Você está na página 1de 683

' +.

-- ' '
-.'- '.":¡.I'.É:° -iiif' ¡E!==:':`-'.':`-""-`- ' H
. -. .`.`
_'
_ -_'.-.-=::5=:'rr. .
. -._'
6
'_ IÍ Ç
' 1': " -_
- - _'; -_
Gunso os Diei'-tiro oo Tnnerzuio 555.
cnPítui_o xviii ii. contanto Emnngemfcio E contento na A A
Pnssmçno os senviços _ ._
i Prestação de serviços e o contrato mediante o qual uma (ou mais) i
i.

contanto os rnnsnuio E contamos Arms pessoa(s) compromete(m)-se a realizar ou mandar realizar uma ou mais
I
I
i
I

if _ _
tarefas para outrem, sob a imediata direção do proprio* prestador e mediante
uma retribuição' material especificada. '
Linrnooução O contrato de prestação de serviços (locação de serviços, segundo _o
antigo CCB _-M art. 1.216 e seguintes) corresponde ao tipo legal previsto
Ha, no mundo sociojuridico, inúmeros contratos que tem como elemento para a pactuação da grande maioria de relaçoes de prestação autônoma
central ou relevante de seu objeto a prestação de serviços por uma pessoa de serviços que se conhece no mundo moderno (o novo CCB inclusive
natural a outrem. O enfoque nesse elernerito central permite a classificação reverencia esse seu carater generalizante: art. 593). Corn raizes na antiga
de' tais pactos em um grupo proprio e distintivo, o grupo dos contratos de iocatio conductio operarurri romana, a figura expandiu-se no mundo atual,
atividade. ' regendo distintas modalidades de prestação de serviços, quer efetuadas
Contratos de Atividade »--- Em distintos segmentos do Direito há exem- por pessoas naturais, quer por pessoas jurídicas. Anteriormente ao surgi-
plos marcantes de contratos de atividade. No Direito Civil, as figuras contratuais
_ i
mento do Direito do Trabalho, consistia ainda no tipo legal em que a ordem
da prestação de serviços (antiga locação de serviços), da empreitada e ainda juridica buscava enquadrar a novel relação de emprego despontada na so-
do mandato; no Direito Agrário/Direito Civil, as variadas figuras de parceria agri- ciedade industrial recente.
Wltfitifi tpsfifltátfltaë _fl°rDff@it0 Geriatria' Clásfiiwzitte ficuratdatrepresefleçäo O prestador' 'autdno'mo __'senriços':e,_'er_n geral, um profissionai no to»
mtsfsstiiiili (fiPis×.ifli.fi'¢s¿_ serena Paint' Grt'¢tiQ¢'t.C'ivsi;) acl entrara de cante as tarefas para as quais foi 'ccntratado'.` Nesse sentido, tende ater razoável
agencia e distribuição). No plan'o`do Direito' Civil =e`_'Cornerci'aI`,'em 'conjiiri-to, 'podes c_o_nh_ecimen_t:o técnico-p:rof_issiorial¡ p__ar_a___cumpr_i'r sua_s:ta_r__e__f_as de modo
"SÉ _fi_iÚÇI_3._ m€3_nÇ_i_ona_r afigura contratual da sociedade. A área jurídica trabalhista au_tossu_fi_ci_ente._ Es_sa_ci_rc_unstãncia não reduz, porem, esse tipo de contrato ape-
apresentada, ainda,__ contratos deatividade'diferenciados entre si: o mais rel'evan- nas a profissionais especializados, uma vez que e viável a prestação auto-»
te eo contrato empregatício, embora' se possa mencionar também o contrato de noma de serviços por trabalhadores não qualificados (por exemplo, limpeza
trabalho avulso. ' ' ' }
de um lote ou lavagem de trouxas de roupas). O fundamental e que, nesses
- r.-_;-._

Ds contratos de atividade situam-se, pela semelhança do sujeito pese _ . - '.


'__ -_ :
:-_§;-_-.,_
I -
_

_
casos de trabaihadores não qualificados, o rudimentar conhecimento do
soa fisica e do objeto, em uma fronteira proxima a seara do contrato empre- obreiro seja bastante para que ele cumpra seus singelos serviços contrata»
gatício. Embora seja evidente que com ele não se confundem, guardando pelo
_
._- Í-¡-_'.¡.¡¡:_-._
I dos sob suapropria condução e-anãfise ---- portanto, de' modo autônomo.
_'
menos uma ou algumas distinçoes essenciais, essa diferenciação nem sem- i. _ _ . A pr'est'aç_ão__de serviços' pode ser pactuada com ou sem pessoalidade
pre e claramente visivel no cotidiano socíojurídico. A recorrãncia pratica de no qu'e'tãnge ã fi'g'uia" do 'prestador labor'aI.' Caso a infung_ib_il_idad_e da pessoa
tais situações fronteiriças torna prudente o exame comparativo de algumas I- :_ .'.._".;.:..¿::¡:.:..:.I.:
_._ :Ê5_;z.. .
I natural do prestador seja caracteristica aquele contrato' especifico firmado,
.-¡
_ _ z ::_g=_z::=:;-:
H_
dessas figuras contratuais similaresili. ele posicionar-se~á mais proximamente à figura da relação de emprego. Pac-
E claroique, sendo a prestação de serviços pactuada efetivamente por
'-1 -I 1-11ii-ii-Í
z. f. =: §¿{f§=;ê[_:=_;-;-_'-z'zj- 1-_í_ tuado sem pes'soalidade,=-'o- contrato de locaçãode serviços distanciar-se-a
pessoa juridica, tais tipos de contrato irão se afastar, sumamente, da relação bastante 'do' pactoeitipregaticio'--por acrescentar um segundo elemento es-
de emprego e, até mesmo, do próprio conceito de relação de trabalho -M
fsencial de difeienciação em 'contrap'onto-'ao tipo legal do art'."3A, caput, da CLT
--- a pessoaiidade.
inerente a pessoa humana, como se sabe. I. :.:
:I

_ «-:_
~.
i§':`-j-Íz;I_': Contudo, a diferença essencial a afastar as duas figuras e a dicotomia
- _ '- .Í
É autonomia versus subordinação. A prestação de serviços abrange, neces-
(1) Sobre o tema, consultar o excefente estudo “Contratos de Trabalho. Contratos Afins. --
____¿_¿__ __
seriamente, prestações laborais autonornas, ao passo que o contrato em-
Contratos de Atividade”, do Professor lvlanuei Candido Rodrigues, in BARROS A. M. pregatício abrange, necessariamente, prestações laborais subordinadas. As
(Coord). Curso de Direito do Trabalho ---» estudos em homenagem a Celio Goyata, i, 3. duas figuras, como se sabe, manifestam-se no tocante ao modo de presta-
ed. São Paulo: LTr, 1997. p. 42€-3‹-462.
ção dos serviços e não no tocante a pessoa do trabalhador.--Autonomia
._._.Ê_.:¡_:_.:._-__:

__ -'_'§::-_=.:-_.-
¬-'-¬-:i- . _ ' . __ ' '
_ -_ _'-I'_'_'I=i>_'-'t -
fi_+¿:-=_g _,;;,z:ç¡e?,-gt _ - _''
_ -_ -`¡Í'-`:':Í":`¬'‹=E-; z'fi“*ÍÂ:`1`-Fi¡Í'¡I':I'-`-"'I
AhWzä.f¿¡___,_;:¡_.__._¡.._:___.__._._. ¡_` ._" - _

' Wo M”É.5.ÊÊÍfÊ-:F-=_'Í=.¡Í'¡:`:`-Í"-Í' "


. iz'«<*fz:-frêfz5:-f_=zz'-_-_'--_'-'- z- :- '- -_: -
_ '_ --¡z-__z5z:_z.-_,,¿_';,.É .¡-¿\jf.-__;:;¡::_;-_-__;-¡__'_-_¡_z;z_z-_'_ -_ _ -
_-- -_I-_'__'¡_-_-¡E5¡'_-:_-pf;:5¡%:¿zy_Ê1;;¡'__-_:__'¡¡;__'_._-
W*5;ri-if-zr_-_--_1-.:_'_-_'_-_'.-;.z-_--_¡-_ . .'-

556 li/liiunicro Gooeirio Deteaoõ - - :'.'.-.-.1.-;-;z:5;::-1¢`¿§~;;;:›'.-_-z.';:_-::.-.:-:----_'._..'-: . :


_ .. ----_'_':-;-_-.;_:::_1:«;ê : -_ -_ -
_ ' -'_'I__!3?¬:'fÍ=-'-"5555'-"'¡Í'Í:`_'
' - :_ : _ '_ '_ - '_
- ---__';__'_:_---_-_;,-,\_--
_ '_ .¡¡I$§.=;.'.;
'-'
Ôuaso os Diaeiro oo Tnneritno 557” E
i
_ _ _1;¿×_=;:«_: E
_ ':-À:-'-z=-
iaborativa consiste na preservação, pelo trabalhador, da direção cotidiana Asdiferenças entre o contrato de empreitada e o contrato empregatício* š

sobre sua prestação de serviços; subordinação laborativa, ao contrãrio,_ š"g¿l;;;.- marcantes. Em primeiro lugar, ha a distinção quanto ao objeto do pacto":-
consiste na concentração, no tomador de serviços, da direção cotidiana éi'-'que na empreitada enfatiza-se a obra concretizada pelo serviço, ao passo
sobre a prestação laboral efetuada'pelo trabalhador. ' `

.
v
_/

_» ¿§ji_i'e, no contrato de emprego, emerge reiativa indeterminaçao noque tange


No plano concreto, nem sempree muito clara a diferença entre autoncã _:._-:-___¡¡_: N
s
á5`:"resultado mesmo do serviço contratado. Embora o empregado esteja
mia e subordinação. E que dificilmenteexiste 'contrato de prestação de serviços tjifiaunlado a uma função (isto e, um conjunto orgãnico e coordenado de tare--
em que o tomador não estabeleça um minimo de diretriáes e avaliações ba-' _ _' _: _ÍÍ_Í_`_:'_ __»
recebe distintas e intensas orientações ao longo da prestaçao laboral, I
i
i
|
s

sicas ã prestação efetuada, embora não dirija nem fiscaliza o cotidiano dessa rã
alteram o proprio resultado alcançado ao longo do tempo. _ -
prestação. Esse mínimo de diretrizes e avaliações basicas, que se manifestam 1- Essa diferença quanto ao objeto não e, contudo, essencial Í-M embora
principalmente no instante da pactuação e da entrega do serviço (embora seja comum e recorrente no cotidiano do mercado de trabalho. E que pode
possa haver uma ou outra conferencia tópica ao longo da prestação realizaëi existir contrato empregatício cujo objeto seja a prestação de serviços vinculada
da) não descaracterize aautonornia. Esta sera incompativel, porem, corn afirma obra especifica e determinada, efetuada, porem, com oselementos
uma intensidade e' repetição de ordens pelo tomador ao longo do cotidiae tático-jurídicos da relação de emprego (trabalho por pessoa fisica, corri pessoa- l
:-
|
r

no da prestação laboral. Havendo ordens cotidianas, pelo tomador, sobre


al

lidade, não eventualidade, subordinação e onerosidade).


o modo de concretização do trabalho pelo obreiro, desaparece a noção de
autonomia, emergindo, ao revés, a noção e realidade da subordinação. Em segundo lugar, surge o elemento diferericiador da pessoalidade. E
comum que a empreitada seja pactuada sem cláusula de infungibilidade do
prestador ao longo do contrato, substituindo-se esse prestador, reiteradamente,
iii. contanto eiviPR_EGA'ríc|(o E comento no transcorrer da concretização da obra. Caso não se evidencia a infungibilida- r
'<¬.-

. 4' pessoa física do empreiteiro, não se pode confundir a- presente situação


'tático-juridica_com a relação de emprego, por falta do, elemento pessoalidade.
N r Empresas' rréasiisrrór rasàriràúiétrtlóéésóaisy i
_ - . ¬. .

