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UNIDADE V - FÉRIAS

Roteiro de aula
Profa. Sielen B. Caldas de Vilhena
Conceito
Férias: “lapso temporal remunerado, de frequência anual,
constituído de diversos dias sequenciais, em que o
empregado pode sustar a prestação de serviços e sua
disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de
recuperação e implementação de suas energias e de sua
inserção familiar, comunitária e política”. (DELGADO)

Fundamentos e objetivos
•favorecer a ampla recuperação das energias físicas e
mentais do empregado após longo período de prestação de
trabalho (medida de proteção à saúde e à segurança no
trabalho).
•propiciar maior integração do indivíduo no âmbito familiar,
social e político (instrumento de realização da plena
cidadania do indivíduo).
Natureza Jurídica
Para o empregado:
• direito de gozo e pagamento acrescido do terço
constitucional, nos 12 meses subseqüentes à
aquisição do direito;
• dever de não trabalhar para outro empregador
nesse período, a menos que tenha outro contrato
de trabalho já existente. (OBS: há entendimento
contrário)
CLT, Art. 138 - Durante as férias, o empregado não
poderá prestar serviços a outro empregador, salvo
se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato
de trabalho regularmente mantido com aquele.
Para o empregador:
• dever: obrigação de fazer (conceder as férias no período
concessivo) e obrigação de dar (efetuar o pagamento das
férias com, pelo menos, 2 dias de antecedência do início
da fruição;
CLT, Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se
for o caso, o do abono referido no art. 143 serão
efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo
período. Parágrafo único - O empregado dará quitação do
pagamento, com indicação do início e do termo das férias

• direito de exigir que o empregado não trabalhe no


período de gozo das férias, exceto se este for também
empregado de outro empregador.

OBS.: Durante o período de gozo das férias: interrupção do


contrato de trabalho.
Tratamento Legal e Jurisprudencial
• Art. 7o, XVII, CF/88 - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal;
• Artigos 129 a 153 da CLT
• Súmulas do TST: 14, 171, 261 e 328

SUM-14 CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e


21.11.2003
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484
da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do
aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.

SUM-171 FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO


Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do
contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração
das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12
(doze) meses
SUM-261 FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE
DEMISSÃO. CONTRATO VIGENTE HÁ MENOS DE UM
ANO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
O empregado que se demite antes de complementar
12 (doze) meses de serviço tem direito a férias
proporcionais.

SUM-328 FÉRIAS. TERÇO CONSTITUCIONAL


O pagamento das férias, integrais ou proporcionais,
gozadas ou não, na vigência da CF/1988, sujeita-se ao
acréscimo do terço previsto no respectivo art. 7º, XVII.
• SUM-7 FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno
será calculada com base na remuneração devida ao empregado
na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do
contrato.
• OJ-SDI1T-50 FÉRIAS. ABONO INSTITUÍDO POR INSTRUMENTO
NORMATIVO E TERÇO CONSTITUCIONAL. SIMULTANEIDADE
INVIÁVEL (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 231 da
SBDI-1) - DJ 20.04.2005
O abono de férias decorrente de instrumento normativo e o abono
de 1/3 (um terço) previsto no art. 7º, XVII, da CF/1988 têm
idêntica natureza jurídica, destinação e finalidade, constituindo-se
“bis in idem” seu pagamento simultâneo, sendo legítimo o direito
do empregador de obter compensação de valores porventura
pagos. (ex-OJ nº 231 da SBDI-1 - inserida em 20.06.01)
• PN-116 FÉRIAS. CANCELAMENTO OU
ADIANTAMENTO (positivo)
Comunicado ao empregado o período do gozo
de férias individuais ou coletivas, o
empregador somente poderá cancelar ou
modificar o início previsto se ocorrer
necessidade imperiosa e, ainda assim,
mediante o ressarcimento, ao empregado, dos
prejuízos financeiros por este comprovados.
Menores de 18 anos e maiores de 50
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12
(doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

ANTES DA REFORMA COM A REFORMA


§ 1º - Somente em casos § 1o Desde que haja concordância do
excepcionais serão as férias empregado, as férias poderão ser usufruídas
concedidas em 2 (dois) períodos, em até três períodos, sendo que um deles não
um dos quais não poderá ser poderá ser inferior a quatorze dias corridos e
inferior a 10 (dez) dias corridos. os demais não poderão ser inferiores a cinco
dias corridos, cada um.
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) § 2o (Revogado).
anos e aos maiores de 50 (cinqüenta)
anos de idade, as férias serão sempre
concedidas de uma só vez.

