Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO M E C
Luciano Oliva Patrício
SECRETÁRIA DE DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E AVALIAÇÃO
EDUCACIONAL - SEDIAE E DIRETORA GERAL DO INEP
Maria Helena Guimarães de Castro
ELABORAÇÃO
Equipe Técnica do SAEB
REVISÃO
Francisco de Sá Benevides
Tânia Maria Castro
BRASÍLIA, 1995
índice
Apresentação
Principais Resultados
Rendimento do Aluno 15
Português 18
Matemática 22
Ciências 26
Conclusões 47
Apresentação
O
Sistema Nacional de Avaliação da Edu-
cação Básica - SAEB foi concebido com
o objetivo de fornecer elementos para
apoiar a formulação, reformulação e
monitoramento de políticas voltadas
para a melhoria da qualidade da educação no Brasil.
Por se tratar de um sistema, o SAEB realiza, perio-
dicamente, levantamentos de informações para sub-
sidiar seus três eixos de estudo: (1) rendimento do
aluno, (2) perfil e prática docente e (3) perfil dos dire-
tores e formas de gestão escolar.
AC 63,4 60,2 47,3 29,7 42,0 15,9 32,0 46,1 18,0 30,0
AM 63,7 58,6 49,7 23,9 44,8 21,6 33,5 50,1 19,3 38,5
AP 49,5 39,4 55,4 19,1 43,8 22,9 38,3 56,5 19,5 39,9
PA 60,5 56,0 51,2 29,3 43,8 19,7 33,2 50,8 20,3 37,4
RO 55,4 35,0 46,6 21,3 35,6 21,7 34,2 44,8 21,6 34,0
RR 44,1 43,3 47,8 12,4 50,3 21,3 44,7 50,9 22,8 40,2
TO 46,6 44,9 33,8 21,0 49,4 24,6 41,1 57,1 23,9 52,2:
AL 38,3 44,5 40,1 16,2 35,1 16,0 26,2 43,7 16,8 37,4 1
BA 60,1 57,6 50,8 32,9 43,8 18,6 36,8 53,3 22,8 42,1 3
CE 58,3 54,3 43,9 20,7 42,1 19,6 30,6 50,8 20,6 36,7 j
MA 58,3 60,8 49,2 27,1 37,9 20,5 28,0 41,1 21,1 31,5]
PB 68,4 65,6 41,8 21,8 40,3 21,7 32,5 46,4 17,3 33,3 j
PE 53,7 51,2 45,6 26,0 37,4 19,5 31,8 46,2 21,1 35,8
Pi 48,8 53,1. 41,9 22,7 45,2 21,0 31,1 49,6 21,2 39,3
RN 58,7 55,5 42,2 21,2 46,2 21,0 36,8 55,4 25,8 38,8
SE 67,7 46,7 56,5 22,0 43,2 20,9 38,3 46,9 23,1 40,5
ES 54,1 52,1 52,7 25,3 42,6 22,5 38,6 52,0 24,4 38,4 1
MG 63,7 57,1 60,2 30,4 54,3 27,1 43,0 62,7 29,5 46,0
RJ 65,9 59,3 61,5 34,1 49,5 26,2 44,1 57,5 31,2 48,7
SP 71,2 59,6 53,0 33,4 52,6 26,6 42,4 56,9 25,9 41,61
PR 65,1 52,9 56,7 30,8 48,9 25,5 42,1 58,9 29,3 43,1 1
SC 70,8 59,9 59,2 38,1 47,8 25,0 39,2 56,1 27,1 40,8
RS 69,1 56,3 56,1 27,9 46,1 23,0 39,1 55,0 54,4 41,7
DF 73,2 60,6 61,7 28,3 48,2 23,7 43,2 56,6 28,1 44,6
GO 55,1 52,3 52,4 26,0 46,8 22,9 38,8 54,2 27,6 43,5
MS 71,5 63,6 58,7 29,9 45,9 24,7 39,4 53,4 26,0 41,5
BR 60,9 55,9 52,9 38, 47,9 24,0 39,2 55,3 25,6 41,9
Nota: Dados Expandidos
Os testes de Português das quatro séries avalia-
das abrangeram três grupos de conteúdo: linguagem
oral, leitura e escrita.
Na 1- série, os alunos obtiveram bons resulta-
dos nas questões que envolveram leitura, compreen-
são, interpretação e análise de texto, base alfabética,
escrita e aspectos formais da língua.
As questões nas quais os alunos encontraram
maiores dificuldades dizem respeito à produção de
textos simples, à ordenação de idéias (possivelmente
por deficiência vocabular, o que pode ter dificultado
o entendimento das frases a serem ordenadas) e ao
uso da criatividade.
