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AFECÇÕES URINARIAS EM GRANDES ANIMAIS: TRATAMENTO:

- antibiograma: penicilina e sulfas.


1. CISTITE: inflamação da bexiga;
2. NEFRITE:
ETIOLOGIA:
- intersticial: focal (achado de necropsia em bezerros) ou difusa (Leptospira spp
- trauma, estagnação de urina, urolitíase, contaminação (cateterização), parto
em suínos);
difícil/ final da gestação e paralisia da bexiga;
- embólica: bacteremia/septicemia
- Escherichia coli, Corybacterium renale e Eubacterium suis, Estreptococcus spp;
Êmbolos  tecido renal  lesão supurativa focal
Pseudomonas spp;

 Nefrite embólica:
PATOGENIA:
- êmbolos sépticos de processos localizados como: endocardite valvuar
- agressões a mucosa facilitam a invasão das bactérias;
e lesões supurativas (útero, mama, umbigo, cav peritoneal);
- estagnação da urina é a causa + importante;
- associada a infecções sistêmicas: septicemia em potros (shiguelose) e
- geralmente, as bact. chegam a bexiga por ascensão pela uretra, mas podem
bezerros (E. coli), erisipela em suínos e garrotilho septicêmico ou
chegar por infecção descendente na nefrite embólica;
bacterêmico;
Bactérias (penetram a bexiga)  hidrólise da uréia pela uréase  amônia 
PATOGENIA:
lesão da mucosa vesical  CISTITE
Êmbolos bacterianos na pelve renal -> lesões supurativas focais ->
bloqueio de vasos sg -> infarto renal;
SINAIS CLINICOS:
ACHADOS CLÍNICOS:
- polaquiuria (devido a uretrite associada a dor e vontade de urinar);
- normalmente a lesão renal não é suficiente para causar sinais de
- disúria (dor/dificuldade de urinar);
doenças renais;
- dor abdominal;
- rim pode estar aumentado no exame renal;
- pateamento dos membros posteriores;
- uremia;
- coices na bexiga;
- infartos grandes podem causar dor abdominal transitória;
- balanço da cauda;
- hematúria e piúria;
- moderada reação febril;
DIAGNOSTICO:
- espessamento da bexiga (crônico);
- proteinúria (cultura da urina para identificação da bact.),
- hemograma;
DIAGNOSTICO:
- bioquímico (ureia e creatinina);
- anamnese;
TRATAMENTO:
- exame físico; -> Urinálise: alteração do pH,
- tratar enfermidade primaria;
- exame laboratoriais; pus, He, leucócitos, bact., céls.
Vesicais, sedimento e cristais;
-> cultivo e antibiograma da
urina: diagnostico e eficácia do
tratamento;
3. NEFROSE: - rim esquerdo aumentado;
- lesões degenerativas e inflamatórias dos túbulos renais;
- isquemia (alteração hemodinâmica) /toxicas (ação direta); ACHADOS LABORATORIAS:
- hemácias, leucócitos, proteína e debris celulares (urinálise);
PATOGENIA: - cultura da urina;
- obstrução do fluxo do filtrado glomerular devido edema intersticial e - bioquímico;
cilindros intraluminais;
- pode haver drenagem retrograda do filtrado glomerular para o interstício; ACHADOS DE NECROPSIA:
- efeito toxico diretamente no glomérulo (diminuindo a taxa de filtração - rim aumentado, perde lobulação;
glomerular); - dilatação e áreas de necrose da pelve e ureteres;
- tecido cicatricial em forma de cunha;
ACHADOS CLÍNICOS: - lesões necróticas e supurativas normalmente presentes na bexiga e
- oligúria; ureteres;
- uremia;
- função renal (aumento de ureia e creatinina); TRATAMENTO:
- GGT na urina (indicativo de lesão tubular); - antibióticoterapia.
- hipoproteinemia;
5. GLOMERULONEFRITE:
TRATAMENTO: - envolvimento do rim, predominante os glomérulos;
- tratamento suporte; - não são comuns causas 1ª ou 2ª;
- remoção da causa tóxica (se tiver); - sist. Imune é importante na patogenia da doença;
- manutenção da hidratação. - Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Estreptococcus spp;
- cão e gato: Erliquiose;
4. PIELONEFRITE: inflamação da pelve renal;
ETIOLOGIA: PATOGENIA:
- 2ª a infecção bacteriana do trato urinário inferior (via ascendente); - deposição de imunocomplexos (Ag-Ac)  lesão no sist. De filtração
- disseminação da nefrite embólica ( via hematológica); glomerular (alteração da permeabilidade);
- pielonefrite especifica;
- presença de cilindros granulosos na urinálise;
ACHADOS CLÍNICOS:
- corrimento vaginal (suínos); 6. HIDRONEFROSE:
- hematúria, piúria, cólica, febre, polaquiúria; - dilatação da pelve renal com atrofia progressiva do parênquima renal;
- congênita ou adquirida; - blastema neurogênico falha na produção dos néfrons, levando a não