compromete(m)-se a realizar* ou mandar realizar uma 'obra' certa e especificada "` Co`ntudo', a diterenciaçãoipela pessoalidadenão-e absoluta", dado'qu`e e
para outrem, sob a imediata' direção' do proprio prestador,' em contraponto' a viavel a contratação de empreitada com pessoa natural em que a clausula e
retribuição material predeterminada ou proporcional aos serviços concretizados. a pratica da pessoalidade sejam integrantes do contrato civil celebrado.
A empreitada tem raizes na antiga locatio conductio operis romana, abran- Nesse quadro, a 'diferença decarater absoluto reside no binõmio auto-
gendo as modalidades de co_ntratação_ de prestação laboral autõnoma que nomia versus subordinaçãçt Sendo autônoma a prestação contratada, isto e,
enfatizam comoobjeto a_ obra- resultante do trabalho pactuado. A noção e
_. ¡
preservando o empreiteiro a direção sobre a concretização cotidiana da obra
real_idade da obra contratada (opus), e não exatamente da pr_es_taç_ã'o laboral pactuada, não se esta peranteo tipo legal do art. 39, caput, da CLT, mas diante
em si, e '_c' _q_u_e_ _d_i_stingiie"es'se“ 'pactode trabalho autônomo' do' contrato de da figura'civilistamtaminada. Fiealiza`ndo,` contudo, o aparente empreiteiro a
É.. o'bra"sob 'ai' in`cidencia"d'o`s ` elementos ' fatico-ju`r_idi_cos da ' `rfel_aç_ã_o de 'empreš-30,
. Contrato também regulado' pela lei comum (art. 1.237 e seguintes, CCB/ i"nc|u'sive` com' seus"se-rviços 'cotidianarnente dirigidos pelo tomador." passa a
1916; art. 610 e seguintes CCB/2_O02),_a empreitada pode abranger apenas o
tipiticar»-se como empregado, descaracterizando-se o contrato civil. .
fornecimento, p_e|o_er.ripreteiro (pessoa fisica- ou .jurídica),_ do trabalho neces-‹ __Êequeuna"Emp.reitada'na' A Cl.§fl"'_fa_z referencia auma modalidade
sa_rio_ã-_c_onsecuçã_o`da obra (empreitada de. lavor) ou o conjunto do trabalho e __ Y
ge ¿mpre¡tada_ NC, _;m_ 5_5g,___'*a*',_ lll, dispõe competir aos juízes do trabalho (EC n.
respectivo material. 24/99) “conciliar e julgar (_._) os dissidios resultantes .de contratos de em-‹
_ Na empreitada, a figura contratual constrói-se vinculada _.%,;obra___resultan-
preitadas em que o empreiteiro seja operano ou artitice _ Dois problemas
te do trabalho (opus), e não segundo o mero desenvolvimento 'de uma ativida- esse artigo suscita, um de natureza material, outro de natureza material/
de. Em virtude dessa caracteristica, a retribuição material ao trabalhador I s processual.
empreiteiro faz-se por um criterio de concentração da unidade de obra (va- O primeiro problema, de carater essenciaimente material, diz respeito ã
tor da obra produzida) e não por um criterio de referencia a unidade de tempo tipificação de tal empreiteiro (ou de tal empreitada). A CLT utiliz.a~se de expres-
(tempo despendido).---_ _ _. - _ _ - -_ - são dúbia: fala em_"empreiteiro opera"rio” (ora-, se o trabalhador tor operario,
«¬,,__
_'-a- _g.*f_'.q:z¡.¡.__ _ - ,-f
- *.- ,,_¿.-__..1_-._-._-_.--
,Í_-._¿.‹;§5¡;¿:1:_ - _,__,_.i-1f'
' " ' ‹«^"_'¿=-_"-¡¡i_" 'Z '_
f:'Y'›`$*i-'- "'¢'_tt.!tIiii=e-'=i='iä`*_¢ - .' '- - _ _
.._`;. iM_,¿i-_-r.-.__-..‹
..___;5._'zz-:§_~/`§_¡__,_,_\ ;.-ëài: ¬_Ç_;!:::._,¿_¿.:;¿.:;_¡_._-_-__:¡¡Ê_:.¡ ._ ¡
-' ' '-'-.'_;_zz.-\~' 5 .-*- .-_:¡!::=:--;'.-'--.'-.- -_ -
- _ _ -- .___-,_--_-zz
____¬_.__¡_,_‹./
-.Ni-:íà-_-;',¬f,. -_'r'- vz"' -if'
¿<«_r'i _-`:`::1
.r-_-_--\-.';:;.-_-_--- I '-'. '. - -- '- -
._;_.._.-.-_;N._ .»‹r.__.-___.-_-.__ _-
_ _--\_.--_-_-'M' W¡-_-¿'_-me--z=:z--_-:-:-_-'_---'-'-"'_
,-,_____-_-¡_-___¡___-_-__- '- '_

553 Maunicio Gooiniio


..;.--.--.:'_-=.\=.
;-_-;;_-¿¡¿¡,¿¡_, _ ¬.¬-,_\_--;___-__---_-
__ __-'f_-'1_'i-'§-'_¡-;§'.'.'¡-_-`.'_ -_-" ` " " ` -

-.'.--.-.:-:-:-.-.-:=::- iiri-:ë-:'.¬"-'--='I'-':-'.-.".'
5 -`: - '_ '_ = - `- - '_ - - fgueso os Dlnsrro oo Tnasntuo 559
5 «ía
¬¿‹_

isto e, empregado, não sera, em princípio, empreiteiro); o diploma trabalhista


' vi/
<:.‹
_ É evidente que a interpretação dominante não elimina a possibilidade fática
accpla, ainda, a primeira expressão citada uma disjuntiva: “ou artifice"_ O -_ -_ :
de a relação civil pactuada encobrir real vinculo empregaticio. Se a pequena
pretendeu a norma jurídica em exame, afinal? __z.}i'Í . _ _.
-`:II`--:'-`-:':.'-'ÍÊÊ' _ ._ _
_' -_ '_ Ç '_ ' ,empreitada for meramente simulatoria, conferindo aparência civil a relação _jurí~
Parece certo que a intençac da CLT (manifestada em linguagem tscnzíéi
FJ
:__
z - _
¿j¡¢a do tipo empregaticio (inciusive com a subordinação do prestador de servi-
camente imprópria, como tão recorrente a diversos textos celetistas)
.`: -`:I-Ç: EI Tí-:.5:;:-_-:_'-_¡.
¡¡_'_:___'_§¡'_¡_';__-_:_$¿ -- -- -_ Ç@s"e não sua autonomia perante o tomador), evidentemente que a-materia
inquestionavelmerite delimitar a figura da empreitada a ser trazida ao Juíz'¿j"Í'.":":'EE"
_.;_;

¡5:_¡;:;¡¡¡
-_;Q_-_.
¡.‹.

â
_'_
__

E.:
_- - -_ _

_. __
está trabalhista (por força da incidencia dos arts. 29 e Sã, caput, da CLT --- e não
Tilabathlista aqueles contratos concernentes a pequenas obras, cujo montantã iÍi`a's:'regras competericiais especificadas). "
nao seja economicamente significativo e cuja realização se faça corn o sirni E
:-`_i:'- M

iv. comento swienesnricio E comento os mnuomo


_ J' -
' ir?

ples concurso do trabalhador empreiteiro. A teor desta vertente interpretativa' §'.z.-`_-'I¡_:


-v
M
¿

(dominante nos tribunais, a proposito), excluir-se-iam do tipo legal do art. 652;.


“a”, Ill, da CLT, as grandes obras contratadas por empreitada e, ate mesmo,-.H ' -Mandato e o contrato mediante o qual uma pessoa “recebe de outrem
1 tit -

aquelas pequenas obras que se realizem com procedimentos empresariais É 1 poderes, para, em seu nome, praticar atos, ou administrar interesses” (art.
e não mediante o simples labor pessoal do empreiteiro mesmo. 1.288, CCBI1 916; na mesma direção o art. 653 do CCB/2002). A procuraçao e
instrumento de exteriorização desse tipo de contrato.
;___‹=;_ '_

Tratando-se, pois, de contrato de empreitada realizado com o concurso _' Ha autores que chegaram a perceber no mandato a propria natureza
Iiz- - -
__ - -_ -_
-

de diversos trabalhadores, não se tipifica a tigura objetivada pela CLT, que fiz:=:-;-;-;-§2-i-5=_f-;if`â'_=.ã:-1; fãz;'z'.-_'-_= - I:I-¡_'_'¡.'.`:"ͬÉ-'.i_':i_'i.".'-fi '

juridica do contrato empregaticio (por exempto, Troplong)i2i. Nessa linha, o


apenas quis tranquear ao profissional simptes os mecanismos mais singelos empregado seria mandatário, e o empregador, mandante. _

e economicos' de acesso ao Judiciario existentes no processo trabalhista. ._ «/


-

_ Embora haja evidente exagero em tamanh_a_assimilaçã_o de figuras, e tam-


<

_ O segundo problema, que transita entre a fronteira material e a ID roses": bém 'inquestionável 'que existem' semelhanças topicas e'nt_re"as"_d_uaS_` müdãiidã'
sual,'- concerne aos efeitos do proprio texto' celetistaz- serão etes estritamente' ¢ónt)r`at0)t§'5ë um_Iádo;ittt)siab)e~S)etquë')ántb¢sÍSã_ü_Ltsafittëtëäldsatirldadsši As
processuais ou serao repercussões processuais ei materiais, estendendo-ad. _ _ - _': : : _'-:.'.'i'-':I-:"$""'
,»',=.:=-:--.-':_--'.-_:-_'-;'.'_- z - _
2-:-'.5`=_-'rj-':`:E=I-:-IÉstÉ.=.i-i_i_=¿=_=_=_-§-'_1::i-'_-'_-'-
ãütio'l'ãdo, parece haver 'relativa subordin'ãção'do' mandatário perante'o"mandan'-'
:::t'.'-:'."-'.'.'.'iI-'¡'I' I-".I
._ .:¬¬‹-:':I=.-‹""-"-"'---"-'
- ' '.'
-- -'

contrato de pequena empreitada todos os direitos empregatícios existentes _e _


te, já que aquele não pode extrapolar os poderes outorgados
-I ¡_z__:.:_..:
`_A'cre'sça-
compativeis? '_ _ _ ._ ' ' 6

ësea isso a circunstância de a representação '--'-'- inerenteao mandato---›- poder


Mm- _

A jurisprudência dominante tem se posicionado em direção ã primeira ver-. também verificar-se no contrato empregaticio. Finalmente~,`ad`uza-se que a one-
~ _

tente, enxergando no dispositivo legal efeitos meramente competenciais. De rosidade, elemento atãvico ao contrato de emprego, tambem pode comparecer
_ ¬\ '_

fato, o art. 652, em sua integralidade, fixa a competencia dos Juizes do Traba-_ ao contrato de mandato. _

_
- ff.

-'_-
` ' :

lho, nas respectivas varas (feita _a adequação a EC n. 24, de 1999); reporta-se, _: _:_ _ _¿_ ¿_:É_ _¿§_:_ .š¿_:_š.¡:¿¿__ _:_ _ ¡_ ¿_:_ _ Entretanto, muito mais significativas do que as semelhanças são as di-
Ê:'z':'_'¡¡Í;;' _._ _ _

em seu paragrafo unico, a ordem preferencial de atgumas lides que rnenciona__ _


ferenciaçães existentes entre o_'con_t_rat_o_de mandato e o de emprego. Em
-_ .y:__

Püfiäfliü. @_fi0rma_estr_itamen_te processual, situada, a proposito, no Titulo Vlll da :1 _ primeiro lugar, embora ambos sejam contratos de atividade, e sumamente
_ ._ -_-__.-__.
._ ‹__ _

ig;
fr

°°“S°"F*a@t°› que tree datetriiiflraztssrflmersazfimsflemeiio e ‹>‹›i¬fi ›@iêr›‹›i‹=ii


da Justiça do _Trabalho, na seção que estabelece a "jurisdição e competência das
_
'Q
_-_-.-_zä¿z':¿5:;-_::;'
_
-

.
ffiâiífiifl A flfiiutfefzfi .da aiífiídãdfi 9“9_'_9_'9ãd9 P@¡9$,d°¡5 l°39Í°$¡?'iqF'a“*° O
`rii'ãiidata'rio ` `r'ealiza" 'a`tbs"juri'dicos`,' 'o ' e`mp`re`gado`_` "e`s_`senci_alme`nte 'pratica _ atos
Juntas” (rectius: Juizes). Neste quadro, torna-se dificil sustentar, portanto - ao :I-`.-I
materiais (apenas os :altos erri`prega`dos`e`que tendem tambem' a`r`ealizar`, como
menos se respeitado certo rigor tecnico-juridico ---, que o referido preceito proces~
sual tenha tambem incorporado emseu comandos determinação de-extensão
_

_
-:‹
-¬¿.-

¿,_
_

_
-_
rien As santista snrrsgetfstsz em iiridifisatsnflams As sf"Pf@Qfid°'>~ i
':_:í"iE j; E-_Em"'segurido lugar; a- 'subordinação é ' 'elemento' tático'-juridico essencial
de direitos trabalhistas ao contrato* civil que menciona (abrangendo tambem; _ z..
_ /Í
¡
í
ãf
.
_
_': - 'ã`o'“coritrato_ de trabatho, ao passo queela não e'da1e'ssëncia do contrato de
desse modo, norma de natureza material). A interpretação largamente extensiva, ¬¿ _
mandato. Na verdade, a relação' mandantelmandatário e francamente dúbia,
neste caso, estaria aiterando a propria natureza da norma juridica interpretada uma vez que, ao mesmo tempo em que o mandatário esta jurigido as frontei-
tançando-lhe importante ,conteúdo (Direito material), de carãtãi muito diverso ras dos poderes lançados pelo mandante, este também fica comprometido
daquele que lhe seria proprio (Direito processual). E
com o exercicio de 'poderes concretamente realizado pelo mandatário. De
_ Com a EC 45/2004, ampliando a competencia da Justiça do Trabalho para
lides oriundas da relação de trabalho (art. 1 14, I, CF/88), confirmam-se os efei- (2) A respeito, NASCEMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo:
tos processuais já consolidados na cultura juridica -do país. Saraiva, 1989. p. 2”i'i-272. _ _ _ _ _
._ ' I'
---' -' -_'--2-ii-_==='_
-."-:'.=I'.==='.
_.-.__-._-A-,__ _,. __,“_-ç+--.-1r-^-
--.-ir-'*-'
__,“_-çr _. -.'. _
- '_ 'i' .({£ã\'5:-:-.\._ _,_.-,\;l-Ep:-,?,§¿-*'.
_,..-,\;\-Ep:-_?,§¿-*'. Í'‹_:¬¿;EF;:-:'.-:'--.'.. -
' ' .`.`-_¡`-'.'I'-=Ii~=_-T/
.`.`-_¡`-'.'I'-=Ii~=.-T/ J$"'Êi=:Í:=;_-'ii'-¬'*'!.'äFi-1' +- r<‹^~'¬^.-1‹¡'f_=_-'-::.'I_'z-. '_ - -
J$"'Êi=:Í:=;_-'¡‹'-¬""!:ñ-1'

- _ - I. _- -_ -
- _
Í
- --
ÍIÍ'-É-`Í'-'-'-*J¬ÍfÊ«".§~,`v »~."
¡IÍ"Ê-'Í'-'-'-*LÊ-"_§~,`v
._ :_-: 5_:__:_-_.z_I',_:_:_¡.2_¡¡_<_¡___
-."
__:__:_-_.z_I',_:_:_¡.2_¡¡_<_¡____ ._ -
if-Éixaíiifi:É-'-'_'_"Í'ÍÊ'_"¡ I E 3 Í '_ I' '_
rf-Étxšíiifi:É-¡-¡.¡_`-Í'ÍÊ”.-'Í
__ _::_;.z.¿:';'¡'Q-_-_:¿¡¡-_-¡._:__-_::'_-_-_.__-_.
_::_;_z.¿:';'_'Q-_-_:¿¡_-_-¡._:__-__:'_-_-_.__-_.
'”
560 Mnunlcio Goolrvuo
Maunlcro Goolnno z _;r-_..5.-_,-_;
z
of
_;z'-._z5_-._-_;

=.-''l-.:'Í_=_‹ "›Í`': .-`='Í\.Í=.=_='': =zí;í ti_.>>..'


