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Apostila Emulsoes PDF
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I. SISTEMAS LÍQUIDOS
I.1. Fenômenos em interfaces de sistemas líquidos
Gases não possuem superfície natural. Suas moléculas têm grande mobilidade, colidem
violentamente e afastam-se umas das outras a distâncias tão grandes, que a chance de
coesão é mínima.
Sólidos possuem superfície e forma próprias. Suas moléculas são mantidas fortemente
unidas. São geralmente incompressíveis e indeformáveis. Possuem superfície e forma
próprias.
No caso de sistemas líquidos, quanto maior a afinidade entre duas fases, maior será a
solubilidade, porém, menor será a diferença das forças de atração entre essas fases e,
portanto, menor será a tensão interfacial. Exemplos de substâncias que mostram afinidade é
a mistura água com etanol, que são miscíveis. A mistura água com óleo mostra nítida
separação de fases após finalizada a agitação, o que significa que estas substâncias não são
afins. Substâncias com certa afinidade são mantidas unidas através de forças de coesão. A
magnitude destas forças depende da estrutura química e do tamanho das moléculas de cada
substância. Substâncias imiscíveis apresentam baixas forças de coesão. Assim o conceito
de afinidade expressa não somente a solubilidade, mas também o conceito de fase.
Quando dois ou mais materiais coexistem como corpos diferentes e separados, cada um
deles se refere a uma fase do sistema. Um sistema é um conjunto de fases imiscíveis. As
fases podem ser líquidas, sólidas ou gasosas. A área de contato entre duas fases é chamada
de interface. No caso de sistemas líquido-gás ou sólido-gás, a interface entre esses
componentes é denominada de superfície. A área de superfície ou interface da fase aumenta
consideravelmente com a subdivisão desta em partículas.
Figura I: Interface ar-líquido (IAL): massa de líquido tende a se contrair. a= distância entre
as moléculas de líquido; b= distância entre as moléculas de ar.
AR
b
IAL
LÍQUIDO
b>>>>>>>>a
a
2
Figura II: Interface líquido-líquido (ILL): desequilíbrio das forças de atração. a= distância
entre as moléculas do líquido II; b= distância entre as moléculas do líquido I.
b LÍQUIDO I
ILL
Na tabela I observa-se que o mercúrio é o líquido de maior tensão superficial, motivo pelo
qual forma gotas quase que perfeitamente esféricas. Importante é verificar que a tensão
superficial aumenta a medida que aumenta a força intermolecular entre as moléculas do
líquido. Água está unida por fortes forças de atração de Van der Waals possuindo alta
tensão superficial.
Nos sólidos cristalinos suas moléculas estão fortemente unidas e apresentam elevadas
tensões superficiais o que faz com que o líquido se espalhe sobre o sólido. No caso de
misturas de água com outros componentes, quanto maior as forças de atração entre suas
moléculas, menor é a tensão interfacial e maior é a solubilidade do componente na água.
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II. EMULSÕES
Óleo
Água
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Utilizando o conceito de fases, existem outros sistemas (tabela III) similares aos líquido-
líquido, mas de diferentes natureza e requerimentos para sua preparação e estabilização.
Emulsões cosméticas são na sua maioria constituídas por fase oleosa, fase aquosa,
emulsionantes e aditivos específicos. Estas emulsões serão o tema alvo deste curso.
II.2.Tipos de emulsões
Segundo Rosen [36], as emulsões classificam-se em quatro tipos de acordo o tamanho das
partículas da sua fase dispersa ou interna: (1) macroemulsões: emulsões opacas,
termodinamicamente instáveis, com partículas de tamanho maior que 400 nm (0,4 µ),
facilmente visível no microscópio; (2) microemulsões: são sistemas termodinamicamente
estáveis, dispersões isotrópicas, transparentes com gotículas de tamanho inferior a 100 nm
(0,1 µ) e de baixa viscosidade (newtoniana); (3) miniemulsões: é um tipo intermediário
entre os dois primeiros, com tamanho de partícula variando entre 100 a 400 nm (0,1 a 0,4
µ) e aparência de branco-azulada; (4) emulsões múltiplas: as partículas dispersas são
emulsões delas mesmas. Na realidade são gotas de um líquido dispersado em gotas maiores
de outro líquido, que é então disperso em uma fase contínua, que geralmente é de mesma
natureza que o primeiro líquido.
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II.2.1. Macroemulsões
Na realidade chamamos estes sistemas de emulsões e podem ser cineticamente estáveis por
longos períodos de tempo, mas ao final sofrerão separação de fases para atingir um mínimo
de energia livre interfacial. As ações dos emulsionantes, polímeros e outros estabilizantes
podem reduzir drasticamente a velocidade de coalescência, diminuindo as constantes de
velocidade cinética e aumentando o tempo de estabilidade da emulsão. As propriedades da
macroemulsão são fortemente dependentes da temperatura de emulsificação, velocidade de
resfriamento, intensidade de agitação e ordem de adição das matérias primas durante a
preparação. Macroemulsões requerem agitação vigorosa para superar o efeito adverso da
energia livre interfacial positiva entre as fases imiscíveis, que trabalha na direção da
coalescência das gotas, e assim obter a formação de pequenas gotas [1, 46]. Como a
maioria dos sistemas contém água, são classificados em dois tipos, baseado na natureza das
fases dispersa, conforme tabela V.
Emulsão O/ A Emulsão A/ O
Água
II.2.1.1. Emulsões O/ A
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Outras características importantes destas emulsões são:
• Emulsões diluídas dispersam em água e são facilmente laváveis após aplicação na pele;
• Possuem condutividade elétrica semelhante a da fase aquosa;
• São coloridas por corantes solúveis em água;
• Quando colocada sobre papel de filtro, produz uma banda larga, molhando o papel;
• Emulsões muito hidrófilas, durante a aplicação na pele podem formar uma espuma
branca;
• Sendo a fase externa a água, as embalagens mais adequadas são o vidro, porcelana,
plástico para evitar oxidação e corrosão;
• É obrigatório o uso de conservantes, devido a grande quantidade de água, para evitar a
contaminação principalmente por fungos;
• Exigem necessariamente a adição de umectantes.
II.2.1.2. Emulsões A/ O
II.2.2. Microemulsões
Microemulsões são compostas por duas fases líquidas mutualmente imiscíveis, uma
espontaneamente dispersa na outra com o auxílio de um ou mais tensoativos e co-
tensoativos, cujas moléculas se distribuem na região interfacial entre as fases, da mesma
forma que na macroemulsões. Como co-tensoativos podem ser utilizados álcoois de cadeia
curta (pentanol e hexanol), aminas primárias, derivados de lanolina, colesterol, glicois e
tensoativos não iônicos.
Emulsões múltiplas tem sido objeto de muito estudo [9, 14, 20, 24] em função do seu
potencial como meio de:
• Liberação de drogas para partes específicas do corpo sem a sua deterioração em outros
órgãos;
• Prolongar a liberação de drogas que possuem um curto tempo de vida;
• Contornar o problema de sabor ruim de determinadas drogas,
• Prolongar o tempo de hidratação da pele;
• Proteger agentes bioativos sensíveis;
• Impedir que materiais incompatíveis entre si entrem em contato;
• Produção de cremes demaquilantes menos untuosos e mais hidratantes ou de cremes de
limpeza intensiva da pele.
Emulsão A/ O/ A Emulsão O/ A/ O
Água Fase oleosa Fase Oleosa
Solução
Aquosa Óleo
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Devido a grande variedade de fases e interfaces, as emulsões múltiplas são instáveis, até
mesmo mais que as macroemulsões.
Na preparação das emulsões múltiplas diversos fatores devem ser estudados para alcançar
maior estabilidade [9, 14, 20, 24 ]:
• Efeito dos emulsionantes usados
• Efeito da temperatura de preparação da emulsão
• Efeito da natureza da fase oleosa e sua interação específica com o tensoativo
• Efeito da presença de eletrólitos
• Efeito dos volumes relativos das fases
• Tamanho e estabilidade da emulsão primária
• Efeito do tipo de misturador e velocidade e tempo de agitação na formação e
estabilidade da emulsão.
Veículo: água
Componentes oleosos: emolientes
Emulsionantes
Componentes com propriedades específicas:
Espessantes/ agentes de consistência
Umectantes
Princípios ativos e promocionais
Estabilizantes:
Seqüestrantes
Antioxidantes
Conservantes
Modificadores do aspecto organoléptico:
Fragrâncias
Corantes
Agentes de brilho pérola
Opacificantes
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II.3.1. Água: função e características
Preferencialmente, deve ser usada água destilada ou deionizada, portanto isenta de sais
minerais, produtos orgânicos e microbiologicamente pura (isenta de fungos e bactérias). A
presença de íons e sais de cálcio constitui um elemento perturbador da estabilidade das
emulsões, sobretudo quando em sua preparação são utilizados sabões alcalinos como
agentes emulsionantes.
A Portaria 36/ 90 estabelece o número e freqüência mínimas de amostragem e população
microbiana (500ufc/mL máximo)
Por outro lado a qualidade microbiana da água depende ainda do tipo de produto e risco
(resolução 481/ 99):
Subgrupo I (cremes e loções para a área dos olhos, xampus infantis): 100ufc/mL
Subgrupo II (cremes para rosto e corpo): 1000ufc/mL no máximo.
A farmacopéia USP 23 e Guia ABC sugerem máximo de 100ufc/ mL para análise
microbiológica da água e produtos finais.
Componentes Composição
I II
Fase Aquosa
Água Quantidade para 100%
10
De acordo com a função desejada para o produto cosmético, encontra-se uma grande
variedade de componentes oleosos que devem ser escolhidos conforme as características
desejadas para o produto final, mercado consumidor a que se destina (pessoas de pele
oleosa, seca), facilidade de incorporação, compatibilidade com outros componentes da
emulsão, finalidade do produto (hidratante, nutritivo) e preço, motivos pelos quais,
geralmente, são utilizados uma mistura de emolientes. Desta forma os emolientes
influenciam a emulsão quanto:
• Às características externas da epiderme: toque na pele, elasticidade, flexibilidade,
maciez, lubricidade e brilho;
• Após aplicação na pele, regulam o teor de umidade da epiderme, formando uma camada
protetora, evitando assim, a perda de água;
• À estabilidade da emulsão em função da polaridade da molécula;
• Às características físicas como viscosidade e aparência;
Os critérios para a classificação e seleção dos emolientes podem ser de acordo com a
composição química, propriedades físico-químicas e propriedades de aplicação na pele,
conforme listados na tabela VI.
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II.3.2.1. Classificação, efeito, seleção dos emolientes de acordo com a composição
química
Este grupo de matérias primas requer o uso de antioxidante nas formulações dos
produtos cosméticos, pois podem conter insaturações em suas moléculas, provocando o
escurecimento do produto. Em formulações com pH inferior a 4, os ésteres de cadeia
curta ou média podem sofrer hidrólise, retornando aos respectivos ácidos e álcoois
graxos e provocando a separação de fases da formulação. Neste caso, emolientes como
álcoois ramificados e hidrocarbonetos são mais recomendados.
• Éteres graxos: possuem excelente capacidade de espalhamento e resistência a hidrólise
tanto em meio ácido como alcalino. Exemplos são éter dicaprílico, PPG-15 estearil éter,
peg-7 gliceril cocoato, perfluoropolimetil isopropil éter.
• Silicones: são moléculas de cadeias poliméricas que possuem em sua estrutura ligações
silício-oxigênio do tipo (-Si-O-Si-), conhecidas como siloxanos. À cadeia básica dos
siloxanos podem ser adicionados diversos grupos funcionais (poliacrilatos, cadeias
carbônicas, cadeias de óxido de propeno e eteno) que conferem propriedades
específicas. Os silicones comportam-se como filmes uniformes, permeáveis e não
oclusivos sobre a pele, com características de repelência à água e alta durabilidade.
Fornecem diversas propriedades alem de emoliência tais como ação antiespumante,
doador de brilho, agente de antipegajosidade, lubrificante, protetor da pele e veículo.