SEM CORRESPONDÊNCIA § 3o É vedado o início das férias no período de


dois dias que antecede feriado ou dia de
repouso semanal remunerado.
Duração e concessão
a) Períodos aquisitivo e concessivo .
• Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá
direito a férias remuneradas. Período aquisitivo.
• O gozo das férias deverá ocorrer no período concessivo respectivo, ou seja, nos 12
meses subseqüentes à aquisição do direito.

Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem
prejuízo da remuneração.
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco)
vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze)
faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três)
faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e
duas) faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12
(doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito
Art. 135. A concessão das férias será
participada, por escrito, ao empregado, com
antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias.
Dessa participação o interessado dará recibo.
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo
das férias sem que apresente ao empregador
sua Carteira de Trabalho e Previdência Social,
para que nela seja anotada a respectiva
concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente,
anotada no livro ou nas fichas de registro dos
empregados.
Ausências que afetam o período aquisitivo de férias.
• Não terá direito a férias o empregado que no curso do
período aquisitivo. Art. 133, CLT:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias
subseqüentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença remunerada por mais de
30 dias;
III - deixar de trabalhar com percepção de salário por mais
de 30 dias em virtude de paralisação parcial ou total dos
serviços da empresa;
IV - estiver em gozo de benefício previdenciário por mais de
6 meses, embora descontínuos.
Parágrafo segundo, Art. 133:
Inicia-se o decurso de novo período aquisitivo quando o
empregado, após o implemento de qualquer das condições
previstas no artigo, retornar ao serviço.
SUM-46 ACIDENTE DE TRABALHO (mantida) -
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
As faltas ou ausências decorrentes de acidente
do trabalho não são consideradas para os
efeitos de duração de férias e cálculo da
gratificação natalina.
CLT, Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem
prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira
de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira
semana;
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação
voluntária de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos
têrmos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço
Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei 17 de agosto de 1964 (Lei do
Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame
vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a
juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de
representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de
organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
• LEI Nº 13.257, DE 8 DE MARÇO DE 2016.
Art. 38. Os arts. 1o, 3o, 4o e 5o da Lei no 11.770, de 9 de
setembro de 2008, passam a vigorar com as
seguintes alterações: (Produção de efeito)
“Art. 1o É instituído o Programa Empresa Cidadã,
destinado a prorrogar:
I - por 60 (sessenta) dias a duração da licença-
maternidade prevista no inciso XVIII do caput do art.
7º da Constituição Federal;
II - por 15 (quinze) dias a duração da licença-
paternidade, nos termos desta Lei, além dos 5
(cinco) dias estabelecidos no § 1o do art. 10 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias.
Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à
apresentação do empregado para serviço militar
obrigatório será computado no período
aquisitivo, desde que ele compareça ao
estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da
data em que se verificar a respectiva baixa.
b) Duração – art. 130, CLT
Art. 130 - Após cada período de 12 meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na
seguinte proporção:
I - 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço
mais de 5 vezes;
II - 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas;
III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas;
IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do
empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os
efeitos, como tempo de serviço.
Domésticos (LEI COMPLEMENTAR N. 150/2015)
Art. 17. O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas
de 30 (trinta) dias, salvo o disposto no § 3o do art. 3o, com acréscimo de,
pelo menos, um terço do salário normal, após cada período de 12 (doze)
meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família.
§ 1o Na cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não
tenha sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa
ao período incompleto de férias, na proporção de um doze avos por mês
de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.
§ 2o O período de férias poderá, a critério do empregador, ser fracionado
em até 2 (dois) períodos, sendo 1 (um) deles de, no mínimo, 14
(quatorze) dias corridos.
§ 3o É facultado ao empregado doméstico converter um terço do período
de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da
remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes.
§ 4o O abono de férias deverá ser requerido até 30 (trinta) dias antes do
término do período aquisitivo.
§ 5o É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer
durante as férias.
§ 6o As férias serão concedidas pelo empregador nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
Convenção 132 da OIT
• Ratificada pelo Brasil / Decreto 3197/99;
• Conflitos entre a Convenção e as normas celetistas.
• Regras menos favoráveis da Convenção: prazo
mínimo de férias (3 semanas), período concessivo
(18 meses) etc.
• Regras mais favoráveis da Convenção: exclusão dos
feriados do cômputo de prazo de férias e pagamento
da parcela proporcional em qualquer situação
rescisória.

