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Mudanças Climáticas

e Desenvolvimento
Sustentável

Orientações Gerais
© 2010 by Edições Demócrito Rocha

Fundação Demócrito Rocha


Universidade Aberta do Nordeste

Presidente Editor de Design


Luciana Dummar Deglaucy Jorge Teixeira

Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste Projeto Gráfico, Ilustrações e Capas


Sérgio Falcão Suzana Paz

Coordenação do Curso Editoração Eletrônica


Eliseu Marlônio Pereira de Lucena Mikael Baima
Welton Travassos
Coordenação Editorial
Eloísa Vidal Mapas
Welton Travassos
Coordenação Acadêmico-Administrativa
Ana Paula Costa Salmin Revisão
Wilson Pereira da Silva
Coordenação Técnica CARE Brasil
Markus Brose e Juliana Russar Catalogação na Fonte
Ana Kelly Pereira

Este curso é parte integrante do projeto


Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável

Mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável / Eliseu


M943 Marlônio Pereira de Lucena... [et. al.] – Fortaleza:
Universidade Aberta do Nordeste, 2010.
352 p.: il

Curso em 11 Fascículos

ISBN 978-85-7529-438-3

1.Ecologia. 2.Desenvolvimento sustentável. I.Título.


CDU 911.8

Todos os direitos desta edição reservados à

UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE


Av. Aguanambi, 282 - Joaquim Távora - 60.055-402 - Fortaleza - Ceará - Brasil
Fones: (85) 3255-6327 / 3255-6328 / 3255-6343 / Fax: (85) 3255-6271
Site: www.fdr.com.br
E-mail: uane@fdr.com.br
Apresentação
O curso Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável faz
parte de um projeto que procura disseminar a compreensão pública sobre o tema,
considerando a atualidade e interesse que tais questões vêm causando aos 6 bilhões de
habitantes do planeta Terra.
Embora estudos mostrem que muitos fatores podem contribuir para o processo
de alterações significativas no clima do planeta, a exemplo de situações que
aconteceram no passado como eras glaciais, quedas de meteoritos e outros eventos
naturais, há fortes indícios que desde os primórdios da humanidade e de forma mais
acelerada com o advento da revolução industrial, a maioria das explicações sobre
mudanças climáticas está relacionada às ações humanas.
O desenvolvimento da ciência e da tecnologia a partir do século XVII possibilitou ao
homem a produção de máquinas e equipamentos para exploração dos recursos naturais,
caracterizando uma intervenção na natureza que vem deixando marcas profundas. A
visão antropocêntrica que se desenvolveu a partir de então, provocou uma cisão entre o
homem e a natureza, e o homem passou a entender a natureza com uma instância que
estaria a ele subjulgada, podendo ser explorada da maneira que lhe interessasse.
Os recursos naturais passaram a ser explorados em grande escala gerando
riqueza para alguns países que dominavam e exploravam outros; o capitalismo
começa a emergir como sistema econômico e assim nasce o mundo moderno,
embebido no prazer de descobrir e explorar novos mundos e novas coisas.
Só a partir do século XX é que aparece na agenda da modernidade as questões
relacionadas ao meio ambiente – poluição, contaminação, alterações nos ecossistemas,
aumentos dos gases estufa, camada de ozônio – uma lista inumerável de problemas que
iam se revelando, graças as pesquisas provenientes do mundo acadêmico.
Um dos primeiros gritos de alerta vem com a publicação do livro A primavera
silenciosa de Raquel Carson, em 1962, em que ela mostrou como o DDT penetrava
na cadeia alimentar e acumulava-se nos tecidos gordurosos dos animais, inclusive
do homem (chegou a ser detectada a presença de DDT até no leite humano!), com
o risco de causar câncer e dano genético.
O livro não expunha apenas os perigos do DDT, mas colocava em cheque o
conceito de modernidade construído tendo como referência a ideia de progresso
científico e tecnológico. Juntamente com o biólogo René Dubos, Rachel Carson
foi uma das pioneiras da conscientização de que os homens e os animais estão em
interação constante com o meio em que vivem.
Em 1979 James Lovelock lança o livro Gaia: um novo olhar sobre a vida na Terra
e nele apresenta as bases da hipótese gaia. Segundo o autor

O espectro completo de vida na Terra, de baleias a vírus e de olmos a


algas podem ser vistas como partes constitutivas de uma entidade vivente

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única capaz de manter a composição da atmosfera da Terra adequada a
suas necesidades gerais e dotada de faculdades e poderes maiores que
a aquelas das suas partes constivas ... [Gaia pode ser definida como]
um ente complexo que inclui a biosfera terrestre, atmosfera, oceanos,
e solo; e a totalidade estabelecendo um mecanismo auto-regulador de
sistemas cibernéticos com a finalidade de procurar um ambiente físico e
químico ótimo para a vida no planeta.

Os fundamentos que levaram Lovelock a estas conclusões foram as pesquisas


desenvolvidas por ele juntamente com a bióloga americana Lynn Margulis
analisando a atmosfera Terra e comparando com a de outros planetas. Eles
chegaram a constatação de que a vida da Terra cria as condições para a sua própria
sobrevivência, e não o contrário, como as teorias tradicionais sugerem.
Vista com descrédito pela comunidade científica internacional, a Teoria de Gaia
foi bem aceita pelos grupos ecológicos, e alguns pesquisadores. Com o fenômeno
do aquecimento global e a crise climática no mundo, a hipótese tem ganhado
credibilidade entre cientistas.
Depois de 300 anos os sinais de alerta de que as intervenções humanas estão
provocando alterações no planeta e se disseminam por todas as instâncias sociais,
chega a ocupar a pauta política dos governantes.
Um dos problemas que domina as preocupações ambientais desde os anos
1970 é o buraco na camada de ozônio, um fenômeno que ocorre somente
durante uma determinada época do ano, entre agosto e início de novembro no
hemisfério sul. Não se trata propriamente de um buraco na camada do gás ozônio,
mas de uma diminuição da espessura da camada , que pode ser atribuida aos
arranjos moleculares do comportamento dos gases, em decorrência da emissão na
superficie da Terra dos clorofluorcarbonos, mais conhecidos como CFC e que se
faziam presentes até recentemente em sprays, congeladores de geladeiras e outros
equipamentos de uso doméstico.
A Organização Meteorológica Mundial (WMO), no relatório de 2006, prevê
que as metas de redução na emissão de clorofluorcarbonos (CFC), firmado pelos
países no Protocolo de Montreal (1989), resultará na diminuição gradual do buraco
de ozônio, com uma recuperação total por volta de 2065.
O início do século XXI é marcado por um novo problema ambiental de
dimensões planetárias – o aquecimento global – que pode trazer consequências
graves a todos os que habitam o planeta, pois a concentração de calor na superfície
terrestre pode influenciar fortemente o regime de chuvas e secas em várias partes do
mundo. A mobilização em torno do tema tem envolvido organismos governamentais,
instituições independentes, organizações não governamentais, entidades multilaterais,
e instituições ambientalistas. Efeitos climáticos extemporâneos e de grande impacto
têm se manifestado nos mais diversos lugares do planeta e causado grandes desastres
naturais, afetando contingentes humanos significativos. Segundo muitos estudos

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realizados, tais alterações estão relacionadas de uma forma ou de outra com o
aquecimento global.
Procurando contribuir para aprofundar as discussões e esclarecer a população
sobre tão relevante desafio, o curso aborda as questões relacionadas a mudanças
climáticas e desenvolvimento sustentável, visando ampliar o entendimento
público sobre o tema, considerando os compromissos assumidos pelo País no
contexto internacional, especialmente aqueles firmados quando da realização da
15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conhecida como
COP15, realizada no mês de dezembro de 2009 em Copenhague, na Dinamarca.

Objetivos
Geral
Disseminar a compreensão pública sobre o tema mudanças climáticas e
desenvolvimento sustentável, considerando na atualidade o interesse que tais
questões vêm causando a todos os cidadãos e os compromissos assumidos pelo
Brasil na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

Específicos
• Contribuir para o entendimento público acerca das mudanças climáticas que
estão acontecendo no planeta Terra.
• Discutir os efeitos causados pela ação humana nos recursos naturais do planeta e
nos ecossistemas.
• Subsidiar a população com conhecimentos que possibilite a reflexão e a ação
de forma coletiva e consistente, no sentido do desenvolvimento sustentável para
assegurar as condições de vida no planeta.
• Estimular boas práticas individuais ou coletivas que contribuam para minimizar as
mudanças climáticas e favoreçam o desenvolvimento sustentável.

Público-alvo
• 30.000 vagas gratuitas na Universidade Aberta do Nordeste (UANE) podendo se
inscrever todo e qualquer cidadão, residente em qualquer região do país ou exterior,
independente do grau de escolaridade, nacionalidade, idade, sexo ou etnia.
• 80.000 vagas para professores de Ensino Fundamental das escolas públicas do
Estado do Ceará.

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Inscrições
As inscrições serão realizadas somente através do site www.fdr.com.br/
mudancasclimaticas e ficarão abertas até o dia anterior à prova on line. É necessário
o número do CPF para realizar a inscrição.