Geralmente conferem aos cremes e loções sensorial suave e seco durante a aplicação na
pele. Exemplos são mostrados na tabela VII.
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Tabela VII: Silicones mais usados em emulsões cosméticas.
Silicone Nome Comercial/ Características Aplicação
Fabricante
Dimeticones DC Fluido 200/ 10, Apresentam cadeia linear e não são Cremes e loções
(polidimetilsiloxano ou 200/ 50, 200/ 100 - voláteis. São insolúveis em água, devendo hidratantes para o
PDMS) Dow Corning ser emulsionados na fase quente. Quanto rosto (pele seca).
maior o peso molecular (unidades Si-O),
L45/ 300 C Osi/Witco Cremes e loções para
maior é a viscosidade do silicone e
o corpo.
portanto maior é o sensorial oleoso e
pegajoso e menor é o espalhamento na
pele. Formam filmes hidro-repelentes na
pele. Não são oclusivos e nem
comedogênicos. Os silicones de baixa a
média viscosidade são gás permeáveis.
Proporcionam espalhamento, brilho,
maciez à pele. Silicones de alto peso
molecular e viscosidade são difíceis de
manusear, apresentam espalhamento ruim
e não penetram. Atuam como
lubrificantes em sistemas de válvulas e
sprays das embalagens.
Ciclometicones (fluidos DC244, 245 e 246 Quanto menor o peso molecular, maior é Cremes e loções
ou silicones voláteis) DC344 – Dow a volatilidade, devendo ser usados abaixo hidratantes para o
Corning de 50°C. São insolúveis em água, rosto (pele normal a
Polidimetilsiloxanos
devendo ser emulsionados. Proporcionam oleosa).
cíclicos UCL 7349 Witco.
espalhamento e lubricidade com toque
Cremes e loções para
mais seco que o dimeticone, pois
o corpo.
evaporam. Conferem brilho, maciez,
formação de filme, condicionamento. Desodorante-pump
Antiperspirantes
Máscaras, Makeup
Dimeticonol (goma linear DC –2-9038 (Mistura Na sua estrutura apresenta grupos Cremes e loções
de silicone) de ciclometicone e hidroxilas nas extremidades do hidratantes para pele
dimeticonol 91/ 9%) polidimetilsiloxano. É volátil. Deve ser normal a oleosa.
usado abaixo de 50°C. É insolúvel em
DC 1052 (emulsão
água, devendo ser dispersado em
não iônica de
dimeticone ou ciclometicone, sendo
ciclometicone e
protanto encontrado comercialmente
dimeticonol)
nessas misturas. Proporciona brilho,
maciez (toque sedoso). Quanto mais
dimeticonol na mistura, maior é a
viscosidade e menor é o espalhamento.
Misturas de dimeticonol com PDMS
apresentam toque mais pesado e são
indicados para produtos étnicos. Misturas
de ciclometicone e dimeticonol são mais
leves e substantivas à pele.
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Silicone Nome Comercial/ Características Aplicação
Fabricante
Dimeticone ou silicone DC 190 ou 193 – São obtidos a partir da etoxilação e/ou Cremes e loções
Copolióis Dow Corning propoxilação do dimeticone. São solúveis hidratantes para o
em água. Proporcionam brilho, maciez, rosto (pele normal a
Silwet L7087,
hidratação, formação de filme, oleosa).
L7622– Witco
condicionamento e sensorial menos
Cremes e loções para
oleoso que os demais silicones. Reduzem
o corpo.
a irritação a pele. Atuam como
emulsionantes e como antiespumantes. Óleos de banho
Quanto maior o grau de etoxilação, maior
Cremes e espumas de
é a espuma. Silicones copolióis insolúveis
barbear
em água (baixa etoxilação ou somente
propoxilados) são dispersantes de filtros Desodorantes
físicos como dióxido de titânio e zinco e
Antiperspirantes
de pigmentos. As ceras de silicone
copoliol são umectantes para a pele. Máscaras
Makeup
Pheniltrimethicone
DC556/ Dow Corning Apresenta alto índice de refração Protetores solares,
proporcionando brilho à pele. Grande batons, cremes e
solubilidade em óleo mineral, etanol, loções com filtro solar.
isopropanol, miristato de isopropila.
Melhora o espalhamento de compostos
apolares sobre a pele. Solubilizante de
filtros solares, apresentando ação anti-
aderente da areia na pele. Pode ser
aquecido até 80°C.
Misturas de
Silsoft ME-5 – Witco Apresenta sensorial seco e suave. Atua Cremes para pele
Ciclometicone e
como emulsionante. normal a oleosa.
dimeticone copoliol DC 3225 – Dow
Corning
Outros silicones modificados são disponíveis tais como: estearil dimethicone (Silsoft W18-
cera para aplicação em lipsticks e protetores solares para aumentar a resistência à água),
octiltrimeticone (Silsoft 034 que é insolúvel em água, mas solúvel em óleo mineral,
melhorando o sensorial deste último em formulações de cremes e loções para pele normal e
oleosa). Silicones terpolímeros do tipo methyleugeno dimethicone copolyol (Silsoft Shine
Organosilicone Copolymer – Witco) pode ser utilizado para diminuir o esbranquiçamento
promovido pelo antiperspirante após secar sobre a pele. DC 9040 (Dow Corning) é uma
goma tridimensional dissolvida num silicone volátil, solúvel em aloe vera e alfa-bisabolol,
apresentando toque sedoso e seco, sendo indicado para cremes para a pele para absorver
oleosidade. DC 749 é um silicone constituído por 50% de resina e 50% de ciclometicone
(DC245), sendo indicado para emulsões protetivas para as mãos. Para cremes para a pele
não são recomendados os aminosilicones devido ao maior potencial de irritação. DC 244
também é pouco usado pelo mesmo motivo.
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• Polaridade: os emolientes (óleos ) devem ser escolhidos de forma a apresentar média
polaridade e peso molecular semelhante ao dos emulsionantes para proporcionar maior
estabilidade e melhores características sensoriais.
• Poder dissolvente: uma função importante dos emolientes na formulação é como
solubilizante de princípios ativos. Quanto menor o peso molecular, maior a capacidade
solubilizante do emoliente.
• Viscosidade: quanto maior a viscosidade do emoliente maior a viscosidade da emulsão.
Entretanto mesmo emolientes de baixa viscosidade contribuem significativamente para
o aumento da viscosidade da emulsão. A tabela 4 mostra este efeito
• Ponto de turvação do produto puro: quanto menor o ponto de turvação mais líquido é o
produto.
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Tabela IX: Ponto de turvação dos emolientes.
Temperatura de Turvação ( ºC ) Emoliente
20 Estearato de isopropila
Éster do ácido cáprico-caprílico
15 Isonanoato de cetoestearila
Palmitato de isopropila
Oleato de oleíla
10 Estearato de isooctila
Oleato de decila
Álcool oleil-cetílico
5 2-hexildecanol
Dioctilcilclohexano
0 Miristato de isopropila
Peg-7 gliceril cocoato
Triglicerídeo do ácido cáprico-caprílico
-5 Laurato de Hexila
PPG-15 estearil éter
-10 2- octildodecanol
-25 Adpato de dibutila
A sensação táctil ou toque deixado pela emulsão sobre a pele é uma importante
propriedade do emoliente. A escolha do caráter oleoso do componente a ser usado na
formulação está relacionada aos tipos de pele a que se destina o creme e de produto
cosmético. A tabela X possibilita a escolha do emoliente em função de sua capacidade de
espalhamento na pele e do seu caráter oleoso. Geralmente, quanto maior o peso molecular,
maior é a oleosidade e pegajosidade e menor a espalhabilidade. No entanto estas
propriedades estão intimamente relacionadas com o tipo de cadeia carbônica (linear,
ramificada, insaturada, saturada). Geralmente a ramificação na molécula melhora a
espalhabilidade e diminui a pegajosidade e a viscosidade da emulsão. A insaturação
fornece compostos mais oleosos e com maior capacidade de lubrificação da pele. A
espalhabilidade ou dispersibilidade é a expansão de uma substância sobre a superfície. É
definida como a área coberta durante um período de 10 minutos sob condição de
temperatura e umidade controladas e apresenta boa correlação com o sensorial dos
emolientes sobre a pele. Emolientes de alta espalhabilidade inicialmente proporciona uma
sensação bastante suave que se dissipa rapidamente e um emoliente de baixa
espalhabilidade produz um efeito táctil pesado (não suave) de longa duração. Assim a
combinação de três ou quatro emolientes é mais recomendada para qualquer tipo de
emulsão. Isso leva a um efeito sensorial em cascata de suavidade em função do tempo.
Emolientes semelhantes a composição da pele proporcionam maior compatibilidade
(triglicerídeos, esqualeno).
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Cuidado especial deve ser tomado na escolha de emolientes para formulações contendo
filtros solares. Emolientes não polares (óleo mineral) e ésteres como estearato de 2 etil
hexila podem deslocar negativamente o comprimento de onda de absorbância máxima dos
filtros UVB. Emolientes polares possuem ação positiva tais como cocoato de glicerila 7EO,
triglicerídeo cáprico-caprílico, PPG2 Ceteareth-9 e isoestearato de propilenoglicol. Óleos
polares solubilizam os filtros UV, permitindo uma dispersão uniforme e maximizando o
potencial de absorção. No caso de óleos não polares, o filtro UV forma concentrados
solubilizados (análogos a micelinização dos tensoativos), minimizando a absorção. Por
outro lado, quanto mais polar o emoliente, menor sua eficiência na resistência a água.
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O grau de comedogenicidade é outra importante propriedade dos emolientes,
principalmente para aplicação em pele oleosa. Produtos como PPG-15 estearil éter não são
comedogênicos. Miristato e palmitato de isopropila apresentam maior grau de
comedogenicidade.
Na aplicação dos componentes muito oleosos sobre a pele, deve ser observada a
possibilidade de surgirem problemas de espessamento do extrato germinativo da
epiderme, alteração conhecida como acantose. Esse espessamento pode destruir os
complicados processos intercelulares e o desprendimento das células epidérmicas,
resultando em um processo irritativo.
Componentes Composição
I II
Fase Oleosa
Álcool estearílico 15 PO (Alkomol E) 2,0 2,0
Dimeticone - 1,0
Óleo mineral - 3,0
Fase Aquosa A
Água Quantidade para 100%
Fase Final
Ciclometicone 1,0 -
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Produto Nome comercial Fornecedor Distribuidor
Oleato de decila Cetiol V Cognis Pharmaspecial
Ceraphyl 140 ISP
Dermol DO Alzo High Chem
Palmitato de cetila Cutina CP Cognis Cognis
Crodamol CP Croda Volp Química
Uniester PC Chemyunion
Palmitato de octila Ceraphyl 368 ISP
Lexol EHP INOLEX Sarfam
Dermol 816 Alzo High Chem
Estearato de octila Cetiol 868 Cognis
Crodamol OS Croda Volp Química
Lexol EHS INOLEX Sarfam
Miristato de Miristila Crodamol MM Croda Volp Química
Ceraphyl 424 ISP
Dermol MM Alzo High Chem
Uniester MM Chemyunion
Lactato de miristila Ceraphyl 50 ISP
Uniester LM Chemyunion
Crodamol ML Croda Volp Química
Lactato de cetila Ceraphyl 28 ISP
Uniester LC Chemyunion
Crodamol CL Croda Volp Química
Álcool de lanolina acetilado Crodalan LA Croda Volp Química
Álcool de lanolina acetilado e Crodalan AWS Croda Volp Química
etoxilado
Álcool oleílico Ocenol HD 70/ 75 Cognis
Chemyol O95 Chemyunion
Crodacol B10 Croda Volp Química
Lanolina etoxilada 75 EO Solangel 401 Croda Volp Química
Chemylan FEX Chemyunion
Manteiga de Karité Cetiol SB45 Cognis Chemyunion
Miristato de isopropila Cetiol IPM Cognis
Crodamol IPM Croda Volp Química
Lexol IPM-NF INOLEX Sarfam
Palmitato de isopropila Cetiol IPP Cognis
Crodamol IPP Croda Volp Química
Lexol IPP INOLEX Sarfam
Adipato de dibutila Cetiol B Cognis
Carbonato dicaprilílico Cetiol CC Cognis Cognis
Éter dicaprílico Cetiol OE Cognis
PPG-15 estearil éter Alkomol E Oxiteno Quimimax/ Volp Quím.