- gravidade de acordo com a extensão e tempo da obstrução do fluxo formação do tec renal (agenesia) ou a ausência total de seu
urinário; desenvolvimento (aplasia);
- a agenesia ou aplasia bilateral é incompatível com a vida;
CAUSA CONGENITAS: - a forma unilateral, não é frequente, geralmente está associada com
- atresias ou aplasia do ureter e/ou uretra; anormalidades do aparelho genital ipsilateral;
- nesse caso, o rim apresenta se hipertrofiado que o torna capaz de manter
CAUSA ADQUIRIDAS: as funções renais dentro de padrões normais;
- obstruções mecânicas: presença de urólitos, neoplasias, estenose
secundarias a traumas nos ureteres e uretra; 9. HIPOPLASIA:
- obstruções 2ª a compressão dos ureteres e uretra por massas intra- - parado do desenvolvimento ou mal desenvolvimento do rim resultando na
abdominais, como: neoplasias; diminuição do órgão;
- qndo bilateral leva o animal a morte antes q a atrofia atinja grande parte - confirmar diagnostico: exame histológico para diferenciar de hipoplasias
do parênquima, pois a urina acumula e leva a quadros irreversíveis de adquiridas que podem ocorrer 2ªs a algumas doenças renais degenerativas;
uremia; - nas hipoplasias congênitas, os glomérulos e os túbulos apresentam
arquitetura normal, apenas diminuídos em números;
ACHADOS CLINICOS: - nos quadros bilaterais é bem reservado, podendo levar a óbito dos animais.
- aumento do vol renal e dor;
10. CISTOS RENAIS:
TRATAMENTO: - cavidades revestidas por tec epitelial repletas de material liquido ou semi
- desobstrução do fluxo urinário; solido que apresentam se como segmentos dilatados de nefrons podendo
- agir o + rápido possível (atrofia do parênquima é irreversível). envolver a capsula glomerular ou qualquer porção dos túbulos renais;
- podem ser solitários ou múltiplos;
7. NEOPLASIAS: - além da etiologia hereditária, podem ser formados por vários fatores
-> bexiga: hematúria enzootica; ambientais, como: infecções, dietas, agentes químicos e entre outros;
- hemangiossarcomas: Samambaia (Pteridium equilinium)  aplasia
medular 11. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA OU CRÔNICA:
- bovino. - remoção da causa 1ª quando possível;
- restabelecimento do equilíbrio normal de líquidos;
8. AGENESIA E APLASIA RENAL: - correção da desidratação, distúrbios ácidos básicos e anormalidades
- alterações congênitas muito raras; eletrolíticas;
- reestabelecimento do fluxo urinário ns casos de anúria ou olugúria, ex: URILITÍASE OBSTRUTIVA EM RUMINANTES:
diurético: furosemida (devem ser administrados apenas depois da correção  Uro: trato urinário; Litus: pedra;
da desidratação); - é a formação de urólitos (calculo) no trato urinário, que obstrui e impede a
- diálise peritoneal ou vascular. eliminação da urina;
- ocorrência em bovinos, caprinos e ovinos;
PATOGENIA DAS DOENÇAS URINARIAS: - mais comum em raças de corte, em machos (flexura sigmoide, uretra longa, sinuosa
e estreita e apêndice vermiforme nos ovinos) de criação intensiva ou extensiva;
Infecção e inflamação retrogradas (RINS)
(pielonefrite e nefrite) ETIOLOGIA E PATOGENIA:
- influencias geográficas e sazonais;
Infecção e inflamação retrogradas (URETERES) - fatores dietéticos;
(ureterite) - ambientais;
- hormonais;
Perda do tônus dos esfíncteres - doenças infecciosas;
- nutricionais: dietas ricas em grãos  cálculos de fosfato
CISTITE (BEXIGA)  NUTRICIONAIS:
- ingestão de plantas e agua com alto teor de sílica provenientes de
TRATAMENTO: solos arenosos (silicato);
 Antimicrobianos (baseado na cultura de urina); - plantas com alto teor de oxalatos (calcita): chenopólio, caruru-de-
- atividade contra bact. cacho, beldroega, erva-de-porco e beterraba;
- ser excretado e concentrado (rim e urina); - [ ] de magnésio superior a 0,4% (estruvita);
- ser ativo no pH da urina; - anatomia: flexura sigmoide, uretra longa, sinuosa e estreita e apêndice vermiforme
- facilmente administrado; nos ovinos;
- ñ apresentar interações prejudiciais com outras drogas administradas - castração precoce;
em conjunto; - ingestão de agua (diluição da urina);
- PENICILINAS (ruminantes) e SULFAS + TRIMETOPRIM (equinos); - hipovitaminose A e hormônios estrogênicos causam grande modificação celular
- Trato Urinário Inferior (7 dias no mínimo); (descamação excessiva);
- Trato Urinário Superior (2 a 4 semanas);
- repetir cultura urinária, 7 a 10 dias após ultimo tratamento para avaliar  os cálculos se formam pelo acumulo gradual de solutos ao redor de um núcleo ou