Metodologia em EAD
A educação a distância apresenta características específicas, rompendo com a
concepção da presencialidade no processo de ensino-aprendizagem. Para a EAD,
o ato pedagógico não é mais centrado na figura do professor, e não parte mais do
pressuposto de que a aprendizagem só acontece a partir de uma aula realizada com
a presença deste e do aluno.
Sua concepção se fundamenta no fato de que o processo de ensino-aprendizagem
pode ser visto como a busca de “uma aprendizagem autônoma, independente, em que o
usuário se converte em sujeito de sua própria aprendizagem e centro de todo o sistema”
(RIANO, 1997, p. 21). Isso naturalmente vai contribuir para formação de cidadãos ativos e
críticos que procuram soluções e participam de maneira criativa nos processos sociais. Ou
seja, a EAD, pelos próprios mecanismos pedagógicos adotados, favorece a formação de
cidadãos mais engajados socialmente, conscientes de sua autonomia intelectual e capazes
de se posicionar criticamente diante das mais diversas situações.
As ações de EAD são norteadas por alguns princípios, entre eles:
• Flexibilidade, permitindo mudanças durante o processo, não só para os
professores, mas também, para os alunos.
• Contextualização, satisfazendo com rapidez demandas e necessi-dades
educativas ditadas por situações socioeconômicas específicas de regiões ou
localidades.
• Diversificação, gerando atividades e materiais que permitam diversas formas
de aprendizagem.
• Abertura, permitindo que o aluno administre seu tempo e espaço de forma
autônoma (LEITE, 1998, p. 38).
A Universidade Aberta do Nordeste da Fundação Demócrito Rocha se
fundamenta nos princípios da educação a distância para a realização de suas
atividades acadêmicas. Para isso, utiliza como recursos pedagógicos: material
impresso, videoaulas, radioaulas, e internet.
O conteúdo apresentado em fascículos semanais impressos é também explorado
de diversas formas como videoaula e radioaula, permitindo aos alunos situações de
interatividade assíncrona.
No que tange aos mecanismos de interatividade síncronos, o ambiente virtual
de aprendizagem com serviços de tutoria on line, fóruns, bibliotecas e outros

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recursos representa uma estratégia didática de largo alcance criando uma interface
dinâmica entre coordenação, professores conteudistas, tutores e alunos.
A adoção da EAD nos cursos da UANE cria um conjunto de vantagens para os
alunos como:
• Autonomia na organização do tempo de estudo, permitindo que o aluno defina
o horário mais adequado para realizar seus estudos. O fato dos cursos serem
abertos e a distância permite que todo e qualquer cidadão, independente do
nível de escolaridade, e da profissão ou ocupação, possa participar. Por isso, os
cursos precisam apresentar recursos pedagógicos diversos, de modo a se adequar
a realidade de cada aluno.
• Independência das condições geográficas. Os cursos oferecidos na modalidade
de educação a distância procuram superar as barreiras geográficas disponibilizando
recursos pedagógicos que possam ser acessados em tempo real ou diferido em
todos os locais. O uso de correspondência postal e internet são as ferramentas que
permitem os materiais dos cursos chegarem a todos os alunos e com isso possibilitar
o processo de aprendizagem.
• Acesso a conhecimentos produzidos por especialistas com credenciais
científicas e pedagógicas numa determinada área de saber. Graças a convênios
interinstitucionais com Universidade Públicas e outras instituições científicas
e culturais, os cursos da Universidade Aberta do Nordeste podem contar
com equipes de especialistas e pesquisadores capazes de produzir recursos
pedagógicos de alta qualidade acadêmica. Cabe a equipe interna da própria
UANE, composta de jornalistas, pedagogos, especialistas em educação a distância,
arquiteto instrucional, e outros profissionais de produção editorial trabalhar com
os textos acadêmicos, adequando-os aos fundamentos da educação a distância e
desenvolvendo ambientes de aprendizagem favoráveis ao aluno.
• Fascículos impressos com abordagem pedagógica diferenciada e projeto gráfico
adequado a linguagem recomendada para educação a distância. Neles, o texto e
contexto se aliam em busca de uma abordagem que preserve o rigor científico,
a linguagem acessível e o respeito a individualidade dos alunos, que precisam
desenvolver o autodidatismo. Para isso utiliza os pressupostos da andragogia.
• Facilidade para entrar em contato com os serviços de coordenação e a
tutoria, que disponibilizam informações administrativas e acadêmicas e também
orientações pedagógicas e de conteúdo.
• Provas randômicas aplicadas on line, com padrões de qualidade e lisura
preservados. As provas são confeccionadas a partir de um Banco de Questões
elaboradas pelos autores e tutores sobre os assuntos dos fascículos, validadas e
depositadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem para acesso dos alunos.

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• Acesso a diversos recursos pedagógicos, com utilização de mídias variadas, para
adoção dos que ele estiver mais familiarizado ou tenha mais interesse.
O curso é composto de fascículos, sendo o primeiro dedicado a fornecer as
Orientações Gerais e demais de conteúdos específicos sobre os temas do curso. Ao
receber semanalmente, cada fascículo, o aluno deverá escolher onde, quando e
como estudar, de acordo com suas conveniências.
Para um bom desempenho e maior eficiência nas atividades de aprendizagem é
importante adotar algumas rotinas e procedimentos como:

• Ler os fascículos refletindo acerca dos conceitos, ideias e exemplos


apresentados pelos autores. Recomenda-se que seja realizada uma primeira
leitura de todo o texto, para ter uma ideia geral do que se trata. Uma segunda
leitura pode ser mais acurada, de preferência com marcações de trechos
importantes e anotações nas laterais do fascículo. Procure sempre identificar os
conceitos mais relevantes e as ideias chaves que o(s) autor(es) apresentam.
• Registrar todas as dúvidas. Algumas dessas duvidas podem ser esclarecidas no
decorrer da leitura do texto, mas outras persistem e precisam de orientações externas
para a seu esclarecimento. O serviço de tutoria está a disposição para ajudar no que
for necessário e o aluno não se sentir desamparado no processo de construção do
conhecimento. No Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que o aluno tem acesso
mediante login e senha, existe materiais de apoio como textos complementares,
biblioteca, links e outros recursos que podem ajudar a dirimir dúvidas.
• Responder todas as atividades de cada fascículo. Elas foram elaboradas para fixar
melhor os conteúdos. Um dos fundamentos que orientam a produção de material
didático em EAD é possibilitar uma maior interação do aluno com o texto. Para
isso, ele é permeado por questionamentos e indagações que procuram construir
um dialogo entre o leitor e o autor, levando o primeiro a estabelecer uma linha
de raciocínio que vai sendo reforçada a cada reflexão levantada. A ideia é que
o aluno vá conversando com o texto, concordando, discordando, pesquisando,
argumentando e fortalecendo seu processo de construção do conhecimento.
• Formar grupo de estudos e discutir os conteúdos dos fascículos. A interação
com outros colegas permite reflexões, troca de experiências e, consequentemente,
facilita a aprendizagem.
• Visitar rotineiramente o site do curso no seguinte endereço: (www.fdr.com.
br/mudancasclimaticas), pois lá encontrará as mais diversas informações e se
manterá atualizado(a) sobre todas as atividades. Um dos pilares que assegura a
permanência do aluno num curso de EAD é a frequência com que ele visita os
ambientes virtuais que são disponibilizados. Ele não só encontrará informações
atualizadas sobre o curso, mas se sentirá integrado a rede de profissionais que

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são responsáveis que execução do curso. Com a internet e as ferramentas criadas
pelas novas tecnologias da informação e comunicação, o aluno poderá estabelecer
contato por e-mail ou por redes sociais com outros colegas e interessados no
tema, e sentir-se parte de uma verdadeira comunidade de aprendizagem.
• Verificar sempre a caixa de entrada do seu e-mail, pois será um importante
canal de comunicação entre nós. Caso ainda não possua, sugerimos que você
crie um e-mail.

Recursos pedagógicos
A figura apresenta a configuração do curso a ser oferecido na modalidade EAD no
que diz respeito à disponibilização de recursos pedagógicos síncronos e assíncronos.
A utilização de mídias variadas parte do pressuposto de que o aluno aproveita da
melhor forma os recursos aos quais ele estiver mais familiarizado ou tenha mais
interesse.
Associar diferentes meios de comunicação, fomentando a convergência e o
diálogo entre as mídias no processo de ensino-aprendizagem, amplia as possibilidades
de estímulo pedagógico e reforçam a aquisição do conhecimento.