Arlamol E Uniqema Beraca
PEG 7 Glyceryl cocoate Cetiol HE Cognis Pharmaspecial
Outros distribuidores: Ionquímica, SP Farma, Galena, Makeni, Natural Pharma.
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II.3.3. Emulsionantes
Também já foi comentado que quanto menor a tensão interfacial entre 2 líquidos imiscíveis
(água e óleo) maior é a facilidade de emulsioná-los. Quanto maior a tensão interfacial entre
eles, maior é o suprimento de energia mecânica que deve ser fornecida ao sistema. Como a
tensão interfacial entre 2 líquidos puros imiscíveis é sempre maior que zero, a dispersão de
um líquido em outro produz um tremendo aumento na área interfacial, resultando no
correspondente aumento na energia livre interfacial do sistema. A emulsão produzida é
conseqüentemente, termodinamicamente instável, tendendo a separação de fases para
atingir um mínimo de área interfacial. É por esta razão que líquidos imiscíveis, quando
puros, não formam uma emulsão.
Desta forma é necessária a presença de um terceiro componente que possua afinidade com
cada uma das fases e a propriedade de migrar, adsorver e de acumular na interface para
reduzir a tensão interfacial entre as fases e facilitar a formação da emulsão. Esse
componente é chamado de “agente de superfície ativa, surfactante ou tensoativo”, sendo
o responsável pela emulsificação das fases e por isso nomeado de emulsionante ou agente
emulsificante.
Rosen [36], define surfactante ou tensoativo como uma substância que possui atividade de
superfície, ou seja, uma substância que, mesmo presente em pequenas concentrações no
sistema, adsorve na sua superfície e interfaces, e altera significativamente as suas energias
livres superficial e interfacial. O entendimento desta propriedade é obtido pelo exame da
estrutura molecular da substância.
Emulsionantes são, portanto, tensoativos, que, por sua vez, são substâncias que possuem
um grupo polar ligado a uma cadeia carbônica apresentando características lipófilas e
hidrófilas, ou seja, possuem afinidade pela fase oleosa e aquosa, respectivamente, sendo
também conhecido como substâncias anfifílicas, heteropolares ou anfipáticas (figura II).
Como tal, reduzem a tensão interfacial entre as fases imiscíveis, facilitando a formação da
emulsão. Em relação a água, caráter heteropolar das moléculas de tensoativo (figura VI) é
devido a sua estrutura molecular formada de uma parte polar ou hidrófila e outra parte
apolar ou hidrófoba.
A parte hidrófila é solúvel em água e é formada geralmente por grupos ácidos ou básicos
(radicais OH dos grupos hidroxilas, aminas, carboxilas, sulfatos, etc). A parte hidrófoba é
insolúvel em água e solúvel em óleos, sendo constituída freqüentemente por cadeias de
hidrocarbonetos alifáticos, lineares ou ramificados e radicais aromáticos - alifáticos.
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O balanço entre as partes fílica e fóbica da molécula de tensoativo é chamado de HLB e é
um indicativo do seu comportamento de emulsificação, que será tratado mais adiante. No
sistema HLB, os surfactantes são classificados de acordo com a sua hidrofilidade.
22
• Catiônicos: quando em solução aquosa sofrem dissociação, onde a parte hidrófila da
molécula é catiônica, ou seja, possui carga positiva ligada a cadeia carbônica. São
exemplos os sais quaternários de amônio (sais de alquil trimetil amônio, os sais de
dialquil dimetil amônio e os sais de alquil dimetil benzil amônio) e imidazolinas. São
amplamente utilizados em condicionadores de cabelo. Em emulsões cosméticas de
cremes e loções para o corpo e rosto podem ser utilizados os polímeros catiônicos. O
grupamento hidrofílico é representado por:
Amina Quaternária = N+ =
− N+ − CH2COO-
• Não iônicos: quando em solução aquosa não sofrem ionização. Sua solubilidade em
água é devida à hidratação dos grupos hidrofílicos, via pontes de hidrogênio. São
exemplos os alquilaril etoxilados (nonoxinol), alcanolamidas de ácido graxo de côco,
ésteres de glicerol, ésteres de glicóis, ésteres de polietilenoglicóis, ésteres do sorbitano,
álcoois graxos etoxilados e aminas etoxiladas. São os tensoativos mais utilizados em
emulsões cosméticas. Os principais grupamentos hidrófilos não-iônicos são:
Éter - O - => álcoois graxos etoxilados
Hidróxi - OH => monoestearato de sorbitan
Éster de ácido carboxílico - COO - => ácido esteárico etoxilado
Carboamida - CON -(CH2CH2OH)2 => dietanolamida de coco
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Tabela XII: Bases auto emulsionantes aniônicas para cremes e loções.
Classe Descrição Química Nomes comerciais/ Aplicação Propriedades
Química Fornecedores
Mistura de Lauril sulfato de Lanette WB/ Cognis Cremes Emulsionante primário O/ A
Álcool sódio e álcool Loções Confere maior irritação que
graxo
sulfatado e cetoestearílico base não iônica
álcool ceto- Creme Agente de consistência
estearílico desodorante Emulsões pouco hidratantes
e de média untuosidade.
Confere refrescância.
Boa tolerância a eletrólitos.
Incompatível com
catiônicos
Cetilestearil sulfato Lanette N Cremes, Emulsionante primário O/ A
de sódio e álcool Cognis Loções para Confere maior irritação que
cetoestearílico corpo base não iônica
Pomadas Agente de consistência.
Cremes com Produzem emulsões de
hidroquinona. maior viscosidade que o
laurilsulfato de sódio.
Emulsões pouco hidratantes
e de média untuosidade
Confere refrescância
Excelente tolerância a
eletrólitos.
Incompatível com
catiônicos
Ésteres de Estearato de Cutina KD16/ Cognis Cremes Emulsionante primário O/ A
glicerila e potássio com Loções para Confere maior irritação que
monoestearato de corpo base não iônica
Sabões Glicerila Agente de consistência
Emulsões pouco hidratantes
e de média untuosidade.
Emulsões refrescantes, com
toque seco e alto
espalhamento.
Boa tolerância a eletrólitos.
Incompatíveis com
catiônicos, pH menor que 4
e sais de dureza de água
Estearato de glicerila Prolipid 131/ ISP Cremes Emulsionante primário O/ A
Ácido esteárico Loções Apresenta efeito de barreira
Álcool berrenílico, de proteção e hidratação
Lecitina long-lasting
Estearato C12-16 Agente de consistência
Ácido palmítico
25
Classe Descrição Química Nomes comerciais/ Aplicação Propriedades
Química Fornecedores
Álcool ceto- Álcool ceto- Crodafos CES/ Croda Cremes Emulsionante primário O/ A
estearílico e estearílico e Loções Suave e estável em ampla
faixa de pH
Fosfato de Fosfato de Relaxante e Emulsiona bem silicone e
alisante capilar filtros Solares
cetoestearila cetoestearila Produtos Fácil enxágüe
étnicos
Protetor solar Efeito de condicionamento
26
Classe Descrição Nomes comerciais/ Aplicação Propriedades
Química Química Fabricantes/
Fornecedores
Álcool ceto- Unitol CE 200F/ Condicionador Emulsionante primário O/ A
Oxiteno
Estearílico Eumulgin B2/ Cognis Cremes Auxiliar para aumento de
com 20 moles Volpo CS20/ Croda Loções viscosidade
de EO Emulsionante para óleos
vegetais,
Volp Química minerais, ceras naturais e
sintéticas
(Nome CTFA= Quimimax
Cetheareth 20) Fenil Química HLB= 15,4
Álcool estea- Unitol E200F/ Oxiteno Condicionador Emulsionante primário O/ A
rílico 20EO Volpo S20/ Croda Cremes/ loções Baixa disponibilidade comercial
Fenil Química HLB= 15,3
Álcool- Unitol E20/ Oxiteno Emulsionante primário A/O
Estearílico Volpo S2/ Croda Cremes Co- emulsionante O/ A
com 2 EO Brij 72/ ICI Loções HLB= 4,9
Álcool oleílico Volpo 3 / Croda Óleo de banho Emulsionante para óleo mineral
com 3, 5 Volpo 5/ Croda Dispersor de Emulsionantes primários A/ O
Moles de EO pigmentos para Co-emulsionantes O/ A
Volp Quimica maquilagem HLB Álcool 3 EO= 6,6
Álcool oleílico Unitol O100, O200/ Cremes e loções Resistência a dureza de água
com 10 e 20 Oxiteno para limpeza Emulsionantes primáriosO/ A
Moles de EO Volpo 10 e Volpo 20/ de pele Solubilizante de essências
Croda Sprays para Solubilizante de óleos
Nome CTFA= Volp Quimica cabelo HLB Álcool 10 EO = 12,4
Oleth 10 e 20. Quimimax Perfumes HLB Álcool 23 EO = 15,3
Derivados Lanolina com Solangel 401/ Croda Cremes Emoliente hidrossolúvel
de 75 moles de Volp Quimica Loções Sobreengordurante
lanolina EO Chemyunion Co-emulsionante O/ A
Solubilizante
Base líquida Base Líquida Isocreme/ Produtos de Co- emulsionante para sistemas
de absorção Croda tratamento da O/ A e A/ O
Amercol L101 pele e cabelo Absorve grande quantidade de
Volp Química Maquilagem água.
Ácido Ácido Myrj 45 / Oxiteno Cremes Emulsionante primário O/ A
Graxo esteárico com 8, Myrj 52F / Oxiteno Loções para Dispersante de pigmentos
etoxilado 40, 100 limpeza de pele. (Myrj52F)
moles de EO Myrj 59 / Oxiteno Efeito de limpeza da pele com
baixa irritação (Myrj 52F)
Volp Química Maquilagem HLB Myrj 45= 11,1
Quimimax HLB Myrj 52F= 16,9
27
Classe Descrição Nomes comerciais/ Aplicação Propriedades
Química Química Fabricantes/
Fornecedores
Óleo Óleo de Crovol A40/ Croda Cremes/ Loções Emulsionante primário O/ A
vegetal amêndoa com Crovol A 70/ Croda Óleos de banho Emoliente
etoxilado 20 e 60 EO
Volp Química Depilatórios Ação de concicionamento.
