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Comentário de texto

Situação: data: sem data, autor; anonimo. Referência: texto narrativo; local: Barracas do Museu, cidade
de Maputo

Palavras-chaves: pais, rei, rock, ninguém, curtir, life


Sentido: O autor do texto exterioriza uma frustração para com a situação a que está sujeito no dia-a-
dia.
Plano:
Introdução: o texto faz uma alusão a sentimentos de um autor em que neste texto desabafa o seu
interior repleto de indignação pela vida e pelo rumo da vida em sociedade que leva.

1. País de qualquer maneira


2. Não há rei nem rock/cada um faz o que quer
3. Ninguém manda em ninguém
4. Curtir a life
Conclusão
Bibliografia

Introdução
O autor do texto exterioriza a sua frustração em relação ao que ele vê no que tange aos problemas do
país e entende que o há realmente um problema sério da presença do poder público, dai entender que
não há necessidade de levar a sério a vida e viver anarquicamente.

Comentário
a) O País de qualquer maneira
Quando o autor diz que o pais está de qualquer maneira ignora que o pais é um Estado de Direito
democrático que se baseia a sua actuação nos ditames da Lei, nos termos do artigo 1 da CRM, onde há
sanção aos que actuam contra a Lei, nos termos do número 2 do art. 38 da CRM, embora, sim, haja
alguma negligência da parte do Estado na colocação da ordem no devido lugar.
b) “Não há rei nem rock”.
Nos termos do artigo 133 da CRM, existem órgãos de poder público que velam pela organização e
funcionamento do Estado moçambicano como a existência de 5 órgãos de soberania que são o
Presidente da República, como alto magistrado da Nação e o garante da constituição (art. 146/2) e
também temos a Assembleia da República, órgão legislativo que emana leis; e os tribunais que exercem
a função jurisdicional velando pelo cumprimento das normas, punindo aqueles que infringem as
normas de funcionamento e organização do Estado. Portanto, aos que fizerem o que entenderem e que
seja contrário à Lei dispõe o art. 46/2 que é dever de todo cidadão cumprir as obrigações previstas na
lei e de obedecer as ordens emanadas das autoridades legítimas, as conferidas pela lei, como
mencionado acima.
c) Ninguém manda em ninguém:
Não é de concordar com a afirmação do autor do texto, na medida em que sendo Moçambique um
Estado de Direito Democrático, o povo exerce a sua soberania escolhendo os seus dirigentes que irão
nortear a actuação do dia-a-dia do povo moçambicano, estabelecendo-se assim, uma hierarquia entre o
povo e as autoridades legitimamente instituídas, como o Presidente da República, os demais titulares de
órgãos de soberania, titulares de órgãos de governação descentralizada e do poder local, sendo certo
também que é dever de cada cidadão fazer sua parte, de acordo com o previsto no art. 45 da CRM que
prevê que todo cidadão deve contribuir para o desenvolvimento da comunidade nacional na medida
das suas possibilidade e capacidade. Neste sentido, o cidadão em alusão devia fazer algo em prol do
país, contribuindo ao Estado em vez de esperar por este para que faça por ele.

Conclusão
É de concluir que de facto, há uma ordem constitucionalmente instituída, podendo serem designados os
seus titulares de diversos modos de designação, seja por via democrática ou nomeação, concurso
público. Cumpre afirmar ainda que nem tudo está bem, há necessidade de mais intervenção pública do
Estado para que a autoridade seja sentida no meio social, punindo os infractores, socializando-os depois
para a respectiva integração, estabelecer medidas sociais para evitar a marginalização da população, em
especial a juventude que é a seiva da nação.

Bibliografia
Constituição da República de Moçambique de 2004, actualizada pela Lei nº 1/2018, de 12 de Junho,
BR. n.º 115, 1ª Série , de 12 de Junho de 2018

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