1 – Da disciplina da Administração Pública na Constituição Federal
A Constituição trás de maneira bem detalhada a disciplina das questões relativas à
administração Pública. Tal disciplina está inserida no capítulo VII, do Título III - que trata da Organização do Estado. O primeiro ponto importante que deve ser destacado é que o art. 37 que trata da administração pública e podemos de pronto perceber que a administração pública não é um conceito restrito ao poder executivo. A administração pública expressada no art. 37, refere-se a todos os poderes, ou seja, ao executivo, legislativo e judiciário, de qualquer dos entes da federação. Em seguida o texto narra os princípios que nortearam a atividade a ser desenvolvida pela administração pública. - LIMPE. Os cargos, empregos e funções pública poderão ser ocupados por brasileiros e estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, ficando sua investidura dependente de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, sendo ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeações e exonerações. O concurso público que cuidará da investidura nos cargo, empregos e funções públicas terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período. Importante abordagem faz a Constituição com relação às função de confiança e os cargos em comissão. Ante de mais nada, convém entendermos o que é um e outro. Como dedução do próprio texto da Constituição, as funções de confiança consiste numa função no qual são conferidas ao servidor ocupante de cargo efetivo atribuições e responsabilidades típicas de funções de direção, chefia ou assessoramento. Por sua vez, os cargos em comissão poderão ser preenchidos por qualquer pessoa desde que obedecido o mínimo reservado aos servidores. É importante que fique claro que para que esteja em uma função de confiança, o servidor deverá estar lotado no mesmo órgão a que pertence, estando apenas em uma função de direção, chefia ou assessoramento. Caso esta função seja realizada em outro órgão, esteramos diante de de uma função de confiança, mas de um cargo em comissão. Ao servidor civil será assegurado o direito a livre associação sindical. O seu direito de greve deverá ser exercido nos termos e no limites da lei. Sobre esse ponto, convém traçarmos alguns comentário. Esse direito de greve dos funcionários públicos está disciplinado no inciso VI do art. 37. Sobre o tema, o Supremo Tribunal Federal se manifestou no sentido de que essa norma é uma norma de eficácia limitada. Que dessa forma, o direito de greve somente poderia ser exercido ou efetivado na vigência de lei. Ocorre que essa lei nunca chegou a ser elaborada, fato que motivou a propositura de diversos mandados de injunção em favor dos funcionários públicos em virtude da impossibilidade do exercício de um direito constitucional. O STF julgou inconstitucional a omissão do Estado ao não elaborar a norma garantidora do direito de greve dos funcionários públicos e ao mesmo tempo decidiu parametrizar esse direito de greve aplicando a disciplina da questão presente na lei trabalhista. Está previsto também que a administração pública deverá reservar percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência, tal previsão e disciplina será feita através de lei. Prevê também a possibilidade de contratação por tempo determinado de servidores para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Esta última hipótese está regulamentada pela lei 8.745/93. Sobre a remuneração dos servidores e o subsídios dos membros de Poder, detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio etc. Sendo que essa remuneração e o subsídio somente poderão ser alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa, sendo possível a revisão geral anual. A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração em geral, não poderão exceder o subsídio mensal em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal no âmbito da União, do Prefeito nos municípios, do Governador nos Estados e DF, estes no âmbito do executivo. No âmbito do legislativo estadual, a base será o subsidio dos deputados Estaduais e Distritais e no âmbito do judiciário será o desembargador do TJ, sendo este limitado a 90,25% do subsídio mensal do Ministro do STF. Aplica-se esses limites aos Membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos. Importante ressaltar que os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não pdoerão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. OBS inciso XV A Constituição veda a acumulação de cargos públicos, salvo quando houver a compatibilidade de horários e nas seguintes hipóteses: 1. de dois cargos de professor; 2. a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico; 3. a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Essas vedações aplicam-se aos empregos e funções, inclusive na administração indireta. As autarquias serão criadas por lei específica. As empresas públicas, sociedade de economia mista e as fundações serão criadas após autorização dada em lei específica, sendo que a lei complementar, nos casos de fundações irá definir as áreas de atuação.