Shampoos Solubilizante
Óleo Óleo de Dehymuls HRE 7/ Cremes Emulsionantes primários A/ O
vegetal Mamona Cognis Loções Co-emulsionantes O/ A
etoxilado hidrogenado
com 7 EO
Óleo de Ultroil RH400/Oxiteno Óleo de banho Solubilizante de essências
Mamona Cremophor RH40/Basf Cremes Solubilizante de vitaminas A e E
hidrogenado Volp Quimica Loções Solubilizante para ceramidas
com 40 moles Quimimax Shampoos Emulsionantes primários O/ A
de EO Suave para a pele
Ésteres de Monolaurato de Span 20 R/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário A/ O
Volp Química Co - emulsionante O/ A
Sorbitan Sorbitan Quimimax Loções HLB= 8,6
Monoestearato Span 60 F/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário A/ O
de Sorbitan Volp Quimica Loções Co - emulsionante O/ A
Quimimax HLB= 4,7
Monooleato Span 80/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário A/ O
de Sorbitan Volp Quimica Loções Co - emulsionante O/ A
Quimimax Protetor solar Dispersor de dióxido de titânio
HLB= 4,3
Ésteres de Monolaurato de Tween 20/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário O/ A
Sorbitan Sorbitan com Tween 327/ Oxiteno Loções Solubilizante de essência e óleos
Etoxilados 20 e 80 EO Volp Quimica Óleos de banho Baixa irritabilidade a pele e olhos
Quimimax Produtos de HLB Tween 20= 16,7
tratamemento HLB Tween 327= 17,8
Monoestearato Tween 60/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário O/ A
de Sorbitan Volp Quimica Loções Solubilizante de essência e óleos
com Fenil Química
20 EO Quimimax HLB= 14,9
Monooleato Tween 80/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário O/ A
de Sorbitan Volp Quimica Loções Solubilizante de essência e óleos
com 20 EO Quimimax HLB= 15,0
Ésteres de Monoestearato Alkest E62M/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário A/ O
poliglicois de etilenoglicol Cithrol EGMS/ Croda Loções Co-emulsionante O/ A
Volp Química Bases de Opacificante
Quimimax maquilagem
Diestearato Alkest E62/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário A/ O
de etilenoglicol Cutina AGS/ Cognis Loções Co-emulsionante O/ A
Volp Química Bases de Opacificante
Quimimax maquilagem
28
Classe Descrição Nomes comerciais/ Aplicação Propriedades
Química Química Fabricantes/
Fornecedores
Ésteres de Monoestearato Alkest EGC Cremes Emulsionante primário A/ O
de glicerila 40F/Oxiteno
Cithrol GMS/ Croda
glicerila Cutina MD/ Cognis Loções Co-emulsionantes O/ A
Volp Química Agente de consistência
Polyglyceril-2 Dehymuls PGPH/ Cremes Excelente compatibilidade com
Dipolyhydroxy Cognis Loções a pele
stearate Pharmaspecial Emulsionante primário A/O
Lauril Eumulgin VL75/ Cognis Cremes Emulsionante primário O/ A
Glucosídeo
Dipoli-hidroxi Loções Usado em processo a frio de
emulsões.
estearato de
glicerila e
glicerina
29
Tabela XIV: Bases auto emulsionantes não iônicas para cremes e loções.
Classe Descrição Nomes comerciais/ Aplicação Propriedades
Química Química Fabricante/Fornecedor
Mistura de Álcool cetoestearílico, Polawax/ Croda Cremes Emulsionante primário O/A
álcool ceto- Álcool cetoestearílico Ultrawax CRF/ Oxiteno Loções Agente de consistência
estearílico e etoxilado 20EO, Volp Química Condicionador
emulsionantes Monoestearato de Quimimax Creme
não iônicos sorbitan e desodorante
Monoestearato de
sorbitan etoxilado
Mistura de Monoestearato de Emulgade SE/ Cognis Cremes Emulsionante primário O/A
Ésteres de glicerila e álcool ceto- Loções Agente de consistência
glicerila e estearílico com 20 Creme
Álcool graxo e 12 EO e álcool ceto- desodorante
estearílico
etoxilado e palmitato Protetor solar
de cetila Bálsamo pós
barba
Mistura de Estearato de Arlacel 165F/ Oxiteno Cremes Emulsionante primário O/A
Ésteres de glicerila, ácido Lexemul 561/ Inolex Loções Agente de consistência
glicerila e esteárico 100 EO Arlatone 983/ ICI Creme Baixo grau de irritação a pele
Ácido graxo Volp Química desodorante Indicado para emulsionar
etoxilado Quimimax Protetor solar óleo mineral, parafina e ceras
Sarfam
Mistura de Cetearil poliglucose e Emulgade PL68/ 50/ Cremes Emulsionante primário O/A
álcool graxo e álcool cetoestearílico Cognis Loções Baixo grau de irritação a pele
alquilpoli- Pode formar cristais líquidos
glucosídeo
Confere melhor estabilidade à
emulsão na presença de
emolientes polares ou de média
polaridade.
30
Neste estágio podemos dar continuidade aos modelos de formulação.
Componentes Composição
I II
Fase Oleosa
Álcool estearílico 15 PO (Alkomol E) 2,0 2,0
Dimeticone - 1,0
Óleo mineral - 3,0
Álcool cetoestearílico com 20 EO - 2,6
Base autoemulsionante não iônica (éster/ 3,0
ácido graxo etoxilado) Arlacel 165F ou
Cosmowax FT
Fase Aquosa A
Água Quantidade para 100%
Fase Final
Ciclometicone 1,0 -
Figura VIII: Mudanças nas propriedades de uma solução aquosa de dodecil sulfato de sódio
nas proximidades da cmc (d= densidade; L= condutividade elétrica; γA/W= tensão
superficial; π= pressão osmótica; Λ= equivalente de condutividade elétrica, γO/W= tensão
interfacial).
Unidades de Medida para Cada Propriedade
32
As micelas em solução aquosa assumem diferentes formas geométricas, como esferas,
discos, cilindros e fases mesomórficas complexas do tipo líquido-cristalinas lamelares e
tubulares, dependendo da natureza dos grupos hidrofóbico e hidrofílico da molécula de
surfactante, da concentração, da presença e quantidade de eletrólitos, solventes e co-
surfactantes e da temperatura. Estas formas micelares causam um impacto direto sobre as
propriedades físicas dos surfactantes, como a viscosidade, o ponto de turvação e a
solubilização. A presença de surfactante reduz a energia livre superficial ou interfacial de
sistemas nos quais as superfícies ou interfaces são grandemente expandidas e pode reduzir
a quantidade do trabalho necessário, por exemplo, para umectação de tecidos,
emulsificação de óleos e sujeiras oleosas em água, formação de espuma e dispersão de
sólidos, facilitando o processo.
33
II.3.3.3.4. Relação entre propriedades físico-químicas e aplicação dos tensoativos.
A presença de cargas elétricas nos filmes interfaciais ao redor das gotas da emulsão
constitui uma barreira a aproximação dessas gotas, fator este muito importante para as
emulsões O/ A. A fonte de carga elétrica é geralmente a camada de tensoativo adsorvida
sobre as gotas com seu grupo hidrofílico iônico orientado em direção a fase aquosa. A
carga negativa ou positiva criada ao redor das gotas de óleo retarda a coalescência das
gotas da mesma forma que tensoativos aniônicos em detergentes mantêm a sujeira em
suspensão pela formação da dupla camada elétrica, que atua contra a força de atração entre
os glóbulos emulsionados.
Emulsões processadas com tensoativos não iônicos, principalmente aquelas com grandes
grupos hidrofílicos, como os etoxilados, a estabilização contra a coalescência, ocorre
através da formação de barreiras estéricas dos grupos hidrofílicos etoxilados dispersos na
fase aquosa e hidratados via pontes de hidrogênio pela água, impedindo as partículas de
colidirem umas com as outras. O aumento da temperatura quebra as pontes de hidrogênio e
desidrata o tensoativo, favorecendo a aproximação das gotas da emulsão e conduzindo a
35
separação de fases. Nas emulsões A/ O, os longos grupos hidrofóbicos dispersos na fase
oleosa, constituem uma barreira estérica a coalescência das gotas.
Paralelamente aos estados sólido, líquido e gasoso, existem outros estados menos
conhecidos da matéria. Vidros, polímeros e cristais líquidos possuem estrutura entre
líquidos isotrópicos (limitada ordenação e alta mobilidade das moléculas) e cristais
ordenados. Os cristais líquidos fluem como líquidos isotrópicos, mas suas propriedades
mecânicas e óticas são anisotrópicas como nos cristais.
Muitas soluções de tensoativo/ água podem apresentar duas fases líquidas cristalinas. Em
médias concentrações, é formada uma fase intermediária viscosa com formato hexagonal
que consiste de um arranjo de micelas com forma de cilindros de modo a obter uma fase
hexagonal. Em mais altas concentrações se forma a fase lamelar. É consideravelmente
menos viscosa que a hexagonal e consiste de duplas camadas de moléculas tensoativos
arranjadas paralelas umas as outras, onde a água é empacotada entre as camadas. A dupla
camada de tensoativos se comporta como um cristal. A água presente entre as camadas é
responsável pela menor viscosidade e fluidez.
A formação de cristais líquidos de fase lamelar pode estabilizar a emulsão, visto que
podem ser estruturas constituídas de água, micelas de tensoativos e monômeros de
moléculas de tensoativos ou outras anfifílicas como ácidos e álcoois graxos. São unidades
estruturais grandes extremamente organizadas, rígidas, com pouca flutuação na
composição, termodinamicamente estáveis e com propriedades físicas de líquidos (fluidez,
mobilidade) e de sólidos (ordenação das moléculas, anisotropia ótica e birefringência),
sendo denominadas de mesofases ou fases mesomórficas.
V= 2r2 (d2-d1)g
9µ
onde: V= velocidade de sedimentação das gotículas
r = raio da gotícula
d1= densidade da fase dispersa ( interna )
d2= densidade da fase contínua ( externa )
g= aceleração da gravidade
µ= viscosidade da fase contínua.
37
II.3.3.4.7. Temperatura
As emulsões podem ser mudadas de O/ A para A/ O e vice versa através da variação nas
condições da emulsificação, tais como:
• Ordem de adição das fases e razão de volume entre as fases;
• Natureza do emulsionante: emulsionantes solúveis em óleo produzem emulsões A/ O,
enquanto que emulsões O/ A produzem emulsões O/ A;
• Com o aumento da temperatura, emulsões O/ A estabilizadas com tensoativos não
iônicos podem transformar-se em A/O devido a redução da solubilidade do tensoativo
etoxilado e por outro lado emulsões estabilizadas com tensoativo aniônico pode inverter
sob resfriamento;
• Conteúdo de eletrólito e outros aditivos: a adição de eletrólitos fortes em emulsões O/ A
estabilizadas com tensoativos iônicos pode provocar a inversão de fase para A/ O.
Três regras básicas formam a base para muitos métodos de seleção dos emulsionantes e
reduzem o trabalho. Todos os métodos visam a obtenção da emulsão com maior facilidade
e mais estável a um custo final satisfatório.
• Emulsionantes solúveis em óleo, formam emulsões A/ O;
• Mistura de emulsionantes solúvel em óleo e outro em água produzem emulsões mais
estáveis;
• Natureza da fase oleosa: quanto mais polar é a fase oleosa, mais hidrofílico deve ser o
emulsionante e quanto mais apolar é o óleo, mais lipofílico deve ser o emulsionante.
39
Tabela XVIII: Números de grupos químicos
Grupo hidrofílico Número do grupo
SO3Na 38,7
-COOK 21,1
-COONa 19,1
N ( amina terciária ) 9,4
Ester (Anel de sorbitan) 6,8
Ester livre 2,4
-COOH 2,1
OH 1,9
-O- 1,3
OH ( anel de sorbitan ) 0,5
- ( CH2-CH2-O)- 0,33
Grupo Lipofílico Número do grupo
CH 0,475
CH2 0,475
CH3 0,475
=CH- 0,475
-(CH(CH3)-CH2-O)- 0,15
HLB requerido para emulsionar a fase oleosa= Σ (fração do emoliente na fase oleosa x
HLB requerido do emoliente).
40
Tabela XX: HLB dos emolientes para emulsões O/ A e A/ O
Componente HLB requerido
O/ A A/ O
Manteiga de cacau 6
Ácido isoesteárico 6-7
PPG-15 estearil éter (álcool estearílico 15 PO) 7
Petrolato 7-8
Octildecanol 8
Cera de abelha 9 4
Óleo de jojoba 9
Dimeticone 9
Adipato de diisopropila 9
Parafina 10 4
Ciclometicone (DC245) e silicone copoliol (DC193) 10 - 11
Óleo de amêndoas 10
Óleo mineral parafínico 9 - 11 4-5
Óleo mineral naftênico (aromático) 11 - 12 6
Vaselina líquida 11
Estearato de butila 11
Miristato de isopropila 11 - 12
Palmitato de isopropila 11 - 12
Parafina branqueada 12 - 14
Lanolina anidra 12 8
Monoestearato de glicerila 13 3,8
Lanolato de isopropila 14
Óleo de abacate 14
Álcool cetílico e estearílico e cetoestearílico 15 - 16 1,3
Ácido esteárico 15
Ácido láurico 16
Da mesma forma o HLB do sistema de emulsionante a ser utilizado para emulsionar uma
fase oleosa (mistura de emolientes) é calculado como a média ponderada de quantidade de
emulsionante multiplicada pelo HLB de cada um. Desta forma, o HLB da mistura da fase
oleosa pode ser compatibilizado com o do sistema de emulsionante.
