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AULA 13
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SEMANA 08
TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO
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CONTEÚDO DESTA SEMANA:
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NOSSOS OBJETIVOS NESSE ENCONTRO
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1. O Ordenamento Jurídico à luz da
Constituição brasileira.
Paulo Nader, afirma que o ordenamento jurídico
compreende “o sistema de legalidade do Estado, formado
pela totalidade das normas vigentes, que se localizam em
diversas fontes”.
Para Miguel Reale, é “o sistema de normas jurídicas in acto,
compreendendo as fontes de direito e todos os seus
conteúdos e projeções: é, pois, os sistemas das normas em
sua concreta realização, abrangendo tanto as regras
explícitas como as elaboradas para suprir as lacunas do
sistema, bem como as que cobrem os claros deixados ao
poder discricionário dos indivíduos (normas negociais)”.
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Princípio da plenitude do
Ordenamento jurídico
Moral
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Os elementos do ordenamento
jurídico brasileiro estão
estruturados na forma de
atenderem à obediência aos
ditames da Constituição Federal.
Todo o nosso direito positivo
para ter validade deriva-se dos
princípios constitucionais.
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2. Normas, regras e princípios. Conceitos e
distinções
Canotilho esclarece que o sistema jurídico deve ser visto como
um sistema normativo aberto de regras e princípios:
(1)é um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de
normas;
(2) é um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica
traduzida na disponibilidade e ‘capacidade de aprendizagem’ das
normas constitucionais para captarem a mudança da realidade e
estarem abertas às concepções cambiantes da ‘verdade’ e da
‘justiça’;
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(3) é um sistema normativo, porque a estruturação das
expectativas referentes a valores, programas, funções e pessoas,
é feita através de normas;
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Por sua vez, Ronald Dworkin mostra
que, nos chamados casos-limites ou
hard cases, quando os juristas
debatem e decidem em termos de
direitos e obrigações jurídicas, eles
utilizam standards que não funcionam
como regras, mas, trabalham com
princípios, política e outros gêneros de
standards.
Princípios (principles) são, segundo
este autor, exigências de justiça, de
equidade ou de qualquer outra
dimensão da moral, e que junto com
as regras compõem o sistema jurídico.
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Duas espécies de distintas do gênero norma, habitam o
sistema jurídico: REGRAS e PRINCÍPIOS
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Princípios são as diretrizes gerais
de um ordenamento jurídico (ou
de parte dele). Seu espectro de
incidência é muito mais amplo
que o das regras. Entre eles pode
haver "colisão", não conflito.
Quando colidem, não se excluem.
Como "mandados de otimização"
que são (segundo Robert Alexy),
sempre podem ter incidência em
casos concretos (às vezes,
concomitantemente dois ou mais
deles).
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A diferença marcante entre as regras e os princípios,
portanto, reside no seguinte:
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Os princípios desempenham funções estratégicas,
a saber: fundamentadora, interpretativa
e supletiva ou integradora.
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- Os princípios, não só orientam a interpretação de todo o
ordenamento jurídico, mas também cumprem o papel de
suprir eventual lacuna do sistema (função supletiva ou
integradora). No momento da decisão o juiz pode valer-se da
interpretação extensiva, da aplicação analógica bem como do
suplemento dos princípios gerais de direito (CPP, art. 3º).
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No caso do conflito entre princípios (ou colisão entre princípios,
nos termos de Alexy), diversamente das regras, este se dá no
plano do seu "peso" valorativo que entre eles – os princípios
colidentes - deverá ser ponderado e não no plano da validade,
como no caso do conflito entre regras.
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Solucionando os conflitos entre princípios
(Robert Alexy)
O primeiro passo diz respeito à verificação da adequabilidade dos
meios jurídicos empregados para a obtenção de um certo fim. Ou
seja, uma determinada norma restringe, por exemplo, o direito de
propriedade em razão da tutela do meio ambiente. Caberia verificar
se a restrição legal atinge o fim proposto ou não.
O segundo passo questiona a existência de outro meio, menos
gravoso para a propriedade privada, que tutelasse o meio ambiente
com a mesma eficácia.
Por fim, no estágio da razoabilidade em sentido estrito, procede-se
a um cálculo de custo-benefício entre os princípios colidentes de
modo a verificar seu maior ou menor grau de eficácia.
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2 - Validade do ordenamento jurídico.
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Segundo Kelsen, normas não estão todas num mesmo
plano de análise. Existem normas superiores e inferiores. As
inferiores são subordinadas às normas superiores, e este
escalonamento garante unidade ao sistema.
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4. Pirâmide de Kelsen.
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Piramide de Kelsen
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Hierarquia e constitucionalidade das leis.
Eis uma das mais citadas concepções de hierarquia das
normas do ordenamento jurídico brasileiro:
1 . Normas constitucionais: ocupam o grau mais elevado da
hierarquia das normas jurídicas. Todas as demais devem
subordinar-se às normas presentes na Constituição Federal,
isto é, não podem contrariar os preceitos constitucionais.
Quando contrariam, costuma-se dizer que a norma inferior é
inconstitucional.
2. Normas complementares: são as leis que complementam o
texto constitucional. A lei complementar deve estar
devidamente prevista na Constituição. Isso quer dizer que a
Constituição declara, expressamente, que tal ou qual matéria
será regulada por lei complementar.
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3.Normas ordinárias: são as normas elaboradas pelo Poder
Legislativo em sua função típica de legislar. Exemplo:
Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc.
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Questão Objetiva:
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Leitura para a próxima aula:
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