Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
17 gENÉTiCa ii
página 266
18 gENÉTiCa iii
página 275
19 EVolUÇÃo i
página 286
20 EVolUÇÃo ii
página 302
21 TaXoNoMia i
página 312
22 TaXoNoMia ii
página 325
23 TaXoNoMia – boTÂNiCa i
página 342
Sistema ABO
O sistema ABO pode exibir dois tipos de aglutinogê-
nios, que são o A e o B. Dessa forma, podem existir quatro
tipos de hemácias para esse sistema. As hemácias do tipo
A possuem apenas o antígeno A; as do grupo B possuem
apenas antígeno B; as do grupo AB possuem os dois agluti-
nogênios; já as hemácias do grupo O não exibem nenhum
dos dois aglutinogênios.
A transfusão de sangue de um indivíduo do grupo A para
Antígeno A: Antígeno B:
um do grupo B acarreta aglutinação entre os antígenos das
hemácias A e os anticorpos anti-a, podendo levar à morte,
pois os grumos formados podem obstruir a circulação.
A B AB O Entretanto, em geral, as transfusões não são efetuadas
com sangue integral. Quando o sangue é removido de um
doador ele é separado em várias partes: células, plasma,
fatores de coagulação, etc. Dessa forma, em transfusões de
Por sua vez, no plasma, podem existir dois tipos de pequenos volumes de sangue, a quantidade de anticorpos
anticorpos (ou aglutininas): anti-A, que reage com o an- passada ao receptor é muito pequena e não leva a proble-
tígeno A, e anti-B, que reage com o antígeno B. Esses mas de aglutinação. Assim, consideraremos aqui apenas a
anticorpos são fabricados por cada indivíduo, de maneira doação de hemácias. Consequentemente, deve-se evitar
diferenciada. Cada pessoa produz anticorpos contra o an- que o antígeno presente na hemácia do doador reaja com
tígeno que não possui. os anticorpos circulantes do receptor.
A determinação genética do grupo ABO é feita por
3 alelos: os alelos Ia e Ib, que apresentam relação de codo- HEMÁCIA DO não pode ANTICORPO
reagir com
minância, e o alelo i, que é recessivo. O alelo Ia condiciona DOADOR DO RECEPTOR
o antígeno A e o Ib o antígeno B.
BIOLOGIA
A B
2 Um homem de sangue do tipo A é casado com uma
mulher cujo sangue é B. O primeiro descendente do casal
O
Doador universal
tem sangue O. Sobre esse casal, pergunta-se:
a) Qual é a probabilidade de que uma segunda criança
desse casal tenha sangue do tipo B?
b) Qual é a probabilidade de que uma outra criança
Como exemplo, quem é do grupo A não pode receber desse casal tenha um tipo de sangue que permita
de B, porque os anticorpos anti-B que existem no sangue receber uma transfusão de seu pai?
A levarão à aglutinação das hemácias B. Respostas:
Obs.: Se a doação for de sangue integral (com células e a) Como o casal teve uma criança do grupo O, tanto o
plasma) ou em volume muito grande, deve-se também evitar homem quanto a mulher devem ter o alelo i.
a aglutinação da hemácia do receptor com o anticorpo do Homem tipo A IAi x mulher tipo B IBi
doador. Assim, cada pessoa só poderá doar para quem é Criança tipo O Ii
do seu próprio grupo sanguíneo. Nesse caso, por exemplo, Dos possíveis genótipos da descendência, apenas IBi
pessoas de grupo O que poderiam doar para A, B ou AB, corresponde a uma pessoa do grupo B, e a probabi-
não podem mais, pois seus anticorpos anti-A e anti-B le- lidade é igual a 1/4 ou 25%.
varão à aglutinação. b) O pai pertence ao grupo A e pode doar sangue para
O sistema ABO pode ainda ser usado para inves- pessoas dos grupos A e AB. A condição pode ser
satisfeita tanto por pessoas do grupo A como por
tigação de paternidade, podendo-se, através da análise
pessoas do grupo AB. Como ser do grupo A ou ser
dos grupos sanguíneos, proceder-se à exclusão de pa- do grupo AB são eventos mutuamente exclusivos, a
ternidade. probabilidade de sua ocorrência é dada pela soma
Exemplo: Um homem solicitou que fosse feita a inves- das probabilidades desses eventos:
tigação de paternidade de seu filho, argumentando tratar- P(A ou AB) 5 P(A) 1 P(AB) 5 1/4 1 1/4 5 1/2 ou 50%
-se de filho de outro homem. O perito designado pelo
juiz procedeu à tipagem sanguínea do casal e da criança, 3 Uma mulher (sangue tipo A) alega que um certo homem
encontrando os seguintes resultados: (grupo AB) é o pai de seus dois filhos, um com sangue
Mulher — tipo A Ia_ O e o outro com sangue B. O homem afirma não ser o
Homem — tipo AB IaIb pai de nenhum dos meninos. Como a análise dos grupos
sanguíneos pode elucidar essa questão?
Criança — tipo B Ib_
Apenas pela análise da tipagem sanguínea pelo sistema IAIB IAi
ABO não pode excluir a possibilidade de o marido ser, de
fato, o pai da criança. Sendo a mulher heterozigota IAi, o AB A
ii IBi
Aglutinação com
indivíduo Rh negativo (nunca teve contato com
sangue Rh positivo)
Amostra Tipo de
↓ Anti-A Anti-B Anti-Rh
testada sangue
não possui anticorpos anti-Rh
↓ 1 1 – – A–
recebe sangue Rh positivo 2 – – 1 O1
↓
3 – 1 1 B1
sensibilização
4 1 1 2 AB–
↓
passa a produzir anticorpos anti-Rh Eritroblastose fetal
não pode mais receber sangue Rh positivo Um dos grandes problemas do sistema Rh é a eritroblas-
tose fetal, também conhecida como doença hemolítica do
O indivíduo Rh negativo pode receber uma vez sangue recém-nascido. Essa doença decorre da incompatibilidade
Rh positivo, pois até então, não possuía anticorpos anti-Rh. sanguínea entre mãe e feto, ocorrendo somente quando o
Entretanto, a partir daí, terá anticorpos, não podendo mais pai é Rh positivo e a mãe é Rh negativo.
receber sangue Rh positivo. Já quem é Rh positivo pode rece- A mãe Rh negativo produz anticorpos anti-Rh, que
ber sangue, em qualquer quantidade, Rh negativo de pessoas podem destruir as hemácias do filho Rh positivo durante
não sensibilizadas, ou seja, que não têm anticorpos anti-Rh. a gestação.
BIOLOGIA
casal, responda: Determinação genética de sexo na espécie humana
a) Quais são seus genótipos?
b) Qual é a probabilidade de que, em uma outra gesta- A determinação genética do sexo é dada por dife-
ção, venham a ter uma criança do sexo masculino e
renças na constituição dos cromossomos de homens e
de sangue Rh positivo?
mulheres.
Respostas:
Nosso sistema é o sistema XY. Este sistema é típico de
a) Para que duas pessoas do tipo Rh positivo venham a
ter uma criança do tipo Rh negativo, ambas devem
mamíferos. Sendo A o número de cromossomos autossô-
ser heterozigotas. micos temos no sistema XY que:
Homem Rh positivo Dd 3 Mulher Rh positivo Dd Homem: 2A 1 XY ou (2n 2 2) 1 XY
Criança Rh negativo dd. Mulher: 2A 1 XX ou (2n 2 2) 1 XX
b) Dd 3 Dd ⇒ dd
Durante a formação dos gametos, as mulheres produ-
A probabilidade de que esse casal venha a ter uma
zem apenas um tipo de gameto, contendo um cromos-
criança de sangue Rh positivo é de 3/4 ou 75%. Como
o sexo da criança não interfere na determinação do somo de cada tipo e um X. Já os homens formam dois
sistema Rh, trata-se de eventos independentes, cuja tipos de gametos, um contendo o X e outro contendo
probabilidade de ocorrência é dada pelo produto de o Y. Diz-se, portanto, que o sexo masculino é o sexo
suas probabilidades: heterogamético.
P(menino Rh positivo) 5 P(menino) × P(Rh positivo)
5 Na espécie humana, o número diploide de cromosso-
5 1/2 ? 3/4 5 3/8 5 0,375 ou 37,5%
mos é 46 (2n 5 46), equivalente aos 23 pares de cromos-
somos. Destes, 22 pares equivalem aos cromossomos au-
2 Uma criança foi localizada pela polícia, e um casal alega
tratar-se de seu filho desaparecido. A análise do sangue tossômicos, que são idênticos em homens e mulheres. O
do casal e da criança revelou o seguinte: 23o par constitui o par sexual, que é distinto em machos
Homem — sangue tipo A, Rh negativo, M
e fêmeas. Os cromossomos sexuais são dois: o X e o Y.
Mulher — sangue tipo B, Rh positivo, MN Homens: 22 pares autossômicos 1 XY
Criança — sangue tipo O, Rh positivo, N Mulheres: 22 pares autossômicos 1 XX
Esses resultados confirmam a hipótese de a criança per- A seguir está mostrado o cariótipo de um homem e de
tencer ao casal? Justifique.
uma mulher normais. Note que a única diferença reside
Respostas:
no par 23.
Homem A, Rh negativo, M 3 Mulher B, Rh positivo, MN
IA — dd LMLM IB — D — LMLN
Criança O, Rh positivo, N A B
D — LNLN
Quanto ao sistema ABO, não se pode excluir a
possibilidade de essas pessoas serem os pais da crian-
1 2 3 4 5
ça encontrada. Se ambos forem heterozigotos (IAi e
C
IBi, respectivamente), poderão ter um descendente do
grupo O.
Em relação ao sistema Rh, mais uma vez não se pode 6 7 8 9 10 11 12
invalidar a alegação do casal. Mesmo o homem sendo D E F
Rh negativo, a mulher poderia enviar para a criança o
alelo D, dominante, que determinaria o fenótipo Rh 16 17 18 19 20
13 14 15
positivo. G
Entretanto de sangue M (genótipo LMLM) não pode
ter descendentes de sangue tipo N (genótipo LNLN). 21 22 Mulher normal
Cariótipo 2A XX X X 23
Exercícios retirados de Brito, E. A.; Favaretto, J. A. Biologia 2 uma
abordagem evolutiva e ecológica. v. 3. p. 89-91.
Região exclusiva de Y
1 2 3 4 5
Acolhe genes exclusivos do homem. São características
C exclusivamente masculinas (holândricas).
machos: XY 1 locus para cada característica
12
fêmeas: XX nenhum locus para cada carac-
8 9 10 11
6 7
terística
D E F
BIOLOGIA
× ×
para cada característica. Os homens são, então, chamados paterno materno
hemizigotos. Há várias doenças genéticas condicionadas
por genes ligados ao sexo. A distrofia muscular, o daltonis-
mo e a hemofilia são exemplos. Algumas células
Exemplo: O daltonismo é condicionado por um gene No futuro, cada
espiralizam o
cromossomo X
recessivo localizado na porção não homóloga de X. Cha- célula filha daquelas materno e outras o
mando XD o gene para visão normal e Xd o gene para dal- embrionárias terá o
mesmo cromossomo
cromossomo X
paterno, na fase
tonismo, temos: X espiralizado que a embrionária.
original, formando
um padrão de células
Genótipo Sexo Fenótipo doentes e não doentes
na pele, o mosaico.
X DY masculino normal
XdY masculino daltônico Um outro exemplo desse mosaicismo pode ser obser-
vado em gatos. XP condiciona pelagem malhada de branco
X DX D feminino normal e preto, enquanto XA determina o fenótipo malhado de
X DXd feminino normal, portadora branco e amarelo. Os machos só apresentam um dos dois
Xd Xd feminino daltônica genótipos, já que só tem um cromossomo X.
Genótipo Fenótipo
A compensação de dose (hipótese de Lyon) X PY macho, malhado de branco e preto
e a cromatina sexual
X AY macho, malhado de amarelo e preto
Uma vez que o cromossomo X possui um número mui-
to maior de genes que o cromossomo Y, existe um meca- Entre as fêmeas há três genótipos possíveis:
nismo molecular para fazer com que as células masculinas
tenham aproximadamente a mesma quantidade de genes Genótipo Fenótipo
ativos que as células femininas: a inativação de um cro-
mossomo X nas mulheres. Parte de um dos cromossomos X PX P fêmea, malhada de branco e preto
X fica permanentemente espiralizado nas mulheres, cons-
tituindo a cromatina sexual ou corpúsculo de Barr. Ela fêmea, malhada de branco, preto e
X PX A
aparece como uma região de heterocromatina no núcleo amarelo
das células femininas.
