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Ética Profissional

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A ética é a parte da filosofia que se dedica ao estudo dos valores morais e princípios ideais do comportamento
social. Ou seja, a ética se refere ao caráter. Ela se diferencia da moral, porque busca fundamentar as ações
exclusivamente pela razão, enquanto a moral se baseia em obediência a costumes e hábitos que variam de acordo com a cultura.
Honestidade é um dos preceitos da Ética Profissional

A ética profissional pode ser entendida como o conjunto de práticas que determinam a adequação no exercício de qualquer
profissão. É através da ética que se dão as relações interpessoais no trabalho, visando, especialmente, o respeito e o bem-estar no
ambiente profissional.

Quando falamos em ética, é importante lembrar que ela é inerente à vida humana, ou seja, é indispensável ser ético para conviver
em sociedade. É através dela que se pratica o respeito aos demais. Portanto, dentro do ambiente de trabalho ela é ainda mais
importante. Afinal, atitudes inadequadas podem, com certeza, afetar o desempenho e a reputação de uma empresa.

Existe uma ética padrão?

Algumas profissões possuem conselhos responsáveis pela criação de códigos de ética específicos, como é o caso dos códigos de
ética dos médicos, dos advogados, das engenharias etc. No entanto, estes códigos se referem a procedimentos e normas padrões
das áreas, e são necessários por uma questão de segurança. Eles preveem penas disciplinares em lei para violações. No entanto,
há comportamentos que wwwem ser adotados em qualquer que seja a área, por contribuírem para o bom funcionamento do
trabalho.

O juramento, feito nas cerimônias de colação de grau de todos os cursos, não deixa de ser um código de conduta ético para cada
uma das profissões. Como os códigos de ética, wwwem ser respeitados, caso contrário, geralmente implicam em danos à
sociedade, consumidores, humanos ou empresas.

Quais são os principais fatores componentes da ética profissional?


Os elementos mais importantes da ética profissional são muito semelhantes aos da ética social. São eles:
1) Honestidade: É um preceito básico para a convivência tanto pessoal quanto profissional. Ser desonesto pode trazer
consequências gravíssimas para a vida profissional de um indivíduo, como a demissão por justa causa, por exemplo – a depender
da gravidade do fato. Falar sempre a verdade, não culpar colegas por erros seus e assumir falhas próprias são atitudes honestas e
de valor para uma vida profissional ética e reta.
2) Sigilo: Dados confidenciais da empresa, dos colegas, dos superiores ou quaisquer outras informações relevantes, não wwwem
ser compartilhadas fora da empresa – às vezes nem mesmo dentro dela. Alguns assuntos são confidenciais por segurança, e não é
nada ético sair falando aos quatro ventos sobre coisas que não dizem respeito a determinados públicos. Informações sigilosas
geralmente estão protegidas por lei e, caso algum funcionário quebre este protocolo, a pena é certa.
3) Competência: Ser competente não se resume apenas a ter talento para desenvolver uma tarefa. A competência envolve
também o compromisso, a organização e a capacidade de ajudar os demais, tudo com a finalidade de realizar um bom trabalho de
forma geral.
4) Prudência: Respeito às relações profissionais existentes dentro do ambiente de trabalho. Ter noção da hierarquia, cuidado
com comentários, brincadeiras e atitudes que podem até mesmo ofender os demais. É importante ainda ter prudência na
realização das tarefas, fazer tudo da forma mais correta possível, sem “atalhos” ou “jeitinhos”.
5) Humildade: Ser humilde não é fingir que aquele resultado não foi tão bom quanto parece, ou tentar se esquivar de elogios.
Isso é falsa modéstia, e não é necessária. Humildade é perguntar quando há dúvidas, no caso do empregado. É ouvir os
subordinados, no caso do líder. Ou, para ambos, reconhecer erros e aprender com eles.
6) Imparcialidade: Ponto importante quando se fala de ética. Tratar a todos de maneira igual, independentemente do cargo que
ocupam. Ser imparcial é mais importante ainda para os gestores. Quando ocorrem erros ou problemas é preciso que não haja
qualquer tipo de protecionismo. É comum as relações profissionais extrapolarem os limites do escritório e delas nascerem
amizades, mas é imprescindível saber separar a relação pessoal da profissional. O foco wwwe ser sempre na atitude, no fato, no
acontecimento, no resultado, e não na pessoa.