'_:;_i;__z"_-"_Gui
z"_-'Quase=iso os Drnarro
Dinalro eo
oo Tnâsatuo
Tnaantuo 561'
5613
-: - -.'. -.=-'=-.-'.zz:-zz=_==_=_=z:;=»<:»<'_z.‹zi-›_1zz'-:- --
_ '- _- -2 'Jzz -

todo modo, nao parece próprio


proprio ate mesmo falar-se em subordinação no man._._
P1?

.___ Na parceria agricola agricoia o trabalhador recebe do tomador rural um imovel


dato: o que ocorre, tecnicamente, áe uma especificação previa de poderes_z_ `;,`_¬_;__'
`;,`_¬,;__' iiijfalou
iüfslou predio rústico para ser cultivado pelo obreiro ou sob sua ordem, diviz-' divir-
nao exatamente subordinação. Efetivamente, ao contrário do que ocorre__n§_`
._ ›_-_...--.-..-t-;.;_
›_-__..--_-._-t-;.;_ _ __ _ _

""' ' "¿"'c.¿lii'ido-se


*diodo-se os resultados do cultivo
-. . - cuitivo entre as partes, na proporção por elas fixada.
_-.-_/
_;_;: :_:
.-f'
_. -
contrato empregatício,
empregaticio, o mandante, no-pacto de mandato, não pode exercer;
Írata-se,
Trata-se, desse modo, de modalidade de contrato societário, em que uma
uma sequência
sequencia contínua
continua e indeterminada de ordens sobre o mandatarioí
mandatário e; 'dizia
_ _ ._

“das partes comparece necessariamente com o trabalho principal da lavoura,


Clue. ao outorgar-Ihe
outorgar-lhe o mandato,
mandato. o mandante já estabelece os limites maxi'-ii I 'enquanto
iènquanto a outra, com o imovel em que sera será concretizado esse trabalho. O
mos e mínimos
minimos de poderes transferidos, deixando ao mandatário a didire'ç:ãfj__
re'ç:ãz,?_?";Í:.
sobre o real exercicio desses poderes. iiifio_"_contratual
i{i:¡§io'_"_contratuaI admite variações relativamente extensa_s,'em
extensasƒem que as partes
;._~_<~_-.-_:z.'.- ;
;__~_<~_-_-_:z.'
_'.'11-“5¢_-_=_z
-'5¢_-_=_z :'-';_; _;
:."€.-'-`i'.'-.-.- ; - _'

iepartem entre si os õnus da utilização


utiiização de maquinário, implementos agrícolas e
Em terceiro lugar, a representaçao
representação e nota característica
caracteristica indissociável
__-_-5____.¡_-__-_z._.¡.'_

de outras necessidades ao cultivo pactuado. Filiando-se aã 'modalidade de cori- con-


--v-_--'
-'.'-'=:=
: = z'z'--I

do mandato, ao passo que e elemento meramente ,circunstancial


,circuristancial no contrato”
contrato' tjratos
tiratos de sociedade, a parceria agricola não prevê remuneração periódica para
empregaticio. Nestes, ela tende a comparecer apenas nos contratos envol-
empregatício. _ /X _

oparcelro
iíparceiro trabalhador, que recebe su'a'retribuição
sua're_tribuição econõmica
economica calculada sobre
ventes a altos empregados, sendo estranha a larga massa de contratos de
..'.I:I_z
-_ -

_ _ _ ._ resultado final da colheita, sofrendo, portanto, inclusive os reveses eventual-


emprego que caracteriza o mercado de trabalho. -_ ...__...;z-_._
-.
-:;f<:=.-:::-_:-_-'
-:;f<:=_-:::-_:-_-'_ mente ocorridos no montante da safra.
Em quarto lugar, a onerosidade ea elemento fático~juridico
tático-juridico essencial ao ¡.¡.`:`ë'
`:`>§'Í=

contrato de trabalho, sem cuja presença esse tipo contratual sequer se for- Na parceria rural
rurai o trabalhador recebe do tomador rural um ou mais ani-
ma no mundo sociojurídico.
sociojuridico. No mandato, ao contrário, a onerosidade surge
I-,-zz§¡_I-_`¡`¡:;--: --_ _
mais para, pessoalmente
pessoaimente ou sob sua ordem, pastoreá-los, trata-los
trata-ios e cria-
criá-
como elemento circunstancial do pacto celebrado, não comparecendo em ylos, dividindo-se os resultados do criatorio
criatõrio entre as partes, na proporção por
um largo universo de mandatos pactuados no contexto social. _-:‹_i-:
.-:‹_i-:

'\i-
'\l-
elas fixada.
Trata-se, como visto, tambem de tipo de contrato de sociedade, em que
~\

__ __A_iá`rn
Alem de todas essas decisivas diferenças, cabe ainda enfatizar-se que
rio`rn_a__n_d_ato a_ relação juridica e tríplice
no`m_a__n_`d_ato triplice (n_1an_da_nte,` mandatário e_ terceira pes¿‹_Í__
peai-_Í__ `f“'
uma das partes comparece. necessariar'nente_com_
necessariamentecom o trabaiho principal da cria¬
$Ú__a),'_'é_nqiuanto `nõ_"sb_n_trato
$Ú__a),'_'e_nqiufanto `ño_`_oo_n_trato de §t`rab`_atho_e'
§t`rabalho__e esss`ncialmertte"
ease`ncialmeri_fe` dúplice 'á
'a relaçãõ
relação .sá-
›i_5<z___-
~‹`1-'
W'
I -I '. '. ção'
são' e'pastoreio,-
epastoreio, enquanto: a-'outra-,= com o Iotede animais em que será desenvol-
Ê I' _
<' vido esse trabalho;
trabaiho; Esta especie contra_tual,-
contra_tual,-- aã semelhança da parceria agrícola,
-׫
O mandato, portim,
poriim, e sempre revogável; a revogabiltdade
revogabilidade e-the
e-lhe inerente;
inerente. '$-
também admite variações relativamente extensas, em que as partes repartem
Ja o contrato empregatício tende aá permanência (principio da continuidade da .N-
entre si os õnus da oferta do imovel rústico ou predio rural em que será concre-
relação de emprego), sendo que, as vezes, sequer pode ser extinto, validamen~
validameri-‹ tizada a parceria, assim como da utilização de maquinário, implementos agrico- agríco-
te, pela so vontade do empregador (estabilidade e garantias de emprego). _ las e de outras despesas correlatas.
' --1....

O Codigo Civil de 1916 (arti


(art, 1.410 e seguintes) disciplinava a parceria rural,
- -'.`§?:I_

:ÊÍÊIF :I 5 :

v. comento
contanto Erviensemício
Eivijenasntício E comento : -- que recebeu, contudo, novo tratamento normativo na década de 1960. Gesta-
_ _ _ os Pnncsnm nunm.
nunni. cam-se,
cam~se, em especial, o Estatuto da Terra (Lei n. 4.504/64, arts. 92 a 96), seu regula-
._,,.
._,,_
. Ç ' - mento-' (Decreto n. 59`.566l66)'
591566/66)' e l'."ei'n-_'
i'.*ei'n-_' 4.947/66 (arts. 13 a 15). O CCB/2002
_ij' Paioeria'
Pa_ifcjeria"_rtira'l
'_ri_ira_'| fe`_e 'o'`o`contrato_
:contrato mediante
'm'adian_t_a"o'qual"`urna`ou
"o'qL'iaI "`uma`ou maispessoas cornpro-`
compro-` _ .___ _ _
_--‹...
.'.'_'s'-`=:.'-_i_¡:I-'-:.:¡.`:
_'s'-`=:.'-_i_¡:I-I-:_:¡.`: ""'
nãotratou'especificamente do'
do referido lnstituto'luridico'.-
instituto'lurídico'.- '=- -=' -' -. - ---
metem-se a' realizar ou rnan`dar` man`dar" realizar uma oiiou mais tarefas agrícolas
agricolas ou pecuá- 1I'-ÉÍ=;'-§;¡';:¡-:,=-,_¡'_¡=i__ff`_f_f -1
rias, em área rural' ou predio rústico, para um tomador de serviços rural, sob a - -¡É'.
__¡¬-_
_ "A situaçao"eco'nõm'ico-social
situação"eco'nõm'ico>social dos parceiros --- i-`--- em geral' muito proximaã
prõximaa dos
imediata direção dopróprio
doprõprio prestador e mediante uma retribuição'especificada.- empregados _---_f'e2
_-là--_f'e2 com que a Lei n."
n. 5.669,
5.689, de 'l 973, dsterminasse__a
determi_nasse__a aplicação das
Segundo o antigo Codigo Civil, poderia a parceria rural ser agricola ou pecuária
pecuãria (art. -::z'_.5¿=
regras jusitrâbalhistàst
jusrtrâbalhistàst às taliticaiégoitài,
taliticàrégtjrtài, ` no qúé“f6ssé'cúmpaii'vel
qúéitfàssétcúmparvêl (ari.
(art. iiit 7). “A jurispru-
1_.410 e seguintes, CCB/1916). O-Estatuto da Terra, regulando a materia (Lei n.
1-410 - -_
dência, conttidoinão
contudoináo tem'retirado"consequências
tem"retirado"'consequências largas
l`a'rga`s desse'preceito
dessepreceito da Lei de
4.504, de 1964), mencionou, ainda, as parcerias agroindustrial e extrativa (art. 92). Trabalho' Rural. De' todo' modo',`é
modo“,`e evidente que o trabalhador parceiro que celebre
ceiebre
Evidentemente que o pacto pode tambem
também ser misto. Contudo, como bem ressaI~
ressal- contratos como verdadeiro empresário rural, também ele proprio arregimentando
tado por Lelia Can/alho
Carvalho Fiibeiro, pode-se considerar que as demâis
demais modalidades força de trabalho para cumprir suas obrigações de cultivo ou pastoreio nesse tipo de
da figura são, essencialmente, especies da parceria agrícola e pecuáriaiii
pecuariaifii sociedade, não se enquadra no tipo legal objetivado pela norma extensiva do art. 17
da Lei de Trabalho Rural.
Flurat. -
(3) FiiBEiF~tO,
FitBElF~tO, Leila Guimarães Carvalho. A Parceria Ftural. BetoBelo Horizonte: RCJ, in Fievista Ao lado da possibilidade de aplicação extensiva das normas trabalhistas
trabathistas
Ciência Juridica,
Jurio'ica, ano XV, n.
ri. 97', janeiro-fevereiro de 2001, p. 44. ao trabalhador parceiro, no que couber, a- jurisprudência tem sido rigorosa na
.'I:'¿'.=-'¡-`-'¡.'Í"`
.'I:'¿'_=-'¡-`-:¡.'Í"`
--".'-'."::-.¬›-.\,
-- -¬.- ___g|.,._
qgh, _ _ - -.
_ -.'¡._-_-1-__'.~__wr
~._wr -.1-51'.-1._ _ _ Mz:*._\-.--.
Mz:*__\-_--_
:-.'-'_=5-=:ât-i-r
:-.'-'_=5-=:ât=i-r
- -_ .kg ;+;#_1¡r-_-=:':¬:-1-=;;=');' -
'f<~<fi2=22ã==z=
~<fi2=22ã==z'-
-'_ : .'-::':r:.-
_ WV ¬ -'- .,|.,
to ' :ii-E:====:=.!-!5'¿?o~
._._. __. _' _,.._¿-
_,. _¿«4:'=:.-'::I'-
__ ._
.--'-:I--1::-¬'.f-_-^
=z'_=r<;.-.r.?š'‹* “¿-rƒr‹.r-;-_z'-_'.1- -_'
-_--'-:I--1::-¬'.f-.¬‹^
-._¡-.__.'--.;.- - N. .wf"I-3:-+"--
;_:_-,~ ._-- _- '- .-'<f‹:'/'-':':'-'-.--:-"--.-:.- _ __ _
¡".'.j;j-'z¡fz-of¿-_-.}._;_:.'; :_:_- ;
._ _ .__._______.¡_.¡_¬__¿¿¡__¿_%1,t›__¿,x¿¿¡-_§¿¡¿______.____.._._.___.._
.__._______.¡_.__¬__¿¿¡__¿_%1,t›__¿,x¿¿¡-_§¿¡¿______.____.._._.___.._:
--'---.'.':-:--=-:'.'-:-‹.-_;-, _' : ‹"::;:Q.;-:-=::-:'-'--'-'-';'.-
‹"::;:Q_;-:-=::-:'-'--'-'-';'.- -- -

562 Maunlcro Gocluuo D'sLo'rt{r§ƒ;


Msunlcro :r§¡;;§¿Âj5§_'f - _ - ._ -- f -,:=r.'=;
×.-_._;-_;. I.Qi-,,'55.__,.__..-_-_-_-_._-_._
_-_..;..=;...-._.{-;__-.-.___;..--
_-_..;..=;...-._.{-;._-.-..__;_.--
._-t -.-_
--M-.¿..
.fz _ _
.Qi-,,'55.__,._...-_-_-_-_._-_._
,_.,z .-
‹› -_ --_/--:_-_'-'3cI=Z':-III5-'.':::`: '_
t ¡1'-iÍ`(§nnso_ps Dleslto eo Tr-vtsrv.Ho
¡1'-iÍ`(§nnso.ps 563
aferição do efetivo contrato civil/agrário de parceria. Desse modo, despontan¢jj`¿_i,Í";jÍ 1 -Í' 1-Í-fz?Éí"§'š'ÊÊÊšãšfi-I=Í:`í=i
= =-r =
'
'ëi-r'zseu_ contrato propiciadorifi.
propiciadorift O argumento construía-se
construia-se no sentido de que,
traços de um direcionamento acentuado do tomador sobre o efetivo 5.Ef:Í"ÊI5E'-If:EÉ:í-I§.'z`r'.Ê3=r=:-:-'-~-:-
ambos 95 Damos examinados d9Sp@n¡¡a_›¡a uma Comunhão de esforços
'Ê-ÊÊ-af :z:M-s1¿-¡z_:tzÊ-'>‹5'.~iÊj*;vz-t›ë,.¡-'‹xa:as-5i t‹._=-s:_.<_;.¡ ,-=_- .=_: _= ¡:_ 5._=_ =_ :¡._5_ ='z
-

mento da parceria pelo obreiro, desfaz-se o envoitorio agrario/civil tormuiadiii-Ê_';;-f_