Linha 0800

Ambiente
Vitual de Fascículos
Impressos
Aprendizagem

ALUNO

Programas Programas
Figura 1: Estrutura pedagógica Televisivos
de rádio
disponibilizada para alunos no curso
oferecido na modalidade EAD

Os recursos disponíveis para este curso oferecido da UANE são os seguintes:

Fascículos Impressos
O uso de materiais impressos na educação a distância (EAD) pressupõe que o aluno
tem autonomia de leitura já que a leitura ouvida (especialmente explorada pelo
professor) não mais acontece. Caberá ao aluno exercer sua autoridade de leitor
individual, explorando, através do seu horizonte cultural, as múltiplas possibilidades

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de interpretação e atribuição de sentido. Enfim, é ele que constrói e/ou reconstrói,
através da leitura, o conhecimento. Neste curso, os materiais impressos consistem de:
• 1 fascículo de Orientações Gerais sobre o curso.
• 10 fascículos de conteúdos sobre o tema Mudanças Climáticas e Desenvolvimento
Sustentável, elaborados por especialistas e pesquisadores da área. Cada fascículo
possui 32 páginas, impressas em 4 cores e atende a projeto pedagógico específico
para este curso.
• 1 capa para encadernar os fascículos, que será entregue com o Certificado de
Extensão Universitária para os que forem aprovados, ou aos que procurarem
diretamente a UANE.
Os fascículos circularão gratuitamente sempre as segundas-feiras, encartados
no jornal O POVO, durante 11 (onze) semanas consecutivas. Se você não reside
em Fortaleza ou não tem acesso ao Jornal poderá adquirir os fascículos através de
Mala Direta.
Na semana seguinte ao do encarte no jornal, o fascículo estará disponível em
formato eletrônico, no Ambiente Virtual de Aprendizagem do curso, no site www.
fdr.com.br/mudancasclimaticas, podendo ser acessado gratuitamente e realizado
download por todos os que estiverem matriculados, mediante login e senha.

Videoaulas e Radioaulas
Desde a invenção do rádio e da televisão e sua popularização a partir do início do
século XX, estes equipamentos tecnológicos têm sido considerados como possuidores
de amplas possibilidades pedagógicas, não só como recursos que possam vir a ser
usados no ambiente escolar, mas também fora dele.
Para diversos autores, entre eles Ferres (1996), o uso de audiovisuais como recursos
pedagógicos se justificam à medida que quanto mais sentidos mobilizamos durante
uma exposição, melhor é a porcentagem de retenção mnemônica e consequentemente
de aprendizagem. Tais recursos permitem que os estudantes construam caminhos
diferenciados para assimilação e acomodação dos novos conhecimentos.
Quadro 1

Capacidade de memorização do sujeito


Percentagem dos dados memorizados pelos estudantes
10% do que leem
20% do que escutam
30% do que veem
50% do que veem e escutam
79% do que dizem e discutem
90% do que dizem e depois realizam

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Neste curso, os recursos audivisuais serão utilizados da seguinte forma:
• Emissão de 10 teleaulas de 48’, uma para cada fascículo, veiculadas pela TV O
POVO (48 - canal aberto, 23 – Net, 11 – TV Show) aos domingos, a partir das
15 horas. O calendário de veiculação das videoaulas encontra-se na página 19
deste fascículo. Na semana seguinte, as videoaulas divididas em blocos, estarão
disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem do curso, para acesso e
download pelos alunos inscritos.
• Emissão de 10 programas de rádio de 50’, sobre temas dos fascículos, veiculados
pela rádio O POVO/CBN 1010 AM, aos sábados, a partir das 10 horas. O calendário
de veiculação das radioaulas encontra-se na página 19 deste fascículo. Na semana
seguinte, as radioaulas, convertidas em podcasts estarão disponíveis no Ambiente
Virtual de Aprendizagem do curso, para acesso e download pelos alunos.

Ambiente Virtual de Aprendizagem


Cada vez mais, as tecnologias digitais fazem parte de nossas vidas, qualquer que
seja a atividade profissional, onde quer que estejamos. Inúmeras pesquisas avançam
nesta direção, revelando que essas tecnologias têm potencial para dinamizar o
processo de ensino-aprendizagem desde que adequadamente empregadas.
Na educação a internet se tornou um recurso fundamental às escolas e
universidades, bem como aos estudantes, professores, pesquisadores e educadores
em geral. No mundo todo, inclusive no Brasil, as instituições de ensino e pesquisa
estão conectadas à rede e propiciando o acesso à comunidade acadêmica.
A internet é um recurso sem limites que professores e alunos estão aprendendo
a usar, enquanto pesquisadores do mundo inteiro estudam novas formas de
utilização para torná-la cada vez mais útil à educação. Tem servido como fonte
de pesquisa, fornecimento e troca de informações, intercâmbio entre instituições
afins, divulgação de projetos e trabalhos acadêmicos, apoio ao ensino em sala de
aula, ensino à distância, ou simplesmente para divulgar o nome das escolas que
mantêm páginas na rede. As aplicações da internet na educação são inesgotáveis e
dependem essencialmente da criatividade do educador.
O quadro 2 resume a representação que temos construído da sala de aula da
sociedade tecnológica, comparando-a com características da escola tradicional.
Quadro 2

A sala de aula antes e depois da internet


Na educação tradicional Com a nova tecnologia
O professor Um especialista Um facilitador
O aluno Um receptor passivo Um colaborador ativo
A ênfase educacional Memorização dos fatos Pensamento crítico
A avaliação Do que foi retido Da interpretação
O método de ensino Repetição Interação
O acesso ao conhecimento Limitada ao conteúdo Sem limites 11
Os cursos da Universidade Aberta do Nordeste dispõe de Ambiente Virtual
de Aprendizagem (AVA) onde o aluno tem várias opções de interatividade para
dirimir dúvidas, realização de atividades relacionadas aos conteúdos dos fascículos,
bibliografia complementar, podcast, e-mail, vídeoaulas, etc. É neste AVA que o
aluno realizará a prova online.
Especialmente neste curso, encontra-se disponível no AVA um local
denominado PORTAL DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS no qual os alunos
poderão cadastrar projetos individuais, atividades educacionais ou boas práticas
desenvolvidas nas escolas sobre o tema mudanças climáticas e desenvolvimento
sustentável em regiões semiáridas. O Portal MUDANÇAS CLIMÁTICAS ficará
ativo durante um ano e é também um ambiente de socialização de experiências
e aprendizagem coletiva.

Linhas telefônicas, fax e atendimento eletrônico


Serão disponibilizadas as linhas (85) 3255.6326/6329/6330/6331/6332/6334/
6343 e o fax (85) 3255 6271 para atendimento ao cursista das 8:00 às 18:00,
de segunda a sexta-feira.
O aluno contará também com uma linha 0800 280 2210 para atendimento das
8:00 às 18:00 horas, de segunda a sexta-feira.
O atendimento pode ser realizado através dos e-mails uane@fdr.com.br ou
tutoria@fdr.com.br.

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Sistemática de avaliação
A avaliação em educação a distância precisa levar em conta os avanços ocorridos no
processo ensino-aprendizagem com a adoção das novas tecnologias da informação
e comunicação.
Nos cursos de extensão da UANE, por atingir um contingente muito grande de
alunos, a sistemática de avaliação consiste na realização, ao final do curso, de uma
prova de conhecimentos aplicada de forma randômica e on line. A prova consta
de 20 questões de múltipla escolha que são retiradas de um Banco de Questões
elaborado pelos professores autores e pelos tutores.
A prova será disponibilizada a partir da realização da última atividade do curso
no caso, a videoaula e ficará disponível no site até 20 de dezembro de 2010.

Carga horária
A carga horária do curso é de 160 h/a.

Certificação
• Certificado de Extensão
Terá direito ao Certificado de Extensão Universitária quem obtiver nota maior
ou igual a 6,0 (seis), ou seja, acertar no mínimo 12 questões da prova on line.
• Certificado de Participação
Quem não atingir a nota mínima para aprovação, 6,0 (seis) poderá requerer até
30 dias após o último dia de prova, o Certificado de Participação. Este modelo de
certificado não informa carga horária, nota e ementa.
Atenção: Para os inscritos em Fortaleza, o prazo para retirar o Certificado de Extensão
ou de Participação na Fundação Demócrito Rocha (FDR) será até o dia 30 de junho
de 2011. Este mesmo prazo servirá para os Coordenadores Municipais devolverem,
assinada, a listagem de controle de entrega dos certificados aos cursistas.

Certificado – solicitação de 2ª via


A 2ª via de Certificado será concedida mediante a solicitação por telefone ou por
e-mail. Para a emissão da 2ª via do certificado, o interessado pagará R$ 20,00
(vinte reais) na ocasião da retirada na FDR.
Para quem não reside em Fortaleza, deverá fazer um depósito bancário em
favor da FDR no valor de R$ 20,00 (vinte reais) por certificado e R$ 5,00 (cinco
reais) para postagem, com aviso de recebimento (AR) e em seguida enviar por fax
(85) 3255.6271 o comprovante do depósito, identificando o cursista com nome,
CPF, nome do curso, e endereço para o qual deverá ser enviado.
Dados bancários: Banco Bradesco, Agência 2367-1, C/C 10539-2

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Declaração
A declaração (de inscrito ou de aprovado) será concedida mediante a solicitação
por telefone ou por e-mail. Cada uma terá o valor de R$ 5,00 (cinco reais) que
deverão ser pagos na ocasião da retirada na FDR.
Para quem não reside em Fortaleza, deverá fazer um depósito bancário em
favor da FDR no valor de R$ 5,00 (cinco reais) por declaração e R$ 5,00 (cinco reais)
para postagem com aviso de recebimento (AR), e em seguida enviar por fax (85)
3255.6271 o comprovante do depósito, identificando o cursista com nome, CPF, o
nome do curso, e o endereço para qual deverá ser enviada.
Dados bancários: Banco Bradesco, Agência 2367-1, C/C 10539-2

Serviço de mala direta


A pessoa interessada em participar do Curso, mas que não reside em Fortaleza ou
não tem acesso ao jornal O POVO em sua cidade, e tem interesse em obter a versão
impressa, poderá adquirir os fascículos através de Mala Direta. O investimento é de
R$ 95,00 (noventa e cinco reais). Os procedimentos são os seguintes:
• Preencher a ficha de inscrição on line
• Realizar um depósito bancário identificado em favor da Fundação Demócrito
Rocha.
• Enviar por fax: (85) 3255.6271 o comprovante do depósito, identificando o
cursista com nome, CPF e o nome do curso.
O cursista receberá no endereço indicado na ficha de inscrição, os fascículos
impressos. Se mudar de endereço, deverá comunicar a coordenação para que os
mesmos sejam enviados para o novo local indicado.
Dados bancários para depósito
Banco Bradesco, Ag. 2367-1, C/C 10539-2.