X AX A fêmea, malhada de branco e amarelo
Segundo a pesquisadora Mary F. Lyon, um dos cro-
mossomos X das células dos embriões femininos sofre
inativação logo no início do desenvolvimento embrio- As fêmeas XPXA exibem algumas regiões do corpo
nário (cerca de 16 dias). Essa inativação é aleatória: em amarelas e outras pretas, evidenciando a hipótese de
algumas células está inativo o cromossomo X de origem Lyon.
paterna, em outras, o de origem materna. A partir daí, Hipótese de Lyon Esta célula inativou o Xa, está
entretanto, todas as células que se originam de uma cé- (lyonização) com o gene para pelo preto ativo.
lula que têm um certo X inativo terão esse mesmo X A partir daí, cada célula
inativo. Isso faz da mulher um verdadeiro “mosaico”, filha de cada um destes
blatômeros inativará o
com células misturadas, algumas com o X materno ativo mesmo X que eles,
e outras com o X paterno. Zigoto
criando...
Existe uma doença humana em que a hipótese de Lyon XAXa Esta célula
pode ser observada através de manchas de pele que podem inativou o XA,
ser evidenciadas com corantes específicos. As mulheres he- está com o gene
para pelo
terozigotas possuirão algumas regiões do corpo doentes e Pelo Pelo amarelo ativo.
outras não doentes. preto amarelo um padrão em mosaico.
BIOLOGIA
ter a mesma doença? modernos, um juiz pode utilizar a análise dos grupos
sanguíneos e teste de DNA para ajudar a solucionar
questões semelhantes. Analisando uma situação em que
3 (Esal-MG) Um casal tem quatro filhos e resolveu determi-
uma mulher com sangue A atribuía a paternidade de seu
nar, em relação ao sistema ABO, qual o fenótipo de cada
filho de sangue O a um homem de sangue B, o juiz não
um. Verificou que um era do grupo A, outro do grupo B,
pode chegar a nenhuma decisão conclusiva.
um terceiro do grupo AB e o quarto filho do grupo O.
a) Explique o por quê.
a) Qual o provável genótipo dos pais?
b) Qual deveria ser o grupo sanguíneo do homem para
b) Qual dos filhos pode receber sangue de qualquer
que a decisão pudesse ser conclusiva?
membro da família? Por quê?
c) Com base no teste de DNA, no entanto, o juiz con-
cluiu que o homem era o pai da criança. Por que o
4 Uma planta apresenta três fenótipos diferentes quanto à teste de DNA permite tirar conclusões tão precisas
cor de suas flores: brancas, azuis e amarelas. Realizando- em casos como este?
-se cruzamentos dirigidos, a partir de plantas puras, os
resultados na F1 e na F2 mostraram o seguinte resultado:
9 (UFRJ) Nas transfusões sanguíneas, o doador deve ter o
mesmo tipo de sangue que o receptor com relação ao
Brancas x Brancas x Amarelas x sistema ABO. Em situações de emergência, na falta de
P
Amarelas Azuis Azuis sangue do mesmo tipo, podem ser feitas transfusões de
pequenos volumes de sangue O para pacientes dos gru-
F1 100% amarelas 100% azuis 100% azuis pos A, B ou AB. Explique o problema que pode ocorrer
se forem fornecidos grandes volumes de sangue O para
25% brancas e 25% brancas 25% amarelas pacientes A, B ou AB.
F2
75% amarelas e 75% azuis e 75% azuis
10 (UFRJ) Uma determinada característica depende de um
Qual deve ser a relação de dominância? locus que possui quatro alelos (A1, A2, A3, A4). Outra
característica também depende de 4 genes (B1, B2 e C1,
5 Na Primula sinensis, a flor tem normalmente uma man- C2), porém são dois pares de alelos localizados em pares
cha amarela na base da pétala. Originou-se uma muta- de cromossomos homólogos diferentes. Um desses dois
ção recessiva que produz mancha amarela muito grande tipos de determinismo genético apresenta um número
(prímula Rainha). Mais tarde ocorreu outra mutação do maior de genótipos possíveis na população. Identifique
mesmo gene, desta vez dominante em relação ao tipo esses genótipos.
normal, condicionando uma mancha branca (prímula
Alexandra). Os três alelos resultantes A (Alexandra), an 11 Nome Antígeno Anticorpo
(normal) e a (Rainha) formam uma série de alelos múlti-
plos. Quais os possíveis genótipos do tipo: Carla A Anti-B
a) Alexandra? Tiago B Anti-A
b) Normal?
Maura AeB –
c) Rainha?
Luiz – Anti-A e Anti-B
6 (UFRJ) O sangue de Orlando aglutina quando coloca- O quadro anterior relaciona os indivíduos com seus res-
do em presença de soro contendo imunoglobulinas pectivos tipos sanguíneos e, baseado nele, é incorreto
ou aglutininas anti-A, e não aglutina quando colocado afirmar que:
em presença de imunoglobulinas ou aglutininas anti-B. a) Carla possui sangue tipo A.
Orlando casa-se com Leila, que apresenta aglutinações
b) Luiz é doador universal.
inversas. O casal tem um filho cujo sangue não aglutina
em nenhum dos dois tipos de soro. c) Luiz pode doar sangue para Carla, Tiago e Maura.
d) Maura pode receber sangue de Carla, Tiago e Luiz.
a) Qual é o genótipo dos pais?
e) Se Luiz se casar com Maura poderão ter filhos com
b) Qual a probabilidade desse casal ter uma criança
sangue tipo O e AB.
cujo sangue aglutine nos dois tipos de soro? Justifi-
que sua resposta.
12 Em relação aos grupos sanguíneos 2 sistema ABO 2 ana-
7 Os grupos sanguíneos ABO são um exemplo de alelos líse as afirmativas abaixo, e assinale a única incorreta:
múltiplos. Como aparecem os casos de alelos múltiplos a) as pessoas do grupo sanguíneo O só podem receber
na natureza? sangue de pessoas do mesmo grupo.
BIOLOGIA
BIOLOGIA
LIGAÇÃO FATORIAL OU LINKAGE CcDd × ccdd
BIOLOGIA
típicas. Veja o exemplo da cor da pelagem de ratos.
Como a taxa de crossing é igual a Neste tipo de herança, genes dominantes em homozigose
distância entre os genes, a distância é levam à morte do indivíduo, geralmente na vida fetal. Quan-
de 20 unidades de recombinação. O H h
do em heterozigose, porém, o indivíduo exibe uma caracte-
indivíduo em questão (HhGg) tem os rística aparentemente não relacionada com a letalidade, nesse
dois cromossomos iguais aos gametos G g caso, a cor do pelo. Dessa forma, a prole de dois indivíduos
parentais (HG e hg). Consequentemen- que apresentam o fenótipo dominante será sempre 25%
te, o indivíduo é HG/hg.
menor que o esperado, obedecendo uma proporção 2:1,
tanto para os genótipos quanto para os fenótipos.
Nos ratos, a cor amarela do pelo é condicionada por
Mapas gênicos e disposição Cis-Trans
um gene dominante (C), enquanto a cor marrom por um
Os mapas gênicos mostram a disposição dos genes ao gene recessivo (c). Do cruzamento de dois ratos amarelos,
longo do cromossomo. Eles são baseados em duas hipóteses a prole é sempre 25% menor que o esperado:
complementares:
◆ os genes se dispõem linearmente ao longo do cromossomo;
amarelo 3 amarelo
◆ a probabilidade de ocorrer crossing over entre dois genes Cc 3 Cc
distantes é maior do que a de ocorrer entre dois genes prole: 11 ratos amarelos Cc
mais próximos. 5 ratos marrons cc
Assim sendo, a taxa de crossing pode levar à construção total: 16 ratos
dos mapas gênicos.
Exemplo: A taxa de crossing entre os loci A e B é de 3%;
entre os loci B e C é de 17% e entre os loci A e C é de 20%. marrom 3 marrom
Mostre a disposição desses genes ao longo do cromossomo. cc 3 cc
Resposta: A B C prole: 22 ratos marrons cc
3 UR 17 UR total: 22 ratos
20 UR
Num indivíduo, quando os dois genes dominantes es-
tão no mesmo cromossomo e seus alelos recessivos no outro marrom 3 amarelo
homólogo, dizemos que os genes em questão estão na posi- cc 3 Cc
ção “cis”. Quando o dominante está num cromossomo e prole: 12 ratos marrons cc
o outro dominante no outro, diz-se que a posição é “trans”. 10 ratos amarelos Cc
total: 22 ratos
Cc 3 Cc
cis trans
C c
c Cc amarelo cc cinza
Genes letais
Pleiotropia
Existem em todas as espécies alelos deletérios, que deter-
minam o aparecimento de características prejudiciais. Alguns A pleiotropia caracteriza-se pela ação de um par de ge-
deles, chamados alelos letais, são tão prejudiciais que levam nes em várias características simultaneamente.
BIOLOGIA
zes de produzir o antígeno H e indivíduos hh não produzem Genótipos Fenótipos
este antígeno. O antígeno H, por sua vez, é transformado em AABB negro
antígeno A ou B através dos genes IA ou IB, respectivamente. AaBB
Nos indivíduos HH ou Hh, o antígeno H é produzido mulato escuro
AABb
e, a partir daí, estes podem ser A, B, AB ou O. Veja a seguir:
aaBB
Locus H Locus ABO Fenótipo AAbb mulato médio
I A I A ou I A i AaBb
A aaBb
genótipos produz antígeno A mulato claro
Aabb
HH ou Hh
IBIB ou IBi aabb branco
B
produz antígeno B
I A IB Note que o número de classes fenotípicas é dado pelo
número de poligenes (A, a, B, b) mais um, ou seja, no
produz antígenos AB
exemplo acima há 4 poligenes e 5 fenótipos diferentes. Veja
produz antígeno AeB a tabela abaixo.
H ii Do cruzamento de dois mulatos médios di-híbridos
não produz antígenos A O (AaBb 3 AaBb), podemos encontrar indivíduos com to-
ou B dos os fenótipos possíveis e a prole possui uma distribuição
quantitativa típica: (6 mulatos médios, 4 mulatos claros e
Se, por acaso, o indivíduo for hh, não produz o antíge- 4 mulatos escuros, 1 negro e 1 branco). No cruzamento de
no H e, mesmo que seja geneticamente A, B ou AB apre- híbridos sempre será mais abundante a classe intermediária.
sentará o fenótipo “O”, uma vez que não existe o precursor
Número de poligenes Número de fenótipos
do antígeno A e do B, no caso, o H.
3 4
Locus H Locus ABO Fenótipo
4 5
genes I A ou IB 5 6
inoperantes pois 6 7
não há o
etc. etc.
genótipo hh antígeno H falso O
I A I A ou I A i no de poligenes 5 no de fenótipos –1
IBIB ou IBi ou
I A IB no de fenótipos 5 no de poligenes 1 1
BIOLOGIA
se passa um corante sobre a pele, esta fica toda manchada,
AAA Lisina
formando um mosaico de manchas claras e escuras.
AAC Aspargina a) Explique a formação dessas manchas do ponto de
AAG Lisina vista genético.
b) Por que esse mosaico não pode aparecer em um ho-
ACU Treonina mem?
AGU Serina
12 (UFF-RJ) Cerca de 8% dos homens e 0,04% das mulhe-
AUG Metionina res apresentam incapacidade de distinguir determinadas
CAA Glutamina cores (daltonismo). No tipo mais comum de daltonismo,
os indivíduos não fazem distinção entre as cores verde
CAU Histidina e vermelha. Este tipo de daltonismo é consequência da
CCU Prolina presença de um gene recessivo (d) localizado no cromos-
somo X. Com relação ao daltonismo, responda:
CUA Leucina a) Qual o fenótipo esperado para uma mulher com ge-
GAU Ácido glutâmico nótipo XDXd?
b) Como se explica o fato de algumas mulheres hete-
GCC Alanina rozigotas apresentarem visão normal em um olho e
GUA Valina afetada no outro?
GUU Valina
13 (PUC-RJ– Adaptada) O heredograma abaixo representa
UAA de parada uma família com casos de albinismo, anomalia herdada
por herança autossômica recessiva, e daltonismo, carac-
UAC Tirosina terística recessiva ligada ao cromossomo X.
UGA de parada
UUG Leucina Pessoas Pessoas albinas e Pessoas daltônicas
normais não daltônicas e não albinas
BIOLOGIA
24 Com relação ao heredograma abaixo, pode-se afirmar
corretamente que: 29 Os genes a e b encontram-se num mesmo cromossomo,
sendo a distância entre eles de 17 unidades. A frequência
P de gametas AB formados por um indivíduo Ab/aB é de:
a) 8,5% c) 34% e) 85%
F1 b) 17% d) 41,5%
BIOLOGIA
2 genes dominantes e 2 recessivos
c) epistasia
◆ Mulato claro:
d) heterose
1 gene dominante e 3 recessivos
e) polialelia
◆ Pele branca:
nenhum gene dominante e 4 recessivos
43 O mutante vestigial de Drosophila melanogaster apre- Com base nessa suposição, a probabilidade de um casal
senta modificações não só na morfologia da asa, como de mulatos escuros ter um filho de pele branca é de:
também dos músculos, espermatecas, fecundidade, lon-
a) zero
gevidade e taxa de desenvolvimento. Esse efeito múltiplo
dos genes é chamado: b) 0,125
c) 0,250
a) epistasia
d) 0,500
b) pleiotropia
e) 0,750
c) mutação
d) heteroplodia
45 Existe um tipo de herança onde os caracteres variam de
e) heteromorfia
forma gradativa. As opções abaixo são exemplo deste
tipo de herança no homem, exceto uma. Assinale-a.
