Você está na página 1de 4

Pseudomonas aeruginosa e o ser humano

João Salvador 20707027; Bruno Duarte 20707053


Microbiologia Ambiental, Licenciatura em Engenharia do Ambiente

2009

1) Introdução
Pseudomonas aeruginosa é um bacilo Gram-negativo (Imagem 1) não
fermentador da glicose, bastante versátil, que pode viver em diversos
ambientes como o solo, a água, as plantas e até mesmo animais
(nomeadamente o Homem) (Gales et al., 2001). Esta bactéria tem a capacidade
de utilizar uma grande variedade de substratos orgânicos como fontes de
carbono, a capacidade de colonizar nichos ecológicos diversos nos quais a oferta
de nutrientes é limitada e a capacidade de sobreviver por longos períodos em
ambientes húmidos (Pollack, 1984).

Imagem 1 – Colónia (NÃO, NÃO SÃO COLÓNIAS… PARECE SER UM ESFREGAÇO CORADO DE
VERMELHO) Fotografia de microscópio de uma preparação de Pseudomonas aeruginosa após
coloração pela técnica de Gram
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudomonas_aeruginosa).

Ocasionalmente esta espécie bacteriana é patogénica para plantas e


animais. Raramente a Pseudomonas aeruginosa causa infecções comunitárias
em indivíduos saudáveis, afectando na maioria indivíduos com o sistema
imunitário debilitado, dai ser intitulado de patogénico oportunista. No entanto
esta espécie bacteriana assume um papel importante como agente etiológico
de infecções hospitalares. Na maioria dos casos o processo infeccioso causado
por este agente tem inicio quando ocorre alteração ou destruição dos tecidos
celulares pela utilização de equipamento hospitalar, nomeadamente catéter
urinário, na realização de cirurgias e em casos de queimaduras (Lee et al.,
1999). Além disso, existem outros factores de risco para o aparecimento de
infecções causadas pela Pseudomonas aeruginosa são a idade avançada,
diabetes mellitus, hospitalização prolongada e o uso prévio de antimicrobianos
(Carmeli et al., 1999).

A Pseudomonas aeruginosa pode infectar o sangue, a pele, os ossos, os


ouvidos, os olhos, as vias urinárias, as válvulas cardíacas e os pulmões. No caso
das queimaduras, estas podem ser infectadas por Pseudomonas, conduzindo a
uma infecção no sangue que, em geral, se revela mortal (Manual Merck, 2009). O
trato gastrointestinal é o principal sítio de colonização e reservatório de
Pseudomonas aeruginosa podendo ser encontrada também em outros locais
húmidos do corpo, como orofaringe, mucosa nasal, axilas e períneo. Além disso,
este microrganismo é constantemente reintroduzido no ambiente hospitalar
através de alimentos, especialmente frutas e vegetais, propiciando, em
indivíduos imunodebilitados, a colonização e aparecimento de quadros clínicos
graves, inclusive bacteremia (Kiska & Gillian, 2003). Segundo dados do
programa SENTRY de Vigilância de Resistência a Antimicrobianos, no Brasil, a
Pseudomonas aeruginosa foi a causa mais frequente de infecções do tracto
respiratório, a segunda mais frequente de infecções urinárias e de infecções de
cortes efectuados durante as cirurgias, e o sexto patogénico mais comum em
infecções da corrente sanguínea no período de 1977 a 2001 (Sader et al., 2004).

Além da P. aeruginosa ser intrinsecamente resistente a diversos agentes


antimicrobianos normalmente utilizados, é também altamente adaptável às
condições adversas, desenvolvendo resistência durante as terapias com vista à
eliminação destes agentes do organismo do ser humano. Assim este
microrganismo poderá trazer consequências graves para a saúde humana caso
não seja escolhido o antimicrobiano mais indicado (Carmeli et al., 1999).