- -- __-_-;_-_-.¡_-__..-._-_-;;.;:.________\.._-t
'_ ×'z}{_::;E:;¡:¡::I.-:::I.'_--_.
__-_-;_-_-.¡_-__..-._-_-;;.;:.____.___\.._-t -_

das partes contratuais em proi de um objetivo comum - o desenvolvimento das


enq uadrando-se a reiação juridica como contrato empregatício rural típico
tipico --
1'-"f_g|ações laborais e da empresa, em benefício
':z_-=:.-_ .-:=_. -_':.
beneficio de todos. A noção e realidade da
29 Q 3Ê_ (;¿5rpr_rí_ Lei n, 5389/73), z_-
-"tj:olab_oração (presente em qualquer dos dois tipos contratuais enfocados) assu-
r_‹',-jr-:.<_-_z

As diferenciações principais que separam a parceria' rural do = _=_-_=_-_-1-:-_==:_z' 5_=5z_=5z:-_=_â¿5z


=_â¿5z'_==zz'¿=%¿_=%¿.-___,_,-_,-_-__¿_-_¿_-_¡_¡__.._ __._ ___-_-___._ __;_;-__ - _
fgiria o primeiro plano do cotejo comparativo entre as duas figuras sociojurídicas,
empregaticio rural residem essencialmente na pessoalidade e na subordinaçãoãn
empregatício
_ _ _ _.
""¡*";¡__i=stificando
justificando a assimilação do instituto empregatício
__¡_E__¡____________;_;___.__________. -_ _ _ '_
__¡_E__¡______:_____;_;___.__________.
empregaticio ao modelo geral oriundo do
Não e inco_mum uma parceria rural que seja cumprida sem pessoalidade'riií¿~'_- _ ¡ _.___:_:__-_z;_-_;_-.¡__É-_=_-_z_:__j_¡_. _z_E_¡ z_E_¡_;__-_-:_-'_-_ E_ :_ .'_'¡¡j -I E 5 1.
Direito Comum. ~ '
tocantea figura do prestador de serviços; não sendoinfungivel
sendo___infungi'vel a pessoa ` `- : =_-.I E_'-2`:`:1-I-:-'-tá-:-Ir-':`:::¡_-`:-
Embora se Dossa compreender a relevância do aspecto colaborativo en- -

obreiro na pactuação e prática do contrato de paroeria, não se pode conside;-3.; :- fatizado por tai vertente doutrinária - aspecto que tende a acentuar-se com a
_ _;_._

rar simulatorio o pacto formado, não surgindo, desse modo, o contrato _' '-
'maior democratização das relaçoes de trabalho -, o tecnicamente insusten- -

emprego entre as partes. ` tável a confusão entre as duas figuras de contrato. '
A subordinação, porem, e o elemento definitivo e absoluto de diferen- -É
De fato, as distinções entre o contrato de sociedade e o contrato empre-
ciação. Mantendo-se com o trabalhador parceiro a direção cotidiana dos _
gaticio são substantivas_ Em primeiro lugar, os sujeitos de um e outro contra-
gatício
.:.¡._¡-ÉE1:-I. à 3..-Í. i: .Eli
serviços de parceria contratados, surge clara a autonomia na prestação- f §_ _
-_ `; -_ I -:¡.'-`_¡
"'
2*
tos' são distintos, com posição juridica distinta. A contraposição de interesses _'

firmada, inexistindo contrato de emprego entre as partes. Contudo, caso o jurídicos (veja-se a dualidade salário versus trabalho; ou a dualidade interrup-
tomador produza repetidas ordens no contexto da execução da parceriafi _ _ ._ ._
_ I '-
if
ção do contrato versus salário) e a marca central das obrigações decorrentes '-
_ _ ___ __
concretizando uma situação fatico-juridica de subordinação do trabalha-z : Í docontrato de trabalho, ao passo que a convergência de interesses jurídicos
d0r_ ggvai-35; .'51 tipigidade da figura Qiviligta/agrária__ 51,; rgindr) az rgiaçã_0_ ftiflçãü da ideia e realidade dt-L-1 Sociedade É-E1 marca Central daä Obfigaçõeã
emprego entre os sujeitos envolvidos (observados,evidentemente, os
-'- - ' ¡ií5"iÍi='.¡¡'-'---Í:I-'-I'.'-"I
' -I -I-1-'.-'-1-'II'-:iii-¬-' ' dg ggntrg-zig gggig-táfjg_ z -_
-.
- - -- ;'.§-.;.-.'¡'_¡'_';;:i___. _iv-tv

mais_ elementos tático-jurídicos da relação ernpregatícia).-z _- ' "


Em segundo lugar, há marcante difeferiçaiquantoiaoobjetoz
F'
.\:'
difeieriçaiquantoiaoobjetoz `oo"ntratual'.
=.=.--11-' objeto principal do contrato empregatício
--11-'z':===.*-1-I-§§$.-:-:-:=:z'
=.*-1-I-§§$_-:-:-:=:z'z'-1-1-I-_z;:::=__
I . -. I E E-I=I-É-_`:
empregaticio e- a prestação de serviços por
1-1-I-_z;: :=__ ._
É-fz1É:1É:ÊÊÊÉÊ_Í:`-É-I'-.'¡_Í='z"z-É E E

vi. contexto
comento Elvtensemícto
Elvtensemfcto E-tcomtnmo _ 1-_-5:;
_____ _ _ ___1- _
uma das partes
Ê-
'.-`.'‹.\'I¡:
'.-`.'‹_\'I¡:subordinadamente a parte tomadora,
tornadora, em troca de contra- z I ` `

_ os socisoâps prestação economica- Já na sociedade o objeto principal do contrato o a for-


12132-”.
__ '-:::z-_;-' mação de determinada entidade, com a consequente obtenção de resulta-
§.'_-;r1;;:
:I

Contrato de sociedade e o pacto mediante o qual duas ou mais pessoas dos' concretos em decorrência de seu surgimento e atuação (inclusive lucro,
“mutuamente se obrigam a combinar seus esforços ou recursos, para iograr se for o caso). Alem' disso, nessa figura juridica, relacionam-se
__ _- _ '-`-'--II.'Í-'_:*¡':':I'ÍIIÍ'-I'
__ ____¡_
_ _ _______.__._._.__ ._
:Í '_'._
relacionam--se os socios em
fins comuns" (art. 1.363, CCB/1916). O novo Codigo Civil reserva para as _ :_ ÊÍ5' : I posição de igualdade ou disparidade entre si, conforme' sua participação no
associaçoes os pactos de uniao de pessoas estruturados para fins nao eco-
I .H-P rt-I .nu
- _ 5. capital social, porem sem que existam a noção e a realidade de subordinação
nomicos (art. 53, CCB/2002), deixando a expressão sociedade para pactos entreeles. _. - . . _
dirigidos ao exercicio de atividade economica e a partilha, entre si, dos resulta- '
_
`:'_.jE E-§5E_5:E_I::_¡_¡-__:
¡_¡-._'_--::_-_-¡ _ _
_£__.___:___-___.___
_£:_.___:___-___.___
1 A Em receitar
-seat.-«zig lugar, na sazzurzt
suzztarzx-.-_«1u‹z.
_«1u‹z.z passasse-Q-os
passivas-Q-os -itsesntsâu*O-as.
dos (art. 981). De todo modo, a expressão sociedade pode ser utilizada como : I.:-I Í _'
_ _' .___-____¿-_'__.¡_.¡
.___-___;-_' mento especial da affecfio societafis, que faz convergir os interesses dos __
_ _ '_

genero' decontrato 'de _unia_o_ de pessoas visando fins _ec_onõrnicos ou não. Í _


'- _' Í
_ z_
_ _._'_=_'_:-__I_¡_' Í socios para o mesmo fim. No contrato de trabalho, embora existam a ideia e _. _._

-. 1 Esse tipo de pacto bilateral ou piurilateral daorigem a direitos e obriga- a 'realidade de certaconfiança' mínima entre as partes contratuais, não há, no
relacionamento entre elas; o elemento subjetivo da affecfio societatis; na ver-
ções recíprocas entre os socios, propiciando tambem o surgimento de um ` _- -2 -_ ':-:¡-I':.'-
it- . . . -:_ -I -I -Í

. 1' 5.5 Ê? Í55:ti:-É-'IE-;¡.'-'=I- *.`= _= -.


. _ :Ê'::i.¡`-':í-`.'.¡.'-I32.' dade, pode prevalecer, até mesmo e sem prejuizo do tipo contratual empre-
feixe de direitos e obrigações entre tais socios e o ente societário surgido em
- gatício,
gaticio, um fron_tal choque de interesses entre os sujeitos contratuais (como
=`; 5.1'-1 Í; 1.-I 5Í _'
face do negocio jurídico
juridico celebrado. :-:-'z=
2 1:- 3_'.É*-i.:I_-.Ç-I_'._z_¡¡ I :- §
proprio aos períodos mais autocráticos de gestão trabalhista, por exemplo).
Há, evidentemente, pontos de aproximação entre o contrato empregatí-empregati- _ ré-f5._=:_zj;_:_-_
_ 1- '-1:=:›fâ=-Iz:-'-:=_'-;'-'-'_-_- '-
cio e o contrato de sociedade. Tais pontos já foram inclusive acentuados por
-_.
certas vozes doutrinárias (Chatelain, Viiiey, entre outros) corn o fito de apreender (4) A respeito, consultar a obra deste autor, ia referida, introdução ao Direito do Trabaino,
no contrato de sociedade a suposta natureza juridica da relação de emprego - I'- -_=5
-_=_= = -_ em seu Capitulo 'viii
Viii ('*Ftelação de Trabaiho e Relação de Emprego”). Neste Curso, exami-
Í Í ímã
- .'_- : : É Í' §Íiz'=.'jf_-`5 Íf:''- '-
ÍÍ::`;:1Í É Í-Í'_'¡ naro Capituio iX, item iv. ._ _ _ _ _ . " . __ _

- 1 1 1 i -;¡=`5`;`_.-I 5 E '-
, ,.-_, /v - _
_ - - .J +¬' _.. f - -
_ z ---_'_._-'-_-.- +,‹'::'¡-:-:'+'¡ã%:+*-t . -- _
- *_.,v*'+'-'+1 fi*=:z¢':_:::f.'.-_'-.-::-_.' -
- -J L. 1* - '. 'I '. `
' -- --_'-_--'-_-\_-¬-try
-- _:_-::=--:.:'- -z %-<z':'-:-
':. - '---- -- '
' 11 N -__:-_.__-; ‹__._-..._-._-_-_-_ ,*físÊ1>:¢?¿-ii-:=_=_=_:z'-_'z'-'_'--_- 1 :-
-_ -
. _ _-..__-.._;_-_¿»__-:.g\_;.-
__ __-_:_:¿__¡_.____

564 lvlaunlcto Goolnl-to Dstcrtoói _; os Dlnsno ao Tnrta.4u-to 565


3*
¬/i
-Q
?

Em quarto lugar, os sócios participam, em conjunto, da formação da


Ér~
'._'_"¿;z.-autênomo, em nome de uma ou mais pessoas, a mediação para realização
vontade sociai; essa confluência de vontades ê parte integrante da ideia, es'--É-i --:
Kz-
Y
¡z::f‹z'.';';. z-III.-_
_ã-'ida-negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos para os transmitir
I

trutura e dinãmica próprias a figura societária. No contrato de trabalho, em zfz'š_i,=_'fE`:_:'


;':'Ê_zj_-É55 1.-I _-aos representados, praticando ou não atos reiacionados com a execução
vez disso, o poder de direção concentrado no empregador e a subordinação-
Í:'Ê5f-Í¡I'ã?-'=`=`5-I=`_-2'-1-.'=}` : 1 I 'Í
=z-_-_».r:.-z- - negóciosifii. _
jurídica a que se sujeita o empregado levam, regra geral, a um recorrente- Ftegulado há quatro dêcadaspela Lei n. 4.886/65, tai pacto recebeu reper-
unilateralismo na formação da vontade no contexto empregatício. Evidente-'-__ -

ii
:__¡'.I
_ __
*cussões normativas do 'novo Código Civil, no instante em que este regulou o
_.'_fI;`_'_E¡`,zÊ_Ij :'f_:_::f:__'_ :__ '
mente que a democratização das relações de trabalho poderá atenuar, cada "¡-'contrato de agencia e distribuição (arts. 720 a 721, CCB/2002). É que os dois
vez mais, essa dissincronia de vontades no ãmbito da reiação de emprego; mas `:=_i~ã?-="-' " 'z::`::¡_'-:-.
______›¿._¡¡
g
'f_I I_ E _' z à '- '__'

contratos, na prática jurídica, tanto podem estar assimilados (especialmente as


¡__ __
_ __

tai atenuação não será apta a romper os iimites básicos de poder firmados peia 'noções de agencia e de representação comercial ), como podem preservar dis-
própria existência da propriedade desigual entre os sujeitos contratuais. _ r -'Í_Íí'_f-_:z`_: ':_ Ê_
finção entre si, em consonáncia com o formato de sua operação concreta. De
Em quinto iugar, os riscos do empreendimento, na figura societária, ne-__ -__.__

1
iõ_da'maneira, a normatização promovida pelo novo CCB não alterou a estrutu-
cessariamente recaem sobre os sócios, embora a legislação admita uma :-.if
rãõentral da clássica representação me`rcanfiI, .que continua a se reger, naqui-
¡ -_

gradação variávei na responsabiiidade de cada um. No contrato de trabalho, :.:.zš¡:._'_


¡ _:
__ _ le que permanecer compatível, pelaantiga Lei n. 4.888 (art. 721, in fine, CCB/
aoreves, os riscos, como regra, não podem ser imputados ao empregado, z 2002fiã_
admitindo a ordem justrabalhista apenas algumas poucas hipóteses de ateë
` Nos subitens 'ie 2, a seguir, serão tratadas, englobadamente, as figuras
nuação de sua regra geral.
__
contratuais da representação comercial e da agência e distribuição, em face
A tudo isso pode acrescentar-se, finaimente, nova drstrnçao, vinculada a _ __ _
de sua aproximação jurídica.
retribuição materia! dos sujeitos contratuais. Na sociedade, a retribuição dos
'_ z _ -

sócios e incerta, aleatória, podendo jamais se concretizar, E o que se verifi_¡_._ '=`-'='i.”_ __..

carta em entidades sem fins econêmicos,_ por, exemplo, ou em sociedades-_ . _.


