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O
ensino de física na escola de nível ceito abordado em sala de aula, facilitando
Luiz Marcelo Darroz* e
médio possui, entre outros obje- a construção de um conhecimento que não
Carlos Ariel Samudio Pérez
tivos, a pretensão de levar o estu- se fixe apenas na memorização de equações
Universidade de Passo Fundo, Passo
dante à interpretação correta dos fatos, matemáticas, que para ele são aplicações
Fundo, RS, Brasil
fenômenos e processos naturais, situan- de fórmulas sem muito sentido.
*E-mail: ldarroz@upf.br
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ do-o e dimensionando a interação do ser
humano com a natureza e como parte da O princípio de Arquimedes
própria natureza em transformação [1]. Conta a história que Arquimedes,
Para isso, é essencial considerar como pon- físico e matemático grego que viveu na
to de partida para o Sicília de 287 a.C a
estudo dos fenôme- Dos conteúdos ensinados 212 a.C, teria recebido
nos físicos o mundo atualmente na disciplina de de Heirão, rei de Sira-
vivencial dos estu- física, o princípio de Arquimedes cusa, província onde
dantes, sua realidade é um dos assuntos presentes na vivia, a incumbência
próxima, os objetos e vida diária dos estudantes, mas de descobrir se a coroa
fenômenos que roti- o ensino privilegia a teoria e a que o soberano havia
neiramente estão pre- abstração, enfatizando a mandado confeccio-
sentes em seu cotidia- utilização de fórmulas, nar fora feita apenas
no. mantendo um ensino vazio de com o ouro fornecido
Dos conteúdos significados e com ao joalheiro. O rei des-
ensinados atualmente interpretações equivocadas do confiava que o artesão
na disciplina de física, fenômeno misturara prata ao
o princípio de Arqui- ouro, embolsando
medes é um dos assuntos presentes na parte do material. Coube a Arquimedes
vida diária dos estudantes. Eles comumen- descobrir se houve fraude ou não, sem
te observam corpos boiando sobre líquidos destruir a peça. Consta que, depois de pas-
ou percebem que os corpos parecem mais sar longo tempo tentando resolver o
leves do que no ar ao serem submersos problema, a inspiração veio ao sábio ao
em um líquido. No entanto, muitas vezes, notar o transbordamento de água quando
Este artigo tem como principal objetivo oferecer o ensino privilegia a teoria e a abstração, ele mergulhou em uma banheira na casa
uma alternativa para tornar os conteúdos físi- enfatizando a utilização de fórmulas, em de banhos públicos [3, p. 75]. É provável
cos, ensinados em sala de aula próximos à reali- situações artificiais distantes do mundo que, ao mergulhar nas águas da banheira,
dade dos estudantes. Para isso, apresenta-se vivido por estudantes e professores [2]. Arquimedes tenha notado que seu corpo
uma atividade experimental que demonstra a Isso mantém um ensino vazio de signifi- parecia mais leve e, a partir dessa cons-
existência da força de empuxo, permite deter-
cados e com interpretações equivocadas tatação, tenha realizado experimentos que
minar a sua intensidade, identificar a relação
que há entre ela e o volume do corpo submerso
do fenômeno. o levaram a enunciar o princípio que tem
e observar que não existe relação entre o peso Com o objetivo de tornar os conteú- seu nome [3, p. 77]: “Todo corpo completa
do corpo e o empuxo sobre ele exercido pelo dos da física próximos à realidade dos estu- ou parcialmente mergulhado em um
fluido. A atividade é um experimento simples, dantes, este artigo apresenta uma atividade fluido experimenta uma força de flutua-
com materiais alternativos e foi elaborada para experimental para mostrar a existência da ção (empuxo) para cima, cujo valor é igual
subsidiar aulas da disciplina de física em nível força de empuxo, obter a sua intensidade, ao peso do fluido deslocado pelo corpo”
médio. Ela foi testada em uma turma da 2a identificar a sua relação com o volume de [4, p. 522].
série do Ensino Médio de uma escola particu-
fluido deslocado pelo corpo submerso e Esse princípio pode ser escrito mate-
lar do município de Passo Fundo, RS. Os resul-
tados obtidos foram muito próximos do espe-
demonstrar a independência da força de maticamente como
rado, o que valida a atividade experimental, empuxo em relação ao peso do corpo sub-
E = PF, (1)
tornando-a uma excelente opção para profes- merso. A atividade permite que o estudante
sores desse nível de ensino. tenha a oportunidade de visualizar o con- sendo E o empuxo e PF o peso do fluido

