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1. Descrição da estrutura
A estrutura é formada por uma torre de 301,25 m, treliçada com banzos constituídos por tubos
metálicos tipo coroa circular com 100 mm de diâmetro externo, bielas e montantes formado
por barras cilíndricas de 30 mm de diâmetro externo, conforme figura 1. Os banzos formam a
seção principal da torre, constituindo um triangulo equilátero com 2,40 m entre os pontos
externos dos banzos. A vista frontal detalhada pode ser observada na figura 2. A finalidade da
estrutura é a sustentação das antenas de comunicação.
Figura 4 - Seção transversal típica dos cabos para o estaiamento. Fonte: Catálogo Cimaf®.
2. Definição dos parâmetros de cálculo e resultados
Para o cálculo da força resultante foi utilizada a NBR 6123:88. Considerou-se que a torre
localiza-se na cidade de Porto Alegre, em região plana e em classe III de rugosidade. O
parâmetro S2(função da cota z) foi calculado para o tempo de 45 s, conforme anexo A presente
na norma supracitada, devido à dimensão da estrutura. O parâmetro S3 foi considerado como
1,1 devido à finalidade da estrutura, orientado segundo a mesma norma. Com isso pode-se
definir a velocidade característica, VK(z), e consequentemente a pressão dinâmica, q(z),
conforme a seção 4.2 da NBR 6123:88. Esses parâmetros podem ser observados na tabela 1.
S1 S3 S2 (45s) Vo(m/s)
1 1,1 b 0,9 45
p 0,145
Fr 0,84
Tabela 1 - Parâmetros para o cálculo da pressão dinâmica.
Para o cálculo da força resultante fez-se a divisão da estrutura ao longo da cota z. Esta divisão
é de 10 m para a torre treliçada e para os cabos de estaiamento, e 5,0 m para a proteção das
antenas e para a haste superior. Para cada divisão realizada foi encontrada uma resultante da
força de arrasto, como mostrado nas tabelas seguintes.
O cálculo da torre treliçada foi realizado até a cota 210,0 m. Foi realizado segundo o item 7.7
da NBR 6123:88 e utilizando a figura 12 da mesma norma para a determinação dos
coeficientes de arrasto. Os resultados são apresentados na tabela 2.
Ae (m²) Af (m²) ø
2,84 24 0,118333
z (m) S2 Vk (m/s) q (N/m²) Re Ca Fa (N)
5 0,68 33,84 702,13 2,37E+05 1,05 2093,74
15 0,80 39,69 965,56 2,78E+05 0,85 2330,87
25 0,86 42,74 1119,74 2,99E+05 0,85 2709,41
35 0,91 44,88 1234,51 3,14E+05 0,85 2994,13
45 0,94 46,54 1327,84 3,26E+05 0,86 3228,03
55 0,97 47,92 1407,41 3,35E+05 0,86 3429,46
65 0,99 49,09 1477,27 3,44E+05 0,86 3608,08
75 1,01 50,12 1539,86 3,51E+05 0,86 3769,71
85 1,03 51,04 1596,78 3,57E+05 0,86 3918,12
95 1,05 51,87 1649,13 3,63E+05 0,87 4055,93
105 1,06 52,63 1697,69 3,68E+05 0,87 4185,02
115 1,08 53,32 1743,08 3,73E+05 0,87 4306,80
125 1,09 53,97 1785,74 3,78E+05 0,87 4422,35
135 1,10 54,58 1826,04 3,82E+05 0,87 4532,53
145 1,11 55,15 1864,28 3,86E+05 0,88 4638,03
155 1,12 55,68 1900,69 3,90E+05 0,88 4739,40
165 1,14 56,19 1935,46 3,93E+05 0,88 4837,11
175 1,14 56,67 1968,77 3,97E+05 0,88 4931,54
185 1,15 57,13 2000,76 4,00E+05 0,88 5023,02
195 1,16 57,57 2031,54 4,03E+05 0,89 5111,83
205 1,17 57,99 2061,21 4,06E+05 0,89 5198,22
Tabela 2 - Força de arrasto sobre a torre estaiada.
Para o cálculo da força sobre o cilindro de proteção das antenas, considerado de superfície
lisa, foi utilizado item 6.3 e a tabela 10 na NBR 6123:88. O mesmo item foi utilizado para o
cálculo da haste superior, considerando também a sua superfície como lisa. Os resultados são
apresentados nas tabelas 3 e 4.
Para o cálculo da força sobre o estaiamento considerou-se o pior caso de ocorrência do vento.
Foi analisado duas direções consideradas críticas, ambas com somente um plano de estais
atuante para sustentação da estrutura. As direções críticas consideradas são mostradas na
figura 5. Conforme os cálculos realizados, mostrados na tabela 5, o vento na direção 2 foi
considerado o pior caso de incidência.
Vento 1
Vento2