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Filipe de Araújo Alves

Relações de alteridade entre gregos e persas

Gregos e Persas se confrontaram durante o século V a.C. onde


os gregos buscavam se livrar do domínio persa e garantir o total controle
sobre um ponto de valioso comércio.

O Império Persa se transformava em um dos mais poderosos


impérios antigos, partindo da busca pelo domínio de todo o ocidente.
Após a conquista da Lídia, se abriu caminhos para o domínio das demais
colônias gregas, na região conhecida como Jônia. Mileto, era uma das
colônias gregas de maior importância na região, e se voltaram contra a
invasão persa com a ajuda de Atenas. Dário I, rei dos persas, enviou seu
exército mais poderoso para castiga-los, dando início as Guerras
Médicas.

Os motivos pela qual a guerra se instalou na região eram


basicamente busca por poderes territoriais. Ambos almejavam o controle
total do comércio no oriente, e também pelas revoltas das cidades
gregas na região da Jônia, com destaque pra mileto.

A primeira batalha não foi nada lucrativa para os persas, pois, os


atenienses assumiram o comando a frente do poderio grego, e com mais
de 10 mil soldados, conseguiram parar uma invasão persa vinda pelo
mar, que chegaria até Atenas.

A discussão se inicia a partir da segunda guerra, 10 anos mais


tarde, onde o rei Xerxes, filho de Dário, liderava os persas para a invasão
no território helênico, dando seguimento a guerra iniciada por seu pai.
Ele tinha um exército enorme, e que impunha medo a qualquer exercito
que almejasse enfrenta-los. Esparta e Atenas, eram as grandes frentes
gregas, contra os persas.

No filme, os 300, traz a tona todos os pontos presentes na cultura


espartana da época, retratando desde o início que os homens
espartanos já eram escolhidos ao nascer, pra se tornar um guerreiro,
mas não qualquer um, e sim um guerreiro espartano. A partir dos 7 anos,
o menino é afastado de sua mãe, e lhe é imposto um treinamento único
espartano, onde ele era batizado no fogo do combate, aprendendo a
nunca recuar, jamais desistir, aprendiam que a maior glória da vida dele
seria morrer em batalha defendendo Esparta. Ele é lançado em um
mundo de violência, onde vai aprender a lutar, e até mesmo a matar, pois
algo que era marcante para os espartanos era a cultura da guerra, e com
isso buscavam formar os melhores soldados que o mundo já viu. Ele é
levado a realidades desumanas, como espancamentos com pau e
chicote, para aprender a não demonstrar dor, ou remorso. Era obrigado a
lutar contra as forças da natureza, a caçar seu próprio alimento, e se não
sobrevivesse a isso, ele não seria merecedor do titulo de espartano.

Quando Leônidas retorna a Esparta, após vencer e sobreviver a


todos os desafios que lhe foram designados, volta se tornando um rei e
general do exército espartano. A ameaça ainda constante dos persas
dominarem toda a Grécia e fazer de seu povo escravos, fez com que as
demais cidades ainda libertas, designassem Esparta como a
representante grega na guerra.

Mensageiros persas são enviados para Esparta, indicando que


eles aceitem e se postem submissos ao império persa, ou seriam
aniquilados por Xerxes e seus soldados. Leônidas ofendido com tais
alegações, elimina a todos os mensageiros e solta o grito de guerra deles
“isto aqui é Esparta”, representando toda a importância que isso tinha
para eles.

Antes de se reunir para partir para a guerra, os espartanos se


deparam com a lua cheia, o que daria início a ritos religiosos na cidade.
Portanto Leônidas consegue juntar apenas 300 soldados, mas os
soldados do mais alto nível, e parte pra o encontro com os persas. Ele
desenvolve uma estratégia genial, onde ele sabia que era impossível
combater o enorme exército de Xerxes, com apenas 300 homens. Ele e
seu exercito se posicionam em uma pequena passagem existente em
Termópilas, na qual o enorme número de persas não fariam diferença,
pois só poderiam passar uma pequena quantidade pra confrontar os
espartanos.

Os gregos se postaram em Falanges, formando uma grande


frente de escudos e lanças, se protegendo de ataques de flechas, quanto
de flancos, graças á distribuição no terreno. Essa formação diminuía
gritantemente a vantagem dos persas.

Iniciasse o segundo dia de batalha, e os persas estão sendo


massacrados pelos espartanos, Xerxes se revolta e envia sua Elite para
combater, porém os espartanos os causaram diversas perdas, obrigando
eles a partirem em retirada. No final desde segundo dia de batalha, um
grego, Ephialtes, foi para o lado dos persas, e informou ao rei que existia
uma passagem alternativa por Termópilas que acarretaria em um
flanqueamento das tropas gregas. E pondo um fim ao exército orgulhoso
e forte dos espartanos, que após matar dois dos irmãos de Xerxes e
milhares de solados persas, chegou ao seu fim.

Uma terceira batalha ainda foi travada entre gregos e persas na


região da Ásia Menor, dessa vez a Grécia era liderada pelo filho de
Milciades, os gregos acabaram por vencer esta batalha também, e
assinaram o tratado de Susa, que pregava o domínio grego sobre o mar
egeu, que foi grande foco de disputa da guerra.

A vitória grega resultou em mudanças significativas para o seu


povo. Atenas se legitimou hegemônica sobre as outras cidades gregas, a
democracia voltou a estar presente e enfraquecendo até o fim do império
persa. Essa batalha demonstrou toda a influencia que a qualidade e a
estratégia de um exercito pode ser esmagadora sobre o outro menos
preparado, e se tornou objeto de estudos até hoje. Mesmo com o fim do
Império persa, suas influências nas cidades gregas ainda perduraram
durante todo o período clássico.

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