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deslocado. Considerando força de empuxo proporcional ao volume sua independência em relação ao peso do
do corpo que está dentro do fluido. Para corpo de teste. Para isso, inicialmente
PF = mF g, (2)
isso, são necessários os seguintes mate- inserem-se dentro da embalagem plástica
onde g representa a aceleração gravitacio- riais: de filmes fotográficos duas esferas metá-
nal e mF a massa do fluido deslocado, ao • um béquer com capacidade de licas de diâmetro igual a 16 mm e, em
substituir a Eq. (2) na Eq. (1) tem-se 1000 mL; seguida, fecha-se o recipiente. Com o auxí-
• um dinamômetro; lio do dinamômetro, mede-se o peso do
E = mF g. (3)
• esferas metálicas encontradas em corpo no ar. Na sequência, com as esferas
Considerando que a massa do fluido rolamentos, com diâmetros medin- dentro da embalagem plástica fechada e
(mF) pode ser expressa em termos de sua do entre 8 e 16 mm; presa ao dinamômetro, deve-se mergulhá-
densidade (μF) como • uma embalagem plástica de filmes la completamente na água contida no bé-
fotográficos; quer (sugere-se um volume de 600 mL
mF = μF VF, (4)
• um pedaço de fio com aproximada- de água). Ao mergulhar, é preciso ter cui-
onde VF representa o volume do fluido des- mente 10 centímetros de compri- dado para que o corpo não toque o fundo
locado, e substituindo a Eq. (4) na Eq. (3), mento; do béquer e o dinamômetro fique total-
obtém-se • estilete; mente fora da água (Fig. 2). Solicita-se,
• marcadores de quadro branco. então, que os alunos anotem os valores
E = μF VF g. (5)
Primeiramente, é necessário montar encontrados para o peso do corpo quando
Da Eq. (5), observa-se que a força de um corpo de teste que sofrerá a ação da medido no ar (Pc) e quando medido mer-
empuxo exercida por um fluido sobre um força de empuxo. Como se pretende de- gulhado completamente na água (Papa).
corpo completa ou parcialmente mergu- monstrar que essa força não depende do Na sequência da atividade, insere-se
lhado não é determinada pelas proprie- peso do corpo, usa-se a embalagem plásti- no interior da embalagem plástica de fil-
dades do corpo, exceto pela quantidade de ca de filmes fotográficos. A escolha desse mes fotográficos mais três esferas com de
fluido deslocado por ele. Sendo assim, material se deve ao fato de ser possível diâmetro igual a 8 milímetros e repete-se
corpos de diferentes densidades, mas de alterar sua densidade adicionando objetos os procedimentos. Novamente é neces-
mesmo volume, ao serem imersos em um ao seu interior e, assim, modificar seu pe- sário registrar os valores indicados pelo
fluido, experimentarão o mesmo empuxo so. Nessa embalagem, perfura-se a tampa dinamômetro quando o corpo está sus-
dado por com uma agulha e com o pedaço de fio penso no ar e submerso em água. Realiza-
forma-se uma alça. Para representar ¼, se esse procedimento no mínimo mais três
E = Pc - Papa, (6)
½ e ¾ do volume do recipiente, sua altu- vezes. Em cada repetição, acrescentam-se
onde Pc representa o peso do corpo no ar e ra é dividida em quatro partes iguais. Com esferas no interior do corpo e se efetuam
Papa o peso do corpo quando total ou par- o estilete, faz-se uma ranhura em forma os procedimentos iniciais. Com os dados
cialmente submerso em outro fluido. O de linha em cada altura anotada na parede de Pc e Papa deve-se organizar uma tabela
peso aparente (Papa) pode ser interpretado do objeto cuidando para não furá-la. Para com três colunas: na primeira, registram-
como a soma vetorial entre o peso do cor- ficar mais evidente, pinta-se a ranhura se os valores encontrados para o peso do
po e a força de empuxo. com os marcadores de quadro branco (Fig. corpo quando suspenso no ar, na segunda
Normalmente, essa é a maneira como 1). o peso do corpo quando totalmente
se repassa aos estudantes em sala de aula Após a montagem do corpo de teste,
e nos livros didáticos o princípio de Arqui- parte-se para a atividade. Sugere-se que
medes. Como a abordagem teórica é a ela seja realizada por grupos de 3 a 4 estu-
forma privilegiada para repassar os co- dantes, assim os procedimentos podem ser
nhecimentos, nem sempre os estudantes divididos, obtendo uma maior participa-
conseguem fazer a leitura correta da ção dos estudantes. Isso também promove
situação física envolvida ou dos fatores um ambiente favorável para a discussão
que interferem na força de empuxo. Isso, dos resultados encontrados. O professor
quase sempre, conduz à interpretações deve atuar como mediador, resgatando os
equivocadas dessa grandeza e, por vezes, conceitos relevantes, auxiliando na reali-
mantém ou gera concepções alternativas zação da atividade, na elaboração das
sobre o assunto. Em função disso, a ativi- hipóteses e na formulação das conclusões.
dade experimental proposta visa fornecer A primeira parte da atividade, como
subsídios para o estudo do princípio de referido anteriormente, procura demons-
Arquimedes de forma prática e próxima trar a existência da força de empuxo e a
ao mundo vivencial do estudante.
A atividade experimental
A atividade proposta constitui-se de
um experimento simples para demonstrar
a existência da força de empuxo e deter-
minar a sua intensidade. Pretende-se mos-
trar que a força de empuxo independe do
peso do corpo submerso, mas depende de
seu volume. Também, almeja-se tornar
evidente que um corpo, ao não estar com- Figura 1 - Corpo de teste que é submetido
pletamente submerso, sofre ação de uma à ação da força de empuxo. Figura 2 - Corpo mergulhado em água.