Como exemplo, caso seja desejado emulsionar parafina de HLB requerido= 10 será
necessário uma mistura de emulsionantes cujo HLB seja de 9 a 11. Além disso, deve ser
observada as regras de compatibilidade química e quantidade de emulsionante para se obter
uma emulsão estável.
Com uma dose insuficiente de emulsionante, pode ocorrer quebra da emulsão e separação
de fases. Com uma dosagem excessiva, ocorre um excesso de micelas que favorece a
absorção cutânea de veículos ativos, alem de reduzir a viscosidade da emulsão.
Em resumo:
1 - Escolhe-se os componentes da fase oleosa de HLB requerido conhecidos
2 - HLB requerido de fase oleosa = Σ (proposição do óleo na fase x HLB requerido)
41
3 - [ Emulsionante 1 ]+[ Emulsionante 2 ]= 1 => [ Emulsionante 2 ] = 1- [ Emulsionante 1
]
4 - ([Emulsionante 1 ] x HLB 1) + ([ Emulsionante 2 ] x HLB 2) = HLB requerido da fase
oleosa
5- ([Emulsionante 1] x HLB 1) + (1- [Emulsionante 1] ) x HLB2= HLB requerido da fase
oleosa
5 - [ Emulsionante 1 ] = HLB requerido da fase oleosa - HLB 2
HLB 1 - HLB 2
6 - [ Emulsionante 2 ] = 1 - [ Emulsionante 1]
42
Com relação ao tipo de emulsionante compatível com a fase oleosa é melhor utilizar a
regra “semelhante atrai semelhante”. Por exemplo, se a fase apresenta constituintes com
cadeia carbônica com insaturações ou ramificações, a escolha de emulsionantes baseados
em oleatos ou iso esteres pode ser apropriada.
II.3.4. Umectantes
Os umectantes são substâncias higroscópicas e como tais, tem a propriedade de reter água.
Possuem como funções:
• Diminuem a perda de água dos produtos acabados e impedem a ruptura e formação de
crostas superficiais na emulsão;
• Facilitam a distribuição e ação lubrificante dos cremes sobre a epiderme;
• Em alguns cremes os umectantes atuam melhorando a aderência dos pós na epiderme;
• Retém a umidade junto a pele, prevenindo o seu ressecamento.
43
Substâncias fortemente higroscópicas retêm a umidade em atmosferas úmidas, mas cedem
essa água facilmente em atmosferas com baixo teor de umidade. Um bom umectante deve
equilibrar a umidade do substrato com o meio, de modo que a troca seja a menor possível.
O sorbitol é menos higroscópico que a glicerina, mas perde menos água que a glicerina
quando passa de uma atmosfera úmida para outra seca. A velocidade de perda de água dos
cremes não depende somente dos umectantes, mas também dos emulsionantes. Em cremes
emulsionados com sabões de ácido esteárico (emulsões aniônicas), que são os maiores
causadores de crostas e perda de água, o sorbitol retarda essa perda, ao passo que a
glicerina e o propilenoglicol devem ser empregados em maior proporção para obtenção do
mesmo efeito (quantidades a partir de 10%). Nos cremes emulsionados com emulsionantes
não iônicos, esta diferença é menos pronunciada e quaisquer umectantes são efetivos,
mesmo que em baixas concentrações (2 a 5%) em qualquer nível de umidade relativa do ar.
Os cremes com emulsionantes não iônicos se mantêm plásticos e homogêneos, pois não
ocorrem fenômenos de cristalização, devido a maior retenção de água.
Acetamida MEA Incromectant AMEA 75/ Não pegajoso, excelente umectante, confere
maciez à pele.
Croda/ Volp Química
Acetamida MEA e Incromectant LAMEA Possuem efeito superior ao da glicerina, para
manter a retenção
Lactamida MEA Croda/ Volp Química de umidade.
Menos pegajoso que a glicerina.
Mistura de ceramidas 2 e Cerasome Alto poder de hidratação e reestruturação do
3, colesterol, ácidos graxos SP Farma extrato córneo.
livres palmítico e oléico e É de origem vegetal.
lecitina hidrogenada.
44
Classes de Produtos Características/ Aplicação
umectantes Descrição Química Nome comercial/
Fornecedores
Aminoácidos Aminoácidos de Crotein HKP SF/ Constituintes do NMF da pele.
animais colágeno, elastina e Croda Baixo peso molecular.
e vegetais Queratina. Caráter anfotérico.
Aminoácidos de trigo Dragoderm/ Dragoco Hidratantes, função de proteção
Hydrotriticum WAA/ Conferem maciez à pele
Croda, Volp Química São capazes de reter umidade.
Aminiácidos de seda Crosilk Liquid/ Croda Hidratação e condicionamento.
Volp Química Toque sedoso a pele e cabelos.
Complexo de Crosilk Complex/
aminoácido da seda e Croda
polipeptídeos Volp Química.
Complexos de Ácido Hialurônico Solabiá É uma glicosaminoglicana.
aminoácidos LIB/ Brasquim Impede a perda de água
transepidermal
Confere toque suave e macio à pele
Mistura de aminoácidos, Hidroviton/ Dragoco Componente do NMF ( fator
lactato de sódio, uréia, Volp Química natural de hidratação).
alantoina, álcool Hidratante e umectante com toque
polivante sedoso.
Lipoaminoácido Dipalmitoil Lipacide DPHD Tonificante cutâneo, hidratante
hidroxiprolina
Palmitoil proteina de Lipacide PVB Estimulante, reestruturante,
trigo hidrolisada umectante, bioregulador
Proteínas Colágeno Marinho Poseidogeno/ Alban Hidrolisado de proteínas marinhas
Muller/ rico em colágeno.
Pharmaspecial Recomendado uso de 5 a 10%.
Hidrolisadas Crodamarin S/ Croda Hidratante e regenerador.
Copolímero de proteína Hydrotriticum PVP/ Hidratante, Umectante com
de trigo e polivinil Croda/ substantividade a pele e aos cabelos
pirrolidona (PVP) Volp Química Dosagem recomendada: 1 a 5%.
Hidrolisados de Aveia Cromoist O25 Retém mais de 50% de umidade
que
Croda colágeno.
Volp Química Confere maciez e sedosidade a pele.
Dosagem recomendada: 1 a 5%.
Hidrolisado do leite Hydrolactin 2500/ Boa capacidade de retenção de
Croda/ Volp Química umidade, comparável ao colágeno
de PM médio.
Extratos Aloe Vera Extrapon/ Dragoco Os extratos glicólicos contribuem
Vegetais Malva Volp Química com a umectação da pele.
45
Neste estágio podemos dar continuidade aos modelos de formulação.
Componentes Composição
I II
Fase Oleosa
Álcool estearílico 15 PO (Alkomol E) 2,0 2,0
Dimeticone - 1,0
Óleo mineral - 3,0
Álcool cetoestearílico com 20 EO - 2,6
Base autoemulsionante não iônica (éster/ 3,0
ácido graxo etoxilado) Arlacel 165F ou
Cosmowax FT
Fase Aquosa A
Água Quantidade para 100%
Propilenoglicol 1,0 2,0
Fase Aquosa B
Ácido hialurônico (1% de ativo) 8,0 -
Uréia - 10
Sorbitol 70% USP ou glicerina 1,0 -
Água 25,0 11
Fase Aquosa C
Água 7 -
Fase final
Ciclometicone 1,0 -
46
II.3.5. Espessantes/ Estabilizantes/ Agentes de Consistência
O espessamento da emulsão pode ser obtido pelos próprios constituintes da fase oleosa,
principalmente pelos emolientes e alguns co-emulsionantes de baixo HLB. São os
chamados espessantes graxos ou agentes doadores de consistência (tabela XXII).
47
Na prática, os espessantes da fase aquosa (tabela XXIII) são auxiliares muito importantes
dos emulsionantes e reologia das emulsões. São substâncias macromoleculares, que para
serem incorporadas na emulsão ou promover o espessamento devem ser submetidas a
intensa agitação ou hidratação, alterações de pH.
48
Espessante Produto Característica do grupo
Polímeros Acrílicos Polimetacrilato de Gel viscoso com alto grau de
poliglicerila e propilenoglicol transparência. Possui toque untuoso e
(Lubragel CG). propriedades umectantes.
49
Neste estágio podemos dar continuidade aos modelos de formulação.
Componentes Composição
I II
Fase Oleosa
Álcool cetoestearilico 30/ 70 1,5 7,0
Álcool estearílico 15 PO (Alkomol E) 2,0 2,0
Dimeticone - 1,0
Óleo mineral - 3,0
Álcool cetoestearílico com 20 EO - 2,6
Base autoemulsionante não iônica (éster/ 3,0 -
ácido graxo etoxilado) Arlacel 165F ou
Cosmowax FT
Fase Aquosa A
Água Quantidade para 100%
Propilenoglicol 1,0 2,0
Carbomer 940 ( Carbopol 940) 0,2 -
Fase Aquosa B
Ácido hialurônico (1% de ativo) 8,0 -
Goma xantana 0,2 -
Uréia - 10
Sorbitol 70% USP ou glicerina 1,0 -
Água 25,0 11
Fase Aquosa C
Trietanolamina 0,2 -
Água 7 -
Fase Final
Ciclometicone 1,0 -
50
II.3.6. Aditivos de tratamento/ promocionais: englobam os ativos biológicos,
animais, vegetais e biotecnológicos.
51
II.3.7. Estabilizantes da formulação.
II.3.7.1. Conservantes
52
Conservante Nome Comercial Concentração Espectro de ação Características
máxima (%)
1,2 dibromo- 2,4 Merquad 1200/ 0,5 Bactérias gram Solúvel em água (0,4% a 20°C).
dicianobutano e Calgon e Galena positivas e Atua em pH inferior a 8,0 e
(típico 0,07 a
2-fenoxietanol negativas,fungos e temperatura inferior a 50°C.
0,15%)
(Metil dibromo leveduras. Compatível com
glutaronitrila) tensoativos.Incompatível com
tensoativos nitrogenados em pH
alcalino. Evitar presença de ferro e
pigmentos a base de óxido de
ferro.
Coeficiente de partição médio: é
mais solúvel em óleos.
Não usar em bronzeadores.
É levemente tóxico
2- bromo- Myacide BT/ Croda 0,1 Bactérias gram Solúvel em água.
2nitropropano- positivas e gram
Bronopol Boots BP/ (típico: 0,01 a Libera formaldeído. Agente
1,3 diol negativas. Menor
Boots Co. 0,02%). nitrosante na presença de amidas e
(Bronopol) atividade contra
aminas secundárias (adicionar
fungos. Usado em
vitamina C). É inativado por
pH levemente
compostos contendo ligações S-S.
ácido (<6). Instável
A associação com parabenos
em pH alcalino.
melhora sua ação antifúngica.
5-bromo-5 nitro- Bronidox L/ Cognis 0,1 de ativo. Bactérias e fungos. Solúvel em água. Agente nitrosante
1,3 dioxano ( adicionar vitamina C). É
dissolvido a 10% inativado por proteínas.
em Estável em pH 5 a 8.
propilenoglicol Libera formaldeído acima de 40°C.
Usar somente em produtos para
enxaguar.
Solúvel em água.
Imidazolinidil Germal 115/ ISP 0,6 Bactérias gram
Apresenta sinergia em combinação
uréia negativas e
(típico de 0,1 a com parabenos.
positivas.
0,5%) Atua em pH 3 a 9.
Compatível com tensoativos,
proteínas, inclusive colágeno e
extratos vegetais.
Baixa toxicidade. Não
sensibilizante.
Solúvel em água.
