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OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
As mais antigas fontes escritas das quais podemos falar em cosmologia são
provenientes da Mesopotâmia e do Egito. As cosmologias dos diferentes povos
mesopotâmicos são semelhantes entre si, e guardam semelhanças também com a
cosmologia egípcia.
2.1 Mesopotâmia
2.2 Egito
3.3 Ptolomeu
Início de boxe
Fim de boxe
Já sabemos, pelas leis de Kepler, que a Terra gira em torno do seu eixo e
que os planetas possuem órbitas elípticas em torno do Sol. Do ponto de vista de
um observador situado na Terra, os planetas Marte e Vênus nunca se afastam
muito do Sol, pois mantêm-se em órbita em torno dele a uma menor distância do
que a Terra. Além disso, o planeta Marte está mais distante do Sol do que a Terra;
isso faz com que o movimento de Marte, por vezes, pareça estar se dando no
sentido contrário ao usual, num fenômeno conhecido como movimento retrógrado.
Como conciliar essa característica (e outras) do movimento dos astros com a ideia
de que cada planeta se move em um círculo em torno da Terra? Ptolomeu utilizou-
se de um conjunto de ferramentas geométricas para minimizar esses problemas: os
conceitos de epiciclos, equantes e
Cláudio Ptolomeu: filósofo natural, viveu na
deferentes.
cidade de Alexandria, no Egito, no século II d.C.
Para Ptolomeu, cada planeta
Além de astrônomo, era também astrólogo,
gira em torno de um ponto próximo
matemático e geógrafo. Seu trabalho mais
de si, numa órbita bastante pequena,
importante é o Almagesto, um tratado de dados
chamada epiciclo. E é esse ponto, no
observacionais dos planetas.
centro de cada epiciclo, que gira em
torno da Terra, numa órbita chamada deferente. Cada planeta gira de tal forma que
percorre um certo ângulo em sua órbita num certo intervalo de tempo; o ponto em
torno do qual esse ângulo percorrido por unidade de tempo é constante é o
equante. Esse sistema complexo (e nada econômico em termos matemáticos, pois
envolvia quase uma centena de círculos diferentes) resolvia em grande parte os
problemas dos quais o modelo aristotélico sofria, embora retirasse grande parte do
seu apelo estético associado à “perfeição” do movimento circular centralizado na
Terra.
Nicolau Copérnico elaborou uma nova cosmologia a partir daquilo que via
como “defeitos” da cosmologia de Ptolomeu. Em primeiro lugar, o modelo de
Ptolomeu não se ajustava perfeitamente às observações da posição dos planetas ao
longo das décadas. Em segundo lugar, Ptolomeu questionou-se sobre a natureza e
validade dos epiciclos e equantes: se é necessária toda uma parafernália
geométrica envolvendo um conjunto de círculos de movimento, e se os equantes
nunca coincidem com a posição da Terra, não haveria uma forma mais econômica
de organizar esses círculos de forma a diminuir o número de parâmetros e tornar a
teoria mais “limpa”?
Início de boxe
Fim de boxe
4 GALILEU E DESCARTES
ATIVIDADES
RESUMO
Nesta aula, você viu:
O que é o objeto de estudo da cosmologia.
Os fundamentos da cosmologia das primeiras civilizações.
A evolução das ideias cosmológicas desde a Grécia antiga até a era
medieval.
Noções sobre as contribuições de Galileu e Descartes à astronomia e
à cosmologia.
Os fundamentos da cosmologia newtoniana.
REFERÊNCIAS
BASSALO, José Maria Filardo. Nascimentos da Física (3500 a.C. – 1900 a.D.).
Belém: EDUFPA, 1996.
FERRIS, Timothy. Coming of age in the Milky Way. perennial ed. New York:
HarperCollins, 2003.
RIDPATH, Ian. Guia ilustrado Zahar Astronomia. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2008.
AULA 6 – A TEORIA DA RELATIVIDADE GERAL
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
ට1 − ቀݒቁ
ଶ
ܿ
3 O PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA
A relatividade especial é voltada para referenciais inerciais. Ela nos diz como
podemos comparar medidas físicas realizadas entre dois referenciais inerciais
distintos. Porém, existem referenciais não inerciais entre si. Por exemplo, um
observador realizando um movimento circular em torno de um segundo observador
está num referencial não-inercial em relação a ele. Como se relacionam as leis da
física entre esses dois referenciais? Outro exemplo: um corpo próximo à superfície
da Terra está sujeito a uma aceleração devida à força gravitacional que atua sobre
ele. Sendo assim, como se comparam as observações realizadas por um observador
situado no mesmo referencial do corpo com as observações realizadas por um
observador livre da ação gravitacional terrestre? Da resposta a esta pergunta
dependia a elaboração de uma nova teoria da gravidade, que corrigisse as falhas da
teoria de Newton.