__5'‹'_:=¬-.-¬.
;`;.'-
_:;¡¡&.3z¡-_
=-';';5*==i;
__'=':'f,¿"
$
'¡'___.;;_-l.;¡'¡:_'_;
-_
"
I
'

em constante s_it_uação_de prejuiz_fo._________ _ ._ __ _ . _ _ . ' ..'z.'_"_'.'.i.;.;H'I::.-i;.'.;-I;-. '

jtA) carasrsresçâút -t---to representante tcsmierciiaili (au of agéntéi é tidiàiriríibui¡~


'Ê'-l'.`1E¡¡'1"_2'_'_'I-' _
_ -- - --- - _ _ "-_ '-_
_¡'_¡_=:_-É-_=_-¿¡:._-_; :-_=_: : -_ -_ '_ '_ _' _

Já na_ relação empregaticia e impensável a ocorrência desse tipo de. ` i.':ší~'-I:`


'I-Iãff.: '-
.
'¿j_l`o`r)~"não"é tido i corno 'simples' 'rnandatario`,* uma vez que sua função não se
repercussão jurídica. De fato, não há como pensar-se, juridicamente, em con-__ ` :'.r:
3
_ _____ ___%.____.__ _ __ ._ _ __'_ _
reatring'e"ã prática -'de' atos jurídicos conclusivos que co'mprorneta`m' o repre-
trato empregatício sem um minimo de retribuição material ao sujeito empre-_ sentado. Na verdade, ele proprio provoca a ocorrência dos atos jurídicos, dos
gado, seja peto fato de ser a onerosidade elemento fãtico-jurídico constitutivo __.¬:-¡... " -
;: - '_ - -

1: -
.
.
quais pode em seguida participar. Nesse quadro, constitui parte nuclear de
-'-1-as 1_=;
da relação de emprego, seja pelo caráter forfetárioifii do salario (que rna_ntem__ suas funções tambem tarefas envolventes a atos materiais concretos, como
a obrigação empresarial de pagamento da parcela mesmo em situaçao de a divulgação, o convencimento em favor do negócio e outras condutas próprias
insolvência da empresa). _ _ _ __ _ _ ã' atividade mercantil. Por tais razões e que a doutrina o tem prevalenternente
_ _ _ _ _ _________ ___._
_ _ .__
_. Registre-se que, mesmo corn- respeito ao empregador, será remota a- '=_j=zjz':_=__a';_2I¡.55-I_ 1- _- _- ätäsilififistdatfifimfitt Wi C0/sb0fed¢r¡Uff'df00 tifltffitfsr da um mete mfifidfltáfivl-
ocorrencia efetiva de pactuação de um contrato de trabaiho sem um minimo _
-- -_.

'j;=i;I_-=;._í__--_-_-_-.z;-_-_-_Deve ser-esclarecido", ainda, que_ esse, prof-issionalgnnão presta serviços


de real prestação laborativa em favor da empresa (embora neste caso, tecni- `=_5_f{_g_=_:-§_'-;=:; 1_: 5 z_:-_ -_; _ _-
mediante contrato de prestação de serviços, fazendo-o atraves de um con-
camente, isto seja possível: art. 48, CLT). "" ÊIÊÊ-IÍ.`:"-:": ¡¡":':'-:`-Í'_ trato tipico específico, regulado pela Lei n. 4,888, de 1985 (com alterações 'da
ƒ\ _
§E§.'(¡;:_ _' _'

vil. contanto Empnscârfclo E corrrngro os nEPnEs EN_'m__çÃo_ii_it _

:z-_:_-_.___-ƒÉ=_=_:_z_:_z'_'¡;__§-j-z_______ __: ¡_ ¡ _
:_ :_____:z¡;¡___¡________._;_._._____ _ _
š*
--`-/_¡'¡'II_`I-"_¡¡¡'_"_'_`- '_ '

COMERCIAL (EIOUCONTRATO DE AGENCEA E DISTRIBUIÇAO) (E5)'Nesta`iin'h'a'o`art'.' iãdá' i_'.`ei `n_"4l'888', de i96'5,:aqua'se"repoita"'a'definição exposta.
-¡'E':'I':'z`-I É'.'_¡ -' I É _' . '
" :-_';:i_=_ë_'z` '
Ftessaite-se que a Lei n; 4.888i85 sofreu nova' redação,'er`n diversos de seus dispositivos,
` 'Contrato de representação mercantil e o pacto pelo qual uma pessoa _:_:_š§_g_z_
-z_'=1§I'_:
-'.5:'â=_1_=_-=_
-_'-_-I _ _-
-I1_';-_-_
__
corn acréscimo inciusive de novos artigos, peia Lei n. 8.420, de 85.1992.
física ou jurídica se obriga a desempenhar, em caráter oneroãõ, não eventual' --_.`_':Eã`-_:-1:-.:j.:_': :¡-- -_ (_?) Ci-processuaiista e civiiista i-iumberto Theodoro Júnior, por exemplo, reportando-se
`- 5_'_'zÊI'I=5.53-_'_'=.'_'-'_'I '
'- -._¢:'.:'-:::-:'_-
__ É -"_-'fã¡_=_-¡_¡Ê`:
I
`z'-I: I_ Ê_Í__._I_ Í_ ¡ _.`- _
_.__¡¡____._
tambem ao comerciaiista Rubens Requião, sustenta que o nome jurídico contrato de agên-
- 5
¡__._.¿__¡.-_. _
..._ cia corresponde a antiga denominação contrato de representação comerciai. Porem, cui-
'- -
'. z _' -_
dadosamente, ressalva que o novo CCB não revogou as antigas Leis ns. 4.886 e 8.420.
(5) Neologismo oriundo da expressão francesa á ioriait, presente, por exemplo, na obra de :

THEOEEORO JÚNIOR, tflurnberto Do Contrato de Agência e .Úisrribuição no Novo Codigo


GOMES, Orlando e GOWSCHALK, E-Lison: Curso de Direito do Trabaiho. itio de Janeiro:
Civil. São _i`3aulo:` _F_iev`_ista dos`Tribu_nais, in Revista dos Tribunais, ano 92, voi_ 812, junho de
Forense, tá-372, p. 212-214. A respeito ver também Pini-TO, Jose Augusto Rodrigues. Curso
de Direito individuai do Trabaiho. São Paulo: ifir, 1885, p. 278-2?8_ ___«,¡;;___¡______ _

'_ --

.- I-
_ _ _ -¡ __
-_ ' _

l
- ' _'-_:---:-f_:'.,, ' 'fa' :ez-.-=-.=.-=
'
¿l¿, :Ç-1_=_'-I'_'§;¡I-¡ '- '_
N-(3 '-__-fã ¡ _ -_
_.._z.-as
-...z~_ ¬-, .f _
--..-»-'- W .v... -_
_._.;.. -

' ' :: ¬ _..-,__


__._¡..:¬_/I

588 lvlriunlcro Goolul-to Dsroztoo -Gunso oa Eiânarro oo Teàeateo 56? Í


l

Lei n. 8.420/92) e, mais recentemente, novo CCB. De todo modo, as duas 8.420/92). Já afigura do aviso-previo equivalera a 30 dias ou 1/3 das comis-
figuras tipificadas não poderiam ser efetivamente oonfundidas, dado que- o -'¡_¡_Í
sões dos últimos 3 meses - se o contrato for superior a 6 meses (art-._ 84,
objetivo do contrato de representação mercantil ou agencia e distribuição ---_-
_ ¡'_j¡__:_:¡
diploma citado). Tal prazo foi estendido a 90 dias pelo CCB/2002 (art. 720).-
_
'ZÉ ` :Í 'I E555 _
.....$I.

ao contrário do pacto de prestação de serviços -- e o resultado i.itii'do traba-_ z_z_:_-_:

lho e não o serviço como um vaior em si. _ 2. Representação Mercantil e/ou Agência e Distribuição versus. _ -.
. . B).Hemuneração ---- A retribuição materiai do agente ou distribuidor (ou- - _ ___
Contrato Empregaticio: contraponros . -. _-: -
representante mercantil) e estipulada ã base de comissões. Essa modalidade - - O contrato ora examinado refere-se a uma relação jurídica não emprega-
de retribuição e a que melhor corresponde ao objetivo contratual, que se enfoca; ticia, caracterizada pela autonomia do representante comercial ou agente e
'--`
como visto, no trabaiho útil, e não no serviço, tomado como valor em si. = 'z I--'i i-.'11 .' 1
1.;
distribuidor perante o representado ou proponente. Portanto, a primeira diferen-
As comissões calculam'-se, em geral, peroentualmente ao montante dos
š
-' -¿_:_'_'_': :_
ça que afasta tal tipo legal mercantil do tipo legal dos arts. 29 e 39, caput, e 442
negocios agenciados. A falta de ajuste expresso a seu respeito, as comis-1' _ - _- _ ¡`-Í-_-`;:';-É-¡š:`:::;:;:;.š .I I'
da CLT e o eiemento autonomia, em contraponto ao elemento subordinação
sões' serão fixadas conforme usos e costumes do lugar onde se cumpriro ` ` inerente ao contrato de trabaiho. A relação mercantil/civil em anãiise e neces-
contrato.
I :.::_.__:_: ¡ _ _ _- _
-
sariamente autõnoma, ao passo em que é necessariamente subordinada a
_ _ ÍÍ
-
relação trabalhista de emprego.
É oportuno repisar-se que, segundo o modeio do contrato autônomo aqui _:-.Zi-__:.-_: _:
_ Ao lado da autonomia (importando, pois, na ausencia de subordinação),
analisado, as comissões não constituem retribuição pelo trabalho prestado, _ . _ _ -J;

o presente contrato civii/comercial tende também a caracterizar-se pela im-


mas contraprestação resultante da utilidade decorrente da mediação feita. Elas .iišiz
pessoalidade da figura do representante ou agente, que pode agenciar os
somente serão devidas, em consequência, com a c`o'nc'iusão"do negocio ou ã .._
2:.-i: -_-=_:-¡--: : -_ 3. negocios atraves de prepostos por ele credenciados. Embora não seja um
rtrerflfsän de-eetefetutaçäe pela tintetreefidet tõeffemz retém ,Ser rnitedtfiacflm
_ I Ê:5¡:¡.=_¡.¡E 5'-3-Í
§Ê`:'ÊÊÊ¡I ` ' '
:_ ,z,¿,¡___z.¡_._._.,.__ _ . __ _ . _ elemento atávico e _irnpr_escindivel _a figura da representação mercantil, e
periodicidade máxima' mensal, salvoajusie ao contrario (art. 33,' §` ZÉ, Lei z.-`;E 5_';I§ -:_:'z';_5_=;-_; ::;`-:-
.=-:;:;_-_r':=--'.- " " i:`_o'rr1_i._r_m_; __nã"pra"'ti'c_a-;~'a'_~ fung_ibilida`de__`d`a' figura `pessoaI'_do re'p_r_esentaiit_e_ no co-
ri
'

65,_corn redação da Lei n. 8.420/92). ti'i:_li"a“hcf da ~repre“isentaçã`o *‹i:`o`mi`e"icial; (Ei quão `crede“ncšame`nto' i-dëõprepostos L

ii
_ _ C) Rescisão Con'tratual_.-- A ordem j_urid_ica tipi'fica'um__'ro_l'_ de motivos
-- ,›_¡_..._.;

potencia; `significativarn'ente, a' 'capacidade Iaborativa e de 'produção idoreprs-


justos para o representado rescindir o contrato: a) desídia do representante;
'‹
sentãnte; tornando-se quase um imperativo de logica e sensatez nesse- tipo
b) pratica de _at_os__'qu_e importem _descrédi_to comercial dorepresentado; c)
__ -..|\
_i$_
:__zz_'_-ç¡¡z_:_-_'_
deatividade:- '- ' - - --
descumprimento de obrigação; _d) condenação definitiva por crime contra o :zi-_I De todo mondo", não obstante' essas 'duas' importantes diferenciações, são
patrimonio; e) força maior (art, 35, Lei n. 4.888/85).
š
z z:z,zz:_-_=.' -j-. ; 1 -_
'_ ;:_-_:_r_::.-_-:_-_.-_ também muito recorrentes,' nessa' área, casos de relações sociojuridicas tur-
vas; imprecisas, 'cujoselementos fatico-jurídicos constitutivos não transpare-
:

. . Não serão devidos, em' todosesses casos, indenização e aviso-previo ri-*-z';E=


Ez ' cerricom cIa`reza“em sua estrutura e dinamica operacional. Nesses casos, a
(parágrafo único do- art. 40,..Lei. n. 4.888/85;. art. 717, CCB/2002). " . -. - Ji'

relação de trabalho, lato sensu, de' representação mercantil ou agencia e distri-