Física na Escola, v. 12, n. 2, 2011 Princípio de Arquimedes: uma abordagem experimental 29


mergulhado e, na terceira, o valor encon- que o empuxo depende de
trado para a diferença Pc - Papa. Os resulta- volume do fluido deslo-
dos devem induzir a interpretação dessa cado e que essas grandezas
aparente perda de peso do corpo de teste são diretamente propor-
como sendo a força de empuxo (E) exercida cionais.
pelo fluido sobre o corpo.
A partir da tabela, constrói-se o dia- Implementação da
grama da força de empuxo em função do atividade proposta
peso do corpo de teste. A interpretação dos Com o objetivo de
resultados levará à verificação de que a obter elementos que iden-
força de empuxo não depende do peso do tifiquem os efeitos dessa
corpo mergulhado. atividade no estudo do Figura 4 - Diagrama E vs. Pc construído pelo grupo 1 ao
Na segunda parte da atividade, pre- princípio de Arquimedes término da primeira parte da atividade.
tende-se que os estudantes observem a em nível médio, testou-se
relação existente entre a força de empuxo a atividade proposta com os estudantes Tabela 1 - Valores obtidos para Pc e Papa
e o volume de líquido deslocado. Para isso, da turma 201, da segunda série do Ensino pelo grupo 1 durante a primeira parte da
os procedimentos são os mesmos, ou seja, Médio da Escola Redentorista Instituto atividade.
colocam-se, no interior do recipiente, Menino Deus (IMD), do município de Pc (N) Papa (N) E = Pc - Papa (N)
esferas metálicas e mede-se seu peso fora Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Para essa
e dentro da água. Porém, nessa etapa da implementação, a turma - composta de 0,46 0,06 0,40
atividade, deve-se submergir a embalagem 36 estudantes - foi dividida em nove gru- 0,63 0,23 0,40
somente até a marcação que corresponde pos. Após expor os objetivos da proposta, 0,77 0,37 0,40
a ¼ de seu volume. Como na atividade fazer uma breve revisão dos conceitos 0,93 0,53 0,40
anterior, devem-se repetir os procedimen- envolvidos, apresentar a metodologia uti-
1,20 0,80 0,40
tos no mínimo cinco vezes, em cada repe- lizada e distribuir os materiais necessários,
tição usam-se números diferentes de esfe- solicitou-se aos estudantes que, ao tér- força de empuxo e o volume do corpo
ras e registram-se os valores de Pc e Papa. mino da atividade, além da construção da submerso.
Na sequência, repetem-se os mesmos tabela e dos diagramas, também elabo- Nessa segunda parte da atividade, os
procedimentos com a embalagem sendo rassem um pequeno relato contendo as relatos dos estudantes comprovam que eles
submersa em ½ de seu volume e, por fim, conclusões obtidas na atividade. compreenderam a relação existente entre a
com a embalagem sendo submersa até ¾ Durante a realização da atividade, os intensidade da força de empuxo e o volu-
de seu volume (Fig. 3). estudantes demonstraram-se motivados, me do corpo submerso. Isso se torna
Com os valores de Pc e Papa para cada interessados e completamente comprome- evidente em uma das partes do relato final
situação, constrói-se uma nova tabela, tidos com os objetivos do trabalho. A Ta- dos membros do grupo 1 que afirmam:
que terá nove colunas, as três primeiras bela 1 e o diagrama contido na Fig. 4 apre- “...quanto mais submerso estiver o corpo,
relacionando o Pc, Papa e E para a situação sentam os resultados obtidos por um dos maior é o empuxo sofrido por ele. Assim,
em que o corpo foi submerso até ¼ de grupos durante a primeira parte da ativi- podemos concluir que o empuxo depende
seu volume, as três seguintes para os dade. de quanto o corpo está submerso e não
valores encontrados quando o corpo foi Através das conclusões expressas pe- depende do peso do corpo”.
submerso até ½ de seu volume e, nas três los estudantes no relato final da atividade,
últimas, os valores obtidos durante a sub- foi possível perceber que eles foram capa- Conclusão
mersão de ¾ do volume do corpo. zes de concluir que a intensidade da força A atividade proposta é uma alterna-
A partir da tabela constroem-se, em de empuxo não depende do peso do corpo tiva interessante para professores de nível
um mesmo diagrama, as curvas que re- imerso no fluido. Conclusão que pode ser básico mostrarem a existência da força de
presentam a força de empuxo em função exemplificada no seguinte trecho do rela- empuxo, assim como a relação que há
do peso do corpo quando ele está tório final do grupo 1: “...quando entre a intensidade dessa força, o peso do
submerso ¼, ½ e ¾ de seu volume. aumenta o número de esferas no recipien- corpo e o volume de fluido deslocado, uma
Através da interpretação dos resultados te, aumenta o peso do corpo no ar.
encontrados, os alunos podem concluir Porém, esse aumento no peso do
corpo não provoca alteração no
valor do empuxo. Assim, conclui-
se que o empuxo é constante para
um corpo de mesmo volume
totalmente imerso em um fluido”.
Essa conclusão é partilhada pelos
demais grupos, uma vez que se
apresenta em todos os relatos.
A seguir, são apresentados a
Tabela 2, elaborada pelo grupo 1
durante a realização da segunda
parte da atividade experimental, e
o diagrama (Fig. 5), construído
Figura 3 - Corpo submerso até 3/4 de se pelo mesmo grupo, que expressa Figura 5 - Diagrama E vs. Pc construído pelo grupo
volume. a relação entre a intensidade da 1 ao término da segunda parte da atividade.

