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Ao:

Instituto Nacional da Marinha- INAMAR

Direcção Geral

Assunto: Resposta à Nota nº 00834/589/INAMAR/DG/DRH/029/2018

Em relação à resposta que consta do documento acima referenciado, recebido por nós, hoje dia
16/10/2018 mas datado de 11/10/2018, cumpre dizer o seguinte:

i. Passam mais de 25 dias que o INAMAR recebeu o nosso expediente formal sem
prejuízo das interpelações anteriormente feitas oralmente através de ligações
telefónicas. Entendemos que essa protelação toda tinha em vista cansar-nos por
forma a frustrar nossas legítimas expectativas, o que não irá ocorrer.
ii. A resposta dada pela vossa excia não é de todo idónea se olharmos para o factor
tempo despendido para uma frase como “…improcedente, dado que a
negociação e o cancelamento foram efectuados no mesmo dia”.
iii. Acontece que ainda que os dois actos tenham sido efectuados no mesmo dia, a os
mesmos tiveram uma dilação (temporal) para se constituir uma obrigação passível
de se exigir.
iv. Ora, as pessoas que exigiram a emissão de factura já haviam sido informados de
que uma vez emitida a factura, dever-se-á efectuar integral pagamento haja vista
que o hotel faz suas reservas e havendo falta de quartos, contacta seus parceiros
para se efectuar reservas e foi o que realmente aconteceu, daí essa toda cadeia
sucessiva de eventos. O hotel teve que arcar com todas as despesas.
v. O mais pesado para a situação do Hotel tem que ver com a emissão de factura que
para efeitos contabilístico-fiscais contam como o pagamento efectuado e, assim
sendo, o Hotel Atlantis já procedeu com o pagamento do IVA ao fisco.

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vi. Neste sentido, não poderia o INAMAR, nas pessoas que efectuaram as reservas, vir
cancelar enquanto a factura já havia sido emitida, com todos os pormenores
previamente de seu conhecimento.
vii. O hotel sofreu um sacrifício, prejuízo de cunho patrimonial-económico.
viii. Não haveria uma outra acepção dessa conduta que a má-fé da vossa parte. É neste
contexto em que as coisas se chocam.
ix. Os mandatários do INAMAR sabiam previamente que uma vez emitida a factura
incorreriam ao dever de efectuar o pagamento porquanto a emissão de factura
configura, para a autoridade fiscal moçambicana, a venda dos serviços que deve ser
tributado. Não se trata de mais nada que cobrar o que havia sido acordado entre as
partes da relação controvertida.
x. Por fim, trata-se da nossa última interpelação extrajudicial para a reposição de um
direito que foi explícita e premeditadamente violado por vossa excia.

Sem mais do momento, desde já endereçamos os votos de compreensão serena dessa


pretensão legítima.

Maputo, 16 de Outubro de 2018

…………………………………………………….

(Hotel Atlantis)

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