44 (Fuvest-SP) Um geneticista supôs que a cor da pele
a) Estatura
humana fosse determinada por dois pares de genes
que somam seus efeitos e que estão localizados em b) Inteligência
cromossomos diferentes. Assim, a cor da pele depen- c) Obesidade
deria do número de genes dominantes e recessivos d) Cor da pele
que a pessoa tivesse. e) Fator Rh
Todas as formas de vida presentes no nosso planeta se ideia, as mudanças estruturais causadas pela influência
originaram de alguns poucos organismos. Todos os seres ambiental poderiam passar à prole dos indivíduos, tor-
vivos possuem a capacidade de se ajustar morfo e fisiologi- nando-se, portanto, hereditárias. Isto é, os filhotes da-
camente às variações ambientais. Por exemplo, mamíferos quele ser que se adaptou ao meio já nasceriam adaptados.
submetidos à atmosfera com menos oxigênio, produzem
mais hemácias; um camaleão muda de cor de acordo com o Meio apresenta um problema → Ser vivo se esforça
ambiente. Porém, essa adaptação não significa evoluir, pois em resolver o problema → Ser vivo se adapta ao meio
não são transmitidas à próxima geração. Entretanto, algu-
mas mudanças podem ser transmitidas dos descendentes
Exemplo de evolução de uma espécie segundo o Lamarquismo:
daquele ser vivo e outras não. O processo lento e gradual,
de diversificação das espécies ao longo do tempo, passado Se certas aves são adaptadas a comer alimento do fundo
através de gerações, e que originou todas os seres, atuais ou de uma lagoa, devem ter pescoços e pernas especializados
extintos, denomina-se evolução. nesse hábito. Se, por uma mudança ambiental, a profundi-
dade da lagoa aumentasse, o animal se esforçaria em alcan-
çar o alimento, levando à progressiva distensão das patas e
TEORIAS DA EVOLUÇÃO do pescoço. Esses leves alongamentos seriam passados aos
seus filhotes, que nasceriam já um pouco mais adaptados.
Fixismo Ao fim de muitas gerações, os animais alcançariam um tipo
completamente adaptado.
Até o século XIX, a ideia dominante entre membros da Críticas ao Lamarquismo: sabe-se atualmente que o
comunidade científica e os leigos era que as diferentes espé- meio somente influencia o fenótipo e não o genótipo, sen-
cies de seres vivos teriam sido criados assim como se apre- do impossível, portanto, a transmissão dos caracteres ad-
sentam atualmente. Esta teoria, a qual admite que as espécies quiridos à prole. Uma experiência muito simples pôs fim a
não se alteram ao longo do tempo recebe o nome de Fixismo essa teoria: ratos tiveram as suas caudas cortadas e foram
e recebia grande apoio de várias religiões, que afirmavam que cruzados com ratas também de cauda cortada. Seus filhotes
todos os seres vivos foram criados por Deus (Criacionismo). nasceram, naturalmente, com cauda. Mesmo repetindo o
procedimento por várias gerações, os ratinhos continuavam
Lamarquismo nascendo com cauda inteira, evidenciando a não existência
Um dos mais importantes pensadores da evolução foi da lei dos caracteres adquiridos.
Jean-Baptiste de Lamarck. Este naturalista concebeu a ideia
de que os seres vivos estão sujeitos a modificações e que as Darwinismo
transformações são a tônica da natureza. Lamarck acre-
Charles Darwin despertou para o estudo da evolução
ditava que as espécies se modificam ao longo do tempo,
em uma viagem que fez ao redor do mundo, a bordo do
adaptando-se a novos ambientes. Sua teoria baseava-se em
navio Beagle. Em suas observações, chamou a atenção de
duas ideias fundamentais:
Darwin a grande diversidade existente entre os seres vi-
◆ Lei do uso e do desuso: quando novas necessidades se vos. Mesmo na prole de dois indivíduos idênticos surgem
apresentam a um indivíduo, sua organização estrutural filhotes diferentes entre si e aos seus pais. Darwin ainda
se altera de modo a torná-la adaptada ao novo modo foi influenciado pelos trabalhos de Thomas Malthus. Este
de vida. Dessa forma, os órgãos de um ser vivo ficariam propôs que as populações crescem de maneira exponen-
mais ou menos fracos, menos ou mais importantes, pelo cial, em uma progressão geométrica e que o crescimento
BIOLOGIA
eram submetidos a
são idênticos, a morte não é casual: os mais fracos ou menos frequentes distensões
para alcançar a
adaptados, morrem, restando apenas aqueles que melhor folhagem das árvores.
suportam as limitações do meio. Essa é a ideia central da
Seleção Natural.
Os descendentes
apresentam pescoços
mais longos, que são
◆ Seleção Natural: constitui-se da ação limitante do também esticados na
meio, impedindo a sobrevivência e reprodução dos procura de alimento.
idênticos;
5. Apenas alguns indivíduos sobrevivem, justamente
aqueles mais adaptados àquela condição ambiental Competição e seleção
natural levaram à
(seleção natural); sobrevivência dos
indivíduos de pescoço
6. As gerações subsequentes manterão e melhorarão, longo, em detrimento
através de mudanças graduais, o grau de adaptação dos de pescoço curto.
BIOLOGIA
Quando indivíduos compartilham de estruturas anatô-
micas semelhantes, diz-se que seus órgãos são homólogos.
Quanto maior for o grau de homologia, maior é o grau de Embriologia comparada
parentesco evolutivo. O desenvolvimento embrionário reflete a história evo-
braço humano
lutiva das espécies. O embrião muitas vezes possui estrutu-
ras que seus antepassados evolutivos tiveram e que não exis-
Úmero Falanges tem mais atualmente. O embrião humano, por exemplo,
Rádio Carpos
possui fendas branquiais, à semelhança dos peixes. Quanto
mais semelhante o desenvolvimento embrionário de dois
indivíduos, mais aparentados evolutivamente eles são.
tartaruga galinha porco homem
Ulna Metacarpos
nadadeira de golfinho
Carpos Falanges
Rádio
Úmero
Úmero
BIOLOGIA
Os fatores ambientais podem causar variação. Porém Aneuploidias: alteração no número de um cromossomo:
esta variação atinge apenas o fenótipo do indivíduo. Os fa- monossomia: 2n 2 1 trissomia: 2n 1 1
tores ambientais, portanto, não têm importância como As aneuploidias são frequentemente causadas por
promovedores de variação, atuando apenas como sele- erros de disjunção na meiose. Há monossomias huma-
cionadores das variedades mais aptas. A exceção fica por nas conhecidas, como a síndrome de Turner (45 cro-
conta das mutações induzidas por agentes mutagênicos. mossomos (44 1 X0)), bem como trissomias, como a
Nesse caso, o meio pode atuar aumentando a variabili- síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21) ou
dade. Note, porém, que as únicas mutações que possuem Klynefelter (44 1 XXY).
efeito evolutivo, para seres de reprodução sexuada, são Quando o erro ou mutação ocorre na meiose, forma-
aquelas que acontecem nas células da linhagem germina- -se um gameto errado. Se este participar da fecundação, o
tiva (gametos) ou no zigoto e que estas mutações são não zigoto terá a mutação e, consequentemente, todas as células
direcionadas (casuais). do indivíduo formado a partir daí. Já se o erro é na mitose
(ou seja, pós-zigótico) apenas as células-filhas daquela que
Mutações sofreu o erro terão a mutação. Assim, parte das células do
indivíduo terá a mutação e outra parte não.
As mutações, sejam espontâneas ou induzidas, são alea-
tórias, casuais e não direcionadas, não escolhendo, portan-
to, onde ocorrem. Podem ser de dois tipos: Recombinação gênica
◆ mutações gênicas: são também chamadas mutações A recombinação gênica não leva ao aparecimento de
pontuais, uma vez que promovem uma pequena altera- sequências novas de DNA. Este mecanismo promove o
ção na sequência de DNA (mudança apenas de alguns rearranjo de sequências gênicas preexistentes, podendo for-
nucleotídeos). Frequentemente ocorrem durante a re- mar um conjunto gênico mais apto. A recombinação gênica
plicação do DNA e seus efeitos podem ser pequenos ou é promovida por dois fatores:
extensos, dependendo de qual região do DNA afetam. ◆ reprodução sexuada: talvez seja a principal contribuinte
Podem ser: para o aumento da variabilidade genética, na medida em
Substituição: é a troca de um nucleotídeo por outro. que a mutação é um evento muito raro.
Adição: colocação de um nucleotídeo a mais. ◆ meiose: promove o rearranjo na formação de células,
Deleção: remoção de um nucleotídeo.
especialmente os gametos e esporos, garantindo ainda
◆ mutações cromossômicas: envolvem cromossomos in-
maior variabilidade para a fecundação, no primeiro caso.
teiros, ou parte deles. São geralmente causadas por erros Exemplo de ação de recombinação:
de disjunção cromossômica na mitose ou na meiose ou garça de pescoço longo garça de pescoço curto
crossing over errado. e pernas curtas 3 e pernas longas
◆ alterações estruturais: envolvem alterações na sequência
prole:
de genes ao longo de um cromossomo. pescoço curto pescoço longo
Cromosso normal pernas curtas pernas longas
A B C D E menos apto mais apto
em uma lagoa em uma lagoa
Deleção A meiose age por segregação aleatória de cromossomos
A D E e crossing.
Translocação
A B X Y Z SELEÇÃO E ADAPTAÇÃO
Inversão
A C B D E A seleção natural vai mudar as frequências gênicas na
população. É importante notar que as forças de seleção
Duplicação não levam à formação de um indivíduo perfeito, nem pro-
A B B C D E movem formação de indivíduos novos. A seleção natural
tende, na realidade, a diminuir a variabilidade genética da
variabilidade
variabilidade
variação fenotípica
variação do fenótipo
variação do fenótipo
.
número de
indivíduos
AÇÕES DA SELEÇÃO NATURAL
RYAN M. BOLTON/SHUTTERSTOCK
apresentavam-se cinzentos e representavam um bom abrigo
para a variedade cinza, que se confundia com o ambien-
te, passando despercebida. A partir da segunda metade do
século XIX, a poluição causada pela Revolução Industrial
BIOLOGIA
cobriu os troncos e pedras de fuligem, favorecendo a va-
riedade melânica.
NATURAL HISTORY MUSEUM, LONDON/SCIENCE
PHOTO LIBRARY/SPL DC/LATINSTOCK
Melanismo industrial.
0,8
A teoria sintética da evolução estabelece que há evolução
quando as frequências dos genes se alteram na população.
Frequências genotípicas
Quando, portanto, não há evolução, a frequência de genes 0,6
não deverá se alterar. O teorema de Hardy-Weinberg permite o
estudo matemático da genética de populações, possibilitando 0,4
analisar se determinada população está ou não em evolução.
BIOLOGIA
há 10 indivíduos de determinada espécie, sendo 9 homozigo-
O EQUILÍBRIO GÊNICO tos para um gene dominante e apenas 1 indivíduo homozigoto
para o gene recessivo. Se, por acaso, esse indivíduo homozigoto
recessivo morre, ou não tem filhos, desaparece com ele o gene
O princípio de Hardy-Weinberg só pode ser aplicado recessivo e as frequências gênicas se alteram drasticamente.
em populações que estão em equilíbrio gênico, ou seja, Similarmente, se chegam indivíduos (por imigração) trazendo
em que as frequências gênicas não se alteram ao longo das esse gene, as frequências gênicas também se alteram.
gerações. Esta condição ocorrerá, desde que: Esse mecanismo recebe o nome de efeito gargalo. Por
◆ não ocorram mutações; ser um fenômeno aleatório, a frequência gênica entre os
sobreviventes pode não refletir a frequência gênica da po-
◆ não atue a seleção natural;
pulação original.
◆ a população fique isolada (não haja imigração nem emi-
gração);
◆ a população seja grande, pois em populações pequenas
o acaso pode interferir nas frequências dos genes, como
veremos a seguir;
◆ a população seja pamítica (que todos os cruzamentos se
dêem ao acaso).