Diazolidinil uréia Germal II/ ISP 0,5 Amplo espectro,
Atua em pH 3 a 9.
especialmente
Compatível com tensoativos e
contra bactérias
demais componentes.
gram negativas,
Baixa toxicidade.
bolores e
leveduras.
Pó branco, higroscópico.
Diazolidinil Germal II Plus/ ISP 0,5 Age contra fungos,
Solúvel em água.
Uréia (98%) com bactérias (gram-
Típico 0,05 % a Faixa de pH: 3 a 8.
3-iodo-2- negativo e gram-
0,2 % Compatível com aniônicos,
propinil-butil positivo) e
catiônicos e proteínas.
carbamato – 2% leveduras
Seguro para produtos sem
(IPBC)
enxágüe.
Temperatura máxima de
incorporação: 50ºC
53
Conservante Nome Comercial Concentração Espectro de ação Características
máxima (%)
Mistura líquida.
Diazolidinil Germaben II/ ISP 0,5 Amplo espectro,
Solúvel em água.
uréia, especialmente
Atua em pH 3 a 9.
contra bactérias
p-hidroxi Compatível com tensoativos,
gram negativas,
benzoato de proteínas, colágeno e extratos
bolores e
metila e de vegetais.
leveduras.
propila e Baixa toxicidade.
propilenoglicol Adicionar em temperatura inferior
a 50ºC
Mistura líquida.
Diazolidinil uréia Germal II-E e 1,0 Amplo espectro,
Solúvel em água.
(20%), Germaben II-E/ ISP especialmente
Típico: 0,25 a Atua em pH 3 a 9.
contra bactérias
Metil (10%)e 0,5 Compatível com tensoativos,
gram negativas,
propil (10%) proteínas, colágeno e extratos
fungos e leveduras.
parabenos e vegetais.
propilenoglicol Baixa toxicidade.
(60%) Adicionar em temperatura inferior
a 50ºC
Solúvel em água, etanol,
1,3-Dimetilol – Glydant/ Lonza 0,5 Efetivo contra
propilenoglicol.
5,5 Dimetil – bactérias gram
Típico: 0,1 a Liberador de formaldeido.
hidantoína positivas,
0,4% Faixa de pH ótima: 6 a 8.
(DMDM negativas, fungos e
Usar na temperatura até 50°C.
hidantoina) leveduras.
100% biodegradável.
Pode ser usado em associação com
parabenos.
Compatível com tensoativos e
proteínas.
Não é inativado na presença de
proteínas.
Pó branco não iônico.
Combinação de Glydant Plus/ Lonza 0,1 Efetivo contra
Solúvel em água.
DMDM bactérias gram
Típico: 0,03 a Compatível com tensoativos e
Hidantoína e positivas,
0,1 % proteínas.
Iodopropinil negativas, fungos e
Usar na temperatura até 55ºC.
Butil Carbamato leveduras.
Estável em pH 6 a 8.
Excelente solubilidade em água
Quaternium 15 Dowcil 200/ Dow 0,02 a 0,3% Bactérias
Compatível com tensoativos
Química (particulamente
aniônicos (apesar de ser catiônico)
contra
e proteínas.
Pseudomona).e
Faixa de pH: 4 a 10.
fungos.
Pode ser aquecido.
Solúvel em óleo e etanol.
3,7,11-Trimetil- Farnesol/ Dragoco e 0,6 Bactérias gram
Atua em pH 4 a 8.
2,6,10- Volp Química positivas do suor
Não é permitido em produtos
Dodecatrion-1-ol
infantis e que entrem em contaro
com mucosas.
Dodigen 26/ Solúvel em água e solventes
Cloreto de 0,3 Bactérias gram
Clariant polares.
benzalcônio positivas e
Atua em pH 6 a 9.
(cloreto de alquil negativas.
Incompatível com tensoativos
dimetil benzil
aniônicos e compatível com os
amônio e cloreto
demais.
de alquil dimetil
Proibido em produtos de higiene
etilbenzil amônio)
oral.
54
Conservante Nome Comercial Concentração Espectro de ação Características
máxima (%)
Solúvel em água e solventes
Cloreto de aril Dodigen 1383/ 0,2 Bactérias gram
polares.
trimetil amônio Clariant positivas e
Atua em pH 2 a 10.
negativas.
Incompatível com tensoativos
aniônicos e compatível com os
demais.
Proibido para higiene oral.
Solúvel em água e solventes
Cloreto de alquil Genamin C1650/ 0,2 Bactéiras gram
polares.
trimetil amônio Clariant positivas e
Atua em pH 2 a 10.
negativas
Incompatível com tensoativos
aniônicos e compatível com os
demais.
Levemente solúvel em água e
2,4,4-tricloro-2’- Irgasan DP 300/ 0,5 Bactérias gram
solúvel em solventes orgânicos.
hidroxi-fenil-éter Ciba positivas e
Atua em ampla faixa de pH.
(Triclosan) negativas, fungos e
Soluções não são estáveis na
leveduras.
presença de cloro, produtos
oxidantes e luz UV intensa.
II.3.6.3. Antioxidantes
II.3.6.4. Seqüestrante.
São efetivos para complexar íons metálicos provenientes da água e das matérias primas.
São potencializadores da ação dos antioxidantes e conservantes. O mais utilizado é o
EDTA dissódico.
II.3.6.5. Opacificantes
Os mais usados são os opacificantes adicionados na fase oleosa tais como o monoetearato e
o diestearato de etilenoglicol.
Em gel creme pode ser utilizado ciclometicone ou dimeticone para opacificar o gel.
55
Componentes Composição
I II
Fase Oleosa
Álcool cetoestearilico 30/ 70 1,5 7,0
Álcool estearílico 15 PO (Alkomol E) 2,0 2,0
Dimeticone - 1,0
Óleo mineral - 3,0
Álcool cetoestearílico com 20 EO - 2,6
Base autoemulsionante não iônica (éster/ 3,0 -
ácido graxo etoxilado) Arlacel 165F ou
Cosmowax FT
Fase Aquosa A
Água Quantidade para 100%
Propilenoglicol 1,0 2,0
Carbomer 940 ( Carbopol 940) 0,2 -
EDTA Dissódico pó 0,1 0,1
Fase Aquosa B
Ácido hialurônico (1% de ativo) 8,0 -
Goma xantana 0,2 -
Uréia - 10
Sorbitol 70% USP ou glicerina 1,0 -
Água 25,0 11
Fase Aquosa C
Trietanolamina 0,2 -
Água 7 -
Fase D
Ciclometicone 1,0 -
D-Pantenol 0,2 -
Acetato de alfa-tocoferol 0,5 0,5
Composto de fenoxi etanol e parabenos 0,5 0,5
Imidazolinidil uréia 0,1 0,1
Fragrância 0,1 0,1
Entre os vários conceitos sobre o processo de emulsificação estão: (1) HLB (balanço
hidrófilo lipófilo) desenvolvido por Griffin, seguindo um processo convencional de
emulsificação, (2) EBE ou LEE (emulsificação de baixa energia), desenvolvido por Joseph
Lin, (3) EIP (ponto de inversão da emulsificação), desenvolvido por Marszall, (4)
temperatura de HLB ou PIT (temperatura de inversão de fases), desenvolvido por Shinoda
entre outros.
Essas fases podem ser descritas por números ou letras, como no exemplo da tabela XXVI.
Porém devem ser adicionadas à emulsão em função das propriedades de cada matéria
prima tais como temperatura de fusão, suscetibilidade a oxidação ou evaporação ou ainda
degradação e solubilidade em água ou óleo. Componentes suscetíveis à oxidação ou
degradação por efeito de temperatura devem ser adicionados durante a fase de resfriamento
da emulsão.
Fluido de silicone
57
II.4.1. Processo convencional de fabricação da macroemulsão O/ A ou A/O
58
II.4.2. Processo acelerado de fabricação da macroemulsão O/ A.
O método consiste na divisão da fase contínua, no caso aquosa, em duas porções. Uma
porção é utilizada a quente (chamada fase β) para formação da emulsão concentrada e em
seguida é adicionada lentamente a outra porção a frio (chamada fase α) para diluição e
resfriamento do sistema, o que proporciona uma economia de energia térmica, de tempo de
processo e de mão de obra. Quanto maior o volume da fase fria (α), maior é a economia de
energia. A diluição pode ser feita adicionando-se a fase fria (α) sobre a fase quente ou o
inverso, mas o mais comum e mais simples é o primeiro método. O segundo método é
melhor quanto ao processo, pois a fase fria pode ficar no tanque principal e então ser
adicionada sobre ela a emulsão concentrada e geralmente não apresenta problemas quando
a emulsão utiliza emulsionante aniônico ou catiônico. Porém quando o emulsionante é não
iônico, esse método traz problemas quanto a seleção do volume da fase α e quanto a
temperatura da fase quente β. Temperaturas da emulsão concentrada acima de 70°C,
quando esta fase é adicionada sobre a fase fria, ocorre choque térmico, formando uma
emulsão com gotas de tamanho grande, influenciando na aparência da emulsão e podendo
até provocar separação de fases. Dessa forma é necessário fazer a emulsão concentrada a
70°C, resfria-la até aproximadamente 50°C e então iniciar a adição da fase fria.
A divisão em fases pode ser feita tanto para a fase interna (óleo) da emulsão, separando os
componentes líquidos dos sólidos, por exemplo, como pode ser feita para a fase externa
(aquosa). Assim, o processo EBE é aplicado tanto para emulsões O/ A como para A/O e
independe do tipo de emulsionante. No entanto é mais comum para o processo O/A, já que
é mais simples diluir este tipo de emulsão do que a A/O e mais fácil manusear água do que
óleo. Em ambos os casos, a fase fria não deve ultrapassar 60% da quantidade de fase
externa total, pois pode formar grandes glóbulos emulsionados distribuídos de forma não
homogênea e causar a separação de fases da emulsão. Assim, pelo menos 40% da fase
externa deve ser aquecida para preparação da emulsão concentrada.
Para o método de diluição adicionando-se a fase fria sobre a fase quente, usando
emulsionante não iônico, geralmente quanto menor a temperatura de emulsificação da fase
quente, maior é o tamanho dos glóbulos emulsionados e maior é a tendência a separação de
fases da emulsão. Temperaturas na faixa de 70 a 80 °C da fase quente fornecem emulsões
finas, com pequenos glóbulos e estáveis. Para emulsões acima desta temperatura pode
ocorrer inversão de fases da emulsão concentrada e então a viscosidade aumenta muito
dificultando o processo e a diluição. Nesse caso deve-se primeiro resfriar a fase quente e
posteriormente adicionar a fase fria. Por outro lado, para o método de diluição
59
adicionando-se a fase quente sobre a fase fria, quanto menor a temperatura da fase quente,
menor é o tamanho de gotas e mais estável é a emulsão devido ao menor choque térmico e
uma rápida diluição da emulsão concentrada. Neste caso, a emulsão concentrada deverá
estar na temperatura entre 65 a 70°C.
Outro fator importante é a velocidade de adição da fase fria sobre a fase quente. Adição
rápida provoca choque térmico, com conseqüente formação de grandes glóbulos
emulsionados, podendo até provocar separação de fases. Taxa de adição da fase fria de até
4mL/ s, podem formar glóbulos menores que 2µ e, portanto, emulsões estáveis.
Algumas vezes pode ocorrer aumento de viscosidade, podendo até ser reduzida a
quantidade de alguns agentes de consistência como os álcoois cetílico e estearílico.
É possível realizar este processo em um único tanque com algumas adaptações e muito
cuidado na fabricação, conforme descrito abaixo:
1. No tanque principal, adiciona-se 50% da quantidade de água da formulação, juntamente
com os demais componentes hidrossolúveis (fases A e B);
2. Aquecer esta mistura na temperatura de 80 a 85ºC;
3. Adicionar individualmente os componentes da fase oleosa, exceto o emulsionante
principal, atentando para um tempo de espera para restabelecimento da temperatura;
4. Adicionar o emulsionante principal fundido e homogeneizar por 15 minutos;
5. Adicionar o restante da água na temperatura ambiente e iniciar o resfriamento,
circulando água na temperatura ambiente ou gelada na camisa do tanque;
6. Adicionar os componentes da fase D;
7. Seguir o procedimento da preparação convencional do item 6 em diante.
60
II.4.3. Processo por inversão de fases da macroemulsão O/ A ( PIT ).