- Da” mesma' 'man'ei'ra: tipifica"a'or'der¬n` juridica ' um rol de motivos justos E buição aproxima-se da relação de. emprego, podendo com ela confundir-se.
para 'o~ representante' 'c'om'erõia.l"rescindir-`_o respectivo contrato: a)- redução da
li
Desf_az-se, em corisequënciat. o_ envoltorio civil/comercial_-_.q_ue~enco_bre_- az rela-
esfera de'atividad`e` do representante; b) quebra-',' direta ou indireta, da exciusivi- 1:.
çao socioeconõmica concreta, despontando o caráter empregatício do pacto
dade prevista no contrato; c) fixação abusiva de preços na- zona do repre- -I -3.15
==.='-:tz
- " r _
` efetivamente formado. _ '
sentante, corn o fito de lhe impossibilitar o regular exercício de seu mister; d)_ _ __ _ z-_-¡::-_z'_

i O-operador-jurídico-,f'porem;-"em= tais situações fronteiriças deve exami-


não pagamento de sua contraprestação na epoca devida; e) força maior (art. 86, _
nar, topicamenteƒos'elementos quecompõem a relação sociojurídica efetiva,
Lei n. 4,_88'6l85';'art.'721,'CC8l2002)'. Nesses casos, exceto a força rnaior (alinea para-apreender se esta diante de uma relação civil/comercial ou de uma me-
do art. 27, Lei n. 4.888), o representado pagará ao representante uma indeni- ramente empregaticia. Trata-se, na verdade, de um exame da materia tática,
zação e um aviso-prévio (art. 34 e parágrafo único do art. fiiüãflei na 4.888/85; Í. Z:Í 3. *_
:_- : 1
que deve ser efetivada a partir das provas trazidas a juizo e das presunções
art; 718, CCB/2002). ' ' ' 1 incidentes sobre o tema.
A verba indenizatória está fixada em montante não inferior a t/12 do total Duas' grandes pesquisas sobrelevarn-se nesse contexto: a pesquisa
da retribuição auferida durante o tempo em que exerceu a representação (art. ._ ._-_*

sobre a existência (ou não) da pessoalidade e a pesquisa sobre a existencia


27, “j", e parágrafo único do art. 40, Lei n. 4.888, com alterações da Lei n. Í
r (ou não)_da subordinação. _ _ _ . _ _ . _.
¡ :_~¿-¡'¡-_-j¡;:I
._
w - -'
v~
-¬_f.-ar. . - f.-‹êr_t1I1'
- ' flpf«šgf-“¿<_=::=E::
'-=-.:{___.¡¡z-¡;=F¡-11%;-.¬‹:-_,.. "¬;
_ _-_ _ _.‹,¿5.._¿_¡¡___.¿*¿-_
_ .-.-. _ 4., . A¿¿_<_:\.-~;.___;-__.__._-_.__
4» »z_{;LY,,5:=¡'_I_'_'jÍ.-'_'
›aezena*aaeaa»
'_'-:_-_:.'¡-zIz_'_5"-çxz
-_¢,At› . ':f‹:=¡,-_;if:`¡I-;'-'¡'_¡fz-`-:-1.'
=-Ã.¬-'-'“'/.-""' `5`. -' '.i=53'.i¬- 5-`.'ÍI¡.'-I---'I-'I -
- ¿š-«--«zf'-f¿.-._-..--.---- -

568 i\/iitualclo Goolul-to ago os Dinarte oo Teaexrno 569


.__-..._..._...¡.-_____¬,¡5:¡¡____.¡._¡_._¡.:-_._:__-_

Tipifica a pessoalidade a circunstância de a Prestação do trabalh65-'iiÍ'¡í¡'iiÊÊf_._.__.,__


5i'§`='fÍ£:5;-:-f.ë1.=.=I`zI-I.=.-E1 E É-_š__Íi1¡àr_ividades desenvoividas pelo obreiro; exigência estrita de cumprimento de
concretizar-se atraves de atos e condutas estritamente individuais do de trabalho; existencia de sanções discipfinares. _ _. _ _. _.
baihador mesmo. O prestador laborai não pode, em síntese, cumprirn .- " " 1;§'Í-_z Íj_5:¿':z';t_fz Fiessalte-se, contudo, que ha outros traços que, mesmo despontando
contrato mediante interposta pessoa, devendo faze-io pessoalmente.
íz"¡¿¡'0.z~ptano concreto, não tem a aptidão de traduzir, necessariamente a exis-
plano da subjetividade do prestador de serviços, prevalece, portanto, a regra
da infungibiiidade. .`_¡Í_E ' '::.:'' ::'' :'E"'...¿:zÍÊienciazde subordinação. É que São aSDectos comuns Ciuer ao contrato de
.`fffiÊãÉãʧãt;äí: Ê-tepresentação mercantii ou agencia e distribuição, quer ao contrato de ven-
A fungibiiidade do prestador laboral --_- afastando, inexoravelmente, a- Í -Í Í' ..¿vvaaÊeaflsâa@~~-
É
_-;I-_¡-z¡'L';_i:;. --_-_;-'.'-::§:I'¡;¡§I-

Í¡"-fçledor' empregado (CLT e Lei n. 3207157). São estes os traços fronteiriços



possibilidade de configuração da reiação de emprego --«- desponta em situa-;. '-'gguaimente-identificados: remuneração parciaimente fixa; ciausula de não
Ê*
ções nas quais o trabalhador contrata outros obr_eiro_s (ditos prepostos, na -
1-agncorrencia; presença de diretivas e orientações gerais do representado ao
- -_¬›_..-..
¡'-.3¡.-.
-. _ '- -.
__. _

linguagem mercantil) para cumprimento concomitante da representação cone :ix- z-1; = E -: ía =.-': -1-
iepresentante; presença de planos especificos de atividades em função de
ä..

tratada. Nesse caso, o representante ou agente organiza-se como um pe,-_


:C_$Fi0 .l9f._0€ÍUÍ0-
queno empresario, cumprindo frações mais ou menos significativas do pacto
efetivado atraves de agentes credenciados seus. Finalmente, e oportuno ponderar-se sobre uma dualidade curiosa: e que
f_ §'_:§_E__Í:_¡_Ê
-Í_'¡`_I_: '_
I '_ :` não obstante a exigência de horario- conduzir a conclusão de existência de
lnexistindo, porem, essa pratica de delegação de funções entre o pro?
-:relação de emprego entre as partes, isso não significa que a ausencia de hora»
fissional e outros trabalhadores (por realizar o representante mercantil,
rio pretixado e controlado elimine a possibilidade fatica de ocorrência de ._

pessoalmente, todas as funções decorrentes do contrato), não ha como -


_ $____
':: ¬=_=_=_-_ :; -_ : _- _
_

relação de emprego. É que, afinal, a lei trabalhista prevê, expressamente, a


desconhecer-se a presença da pessoalidade na relação socioeconômica
Í-Z-Í-Ii:-ÍÍ-if'-Í-`:'1.` I-
fi_'gfu'ra_ do empregado ver_id_e_do_r _externo,_ não submet_ido a_ qualquer controle de
-. jornadalàborariçvatmfl, 1Ç “t
_ L _ A Svbefdlnaräczteet.Sr-iaifezá_ëielsfi1_enie._dafl¬lslS filifífiil äefileäe na ,_¢leS_¢0_nSti_tvÍf_de_Í.Q
eflreltóríø;_¢iv_iI/cemet¢_i_e_l_ Íflla lrelaÇã0__zS0¢i@e¢@flö-
eørnflrata desse tim de irritação ,entradas rififtaeráz šlrelliílreifíeášleeli(Pela)rfrttefleišiaš ___¿soeer~¬~~~=

de, repetição e continuidade deordens do tomador de' serviços com 'respeito


ao obreiro, em direção a forma de prestação dos- serviços contratados. Se- ._¬z;saaseao:sâ“ érnttçtçnsetqutêtrâcia;ça jiçnúldêtnúiatclàs tnútrmaàttuat legislação específica (Lelis ns.
houver continuidade, repetição e intensidade de ordens do tomador de servi-__. H--Hto,o,,,~,
5:1IÊ:ä_§;¡=_.';`_-I-_'-Ç-_'_I Ç -
astss/este 8.420/92 é cce)/2002, às forró úààfâ), apltêeanóútéâél aos zútnrtrataúâ
ços com relação a maneira pela qual o trabaihador deve desempenhar suas 1 5 -'-j='z'.=:_¡=§-:-5-.'z'= : - 1 1 _' tes asnormas juslaborais proprias aos empregados vendedores viajantes ou
'
fiinções, estã-se diante da figura t'rabaih_ista do vendedor empregado (art. 2 e_.
:fã
zu pracistas (Lein. 3.207'/57 e arts. 62, I, e 466, CLT) e demais regras gerais
'i
justrabalhistas- ~ ' - - - -
.-.e-.¡;'-- -
--

3, caput, CLT; Lei `n_ 3.207, de 1957); I`nexi_stindo_ essa continua, repetida eÍ ¡‹_
i

intensa ação do tomador sobre o. obreiro, fica-fse diante da figura regulada i

`3;f *Einpregado Vendedor: regras proprias: “ - - - '


polpa Lei Comercial n. 4.sss/as de Cócllgú civil ele 2002. t _ 4 _ _.:._-_I__._._._._._. _. : ._

~- -Í-Ha 'certos traços concretos que- tendem afcaracterizar a 'subordinaçãoi ii- :Zz-'ii3-=:I¡:'Í-I::.'-' '- _. __omp_regado'_ve`ndador _te_m'_ sua_'si__tua`çã`o jur_i_dica "reg_ulada por _i_ei traba~
z nas ;;ê¿
isto e; a concentração no tomador da 'direção centra! 'e cotidiana da prestação- .
I ÍÍ':`Íi=-':`-'Í
.l",..- .
3 '-
- .
lhista especial '(3.20'7, de t'_95Í_7).'__ Ai`e"m'd'ess'e _di'p'lom'a, recebe incide_nci_a de
de serviços efetivada pefo obreiro; Em situações fronteiriças, quanto mais outros preceitos celetistas, reguladores da'mod'ali'dade preponderante de sua
f_remuneração,_ o_“comissioname'nto (arts. 457, 478, § 48, 142, § St e 466 da
globai for a reunião desses traços, mais inequívoca sera a presença de uma _ _-

relação de subordinação entre as partes. Despontando apenas- urnou outro _e`xe`rÇa` _l'abo'_r' externoi," não submetido- a' controle' de” horario; 'sofre
de tais traços, deverão operador juridico aferir, no conjunto dos demais ele» aeee efeitos)etndafzzlodtdurâpúârtúit nú art. s2fuàcLTti.tf = 1 as = 4 ~ 4
mentos do vinculo sociojurídico existente, a tendencia preponderante conferif _ ` ' Ao e'mprega'_d'ovende'do'r"não'se a'plica',' como ja: visto, 'a Lei Comercial n.
da a relação pactuada (seja a tendencia pela subordinação, seja a tendência 4.886, de 1965, nem os artigos 71 0- a 721 do CCB/2002.
z‹¬aao-é.-
pela autonomia). .- _

Os probl_ernas- principais regulados por essas 'normas jurídicas traba~


Sao estes os traços usualmente identificados, cuja convergência ten-Â ihisfas 'especiais' dizem respeito a remuneração por comissões; a data regu~‹
flllll

-li

de a configurar o nexo subordinante entre tomador e prestador iaborativo: f atz.1- 1- :'fÊÊE_5


Í'

-- lar para pagamento da comissão devida; a presunção de data de uitimação


j- ;: =I:`.'-1:
reporte cotidiano do trabalhador ao tomador de serviços, descrevendo o __ ____ _ _:_ _
da transação; a distribuição do risco relativo ao negocio referenciado pela
roteiro e tarefas desempenhadas; controle cotidiano, peio tomador, das ' :_ 5 I 1 5_'2Ti=`z:¡:'-`:í:'I':í i'
.¡If§_-1_-;_¡.;¡.'_§_;¿;§_;i§¿jâ_ ;'¿¡í¿¡§_~¿_§¿1_.j_.§. comissão; ao trabalho dez inspeção e fiscalização pelo vendedor; a exclu~
_'j
Ez
zf=zaazú¿
_ .__ -_ :__-_-5¡I¡_'¡:_;¡'¡i:.'.
_ __....._....._,..'i.'.1;L,;,L;.,_.'..I.'..
__ _ - ________:______::-:__ _ __
:'=;:-_”>=: - _ -_ -
- -__ ƒ-"_,.-.-¡;_¬-_-_ -
_.:-.¡,-fr É
-¬.- _-.zrff==-'-_=='-'--"- '
._-._--:-_'-_'-'_'_' '_ '_ - `-
-fl' _.‹_f"-_'="~ - 3°* ''\l--=t-=:-<z=.-zI=--I -. --
_ _
: 1-- a.,;¿=¿_¡i;_5:z¡-_:_-¡-_-_-_:'_-_'-_z
'
_ _ ..'-=.=;'i""-1;-_; gfifig-;.;;:_-:=z:;.'_=_':'--.
---:::-z=1:==i×"¬-“'
_'_-..;;.'_'<:=_-rt_;.¢”r$°' ‹:=1tÊ""z¿-' f'.¡\_,.,:;fzx!;';_=:;-.-_-_-_:_-.-=-. __ _ . -
ao-*.'-'/<-'-:1*.'-Ir:_-=-'.I-'-I
-- - :-*-+ _._ "_NK».=-rzf.-oz _. ._ _
_ ¢¡__¡_.__×__-_,._._.__.
----'_'--::'---'mf-'¬z‹= -' '«¬Q..-_.
_'_'-_'_'_-_I--:-:I=:I:I:!;Ê5':r f._-§r_=_-:(\'I'-'_':;-;;:-z