Teoria do conglobamento X teoria da acumulação


NOTÍCIA DO TST. Empresa não pagará férias previstas na Convenção
132 da OIT a demitido por justa causa (Ter, 22 Out 2013 10:28:00)
A 5a Turma do TST absolveu a Paquetá Calçados Ltda. da condenação do
pagamento de férias proporcionais a empregado demitido por justa causa que
teve como base a Convenção 132 da OIT. Para a Turma, prevalece, no caso, o
artigo 146 da CLT que não concede esse direito quando a demissão é
motivada. O autor do processo foi demitido após uma discussão com colega de
trabalho que culminou em agressões físicas. Além de tentar reverter, sem
sucesso, a dispensa por justa causa na Justiça do Trabalho, ele defendeu o
direito às férias proporcionais com base na Convenção 132 da OIT, da qual o
Brasil é signatário. O artigo 11 da convenção dispõe que "qualquer pessoa"
deve se beneficiar, "no caso de cessar a relação de trabalho, de férias pagas
proporcionais à duração do período de serviço relativamente ao qual ainda não
gozou férias". Já a CLT determina que "após 12 meses de serviço, o empregado,
desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração
relativa ao período incompleto de férias". Isso, na proporção de 1/12 por mês
de serviço ou fração superior a 14 dias. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª
Região (RS) havia confirmado o julgamento de primeiro grau reconhecendo o
direito às férias proporcionais do ex-empregado. De acordo com o TRT, a
ratificação pelo Brasil da Convenção 132 da OIT revogou o artigo 146 da CLT
Ao acolher recurso da Paquetá Calçados contra condenação, o ministro
Caputo Bastos, relator do processo na Quinta Turma, destacou que
o TST já solucionou o conflito entre as duas normas com a Súmula
171, publicada após a edição da Convenção 132 da OIT. A súmula, a
exemplo da CLT, não concede o pagamento de férias proporcionais
no caso de demissão por justa causa.
O ministro citou ainda outros julgamentos do TST no sentido de que,
havendo conflito de normas disciplinando a mesma matéria, a
escolha deverá considerar o conjunto normativo relativo a cada
questão apresentada e a realidade fática do processo. O princípio da
norma mais benéfica ao trabalhador, levado em conta em decisões da
Justiça do Trabalho, deve ser observado de acordo com o universo do
sistema a que está integrado. A escolha não pode recair sobre
dispositivos específicos de uma e outra norma, considerados
isoladamente mais benéficos. A decisão foi unânime.
Processo: RR-760-09.2011.5.04.0007
V – Férias individuais e coletivas
Férias Individuais Férias Coletivas

