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P2 - Pielonefrite

Conceito: Pielonefrite Definição: inflamação supurativa dos rins, quase sempre


bacteriana, acompanhada de acometimento dos cálices, da pelve e do ureter (ou seja, no
trato urinário superior) e que evolui para comprometimento dos glomérulos na fase final

Escherichia coli::Agente etiológico é responsável por 85 a 90% das infecções


urinárias

Principais agentes etiológicos envolvidos nas infecções urinárias são as Gram


negativas, entre eles, destaca-se
Escherichia coli
Enterobacter
Klebsiella
Proteus
Pseudomonas
Outras bactérias (10 a 15%)

Principais agentes etiológicos responsáveis por pielonefrites em


imunosuprimidos, transplantados e pacientes submetidos a antibióticos
Poliomavírus
Citomegalovírus
Adenovírus
Candida albicans

Quando a inflamação do trato urinário (ITU) acomete a região inferior ela é


denominada:
Cistite
Uretrite

As pielonefrites::Afecção são as infecções hospitalares mais comuns atualmente


(2022)

Possível evolução de pielonefrite em crianças


Tendência a uremia irreversível (com risco de hemodiálise)

Possível evolução de pielonefrite em adultos

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Tendência a desenvolvimento de condições crônicas secundárias como HAS
secundária

Vias patogênicas para surgimento de pielonefrite


Retrógrada ou ascendente (mais comum)
Hematogênica (endocardite, infec. pulmonar, septicemia)
Linfática (contiguidade com vasos linfáticos, ex. MI, Ceco e apêndice)

Fatores de risco para infecção de TU


Obstrução urinária (congênita/adquirida): HBP e prolapso uterino;
Refluxo vesicoureteral (RVU— defeito congênito que resulta em incompetência
da válvula ureterovesical)
Instrumentação do trato urinário: cateterização uretral e cistoscopia;
Lesões renais pré-existentes: defeitos congênitos, cicatrizes;
Vulnerabilidade da medula renal à infecção (ver fat.facilitadores da PN crônica);
Doenças ou estados que predispõem a ITU

Fatores responsáveis pela maior prevalência de ITU em mulheres


Pela proximidade da uretra com o ânus;

Uretra mais curta, facilitando a contaminação da bexiga;


Relação sexual determina trauma na uretra (’cistite de lua-de-mel');

A urina da mulher constitui meio favorável para o crescimento bacteriano (fator


relativo).
Prolapso uterino.

A bacteriúria assintomática é em torno de c1::10.000::Valor piócitos por ml,


enquanto que a infecção propriamente dita chega em torno de c1::100.000::valor
piócitos por ml

Fatores facilitadores de ITU em gravidez


Estase urinária, resultante da compressão do útero em crescimento sobre os
ureteres;

A progesterona diminui o peristaltismo dos ureteres (facilita a estase 2 mes) e


favorece a aderência das bactérias à mucosa.

Consequência de pielonefrite na gravidez

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Via mecanismo hipertensivo favorece o surgimento de eclâmpsia

Fatores facilitadores de ITU em diabéticos


Função leucocitária deprimida na DM.

Distúrbio metabólico: sangue rico em açúcar, favorável à multiplicação


bacteriana.
Geralmente a D. mellitus associa-se com vasculopatias (hialinose)-» déficit de
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Neuropatia db. que cursa com bexiga neurogênica (retenção
urinária(estase) e proliferação bacteriana)

Consequência de pielonefrite no Diabetes


Abscesso perinéfrico. Necrose de papila (Papilite necrotizante) e PN
enfisematosa (rara)
que cursam com PN grave em associada com D.Mellitus

Manifestações clínicas da Pielonefrite Aguda

Dor unilateral na região lombar (tipo peso e início abrupto)


Sinais de comprometimento do trato inferior (Disúria, polaciúria, piúria)

Febre alta
Outros: Calafrios, Mal estar, náuseas e vômitos

Conceito: Pionefrose Definição: Obstrução significativa com formação maciça de


abcessos no rim (saco de pus)

Cocneito: Necrose de papila ou papilite necrotizante Definição: Condição em geral


bilateral que resulta da combinação de necroses isquêmica e supurativa dos ápices das
pirâmides renais (papilas) observada em diabéticos, em obstrutivos(HBP), em indivíduos
que abusam de analgésicos (paracetamol, acetaminofen, aspirina, cafeína, codeína) em
portadores de anemia falciforme.