o sucesso da terapia. matriz orgânica;
 existem 3 grupos de fatores que contribuem para a formação da urolitíase:
- auxiliam o desenvolvimento do núcleo;
- facilitam a precipitação de solutos no nucleo; SINAIS CLÍNICOS:
- favorecem a concreção; - apatia, anorexia, dor, intranquilidade, taquicardia, taqupnéia, bexiga
repleta à palpação, pulsação da uretra, disúria (dor), polaciúria
 formação do núcleo  células epiteliais escamosas; (aumento da frequência), anúria (obstrução completa), incontinência
(obstrução parcial); hematúria;
- tecido necrótico -> resultado de infecção do trato
- pelos prepuciais secos e com cristais, prolapso do reto, aumento de vol
urinário; no local da obstrução, aumento de temp no local em caso de ruptura
- hipovitaminose A; excessiva (ao redor da ruptura tem processo inflamatório), chutar abdômen, olhar
- administração de estrógenos; descamação ep. para o flanco, agitar da causa, e ruptura da uretra ou bexiga em 24 a
- estase urinária -> acumulo de material celular; 48h;
QNDO HÁ RUPTURA DE URETRA: aumento de vol local, edema ventral e
no prepúcio;
 Precipitação de solutos: - alivio da dor e ausência de sinais por 1 a 2 dias;
- presença de coloides protetores -> urina viscosa; - onde de liquido é detectada na percussão tátil;
- pH da urina -> afeta a solubilidade dos solutos, qndo alcalino favorece - depressão e isolamento do rebanho, anorexia, desidratação, distensão
a formação de cálculos de fosfato, carbonato e estruvita; abdominal, azotemia, uremia, peritonite e morte;
- quantidade de solutos: dietas ricas em grãos ou agua de origem
artesiana apresentam > [ ] de fosforo que predispõe a formação de DIAGNOSTICO DIFERENCIAL:
cálculos de fosfato, dietas ricas em magnésio formação de cálculos de - obstrução uretral  Indigestão aguda e Obstrução intestinal;
estruvita, plantas com alto teor de acido oxálico - carbonato de cálcio, e - ruptura de uretra  Abscessos prepuciais e subcutâneos, Hérnias
densidade urinária, qndo mto concentrada é um fator de risco q facilita iguinais e Hematoma peniano;
a precipitação e formação de cálculos, além de pamtas q tem até 6% de - ruptura de bexiga  timpanismo, Indigestão vagal e Ascite;
sílica:
DIAGNOSTICO:
Excreção renal de acido de silico  urina supersaturada de ác. De silico - ANAMNESE: tipo de alimentação, fornecimento e procedência da agua;
 precipitação e polimerização  formação do calculo de silicato - EXAME CLÍNICO: mensuração dos sinais vitais, frequência urinária,
palpação da bexiga e odor da urina;
 Fatores que favorecem a concreção: - EXAMES LABORATORIAIS: urinálise (hematúria, cristalúria e
- mucoproteinas: são agentes cimentantes q facilitam a formação das preteinúria), bioquímica sérica (aumento de ureia e creatinina) e
camadas de minerais dos cálculos; abdominocentese (uroperitônio – apresenta odor de urina e dosar ureia
- são aumentadas qndo: rações com alto teor de proteínas, rações e creatinina da amostra);
peletizadas e implante de dietilbesterol (anabolizantes);
- exames que auxiliam: raio x (oxalato e carbonato), raio x contrastado - acidificação da urina  utilização de cloreto de amônio e vit C;
(estruvita, apatita e silicato) e ultrassonografia(ruptura de uretra); - evitar castração precoce;
- conhecer a constituição dos cálculos para combater a causa;
ACHADOS DE NECROPSIA: - suplementar com vit A;
- presença de cálculos na pelve renal e bexiga; - evitar uso de estrógenos;
- necrose e hemorragia no local da obstrução uretral; - CUIDADO com alimento ricos em: OXALATOS, SILICAS E
- ruptura de bexiga; MAGNÉSIO.
- hidronefrose/pielonefrite;
- cistite;
- peritonite com fibrina;

TRATAMENTO:
1. Conservativo:
- relaxantes musculares e antiespasmódicos: diazepam,
acepromazina, amidopromazina, buscopam composto;
- amputação do processo vermiforme e sondagem uretral;
- acidificar a urina;

2. Cirúrgico:
- amputação do processo vermiforme;
- uretrotomia;
- uretrostomia;
- cistotomia com aplicação de sonda;
- cistorrafia;

PREVENÇÃO:
- corrigir relação de CA:P (2:1);
- evitar excesso de grãos na dieta;
- fornecimento de volumoso;
- água de boa qualidade;
- utilização de sal comum (aumento no consumo de água, diminui a
taxa de deposito de magnésio e fosforo);

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