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No livro “O Piloto de Guerra”, Saint Exupéry parece que nos mostra uma perspectiva
distinta, que pode nos ajudar a entender melhor a proposta do cristianismo. Ele diz:
No fundo, na vida cristã, o mais importante não é o que se faz ou se deixa de fazer. O
ponto fundamental é ser verdadeiramente cristão. Sendo padre, leigo, freira, monge ou
casado, o crucial é viver esse ser novo que recebemos quando fomos batizados.
Certamente, no dia do nosso batizado e depois no dia da nossa confirmação, recebemos
um fogo muito mais potente, capaz de incendiar muito mais que qualquer floresta.
Recebemos o próprio Espírito Santo que ilumina nossa inteligência. Se deixamos que Ele
verdadeiramente tome conta da nossa vida, se formará um santo totalmente único para a
vida da Igreja e do mundo.
Em um sentido, estamos todos como essa pessoa que está querendo construir o primeiro
navio. O primeiro e único, já que ninguém, nem antes nem depois de nós, poderá construir
uma vida santa como a que cada um de nós é chamado a construir. Se estamos deixando
que o Espírito Santo guie com seu fogo, erraremos bastante, mas cedo ou tarde o projeto
de Amor de Deus vai se realizar em cada um de nós. A grande pergunta seria, então, se
estamos querendo fazer coisas demais quando deveríamos nos concentrar em ser mais
quem realmente somos.
Os meios quaresmais ajudam a que esse fogo interior se acenda ainda mais? Ou são apenas
práticas externas que acabam até abafando esse ardor? O que é preciso fazer para ser uma
pessoa melhor? Há tantas opções! Cada um, se vive realmente de acordo com a sua identidade
de cristão, fará o melhor com as circunstâncias que lhe são apresentadas por Deus. E desse
esforço, animado e sustentado pelo fogo do mesmo Espírito, podemos confiar que sairá um
homem a imagem de Deus. Sairá um santo. Sairá um outro Cristo.