Cuidado! Equilíbrio gênico não quer dizer que a fre-
quência dos genes estudados seja igual e sim que elas não Após a morte aleatória de indivíduos, a população re-
se alteram ao longo do tempo. manescente não terá necessariamente a mesma frequên-
cia de genes que a população original. Isso não reflete,
obrigatoriamente, a ação da seleção. Imagine plantas com
MECANISMOS QUE LEVAM À ALTERAÇÃO DAS flores de diferentes cores, porém uma cor não é melhor
FREQUÊNCIAS GÊNICAS que a outra, em termos de adaptabilidade. Se um evento
ocorre e muitos indivíduos são eliminados, podem restar
plantas que, por acaso, não refletem a frequência gênica
◆ Mutação: a mutação traz genes novos para a população, original. E, quanto menor a população residual, maior
levando inexoravelmente à mudança nas frequências gê- será o efeito do acaso.
nicas. Lembre, porém, que as mutações só têm impor-
tância se ocorrerem nas células da linhagem germinativa Um caso parecido é o efeito fundador, em que poucos
e se forem efetivamente passadas à prole. Além disso, a indivíduos de uma população “fundam”, em outro ambien-
mutação altera muito pouco as frequências gênicas, por te, uma nova população. Um exemplo real é o arquipélago
ser um evento muito raro. de Tristão da Cunha, que foi colonizado por um grupo de
◆ Seleção natural: para se manter em equilíbrio, os alelos quinze ingleses, um deles portador de retinite pigmentosa,
da característica não podem sofrer as pressões da seleção doença condicionada por um gene autossômico recessivo.
natural, pois ela tende a privilegiar um alelo. A frequên- No final da década de 1960 várias pessoas moradoras das
cia deste iria, então, aumentar, levando à alteração na ilhas apresentavam a doença, em uma frequência muito
frequência gênica. maior que qualquer população mundial, pois elas eram
◆ Deriva gênica: a deriva gênica, também, denominada descendentes desse indivíduo doente.
oscilação genética, resulta da alteração nas frequências Redução de fluxo gênico 2 em regiões com muitas
gênicas não relacionadas com a maior adaptabilidade lagoas, por exemplo, mesmo que a população de deter-
do gene que tem sua frequência aumentada. Ou seja, minada espécie de peixes seja muito grande, cada lagoa
as frequências gênicas mudam ao acaso. Ela é im- representa uma subpopulação dessa espécie, já que o peixe
portante e possui significado evolutivo especialmente não pode sair de uma lagoa e ir para outra. Dessa forma,
em populações pequenas, ou submetidas a ausência o fluxo gênico é reduzido, acentuando os efeitos da deriva
de fluxo gênico (em que os cruzamentos casuais são gênica, pois os peixes de cada lagoa formam uma pequena
impedidos). população isolada.
BIOLOGIA
Os pelicanos eram aves de bico comum, sem bolsa. Ao A1A1 A1A2 A2A2
passarem a se alimentar de peixes, surgiu a necessidade
de possuírem uma bolsa no bico, com a função de ar-
Valor adaptativo (W) 1 1 0
mazenar os peixes capturados. Esta característica (bolsa
no bico), positiva para os pelicanos, tornou-se, então,
Coeficiente de seleção (S) 0 0 1
transmissível às sucessivas gerações. Com o passar do
tempo, a bolsa foi ficando cada vez maior até atingir a
proporção encontrada nas aves atuais.
a) Cite a teoria evolucionista que se identifica com a Genótipo
hipótese formulada acima. Justifique sua resposta.
b) Formule, de maneira resumida, uma outra hipótese, B1B1 B1B2 B2B2
baseada na Teoria Moderna da Evolução, para expli-
car o surgimento e o tamanho atual da bolsa do bico Valor adaptativo (W) 1 0 0
dos pelicanos.
Coeficiente de seleção (S) 0 1 1
7 (UFRRJ) Numa determinada ilha existia uma população
animal com indivíduos possuidores de uma característica
normal e indivíduos possuidores de uma característica re- Qual dos genes, A2 ou B2, apresentará maior frequência
cessiva, numa proporção de 10:1, respectivamente. Mas na população? Explique.
um desastre ambiental provocou a morte de todos os in-
divíduos com a característica recessiva, alterando de forma 2
10 (UFRJ) Com a equação de Hardy-Weinberg, p 1 2pq 1
brusca a frequência do gene recessivo na população da ilha.
1 q2 5 1, onde p e q são as frequências de dois alelos,
a) Após o desastre pode-se afirmar que a frequência podemos calcular a frequência de um genótipo, sabendo
do gene recessivo será zero? Justifique sua resposta. a frequência de um dos alelos, ou vice-versa, desde que
b) Qual o nome dado a essa alteração brusca na fre- a população esteja em equilíbrio. Numa determinada po-
quência gênica? pulação em equilíbrio Hardy-Weinberg nasceram 10.000
crianças. Uma dessas crianças apresentou uma doença,
O gráfico abaixo mostra a relação entre o peso ao nas- a fenilcetonúria, determinada por um gene autossômico
8
cer e a sobrevivência de um grupo de bebês humanos, recessivo. Calcule a frequência de indivíduos de fenótipo
evidenciando um caso de seleção natural. normal portadores do gene causador da fenilcetonúria
nessa população.
BIOLOGIA
paciente, pois a probabilidade de que uma bactéria
seja resistente a dois ou mais antibióticos é extrema- e) A B C
mente baixa.
III. tratamento poderá apresentar riscos para a popu-
lação, pois poderá selecionar linhagens bacterianas
altamente resistentes à antibióticos.
Analisando as informações contidas no texto, pode-se
concluir que apenas: 24 (Fuvest-SP) O tema “teoria da evolução” tem provocado
a) argumento I é válido debates em certos locais dos Estados Unidos da Améri-
b) argumento II é válido ca, com algumas entidades contestando seu ensino nas
c) argumento III é válido escolas. Nos últimos tempos, a polêmica está centrada
no termo teoria que, no entanto, tem significado bem
d) os argumentos I e II são válidos
definido para os cientistas. Sob o ponto de vista da Ciên-
e) os argumentos II e III são válidos
cia, teoria é:
a) Sinônimo de lei científica, que descreve regularidade
22 (Fuvest-SP) Uma ideia comum às teorias de evolução propos- de fenômenos naturais, mas não permite fazer previ-
tas por Darwin e por Lamarck é que a adaptação resulta:
sões sobre eles.
a) do sucesso reprodutivo diferencial
b) Sinônimo de hipótese, ou seja, uma suposição ainda
b) de uso e desuso de estruturas anatômicas sem comprovação experimental.
c) da interação entre os organismos e seus ambientes c) Uma ideia sem base em observação e experimenta-
d) da manutenção das melhores combinações gênicas ção, que usa o senso comum para explicar fatos do
e) de mutações gênicas induzidas pelo ambiente cotidiano.
d) Uma ideia, apoiada pelo conhecimento científico,
23 (UFRRJ) A seguir estão representadas três sequências de que tenta explicar fenômenos naturais relacionados,
aminoácidos de proteínas retiradas de diferentes espé- permitindo fazer previsões sobre eles.
cies (A, B e C). e) Uma ideia, apoiada pelo conhecimento científico,
espécie A: que, de tão comprovada pelos cientistas, já é consi-
MET-ARG-LEU-LEU-VAL-GLU-HIS-ARG-ALA-ARG-LEU- derada uma verdade inquestionável.
-PHE-PRO-LEU
espécie B: 25 (UFF-RJ) As teorias de Lamarck e Darwin diferem com
MET-ARG-LEU-ARG-VAL-GLU-HIS-ALA-ARG-ARG-ALA- relação à evolução. No Lamarquismo, o ambiente é o
-PHE-PRO-LEU agente responsável pela mudança das espécies, enquan-
espécie C: to que no Darwinismo o processo se inicia dentro das
MET-ARG-LEU-ARG-VAL-GLU-HIS-ALA-ALA-ARG-ALA- próprias espécies. Portanto, a essência do Darwinismo
-PHE-PRO-LEU reside em:
Admitindo-se um ancestral comum para as três espécie, a) evolução por caracteres adquiridos.
a árvore filogenética que melhor expressa o parentesco b) variações individuais herdáveis, que, através do espa-
evolutivo entre as três é: ço e tempo, se convertem em variação interespecífica.
a) A B C c) evolução por meio de mutações súbitas, imprimidas
pelo meio ambiente.
d) transformação das populações por meio de muta-
ções lentas, as quais são úteis para a adaptação.
e) variações que dão origem à novas espécies.
b) A B C
BIOLOGIA
fenilalanina, que impede a produção da enzima 1,
responsável pela transformação da fenilalanina em
go prazo têm os ingleses. Nos últimos anos, o país vem
tirosina. Dessa forma, o aminoácido se acumula nos consumindo cada vez mais alimentos geneticamente
tecidos e gera outras substâncias dele derivadas (áci- modificados, a chamada comida GM. Esses alimentos
do fenilpirúvico, ácido fenillático), cujo excesso pro- (…) têm seu código genético alterado para ficarem mais
voca desenvolvimento anômalo do sistema nervoso. viçosos ou resistentes a herbicidas e pragas.
b) Os indivíduos com essa síndrome têm 47 cromos-
(Adaptado da revista Veja, 16/06/99, p. 53.)
somos. O cromossomo suplementar é normalmente
um autossomo, o de número 21, ocorrendo assim, a Vegetais modificados geneticamente são considerados
chamada trissomia do 21. Os portadores podem ser transgênicos. Sua obtenção se dá com:
do sexo masculino (XY) ou feminino (XX). a) o cruzamento de duas espécies distintas.
c) Os portadores da síndrome têm 45A 1 (XX ou XY), b) a incorporação de RNAm na célula zigoto das espécies.
e o autossoma a mais é o de número 13, ocorrendo
c) a seleção de DNA mais adaptado existente numa de-
portanto a trissomia do 13.
terminada espécie.
d) É uma anomalia cromossômica que pode ocorrer na
espécie humana como decorrência de mitoses anô- d) a introdução de DNA em genomas das células dos
malas durante o desenvolvimento do zigoto, caso vegetais já formados.
em que algumas células, devido à não disjunção, e) a adição de DNA exógeno manipulado, da mesma
ficam com seu número cromossômico alterado em espécie ou de outra espécie no genoma da espécie
relação às células normais. em estudo.
Especiação alopátrica
F É o processo mais frequente de formação de uma nova
fértil espécie, e ocorre através de um isolamento geográfico.
I. A população é submetida a uma barreira geográ-
Quantas espécies há no esquema acima? fica, que impede que os indivíduos se cruzem. Formam-se
◆ Isolamento geográfico: ocorre quando duas espécies são duas subpopulações;
separadas por uma barreira geográfica (estão em alopatria). II. Mutações surgidas em uma subpopulação não
Essa pode ser uma cadeia de montanhas, um mar ou ocea- passarão à outra (e vice-versa), devido à barreira geográfica,
no, ou uma porção de terra, no caso de espécies aquáticas. o que leva ao acúmulo progressivo de diferenças genéticas
◆ Isolamento reprodutivo: se estabelece quando os indi- entre as duas;
víduos de espécies diferentes convivem (estão em simpa- III. A seleção pode atuar de modo diverso sobre cada
tria), porém não geram descendentes. uma das populações (pressões seletivas distintas);
Tipos de mecanismos de isolamento reprodutivo IV. Ao final de algum tempo, as populações acumu-
◆ Mecanismos pré-zigóticos: Impedem a formação do larão uma série de diferenças, que podem ser maiores ou
zigoto. Podem ser: menores, formando as raças geográficas.
BIOLOGIA
frio
Quando a temperatura da região se eleva,
duas populações se isolam nas encostas,
desaparecendo do vale.
frio
quente
Após milhares de anos, a
temperatura volta a baixar e
as duas populações se espalham
pelo vale.
frio
Nas ilhas em que apenas uma das espécies existe, diferentes espécies podem ter o mesmo tipo de hábito alimentar, pois
não há competição. Ou seja, os nichos ecológicos podem ser semelhantes, pois os hábitats são diferentes.
Ilha de Charles, onde há as duas espécies
% da B A
população
que usa
cada
semente
pequenas grandes
tamanho das sementes
variação do alimento
estéril
2n = 61
duplicação
espontânea
Espécie 2
Espécie 4
fértil
variação do hábitat variação do hábitat
BIOLOGIA
A teoria da geração espontânea ficou muito desacredita-
da após os experimentos de Redi, mas com a descoberta do
“mundo” microscópico, ela voltou à moda. Porém, Louis Pas-
teur demostrou irrefutavelmente que o aparecimento de mi-
cróbios decorria da contaminação dos germes presentes no ar.
Pasteur colocou uma solução nutritiva em frascos fe-
Estes animais pertencem a grupos taxonômicos distin- chados e ferveu-os, matando os possíveis microrganismos
tos, porém, possuem morfologia semelhante, o que eviden- presentes no meio. Se os frascos eram mantidos fechados,
cia a convergência adaptativa. a solução permanecia estéril (não se desenvolviam micror-
ganismos). Os defensores da geração espontânea, porém,
Evidência de irradiação adaptativa: presença argumentavam que, se o frasco ficava fechado, faltava ar,
de órgãos homólogos e não análogos (mesma origem elemento essencial à vida. Pasteur, então, fez o experimento a
evolutiva, mas que não possuem a mesma função) seguir, que derrubou, de vez, a teoria da geração espontânea.