Para resolver essa questão, Einstein, em 1907, raciocinou de forma
semelhante à seguinte: se uma pessoa está em queda livre na Terra, no interior de
uma caixa (de forma que não veja o que de fato está acontecendo com ela), essa
pessoa não tem como saber se está em queda livre em uma região onde há um
campo gravitacional, ou se está em um referencial inercial a esse (movendo-se com
velocidade constante) na ausência de um campo gravitacional. Ou seja, para quem
está em queda livre, é como se o campo gravitacional “deixasse de existir”.
Einstein, então, propôs o princípio da equivalência: um campo gravitacional
atuando em um corpo e uma aceleração do referencial no qual o corpo está em
repouso são fisicamente equivalentes.
Pelo primeiro postulado da relatividade especial, sabemos que as leis da
física mantêm sua forma em quaisquer dois referenciais inerciais entre si. Se um
observador estiver situado em um referencial não-inercial, as leis da física sofrerão
“deformações”: mudam sua
Força fictícia: uma força que precisamos definir para
forma funcional. Um exemplo
tornar as observações realizadas em um referencial não-
dessas deformações é o
inercial coerentes com as observações situadas em um
surgimento de forças
referencial inercial. Um exemplo de força fictícia é a força
fictícias, quando analisamos
centrífuga: somente um observador situado num
um fenômeno físico em um
referencial não-inercial percebe essas forças. Você vai
referencial não-inercial em
aprender mais sobre forças fictícias na disciplina Física I.
relação ao fenômeno. Sendo
assim, a aceleração de um referencial produz deformações nas leis da física como
percebidas por um observador nesse referencial. A partir do princípio da
equivalência, podemos compreender a gravitação também como uma deformação –
mas uma deformação do espaço-tempo. O princípio da equivalência nos diz que a
presença de matéria no universo perturba as características do espaço-tempo no
seu entorno. Isso é a base da teoria da relatividade geral de Einstein: a gravitação
é o efeito da deformação do espaço-tempo produzida por uma distribuição de
matéria. Sendo assim, a matéria influencia na curvatura do espaço-tempo, e o
espaço-tempo influencia o movimento da matéria no universo.
1 8ߨܩ
ܴఓఔ − ܴ݃ఓఔ = − ଶ ܶఓఔ
6.2
2 ܿ
1 8ߨܩ
ܴఓఔ − ܴ݃ఓఔ + ߉g ఓఔ = − ଶ ܶఓఔ
6.3
2 ܿ
ATIVIDADES
RESUMO
REFERÊNCIAS
FERRIS, Timothy. Coming of age in the Milky Way. perennial ed. New York:
HarperCollins, 2003.
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
2 A MÉTRICA DE MINKOWSKI
1 8ߨܩ
ܴఓఔ − ܴ݃ఓఔ = − ଶ ܶఓఔ ,
2 ܿ
envolve o termo ݃ఓఔ . Esse termo é chamado tensor métrico do espaço-tempo. Ele
regula como as coordenadas espaciais (x,y,z) e a coordenada temporal (o tempo, t)
se relacionam (lembre-se de que, na relatividade geral, o tempo e o espaço perdem
seu caráter absoluto e passam a formar um espaço-tempo coerente).
Início de boxe
Fim de boxe
Para compreendermos o que significa o tensor métrico ݃ఓఔ , pensemos no
exemplo que segue.
Tensor: objeto matemático que generaliza os conceitos
de escalar e vetor. Um escalar é uma grandeza
Imagine dois objetos, A
totalmente determinada por apenas um número: isso
e B, situados em dois pontos
corresponde a um tensor de ordem zero. Um vetor é
sobre uma superfície
uma grandeza determinada por um módulo, uma direção
euclidiana. Por superfície
e um sentido, podendo ser representado por uma
euclidiana, queremos dizer
sequência de n elementos alinhados, correspondendo à
uma superfície plana nas quais
dimensão do vetor: isso corresponde a um tensor de
a geometria de Euclides é
ordem 1. Uma matriz é coleção de (m x n) elementos
aplicável (uma superfície, por
alinhados em m linhas e n colunas: isso corresponde a
exemplo, na qual os ângulos
um tensor de ordem 2. O tensor métrico ݃ఓఔ é um tensor
internos de um triângulo
de ordem 2, ou seja, pode ser representado por uma
somam 180 graus). Digamos
matriz com ߤ linhas e ߥ colunas.
