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Um pouco de história
Ainda nesta época e um pouco depois, por cerca de 94 anos, a região dos
Palmares, em Alagoas e Pernambuco, foi alvo de investidas holandesas e
portuguesas para ali destruir o grande Quilombo dos Palmares, uma
confederação de mocambos .Estes eram os povoados dos escravos fugidos
dos engenhos e fazendas que ali foram se reunindo, prosperando e
desfrutando da liberdade que a escravidão lhes tolhia. A mata e a montanha
na Serra da Borborema tornavam o Quilombo dos Palmares de difícil acesso,
proporcionando seguro abrigo a seu povo e, além, terreno ideal para a defesa
a base de guerra de guerrilhas, com táticas indígenas e africanas integradas e
que ali foi denominada Guerra do Mato.
Em 1836 Giuseppe Garibaldi chega ao Rio Grande do Sul, onde luta ao lado
dos farroupilhas na Revolta dos Farrapos (1835-1845) e se torna mestre em
guerrilha. Garibaldi quando volta para a Itália em 1854 usa de táticas de
guerrilha, aprendidas na América do Sul, quando comandou os camisas
vermelhas (1860-1861).
Uma das ações guerrilheiras mais famosas foram realizadas pelos boers (ou
bôeres) que resistiram aos britânicos na Primeira Guerra dos Bôeres (1880-81)
e na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902) em seus combates na África do
Sul. Os boers resistiram com tácticas de guerrilha, usando o seu conhecimento
superior da terra, mas os britânicos venceram-nos pela força do número e pela
possibilidade de organizar mais facilmente os abastecimentos. As ações do
boers influenciaram na criação dos BRITISH COMMANDOS na 2ª Guerra
Mundial.
Primeira Guerra
Pós-Primeira Guerra
A chamada Guerra Civil Espanhola foi um conflito entre duas frentes militares,
republicanos e nacionalista, ocorrido na Espanha entre os anos de 1936 a
1939. As tropas republicanas receberam ajuda internacional, proveniente da
URSS (alguns assistentes militares e material bélico) e das Brigadas
Internacionais composta de militantes de frentes socialistas e comunistas de
todo o mundo e de numerosas pessoas que entraram na Espanha com o
objetivo de defender o governo da República. Já os nacionalista tinham o
apoio da Igreja Católica, Exército e latifundiários, e buscavam implementar um
regime de tipo fascista na Espanha. Francisco Franco era o seu líder e
também recebeu apoio militar da Alemanha de Hitler, e da Itália de Mussolini.
A vitória coube aos nacionalistas do ditador Francisco Franco. Neste
confronto os republicanos usaram táticas de guerrilha contra as forças
nacionalistas.
Forças guerrilheiras também foram usadas contra os invasores japoneses
quando este império invadiu a China em 1937. Os chineses, tanto
nacionalistas quanto comunistas sabotaram linhas ferroviárias e emboscaram
tropas imperiais do Japão. Porém a luta entre nacionalistas e comunistas
chineses enfraqueceu esse movimento guerrilheiro.
Abissínia que foi invadida pela Itália em 1935 foi palco de alguns dos mais
bem sucedidos esforços do SOE. O SOE e o Exército britânico no Cairo,
ajudaram a organizaram em 1940 uma força de etíopes irregulares sob o
comando do seu criador, o então major, Charles Orde Wingate em apoio do
exilado Imperador Haile Selassie. Esta força (chamado de Gideon Force por
Wingate) causou pesadas baixas às forças de ocupação italiana, e contribuiu
para o êxito da campanha britânica lá. Wingate usou sua experiência para
criar os CHINDITS na Birmânia. Esses soldados travaram uma guerra de
guerrilha contra o japoneses na Birmânia em 1944. Era uma força para
operação de penetração de longo alcance na selva, e capazes de operar
atrás das linhas japonesas, sendo abastecidas pelo ar.