Possíveis evoluções gerais para pielonefrite


Pionefrose

Abscesso perinéfrico
Necrose de papila ou papilite necrotizante

Exames laboratoriais observados em Pielonefrite


Proteinúria discreta

Bacteriúria,

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Cilindros piocitários

Leucocitose com desvio a esqueda

Anemia
VHS elevada.

A presença de cilindros piocitários::Alteração no EAS caracterizam com alta


sensibilidade e especificadade a presença de infecção urinária alta

Verdadeiro ou Falso? Piúria é mais frequentemente observada em infecção


urinária alta
Falso. É mais observada em infecção urinária baixa

Aspectos microscópicos da Pielonefrite aguda

Necrose de liquefação no insterstício com absessos focais

Aspectos macroscópicos da Pielonefrite aguda

Rim aumentado de peso

Abscessos amarelados com halos hiperêmicos

Conceito: Pielonefrite crônica Definição: Inflamação tubulointersticial, uni ou


bilateral, associada a fibrose e cicatrizes no parênquima e deformações no sistema
pielocalicial.

Quais a formas de pielonefrite crônica?

PNC obstrutiva; (infecções recorrentes)


PNC associada a refluxo (nefropatia de refluxo) - Mais frequente

Conceito: Pielonefrite Xantogranulomatosa Definição: Trata-se de inflamação


pielocaliceal acentuada, com infiltrado inflamatório rico em macrófagos xantomatosos,
plasmócitos, linfócitos, PMN neutrófilos e eventuais células gigantes

Agente etiológico mais comumente associado a pielonefrite xantogranulomatosa

Proteus

Epidemiologia da pielonefrite xantogranulomatosa

Adultos de 50 a 60 anos e principalmente mulheres

Possível associação com pielonefrite xantogranulomatosa é a presenta de

Cálculos coraliformes (em chifre de veado)

Etiopatogenia da Pielonefrite crônica

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1. Hipooxigenação da medula;

2. Ambiente medular hiperosmolar prejudica a função leucocitária;

3. Há escassez de macrófagos nesta região e portanto, déficit do sistema de


defesa (fagocitose);

4. Presença de grande quantidade de uréia e amônia que


nibem a ativação do sistema complemento defensivo;

5. Bactérias assumem a forma de protoplasto= formas L, sobrevivendo em


hiperosmolaridade e oferecem resistência aos antibióticos.

Morfologia macroscópica da Pielonefrite crônica

Cicatrizes corticais grosseiras


Rins com diminuição de volume

Obs: quando localizadas nos polos renais, as cicatrizes indicam PN crônica por
refluxo

Morfologia microscópica da pielonefrite crônica


Inflamação zonal com correspondência com cicatrizes

Deformação do sistema pielocalicial

Túbulos atróficos com cilindros coloides (tireoidização)

Perda gradual de túbulos

Pode estar associada a Glomerulosclerose Segmentar focal

E arteriolosclerose hialina quanto tem lesão vascular

Manifestações clínicas associadas a PN crônica

Frequentemente assintomática
Poliúria

Nictúria

Desidratação

Polidipsia
Hipertensão

Anemia

IRC (em fase mais avançada)

P2 - Pielonefrite 5
Alteração laboratorial em PN crônica

Proteinúria (2g em 24hrs)

Cilindros piocitários

Bacteriúria

Contra indicações da biópsia renal [10]

Rins atrofiados ao ultra-som

Rim único

Rins policísticos,
Alterações da coagulação nas análises de sangue

Uso de drogas anticoagulantes

Hipertensão não controlada

Infecção urinária ativa


Lesões de pele no sítio da biópsia

Hidronefrose

Paciente não cooperativo.

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