Conteúdo programático do curso


1. Definições dos termos e conceitos sobre o tema mudanças
climáticas e desenvolvimento sustentável: noções sobre o clima do planeta
e as mudanças que veem ocorrendo nos últimos anos; relação entre as ações humanas;
as alterações climáticas no mundo e suas consequências; principais convenções,
protocolos e agendas sobre o clima realizadas nos últimos anos, voltadas aos problemas
ambientais resultantes do aquecimento global; conceito de desenvolvimento sustentável,
considerando sua importância para um mundo mais justo e permanente.
2. Ar e poluição: a composição da atmosfera terrestre; os gases do efeito estufa:
metano, oxigênio, dióxido de carbono, ozônio; efeito estufa natural e provocado;

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poluição; raios ultravioletas; inversão térmica; ciclos biogeoquímicos; problemas
ambientais.
3. Água e poluição: a constituição da hidrosfera; o ciclo da água; nascente
dos rios, oceanos, chuva; poluição da água; alterações dos cursos de água; água
potável; consumo de água nas atividades produtivas; economia de água; problemas
ambientais relacionados à água.
4. Solo e poluição: a constituição do solo; tipos de solo; solo e vegetação;
solo e agricultura; ciclos biogeoquímicos; poluição do solo, degradação do solo,
problemas ambientais relacionados ao solo; créditos de carbono; agricultura
orgânica; intervenções no solo visando o cultivo.
5. Sistemas de monitoramento climáticos: criação de instituições
governamentais ou não para estudos e monitoramento do clima no planeta,
como: Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(FUNCEME), estudos e pesquisas sobre os tipos de classificações climáticas.
6. Responsabilidades e compromissos sociais: problemas ambientais
decorrentes das intervenções humanas no planeta; políticas públicas e de governo
para o meio ambiente; cartas de compromissos; criação de reservas; áreas de
conservação, parques, jardins; surgimento de organizações não-governamentais;
institutos de pesquisa e outros mecanismos que assumem responsabilidades e
compromissos com o meio ambiente; a educação ambiental.
7. Demografia e desenvolvimento sustentável: população e
habitação; recursos naturais e consumo humano; a produção de alimentos e os
solos; água potável e as grandes metrópoles; a capacidade de regeneração do
planeta; o consumismo e a limitação dos recursos naturais; a pegada ecológica,
desenvolvimento sustentável, economia justa, lixo.
8. Lixo, reciclagem e educação ambiental: a problemática do lixo; formas
de coleta, reciclagem, comportamentos responsáveis de “produção” e “destino” do
lixo; o problema do lixo, do ponto de vista ambiental; necessidade e oportunidades
de atuar de modo propositivo.
9. Energias renováveis: principais fontes de energia existentes no mundo;
energias renováveis e seus usos para um desenvolvimento sustentável; relacionamento
da energia com o meio ambiente; importância das energias renováveis como
sucessoras das energias esgotáveis visando a sustentabilidade ambiental.
10. Ecossistemas do Nordeste (semiárido): o clima do Nordeste
brasileiro, o ecossistema caatinga, outros ecossistemas coexistentes, a população
que habita o semiárido, economia no semiárido, recursos naturais, poluição e
degradação, intervenções humanas a procura do desenvolvimento da região,
cenários futuros em decorrência das mudanças climáticas.

15
Equipe acadêmica do curso
Coordenação Geral: Eliseu Marlônio Pereira de Lucena
Coordenação Editorial: Eloisa Maia Vidal

Autores dos Fascículos


Jeanne Barros Leal de Pontes Medeiros é bióloga e mestre
1 em Desenvolvimento e Meio Ambiente. É uma das fundadoras do curso de Ciências
Biológicas da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no qual é professora efetiva e
coordena os estágios supervisionados. É também Coordenadora de Tutoria do Curso de
Ciências Biológicas da Universidade Aberta do Brasil (UAB) da UECE. Publicou livros na
área, além de atuar na produção de jogos e modelos didáticos para o ensino de Ciências
e Biologia. Participa também da elaboração do fascículo 3 Água e poluição deste curso.
Alexandre Cabral Craveiro é químico com doutorado na área
de Química Orgânica. É Presidente da Polymar Indústria e Comércio, empresa
que já ganhou diversos prêmios, dentre eles o Prêmio Nacional IEL/SEBRAE.
Possui patentes na área de meio ambiente. É autor de livros científicos voltados à
educação e atualmente realiza diversos projetos relacionados ao desenvolvimento
sustentável no nordeste do Brasil. Participa também da elaboração do fascículo 3
Água e poluição deste curso.

Josaphat Soares Neto, biólogo e agrônomo pela Universidade Estadual


2 do Ceará (UFC), Especialista em Coordenação pedagógica pela FA7, Professor de
Biologia na Universidade Estadual do Ceará (UECE), Professor Tutor na modalidade
de EAD na UFC, professor no Curso de especialização em Engenharia e Gestão
Ambiental da Faculdade Selvíria em parceria com a Faculdade Vale do Jaguaribe,
professor da rede privada e pública por mais de 20 anos, onde ocupou vários cargos
de coordenação nas áreas de ciências, de laboratórios de Biologia, autor de cinco
livros de práticas de Ciências e Biologia direcionados para o ensino básico.

Roselita Maria de Souza Mendes é graduada em Agronomia


3 pela Universidade Federal do Ceará, tem mestrado e doutorado em Agronomia
pela mesma instituição. É professora adjunta da Universidade Estadual do Ceará
desde 2003 e coordenadora do Laboratório de Botânica (LABOTAN). Atua na área
de Botânica, especificamente na Sistemática e Fisiologia Vegetal, nos seguintes
temas: ecofisiologia, fisiologia de sementes e sistemática vegetal. Atualmente é
Vice-Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas da UECE.

16
Istvan Major é doutor em Biologia e Geografia, pós-doutor em Ecologia e
possui registro de Pesquisador da FAO. Atualmente é professor de Ecologia Regional 4
na Universidade Estadual do Ceará (UECE). É autor mais de 100 artigos e 7 livros,
dos quais três abordam temas relacionados ao semiárido: Aves da Caatinga, Aves
do Sertão e A caatinga. Estes títulos foram escritos em co-autoria e publicados pelas
Edições Demócrito Rocha.

Vicente de Paula Silva Filho é meteorologista pela Universidade


Federal de Campina Grande (UFCG), mestre em Meteorologia pelo Instituto de Pesquisa
Espacial (INPE) e doutor em Eng. Civil/Recursos Hídricos, pela Universidade Federal
5
do Ceará (UFC). Atuou como Consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) estudando os impactos dos grandes lagos sobre o clima
local e as relações entre a Floresta Amazônica e a atmosfera. Lecionou Meteorologia
e Climatologia na Universidade Estadual do Ceará (UECE). É pesquisador do INPE nas
áreas de Meteorologia e Climatologia desde 1985 e professor de disciplinas de exatas
nos cursos da Faculdades Integradas do Ceará (FIC), desde 1998.

Oriel Herrera Bonilla é engenheiro florestal, mestre em Botânica pela


Universidade Federal Rural de Pernambuco e Doutor em Ciências Naturais (área de
concentração - Ecologia) pela Universidade de Bielefeld (Alemanha). Desde o ano 6
2000 é professor adjunto do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual
do Ceará, onde ministra aulas de Ecologia e Análises Ambientais, desenvolve também
pesquisas sobre biodiversidade e bioprospecção de plantas do bioma Caatinga.
Sobre estes assuntos tem escrito livros e publicado diversos artigos científicos em
revistas de circulação nacional e internacional.

Anna Emília Maciel Barbosa possui graduação em Geografia com


bacharelado e licenciatura pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e mestrado
em Geografia pela UECE. Prestou serviços técnicos à Secretaria de Planejamento e 7
Orçamento do Município de Fortaleza no ano de 2009. É integrante do Laboratório
de Estudos de População (LEPOP) da UECE. Atualmente é professora da Rede
Municipal de Ensino de Fortaleza. Tem experiência na área de Geografia, com
ênfase em Geografia Urbana, atuando principalmente no tema habitação.