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Tabela 2 - Valores obtidos para Pc e Papa pelo grupo 1 durante a segunda parte da atividade.
¼ do volume ½ do volume ¾ do volume
Pc (N) Papa (N) E = Pc - Papa (N) Pc (N) Papa (N) E = Pc - Papa (N) Pc (N) Papa (N) E = Pc - Papa (N)
0,46 0,36 0,10 0,46 0,26 0,20 0,46 0,16 0,30
0,63 0,53 0,10 0,63 0,43 0,20 0,63 0,33 0,30
0,77 0,67 0,10 0,77 0,57 0,20 0,77 0,47 0,30
0,93 0,83 0,10 0,93 0,73 0,20 0,93 0,63 0,30
1,20 1,10 0,10 1,20 1,00 0,20 1,20 0,90 0,30

vez que utiliza materiais alternativos e que os objetivos formam alcançados, pois, dados da mesma maneira. Os resultados
busca propiciar uma maior proximidade no decorrer da atividade, os estudantes obtidos se mostraram muito próximos do
entre os conceitos físicos estudados em demostraram-se interessados, curiosos e esperado, o que valida ainda mais a ativi-
sala de aula e o mundo no qual os estu- altamente motivados. Acharam a aula dade experimental, tornando-a uma exce-
dantes estão inseridos. A partir da imple- atrativa e comentaram que gostariam que lente opção para professores desse nível
mentação da atividade, ficou evidenciado outros conteúdos também fossem abor- de ensino.

Referências
[1] Brasil, PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais; Ciências da Natureza, Matemática e
suas Tecnologias (MEC/SEMTEC, Brasília, 2002).
[2] M.M. Pereira, in: Anais do XVIII Simpósio Nacional de Ensino de Física, Vitória, 2009. Disponível em http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/
snef/xviii/sys/resumos/T0140-2.pdf, acesso 19/9/2011).
[3] C.M.A. Torres, N.G. Ferraro, P.C.N. Penteado e P.A.T. Soares, Física: Ciência e Tecnologia (Ed. Moderna, São Paulo, 2001).
[4] R.A. Serway e W. Jewett Jr, Princípios de Física - Mecânica Clássica (Ed. Cengage Learning, São Paulo, 2009).

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