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I
Tétrades
Tétrades são constituídas de fundamental, terça, quinta e sétima e são construídas sobre cada um dos
graus das escalas.
Modo Maior
Modo Menor – forma natural
Modo Menor – forma harmônica
Modo Menor – forma melódica.
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que encontramos nos campos harmônicos maior e menor podem, assim, ser divididos em quatro grupos
de acordo com a estrutura intervalar que apresentam.
I. Estruturas estáveis.
II. Estruturas instáveis atrativas.
III. Estruturas instáveis superatrativas.
IV. Estruturas instáveis não atrativas.
Estruturas Estáveis
Tétrades compostas por duas quintas justas.
Acorde maior com sétima maior.
Modo Maior: I7M – IV7M
Modo Menor: bIII7M – bVI7M
Acorde menos com a sétima menor.
Modo Maior: IIm7 – IIIm7 – VIm7
Modo Menor: Im7 –IIm7 – Ivm7 – Vm7
Acorde de sétima da dominante
Modo Maior: V7
Modo Menor: IV7 – V7 – bVII7
Acorde de sétima da sensível
Modo Maior: VIIm7(b5)
Modo Menor: IIm7(b5) – VIm7(b5) – VIIm7(b5)
Acorde de sétima diminuta
Modo Menor: VII°
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Observação: as estruturas instáveis atrativas ou superatrativas, como veremos adiante, tendem a resolver em outro acorde. As
estruturas instáveis não atrativas sugerem uma resolução da quinta aumentada numa estrutura estável formada sobre o mesmo
grau.
Acorde menor com sétima maior
Modo Menor: Im7M
Acorde de quinta aumentada com sétima maior
Modo Menor: bIII7M(#5)
Trítono
Dentro do estudo das tétrades daremos, neste momento, atenção especial ao acorde formado sobre a Dominante
(V7).
Um dos fatores que reforça a função dominante do V grau é a presença do Trítono (intervalo de b5) em sua
estrutura quando acrescentamos à tríade mais uma terça, transformando‐a em tétrade = V7.
Trítono = três tons.
Este intervalo (Trítono), que é formado pela terça do acorde e pela sétima menor, é responsável pelas
características sonoras deste acorde e dos demais que, como veremos adiante, compõe o Grupo da
Dominante.
Resolução do Trítono
A sétima menor do acorde V7 resolve na terça do acorde de I.
A terça do acorde de V7 resolve na fundamental do acorde de I.
Almada (2009, p.69) comenta quer o Trítono narra “a história da Tonalidade, representando a essência da
tensão harmônica, a centelha que impele a função dominante em uma imperiosa necessidade de
resolução, buscando o repouso tônico”.
Características do Trítono
Divide a oitava em duas partes iguais. Por conta disso o Trítono não perde suas características quando é
invertido.
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“As duas notas integrantes do intervalo, o IV e o VII graus escalares (passando agora a examinar o trítono
no contexto tonal), encontram‐se, cada uma, à distância de semitom de um pólo estável pertencente ao
acorde tônico, respectivamente, os graus escalares III e I. Sendo assim, é fácil entender a razão de essas
notas serem normalmente denominadas notas atrativas. Elas, mesmo isoladamente, já possuem a
tendência natural de resolver (ou seja, são atraídas para as notas de resolução), buscando o menor
caminho possível. Ao combiná‐las no intervalo de trítono, tais tendências são ainda mais intensificadas,
aumentando sobremaneira seus coeficientes de instabilidade harmônica do intervalo. Assim, o intervalo de
trítono é inapelavelmente levado a se resolver num intervalo de terça maior (resolução convergente das
notas atrativas) ou sua inversão, a sexta menor (resolução divergente). Como foi sugerido acima, ambos os
intervalos de resolução, a terça ou a sexta, representam harmonicamente o acorde do I grau”. (ALMADA,
Carlos, 2009, p.69)
Harmonia Funcional
Segundo Almada (2009) a harmonia funcional trata da hierarquia e das relações harmônicas dentro do
Campo Harmônico. Os acordes, objeto deste estudo, encontram‐se agregados a unidades básicas que
denominamos FUNÇÕES HARMÔNICAS.
As funções possuem características particulares que as situam e as identificam dentro do discurso
harmônico. Essas características que são opositoras e complementares podem ser agrupadas em dois
pólos: REPOUSO – MOVIMENTO.
Existem três funções harmônicas: Tônica – Subdominante – Dominante.
Tônica: representa o repouso, a função mais importante de todas, uma vez que resume a tonalidade.
Representa a estabilidade tonal, relaxamento, distensão. I° grau da escala. Todos os demais graus lhe são
subordinados.
Subdominante: movimento, afastamento do repouso (da Tônica). Rompe com centro gravitacional (Tônica)
sem conseguir, contudo, sua total independência. Função representada pelo IV grau.
Dominante: movimento, tensão, instabilidade. É o oposto da Tônica. Um acorde de Dominante procura
dirigir‐se para um acorde da função Tônica. Instabilidade permanente. Função representada pelo V grau.
A resolução por movimento contrário, embora não seja a única possível, é a maneira mais
satisfatória de condução do Trítono e será, neste momento, o foco do estudo ( A 7ª resolve na
terça e a 3ª resolve na fundamental).
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A 5ª do acorde de sétima da dominante (V7) pode ser suprimida. Nesse caso deve‐se duplicar a
nota fundamental.
Quando o acorde de V7 estiver completo (fundamental, terça, quinta e sétima), normalmente
resolverá no acorde da Tônica incompleto (sem a 5ª).
Quando o acorde de V7 estiver incompleto (fundamental, terça e sétima), normalmente resolverá
no acorde da Tônica completo.
Bibliografia
ALMADA, Carlos. Harmonia funcional. Campinas (SP): Ed. da Unicamp, 2009.
RIBEIRO, Vicente. Harmonia Aplicada a Música Popular. Curitiba: Conservatório de MPB.
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