Marisa Ribeiro Moura possui graduação em Geografia com bacharelado


e licenciatura pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), mestrado em Geografia
pela UECE. Atualmente é aluna do curso de doutorado em Geografia da Universidade
Federal do Ceará (UFC) na linha temática Estudo Socioambiental da Zona Costeira. É
integrante do Laboratório de Geologia e Geomorfologia Costeira e Oceânica (LGCO) da
UECE. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Física, atuando
em temas como dinâmica costeira, uso e ocupação do litoral e vulnerabilidade da costa.
17
Júlio César de Sales, é engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia
8 pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutor em Agronomia pela Universidade
Estadual Paulista (UNESP). Atualmente é professor da Faculdade de Tecnologia
(FATEC – CENTEC Cariri), Faculdade ATENEU–FATE, Faculdade Kurios, onde
leciona as disciplinas de Educação Ambiental, Metodologia do Ensino de Ciências,
Metodologia Científica, Conservação de Solo, Água, Energia e Irrigação.

Paulo Marcos Aragão Craveiro é engenheiro civil pela Universidade


9 Federal do Ceará (UFC); especialista em Energia Eólica pelo Instituto Alemão de Energia
Eólica (DEWI) e Associação Americana de Energia Eólica (AWEA) e em Energia Solar
pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi gerente do Departamento de
Fontes Alternativas e Conservação de Energia da Companhia Energética do Ceará
(COELCE) e consultor técnico da Wobben Windpower. Atualmente é pesquisador
do Parque de Desenvolvimento Tecnológico (PADETEC/UFC) e diretor do Centro de
Energias Alternativas e Meio Ambiente (CENEA) da Universidade Estadual do Ceará
(UECE). É co-autor dos livros Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos e
da coletânea de artigos Energias Solar e Eólica.

Eliseu Marlônio Pereira de Lucena é engenheiro agrônomo


10 pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em Fitotecnia pela Universidade
Federal de Viçosa e doutor em Agronomia (Fitotecnia) pela Universidade Federal
do Ceará. Desde 2004 é professor adjunto do Curso de Ciências Biológicas da
Universidade Estadual do Ceará, onde ministra aulas de Botânica. Desenvolve
pesquisas sobre Fisiologia Vegetal, Ecofisiologia, Fisiologia de Sementes e Fisiologia
pós-colheita, tendo escrito livro e publicado regularmente estudos em periódicos
de circulação nacional e internacional. Atualmente coordena o Curso de Ciências
Biológicas da UECE. É o coordenação do curso da UANE Mudanças Climáticas e
Desenvolvimento Sustentável.

Eloisa Maia Vidal possui graduação em Engenharia Elétrica pela


11 Universidade Federal da Paraíba (1980), graduação em Filosofia pela Faculdade
de Filosofia de Fortaleza (1989), especialização em Engenharia Biomédica pela
UFPb (1982), mestrado e doutorado em Educação pela Universidade Federal do
Ceará (1995, 2000). É professora adjunta da UECE com atuação em formação
de professores de Física e desenvolve pesquisas acadêmicas na área de política
educacional, avaliação e gestão da educação básica. Trabalha com educação a
distância desde 1997, tendo desenvolvido várias pesquisas e publicado trabalhos
em eventos locais, nacionais e internacionais. Foi Coordenadora Pedagógica, de
Planejamento e Secretária Adjunta da Secretaria de Educação Básica do Ceará no
período de 2003 a 2006.

18
Calendário de Atividades
Programa de Rádio: Sábado, a partir das 10 horas – Rádio O POVO/CBN 1010 Am
Programa de TV: Domingo, a partir da 15 horas – TV O POVO (Canal 48 – TV Show
11 – Net 23)

Disponibi-
Disponibi- Disponibi-
lização Pro-
lização Programa lização
Fascículos Temas Veiculação programa grama
fascículos de Rádio programa de
de rádio de TV
no site tv no site
no site
Orientações
F0 30/ago 6/set
gerais
Definição
F1 dos termos 6/set 13/set 11/set 13/set 12/set 20/set
e conceitos
Ar e polu-
F2 13/set 20/set 18/set 20/set 19/set 27/set
ição
Água e
F3 20/set 27/set 25/set 27/set 26/set 4/out
poluição
F4 Solo e polu-
27/set 4/out 2/out 4/out 3/out 11/out
ição
Sistemas de
F5 monito-
4/out 11/out 9/out 11/out 10/out 18/out
ramento
climáticos
Responsabi-
F6 lidades e
11/out 18/out 16/out 18/out 17/out 25/out
compromis-
sos sociais
Demografia
e desen-
F7 18/out 25/out 23/out 25/out 24/out 1/nov
volvimento
sustentável
Lixo,
reciclagem
F8 25/out 1/nov 30/out 1/nov 31/out 8/nov
e educação
ambiental
Energias
F9 1/nov 8/nov 6/nov 8/nov 7/nov 15/nov
renováveis
Ecossiste-
mas do
F10 8/nov 15/nov 13/nov 15/nov 14/nov 22/nov
Nordeste
(semiárido)

19
Você não pode mudar o passado, mas
pode escolher o futuro
Eloisa Vidal

O tema mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável mobiliza, hoje, o


interesse de qualquer cidadão que habita o planeta Terra. Se você ainda não sofreu
algum tipo de efeito associado ao aquecimento global, certamente vai sofrer nos
próximos anos.
Por isso, é tão importante o conhecimento a respeito do assunto, não só para
entender o que esta acontecendo e pode acontecer, mas para tomar atitudes no
presente que possam garantir possibilidades de futuro para seus descendentes e
toda a espécie humana.
A seguir serão apresentadas algumas informações sobre o tema, no entanto, um
maior aprofundamento acerca dos assuntos, você obterá nos fascículos.

Desvendando o clima da Terra


A explicação do que acontece com o clima no planeta Terra foi dada pela primeira
vez em 1863 pelo cientista John Tyndall que resolveu medir no seu laboratório
a capacidade de absorção da radiação infravermelha de alguns dos gases que
constituem a atmosfera: ozônio, oxigênio e os componentes minoritários dióxido
de carbono (CO2) e gás metano (CH4). Tyndall chegou à conclusão que tanto o
vapor de água como o CO2 e o CH4 são opacos à radiação infravermelha, isto
é, absorvem-na, e por isso adquiriram a designação atual de gases com efeito
de estufa (GEE). A discrepância encontrada anteriormente por Fourier estava
explicada: a presença de GEE na atmosfera gera um efeito de estufa natural
responsável pela atual temperatura média global de 15º C em lugar de uma
temperatura de cerca de -18º C, caso esses gases não existissem. Ou seja os
GEE nas quantidades naturais existentes são responsáveis pelas condições de
temperatura que asseguram a vida na Terra. O curioso é que esses mesmos gases,
com suas condições naturais alteradas, podem ser responsáveis pela extinção da
vida na Terra.
Fonte: (A física das alterações climáticas. Gazeta da Física)

Muito calor em pouco tempo


A partir de novos conjuntos de dados observacionais disponibilizados, foi possível
que o relatório do IPCC de 2007 pudesse fazer uma avaliação mais abrangente
das mudanças climáticas que veem ocorrendo no planeta. Os dados observados
indicam que 11 dos 12 últimos anos foram os mais quentes desde que os registros
confiáveis começaram, por volta de 1850. A chance de que essa sucessão de anos
mais quentes tenha sido puramente casual é extremamente pequena. Mudanças na

20
temperatura global, no nível do mar e na cobertura de neve no hemisfério Norte
mostram evidências de aquecimento.
(Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_fisica_por_tras_das_mudancas_climaticas.html)

A influência humana no clima


Dois padrões atestam a marca da influência humana. O primeiro é o maior
aquecimento sobre os continentes do que sobre o oceano, e maior aquecimento
na superfície do mar do que em camadas mais profundas. Esse padrão é
consistente com o aquecimento induzido por gases de efeito estufa numa
atmosfera em camadas: o oceano se aquece mais rapidamente por causa de
sua grande inércia térmica. O aquecimento também indica que uma grande
quantidade de calor está sendo absorvida pelo oceano, demonstrando que o
reservatório de energia do planeta está desequilibrado. O segundo padrão de
mudanças é que, enquanto a troposfera (a parte mais baixa da atmosfera) tem
se aquecido, a estratosfera tem esfriado.
(Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_fisica_por_tras_das_mudancas_climaticas.html)

Cadeia ecológica alterada


O cientista inglês Visser realizando pesquisas com uma determinada espécie
de pardal identificou que os mesmos botaram seus ovos quase na mesma data
do ano anterior, como faziam desde 1985. Mas, no decorrer desse mesmo
período, a temperatura de primavera subiu na área, especialmente em meados
da estação (entre 16 de abril e 15 de maio), quando sofreu um aquecimento
de 2° C. E, apesar de o cronograma dos pardais não ter mudado com este
aquecimento, o das mariposas de lagartas – com as quais essas aves alimentam
seus filhotes (junto com outras espécies menos abundantes) – mudou. O pico de
abundância das lagartas chega atualmente 15 dias mais cedo, em comparação a
1985 (quando ocorria quase precisamente quando os pardais chocavam). Agora,
na época em que a maioria dos filhotes sai da casca, a estação das lagartas
está terminando e o alimento é mais escasso. Somente os primeiros filhotes
conseguem apanhar os vermes.
Nesta teia alimentar, não apenas os pássaros ou as lagartas estão fora de sincronia,
ou “desacoplados”, como Visser prefere dizer. O cientista também examina na
cadeia alimentar, a relação entre a mariposa e seu alimento – folhas novas e tenras
de carvalho. Para sobreviver, a lagarta precisa sair do casulo quando eclodem os
brotos, quando as folhas de carvalho se abrem. Se o inseto nascer mais que cinco
dias antes disso, morrerá de fome. Também morrerá se nascer mais de duas semanas
depois, porque as folhas de carvalho tornam-se não comestíveis devido à infusão
de tanino. Visser descobriu que, no parque Hoge Veluwe, a brotação do carvalho
ocorre agora cerca de 10 dias antes que há 20 anos. As lagartas nascem 15 dias
mais cedo, supercompensando em cinco dias a mudança dos carvalhos. As lagartas