Submetralhadora Sten
Necessitando repor os estoques de armas, após a derrota em Dunquerque,
os militares britânicos encomendaram o desenvolvimento de uma
submetralhadora simples, para produção acelerada. Baseados nos conceitos
de produção em massa da MP38 alemã, engenheiros da Enfield
desenvolveram a Sten. A arma de Sten era tão fácil de fabricar que muitas
foram produzidas em pequenas lojas e garagens; mais que 4 milhões foram
produzidos durante Segunda Guerra Mundial. Extremamente feia e rústica, foi
no início encarada com desconfiança pelas tropas, porém provou ser
eficiente, sendo usada pelos pára-quedistas e commandos britânicos, tropas
regulares e movimentos de resistência por toda a Europa. Algumas delas
eram munidas de silenciadores.
Especificações
Modelo: Mk II
Calibre: 9 mm
Comprimento: 762 mm (total) e 197 mm (cano)
Peso: 3,7 Kg (com carregador)
Carregador: Pente com 32 cartuchos (mas normalmente só se usavam 30)
Cadência de Tiro: 550 tpm
Velocidade Inicial do Projétil: 365 m/s.
Pós-Segunda Guerra
América
Uma das mais bem sucedidas foi liderada por Fidel Castro em Cuba com o
apoio do argentino Ernesto "Che" Guevara contra a ditadura de Batista. Fidel
tomou o poder em Cuba em 1959. "Che" Guevara, converteu-se em figura
central dos movimentos guerrilheiros de esquerda nos anos 1960, que
tentaram revoluções socialistas no chamado Terceiro Mundo. Ele foi
assassinado em 1967 em Bolívia onde tentava estabelecer um foco
guerrilheiro. Guevara teorizou a respeito da guerrilha revolucionária, a
definindo como a vanguarda do povo em luta.
De 1954 a 1976, praticamente toda a América do Sul foi tomada por regimes
militares, comandados por Alfredo Stroessner no Paraguai, Augusto Pinochet
no Chile, Hugo Bánzer na Bolívia e a junta militar na Argentina. O triunfo da
Revolução Cubana inspiro uma onda de movimentos revolucionários na
América Latina, quem procuraram mediante a luta armada e a guerra de
guerrilhas instalar governos socialistas na região.
Europa
África
Esses são apenas alguns dos inúmeros conflitos do continente africano, que
infelizmente ainda viu ações de guerrilha na Somália, Chad, Ruanda, Serra
Leoa, Libéria e em tantos outros lugares.
Ásia
O ponto alto da campanha foi a famosa Ofensiva Tet (devido ao ano novo
lunar vietnamita, em meados de fevereiro), planejada pelo estrategista Norte-
Vietnamita Vo Nguyen Giappara o ano novo de 1967-1968.Essa ofensiva
visava uma séria de ataques maciços realizada pelos Vietcongsem mais de
100 alvos urbanos. Mesmo tendo um efeito psicológico devastador, a
campanha a qual Giap esperava ser decisiva, falhou, forçando o recuo de
muitas posições que os Norte-Vietnamitas haviam ganhado. Foram mortos
85.000 Vietcongs. Porém se Giap falhou em seus alvo no Vietnã do Sul,
acertou em cheio no coração da opinião pública dentro dos EUA, que
pressionou o governo do Presidente Johnson a sair deste conflito.
Oriente Médio
Um dos grupos que luta por um país independente para os curdos na fronteira
entre o Iraque e a Turquia é o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
O PKK foi fundado em 1978 na Turquia e começou sua luta de guerrilha em
1984. Ele reivindica uma região curda autônoma no sudeste da Turquia, onde
vivem milhões de curdos. Muitos guerrilheiros do PKK se escondem em
cavernas e abrigos nas montanhas na fronteira entre Turquia e Iraque, de
onde saem para atacar os soldados turcos. Forças turcas têm invadido a
região com o pretexto de destruir as bases do PKK lá instaladas. O PKK é
considerado uma organização terrorista pela União Européia e pelos Estados
Unidos.