5?0 Maunlcro Goollvl-to DELcari'¡§j-"_¡-f_Í'=_Í


_ __ _ __ ¬____¡___,_____,;
_
,¿_.__¡‹_______.__-_____-___________-__

os Dresrrc oo Terieitu-lo _ _ _ _ um

' -_-..¡___-_-_;;____-.¡-¡;a11_.-_-;¡;.¡:;'_-¡¡__;_- '-


._ ...
'_ -_ - I:::Êší:=5E=_=:_I_=:=.-;:_-

sividade da zona de labor; a viabiiidade (ou não) do estabelecimento- rzi,-.gif (an. 7*-i, aiineas
.'_-`_'.'E:I::-I15:11.'Êif.-_=;i:`¡'_=:_I-[-;'.I¡¡
E -. 1.`-.I-_-'.-'_-I:z'.;_-_E:5:giarz'§_=_=_`;`-;-*_-',"z:'z e “d”, Lei n. 605/49). No caso das horas extras, o calculo
clãusula star del credere no contrato de trabalho respectivoitk _ _ _ __Ê?' Z ÉÍ Í : i Í = `z¡. Í ¡ Í ' Í ` Í : ' = =5' E Í - Í - Í
í'i:_i¡jií_š_-;¿f_z_“fizfi2>se pela aplrcaçao do respectivo adicional de sobrejornada sobre o valor Í

-1:_- ;-:-_===z1zz1f _-z-: lI


A) Comissões -- estrutura e dinâmica jurídicas - A modalidade do " comissões referentes a essas horas (Súmula 340, TST). . - t
Ê'

pagamento salarial atraves de comissoes e usualmente utilizada no cotidiano.


dos profissionais vendedores, sejam os que laboram no proprio estabelecia em CÚYWQHÇÊU 011 eüüfdfit C0|@iÍ'-t0” (ati. 7% Vl, CF/88). Êviderltemen-
Sendo a comissão saiario, sujeita-se a regra da irredutibilidade, “salvo o
l
i
mento (como padronizado no comercio urbano), sejam os que laboram exter-i a irredutibilidade aqui se adequa ao carater variavel da parcela salarial_ i
F

namente a planta empresarial (caso dos vendedores viajantes, por exemplo);-_'-_-_ --_
significa que o empregador não podera diminuir o parametro de calculo
O sistema cornissionado pode, licitarnente, corresponder ao mecanismo _ -
_z_ §_ _=_ _=_,_Í_¡_'-_das comrssoes Case altere esse parametro, terá que garantir que a media
exclusivo de remuneração contratual (“comissionam'ento puro”) ou associar-se
' '-
_ -_ _ _ -___-___§¡'§;_-"apurada final nao traduza efetiva redução dos ganhos saiariais obreiros (as-
_-

a uma parcela salarial fixa (“comissionamento misto”). - -ff' - -. =.= =_' _zz;_g__.=_____¡-segutando, como remuneração minima, salario equivalente a me'dia`dos 12
z _-
- = 1--
_¡ § _. _-§_f__~_¿i_-'_iriamos meses laborados - § 2t do art. 29, Lei n. 8.207). ._
a) Conceito e Natureza -- As comissões consistem em parcelas coni
traprestativas pagas pelo empregador ao empregado em decorrência de uma .. Sujeitarn-se tambem as comissões a regra da integração ao conjunto I'
:-
|

produção alcançada pelo obreiro no contexto do contrato, calculando-se variat- -'-'fsalanal obreiro ' Desse modo = elas produzirão reffexos sobre ft uais Cl uer
velmente em contrapartida a essa produção. _ parcelas que se computem com suporte no parametro salarial. Assim, irão
i _ -_ _-_
" 3 Í.
`- _ I repercutir, consideradas em sua media, em verbas de FGTS, ferias com 1/3
Z-'ilÍ-‹-¡':.¡:¡.:'-:_"_:'I :-5 i 1 2:
_ :-›-¡¡_;_-:_._.__':.._
¡_':Í:_=.:-Í-`_'_`-Í "
-_- - - z --Ç

Tem elas evidente natureza juridica de salario, já que retribuerno _' 1 2 I-I 'z : z :_"ššEI-:5:-_'- 1 1 -_ ¿_ 189 salario, repouso semana! remunerado e recolhimentos previdenciários.
empregado pela existencia do contrato, embora proporcionalmente ao resul-'Í_ 1 _ -_ -_ _-. z -1 _= É _ -_ -_ - _ _ _ _¡

tado' alcançado na concretização de seu trabalho. A doutrina,_'contudo, diverge _______`_i_ ___ _a comissão, como visto, modalidade de salario variavel. Por essa
.'=_.i=_¿-_-`__r_a:_¿ao el_a_ se s_uj_eit`_a` a_' regra p_rotetiv_a fixada:_tan_`to"pelo art. '28' da CLT, 'corno
- -' ' zz--__-¡'_¬..¿:;-.';-.'_':-:Ç-_-_”.I
- _.
no tocante a modalidade de parcela salarial' que'elas”'c`onfiguram. ' " _:"Ê-
T otras ,¡___¡___¿í__-ealaai-:__tr, vll, aa CF/ssz_tga_rariiiarltaataalaríaauncat infarlaftaa lalpltlaalit
-,Ê-".taF-tz.E1-z_-'tati!-fi-giz? para-qugjqugr gmprggadgCümiggzgnigra-_-.-:-_ i

aacaaaomiaaõtaa cama trrpaiiaalairraltppar ttlntraaàlatttalafjobra; Àttiaagfúadat paalçaa


z -

'_ :_ -__t._-:I:-"_. I
' B)_Pagamento 'da' Comissão -_--_- Regra geral, on'p_agam"ento`.da`comiss`ão
entende que as comissões'consubstanciam' modalidade de“percentagens._ ` __ §_ --

li
_ 'ac vendedor deve ser efetivado mensalmente caput do art. 49 da Lei n. 3207).
_ A primeira vertente (salario por unidade de obra) e a que melhorse
harmoniza ao real sentido e dinamica do instituto. De fato, não obstante a
"___
-
"
-_ -
. 1l-:----
'lia::::5:_ __
3 ¡:". '--
ili:'z:-_¡`_-Í'_¡I:_'¡-'-
_ '_
_. Contudo, autoriza a Lei n. 3.207/57_ que, mediante_acordo meramente
comissão seja calculada, regra geral, a base percentual sobre o valor do bilateral, proceda-se a_ esse pagamento ate tres meses apos a aceitação do
'l
negocio concretizado pelo obreiro, nada obsta que ela seja calculada tam-
_- : negocio (paragrafo unico do art. 4i*). Como se ve, surge aqui destacada exce-
bem a base de uma tabela diferenciada de valores fixos, e não percentuais. ça_o a regra ceietista de pagamento salarial no lapso temporal maximo de um
Contudo, o seu carater de verba aferida segundo o montante produzido pelo mes (art. 459, caput, CLT). . ~
t_rabalhado'r (s_a_lãr_io" produç'ã_o,"_`portanto)'- perr§n_a'nece' como 'u'rna'- constante -' Nas`ven`das'a` pta'z`o',` o' pagamento d'as`com'iss'o'e`s'
em"sua""estrutur`aÇão e'funciOn'_á`m'entoj'concretos.'“ - proporcionalmente as ordens de recebimento das prestaçõesdevidaspelc
__ b) Dinamica Comissional - O empregado' comissionista' puro não sofre
-_ _ -_ _ z¡ É-__-_¡_=_-_ _-_'¡ 5
adquirente (art. 59) - observados os lapsos temporais basicos do mes
segregação_ no tocante a outras verbas salariais (repouso semanal remunera- - _' Z ':-
ou trimestre, conforme-estipulado pelo 'art-.- 42 da Lei dos Vendedores-Cm
___ __ _

do e horas extras, por exemplo): apenas possui formula de calculo dessas


-'
- -___ -_¡_

verbas compativel com a especificidade da dinâmica da figura da comissão. ' ) Filefiëfililesjël dueymfesmiottnoçtcataatcla cessação) pela tconttrata arrfptragatr-
Assim, no caso do repouso semanal (Súmula 27, TST), o cálculo faz-se cro,_ por qualquer fundame'nt`o, ou de`não`con`s`urnaçãe donegocio por ato ou
_ _ z_|¡_-_¡_-__¡____

na forma da Lei n. 605/49: o montante do reflexo corresponddiiã ao «quociente


-
omissao do empregador, preserva-se o direito obreiro as comissões relati-
da' divisãopor seis da importancia total das comissões percebidas na sema-
' _

vas ãs vendas já ultimadas, por se tratar de trabalho já concretizado (art-i 65;


Lei n. 3.207). A partir dessa regra, pode-se concluirque o negocio efetiva-
mente agenciaclo-peio vendedor e não aceito no prazo -- mas posteriormen-
(8) A respeito da presente figura de empregado, consuiiar CAHDONE, Marly A. viajantes e -_ l
__ -_ :_-_ _,-_.;§ ;_';_:
te realizado - tende a gerar o direito a comissão ao vendedor que pactuou a
F-'racistas no Direito do Trabaino, 4. ed. São Paulo: i.Tr, 1998. - _'
-_ 1 : I.'_'-_'¡fz',=:_-_: 1
z*.`;:-Í-_-`_'II
vend3_ z. x_z -“_y¿._ -x_;.-.:.z z
'- '-1É-:Í'Ê-i=Í'ãÍ';"=1Ê"§="_f'
-_ _ -- gl-_-_-_-zz
____¡=__,,_ _'..- ' _ ._ --
' ' '- ;,_____
-_ ' -,zyøff
- - ':==-.-=-'-× fz-dr-rias'-"'
' '-
- _
z __ ::_-:-_-:-‹-,,\
-' -j_\*'--.;"'_- ‹¬^_-_-__-_-='_'_-':::-_::_-_- : - -'_'_' -
'I=`Í ¿_-;Ê.';'z*-=:=:ë;'_-_:--_:-1.'---
;;V\s_tt_:¡',-zz-§_;_'-_::_:-2:;' - '_
zz-gua. __
"z'~:==z_-, __\-t.--._ _ - -
- É
t

572 Msuniclo Goolnno iÍJs|_onoo


1_'.~:5;'.;3 fit.:EI§E.':j=_¡.`:'_-_-_-_'.
¡:;¡_-ii.:-__¿¡=_¡¡§_¡':_'¡ :_'.: ¡ : : ¡'_ ¡ _ ¡
Çueso os Dineiro oo Tnaearso 573 É
š
E
__

.__
Q. _

C) Ultimação do Negocio -- data presumida -- A ultimação do- nego-,


_z`:Ç:§¡'z_:
z $'ÉL:'. '- F) Ettctusividade de Zona de Trabaiho - A exclusividade de área de
¡ _" '_ ' -

cio não se confunde com sua efetiva reaiização -- muito menos com seu __ _ atuação profissionai não e irnperativa no conjunto das regras sobre a catego-
z11'_í'-'-I=Í'-š?¡_=šš5555z`_=;_- __'-I-'.-_=_-_ . .
pagamento. Por ultimação considera'-se a aceitação do negócio pelo compra- ::_:_-_z;`_§§::__-_'; Ê 2-_:_ 5 :_ _' ria do vendedor empregado, mas apenas uma vantagem adicional que pode
dor, nos termos em que lhe foi apresentado. Considera-se, desse modo, ulti- EÉ ser prevista pelo contrato. Entretanto, se estipulada a vantagem, a esse ven-
rnada a transação, para os fins legais, quando aceita pelo oompra_dor nos É dedor empregado serão devidas todas as comissões sobre vendas efetua-
termos em que lhe foi proposta. _ _ ` ` ,Í das na correspondente zona, sejam as uitimadas diretamente por ele, sejam
5
_=_-;-:-:-z.-r:zz=-- ---- -. :_:

as ultirnadas diretamente pela empresa ou outro seu representante ou pre- F

Em princípio, a comissão é devida em função da ultimação do negócio e r--

posto (ari. ze, Lei zw. 3.207'/57). A _


não em vista de seu efetivo cumprimento concreto. Por essa razão é que e
'.'-:_:Ê:%;:.:'¡'- E -2 `-Í -.-2 ' '_ '- -`
_ .._____¡____\\¡ _ _-
--___-;____'-¡¡¡z:__¡

reievante determinar-se a data de ultimação do negocio agenciado pelo ven-_» 'Í $:`: _
.z _ Autoriza a lei que o empregador amplie ou reduza a .zonade trabalho do
dedor comissionista. " vendedor. Nesses casos, porem, deve respeitar a irredutibilidade da corres-
pondente remuneração obreira (art. 29, § -fg);
A Lei n. 3.207/57 considera. ultimada (e não exatamente liquidada, isto ei __ _ .f-:¡:¡`É'; : ':':; I_

paga) a transação nos seguintes prazos: a) apos 10 dias da apresentação da Autoriza ainda a lei a transferencia unilateral de zona de trabalho do ven- l
L
F

proposta ao comprador, caso esta proposta não seja recusada, por escrito, no E `- dedor, mesmo “com redução de vantagensiií nesse caso, contudo, deverá
referido prazo, isso se a transação tiver ocorrido dentro do Estado-membro
É
Z-¡'_¡ ¡_;_:_'_ '¡ : _:
ser assegurado ao vendedor, “como mínimo de remuneração, um salario
(art. 39, Lei n. 3.207/57); b) apos 90 dias da apresentação da proposta ao com--' F
correspondente a média dos 12 (doze) ultimos meses, anteriores a transfe-
prador - prazo prorrogável por tempo indeterminado, mediante comunicação
__ : ._ :_-

.,.__;
z :I I_ : ._ _
rência" (§ 22 do art. 2-ii da Lei n. 3.207/57).
escrita ao empregado ---, caso esta proposta não seja recusada, por escrito, É
G) Cláusula “âtar del Credere” _ Esta cláusula teria o condão de
no referido prazo, isso se a transaçãio"ocorrer' com comerciante ou _em'presa_ tornar o trabalhador solidariamente responsável pela solvabilidade e pon-
_'_$;--::- _