21
já estavam eclodindo vários dias antes da brotação em 1985, portanto, hoje, devem
esperar em média cerca de oito dias.
(Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_fisica_por_tras_das_mudancas_climaticas.html)

Gelo, homem e clima


Nos últimos anos, testemunhos de gelo obtidos em perfurações nas calotas polares
da Antártida e da Groenlândia forneceram pistas valiosas sobre como era o clima
da Terra no passado, incluindo mudanças nas concentrações de gases de efeito
estufa. Uma amostra de dois quilômetros de comprimento extraída nos anos 1990
da estação Vostok, na Antártida, continha bolhas de ar antigo aprisionadas no gelo
que revelaram a composição da atmosfera na época em que as camadas de gelo se
depositaram. O gelo de Vostok confirmou que as concentrações de CO2 e metano
subiram e desceram segundo um padrão regular durante os últimos 400 mil anos.
O “fator novo” mais plausível operando no sistema climático durante o
interglacial atual é a agricultura. A linha do tempo básica das inovações agrícolas
é bem conhecida. A agricultura se originou na região do Crescente Fértil, a leste
da bacia do Mediterrâneo, há cerca de 11.000 anos. Logo depois, apareceu no
norte da China, e poucos milênios mais tarde, nas Américas. Através dos milênios
posteriores, se espalhou para outras regiões e se sofisticou. Há cerca de 2.000 anos,
todos os alimentos conhecidos hoje já eram cultivados em algum lugar do mundo.
(Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_fisica_por_tras_das_mudancas_climaticas.html)

Mudanças Climáticas – Precisamos agir agora!


Não existe dúvida a respeito: os humanos são responsáveis pelo crescimento das
concentrações atmosféricas de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito
estufa. A comunidade científica chegou a um consenso de que a humanidade
alterou e continua alterando substancialmente o clima do planeta.
Desde a Revolução Industrial, a temperatura global média aumentou cerca de
0,8º C. Os cientistas atribuem a maior parte deste aumento às atividades humanas
que geram gases de efeito estufa, como a queima de combustíveis fósseis (gasolina,
carvão e outros) e o desmatamento.
Para combater estes problemas, a Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima propõe estabilizar as concentrações de gases de efeito
estufa para evitar interferências antrópicas perigosas no sistema climático.
Vários estudos independentes indicam que precisamos limitar o aquecimento
global a menos de 2º C acima do nível pré-Revolução Industrial para evitar impactos
perigosos sobre a natureza, a humanidade e a economia global.
O quadro a seguir apresenta uma descrição de como podem ser afetados
alguns recursos naturais do planeta e a saúde humana, no caso dos aumentos de
temperatura em 2° C e 3° C.

22
Mudanças climáticas: consequências desastrosas
Impactos a 2°C Impactos a 3°C
90 - 200 milhões de pessoas correrão o risco de Mais de 300 milhões de pessoas correrão o risco de
Saúde serem contaminadas por malária e outras doenças serem contaminas por malaria no mundo.
Humana transmissíveis por insetos ou pela água. Aumentos nas 5 - 6 bilhões de pessoas correrão o risco de serem
taxas de diarreia e subnutrição em países de baixa renda. contaminadas por dengue.

A agricultura brasileira será negativamente afetada,


sobretudo no Centro-Oeste e no Nordeste. A produção 50 - 120 milhões de pessoas em áreas de risco de fome.
de cereais poderá diminuir em 50%, a de milho em 25% A agricultura será duramente atingida e os preços
Agricultura e a de soja em 10%. Aumentos das desigualdades e dos mundiais dos alimentos aumentarão. O Nordeste do
conflitos devido ao efeito da escassez da água e da pouca Brasil será uma das regiões mais afetadas do mundo
previsibilidade das colheitas.

Entre 3,1 a 3,5 bilhões adicionais de pessoas sofrendo


risco de escassez de água com possíveis migrações
por causa da seca. O resultado será instabilidade
De 662 milhões a 3 bilhões de pessoas ameaçadas pela
Água socioeconômica e política. A Caatinga se tornará bem
escassez de água. Escassez global de água.
mais árida e a Amazônia sofrerá períodos intensos
de seca. A Caatinga se tornará bem mais árida e a
Amazônia sofrerá períodos intensos de seca.

60% de perda do gelo no Ártico durante o verão.


Perda completa do gelo oceânico durante o inverno
Gelo e Derretimento completo e irreversível do gelo da
no Ártico. Perda completa da camada de gelo a
Groenlândia com um aquecimento de 1.5º C. Diminuição
geleiras Groenlândia e das geleiras da Antártida com um
de 25% ou mais do volume de gelo oceânico. O gelo
aquecimento de 3º C durante vários séculos.
continua a retroceder por cerca de 2 graus de latitude.

Perda de 95% da maioria dos corais até meados do


Pouca chance de recuperação dos corais danificados
século com impactos adversos sobre pesca comercial e
e branqueamento dos corais restantes. Risco de 88%
de subsistência, proteção costeira e perdas econômicas.
de transformação de florestas para sistemas não-
No Great Barrier Reef Australiano, estima-se que a perda
florestais. Riscos de perdas florestais na Eurásia,
seja de AU$ 4,3 bilhões por ano. Efeitos similares serão
Amazônia e no Canadá. Perda potencial de florestas na
observados ao redor de todo o planeta. 43% de risco de
zona boreal sul, no leste chinês, na América Central,
transformação de florestas para sistemas nãoflorestais,
na Amazônia e nas Costa do Golfo dos Estados
Ecossistemas expansão das florestas para o Ártico e para as savanas
Unidos. Risco bem maior de uma alteração permanente
semiáridas. Riscos de uma alteração permanente dos
dos sumidouros terrestres de carbono para fontes
sumidouros de carbono para fontes de carbono em áreas
de carbono. Danos irreversíveis para a Amazônia,
tropicais chaves como a Amazônia e o Ártico. Danos
resultando em seu colapso. Perda de 50% dos pântanos
substanciais nos ecossistemas montanhosos e do Ártico.
no Mediterrâneo, nos Bálticos. Perda de várias habitats
Uma grande porção da Tundra e cerca da metade das
de pássaros migratórios. 33% de espécies extintas.
florestas boreais pode desaparecer. Perda de mais de 40%
Mais de 40% da Amazônia se transformará em Cerrado
de angiospermas na Amazônia. 25% de espécies extintas

25-50 milhões em risco devido ao aumento dos níveis dos 180 milhões de pessoas em risco devido às inundações
Aumento do mares e às inundações costeiras. Os custos às nações costeiras, stress hídrico e aumento dos níveis dos
Nível do mar serão de centenas de bilhões de dólares. O Norte e o mares. Centenas de milhares de pessoas terão que
Nordeste do Brasil serão as regiões mais afetadas migrar para outras regiões ou mesmo países.

Aumentos na frequência e intensidade de inundações, Aumento maciço na frequência e intensidade de


Eventos secas, tempestades, ondas de calor, ciclones tropicais e incêndios, secas, tempestades e ondas de calor. Perdas
outros eventos climáticos extremos. O Sul e o Sudeste socioeconômicas decorrentes dos danos globais: de
climáticos do Brasil sofrerão mais episódios de eventos climáticos 3% a 5% para os países em desenvolvimento e uma
extremos extremos. média mundial de 1% a 2% para um aquecimento de
2,5º C a 3º C.