Evidência de convergência adaptativa: presença Atualmente aceitamos a biogênese: todo ser vivo, hoje,
de órgãos análogos e não homólogos (mesma fun- resulta de um outro ser vivo.
ção, sem ter origem evolutiva comum)
Geração espontânea 2
5
microrganismos aparecem no
larvas
líquido nutritivo apenas quando
pedaço de carne o pescoço é quebrado
teor de O2
surgimento dos formados os primeiros vegetais, ainda de organização muito
autotróficos simples, as algas. As algas clorofíceas (verdes), por sua vez,
deram origem aos primeiros vegetais terrestres. Essas primei-
BIOLOGIA
ras plantas terrestres não deveriam ter sistemas condutores
milhões de anos de seiva, sendo assemelhadas às briófitas atuais. A aquisição
do sistema vascular possibilitou o aumento do porte dos
Note que todo o O2 presente na atmosfera é resultante vegetais, permitindo a rápida expansão em direção a novos
da atividade fotossintética. locais. Muito provavelmente as florestas que abrigavam os
Resumo: dinossauros eram formadas por pteridófitas primitivas de
porte gigantesco. No Cretáceo surgiram as primeiras plantas
produção abiótica de matéria orgânica
com flores, levando à irradiação desses indivíduos e ao seu
domínio sobre as demais plantas terrestres.
primeiros seres vivos – procariontes, Evolução dos animais
heterotróficos, fermentadores (anaeróbios) Os mais antigos fósseis de seres pluricelulares datam de
alto consumo de competição e 650-700 milhões de anos atrás, época em que devem ter
matéria orgânica morte surgido. No fim do Pré-Cambriano e início do Cambria-
no, entre 550-600 milhões de anos atrás, representantes de
proliferam os seres autotróficos quimio e fotossintetizantes todos os filos atuais, com exceção talvez dos cordados, já
habitavam os mares.
produzem matéria Origem e evolução dos vertebrados
orgânica e O2 Os vertebrados surgiram ainda no Cambriano. No Or-
doviciano, a notocorda, localizada ao longo da região dorsal
proliferam os seres heterotróficos aeróbios
do corpo dava sustentação ao animal, mas foi posteriormente
substituída por um sistema de vértebras articuladas. A rápi-
Origem de mitocôndrias e cloroplastos
da diversificação e expansão dos vertebrados, representados
Provavelmente, as mitocôndrias e os cloroplastos, tive-
então por peixes primitivos, ocorreu após o aparecimento
ram origem parecida. Eram células procariontes (aeróbica
e fotossintetizante, respectivamente) que foram engloba- da mandíbula (que possibilitava diversificação de hábitos
das por células eucariontes (modelo endossimbiôntico). O alimentares) e de nadadeiras pares (que permitiam um efi-
fato dessas organelas terem DNA e ribossomos próprios, ciente deslocamento). Os peixes floresceram no Paleozoico
muito semelhantes aos de bactérias, ratifica essa hipótese. médio, sendo subdivididos em dois grupos, de acordo com a
Provavelmente a mitocôndria surgiu antes do cloroplasto, estrutura de suas nadadeiras: os de nadadeiras lobadas e os de
já que todos eucariontes a possuem, enquanto apenas algas nadadeiras radiais. Os primeiros, chamados crossopterígeos,
e vegetais possuem cloroplasto. não tiveram muito sucesso como peixes, mas deram origem
Em resumo, a vida surgiu na Terra entre 3,5 a aos vertebrados tetrápodos. A grande maioria dos peixes
4 bilhões de anos atrás. As primeiras formas de seres vivos atuais descende do grupo com nadadeiras radiais.
que dominaram o nosso planeta, até por volta de 1,5 bilhão A nadadeira à direita é do tipo radial, encontrada nos
de anos atrás, seriam seres de uma organização semelhante à peixes atuais. Já a nadadeira à esquerda é do tipo lobada,
das bactérias. Nesta época surgiram seres com organização característica dos crossopterígeos, que deram origem aos
celular tipicamente eucarionte. vertebrados terrestres.
A conquista do ambiente terrestre
PROCARIONTES EUCARIONTES
PRESENTE Crossopterígeos com nadadeiras lobadas bem desen-
Bactérias, Clanofíceas Protistas, Fungos,
(Reino Moneral) Animais, Plantas volvidas passaram a fazer incursões no meio terrestre, uti-
lizando as nadadeiras como suporte do corpo. Estes peixes
0,5 BILHÃO deram origem a um grupo de animais cujas nadadeiras
DE ANOS
cloroplastos
PRIMEIRO se transformaram em patas, permitindo assim, maior ef i-
mutualismos EUCARIONTE ciência na locomoção no ambiente terrestre. Esses animais
mitocôndrias 1,5 BILHÃO
DE ANOS eram os anfíbios. Os anfíbios, que constituem o primeiro
grupo de vertebrados terrestres, não estavam entretanto
plenamente independentes da água. Vários fatores, como
PRIMEIRO 3,5 BILHÕES
a reprodução e a respiração cutânea, mantinham (e ainda
PROCARIONTE DE ANOS mantém) esses animais ligados ao meio aquático.
TERCIÁRIO
CRETÁCEO
CERATOPSIA
PTEROSAURIA ORNITHOPODA
MESOZOICO
DINOSSAUROS
JURÁSSICO
SAURÍSQUIOS
PLESIOSAURIA STEGOSAURIA
ICTHYOSAURIA
ARCHEOPTERIS MESOSUCHIA MAMÍFEROS
TRIÁSSICO
THECODONITA
THERAPSIDA
PERMIANO
PALEOZOICO
Evolução do homem
O homem e os demais primatas descendem de um mesmo ancestral que viveu há cerca de 65 milhões de anos atrás; um
animal quadrúpede arbóreo, com membros adaptados para escalar árvores e agarrar ramos. Os primeiros primatas viveram
a mais de 38 milhões de anos, assemelhando-se aos lemures. Os grandes símios só surgiram entre 38 e 26 milhões de anos
atrás. Nesta época a partir de um grupo de primatas, os driopitecíneos se originaram de dois ramos principais: um que deu
origem aos símios antropoides e outro ao homem.
O mais antigo fóssil considerado como pertencente ao ramo que deu origem ao homem é o Ramapithecus, os quais
apresentam uma série de características humanoides, mas não possuem uma postura bípede. Recentemente foi desco-
berto um novo fóssil de um possível ancentral humano, o homem de Toumai, com cerca de 7 milhões de anos e que,
BIOLOGIA
África e na Ásia um grupo de primatas considerados os do Rio de Janeiro é o seu conjunto de espetaculares
ancestrais diretos do gênero Homo, os Australopithecus. formações de granito e gnaisse se erguendo junto
Estes apresentavam características tipicamente símias (pe- do mar (Pedra da Gávea, Corcovado, Pão de Açúcar
queno volume cerebral, mandíbulas maciças projetadas, etc.). Esses paredões verticais não são desprovidos
grandes dentes molares) e outras bem humanoides (testa de vida, como parece à primeira vista. Um conjunto
lisa e arredondada nos jovens, arcada dentária semicircu- de espécies de vegetais se adaptou, incrivelmente, a
lar, braços delicados e postura bípede — ereta ou semi- crescer aderidos lateralmente na pedra, crescendo e
-ereta). Neste grupo deve ter se dado a transição do hábito florescendo dependurados sobre o abismo.
alimentar de herbívoro para onívoro. A partir desse ani- Dessa forma, cada morro deu origem a um
mal se originou o Homo abilis e deste o Homo erectus. Este miniecossistema, (isolado uns dos outros e do resto do
já utilizava artefatos de pedra lascada, usando também o mundo), onde crescem bromélias, orquídeas e cactos,
fogo com finalidades domésticas. O elo entre o Homo presos ao granito. E acima de uma enorme cidade que,
erectus e o tipo humano é conhecido como Homem de em sua maioria, não suspeita da sua existência. Essa
Neandertal. Atualmente considera-se este indivíduo como localização, aparentemente, permitiu que algumas
populações de vegetais se isolassem geograficamente
uma sub-raça dentro da espécie humana, o Homo sapiens
dando origem a novas espécies. É o caso, por exemplo,
neanderthalensis. Há cerca de 35.000 anos, o Homem de
da orquídea Laelia lobata que, na natureza, só pode
Neandertal desapareceu, sendo substituído por indivíduos
ser encontrada nas encostas das pedras verticais do
de estrutura idêntica à dos homens atuais, o Homem de
Pão do Açúcar, do Corcovado, da Pedra da Gávea e
Cro-Magnon.
em mais nenhum outro lugar do planeta!
Os primeiros fósseis pertencentes a esse grupo foram en-
contrados na localidade de Cro-Magnon, que deu origem
MILAN VACHAL/SHUTTERSTOCK
a sua denominação. Este pode ser considerado o primeiro
homem com características idênticas ao homem atual.
presente
Australopithecus
Homo erectus
robustus
Homo abilis
Australopithecus
africanus
EXERCÍCIOS
5 (Unicamp-SP) Em um arquipélago oceânico, todas as 9 Na borda norte e na borda sul do Grand Canyon habitam
ilhas são habitadas por aves de um mesmo gênero. Cada duas populações de esquilos com diferenças morfológi-
ilha possui uma única espécie desse gênero e as princi- cas marcantes que, em condições naturais, sem as barrei-
pais diferenças morfológicas entre elas são o tamanho ras geográficas, não são capazes de se intercruzarem. As
e formato do bico. duas populações constituem duas .................... diferentes
devido principalmente a.......................
a) Qual foi a primeira etapa desse processo de espe-
ciação? A alternativa que completa corretamente a frase é:
b) Que pressão seletiva deve ter determinado a presen- a) raças 2 isolamento reprodutivo
ça de aves com bicos diferentes em diferentes ilhas? b) espécies 2 isolamento reprodutivo
c) Qual seria o procedimento para confirmar que as c) raças 2 isolamento geográfico
aves encontradas nas diferentes ilhas são de fato es- d) espécies 2 isolamento geográfico
pécies diferentes? e) raças 2 diferenças morfológicas
BIOLOGIA
mamíferos Coloque os fatos em ordem cronológica de aconteci-
mentos.
anfíbios → mamíferos
b) peixes
15 (UFF-RJ) Equus caballus (cavalo) e Equus asinus (asno)
répteis → aves
podem cruzar, gerando, no entanto, um híbrido estéril.
c) peixes → anfíbios → répteis → aves → mamíferos A esterilidade é decorrência da meiose porque:
a) Os cromossomos homólogos do híbrido segregam-
répteis → aves -se em telófase I.
d) peixes → anfíbios b) Não há sinapse de vários cromossomos homólogos
mamíferos
na prófase II do híbrido.
e) peixes → anfíbios → répteis → mamíferos → aves
c) Não há crossing over entre os cromossomos do híbri-
do.
11 Dos animais citados, do ponto de vista evolutivo, o mais
próximo do homem é: d) Não há sinapse de vários cromossomos homólogos
a) o tubarão. na prófase I do híbrido.
b) a rã. e) Há mutações em diversos cromossomos não homó-
c) o morcego. logos do híbrido.
d) o jacaré.
e) o pinguim. 16 (Unirio-RJ) Quanto ao fenômeno apresentado na figura
abaixo, podemos afirmar que:
12 I. Homo erectus
II. Homo sapiens
III. Homo sapiens neanderthalensis
podemos dizer que os indivíduos acima pertencem: capacidade
de voar
a) à mesma espécie.
b) ao mesmo gênero.
c) à mesma família.
d) à mesma classe.
e) três das alternativas estão corretas.
primeiro mamífero, semelhante
a um mussaranho
13 A sequência hierárquica das categorias taxonômicas do
homem é:
a) Primata, Mammalia, Hominidae, Chordata, Homo
sapiens, Homo.
b) Homo sapiens, Homo, Hominidae, Chordata, Mam- costume de habilidade
malia, Primata. cavar para correr
BIOLOGIA
os seres vivos em apenas três domínios. O domínio Eucarya semelhanças genéticas com os Eucarya que com os Bacterya.
Reino
Plantae Reino
Reino
Fungi Animalia
Vertebrados
Dicotile- Artrópodes
Ascomyceta dôneas
Monocotiledôneas
Anelideos Protocordados
Gimnospermas
Basidio- Pteridófitas
Moluscos Equinodermos
myceta
Deuteromyceta
Nemátoda
Alga vermelha
Platelmintes
Zygomyceta
Alga parda
Alga vermelha Esponjas
Reino
Domínio Protista
Ameboides
Eucarya
Domínio
Domínio
Reino Monera Archaea
Bacterya
Eobacteria Archaebacteria
Ancestral procarionte
DNA
ribossomo
dobra da
membrana bacilos vibrião espirilo
BIOLOGIA
Suas características principais: Organisms”.
