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A mulher e sua posição na sociedade como o sexo fragil

Por vários anos a mulher tem lutado pelo seu direito na sociedade conquistando e fazendo
prevalecer seus iguais direitos perante a comunidade quando nos referimos às questões de
gênero, temos a impressão que estas sempre foram bem demarcadas pelas suas funções
biológicas e sociais (poderia usar o termo papel social, mas acredito que isso leva a crença de
que existem atividades fixas e determinadas, prefiro pensar na funcionalidade e adaptabilidade
desses papéis), entretanto a dinâmica que envolve essas relações é de tal complexidade que
pode ser analisada por diferentes perspectivas.

O sexo frágil, que há muito se convencionou ser a natureza do feminino e da mulher, vem
passando por grandes transformações desde a Revolução Industrial. A mulher desde então, vem
ocupando um espaço de forma ativa na grande massa proletária e, gradativamente, se
apropriando de funções decisórias no âmbito da economia e das políticas macroeconômicas,
sem, no entanto, perder sua hegemonia nas políticas microeconômicas restritas ao ambiente
familiar.

Quando ocorrem transformações quanto às funções socioeconômicas de gênero, obviamente


isso não se dará somente no universo de um deles. O universo masculino, ainda que não se dê
conta, é obrigado a se reorganizar quanto às novas funções exigidas que emergem segundo as
necessidades concretas, procurando adaptar-se a elas e às perdas de funções que antes eram
exclusivas, sendo que uma delas era a de provedor. Atualmente, essa função, salvo exceções,
perdeu a sua exclusividade e considero situação irreversível.

Alguns entendem que os papéis de gênero se inverteram e que o homem vem exercendo sua
função ocupando o espaço doméstico, lacuna deixada pela mulher que passa a ocupar mais e
mais as atividades relacionadas ao mercado de trabalho. Considero tal constatação errônea.
Ainda que o homem possa adaptar-se e realizar tarefas e afazeres domésticos, como limpar a
casa, fazer comida, etc., definitivamente não se trata de se apropriar e demarcar esse meio, a
ponto de inverter os papéis., mas ainda assim não conseguiu seu lugar como alguém
independente e de direitos iguais, sendo vista apenas como a mãe de família 'a mãe da casa' um
exemplo é o seu salário desigual e mesmo depois de tanto tempo lutando pela igualdade e vista
apenas como o ser do frágil.

Como podemos ver as mulheres têm se mostrado fortes o bastante para encarar os desafios
propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição e ainda administrar o tempo a
favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões
profissionais e sociais. O que muitos consideram fragilidade é na verdade sensibilidade.
Qualidade que é capaz de colaborar nas influências humanas que se tenta propagar na
atualidade, pois o mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de
mudanças imediatas e a mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar
hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada
indivíduo. A fragilidade da mulher está nos ônus que ela tem que enfrentar pela independência
financeira e profissional alcançada.

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