- A fixação da data de gozo -A fixação da data de gozo


consuma-se de modo consuma-se de modo genérico
específico com respeito ao com respeito a uma
trabalhador envolvido. pluralidade de empregados,
que se submetem às regras
– o procedimento de fixação é comuns estabelecidas.
individualizado. ( Art. 139 - Poderão ser concedidas férias
coletivas a todos os empregados de uma
empresa ou de determinados
estabelecimentos ou setores da empresa)
Concessão Concessão
• A concessão das férias será • Concedidas por ato unilateral do
participada por escrito ao empregador ou em virtude de
empregado, com antecedência negociação coletiva.
de, no mínimo, 30 dias, • A concessão será participada por escrito
mediante recibo. Art. 135, CLT. ao empregado, com antecedência de, no
mínimo, 30 dias, mediante recibo.
• Anotações concernentes às • Anotações concernentes às férias na
férias concedidas na CTPS e no CTPS e no livro ou fichas de registro de
livro ou fichas de registro de empregados. Art. 135 e 141, CLT.
empregados. Art. 135, §1º e §2º, • Deve o empregador comunicar, com
antecedência mínima de 15 dias ao MTE,
CLT. a data de início e fim das férias, além dos
• As férias serão concedidas estabelecimentos e setores abrangidos.
dentro do período concessivo, No mesmo prazo, enviar idêntica
mas no período que melhor comunicação aos sindicatos das
atenda aos interesses do respectivas categorias profissionais e
proceder à fixação de aviso
empregador. Art. 136, CLT. correspondente às férias nos locais de
trabalho. Art. 139, CLT.
Concessão Concessão
• Os membros de uma família, • Os membros de uma família,
que trabalharem no mesmo que trabalharem no mesmo
estabelecimento ou empresa, estabelecimento ou empresa,
terão direito a gozar férias no NÃO terão direito a gozar
mesmo período, se assim férias no mesmo período.
desejarem e se disso não • O empregado menor de 18
resultar prejuízo para o anos NÃO tem o direito de
serviço. Art. 136, §1º, CLT. fazer coincidir suas férias com
• O empregado estudante, as férias escolares.
menor de 18 anos, terá
direito de fazer coincidir suas
férias com as férias escolares.
Art. 136, §2º, CLT.
Fracionamento do prazo de duração Fracionamento do prazo de duração
das férias das férias
COM A REFORMA TRABALHISTA: • Art. 139, § 1º - As férias poderão
• Art. 134, § 1o Desde que haja ser gozadas em 2 (dois) períodos
concordância do empregado, as anuais desde que nenhum deles
férias poderão ser usufruídas em seja inferior a 10 (dez) dias
até três períodos, sendo que um
corridos.
deles não poderá ser inferior a
quatorze dias corridos e os demais
não poderão ser inferiores a cinco
dias corridos, cada um.
• Art. 134, § 3o É vedado o início das
férias no período de dois dias que
antecede feriado ou dia de repouso
semanal remunerado.
Conversão parcial do período de Conversão parcial do período de
gozo em pecúnia gozo em pecúnia
• Os empregados terão direito •Os empregados não terão direito
(potestativo) de converter 1/3 (potestativo) de converter 1/3 dos
dos dias de férias em pecúnia, se dias de férias em pecúnia. (Art. 143,
fizerem o requerimento até 15 § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a
dias antes do término do período conversão a que se refere este artigo
aquisitivo. Natureza deverá ser objeto de acordo coletivo
indenizatória. entre o empregador e o sindicato
representativo da respectiva categoria
(Art. 143 - É facultado ao empregado profissional, independendo de
converter 1/3 (um terço) do período de requerimento individual a concessão do
férias a que tiver direito em abono abono)
pecuniário, no valor da remuneração que • Art. 140 - Os empregados contratados
lhe seria devida nos dias há menos de 12 (doze) meses gozarão,
correspondentes. § 1º - O abono de na oportunidade, férias proporcionais,
férias deverá ser requerido até 15 iniciando-se, então, novo período
(quinze) dias antes do término do aquisitivo
período aquisitivo)
• ANTES DA REFORMA:
PN-100 FÉRIAS. INÍCIO DO PERÍODO DE GOZO
(positivo)
O início das férias, coletivas ou individuais, não
poderá coincidir com sábado, domingo,
feriado ou dia de compensação de repouso
semanal.
COM A REFORMA: Art. 134, § 3o É vedado o
início das férias no período de dois dias que
antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.
Remuneração das férias

