respectiva
concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente,
anotada no livro ou nas fichas de registro dos
empregados.
Ausências que afetam o período aquisitivo de férias.
• Não terá direito a férias o empregado que no curso do
período aquisitivo. Art. 133, CLT:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias
subseqüentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença remunerada por mais de
30 dias;
III - deixar de trabalhar com percepção de salário por mais
de 30 dias em virtude de paralisação parcial ou total dos
serviços da empresa;
IV - estiver em gozo de benefício previdenciário por mais de
6 meses, embora descontínuos.
Parágrafo segundo, Art. 133:
Inicia-se o decurso de novo período aquisitivo quando o
empregado, após o implemento de qualquer das condições
previstas no artigo, retornar ao serviço.
SUM-46 ACIDENTE DE TRABALHO (mantida) -
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
As faltas ou ausências decorrentes de acidente
do trabalho não são consideradas para os
efeitos de duração de férias e cálculo da
gratificação natalina.
CLT, Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem
prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira
de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira
semana;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação
voluntária de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos
têrmos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço
Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei 17 de agosto de 1964 (Lei do
Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame
vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a
juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de
representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de
organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
• LEI Nº 13.257, DE 8 DE MARÇO DE 2016.
Art. 38. Os arts. 1o, 3o, 4o e 5o da Lei no 11.770, de 9 de
setembro de 2008, passam a vigorar com as
seguintes alterações: (Produção de efeito)
“Art. 1o É instituído o Programa Empresa Cidadã,
destinado a prorrogar:
I - por 60 (sessenta) dias a duração da licença-
maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art.
7º da Constituição Federal;
II - por 15 (quinze) dias a duração da licença-
paternidade, nos termos desta Lei, além dos 5
(cinco) dias estabelecidos no § 1o do art. 10 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias.
Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à
apresentação do empregado para serviço militar
obrigatório será computado no período
aquisitivo, desde que ele compareça ao
estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da
data em que se verificar a respectiva baixa.
b) Duração – art. 130, CLT
Art. 130 - Após cada período de 12 meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na
seguinte proporção:
I - 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço
mais de 5 vezes;
II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas;
III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas;
IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do
empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os
efeitos, como tempo de serviço.
Domésticos (LEI COMPLEMENTAR N. 150/2015)
Art. 17. O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas
de 30 (trinta) dias, salvo o disposto no § 3o do art. 3o, com acréscimo de,
pelo menos, um terço do salário normal, após cada período de 12 (doze)
meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família.
§ 1o Na cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não
tenha sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa
ao período incompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês
de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
§ 2o O período de férias poderá, a critério do empregador, ser fracionado
em até 2 (dois) períodos, sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14
(quatorze) dias corridos.
§ 3o É facultado ao empregado doméstico converter um terço do período
de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da
remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
§ 4o O abono de férias deverá ser requerido até 30 (trinta) dias antes do
término do período aquisitivo.
§ 5o É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer
durante as férias.
§ 6o As férias serão concedidas pelo empregador nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
Convenção 132 da OIT
• Ratificada pelo Brasil / Decreto 3197/99;
• Conflitos entre a Convenção e as normas celetistas.
• Regras menos favoráveis da Convenção: prazo
mínimo de férias (3 semanas), período concessivo
(18 meses) etc.
• Regras mais favoráveis da Convenção: exclusão dos
feriados do cômputo de prazo de férias e pagamento
da parcela proporcional em qualquer situação
rescisória.