(Fonte: http://www.wwf.org.br/)

23
Pegada ecológica e desenvolvimento humano
Em junho de 1992, no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidades sobre
Ambiente e Desenvolvimento veio reafirmar a importância da garantia de uma vida
saudável e produtiva para todos, embora não excedendo os limites da natureza.
A Pegada Ecológica mede a exigência humana na biosfera. A pegada de um país
inclui a área necessária para manter o consumo da população humana da zona de
cultivo (alimentos, rações de animais, fibras e óleo); dos prados e pastos (pastoreio
de animais para a obtenção de carne, peles, lã e leite); das zonas de pesca (peixe e
marisco), e das áreas de floresta (madeira, fibras de madeira, pasta e lenha).
Nos 11 anos seguintes a essa conferência, entre 1992 e 2003, a pegada ecológica
média por pessoa, medida em hectares globais constantes, em países de rendimentos
baixo e médio alterou-se um pouco, enquanto a pegada média por pessoa em países de
rendimento alto aumentou em 18%.
Durante os últimos 40 anos, a pegada média em países de rendimento baixo
rondou os 0,8 hectare global por pessoa. A pegada energética demonstra a maior
disparidade por pessoa entre os países de rendimentos alto e baixo. Tal se deve,
em parte, ao fato de as pessoas poderem comer apenas uma quantidade limitada
de alimentos, enquanto o consumo da energia é definido principalmente pela
capacidade de pagamento do consumidor.
O desenvolvimento sustentável consiste em um compromisso para a
melhoria do bem-estar humano, com a limitação de que este desenvolvimento
se concretize dentro dos limites tecnológicos da biosfera. O progresso com
vista ao desenvolvimento sustentável pode ser avaliado através do Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para
oDesenvolvimento (PNUD) como um indicador do bem-estar, e da Pegada
Ecológica como uma medida da exigência humana na biosfera.
O PNUD considera um valor do IDH de mais de 0,8 para a classificação de
“alto desenvolvimento humano”. Uma Pegada Ecológica inferior a 1,8 hectare
global por pessoa, a biocapacidade média disponível por pessoa no planeta, torna
as exigências em matéria de recursos de um país globalmente replicativas.
O desenvolvimento sustentável de sucesso envolve o mundo como um todo
correspondendo a ambos os critérios mínimos. Em 2003, a Ásia-Pacífico e a África
estavam utilizando, em nível regional, uma quantidade inferior à média mundial da
biocapacidade por pessoa, enquanto a UE-25 e a América do Norte ultrapassavam
o limiar definido para o alto desenvolvimento humano. Nem o mundo como um
todo, nem nenhuma região, satisfizeram ambos os critérios para o desenvolvimento
sustentável.
(Fonte: Relatório Planeta Vivo 2006. WWF for a living planet.)

24
Reflexão

Analise o gráfico da figura e responda:


a) Quais as regiões que apresentam déficit da Pegada Ecológica?
b) Quais as regiões que apresentam reservas ecológicas superiores as Pegadas
Ecológicas?
c) É possível estabelecer mecanismos de compensação que levem ao equilíbrio
da biocapacidade?

Meio mundo pode ficar inóspito com mudança climática, diz estudo
O aquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos
três séculos, de acordo com um estudo das universidades de New South Wales, na
Austrália, e de Purdue, nos Estados Unidos, que leva em conta os piores cenários
de modelos climáticos.
O estudo, publicado na última edição da revista especializada Proceedings
of the National Academy of Sciences, afirma ainda que, embora seja improvável
que isso aconteça ainda neste século, é possível que já no próximo, várias regiões
estejam sob calor intolerável para humanos e outros mamíferos.
“Descobrimos que um aquecimento médio de 7º C causaria algumas regiões a
ultrapassar o limite do termômetro úmido (equivalente à sensação do vento sobre a
pele molhada), e um aquecimento médio de 12º C deixaria metade da população
mundial em um ambiente inabitável”, afirmou Peter Huber, da universidade de Purdue.

25
Os cientistas argumentam que ao calcular os riscos das emissões de gases atuais,
é preciso que se leve em conta os piores cenários (como os previstos no estudo).

‘Roleta russa’
Quando o professor Huber fala em um aquecimento médio de 12º C, isso significaria
aumentos de até 35ºC no termômetro úmido nas regiões mais quentes do planeta.
Atualmente, segundo o estudo, as temperaturas mais altas nesta medida nunca
ultrapassam 30º C. A partir de 35º C no termômetro úmido, o corpo humano só
suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia (sobre-aquecimento).
Huber compara a escolha a um jogo de roleta russa, em que “às vezes o
risco é alto demais, mesmo se existe apenas uma pequena chance de perder”. O
estudo também ressalta que o calor já é uma das principais causas de morte por
fenômenos naturais e que muitos acreditam, erroneamente, que a humanidade
pode simplesmente se adaptar a temperaturas mais altas.
“Mas quando se mede em termos de picos de estresse incluindo umidade,
isso se torna falso”, afirmou o professor Steven Sherwood, da universidade de
New South Wales. Calcula-se que um aumento de apenas 4ºC medidos por um
termômetro úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor
equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente.
Os autores também afirmam que um aquecimento de 12ºC é possível através
da manutenção da queima de combustíveis fósseis. “Uma implicação disso é que
cálculos recentes do custo das mudanças climáticas sem mitigação (medidas para
combatê-las) são baixos demais.”
(Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/05/100512_aquecimentopesquisaebc.
shtml. Acesso em 06/08/2010.)

Humanidade não pode salvar o planeta, afirma criador da


Teoria de Gaia
Mudar os hábitos para tentar salvar o planeta é “uma bobagem”, na opinião
de um dos mais conceituados especialistas em meio ambiente no mundo, o
britânico James Lovelock, para quem a Terra, se for salva, será salva por ela
mesma. “Tentar salvar o planeta é bobagem, porque não podemos fazer isso.
Se for salva, a Terra vai se salvar sozinha, que é o que sempre fez. A coisa mais
sensível a se fazer é aproveitar a vida enquanto podemos”, afirmou Lovelock em
entrevista à BBC.
O cientista de 90 anos é autor da Teoria de Gaia, que considera o planeta
como um superorganismo, no qual todas as reações químicas, físicas e biológicas
estão interligadas e não podem ser analisadas separadamente. Considerado um dos
“mentores” do movimento ambientalista em todo o mundo a partir dos anos 1970,
Lovelock é também autor de ideias polêmicas como a defesa do uso da energia

26
nuclear como forma de restringir as emissões de carbono na atmosfera e combater
as mudanças climáticas.

Gatilho
Para Lovelock, a humanidade não “decidiu aquecer o mundo deliberadamente”,
mas “puxou o gatilho”, inadvertidamente, ao desenvolver sua civilização da maneira
como conhecemos hoje. “Com isso, colocamos as coisas em movimento”, diz ele,
acrescentando que as reações que ocorrem na Terra em consequência do aquecimento,
entre elas a liberação de gases como dióxido de carbono e metano, são mais poderosas
para produzir ainda mais aquecimento do que as próprias ações humanas.
Segundo ele, no entanto, o comportamento do clima é mais imprevisível do
que pensamos e não segue necessariamente os modelos de previsão formulados
pelos cientistas. “O mundo não muda seu clima convenientemente de acordo com
os modelos de previsões. Ele muda em saltos, como vemos. Não houve aumento das
temperaturas em nenhum momento neste século. E tivemos agora um dos invernos
mais frios em muito tempo em todo o hemisfério norte”, diz Lovelock.

Energias renováveis
Durante a entrevista à BBC, o cientista britânico afirmou ainda não ver sentido na
busca de alguns hábitos de consumo diferentes ou no desenvolvimento de energias
renováveis como forma de conter as mudanças climáticas. “Comprar um carro que
consome muita gasolina não é bom porque custa muito dinheiro para manter, mas
essa motivação é provavelmente mais sensata do que a de tentar salvar o planeta,
que é uma bobagem”, diz.
Para Lovelock, a busca por formas de energia renováveis é “uma mistura de
ideologia e negócios”, mas sem “uma boa engenharia prática por trás”. “A Europa
tem essas enormes exigências sobre energias renováveis e subsídios para energia
renovável. É um bom negócio, e não vai ser fácil parar com isso, mas não funciona
de verdade”, afirma.
(Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/03/100331_lovelock_entrevista_
rw.shtml. Acesso em 06/08/2010.)

Estudo reforça tese de influência humana nas mudanças


climáticas
Um relatório do centro de estudos britânico sobre o clima Met Office afirma que
há cada vez mais provas de que o aquecimento global é provocado por atividades
humanas. A conclusão é fruto da análise de 110 novos estudos sobre o clima e
foi divulgada nesta sexta-feira pela publicação especializada Wiley Interdisciplinary
Reviews Climate Change Journal.
A revisão dos trabalhos, apresentada pela equipe do cientista Peter Stott, do
Met Office, confirma as conclusões do último relatório do Painel Intergovernamental

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sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que em 2007 já dizia que o aquecimento global
é “inequívoco” e que “muito provavelmente” – o que no jargão do IPCC significa
com 90% de probabilidades – é provocado por atividades humanas.
De lá para cá, novos estudos foram publicados confirmando esta hipótese e só
devem ser avaliados pelo IPCC, um grupo de mais de 1,2 mil cientistas de vários
países, no seu próprio relatório do órgão, que está começando a ser elaborado, mas
só deve ser publicado a partir de 2013.