61
120
Temperatura, oC A/ O
100
80 ME LC
60 O/ A
O/ A
40
A/ O
20
0 20 40 60 80 100
Conteúdo de água, %
Um emulsionante favorável para emulsões O/ A deve possuir uma PIT de 20 a 60ºC maior
que a temperatura de estocagem da emulsão e para emulsão A/O, uma PIT de 10 a 40 ºC
menor que a temperatura de estocagem, embora PIT não pode ser determinada abaixo de
0ºC. Para maior estabilidade da emulsão, esta é preparada na temperatura de 2 a 4ºC abaixo
de sua PIT e resfriada até a temperatura de estocagem. A explicação reside no fato que
emulsões preparadas perto da PIT apresentam menor tamanho de partícula, mas tem pouca
estabilidade se mantidas nessa temperatura. Então, o resfriamento da emulsão até
temperaturas muito abaixo da PIT, aumenta a estabilidade da emulsão. Desse modo podem
ser reduzidos a energia e o tempo de emulsificação. Emulsões por PIT, geralmente
apresentam um tamanho de gotas entre 0,1 a 1µ.
63
Pela propriedade de solubilidade dos tensoativos não iônicos etoxilados, usando
temperatura acima de seus pontos de névoa para preparar a macroemulsão, forma-se
inicialmente uma emulsão A/O, que com o resfriamento e adição da quantidade de água
restante a frio, inverte-se para uma emulsão O/ A. Visualmente, a inversão de fases é
notada através da redução súbita de viscosidade.
O mecanismo proposto para esta inversão de fases inicia por micelas esféricas normais O/
A e passa por micelas cilíndricas, fase lamelar ainda O/ A e com o aumento da temperatura
para emulsionantes não iôncios ou aumento do conteúdo de eletrólitos para tensoativos
aniônicos, ocorre a inversão de fases passando por micelas lamelares reversas, cilíndricas
reversas e finalmente esféricas reversas, conforme representado nas figuras abaixo.
64
A principal vantagem desse método é a obtenção de emulsões mais estáveis, com menor
tamanho e maior homogeneidade na distribuição de partículas. Esse processo pode ser
executado conforme descrito abaixo, quando o emulsionante é um álcool cetoestearílico
com 20 moles de óxido de eteno ou com menor grau de etoxilação.
65
II.4.5. Processo à frio para macroemulsão O/ A.
Um exemplo típico de emulsão a frio é aquela de água em silicone (A/ S), usando
ciclometicone autoemulsionável (mistura de ciclometicone com dimeticone copoliol – DC
3225C), onde a fase externa é o silicone ou mistura de óleo e silicone, que não
necessariamente é a maior proporção na formulação. Geralmente a fase aquosa é
adicionada sobre a fase de silicone, de forma lenta e contínua, sob forte agitação, usando
misturador com hastes do tipo facas retas na horizontal pra produzir bom cisalhamento. O
aumento da agitação aumenta a viscosidade e estabilidade da emulsão final. Como a fase
aquosa corresponde a fase interna da emulsão, um aumento de sua quantidade também
aumenta a viscosidade da emulsão final. A adição de componentes polares (por exemplo,
cloreto de sódio) reduz o tamanho dos glóbulos emulsionados e aumenta a viscosidade e
estabilidade da emulsão. A adição de silicone volátil (ciclometicone) auxilia no processo
de emulsificação. Estas emulsões geralmente apresentam a aparência de gel e alguns
exemplos são gel creme para pele oleosa, protetor solar A/ O, desodorante em bastão, géis
para cabelo e gel antiperspirante sem álcool, onde geralmente é adicionado 5 a 10% do
ciclometicone autoemulsionável.
A aparência da emulsão (opaca ou transparente) depende do índice de refração das fases
aquosa e de silicone. Fases com o mesmo índice de refração fornecem emulsões
transparentes, caso contrário, as emulsões são opacas. A fase oleosa possui um índice de
refração mais alto que o da fase aquosa. Os índices de refração são acertados com adição de
propilenoglicol ou álcool na fase aquosa.
Exemplos de formulações:
66
Preparo:
Preparo:
Alguns autores propõem que somente a fase oleosa juntamente com os emulsionantes seja
aquecida moderadamente, principalmente para dissolução de alguns ativos como BHT, p-
metoxicinamato de octila, propilparabeno e metilparabeno e em seguida seja adicionada a
água na temperatura ambiente. Outros autores propõem preparar uma emulsão concentrada
com metade da quantidade de água, homogeneizando sob forte agitação por 20 a 30
minutos e em seguida é adicionada a quantidade de água restante.
Por este processo é produzida uma emulsão concentrada por redução da quantidade de
água, seguindo os processos anteriormente descritos (convencional ou acelerado). Esta
emulsão concentrada é diluída no momento do uso, com a quantidade de água necessária e
incorporando-se os princípios ativos. Deve-se ter cuidado rigoroso para diluição da
67
emulsão concentrada com relação a homogenização para evitar a formação de grumos e
aeração. Geralmente este processo é utilizado pelas farmácias de manipulação.
68
Em função do tipo de agitador, os equipamentos utilizados para preparação de emulsões
são muito variados, diferindo em performance para cada tipo. Além disso, as emulsões são
geralmente desenvolvidas em escala laboratorial, com equipamentos tipo turbina, alta
velocidade de agitação e pequenos volumes. Em seguida o produto é passado para escala
piloto e finalmente para a área industrial, onde os equipamentos geralmente são do tipo
âncora e com pequena velocidade de agitação. Esta passagem pelas diferentes fases do
desenvolvimento é a etapa mais complicada para obtenção do produto em escala industrial.
69
Tipos de agitadores: (1) hélice; (2) disco planar; (3) pá inclinada; (4) agitador de contra
fluxo multi etapa MIG; (5) agitador de fluxo de interferência INTERMIG; (6) disco.
1 4
2
5
3 4
70
II.5.1. Equipamentos laboratoriais.
Esses equipamentos se destinam ao desenvolvimento das formulações e a execução de
pequenos lotes de até 5 kg. Quanto ao recipiente, é aconselhável usar de aço inoxidável. Os
equipamentos mais indicados são os agitadores elétricos com velocidade variável e com
hélices do tipo centrífuga, ou seja, turbina pois apresentam um eficiente sistema de corte,
tanto para dispersar os diversos polímeros, quanto para reduzir o tamanho das partículas da
emulsão. Também podem ser utilizados agitadores tipo âncora que promovem excelente
homogenização para emulsões de baixa a média viscosidade. Quanto ao aquecimento
podem ser usados banhos de silicone, mistura de monoetilenoglicol/ água ou de glicerina.
Chapas não são recomendadas pois podem causar pontos de super aquecimento. Quanto ao
resfriamento, no laboratório, geralmente é somente retirado o aquecimento, deixando a
emulsão resfriar até a temperatura ambiente. Esta situação reproduz o uso de água de
resfriamento na camisa do tanque na área industrial.
Para emulsões de alta viscosidade pode ainda ser utilizado misturador tipo planetário, que
consiste no movimento da pá combinado com o movimento do eixo. Outro equipamento
para emulsões de alta viscosidade é o chamado ribbon-blender com fluxo axial.
71
III. Características físicas e de aplicação das emulsões e sua avaliação.
Tendo discutido os fatores que afetam a formação e estabilidade das emulsões, torna-se
importante a avaliação das características das emulsões que se relacionam com seus usos
ou meio de serem controladas. As principais características das emulsões podem ser
divididas quanto às propriedades físicas tais como aparência, viscosidade e distribuição do
tamanho das partículas e quanto às propriedades de aplicação tais como sensorial e
direcionamento e composição do produto de acordo com a finalidade e efeito de uso do
produto e tipo de pele.
No caso das emulsões brancas ou leitosas, a aparência que agrada o consumidor é aquela
branca brilhante. Emulsões opacas e sem brilho podem induzir a idéia de pobreza de
composição ou de qualidade, ou ainda com problemas de processo. Bolhas de ar também
conferem um aspecto negativo ao creme.
O comportamento reológico das emulsões é muito importante tanto com relação a sua
influência na aceitabilidade do consumidor, como do seu impacto no processo de
fabricação e estabilidade da emulsão. Estudos reológicos relacionam-se ao material que
está sendo deformado ou forçado a fluir. Emulsões podem ser fluidos espessos ou finos,
pastas ou géis e geralmente apresentam comportamento não-Newtoniano, ou seja, sua
viscosidade é dependente da taxa de cisalhamento. Sendo assim, para medida de
viscosidade das emulsões, devem ser muito bem estabelecidas a temperatura, o tipo e a
haste do viscosímetro, velocidade e tempo de cisalhamento.
Os fatores que contribuem para a viscosidade das emulsões são:
• viscosidade da fase externa;
• razão fase interna/ fase externa;
A viscosidade aparente da emulsão aumenta com:
• aumento da quantidade da fase interna;
• determinado tipo de fase oleosa ( álcoois cetílico e estearílico, vaselina sólida, ésteres de
ácidos graxos );
72
• adição de agentes espessantes da fase externa ( gomas, géis );
• incorporação de ar, proveniente de excesso de agitação, embora aeração da emulsão seja
um aspecto negativo com relação a aparência da emulsão;
• redução no tamanho de partícula da emulsão ou redução na aglomeração das partículas.
Por outro lado a viscosidade diminui com:
• aumento da quantidade da fase externa, que normalmente é água;
• aumento da quantidade de emulsionantes;
• adição de solventes polares (álcool, acetona), pois reduz a água disponível nas interfaces
e leva a instabilidade;
• redução da viscosidade da fase contínua no caso de emulsões A/ O.
A viscosidade da emulsão também pode ser utilizada como um critério para a sua
classificação:
• cremes: são emulsões de média a alta viscosidade e geralmente apresentam viscosidade
acima de 20000 cP na temperatura de 25ºC.
• loções: apresentam valores médios de viscosidade entre 2000 a 20000 cP. Apresentam
maior capacidade de escoamento que os cremes.
• leites: apresentam muito baixa viscosidade, geralmente de 100 a 2000 cP. Este tipo de
emulsão apresenta maiores problemas de separação de fases devido a baixa viscosidade.
Geralmente cremes para pele seca a extra seca possuem alta viscosidade com grande
quantidade de matéria graxa, enquanto que aqueles para pele oleosa apresentam menor
viscosidade ou são formulados na forma de loções ou géis de baixa viscosidade. Emulsões
para limpeza de peles secas são loções de baixa viscosidade, porém com grande conteúdo
de óleos, enquanto que para pele oleosa, são géis a base de tensoativos com maior poder
detergente. Hidratantes para pele normal possuem viscosidade intermediária entre aquela
destinada a pele seca e para pele oleosa.
III.1.3. Características físicas das emulsões: tamanho das partículas da fase dispersa
O tamanho das partículas da emulsão está relacionado com o método de preparo, agitação,
diferença de densidade entre as fases e quantidade e tipo de tensoativo usado. Entretanto,
também é de importância a homogeneidade no tamanho das partículas.
73
III.1.4. Características físicas das emulsões: pH
Pode ser determinado em solução aquosa e geralmente seu valor depende da finalidade do
produto.
Para o consumidor os cremes e loções cremosas devem ter pouca ou nenhuma pegajosidade
e exalar odor agradável durante a aplicação e deixar na pele a sensação de maciez
aveludada, sem causar irritação. A sensação ao tato deixada por uma emulsão é muito
influenciada pelo tipo e quantidade do emoliente que está sendo utilizado na formulação. A
presença de colágeno natural solúvel, hidrolisados de proteínas e outras substâncias que
ajudam a reter água, prolongam a sensação de hidratação e formação de filmes superficiais.