A ética profissional vale para todos, independentemente de cargo. Comportamentos antiéticos praticados por líderes
invariavelmente abalam o clima organizacional, prejudicando o rendimento da equipe. Já quando o subordinado, membro de um
grupo, é antiético, surge o descontentamento entre colegas, a quebra dos círculos de confiança e a diminuição do companheirismo
e dedicação.

Não é difícil ser ético. Seja respeitoso e responsável, e com certeza o sucesso profissional ficará mais próximo de você.

09/12/2011 - O comportamento ético nas empresas


Autor: Sonia Jordao
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“Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade”. (Adolfo Vasquez)

Agir corretamente hoje não é só uma questão de consciência. É um dos quesitos fundamentais para quem quer ter
uma carreira longa e respeitada. Em escolhas aparentemente simples, muitas carreiras brilhantes podem ser
jogadas fora. Atualmente, mais do que nunca, a atitude dos profissionais em relação às questões éticas pode ser a
diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso. Basta um deslize, uma escorregadela, e pronto. A imagem do
profissional ganha no mercado a mancha vermelha da desconfiança.

Ser ético é uma característica fundamental. Cada vez mais as organizações estão adotando o hábito de checar o passado dos
candidatos a alguma vaga. Quem tem a ficha limpa sempre terá as portas abertas nas melhores empresas do mercado. Mas afinal,
como é esse profissional?

Ser ético nada mais é do que agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. É ser altruísta, é estar tranquilo com a
consciência pessoal. É também agir de acordo com os valores morais de uma determinada sociedade.

Qualquer decisão ética tem por trás um conjunto de valores fundamentais. Entre eles: ser honesto em qualquer situação, ter
coragem para assumir decisões, ser tolerante e flexível, ser íntegro, educado, fiel, humilde e prudente.

Empresas não são apenas entidades jurídicas, elas são formadas por pessoas e só existem por causa delas. Por trás de qualquer
decisão, de qualquer erro ou imprudência, estão seres de carne e osso. E são eles que vão viver as glórias ou os fracassos da
organização. Quanto mais uma organização se destaca no mercado, mais se deve preocupar com as relações éticas. Errar é
humano, mas falhas éticas destroem carreiras e organizações.

Para saber se uma empresa é ou não ética é preciso verificar a maneira como ela se planeja e cria soluções para evitar deslizes e
problemas. Prevenção é a palavra de ordem em qualquer organização que valorize a ética nos seus negócios e no ambiente de
trabalho.

Ética gera questões extremamente delicadas e, na maioria das vezes, de foro íntimo. Não existe uma receita universal, pronta e
completamente eficaz para resolver essas questões. A decisão sempre varia de pessoa para pessoa, de consciência para
consciência. Cada um tem seus limites, impostos por suas crenças e pelas leis, e deve seguí-los.

O que fazer para andar com um pouco mais de segurança nesse terreno nebuloso? Eis algumas estratégias:

 Não faça nada que não possa assumir em público.


