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Sexualidade, educação e mídias

Profº Ricardo Desidério da Silva


contatodesiderio@hotmail.com

1ª aula – 27/09/2018

 Prof fez entrevistas com o uso de “situações” → colocar uma situação hipotética
para os entrevistados e perguntar como eles lidariam
 Vermais – RICTV (record)
 Instagram pessoal: rickdesidério Instagram: doutorsexo
 Artigo → 10/01/2019 → 10 a 12 páginas → Resumo só em PT → análise de obra
midiática.

 Educação sexual → […] estamos nos referindo a toda ação contínua, em um


processo de interação humana pelo qual, inserido em uma cultura,uma história e
uma política, nos leva a pensar na construção de um sujeito ativo frente às
informações, aos desejos, às necessidades básicas sobe seu corpo, seu
funcionamento e organização. Assim, tal sujeito pode dialogar, ter voz ativa e poder
expressar suas opiniões, respeitando as opiniões do outro e significativamente
percebendo a sexualidade como positivo em sua vida, sem medos, tabus e/ou
receios em poder/querer aprender sobre tudo que se passa a sua volta durante
toda sua vida (SILVA, 2015, p.20) → Prof Ricardo
 Cultura → quando falamos em cultura pensamos em literatura, cinema, música etc
Contudo o conceito de cultura é muito mais abrangente → festas típicas, folclores,
tradições, rituais, etc. → “[…] A cultura esta sempre em movimento, em constante
mutação” (CAMARGO, 2013, p. 37)
 A linguagem é produto e parte da cultura, concomitantemente.
 Quando adentramos a escola entramos em contato com algo que há seculos tem o
mesmo formato → A escola muitas vezes se coloca como isolada do “mundo lá
fora”, como se ela fosse apartada da sociedade. → A escola dita regras, controla e
disciplina: principalmente em relação à sexualidade.
 Sexualidade → […] é um fenômeno amplo que se expressa de diversos modos,
nas práticas sexuais, nos desejos, nos sentimentos, nos pensamentos, nas
emoções, nas atitudes, mas representações. A sexualidade refere-se tanto a um
fenômeno abrangente do erotismo humano, considerando aqui as questões
orgânicas, psicológicas e sociais, como também a um fenômeno que não se
restringe ao sexo, ao genital (MAIA, 2011, p. 25)
 O trabalho de educação sexual tem que envolver a família, porque as opiniões e a
formação cultural das famílias é muito forte, e podem haver embates em relação à
educação sexual.
 Significações da sexualidade em nosso contexto institucional e educacional
(NUNES, 1996):
◦ A concepção médico-biologista, que vê a sexualidade como uma dimensão
biológica e procriativa do ser humano e como uma força propulsora, natural e
instintiva da procriação.
◦ Concepção terapeutico-descompressiva, na qual a sexualidade é entendida
como uma dimensão meramente subjetiva, psicologizante, individual e ligada a
uma força natural, supostamente instintiva ou selvagem do corpo humano. Sua
essência está centralizada no fato de ser vista como fonte de prazer e
gratificação.
◦ A concepção normativa-institucional, que vê a sexualidade como um aspecto da
vida humana ligado a conjunto de comportamentos socialmente permitidos, por
um lado, e proibidos, por outro. Implica a necessidade de passar as normas
reguladoras da sexualidade, que até então eram transmitidas pela família →
Nossa sociedade tem dois polos: por um lado ela é altamente sexualizada (em
propagandas, TV, música, etc), porém do outro lado ela é conservadora (vide o
projeto da bancada evangélica para barrar a “ideologia de gênero”, o ensino de
diversidade sexual nas escolas)
◦ A concepção consumista-quantitativa que entende a sexualidade como uma
energia da pessoa, passível de regulação e controle social, que, por sua vez,
pode ser transformada em produtividade. Nela estão inseridas, por exemplo, as
ideias da instigação ao sexo quantitativo, da alienação do afeto e do apelo de
venda e marketing.
◦ A concepção dialética e política, que concebe a sexualidade com a dimensão
mais ampla da condição humana, como uma construção pessoal e social, em
que o ser humano é visto como participante ativo desse processo, uma vez que
influencia na construção dos valores e normas sexuais e, ao mesmo tempo, é
dialeticamente influenciado por eles. Implica o poder de a pessoa ser sujeito de
sua própria sexualidade. → Nós podemos ter voz ativa em nossas ações e
decisões, podemos viver nossa sexualidade da maneira que desejamos →
Como podemos possibilitar esta dimensão?

 Educação sexual emancipatória → Goldenberg, na década de 80.


 Educação sexual informal → ao dia a dia → por meio de atitudes, falas,
comentarios, gestos, comportamento verbal e não verbal – atitudes não
planejadas, não pensadas.
 Educação sexual formal → é a planejada, sistematizada. É um ensino intencional
sobre a sexualidade, tipo a da escola, igreja, posto de saúde, dentro de casa
(quando os pais compram um livro para tratar disso com seus filhos, por exemplo)
– (FIGUEIRÓ, 2013, p. 20)
 Existe uma educação sexual mais importante entre a formal e a informal? Ambas
são importantes
 Isaura Guimarães → “Educação sexual na escola” → temos que dar atenção
também para quem são as professoras que falam de educação sexual, que
ensinam, porque eles já possuem ideias previamente formadas, muitas vezes
carregadas de preconceitos e estigmas.
 Será necessária uma educação sexual? → “[…] pronunciamentos de autoridades
sociais e religiosas correrão o mundo denunciando tanto o ‘perigo’ de uma
educação sexual, como o perigo de uma ausência dessa educação.”
(VASCONCELOS, 1971, p. 105) O livro se chama Dogmatismos sexuais.
 Quando um professor pretende fazer uma discussão sobre diversidade sexual
dentro da escola isso não vai acontecer de um dia para o outro. A temática requer
preparo, planejamento…
 Educação sexual: por que e para que ensinar a temática na escola? → “[…] deve
oferecer os elementos para conhecer o próprio corpo, aceitando-o como ele é,
além do seu funcionamento, suas exigências.” (WEREBE, 1998, p. 178.). E essas
informações são o que Figueiró (2014) e Leão (2009) afirmam ser um direito de
todos – o que nos responderia por que ensinar a temática na escola.
 Quando é proposto um trabalho de Educação Sexual na escola, Figueiró (2014, p.
92) afirma que os educadores precisam ter clareza:
◦ com que tipo de educação vão estar comprometidos;
◦ qual é a concepção de educação e de homem que estará norteando seu
trabalho;
◦ a quem vai estar servindo o trabalho de educação sexual que se pretende
desenvolver;
◦ qual o papel do educador sexual;
◦ por que colocar em prática programas de educação sexual.

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