◆ procariontes;
vacúolo
vacúolo digestivo corpúsculo
digestivo fotorreceptor membrana
A ameba, um sarcodino flagelo Euglena
cílios
micronúcleo
Trypanosoma cruzi,
mastigófroro
abertura
causador da
bucal
doença de Chagas
hemácia
BIOLOGIA
esporos desse fungo se desenvolvem e formam o micélio, basídio
ampliado
que secreta enzimas e digere o alimento. Algumas hifas basidiocarpo
(2n)
desenvolvem-se acima da superfície da matéria orgânica
germinação dos
e através de sua fusão formam hifas diploides que geram basidiósporos basidiós-
fusão de hifas poros
esporos. Esses esporos se destacam e vão contaminar ou- (n) (n)
tros alimentos.
esporângios, órgãos
produtores de esporos basidiocarpo
em formação
esporos
LÍQUENS
rizoides
secretam
enzimas que
digerem o pão Os líquens são uma associação de algas (geralmente cia-
nofíceas) com fungos. Estes seres são bastante rústicos, neces-
sitando apenas de luz, água e alguns minerais para sobreviver.
Os líquens absorvem rapidamente substâncias dissolvidas e,
por isso, são sensíveis à poluição. Frequentemente são encon-
Os ascomicetos incluem as leveduras, os bolores mar- trados em locais limpos, sobre troncos de árvores ou pedras.
A associação permite a sobrevivência do líquen em lo-
rons e verdes e o Penicillium, usado na produção de peni-
cais inóspitos, em que é pequena a quantidade de matéria
cilina. O nome do grupo deriva da formação de estruturas
orgânica, a qual inviabilizaria a sobrevivência do fungo.
reprodutoras denominadas ascos. Se reproduzem através de
Também é reduzida a quantidade de água, para sobrevi-
metagênese, em que o corpo de frutificação forma esporos,
vência da alga. Entretanto, no líquen, a alga absorve luz e
típicos de reprodução assexuada. faz fotossíntese, garantindo matéria orgânica para o fungo;
A formação do asco se dá a partir da fusão de hifas este, por sua vez, absorve água e sais e protege as algas.
(reprodução sexuada). Cada asco (2n) forma esporos (n)
que são liberados para o meio, dando origem a novas hifas água, sais
(reprodução assexuada). Essa alternância entre uma geração
sexuada e outra assexuada caracteriza a metagênese. ALGA FUNGO
coanócitos
AS MICORRIZAS epiderme
Filo Porifera
Os poríferos compreendem seres conhecidos como
esponjas, uma vez que possuem o corpo totalmente per-
furado por canais ou poros. Tais animais são considerados
parazoários, pois suas células possuem alto grau de indivi-
dualidade e não chegam a formar tecidos verdadeiros. As
características principais do filo:
◆ são seres diploblásticos, isto é, apresentam apenas dois Filo Cnidaria
folhetos embrionários, a ectoderme e a endoderme; Os cnidários fazem parte dos celenterados e seu nome
◆ são todos aquáticos. A maioria marinhos; deriva do fato de possuírem a capacidade de provocar ur-
◆ possuem uma cavidade interna, o átrio ou gastrocele, ticárias (queimaduras químicas). São representados pelas
que se comunica com o meio externo por intermédio de medusas ou águas-vivas, corais, caravelas, hidras e anêmo-
numerosos poros e por uma abertura superior principal, nas-do-mar. Suas características principais:
o ósculo; ◆ são diploblásticos e os dois folhetos embrionários origi-
◆ apresentam um esqueleto formado por espículas calcá-
nam duas camadas de células: a epiderme, externa e fina,
rias e uma rede de espongina (proteína de sustentação); derivada da ectoderme e a gastroderme, mais interna,
sua digestão é intracelular;
derivada da endoderme. Entre elas há uma camada gela-
◆ reproduzem-se assexuadamente, através de brotamento,
tinosa, a mesogleia, rica em água;
ou sexuadamente por fecundação, em que os gametos
◆ apresentam simetria radial;
são lançados na água. São formadas larvas que fazem sua
◆ possuem sistema nervoso difuso, com células sensitivas
dispersão;
◆ a grande circulação de água no corpo do animal, através
que captam estímulos externos;
dos poros, faz com que sejam desnecessários os siste- ◆ apresentam tubo digestivo incompleto (presença
mas circulatório, respiratório e excretor. As trocas todas apenas de boca), com digestão predominantemente
ocorrrem por difusão; extracelular;
BIOLOGIA
muscular digestiva
testículo
célula célula
sensorial intersticial
aumento
célula célula
intersticial sensorial
ovário
vacúolo
digestivo célula epitélio
disco basal
muscular
ou pé
fibrila contrátil
(transversal) fibrila contráctil
◆ possuem grande quantidade de água, carecendo de sis- ◆ a reprodução acontece por metagênese (alternância de
tema circulatório, respiratório e excretor. As trocas são gerações) ou brotamento.
feitas por difusão, a qual é facilitada pela grande quan-
tidade de água no corpo do animal; FASE MEDUSOIDE
gastrozoides
◆ apresentam duas formas principais, a polipoide (pólipo) FASE (sexuada)
POLIPOIDE
e a medusoide (medusa). O pólipo é fixo (ou séssil), (assexuada)
enquanto a medusa é móvel (errante).
medusa
jovem medusas
mesogleia
livres-natantes
gastroderme epiderme brotos de
perissarco medusas
gonozoide
cenossarco óvulo
espermatozoide
FECUNDAÇÃO
zigoto EXTERNO
boca
pólipo medusa
plânula
(larva ciliada)
ção da musculatura, facilitando o movimento do animal; sexos separados 2 há o macho e a fêmea). Seu principal
◆ são ainda os únicos animais acelomados, não apresen- representante é o Schistossoma mansoni, causador da es-
tando cavidade geral do corpo; quistossomose.
◆ não apresentam sistema circulatório. A ausência de sis- ◆ Cestoda: o principal representante é a Taenia, parasitos
tema circulatório faz com que tanto a circulação interna intestinais hermafroditas.
de substâncias como as trocas com o meio sejam dificul-
epiderme dorsal
tadas. Além disso, o corpo compacto, sem cavidade geral,
dificulta ainda mais a circulação; musculatura circular
musculatura longitudinal
◆ a fim de melhorar a sua superfície relativa possuem um cor- corte de
planária musculatura
po achatado, melhorando com isso a circulação e as trocas; dorsoventral
◆ o sistema digestivo, quando presente, é ramificado, intestino
2 ocelo
3
A B faringe estendida
n
1 2 1 Células-flama
3
2
n
C D
medusa anêmona
SIMETRIA RADIAL SIMETRIA RADIAL
Turbelário 2 a planária
1
ocelos
1
2 poro genital
face dorsal
E F
(pigmentada)
3
Região
4 posterior
Região
anterior
5 face ventral
boca (não pigmentada)
equinodermo vertebrado
SIMETRIA RADIAL SIMETRIA BILATERAL faringe ou probóscide
BIOLOGIA
pseudoceloma;
canal genicóforo ◆ não possuem sistema circulatório, porém o pseudoce-
loma, uma cavidade geral cheia de líquido, facilita a
circulação interna de substâncias. Dessa forma o corpo
do animal pode ser cilíndrico;
◆ são os primeiros animais a apresentar um tubo digestivo
completo, com digestão exclusivamente extracelular. O
tubo digestivo completo evita a mistura de alimentos não
Cestódeo 2 a Taenia digeridos e restos com os produtos da digestão, fato que
ganchos ventosas acontece no tubo digestivo incompleto. Além disso, cada
ventosas
parte do tubo digestivo se especializará em determinada
função;
◆ frequentemente são dioicos, com dimorfismo sexual
acentuado (macho e fêmea são diferentes morfologica-
T.
mente);
◆ seus principais representantes são o Ascaris lumbricoides
escólex
(a lombriga) e a Wuchereria bancrofti (filária).
cutícula
células
musculares
canal excretor
linha lateral
intestinal
Corte transversal de uma planária
cavidade
psudocelômica
útero ovário
epiderme dorsal
camada
camada muscular
Ascaris – um nematelminto linha lateral
muscular circular
lábios
longitudinal
boca
membrana
clássica
musculatura poro excretor
linha lateral
dorsoventral
célula glandular
epiderme ventral
intensamente ciliada espículas peniais
EXERCÍCIOS
Procarioto Primitivo
BIOLOGIA
nas lombrigas (nematelmintos) os sistemas circulatório d) decomposição de organismos mortos
e respiratório estão ausentes. Comparando esses dois e) purificação do ar através da fotossíntese
grupos de animais, responda:
a) Como as planárias realizam a distribuição dos nu- 16 Algas e fungos são semelhantes em muitos aspectos.
trientes absorvidos no intestino às células do orga- Uma diferença marcante entre esses grupos, entretanto,
nismo? E as lombrigas como o fazem? é a ocorrência, em apenas um deles, de:
b) Devido à ausência desses dois sistemas as planárias
a) parede celular
são achatadas. No entanto, as lombrigas são roliças.
Explique. b) núcleo delimitado por membrana
c) clorofila
Exercícios de fixação d) gametas haploides
e) mitocôndrias
9 São seres procariontes os (as): 17 A locomoção nas amebas, protozoários da classe Sarco-
a) fungos d) protistas dina, é realizada por meio de:
b) bactérias e) vírus a) cílios
c) protozoários b) flagelos
c) pseudópodos
10 Entre organismos celulares, aparece com um exemplo de d) cílios e flagelos
procarionte:
e) flagelos e pseudópodos
a) a bactéria d) a minhoca
b) a planária e) o vírus
18 Micélio é:
c) o paramécio
a) corpo de frutificação do fungo
b) tipo de nutrição apresentado por um fungo
11 O organismo causador de determinada infecção no ho-
mem, caracteriza-se, ao microscópio, como unicelular c) um processo de união sexual de hifas de um fungo
e sem núcleo diferenciado. Ele poderá ser classificado d) um conjunto de hifas emaranhadas
como: e) o mesmo que basidiósporo
a) fungo d) protozoário
b) vírus e) metazoário 19 Quando dizemos que a nutrição de alguns fungos é sa-
c) bactéria profágica queremos dizer que:
a) os fungos são organismos autótrofos fotossinteti-
12 Um organismo celular, sem núcleo diferenciado, causa- zantes
dor de infecções no homem, provavelmente será: b) os fungos possuem capacidade de realizar fotossíntese
a) um vírus d) um protozoário c) os fungos são heterótrofos
b) um fungo e) uma bactéria d) os fungos são parasitas
c) um verme e) n.d.a.
13 Abaixo são apresentadas alternativas que estão relacio- 20 As algas azul-esverdeadas são consideradas seres pro-
nadas corretamente com fungos, exceto a que caracte- cariotas porque:
riza esses organismos como sendo:
a) não possuem cromatina
a) heterótrofos d) aclorofilados
b) não possuem clorofila e sim ficocianina
b) sapróbios e) eucariontes
c) não possuem núcleo individualizado
c) fotossintetizantes
d) apresentam estrutura cenocítica
e) não possuem parede celular
14 Um organismo formado por células nucleadas, sem pig-
mentos fotossintetizantes e que cresce sobre matéria
orgânica em decomposição é, provavelmente: 21 Cocos são:
a) fungo d) samambaia a) vírus d) bactérias
b) musgo e) eucariontes b) fungos globulares e) algas
c) alga c) protozoários
26 Hidras, medusas e caravelas pertencem ao filo: 32 (Uerj) A enorme diversidade das formas de vida sem-
pre encanta aqueles que tentam descrever e classificar
a) celenterados d) equinoderme espécies. A taxonomia moderna não leva em conside-
b) poríferos e) platelmintes ração apenas as características do animal, mas procura
c) anelídeo correlacioná-las a outros organismos, baseando-se em
estruturas hereditárias. Desse modo, à medida que se
27 Os primeiros animais a apresentar um sistema nervoso, analisam as variações ocorridas na passagem do nível de
embora difuso, visto que só raramente há neles concen- espécie para o nível de reino, é possível observar que:
trações de células nervosas, foram os: a) diminui a diversidade biológica.
a) espongiários d) insetos b) diminui a relação de parentesco.
b) nematódios e) celenterados c) aumenta a semelhança histofisiológica.
c) crustáceos d) aumenta o número de estruturas comuns.
