Gregos e Persas se confrontaram durante o século V a.C. onde
os gregos buscavam se livrar do domínio persa e garantir o total controle sobre um ponto de valioso comércio.
O Império Persa se transformava em um dos mais poderosos
impérios antigos, partindo da busca pelo domínio de todo o ocidente. Após a conquista da Lídia, se abriu caminhos para o domínio das demais colônias gregas, na região conhecida como Jônia. Mileto, era uma das colônias gregas de maior importância na região, e se voltaram contra a invasão persa com a ajuda de Atenas. Dário I, rei dos persas, enviou seu exército mais poderoso para castiga-los, dando início as Guerras Médicas.
Os motivos pela qual a guerra se instalou na região eram
basicamente busca por poderes territoriais. Ambos almejavam o controle total do comércio no oriente, e também pelas revoltas das cidades gregas na região da Jônia, com destaque pra mileto.
A primeira batalha não foi nada lucrativa para os persas, pois, os
atenienses assumiram o comando a frente do poderio grego, e com mais de 10 mil soldados, conseguiram parar uma invasão persa vinda pelo mar, que chegaria até Atenas.
A discussão se inicia a partir da segunda guerra, 10 anos mais
tarde, onde o rei Xerxes, filho de Dário, liderava os persas para a invasão no território helênico, dando seguimento a guerra iniciada por seu pai. Ele tinha um exército enorme, e que impunha medo a qualquer exercito que almejasse enfrenta-los. Esparta e Atenas, eram as grandes frentes gregas, contra os persas.
No filme, os 300, traz a tona todos os pontos presentes na cultura
espartana da época, retratando desde o início que os homens espartanos já eram escolhidos ao nascer, pra se tornar um guerreiro, mas não qualquer um, e sim um guerreiro espartano. A partir dos 7 anos, o menino é afastado de sua mãe, e lhe é imposto um treinamento único espartano, onde ele era batizado no fogo do combate, aprendendo a nunca recuar, jamais desistir, aprendiam que a maior glória da vida dele seria morrer em batalha defendendo Esparta. Ele é lançado em um mundo de violência, onde vai aprender a lutar, e até mesmo a matar, pois algo que era marcante para os espartanos era a cultura da guerra, e com isso buscavam formar os melhores soldados que o mundo já viu. Ele é levado a realidades desumanas, como espancamentos com pau e chicote, para aprender a não demonstrar dor, ou remorso. Era obrigado a lutar contra as forças da natureza, a caçar seu próprio alimento, e se não sobrevivesse a isso, ele não seria merecedor do titulo de espartano.
Quando Leônidas retorna a Esparta, após vencer e sobreviver a
todos os desafios que lhe foram designados, volta se tornando um rei e general do exército espartano. A ameaça ainda constante dos persas dominarem toda a Grécia e fazer de seu povo escravos, fez com que as demais cidades ainda libertas, designassem Esparta como a representante grega na guerra.
Mensageiros persas são enviados para Esparta, indicando que
eles aceitem e se postem submissos ao império persa, ou seriam aniquilados por Xerxes e seus soldados. Leônidas ofendido com tais alegações, elimina a todos os mensageiros e solta o grito de guerra deles “isto aqui é Esparta”, representando toda a importância que isso tinha para eles.
Antes de se reunir para partir para a guerra, os espartanos se
deparam com a lua cheia, o que daria início a ritos religiosos na cidade. Portanto Leônidas consegue juntar apenas 300 soldados, mas os soldados do mais alto nível, e parte pra o encontro com os persas. Ele desenvolve uma estratégia genial, onde ele sabia que era impossível combater o enorme exército de Xerxes, com apenas 300 homens. Ele e seu exercito se posicionam em uma pequena passagem existente em Termópilas, na qual o enorme número de persas não fariam diferença, pois só poderiam passar uma pequena quantidade pra confrontar os espartanos.
Os gregos se postaram em Falanges, formando uma grande
frente de escudos e lanças, se protegendo de ataques de flechas, quanto de flancos, graças á distribuição no terreno. Essa formação diminuía gritantemente a vantagem dos persas.
Iniciasse o segundo dia de batalha, e os persas estão sendo
massacrados pelos espartanos, Xerxes se revolta e envia sua Elite para combater, porém os espartanos os causaram diversas perdas, obrigando eles a partirem em retirada. No final desde segundo dia de batalha, um grego, Ephialtes, foi para o lado dos persas, e informou ao rei que existia uma passagem alternativa por Termópilas que acarretaria em um flanqueamento das tropas gregas. E pondo um fim ao exército orgulhoso e forte dos espartanos, que após matar dois dos irmãos de Xerxes e milhares de solados persas, chegou ao seu fim.
Uma terceira batalha ainda foi travada entre gregos e persas na
região da Ásia Menor, dessa vez a Grécia era liderada pelo filho de Milciades, os gregos acabaram por vencer esta batalha também, e assinaram o tratado de Susa, que pregava o domínio grego sobre o mar egeu, que foi grande foco de disputa da guerra.
A vitória grega resultou em mudanças significativas para o seu
povo. Atenas se legitimou hegemônica sobre as outras cidades gregas, a democracia voltou a estar presente e enfraquecendo até o fim do império persa. Essa batalha demonstrou toda a influencia que a qualidade e a estratégia de um exercito pode ser esmagadora sobre o outro menos preparado, e se tornou objeto de estudos até hoje. Mesmo com o fim do Império persa, suas influências nas cidades gregas ainda perduraram durante todo o período clássico.