_ _ ._ __. 'ÊÍ'
estabelecida fora do Estadofmembro ou' no'_exteri`or"(art_._ 3“fi__I_l'ei 3.207)j._"_ - ='_"::z¡_
5 :-2 -` 2 tualidade daqueles com quem pactuar por conta do empregador. Noutras
D) Risco Concernente' às___\rencl_as O1 princípio'justrabalh_ista daí- palavras, autoriza a cláusula examinada a divisão dos riscos concernentes
ai_ter_ida'd_e coloca, como se sabe, os riscos concernentes aos negocios
"_¡:'-'_'¡$Í":'_ _ _
aos negocios ultimados_ Através da cláusula star del credere, pagaria o
efet_uados'em n'om'e_ do em`p_ifeg_ado'r sob ônus d`est_e"(a`rt'_ 2% caput, CLT)____ Íf-É â:z`ÉzÊ`Ê‹§:Í;=¡:`-ÉÊ}Í-`_:ͧÍz_f`-

empregador uma sobrecornissão ao vendedor (ou uma comissão especial,
_ ._
-.I I: : I É.
Fiz.-:-.__:_:
.Zi _; :. _:
Í`
suplementar), assegurando-se, em contrapartida, de que este iria ressarcir-lhe
A Lei n. 3.207 atenua, porem, essa regra geral. É que o art. 79 do diploma uma percentagem sobre o montante da venda não cumprida.
estabelece que, “verificadas insolv_ência"do com`pradoi','cabe ao empregador
A ordem justrabalhista e silente acerca da aplicabilidade de semelhante
o direito' de estornar a' comissão que houver pago”. ` ' `
5 _.: cláusula ao Direito do Trabalho e, em especial, ao vendedor comissionista
Esse preceito, que reduz vantagem obreira-clássica, deve ser, entretanto, empregado.
interpretado restritamente: desse modo, somente a insolvência do adquirente t
O silêncio da CLT e da Lei n. 3.207/57 e, contudo, inquestionaveimente,
-_- _e não seu m_e_ro inadimplemento ---_e_que autoriza o estorno mencionado É
eloquente Ele esta a sugerir a inviabilidade de se incorporar tal cláusula de
T
r
;`;_'z '_' '_
acentuado risco, que pode envolver expressivos valores, no interior do con-
:=z I:--_ z --
__ E). lnspeção e Fis_catizaçã'_o pelo Vendedor -- A atividade profissional trato empregatiício -- por conspirar essa incorporação contra as garantias
definitoria _d_o__vendedor empregado e a intermediação com o objetivo da mer-_ - --:-.¡=Í"'F':`-'-'_-_'¡
Ir.-
- básicas da prestação alimenticia salarial e o estuário normativo e de princi-
cancia; para isso ele foi, em princípio, contratado e e regularmente remunerado.-; pios inerente ao nucleo detinitorio essencial do Direito do Trabalho.
_-:az5:zt;-::-.-_'-¡z_-_'-¡- -- - '-
Em c_o__nseguenc_ia,_a _ativiçl_ade de cobrança, por etremplo, não :ef função tida _-'z'-:-'E5-§i=:'=.'-1-E-iz'-z'=z'-'z'
Na verdade, o máximo possivel de assunção de riscos pelo vendedor
i:=z'_--
comoinerentes_es`sa'espec_ie`de contrato enipreg`a_'_t_ic_io;_' '_ " empregado já foi absorvido pela iegislação especial da categoria, atraves da
._ Por essa razão estipula a Lei do Vendedor_Comissioni_e,tp um adicional- autorização de estorno das comissões pagas em caso de insolvência do
especifico pelo exercicio de função suplementar ã de simplegišg” intefmediação- | _
_ _'I ||l;-__:;_
1z'-_'--
Í Hz:-_'.
'__
z-_
'-'-
comprador (art. 79, Lei n. 3.207). Caminhar-se alem de tais fronteiras impor-
para mercancia. Determina o ari. 89 do referido diploma que quando “... for taria ou na descaracterização compieta do ramo trabalhista especializado
prestado serviço de inspeção e fiscalização pelo empregado vendedor, ficará _:_ _-__-Ê.
_ _ .__§¡:¡:_:_ ._ ou na assunção de que a figura de trabalhador aqui examinada não se con-
a empresa vendedora obrigada ao pagamento adicional de 1/10 (um décimo) __.,_

- _-zr:-;;="--*
_ I i,'Í"-':'- I '_
funde com a do empregado, assimilando-se melhor a um profissional auto-
- i::::_' _ '-
da remuneração atribuida ao mesmo”. _ nomo, gerenciador da sorte e dos riscos de seu empreendimento pessoal.
i
E 1- -¡j5_í_jz§5__-jz 5-j:
:` -I f5_`=. _?-z:z".j'
-Í I' z`:
' i_§I:_'§:_-:I':
.,‹
rw _a.___|
--*.‹_|'¬_=¬.
_' ' ____,,,.,.r-
- ' -- ,.w..›{\.---_--".__. -
--
__ z ¡__._ -_- _ _.‹¬._.-_-_-;~_-_-_-__-.-_ . _ .
;'_'-;'f__, .-r=a;a§:;=__-. _ z..;_fz_'¢zr_-_..;:;-.'- . .'--
..__ -:.'i:-:-__
-_--.-.__ - w
_-1-5-.1:=:-5-' ._--rf.=:-.--›:'ee.'$§;¡..r»'+.-
¡¡_-:¬.‹- _,-r,--,-,..--.|:.-:uv-›. - _,'¢-§‹-
_ -
5.7:-' =\.`i:=> +___.;-,‹;_.__f¿-.¡'
:_:-_-.:-r
1 __ r J_r¿_jy-ur | ¬. ¬.._
'-'fÊi'š\,>*Í
-ai.:-z_¡=*;§,¬¡à=›*.'$+ 1- _.” '«"¡I-Iz'--=--.'_ __ I--_'- I' ' '
,-‹_¬;f<'--¢-.-..---
+ _ - -.=.=za':-_.--"'. -' -'z
--'Í"-':¡.`-f'=fi- 'iiiffz vii-"` -'.\‹-
- 6”-fiê?§r<'»:z5:-_-'z'z lr

574 6"
'-`:`-:::':5
-.¡_¡....-.¬_f_;'<,-'Í« ' `-_--+ - =iÊ=i'5.5-`*.I'E='¡E¡:I:I-'.'.
a_¿,__*'¿f.¡..--.t=z--.-...--..-
I;É
ivlnunlcro Goornno DeLoaoEj¡_.Ê_ʧ .-=_'¢rr:z*:t
.__.__.¡¡_;;;-__>' ¡<__¿_~;¿r«- __ _._ ' ___;,\.___¿_¬ç¿'
¬,¢=a.-3;et-ofi
._'z_.'¡¡5:z-.¡=_._=.¿á.- __-fiqt51€-__-,'.=::¡;,-_-_.:;.:¡_.¡_:z
-_-.z--z.-¬,_---- /.~^,.-r,';_-;-;_'.-;;-'--
-=_=5.'-'_-2::-'_=.'I =
_-_._._._._,__._;;_;¡-.¡_.__¡¡¡_._

'


:r
:'|
' - : '-_'-':if.j_;"§f-Í_-:\¬§'.=.=.-,;Ê'.=-t'-:-I-_-_-_---_-_;z.-- -|
z<*i~'Ê't':`f:'.i5=:===`f_'
-:-.--=:-:-'-'it-ao-Fri:: _+ =ii.=«tit;;1'z'.t====z'-' _
.'_-_';'E ;:f.*:.=.z-`:>:(.'
__ >. ¬1<r.~r_z-r_-::?.'_~.=:
_..__._.,____,_-__.

Não obstante, já houve Posições doutrinárias em sentido contrário. š


: ;Ç:-I-z=;:I:Ez¿-.pg:; z^'1f-.-::-:--:--_-.-.-_.--.--.':
___;-_-__-_;-_-,~,-<_;¡z,z_
--.'-.-;-;'-,\«;z=<'
_-_._...,_¡\z==×-...
--
cnntruto xrx
tentava-se que poderia ser válida essa inserção da cláusula star del credero ' = z:-I-1-_.'z'=â;_-'â=s21<*zi_ . iÍÊ__Êti=_=z=_a?_:'‹'-zé:-if;=_-Zz 5 = z-'=
no contrato empregatício, desde que efetuada expressamente e acom D anna":
. : _- 2 :I E:5z`z'z;Er;:toréf$ii.=í'=Ez'::z:'-.`:.-E: = :*-
da ainda de uma autorização expressa de realização de descontos no salarioi ÉÉÊ`;:ë'§ë`ÍêÊÍÊiÊ5-iÉ-Í:<‹r>?*ä_ÊzÊ*§o-Êt;zfi>i-£“šê:_-›ê2â2='z=.âzz'z;-:-I= fz = _=‹_=Í _¡.-:-z_
-_:-.:- _¡:=z_-_‹;-z\_-_.Ê-';___:

'-."-'I‹;
'- .-"'=.- :'- "
.r\'-.g~r ;<

obreiro vendedor sob alegação de dano (art 462 § 19) f d ' u' Ererros nos contamos pe tnnentnoz I
l-
r

enosnrs E couexos
I

ç genenca a descontos, rnserta no caput do art. 462 da CLTl9i. ._ _ _ ` ---.`¡:¡I§:-L'-'I-"-.¡‹IT=¡EÉ :EÊÍÍÊÍ¡¡-`-'-`-':¡.".Í`¡'¡'-'-`-"

É
Tal posição doutrinária, contudo, não recebeu, ao longo dos anos, raso F

posta positiva da jurisprudência trabalhista hegernonica. Apos 1992, com


sufgjmgfltg da n_ (que deu nova redação anfiga des Repre$en__: trnrnoouçäo
tantes Comerciais Autônomos, n. 4.886/65), proibindoexpressamente a ciáu-f I_-I¡'¡E§_:_.'_¡;I_.:_:_-%f__¿.'_¡:-_'I::'.'.'_`.-.- '- .I

sula star del credere mesmo em contratos referentes aqueles profissionais-_ O contrato de trabalho e ato jurídico de-conteúdo complexo, habil a
autônomos (art. 43, Lei n. 4.866, apos redação da Lei n. 8.420/92), deixou de' larga multiplicidade de direitos e obrigaçoes entre as partes pactuan- ›

existir, efetivamente, qualquer minima viabilidade juridica a incorporação de-_' of Há efeitos obrigacionais incidentes sobre a tigura do empregador, assim Ef
z

tai dispositivo em contratos ernpregaticios. Se a cláusula e vedada ate para }:'‹$.


Í=:-t $-í š‹`r=.- :- .t:-' ='-3`_?-E.='Í-E'.°Ê.-Ê':-_?

-tjomo incidentes sobre a figura do empregado.


o profissional autônomo - que pode assumir, em geral, certos riscos con-_ _

Os efeitos resultantes do contrato de trabalho podem ser classificados


cernentes a seu trabalho - muito mais inassimilãvei será para os contratos
duas grandes modalidades, segundo sua vinculação mais ou menos di»
empregatícios (onde o empregado não pode, por definição, assumir seme-H
reta ao conteúdo contratual trabaihista: efeitos proprios ao contrato e efeitos
lhantes riscos).ii“i - - ___._._____.________.___Ê__._._.:____.___.__________._
<E
___.
=':'_z'-tjonexos ao contrato de trabalho.
11

; Próprios são os efeitos inerentes ao contrato empregatício, 'por decorre-


._ .-_-:_'-:.-:_--'=;-::

' .' =_=i¿55=`i:"'"*ÊÇ:':55z=.;'.-_-_-I5.'_.'_I-I=_=;_-;;I-_;


1 -_ - -
.-
.,r.'_-.-;-'_¡:-:.=_----.--;.- :_'
-š§zj=_=_¡fgj;_f_r¡'¡j-'_ç;|e-í-_'_sua¡_naturez_a-','-.-'de seu objeto' ez do_conjun_t_o_-_natura_l e recorrente das É
:I::
__
-_'_:I.':_-_'-É-Ç:¡:ÊÍ"=.¡'I=`-.:=-'-_ 1- -- ..- '*'ti_l_ã`usjulas' contratuais `trabalhista`s.- São- 'repercussões obrigacionais inevitá-
_ ___á______._______.__ :__ _ _:
ãestrutura.-e dinâmica do contrato empregatício ou que, ajustadas pelas
_ . _;_¡__§š_:_;_-__.__
__-__ __ panes, não se afastam do conjunto basico do conteúdo do contrato. As mais
_ fz E 'z z -I- _
_ _ =_¡_=
I--1:--_
iinportantes são, respectivamente, a obrigação de o empregador pagar par-
- --
o__e_las salariais e acbrigação de o empregado prestar serviços ou colocar-se
profissionalmente ã_ disposição do empregador. _ . _ -
- f_.'_-.Ê_¡z`5'5.Í-I'- == =
Cone-xos são os efeitos resultantes do contrato empregatício que não
'decorrem de sua natureza, de seu objeto e do conjunto natural e recorrente das
`c_lausulas contratuais trabalhistas, mas que, por razoes' de acessoriedade ou
"_oonexão, _acopIa_rn-se ao contrato de trabaIho.__Tr_ata__-se, pois, de efeitos que
`rji'ã'o'têm natureza trabalhista, mas que se submetem ã estrutura e dinâmica do
xh . .

c_o_n_trato de trabalho, por terem su_rg_ido_em função ou em vinculação a ele. '


_- -z São exemplos- significativos desses' efeitos ' coriexos' os direitos intelectuais
devidos ao empregado que produza- invenção ou outra obra intelectual no curso do
H' 1"5Í-Íi'-'if 5 contrato e não prevista no objeto contratual. Tambem ilustram tais efeitos conexos
as indenizações por dano moral e por dano material.
Hum-linha-hn-wnrflmwmmm

(9) Nesta última direção, MARANHÃO, Dešio. Direito do Traoaino. Rio de Janeiro: Fundação lr. Er=erros comtnârums Pnór-mtos
Getulio vargas, 1538?. p. t?7.
(tu) O novo Codigo Civil, ao regular o contrato de agencia e distribuição, não alterou a _ Os efeitos contratuais proprios abarcam obrigações dos dois sujeitos
vedação a referida ciausuta no pacto autonomo que norrnatiza (arts. itt) a 72€).
trabalhistas: empregador e empregado. _ _
''_ _ -._-5;-_::_-¡':;I'_'_-II;z z : _' -
I

Ef.Í`ã=:-':5:=-_-_=-=-_-

Você também pode gostar