2) Descrição Taxonómica e Morfológica


O microrganismo em estudo, apresenta a seguinte classificação taxonómica (E
EM QUE DOMÍNIO SE INSERE, DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DE
WOESE?):

Reino: Bactéria
Filo: Proteobactéria
Ordem: Pseudomonas
Género: Pseudomonas
Espécie: P. aeruginosa
As espécies do género Pseudomonas apresentam-se como bacilos rectos
ou ligeiramente curvos e aeróbios estritos. A maioria apresenta mobilidade por
meio de um ou mais flagelos polares (imagem 2). Utilizam a glicose e outros
hidratos de carbono como fonte energética e possuem uma enzima
denominada citocromo-oxidase (Kiska & Gillian, 2003).

Imagem 2 – Aspecto morfológico de um exemplar de Pseudomonas aeruginosa.

Apresentam-se como bactérias isoladas, em pares ou em cadeias curtas.


Formas colónias redondas e lisas e crescem a uma temperatura óptima de 37-
Pseudomonas aeruginosa 42ºC (Vanise Parente CITAÇÃO INCORRECTA:
APELIDO, ANO).

A Pseudomonas aeruginosa é a espécie que mais facilmente se isola das


amostras clínicas, devido às cores que realçam as colónias num meio de cultura,
pois produz pigmentos pioverdina (pigmento fluorescente) e piocianina
(pigmento de cor azul) responsáveis pela cor verde brilhante característica das
colónias de Pseudomonas aeruginosa. Também existem algumas que produzem
pigmentos hidrossolúveis piorrubina de cor avermelhada (imagem 2) ou
piomelanina (castanho a preto) (Pollack et al., 1995).

Referências Bibliográficas
A LISTA BIBLIOGRÁFICA ESTÁ INCOMPLETA PORQUE VÁRIAS CITAÇÕES DO TEXTO
NÃO ESTÃO REFERIDAS: Carmeli et al. 1999, Gales et al. 2001, Kiska & Gillian 2003,
Lee et al. 1999, Pollack 1984, Pollack et al. 1995, Sadet et al. 2004. POR OUTRO
LADO, A LISTA CONTÉM REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS QUE NÃO FORAM CITADAS
NO TEXTO. E PARA QUÊ DISTINGUIR ENTRE BIBLIOGRAFIA USADA NO TEXTO E
BIBLIOGRAFIA USADA PARA AS IMAGENS?
 CASTANHEIRA, Mariana – “Caracterizaçao de genes que codificam ß-
lactamases mediados por integrons de classe 1 em amostras de
Pseudomonas aeruginosa”, tese de doutoramento pela Universidade
Federal de São Paulo. São Paulo 2005 (NÃO FOI CITADO NO TEXTO;
REFERÊNCIA INCORRECTA)
 Manual Merck, informação online sobre saúde. Consultado em
06/05/2009. Disponivel em:
http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D203%26cn%3D16
44
 PARENTE, Vanise – “Bacilos Gram-negativos não fermentadores” –
Faculdade de Medicina Sobral, Universidade Federal do Ceará FALTA
ANO DE PUBLICAÇÃO E OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA
PROCURAR O TEXTO
 SOARES, Marcos – “Estudo de resistência aos antimicrobianos em
amostras de Pseudomonas aeruginosa isoladas em hospitais da cidade de
Niterói-rj” – Universidade Federal Fluminense, Niterói 2005 (NÃO FOI
CITADO NO TEXTO; REFERÊNCIA INCORRECTA)

Imagem

 Imagem 1
KUNKEL, Dennis – “EHA Consulting Group,Inc” , 2004.Disponivel em:
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.ehagroup.com/reso
urces/pathogens/images/pseudomonas-
aeruginosa.jpg&imgrefurl=http://www.ehagroup.com/resources/pathog
ens/pseudomonas-
aeruginosa/&usg=__vkMfOlE6SUgWUAyKd3PzwlJ57ig=&h=175&w=200&
sz=9&hl=pt-PT&start=14&sig2=D-1dShywq5p-
6QKEIYUY9g&um=1&tbnid=lcBqoZZ6gOLo-
M:&tbnh=91&tbnw=104&prev=/images%3Fq%3DPseudomonas%2Baeru
ginosa%26hl%3Dpt-PT%26um%3D1&ei=aQAgSv3EKtnF-Qbt_5HJCQ

 Imagem 2

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudomonas_aeruginosa

Você também pode gostar