A história continua...
Alguns ataques guerrilheiros da jihad por exemplo, podem ser movidos por
uma vontade generalizada para restaurar uma idade de ouro de renome de
outros tempos, com poucas tentativas de estabelecer um regime alternativo
político específica em um lugar específico. Ataques étnicos igualmente podem
permanecer muitas vezes apenas no nível dos atentados, assassinatos ou
ataques genocidas como uma questão de vingar algum insulto passado, ao
invés de um deslocamento final para a guerra convencional como na
formulação maoísta.
Táticas da guerrilha
A guerra de guerrilha é distinta das táticas utilizadas por pequenas unidades
em operações de reconhecimento típica das forças convencionais. Também é
diferente das atividades de piratas ou ladrões. Esses grupos criminosos
podem usar táticas de guerrilha, mas o seu objetivo principal é o ganho
material imediato, e não um objetivo político. Muitos desses criminosos até se
mostram como guerrilheiros, mas é apenas fachada.
Em muitos casos, as táticas de guerrilha podem permitir que uma força menor
mantenha mobilizada uma força inimiga maior e melhor equipada por muito
tempo em um determinada região, como os partisans de Tito na Iugoslávia
retendo ali várias divisões do Eixo.
A intenção desses ataques não é apenas militar, mas também política, com o
objetivo de desmoralizar as populações alvo e/ou governos, ou incitar uma
reação popular para forçar um maior apoio a favor da guerrilha. Um cuidadoso
planejamento antecipado é necessário para as operações, e detalhes como a
capacidade de reação inimiga, armas a disposição e rotas de aproximação e
fuga, não podem ser desprezados.
Seja qual for a tática particular, a guerrilha vive principalmente para lutar outro
dia, e para expandir ou conservar as suas forças e apoio político, por não
captura ou detém porções específicas do território como uma força
convencional, a não ser que o inimigo esteja debilitado, e não possam
reconquistar o território ocupado.
Liderança
Organização
Surpresa e inteligência
Por exemplo, um alvo fixo que for atacado deve ser estudado com detalhes, e
dados sobre forças de segurança no local ou próximas, rotas de entrada e
saída, horário de funcionamento, planta de construção, fluxo de pessoas no
local e formas de acesso, entre outras informações devem ser coletadas e
analisadas.
Porém o apoio popular das massas em uma área confinada local ou país,
contudo, não sempre é estritamente necessário. Guerrilheiros e grupos
revolucionários ainda pode funcionar com a proteção de um regime amigo,
recebendo suprimentos, armas, inteligência e apoio diplomático.
Uso de terror
Logística
Terreno
Por fim, com o controle guerrilheiro de toda a área em volta das cidades,
estas estarão praticamente sitiadas. Chegou então a hora de dar início ao
estágio seguinte da campanha, passando das táticas de guerrilha para os
combates mais convencionais e a esperança de uma vitória final.
Armamento
A guerrilha precisa obter armas para lutar. Algumas podem ter sobrado de
combates convencionais que precederam a ocupação por outro país; outras
armas podem ser obtidas dos habitantes locais. Os guerrilheiros do Vietnã, da
Malásia e das Filipinas, imediatamente após a Segunda Guerra Mundial.
equiparam-se com as armas abandonadas pelas tropas japonesas
derrotadas; O coronel Grivas, em Chipre, recolheu grande número de
espingardas de caça pertencentes a famílias greco-cipriotas, em 1956.
Hoje em dia a arma mais comuns das forças guerrilheiras é o fuzil de assalto
russo AK-47 e suas variantes. Em muitos conflitos também estão presentes
os lança-rojões russos RPG-7 e seus variantes.
Porém sejam fisicamente apto ou não, tenha uma grande habilidade militar ou
não, os guerrilheiros precisam ter uma grande força de vontade para
continuar lutando e se manter fiel a sua causa. Pois muitas vezes tem de
enfrentar sozinho situações difíceis, certo de que seu fracasso significará a
morte. Ele pode ser obrigado a ter uma vida dupla em uma cidade,
extremamente desgastante durante anos; poderá ter de sobreviver durante
meses com poucos alimentos e pouca munição, no deserto, montanha, selva
ou no pântano.