Na 1- série, 75,6% dos alunos acertaram entre 50%
e 100% das questões do teste de Português (Gráfico 1).
Gráfico 2
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Português 3º Série
Os alunos da 5- série resolveram mais facilmen-
te as questões de interpretação de textos que não
exigiram inferências, mas respostas mais diretas.
As maiores dificuldades dos alunos referem-se à
interpretação relacionada com a análise da estrutura
e dos elementos do texto e relações de causa e con-
seqüência; questões de gramática, contextualizadas
ou não, tais como identificação de substantivos, ver-
bos e divisão sujeito/predicado.
Na 5a série, 51% dos alunos acertaram entre 50% e
100% das questões do teste de Português (Gráfico 3).
Gráfico 3
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Português 5º Série
Os alunos da 7ª série apresentaram um desem-
penho satisfatório tanto nas questões de interpreta-
ção quanto nas de gramática contextualizada.
As maiores dificuldades encontradas pelos alunos
foram nas questões que exigiram o emprego de con-
junções e de objeto direto, a compreensão de vocabu-
lário e a organização das idéias.
Na 7a série, 71,8% dos alunos acertaram entre 50%
e 100% das questões do teste de Português (Gráfico 4).
Gráfico 4
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Português 7º Série
Matemática
Gráfico 5
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Matemática 1ª Série
Gráfico 6
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Matemática 3ª Série
Gráfico 7
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Matemática 5ª Série
Os alunos da 7ª série parecem ter enfrentado
problemas de aprendizagem nas séries iniciais, dei-
xando de apreender regras básicas. As questões que
envolvem números naturais e interpretação de gráfi-
cos tiveram médias de acerto um pouco mais eleva-
das. Nas questões referentes a frações e decimais,
geometria e álgebra, os alunos apresentaram maio-
res dificuldades.
Na 7ª série, somente 5,9% dos alunos acertaram
entre 50% e 100% das questões do teste de Matemática
(Gráfico 8).
Gráfico 8
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Matemática 7ª Série
Gráfico 9
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Ciências 5- Série
Gráfico 10
Percentual de alunos com 50% ou mais de acertos em Ciências 7ª Série
Gráfico 11
Escolaridade do diretor X Rendimento do aluno em Português
A grande maioria dos diretores (74,0%) não possui
formação específica na área de Administração Escolar.
Verifica-se também que os alunos das escolas cujos
diretores são graduados em Administração Escolar
apresentam rendimento melhor do que aqueles que
estudam em escolas dirigidas por profissionais sem
essa graduação.
Pouco mais da metade dos diretores (51,1%)
participou de cursos de capacitação ou de treinamento
na área de Administração Escolar nos últimos cinco
anos. Não foram encontradas grandes diferenças no
rendimento dos alunos quando relacionado com a
capacitação dos diretores.
É importante ressaltar que, de acordo com os
dados, os cursos de capacitação estão privilegiando a
participação dos profissionais mais qualificados, isto
é, aqueles com maior nível de escolarização.
Evidencia-se, aqui, a urgente revisão da atual
política de capacitação de recursos humanos, buscan-
do direcioná-la para as reais necessidades da clientela
(Grafico 12).
Gráfico 12
Escolaridade do diretor X Capacitação
Quase a metade dos diretores (47,9%) ingressou
na carreira do magistério por meio de concurso
público, e a maior parte deles é estatutária.
Já em relação à forma como assumiram a direção
da escola, a maior freqüência (63,9%) é de diretores
indicados por políticos ou por técnicos. Este per-
centual diminui à medida que o nível de escolaridade
do diretor aumenta. A quase totalidade dos diretores
com lº grau (94,1%) chegou ao cargo por indicação.
No outro extremo, entre os diretores pós-graduados,
apenas 38,4% assumiram a direção por essa via.
Associando-se a forma como o diretor assumiu a
direção com o rendimento do aluno, percebe-se que
as maiores médias registram-se em escolas cujos
diretores ingressaram por meio de concurso público,
enquanto as menores são encontradas naquelas onde
o diretor foi indicado por políticos (Grafico 13).
Os dados parecem comprovar a convicção gene-
ralizada de que o ingresso por meio de concurso pro-
move a qualificação e democratiza as oportunidades.
Gráfico 13
Forma como assumiu a direção x Rendimento do aluno em Português
Tabela 2
Recursos disponíveis na escola (%)
Gráfico 16
Autonomia dos professores e participações dos alunos no Conselho de Classe