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Diabetes Mellitus
Fisiologia
A insulina faz com que a glicose que está circulando no sangue, penetre nas células
do organismo para que seja utilizada e transformada em energia. Em animais
diabéticos ou a insulina não é produzida ou a quantidade liberada não é suficiente ou a
insulina pode estar sendo produzida de forma defeituosa e por isso não funciona.
Mas quem secreta a insulina? São as células β. Ela vai realizar anabolismo,
armazenando glicogênio no fígado e no músculo.
Então podemos concluir que a diabetes mellitus é uma doença crônica sistêmica
decorrente da deficiência relativa ou absoluta da insulina, resultando em
hiperglicemia e, quando não controlada, pode causar óbito.
O paciente diabético necessita de terapia com insulina para manter o índice glicêmico
e não entrar em cetoacidose!
Todo mundo sabe que os 4P’s são: poliúria com polidpsia compensatória, polifagia e
perda de peso.
Glicose: filtrada nos glomérulos renais (capacidade limitada) > glicemia alta >
glicose na urina > diurese osmótica + impede água ser reabsorvida ao longo do
néfron = poliúria
Processo de glicosúria constante > polidpsia compensatória para prevenir a
desidratação
Utilização reduzida de glicose por causa da hipoinsulinemia > catabolismo
como se estivesse em jejum prolongado
Insulina > efeito anabólico > diminui insulina > catabolismo de proteína como
fonte de aminoácido para gliconeogênese
Lipólise + proteólise intensa + perda calórica por causa da glicosúria = perda
de peso
Insulina é um regulador e ativador do centro de saciedade > ausência de
insulina + catabolismo = polifagia
1.1 Os gatos
Nos gatos a doença está associada á diminuição da insulina ou aumento dos fatores
de resistência insulínica.
Muitos gatos são obesos, o que predispõe a resistência insulínica. Como existe sobra
de nutrientes, o fígado fica liberando insulina para tentar manter a glicemia.
Resistência Insulínica
Tratamento
CÃES:
Insulinoterapia: insulina de ação intermediária NPH ou lenta a cada 12h
Manejo Alimentar: Alto teor de fibras, pouca gordura – tem que
acompanhar a ação da insulina
Ajustes: Os cães são revisados inicialmente 1x por semana: ingestão
H2O, produção de urina e estado geral do paciente. Realizar exame
clínico completo + alterações de peso. Adequado controle glicêmico
= fim dos sintomas
GATOS:
Insulinoterapia: Glargina ou detemir
Manejo Alimentar: Alto teor de fibras, pouca gordura (o gato não precisa
receber refeições junto dos horários de aplicação da insulina)
MONITORAÇÃO:
Rotina: Urinálise, Bioquímica sérica (triglicérides, colesterol, bilirrubina), dosar
frutosamina (não é afetada por mudanças agudas na concentração de glicose
sanguínea – hiperglicemia induzida por stress)
Curva Glicêmica: eficácia insulina, nível glicose menor, tempo de atuação de
insulina – dosar glicemia de 2 em 2h em 12h
Avaliar albuminemia: hipoalbuminemia reduz concentração de frutosamina (em
jejum)
Ingestão hídrica
1.7 Conclusão
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Os corpos cetônicos são usados para a produção de energia na maior parte dos
tecidos coporais e se formam, normalmente, quando ácidos graxos são liberados do
tecido gorduroso e transportados para o fígado. A produção excessiva de corpos
cetônicos pode ocorrer na diabetes mellitus sem controle, e, enquanto as cetonas se
acumulam, podem acontecer cetose e, eventualmente, acidose. Existem alguns
fatores que contribuem para a formação de corpos cetônicos na cetoacidose diabética:
Deficiência de insulina
Jejum
Desidratação
Aumento dos níveis de hormônios de “stress” – epinefrina, cortisol, glucagon,
GH
Deve-se evitar que o animal coma rações com muita gordura que podem provocar
pancreatite e, posteriormente, cetoacidose diabética.