BIOLOGIA
BIOLOGIA
Sanguessuga 2 um hirudíneo
FILO ANNELIDA
região ventosa
anterior anterior
Os anelídeos constituem animais de corpo segmentado
(anelado). Os segmentos são denominados metâmeros e a boca
compartimento
celômico mesoderme
animais ser dioicos ou monoicos. Possuem larvas; ◆ possuem o corpo dividido em três partes: cabeça, pé e mas-
Apresentam três classes principais: Oligochaeta (minho- sa visceral, geralmente abrigados por uma concha calcária;
cas), Polychaeta e Hyrudinea (sanguessugas). ◆ apresentam um tubo digestivo completo, com glândulas
e uma boca raspadora, a rádula. Nos bivalves, como o
Minhoca 2 um oligoqueto
mexilhão, que são filtradores, a rádula é ausente;
ânus
◆ possuem o corpo revestido por um epitélio rico em glân-
dulas mucosas, que mantêm o corpo úmido, e o manto,
cerdas responsável pela secreção da concha;
clitelo
◆ a circulação é aberta, justificando o pequeno porte dos
animais. Nos cefalópodos (o polvo, por exemplo) o
sistema circulatório é fechado, garantindo um grande
boca porte e alto grau de complexidade;
Lula 2 um cefalópodo
músculo
adutor
tentáculos
boca
massa filamentos
sifão mandíbula
visceral do bisso
exalante rádula
Região posterior
esôfago
glândula
de tinta
ânus intestino
tentáculos
brânquia estômago
FILO ARTHROPODA
olho
manto coração ceco
nadadeira
manto
pena ou
É comum que o homem coloque a sua espécie como o ápi-
gônoda gládio ce da evolução. Entretanto, um grupo taxonômico muito mais
antigo que os mamíferos, os artrópodos, constituem os seres
vivos mais bem-sucedidos da Terra. Com aproximadamente
Gastrópodo
1 milhão de espécies conhecidas (especula-se que haja alguns
Conha (que contém milhares desconhecidos), os animais que englobam os insetos
a massa visceral) e os crustáceos dominam a era atual. Estes animais interagem
com o homem de várias formas: transmitindo doenças, des-
Poro respiratório truindo materiais (madeiras, roupa), produzindo materiais que
utilizamos (cera, mel, seda) e servindo de alimento.
Olho
Nossa era não pertence aos primatas e sim aos artrópo-
Tentáculos dos. Vários fatores justificam tão grande sucesso. Podemos
Cabeça
destacar algumas de suas características:
◆ apresentam um corpo segmentado (são metamerizados),
Boca
Pé Ânus Poro genital porém os metâmeros são fundidos formando tagmas;
BIOLOGIA
impermeabiliza a superfície do animal, permitindo sua
completa sobrevivência no ambiente terrestre; olho composto
olhos
tempo simples antena
antena
broto
quelíceras
de asa
pedipalpo
(não é pata)
patas
aguilhão
antenas
tórax
cefalo
ome
Diplópodos
abd
(2 pares de patas por segmento)
patas articuladas
Diplópodos
Característica Insetos Crustáceos Aracnídeos
e Quilópodos
BIOLOGIA
3 (cabeça, tórax 2 (cefalotórax 2 (cefalotórax 2 (cabeça e
Tagmas
e abdômen) e abdômen) e abdômen) tórax segmentado)
Pigmento
ausente hemocianina hemocianina ausente
respiratório
orifício genital
A estrutura básica de um cordado é a seguinte:
madreporito
cordão nervoso dorsal
gônada ânus notocorda
espinho
intestino
Os protocordados
Apresentam cinco classes:
Classe Asteroidea Os protocordados são todos marinhos e se caracterizam
representada pelas estrelas-do-mar pela não substituição da notocorda pela coluna vertebral. O
Classe Echinoidea primeiro e único eixo de sustentação, porém, pode ou não
representada pelos ouriços-do-mar persistir na vida adulta. São constituídos por três subfilos:
Classe Ophiuroidea os hemicordados, os cefalocordados e os urocordados.
representada pelas serpentes-do-mar Cefalocordado 2 o Anfioxo
Classe Holoturoidea
tubo nervoso dorsal
representada pelos pepinos-do-mar
notocorda
cauda
Classe Crinoidea
representada pelos lírios-do-mar
Crinoide Equinoides
boca ânus
fendas branquiais
Holoturoide
Hemicordado 2 o Balanoglossus
probóscide
fendas branquiais
ânus
Os cordados compreendem uma série de animais de-
nominados genericamente de animais superiores. São os
únicos animais deuterostomados (em que o blastóporo dá
origem ao ânus), à exceção dos equinodermos. Para que
BIOLOGIA
de água fendas
branquiais
estômago baço
rim
espiráculo
fenda
branquial nadadeira anal ou ventral
nadadeira pélvica
nadadeira dorsal
Peixe ósseo nadadeira dorsal
escamas nadadeira caudal
olho
narina
boca
opérculo
nadadeira pélvica
abertura de ânus
BIOLOGIA
Como o próprio nome sugere (anfi 2 dupla; bio 2
sapo
vida) os anfíbios são animais que possuem uma vida dupla,
na medida em que iniciaram, na evolução, a conquista do
ambiente terrestre, mas permaneceram atrelados ao am- cobra-cega
biente aquático.
Vários são os motivos dessa vida ambígua:
Adaptações ao ambiente terrestre:
◆ Possuem circulação dupla, o que permite maior eficiên-
cia do sistema circulatório. É essencial no meio seco que
o animal tenha maior oferta de nutrientes e oxigênio
aos tecidos, já que a locomoção e a sustentação do corpo A fecundação externa e a metamorfose
exigem mais energia. A circulação é, porém, incompleta,
visto que o coração possui três cavidades (dois átrios e 12 11 10 9
13
um ventrículo), com mistura substancial de sangue ar- 14 8
terial e venoso no ventrículo único. Possuem hemácias 15
nucleadas. 16 7
◆ Apresentam pulmões, que, apesar de primitivos (são sa- 6
19
culiformes, com pequena superfície de contato), são sinal 17 18
5
de evolução em direção ao ambiente seco. 20
4
◆ A maioria é tetrápode (com quatro membros e duas 21
3
cinturas, a escapular 2 ombro e a pélvica 2 quadril),
2
permitindo eficiente deslocamento fora da água.
◆ Excretam ureia, levando a pequena perda de água du- 1
◆ a fase larvar aquática, o girino, complementa a baixa ◆ Desenvolvimento embrionário em meio seco.
quantidade de vitelo que o óvulo heterolécito possui. Ele Adaptações dos répteis ao ambiente seco:
se tranforma no adulto, através do fenômeno da meta- ◆ Possuem coração com quatro cavidades. Apesar da sep-
morfose; tação ventricular imperfeita, a mistura de sangue arterial
◆ os anfíbios apresentam três tipos de respiração: na fase e venoso é muito pequena, não comprometendo a oferta
adulta possuem pulmões e respiração cutânea e a fase de O2 aos tecidos; suas hemácias são nucleadas;
larvar possuem brânquias. ◆ Apresentam pulmões de alta eficiência. A boa circu-
Apresentam três ordens: lação e o pulmão eficiente permitem que a respiração
◆ Apoda: sem membros locomotores. Ex.: cobra-de-chão cutânea seja dispensada. Consequentemente, a pele pode
◆ Urodela: com cauda. Ex.: tritão, salamandra ser seca, impermeabilizada pela camada de queratina (ca-
◆ Anuros: sem cauda. Ex.: sapo, rã, perereca. mada córnea, formada por células epidérmicas mortas).
BIOLOGIA
Entre todos os animais estudados, a maioria absoluta temperatura interna. Assim, em ambientes frios, há eleva-
constitui-se de seres pecilotérmicos, isto é, em que a tem- ção do metabolismo interno, de modo a gerar calor. Se o
peratura corporal varia de acordo com a temperatura do ambiente está mais quente, há menor necessidade de ge-
ambiente. Apenas as aves e os mamíferos mantêm cons- ração interna de calor e o metabolismo pode ser reduzido.
tantes as suas temperaturas internas, ou seja, são animais Entretanto, em temperaturas muito elevadas, a ativação dos
homeotérmicos. A grande vantagem da homeotermia é a mecanismos de resfriamento, como a sudorese nos mamí-
manutenção de uma atividade enzimática constante e alta e feros, eleva ligeiramente o metabolismo.
independentemente da temperatura ambiental, as enzimas
corporais conseguem estar sempre no máximo de atividade.
homeotermo
Além disso, estes animais podem ser encontrados pratica-
mente em quaisquer ambientes.
temperatura
metabólica
interna
pecilotermo
pecilotermo
temperatura
interna
temperatura externa
homeotermo
Observe, no gráfico, que os animais ectotermos têm
seu metabolismo elevado à medida que a temperatura am-
biental se eleva, pois o aquecimento de seu corpo aumenta
temperatura externa
a velocidade de ação de enzimas corporais, aumentando o
metabolismo. Já os endotérmicos reduzem seu metabolis-
Animais euritermos 3 estenotermos mo à medida que a temperatura aumenta, pois necessitam
Como os animais homeotermos mantêm a tempera- gerar menos energia sob maiores temperaturas.
tura corporal em valor próximo ao da temperatura ótima Para que um animal seja homeotérmico são necessários
para ação de suas enzimas, a grande maioria tolera ampla dois mecanismos principais: o aquecimento e o resfriamento.
variação da temperatura ambiente, sem prejuízo aos seus Aquecimento
processos internos. Isso permitiu a sua sobrevivência nos O aquecimento é resultado de dois fenômenos: a gera-
mais variados ambientes. ção e a manutenção de calor.
Entretanto, existem animais, independentemente de se- ◆ Geração de calor: tanto aves quanto mamíferos possuem
rem homeotermos, que toleram ampla variação de tempera- alta taxa metabólica, garantindo imensa geração de ener-
tura, os euritermos. A grande maioria desses animais é grande gia e dissipação de calor. O sistema circulatório de alta
e homeotermo. Podemos citar como exemplo as baleias. Já eficiência (sem mistura de sangue arterial e venoso no co-
outros animais são muito sensíveis a oscilações térmicas. São ração), bem como o pulmão ramificado, garantem gran-
os animais estenotermos. Por exemplo: os ratos e as galinhas. de suprimento de O2, sustentando o gasto energético.
Geralmente os animais de maior porte tendem a ser eu- ◆ Conservação de calor: a presença de penas nas aves
ritermos, pois a sua pequena superfície relativa de contato e pelos nos mamíferos proporcionam a retenção do
diminui as trocas de calor com o ambiente. calor gerado. Em animais aquáticos e/ou de clima
muito frio, a abundante camada de tecido adiposo
Animais ectotermos e endotermos subcutâneo complementa ou até mesmo substitui as
Atualmente utilizam-se mais as denominações ectoter- penas e pelos. Sob frio intenso ocorre uma vasoconstri-
mia e endotermia. Os animais ectotérmicos (que equivalem ção periférica, diminuindo a oferta de sangue à pele e
aos pecilotérmicos) aquecem seus corpos através de fontes garantindo menor perda de calor. Além disso, os pelos
externas de calor, como o sol ou uma superfície quente de e penas podem “arrepiar”, retendo calor. Os músculos
uma rocha. Por isso é comum vermos os répteis expostos ao também se contraem involuntariamente, gerando mais
sol durante o dia. O aquecimento do corpo, nesse caso, eleva calor (“tremer de frio”).
BIOLOGIA
d) aranha
3 Dos grupos de animais a seguir, qual você consideraria e) sapo
de maior importância econômica para o homem?
a) Porifera 8 Existe um grupo de artrópodos que solucionaram o pro-
b) Cnidaria blema da respiração aérea mediante o desenvolvimento
c) Echinodermata de um sistema de tubos ramificados que levam o oxigê-
d) Mollusca nio diretamente aos diferentes tecidos. Isto ocorre com:
e) Annelida a) insetos
b) crustáceos
4 Com relação aos moluscos gastrópodos, podemos afir- c) quilópodos
mar que:
d) aracnídeos
I. corpo mole, não metamerizado; a maioria das espé- e) diplópodos
cies é provida de concha de carbonato de cálcio e
sistema sanguíneo aberto.
9 O sistema circulatório dos insetos não permite rápida
II. corpo não segmentado, coberto por uma concha e circulação do sangue, mas esses animais podem con-
sistema sanguíneo fechado. seguir grandes quantidades de energia rapidamente,
III. corpo mole, sustentado por um endoesqueleto ou porque:
exoesqueleto e sistema sanguíneo aberto. a) são anaeróbios
IV. corpo mole, metamerizado, todas as espécies pro- b) contêm pigmentos exclusivos para o transporte de
vidas de concha de carbonato de cálcio e sistema oxigênio
sanguíneo aberto. c) só armazenam alimentos na forma de carboidratos
Na questão acima assinale: d) as lacunas de seu sistema respiratório armazenam ar
a) se apenas III e IV forem corretas e) suas células não dependem do sangue para receber
b) se apenas I e II forem corretas oxigênio
c) se apenas II e IV forem corretas
d) se apenas I e III forem corretas 10 A presença de pigmentos respiratórios (hemoglobina,
e) se apenas I for correta hemocianina, etc.) no sistema circulatório de vários
vertebrados e invertebrados mantém associadas a ati-
vidade desses dois sistemas (respiratório e circulatório).