que suas posições nessa
superfície sejam ሺݔଵ , ݕଵ ሻ e ሺݔଶ , ݕଶ ሻ. A distância ݏentre esses dois pontos pode ser
calculada, pelo teorema de Pitágoras, como:
Perceba que a expressão 7.3 é muito semelhante à 7.1, exceto por esses
dois aspectos: a presença do termo dependente do tempo, ݀ݐ, e a constante ܿ que
aparece dividindo os termos dependentes do espaço. A constante ܿ é a velocidade
da luz no vácuo. A presença do termo ݀ ݐé um aspecto do fato de que, na
relatividade geral, tempo e espaço são aspectos de uma mesma entidade física. A
métrica da equação 7.3 é chamada métrica de Minkowski, e é aplicável a um
universo tridimensional isotrópico no contexto da relatividade especial – isto é,
onde as interações gravitacionais são desprezíveis.
3 O PRINCÍPIO COSMOLÓGICO
4 A MÉTRICA DE ROBERTSON-WALKER
1 − ݇ ݎଶ
Se, por outro lado, nosso universo hipotético for fechado, ou seja, se ݇ = +1,
então esse universo será encurvado sobre si mesmo, formando uma esfera – daí
chamarmos um universo desse tipo de universo esférico. Um universo
bidimensional desse tipo está mostrado na figura 7.2. Nesse universo não-
euclidiano, os ângulos internos de um triângulo não somam 180∘ .
1 8ߨܩ
ܴఓఔ − ܴ݃ఓఔ = − ଶ ܶఓఔ
2 ܿ
1 8ߨܩ
ܴఓఔ − ܴ݃ఓఔ + ߉݃ఓఔ = − ଶ ܶఓఔ
2 ܿ
ߩ
ܶఓఔ = ݃ఓఈ ݃ఔఉ ൬ ଶ + ൰ ݔሶ ఈ ݔሶ ఉ − ݃ఓఔ
7.5
ߛ
ఈ,ఉ
Como conhecemos os dois lados da equação, podemos resolver as equações
de Einstein para o fator de escala ܽሺݐሻ em termos da curvatura ݇ do universo. A
solução das equações de Einstein, para um universo homogêneo e isotrópico, e
utilizando a métrica de Robertson-Walker, conduz às equações de Friedmann:
4ߨܩ 3 1
ܽሷ ሺݐሻ = − ܽሺݐሻ ൬ߩ + ଶ ൰ + ߉ܽሺݐሻ
7.6
3 ܿ 3
8ߨ ߩܩଶ 1
ܽሶ ଶ ሺݐሻ = ܽ ሺݐሻ − ݇ܿ ଶ + ߉ܽଶ ሺݐሻ
7.7
3 3
6 PARÂMETROS COSMOLÓGICOS
ܽሶ ሺݐሻ
ܪሺݐሻ =
7.8
ܽሺݐሻ
Essa constante pode ser definida para cada instante de tempo e mede a taxa
com que o universo está mudando seu fator de escala para um dado tempo
cósmico ( ݐportanto, na verdade, a “constante” de Hubble não é uma constante).