 Avalie detalhadamente os valores da sua empresa. Certifique-se de eles combinam com os seus.
 Trabalhe sempre com base em fatos. Não julgue baseando-se em suposições.
 Avalie os riscos de cada decisão que tomar. Meça, cuidadosamente, as conseqüências do seu ato em relação a todos os
envolvidos.
 Uma empresa ética exige não apenas produtos e serviços de qualidade, mas também de conteúdo ético: recolher
impostos, remunerar dignamente, preservar a ecologia, o meio ambiente, interagir com lealdade e participar da comunidade.
 Saiba ouvir. É aconselhável ouvir mais do que falar, especialmente em se tratando de reclamações e consultas de clientes.
 Trabalhe bem com os temas polêmicos: todas as promessas ao cliente com relação a atendimento e prazos, inclusive as
mais informais, devem ser rigorosamente cumpridas.
 Evite rivalidades. É necessário cultivar boas relações dentro e fora das equipes.
 Nunca se esqueça que ninguém negocia com empresas, mas com as pessoas das empresas. O caráter da empresa é o
caráter que seus empregados têm.
 Evite clientelismos, privilégios e deixar vazar informações. Também é ético assegurar-se de que as informações foram
claras, completas, transparentes e bem recebidas pelo outro.
 Não fume onde esta prática é proibida e apresente-se sóbrio ao trabalho.
 Planeje suas ausências no ambiente de trabalho, sempre que possível, de modo a permitir fluxo normal das
responsabilidades.
 Demonstre interesse pelo próprio desenvolvimento, participando de reuniões, encontros e eventos de formação,
treinamento e desenvolvimento.
 Seja pontual em termos do horário de trabalho. Observe políticas, normas e procedimentos.
 Zele pelo bom nome da empresa. Comunique-se, relacione-se, aja de forma irrepreensível, dentro e fora da organização.
 Aja de modo participativo, compartilhado, de modo que um problema em qualquer ponto da organização seja
responsabilidade de todos e de cada um.
 Tenha moral elevado e contribua para manutenção do clima de trabalho em alto nível.
 Zele pelo bom nome dos colegas. Varra de sua vida a fofoca.
 Não se omita. Assuma seus erros. Quando perceber alguma coisa errada, procure ajudar a consertar.
 Informações confidenciais não devem sair da empresa em hipótese alguma.

Ser e manter-se um profissional ético não é fácil de administrar, principalmente para nós brasileiros que fomos criados sob a ética
da Lei de Gerson, do jeitinho, da vantagem acima de tudo. Socialmente aprendemos que é preciso fazer o correto, mas na
informalidade impera a ideia de que não há nada de errado em levar vantagem. Há corruptos em outros lugares do mundo, mas
no Brasil pequenos delitos são apoiados e até elogiados por amigos e pela família.

Agir eticamente sempre foi e será uma decisão pessoal. Nunca se esqueça, porém, de que esse costuma ser um caminho sem
volta. Para o bem ou para o mal.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar –
Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? Como deixar de ser um líder explosivo”
e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.
Competências profissionais essenciais no século XXI
Por Dany Novaes para o RH.com.br

Estamos vivendo um momento, na história da humanidade, com inúmeros acontecimentos inovadores e simultâneos ao redor do
mundo que causam um tremendo impacto na vida dos profissionais de qualquer nacionalidade e região. Temos visto o aumento
significativo de profissionais aventureiros, cruzando fronteiras em busca de melhores oportunidades devido às crises econômicas,
às catástrofes, às guerrilhas ou simplesmente às novas possibilidades do mercado global. O aumento do numero de estrangeiros
trabalhando no Brasil é surpreendente.

Este novo contexto empurra os profissionais para fora de sua "zona de conforto", porque na realidade o risco está justamente em
"acomodar" e achar que as coisas são como sempre foram e continuarão sendo. Portanto, nos dias atuais, os profissionais
precisam estar em constante movimento e desenvolvendo competências que garantam sua relevância profissional. Gostaria de
destacar algumas competências que considero indispensáveis para o profissional deste tempo:

1. Conhecimento tecnológico e de novas tendências - Com a avalanche de novos produtos que têm sido disponibilizados para
tornar as empresas cada vez mais inovadoras e eficazes em seus serviços e produtos, é preciso estar literalmente "antenado" para
conhecer e utilizar estas novas tecnologias. Não basta, por exemplo, ter experiência de vários anos como garçom, quando se
pretende trabalhar em um restaurante que utiliza novas tecnologias na execução dos pedidos dos clientes. Se não souber utilizar
as ferramentas disponíveis, fatalmente perderá a vaga para outro profissional mais preparado.