74
2. emulsão hidratante: onde a escolha dos emolientes, umectantes e princípios ativos é
importante;
3. emulsão nutritiva: onde os emolientes, umectantes e princípios ativos com ação nutritiva
desempenham papel importante.
4. Além desses tipos é encontrado também as emulsões de protetores solares,
antiperspirante, bactericida, condicionamento para os cabelos, loções repelentes de
insetos, medicamentosa, onde cada uma delas contem os componentes específicos para
atender o atributo estabelecido.
Os testes acelerados mais comuns utilizados para emulsões são citados abaixo.
• Centrifugação: normalmente são realizados em duas temperaturas, ambiente e 40ºC,
velocidade de 4000 por 30 minutos ou 6000 rpm por 20 minutos. Baixos níveis de
afloramento ou sedimentação podem até serem aceitáveis. Nessas condições pode-se
prever uma estabilidade para a emulsão de 16 semanas em repouso;
• Variação de temperatura: geralmente realizados em estufas, geladeira e temperatura
ambiente. Alguns testes mais comuns utilizados são:
1. estufa a 45ºC por 1 semana: é um teste de curto prazo para avaliar separação de fases em
maiores temperaturas. Temperaturas elevadas diminuem a viscosidade da fase oleosa e
alteram a solubilidade relativa dos emulsionantes em ambas as fases. A escolha do
emulsionante que atue por impedimento estérico ou cargas elétricas e sua quantidade
apropriada são recursos válidos para se obter maior estabilidade;
2. geladeira a +5ºC por 1 semana: é um teste de curto prazo para avaliar a formação de
cristais de gelo em baixas temperaturas. A escolha do emulsionante e quantidade
apropriada são recursos válidos para se obter maior estabilidade;
3. Ciclos de temperatura ( 3 ciclos ): 24h na temperatura ambiente, 24h a +5ºC e 24h a
45ºC;
75
4. Estufa à 37 - 40ºC por 30 a 90 dias: é um teste acelerado por um prazo mais longo e
geralmente realizado após a definição da estabilidade da formulação nos testes de curto
prazo;
5. Estufa a 45 - 50ºC por 30 dias: maior stress por um longo prazo.
• Teste de vibração: muitas vezes o produto cosmético é estável quando submetido aos
testes acima, porém durante o transporte, as vibrações provocam separação de fases.
Estas condições podem ser simuladas em um banho maria com agitação na temperatura
de 45 ºC por períodos de 1 a 6 horas.
• Testes microbiológicos: o controle microbiológico durante o desenvolvimento do
produto é realizado na forma de desafio microbiano com determinado número e tipos de
microorganismos (bactérias e fungos ) por 28 dias a fim de se avaliar a efetividade do
sistema conservante utilizado. Após essa definição o controle microbiológico rotineiro
dos lotes produzidos e se possível das matérias primas sujeitas a contaminação se faz
necessário principalmente para avaliar se as normas de limpeza e sanitização dos
equipamentos estão sendo cumpridas adequadamente. A organização mundial de saúde
recomenda o controle de microorganismos máximo de 100/ g ou ml para produtos em
geral e de máximo de 10/ g ou ml para produtos infantis e área dos olhos. Para fungos e
microorganismos patogênicos o resultado deve ser isento. A análise é realizada por
aproximadamente 5 dias.
• Estabilidade na presença de luz: geralmente o produto é submetido a luz do sol
quando em embalagens transparentes. Alguns equipamentos tais como aqueles com
lâmpadas de infra- vermelho simulam a luz do sol.
O formulador deve estar ciente que nenhum teste acelerado deve eliminar o
acompanhamento do produto durante o seu prazo de validade ( shelf life ) na condição
ambiente, de tempo em tempo pré-estabelecido e mantendo determinados tipos de análise
tais como medidas de aparência, odor, pH, viscosidade, teor de água, microbiologia e
outras propriedades julgadas necessárias.
• separação de fases
• viscosidade baixa ou alta
• aeração
• falta de brilho
IV.3. Problemas durante a estocagem da emulsão (shelf life): podem ocorrer durante o
desenvolvimento ou após o teste industrial. Estão relacionados principalmente a:
77
LOÇÃO HIDRATANTE OIL FREE PARA PELE OLEOSA
FASE B:
Propilenoglicol 1,0 Umectante
EDTA Dissódico pó 0,1 Seqüestrante
Carcomer 940 ( Carbopol 940) 0,2 Espessante
Água 50,0 Veículo
FASE C:
Ácido hialurônico (1% de ativo) 8,0 Hidratante
Goma xantana 0,2 Estabilizante/ Espessante
Água 25,0 Veículo
FASE D:
Trietanolamina 0,15 Agente neutralizante
Sorbitol 70% USP ou glicerina 1,0 Umectante
Água 7,55 Veículo
FASE E:
D-Pantenol 0,2 Vitamina
Composto de fenoxi etanol e 0,1 Conservante
parabenos
Imidazolinidil uréia 0,1 Conservante
Aquecer a FASE A até 70 - 75ºC. Separadamente, dispersar a FASE B sob forte agitação
até completa dissolução do Carbomer 940. Aquecer a FASE B até 70 - 75ºC. Sob
agitação, adicionar FASE B sobre a FASE A. Resfriar até 40ºC. Incorporar a FASE C
sobre a mistura das FASES A e B. Misturar a FASE D e incorporá-la na formulação.
Adicionar os componentes da FASE E.
78
LOÇÃO HIDRATANTE PARA PELE NORMAL
FASE B:
Propilenoglicol ou Polietilenoglicol 1,0 Umectante
400
EDTA Dissódico pó 0,1 Seqüestrante
Carbomer 940 ( Carbopol 940) 0,2 Espessante
Água 50,0 Veículo
FASE C:
Goma xantana 0,1 Estabilizante/ Espessante
Água 25,0 Veículo
FASE D:
Trietanolamina 0,2 Agente neutralizante
Sorbitol 70% USP ou glicerina 1,0 Umectante
Água qsp Veículo
FASE E:
D-Pantenol 0,3 Vitamina
Composto de fenoxi etanol e 0,1 Conservante
parabenos
Imidazolinidil uréia 0,1 Conservante
Aquecer a FASE A até 70 - 75ºC. Aquecer a FASE B até 70 - 75ºC. Sob agitação,
adicionar FASE B sobre a FASE A. Resfriar até 40ºC. Separadamente, dispersar a FASE
C sob forte agitação até completa dissolução do Carbomer 940. Incorporar a FASE C
sobre a mistura das FASES A e B. Misturar a FASE D e incorporá-la na formulação.
Adicionar os componentes da FASE E.
79
CREME HIDRATANTE PELE SECA
FASE B:
Propilenoglicol 1,0 Umectante
EDTA dissódico pó 0,1 Seqüestrante
Trietanolamina 0,15 Agente neutralizante
Sorbitol 70% USP ou glicerina 1,0 Umectante
Carbomer 940 0,2 Espessante
Água 75,0 Veículo
FASE D:
Composto de fenoxi etanol e 0,1 Conservante
parabenos
Imidazolinidil uréia 0,1 Conservante
Goma xantana 0,2 Estabilizante/ Espessante
Água q.s.p. Veículo
FASE E:
D-Pantenol 0,2 Vitamina
Acetato de alfa-tocoferol 0,5 Vitamina E anti-radicais livres
Fragrância 0,1 Perfume
Aquecer a FASE A até 70 - 75ºC. Aquecer a FASE B até 70 - 75ºC. Sob agitação,
adicionar FASE B sobre a FASE A. Resfriar até 40ºC. Separadamente, dispersar a FASE
C sob forte agitação até completa dissolução do Carbomer 940. Incorporar a FASE C
sobre a mistura das FASES A e B. Misturar a FASE D e incorporá-la na formulação.
Adicionar os componentes da FASE E.
80
CREME HIDRATANTE PARA PELE EXTRA SECA
FASE B:
Propilenoglicol 2,0 Umectante
EDTA dissódico pó 0,1 Seqüestrante
Água 60,0 Veículo
FASE C:
Uréia 10,0 Umectante
Água 11,0 Veículo
FASE D:
Composto de fenoxi etanol e 0,1 Conservante
parabenos
Imidazolinidil uréia 0,1 Conservante
Acetato de alfa-tocoferol 0,5 Vitamina E anti-radicais livres
Fragrância 0,1 Perfume
Aquecer a FASE A até 70 - 75ºC. Aquecer a FASE B até 70 - 75ºC. Sob agitação,
adicionar FASE B sobre a FASE A. Resfriar até 40ºC. Separadamente, dispersar a FASE
C até completa dissolução da uréia. Incorporar a FASE C sobre a mistura das FASES A e
B. Misturar a FASE D e incorporá-la na formulação.
81
LOÇÃO HIDRATANTE PARA O CORPO
FASE B:
Propilenoglicol ou 2,0 Umectante
polietilenoglicol 400
EDTA dissódico 0,1 Seqüestrante
Água 60,0 Veículo
FASE C:
Água fria q.s.p.100 Veículo
FASE D:
Ciclometicone 1,0 Emoliente
Composto de fenoxi etanol e 0,1 Conservante
parabenos
Imidazolinidil uréia solubilizada 0,1 Conservante
em um pouco de água
Acetato de alfa-tocoferol 0,5 Vitamina E anti-radicais livres
Fragrância 0,1 Perfume
82
LOÇÃO DE LIMPEZA FACIAL
FASE B:
Propilenoglicol ou Polietilenoglicol 4,0 Umectante
400
EDTA Dissódico pó 0,1 Seqüestrante
Goma xantana 0,1 Estabilizante/ Espessante
Carbomer 940 ( Carbopol 940) 0,2 Espessante
Água 50,0 Veículo
FASE C:
Fragrância 0,1 Perfume
Composto de fenoxi etanol e 0,1 Conservante
parabenos
Imidazolinidil uréia 0,1 Conservante
Cocoamidopropil betaína 5,0 Tensoativo
FASE D:
Trietanolamina 0,2 Agente neutralizante
Água qsp Veículo
83
TONICO DE BELEZA FACIAL
FASE B
Lanolina etoxilada com 75EO 0,5 Emulsionante
Água 20 Veículo
EDTA 0,1 Seqüestrante
Corante q.s.p. Apelo estético
FASE C
Água 30 Veículo
Uréia 2,0 Umectante
FASE D:
Fragrância 0,1 Perfume
Tween 20 2,0 Emulsionante
84
LOÇÃO HIDRATANTE PARA O CORPO
FASE B:
Propilenoglicol ou Polietilenoglicol 2,0 Umectante
400
EDTA Dissódico pó 0,1 Seqüestrante
Metilparabeno 0,15 Conservante
Água 50,0 Veículo
FASE C:
Carbomer 940 ( Carbopol 940) 0,08 Espessante
Hialuronato de sódio (solução 1%) 3,0 Umectante/ Hidratante
Água 25 Veículo
FASE D:
Trietanolamina 0,07 Agente neutralizante
Água qsp Veículo
FASE E
Fragrância 0,1 Perfume
Aquecer a FASE A até 70 - 75ºC. Separadamente, aquecer FASE B até 70 - 75ºC. Sob
agitação, adicionar FASE B sobre a FASE A e agitar por 5 minutos. Resfriar até 40 ºC.
Separadamente, dispersar o carbopol na água, incorporar o hialuronato e adicionar sobre
a formulação sob agitação. Misturar a FASE D e incorporar na formulação. Manter
agitação por mais 5 a 10 minutos e incorporar a essência, mantendo agitação por mais 5
a 10 minutos.
85
Emulsões aniônicas: loções para o corpo e mãos
Dessa forma para a preparação dessa emulsão, a fase oleosa é aquecida a 60°C por 20
minutos, elevando-se a temperatura para 70°C.
Aquecer a fase aquosa a 70°C e adiciona-la sobre a fase oleosa de modo a formar a
emulsão concentrada. A emulsão concentrada é então resfriada a 50°C e incorporado água
fria e o perfume.
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Nenhuma parte desta apostila poderá ser reproduzida sem autorização prévia, por escrito, do Instituto
Racine, por meios eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
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