Outros aspectos
Durante uma guerra de os civis podem ser atacados ou mortos como castigo
por alegada colaboração, ou como uma política de intimidação e coerção.
Esses ataques são geralmente sancionada pelos líderes da guerrilha com um
olho nos objetivos políticos que podem a alcançar. Os ataques podem ser
destinados a enfraquecer a moral civil quando a população apoio as forças
contra-guerrilheiras. Muitas vezes as disputas étnicas e religiosas podem
envolver massacres e genocídio generalizado com facções rivais infligindo
violência massiva sobre a populações civis específicas.
No Iraque, a maioria das mortes desde a invasão dos EUA em 2003 é de civis
e não de soldados americanos ou seus aliados. As facções iraquianas
mergulharam o país numa guerra civil com base étnica e religiosa.
O uso de ataques contra civis cria uma atmosfera de caos (e, assim, a
vantagem política, onde a atmosfera faz com que os ocupantes estrangeiros
pensem em se retirar ou oferecer concessões), que pode favorecer os
guerrilheiros.
Leis da guerra
Contra-guerrilha
O Povo
Algo muito importante que deve ser levado em consideração nas operações
de contra-insurreição é que as baixas na população civil não combatente
devem ser extremamente minimizadas. As forças guerrilheiras se aproveitam
do uso excessivo da força contra civis para angariar apoio entre a população
e recrutar novos combatentes. Muitos exércitos regulares e forças
paramilitares em seu combate a movimentos guerrilheiros cometeram este
tipo de erro, na Ásia, África, América do Sul e América Central. Os
americanos cometeram este tipo de erro no Vietnã, Iraque e Afeganistão, os
franceses na Indochina e Argélia e os soviéticos no Afeganistão, apenas para
citar alguns exemplos. A ação de contra-insurreição dos franceses na Argélia
colonial foi selvagem. Na Batalha de Argel em 1957, foram feitas 24.000
detenções, muitos foram torturados e cerca de 3.000 foram mortos. Os
franceses quebraram a infra-estrutura da FLN em Argel, mas também
mataram a legitimidade da suas ações, perdendo a guerra de "corações e
mentes" em relação a população. O general americano Stanley McChrystal
disse que limitar a morte de civis é a ordem máxima de uma operação contra-
insurgência, ele disse que para cada civil morto no Afeganistão, cerca de 10
afegãos se juntaram à insurgência, e ainda afirmou que os soviéticos
mataram 1 milhão de afegãos e nem por isso venceram a guerra.
Áreas não-urbanas
Interrogatório de prisioneiros;
Informantes;
Áreas urbanas
Poder aéreo
Até o final dos anos 1950, as operações aéreas dos franceses na Guerra da
Argélia era decididamente de natureza contra-insurgente, com o uso inclusive
de helicópteros , como o Piasecki H-21 sendo usado não só para transportar
as tropas, mas também para missões de ataque com metralhadoras e
lançadores de foguetes em um arranjo ad hoc para atacar as posições da
guerrilha da FLN nas cadeias de montanhas. Mais tarde os americanos na
Guerra do Vietnã em suas missões aéreas de contra-insurgência utilizaram
modelos de aviões e helicópteros que já existiam, principalmente o Douglas
A-1 Skyraider e o UH-1 Iroquois artilhado. Mais tarde, surgiram aeronaves
mais especializada em missões de contra-insurgência, como o helicóptero
AH-1 Cobra, que definiu qual seria o design de praticamente todos os
helicópteros de ataque até os dias de hoje: fuselagem estreita, com dois
tripulantes em tandem (o piloto no assento de trás e o atirador no assento da
frente) e as armas instaladas em pequenas asas nas laterais da aeronave.