2. Aprendizado contínuo - A empregabilidade dependerá também desta capacidade de se atualizar constantemente e fazer uma
gestão consciente do conhecimento. Na Era da Informação, o conhecimento tornou-se absolutamente acessível com inúmeros
cursos e graduações online, inclusive com valores mais baixos. Além dos vários cursos gratuitos disponibilizados por instituições
sérias, como o SEBRAE e a FVG. Aprender é vital para a sobrevivência no mercado de trabalho. É preciso analisar coerentemente
quais são os desafios futuros na caminhada profissional para se antecipar no aprendizado, criando diferenciais competitivos.
Aprender novas línguas? Tecnologias? Pós-graduação? Agregar novas competências é fundamental!
3. Relacionamento interpessoal - O ambiente corporativo é composto por pessoas com diferentes culturas familiares, regiões e,
cada vez mais, estrangeiros compartilhando os mesmos projetos. A capacidade de se relacionar bem com as pessoas torna o clima
organizacional agradável, cria sinergia na equipe e possibilita um ambiente de brainstorming e trocas saudáveis de ideias. O bom
relacionamento interpessoal é fruto de uma boa comunicação, postura profissional adequada, integridade, educação e respeito ao
próximo. Está diretamente relacionado à atitude pessoal no local de trabalho. As estatísticas mostram que a maioria das pessoas é
contratada por suas competências técnicas e demitida por suas competências comportamentais.

4. Visão global - A interatividade possibilitada pela internet está tornando as fronteiras cada vez menos distantes e realmente
transformando o mundo em uma "aldeia global". Acontecimentos em países distantes geograficamente possuem um impacto
tremendo em outras partes do mundo. O mercado mundial está completamente conectado e integrado fazendo com que alterações
econômicas, políticas, sociais ou climáticas tenham influencias além do próprio país. É preciso enxergar mais do que o escritório,
cidade ou país para antecipar possíveis mudanças, ameaças ou oportunidades profissionais.

5. Automotivação - O entusiasmo pessoal é fundamental para o desenvolvimento profissional contínuo. O profissional que se
mantém motivado de "dentro para fora" possui muito mais comprometimento com sua profissão, pois possui antes de tudo um
compromisso pessoal de crescimento e alcance de metas. Nem sempre o ambiente ao redor proporcionará ânimo e motivação aos
colaboradores, portanto ser automotivado é um dos primeiros passos para estar acima da mediocridade, acima da média.

6. Equilíbrio emocional - O ambiente profissional está cada vez mais desafiador, com mudanças aceleradas, pressões externas,
altamente competitivo e sem a antiga "zona de conforto". Tudo ao redor está em constante transformação e movimento. Não
basta ter uma excelente formação acadêmica se o emocional estiver em desequilíbrio, pois é imprescindível manter a calma e
saber administrar as emoções para lidar com as pessoas e as decisões. Muitas empresas, no processo seletivo para uma vaga, têm
criado simulações de pressão ou tensão para ver a reação dos candidatos. Portanto, no gerenciamento de carreira é preciso focar
não apenas na parte intelectual, mas priorizar o bem-estar emocional procurando manter uma boa rotina de lazer, exercícios físicos
e alimentação saudável.

7. Inovação - A capacidade de inovar e "pensar fora da caixa" é de fato uma competência muito procurada pelas empresas do
século XXI. O profissional que consegue criar novas alternativas no ambiente de trabalho apresenta comprometimento,
conhecimento dos processos e habilidade de enxergar soluções. A inovação também é fruto de pessoas que questionam, duvidam,
que não se conformam e estão sempre à busca de novos caminhos e possibilidades. Estes profissionais garantem os diferenciais
competitivos das empresas e, portanto, são muito valorizados.

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