• O empregado deverá receber a remuneração


que lhe for devida na época da concessão das
férias, acrescida de um terço. Art. 7º, XVII, da
CR/88.
• CLT, Art. 145 - O pagamento da remuneração
das férias e, se for o caso, o do abono referido
no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias
antes do início do respectivo período
Remuneração das férias. Variáveis – art. 142, CLT:
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for
devida na data da sua concessão.
§ 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á a
média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão
das férias.
§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da
produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da
remuneração da tarefa na data da concessão das férias.
§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-
á a média percebida pelo empregado nos 12 meses que precederem à concessão
das férias.
§ 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a
anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso
serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das
férias.
§ 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo
adicional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme
será computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização
das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos
salariais supervenientes.
INOBSERVÂNCIA DO PERÍODO CONCESSIVO
CLT, Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após
o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em
dobro a respectiva remuneração.
§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador
tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar
reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de
gozo das mesmas.
§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por
cento) do salário mínimo da região, devida ao
empregado até que seja cumprida.
§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será
remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para
fins de aplicação da multa de caráter administrativo.
• SUM-81 FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003. Os dias de férias gozados após o período
legal de concessão deverão ser remunerados em dobro.
Efeitos da cessação do contrato de emprego - arts.
146 a 148, CLT e Súmulas 171 e 261, TST.
•Completo o período aquisitivo quando da extinção do contrato de trabalho:
direito adquirido. As férias continuam sendo devidas independentemente da razão
que ensejou o rompimento contratual. Serão calculadas segundo o salário da
época da extinção.
Podem ser:
FÉRIAS SIMPLES: quando ocorreu a extinção do contrato já havia se
completado o período aquisitivo, mas o período concessivo ainda estava
em curso. As férias ainda não eram exigíveis. O rompimento do vínculo
antecipa o vencimento das férias. Deverão ser pagas acrescidas do terço
constitucional, no prazo que o empregador tem para fazer o acerto.
FÉRIAS VENCIDAS: quando ocorreu a extinção do contrato já havia se
completado o período aquisitivo e também já havia terminado o período
concessivo correspondente. As férias já eram exigíveis desde o término do
período concessivo. Se ainda não gozadas e pagas quando da extinção do
contrato, o pagamento deverá ser feito de forma dobrada, acrescido do
terço constitucional, no prazo que o empregador tem para fazer o acerto.
Período aquisitivo incompleto quando da extinção
do contrato de trabalho: FÉRIAS PROPORCIONAIS
• Na maioria das modalidades de extinção serão
devidas (Súmula 261, TST). Serão calculadas à
razão de 1/12 por mês trabalhado,
considerando-se mês a fração igual ou superior
a 15 dias.
• Deverá ser considerada a projeção do aviso.
Exceções:
• por culpa recíproca das partes ou por motivo de força
maior: as férias proporcionais, acrescidas do terço
constitucional serão devidas pela metade (art. 484, 502, III,
CLT e Súmula 14, TST).
CLT, Art. 502 - Ocorrendo motivo de força maior que determine
a extinção da empresa, ou de um dos estabelecimentos em
que trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando
despedido, uma indenização na forma seguinte:
II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria
devida em caso de rescisão sem justa causa;
• por falta do empregado (por justa causa): não serão devidas
férias proporcionais.
• SUM-450 FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA.
PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA
DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) –
Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e
23.05.2014
É devido o pagamento em dobro da remuneração
de férias, incluído o terço constitucional, com
base no art. 137 da CLT, quando, ainda que
gozadas na época própria, o empregador tenha
descumprido o prazo previsto no art. 145 do
mesmo diploma legal.
Prescrição
Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a
concessão das férias ou o pagamento da
respectiva remuneração é contada do término
do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o
caso, da cessação do contrato de trabalho.
Critério aplicável quando findo o período
concessivo sem que as férias do período
aquisitivo correspondente tenham sido
gozadas: As férias são exigíveis a partir do
primeiro dia após o término do período
concessivo correspondente. Este é o dia de
início da mora do empregador, que é,
também, o marco do nascimento da
pretensão (actio nata). Este é o termo inicial
da fluência do prazo prescricional.
• Critério aplicável às férias cujo período concessivo
não tenha terminado quando da extinção do contrato
de trabalho; e às férias cujo período aquisitivo não
tenha terminado quando da extinção do contrato de
trabalho (férias proporcionais): Estas férias ainda não
eram exigíveis quando o contrato de trabalho foi
extinto. Contudo, a ruptura contratual antecipou o
vencimento de tais parcelas, de forma que a partir
desta data passaram a ser devidas e, portanto
exigíveis. Contar-se-á a prescrição do fim do contrato
de trabalho.
Referência

• DELGADO, M. G. Curso de direito do trabalho.

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