5 Assinale a alternativa que relaciona corretamente o ani-
mal ao seu respectivo órgão excretor: Assinale a alternativa que apresenta um grupo de ani-
mais cujo aparelho circulatório não apresenta pigmen-
a) protozoários — glândulas verdes
to respiratório:
b) celenterados — túbulos de Malpighi
a) mamíferos
c) platelmintos — vacúolo contrátil
d) insetos — células-flama b) aracnídeos
e) anelídeos — nefrídeos c) crustáceos
d) aves
6 Presença de celoma, hermafroditismo e sistema circula- e) insetos
tório fechado são características que ocorrem simulta-
neamente em apenas um dos animais abaixo. Qual? 11 Os insetos dispersaram-se por todo o ambiente graças
a) caracol a sua capacidade de voar. O voo está relacionado ao
b) minhoca pequeno porte desses animais, com a presença de asas
c) formiga no tórax e com um sistema de finíssimos tubos distribuí-
d) lombriga dos pelo interior do corpo, denominados traqueias. As
e) planária traqueias, por sua vez, estão relacionadas com o sistema:
a) circulatório
7 A qual dos animais abaixo refere-se a seguinte descrição? b) nervoso
“O sangue circula por vasos, recebe os alimentos dige- c) excretor
ridos e os distribui às células do corpo; na epiderme, d) respiratório
absorve o oxigênio do ar e desprende gás carbônico; e) muscular
BIOLOGIA
d) cinco pares de patas e ausência de antenas d) mamífero e artrópodo
e) cinco pares de patas e um par de antenas e) anelídeo e artrópodo
23 “... tropeço em uma pedra, escavo a cavidade desco- 28 Um biólogo, em uma coleta marinha, encontrou um
berta e uma aranha imensa de pelo vermelho me olha animal desconhecido, fixo ao substrato, a 20 m de pro-
fixamente, imóvel, grande como um caranguejo... Um fundidade. Após observá-lo externamente, constatou a
besouro me lança sua emanação mefítica enquanto de- existência de espinhos na superfície corporal, de simetria
saparece como um relâmpago seu radiante arco-íris...” radial e a presença de boca e ânus em regiões opostas
Nesse trecho, Neruda não cita animais do grupo dos: do corpo. A partir disso, ele resolveu identificar tal exem-
a) crustáceos plar em um catálogo de animais marinhos e, para tanto,
escolheu o volume referente aos:
b) aracnídeos
c) insetos a) peixes
d) diplópodos b) equinodermos
c) crustáceos
24 Alguns animais substituem periodicamente seu exoes- d) poríferos
queleto, na época do crescimento. Assinale dentre as e) celenterados
alternativas seguintes aquela que exemplifica o citado
anteriormente: 29 O sistema ambulacrário acontece no filo dos:
a) estrela-do-mar a) asquelmintos
b) aranhas b) anelídeos
c) répteis c) moluscos
d) ostras d) artrópodos
e) corais e) equinodermos
25 Numa coleta, um estudante capturou alguns animais e, 30 Considere as duas séries de expressões:
baseando-se apenas em uma característica, separou-os
em três grupos, conforme o discriminado abaixo: I. celenterados A.simetria pentarradial
26 Existem animais que não possuem órgão ou sistema es- 31 No desenvolvimento dos cordados, três caracteres gerais
pecializado em realizar trocas gasosas. Na respiração, a salientam-se, distinguindo-os de outros animais. Assina-
absorção do oxigênio e a eliminação de gás carbônico le a alternativa que inclui esses três caracteres:
ocorrem por difusão, através da superfície epidérmica. a) notocorda, três folhetos germinativos, tubo nervoso
É o caso da: dorsal;
a) planária b) corpo segmentado, tubo digestivo completo, tubo
b) ostra nervoso dorsal;
c) drosófila c) simetria bilateral, corpo segmentado, notocorda;
d) barata d) tubo nervoso dorsal, notocorda, fendas branquiais
e) aranha na faringe.
BIOLOGIA
respirar. Tal possibilidade deve-se nesses animais (dipnoi-
c) alantoide e saco vitelínico cos) à presença de:
d) casca e alantoide
a) linha lateral
e) âmnio e saco vitelínico
b) telso
c) urópode
43 Qual das alternativas abaixo apresenta uma modificação d) válvula espiral
anatômica que favoreceria a maior economia de água a
e) bexiga natatória
um animal habitante do deserto?
a) abundância de glândulas mamárias
46 Existe um dito popular que pergunta: “Quem nasceu
b) redução de espessura de camadas epidérmicas primeiro, o ovo ou a galinha?”. Sendo uma ave, do ponto
c) rins desprovidos de pelve renal de vista biológico e evolutivo, a alternativa correta para
d) ausência de glândulas sudoríparas responder a essa questão é:
e) riqueza de fibras reticulares na derme a) o ovo, pois todas as aves são ovíparas.
b) o ovo, pois as aves descendem dos répteis, que tam-
44 Considere os quatro mecanismos seguintes, relacionados bém põem ovos.
com a manutenção da temperatura do corpo dos mamí- c) a galinha, pois o ovo surgiu nas aves posteriormente.
feros: d) o ovo, que deu origem às aves e depois aos répteis.
I. dilatação dos vasos sanguíneos superficiais e) a galinha, pois os répteis que deram origem às aves
não punham ovos.
II. eriçamento dos pelos
III. aumento da secreção de suor
47 Os marsupiais são mamíferos nos quais:
IV. tremor do corpo a) falta útero e os ovos têm grande quantidade de vitelo.
Em um mamífero que esteja em um ambiente frio e úmi- b) o útero, desenvolvido, abriga os ovos até o nasci-
do, ocorrerão apenas: mento dos filhotes.
a) I e II c) faltam placenta e glândulas mamárias.
b) I e III d) os ovos, com pouco vitelo, iniciam seu desenvolvi-
c) I e IV mento no útero materno.
d) II e III e) os ovos, ricos em vitelo, desenvolvem-se fora do cor-
e) II e IV po materno.
ALGAS
BIOLOGIA
Estas briófitas possuem o talo achatado e prostrado
meiose fecundação (junto ao chão). O talo lobado é semelhante ao fígado dos
mamíferos, o que confere o nome ao grupo. As hepáticas
gametófito (2n) zigoto (2n) são frequentemente monoicas, isto é, a mesma planta é
mitose masculina e feminina.
musgos
Ciclo haplodiplobionte
É uma metagênese típica, em que se alternam duas gera- filoide
ções. A geração gametofítica é haploide e se reproduz sexua-
damente, enquanto a geração esporofítica é diploide e se re-
produz assexuadamente. A meiose ocorre para a formação dos
esporos (meiose espórica). É o ciclo mais comum das plantas.
mitose fecundação
meiose
arquegônio
anterídeo
esporo
germina
esporos anterozoide
oosfera
liberados
embrião
gametófito
jovem
BIOLOGIA
pela água ou vento e, quando encontram condições adequadas, germinam, formando o gametófito haploide ou protalo.
O protalo é muito pequeno, constituindo-se de um gametófito, frequentemente monoico e que, portanto, possui ga-
metângios femininos e masculinos. O arquegônio (gametângio feminino) e o anterídeo (gametângio masculino) formam
os gametos, oosfera e anterozoide, respectivamente.
Assim como nas briófitas, a aproximação dos gametos é feita através da água e a fecundação ocorre no arquegônio.
Como, porém, o protalo é muito pequeno, a quantidade de água necessária para a reprodução é reduzida e a adaptação
ao ambiente terrestre é maior. Pode-se dizer que as pteridófitas são um grupo de plantas praticamente adaptado ao ambiente
terrestre, pois é mínima a quantidade de água necessária para a fecundação.
protalo
Reprodução em uma samambaia (gametófito)
arquegônio
esporo anterídeo
germina
esporos
liberados
esporângio folha
zigoto
soros
embrião
esporófito
Rizoma (caule)
Raiz
As gimnospermas constituem o primeiro grupo de plantas a apresentar flores e formar sementes. As algas, as briófitas e as pteri-
dófitas são denominadas plantas criptógamas, ou seja, que possuem órgãos reprodutores escondidos. Já as gimnospermas e angios-
permas são fanerógamas, ou seja, possuem órgãos reprodutores evidentes (presentes nas flores) ou espermatófitas (formam sementes).
As gimnospermas abrangem as plantas conhecidas genericamente como coníferas, bastante abundantes em ambientes
temperados. O pinheiro de natal, a araucária (ou pinheiro-do-paraná), as sequoias e o cedrinho são exemplos de gimnos-
permas. O nome gimnosperma significa “semente nua”, uma vez que a semente fica completamente exposta, sem proteção
de um fruto. Os frutos ocorrem apenas nas angiospermas.
polinização
pelo vento
gametófito masculino
imaturo (grão de pólen)
gametófito
arquegônio
feminino
ginósporos
andrósporos núcleo espermático
oosfera do grão de polén
microsporângio
embrião na semente
semente
germina
Formada a semente, o cone feminino se abre e a semente, que é alada no pinheiro, é levada pelo vento, abandonando-o
e dispersando as futuras plantas (embriões contidos na semente) no ambiente. Caso a semente encontre umidade e tem-
peratura adequadas germinará, utilizando para tanto as reservas do endosperma.
BIOLOGIA
tais não forem propícias. Isso se constitui em uma enorme van- usado na indústria de tintas para manter os pigmentos em
tagem das gimnospermas em relação às demais plantas vistas suspensão, e na clarificação da cerveja.
Globo Ciência, 35, 1994.
até agora, já que a semente pode “viajar” muito e permanecer
latente até encontrar condições ideais para a sua germinação.
BIOLOGIA
d) esporos
17 Na grande maioria dos musgos, vasos lenhosos e liberia- e) zigotos
nos:
a) faltam inteiramente
24 Os musgos apresentam reprodução sexuada e seu ciclo de
b) só existem nos caules vida é alternante, isto é, existem alternâncias de gerações
c) só existem nas folhas haploides e diploides. As estruturas denominadas espo-
d) só existem nos rizoides rófito, protonema e anterozoide são, respectivamente:
e) só existem nos caules e nas folhas a) haploide, diploide e diploide
b) haploide, haploide e diploide
18 Nas Briófitas e Pteridófitas os órgãos reprodutivos mas- c) diploide, diploide e haploide
culinos e femininos são, respectivamente: d) diploide, haploide e haploide
a) carpelos e estames e) diploide, haploide e diploide
b) androceu e gineceu
c) cálice e corola 25 Nas samambaias, a reprodução assexuada é feita pelos:
d) flores e frutos a) gametas
e) anterídeos e arquegônios b) esporos originados nos gametângios
c) soros dos gametângios
19 As plantas vulgarmente conhecidas por samambaias, d) esporos presentes nos soros
musgos e avencas correspondem a fases dos seus ciclos e) protalos
reprodutores, que os biólogos denominam, respectiva-
mente:
26 O xaxim é um produto muito usado na fabricação de
a) esporófito, gametófito e esporófito vasos e suportes para plantas. A sua utilização:
b) gametófito, esporófito e gametófito
a) aumenta o risco de extinção de certas samambaias,
c) gametófito, gametófito e esporófito a partir das quais é produzido.
d) esporófito, esporófito e esporófito b) não acarreta nenhum impacto ambiental, pois é pro-
e) esporófito, gametófito e gametófito duzido a partir da compactação de folhas de certas
palmeiras.
20 Das características abaixo, a que é comum aos musgos c) aumenta o risco de extinção de certas gramíneas, a
e às samambaias é: partir das quais é produzido.
a) presença de vasos condutores de seiva d) não acarreta nenhum impacto ambiental, pois é pro-
b) reprodução sexuada com utilização de flores duzido a partir de raízes de plantas aquáticas secas.
c) necessidade de água para o encontro dos gametas e) provoca a extinção de certas palmeiras das quais é
d) geração adulta duradoura diploide produzido.
e) inexistência de pigmentos fotossintetizantes
27 Na evolução das plantas, o aparecimento do tubo polí-
nico trouxe a vantagem de:
21 Algas e fungos são semelhantes em muitos aspectos.
Uma diferença marcante entre esses grupos, entretanto, a) eliminar a participação do gameta masculino na fer-
é a ocorrência em apenas um deles, de: tilização.
a) parede celular b) facilitar a nutrição do embrião.
b) núcleo delimitado por membrana c) assegurar a fertilização em meio aquático.
c) clorofila d) tornar a fertilização independente da água.
d) gametas haploides e) assegurar a sobrevivência do gameta feminino.
e) mitocôndrias
28 (Mack-SP) Com relação às características das briófitas e
pteridófitas são feitas as seguintes afirmativas:
22 A aquisição de tecidos condutores foi um importante
passo para a conquista definitiva do meio terrestre pelas I. Ambas apresentam a fase gametofítica predominante
plantas. As primeiras a apresentá-lo foram as: sobre a esporifítica.
a) briófitas d) pteridófitas II. As briófitas são avasculares e as pteridófitas são vas-
b) traqueófitas e) gimnospermas culares.
c) embriófitas III. A fase esporofítica de ambas é diploide.
BIOLOGIA