Extremos
Todos os estudos avaliados pela equipe do Met Office buscavam traçar a relação
entre atividades humanas e aquecimento global. Os campos estudados tratavam
do aumento da temperatura atmosférica sobre todos os continentes, inclusive a
Antártida; o aumento global da temperatura atmosférica; o aumento na umidade
atmosférica e na precipitação; mudanças nos padrões de chuvas em regiões
tropicais e nos polos; a aceleração do derretimento do gelo no Ártico e o aumento
da salinidade do Oceano Atlântico.
Extremos representam um desafio especial, já que eventos raros são, por
definição, mal registrados nas séries históricas, e muitos desafios permanecem sobre
como atribuir mudanças regionais a eventos como secas, enchentes e furacões.
De acordo com Stott, este é o primeiro estudo que analisa em detalhes as
diversas disciplinas que mostram como o sistema climático está mudando. “Todos
estes diferentes aspectos estão se somando para um quadro dos efeitos da influência
humana sobre o nosso clima”, explicou.
Os especialistas do Met Office dizem, no entanto, que é mais difícil encontrar
uma relação sólida entre mudança climática e condições climáticas extremas
isoladas, mesmo se os modelos climáticos preveem que isso deve acontecer com
frequência cada vez maior. “Extremos representam um desafio especial, já que
eventos raros são, por definição, mal registrados nas séries históricas, e muitos
desafios permanecem sobre como atribuir mudanças regionais a eventos como
secas, enchentes e furacões.”
Desde o fim do ano passado, os chamados céticos - que se recusam a aceitar
que o aquecimento global é provocado pela humanidade - vêm bombardeando a
tese defendida pela grande maioria dos especialistas nos campos envolvidos.
O professor Stott negou, no entanto, que o seu mais recente trabalho faça parte
de um contra-ataque da comunidade científica. “Começamos a trabalhar neste
estudo há um ano. Acho importante comunicar às pessoas o que a ciência está
descobrindo e é sobre isso que falamos neste documento”, afirmou.
(Disponível em http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2010/03/100305_aquecimentohumanoebc.
shtml. Acesso em 06/08/2010)

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Evidências e divergências
Glaciólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jefferson
Cárdia Simões acrescenta que, além de analisar o modelo de desenvolvimento,
o debate sobre mudanças climáticas não pode deixar de levar em consideração
o ciclo natural do planeta. “Uma das grandes questões científicas atuais é separar
o que é do quadro natural da variabilidade do clima e o que é resultante da
interferência humana. Então, a pergunta é a seguinte: até que ponto a ação humana
está influenciando essas mudanças em um grau além do que é esperado?”.
Ele faz uma ressalva importante sobre o tom alarmista do tema: “A ciência não
é perfeita e nem pode ser apresentada como tal. O IPCC faz previsões e é arriscado
tratá-las como verdades absolutas, pois se elas não ocorrerem, o público pode deixar
de acreditar na ciência e deixar de acreditar que é preciso ter uma reformulação de
valores, de cultura de um padrão de desenvolvimento”, complementa.
Ildo Sauer, professor titular de energia da Universidade de São Paulo e ex-diretor
da Petrobras, vai além dos debates científicos. Em uma longa colaboração para a
revista Retrato do Brasil de setembro de 2007 – uma edição com várias críticas sobre
a questão do aquecimento global –, ele ressalta: “A lei do universo é a mudança.
Persistem ainda dúvidas científicas razoáveis sobre a magnitude e mesmo a direção
de fatores naturais e antropogênicos que afetam o clima. Então, o debate científico
profundo deve continuar. Mas, mais quente ou mais fria, com intensificação ou
redução do ciclo hidrológico, das correntes marítimas, da elevação do nível do
mar, a questão maior continua sendo política. Como organizar a produção, como
reparti-la socialmente, entre as classes sociais, dentro dos países, entre os países, e
qual o papel do Estado”.
Já o chefe do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de
Alagoas, professor Luiz Carlos Molion, é enfático: “Não é verdade que a Terra esteja
aquecendo devido às atividades humanas”. Ele diz que a queima de combustíveis
causada pelas atividades industriais e de transportes não é suficiente para interferir
no clima global. Além disso, defende que o planeta parou de se aquecer em
1998. “Aquecimento e resfriamento são eventos cíclicos: há períodos em que o
planeta esfria e outros em que se aquece. Portanto, com base em dados, e não em
simulações e modelos de clima, que são imperfeitos, a maior probabilidade é que
volte a ficar frio agora e que nesses próximos 15 ou 20 anos a temperatura global
diminua cerca de 0,2 graus centígrados”, explica Molion.
Ele vai além e lembra que no fim dos anos 40, já no período pós-guerra, começou
um resfriamento. “Justamente quando houve aumento da atividade industrial, época
em que a globalização começou. Ou seja, essa contradição nos faz concluir que a
queima de combustíveis fósseis não provoca aquecimento do planeta”.
Apesar de rebater a tese do aquecimento global antropogênico, Molion destaca
a importância da mudança da relação do ser humano com a natureza. “O que
estou afirmando não justifica o fato de termos uma cultura de desenvolvimento

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predatória. A conservação do planeta é necessária, mas não com a justificativa das
mudanças climáticas”.
Em tom mais provocativo, José Carlos de Almeida Azevedo, doutor em física
pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) e ex-reitor da Universidade de
Brasília, é categórico: “Há quase 20 anos o IPCC patrocina a novela do aquecimento
global. Não há nenhuma prova de que o CO2 é responsável pelas mudanças
climáticas, mas é certo que o Sol e a água (nuvens, vapor d’água, cristais de gelo)
condicionam a temperatura e o clima na Terra. O IPCC e seus 2.500 ‘cientistas’,
porém, culpam o CO2”.
Ele diz que o CO2 lançado na atmosfera pelos combustíveis fósseis é irrisório em
relação a emissões de outras origens. Na respiração animal, são emitidos 60 Gt/ano
(bilhões de toneladas por ano); nos oceanos, 90 Gt/ano; na queima de combustíveis
fósseis, 5,5 Gt/ano; na queimada de florestas, 1,6 Gt/ano; pela vegetação (fotossíntese),
61,4 Gt/ano. Além disso, o CO2 emitido não permanece eternamente na atmosfera,
mas é reabsorvido pelos oceanos em cerca de 92 Gt/ano.
Já o professor de Economia da USP, José Eli da Veiga, e o mestrando em
desenvolvimento econômico pela UNICAMP, Petterson Vale, no artigo Baixaria sobre
o Aquecimento Global, publicado na Folha de S. Paulo de 25/09/08, apresentam
uma contra-argumentação mais do que razoável: independentemente ou não da
concordância em torno das causas e da dimensão das mudanças climáticas, não
deveria ser uma política pública global a redução da matriz fóssil em função de
todos os problemas – geopolíticos, de saúde pública, etc. – gerados por esse tipo de
combustível, inclusive seu potencial esgotamento nos próximos anos?
(Disponivel em http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/715. Acesso em 07/08/2010)

O Nordeste e as mudanças climáticas


O primeiro quadrimestre de 2010 foi o mais quente já registrado, de acordo com
dados de satélite da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA),
dos Estados Unidos. No Brasil, a situação não foi diferente. Entre 1980 e 2005, as
temperaturas máximas medidas no Estado de Pernambuco, por exemplo, subiram
3º C. Modelos climáticos apontam que, nesse ritmo, o número de dias ininterruptos
de estiagem irá aumentar e envolver uma faixa que vai do norte do Nordeste do
país até o Amapá, na região Amazônica.
Os dados foram apresentados pelo pesquisador Paulo Nobre, do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante a 62ª Reunião da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC) que começou no domingo (25) e vai até a sexta-
feira (30), em Natal, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). Além da expansão da seca, o pesquisador frisou que o Nordeste deverá
sofrer também com as alterações nos oceanos, cujos níveis vêm subindo devido ao
aumento da temperatura do planeta. Isso ocorre não somente pelo derretimento das
geleiras, mas também devido à expansão natural da água quando aquecida.

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Cidades que possuem relevos mais baixos, como Recife (PE), sentirá mais o
aumento do nível dos oceanos. E Nobre alerta que a capital pernambucana já está
sofrendo as alterações no clima. “Com o aumento do volume de chuva, Recife
tem inundado com mais facilidade, pois não possui uma rede de drenagem pluvial
adequada para um volume maior”, disse.
Um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento da região Nordeste seria a
constante associação entre seca e pobreza. A pobreza, segundo o pesquisador, vem
de atividades não apropriadas ao clima local e que vêm sendo praticadas ao longo dos
anos na região. Plantações de milho e feijão e outras culturas praticadas no Nordeste
não são bem-sucedidas por não serem adequadas à caatinga, segundo Nobre.
“A agricultura de subsistência é difícil hoje e ficará inviável em breve. Para que o
sertanejo prospere, teremos que mudar sua atividade econômica”, disse. O cientista
citou um estudo feito na Universidade Federal de Minas Gerais e na Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), que indicou que o desemprego no Nordeste tenderá a
aumentar caso as atividades econômicas praticadas no interior continuem.
Nobre sugere a instalação de usinas de energia solar como alternativa. “A Europa
está investindo US$ 495 bilhões em produção de energia captada de raios solares
a partir do deserto do Saara, no norte da África. O mercado de energia solar tem o
Brasil como um de seus potenciais produtores devido à sua localização geográfica
e clima, e o Nordeste é a região mais adequada a receber essas usinas”, indicou.
“Ficar sem chuva durante longos períodos é motivo de comemoração para um
produtor de energia solar”, disse Nobre, que ressaltou a importância dessa fonte
energética na mitigação do aquecimento, pois, além de não liberar carbono, ainda
economiza custos de transmissão por ser produzida localmente.
(Disponível em http://www7.cptec.inpe.br/noticias/faces/noticias.jsp?idConsulta=14056&idQuadros=.
Acesso em 07/08/2010)

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