Se realizarmos uma medição da constante de Hubble no presente (ݐ ), estaremos
medindo o valor no presente da constante de Hubble, ܪ . A constante de Hubble
reduzida, ℎ, é uma normalização da constante ܪ :
ܪ
ℎ=
7.9
100
3 ܪଶ
ߩ =
7.9
8ߨܩ
ߩ 8ߨߩܩ
Ω = =
7.10
ߩ 3ܪଶ
߉
ߩ௸ =
7.11
8ߨܩ
ߩ 3ܪଶ
Ω ܪଶ
ܽሷ ሺݐሻ = − + Ωஃ ܪଶ ܽሺݐሻ
7.13
2ܽଶ ሺݐሻ
ଶ ሺݐሻ
Ω ܪଶ
ܽሶ = − ݇ܿ ଶ + Ωஃ ܪଶ ܽଶ ሺݐሻ
7.14
ܽሺݐሻ
ܪଶ
݇ = ൫ሺΩ + Ωஃ ሻ − 1൯ ଶ
7.16
ߣᇱ − ߣ
=ݖ
7.17
Como ߣᇱ > ߣ, então > ݖ0. Já se o fator de escala está diminuindo com o
tempo, o detector B
Efeito Doppler: sempre que uma fonte que emite uma onda
irá captar um feixe
qualquer (luminosa, mecânica etc.) estiver em movimento
luminoso com
relativamente a um detector, o comprimento de onda captado
comprimento de
pelo detector será diferente do emitido pela fonte. Podemos
onda menor do que
perceber esse efeito quando um veículo sonoro (dotado de uma
o emitido. Assim,
sirene, com caixas de som etc.) passa por nós: nossos ouvidos
teremos um desvio
notam a mudança de comprimento de onda da onda sonora
do comprimento de
emitida. Um exemplo notável do efeito Doppler é o sistema de
onda da luz emitida
voo dos morcegos: para se localizarem no espaço enquanto
em direção ao azul,
voam, os morcegos emitem ondas sonoras de alta frequência e
e não ao vermelho –
captam novamente essa onda após sofrer reflexão contra
fenômeno que
eventuais obstáculos. O morcego consegue avaliar a velocidade
chamamos de
com que o obstáculo se move a partir das variações percebidas
blueshift, ou “desvio
no comprimento da onda sonora que seus ouvidos captam devido
para o azul”. Nesse
ao efeito Doppler. Você vai conhecer mais sobre esse efeito na
caso, a equação 7.17
disciplina Física II.
fornece < ݖ0.
Assim, podemos diferenciar facilmente um universo que esteja em expansão
de um universo que esteja contraindo: se for observado o fenômeno do redshift
cosmológico, então o fator de escala está aumentando e, com isso, o universo está
em expansão; do contrário, se for observado um blueshift cosmológico, então o
fator de escala está diminuindo e o universo está se contraindo.
Um outro fenômeno, de origem não-cosmológica, é o do redshift devido ao
efeito Doppler. Se uma fonte de luz está se afastando de um detector, então o
detector irá captar uma luz cujo comprimento de onda está deslocado para o
vermelho. Esse fenômeno acontece devido apenas ao movimento relativo entre
fonte e detector e nada tem a ver com cosmologia. Se observamos um redshift da
luz de um corpo celeste, precisamos determinar qual a natureza desse redshift
antes de associá-lo a um efeito cosmológico.
O que Hubble não sabia, na época, é que as velocidades que ele atribuía às
galáxias observadas não são velocidades de deslocamento intrínsecas a essas
galáxias, e sim uma velocidade aparente devido ao fato de que o fator de escala do
universo está aumentando. Assim, a lei de Hubble expressa o fato de que o
universo está em expansão. As galáxias da amostra de Hubble apresentavam
sistematicamente um redshift de origem cosmológica, uma assinatura da evolução
da geometria do espaço em função do tempo cósmico. O redshift cosmológico
dessas galáxias pode ser obtido a partir de sua velocidade de recessão por:
ݒ
=ݖ
7.19
ܿ
1
ܽሺݐሻ =
7.20
1+ݖ
8 O BIG BANG
ܪ = ݒ ܦ.
A partir da lei de Hubble, podemos inferir quanto tempo foi necessário para
que duas galáxias se separassem de uma distância ܦa partir do Big Bang, se a
velocidade de expansão foi constante ao longo da história do universo. Pela
definição de velocidade, ܦ = ݒ/ݐ, e assim:
1
=ݐ
7.20
ܪ
9 COSMOLOGIA CONTEMPORÂNEA
Figura 7.6: Mapa de flutuações da radiação cósmica de fundo obtido pelo WMAP.
Fonte: http://map.gsfc.nasa.gov/.
ATIVIDADES
RESUMO
REFERÊNCIAS
FERRIS, Timothy. Coming of age in the Milky Way. perennial ed. New York:
HarperCollins, 2003.
OBJETIVOS:
1 INTRODUÇÃO
Na aula 7, vimos que existe uma relação linear entre a distância que nos
separa de uma galáxia e a velocidade com que essa galáxia se afasta de nós,
relação essa chamada lei de Hubble e dada pela equação 7.18:
ܪ = ݒ ܦ
2 METODOLOGIA
As figuras 8.1 a 8.5 mostram imagens obtidas para 10 galáxias, todas com
morfologias semelhantes. Essas galáxias estão localizadas a diferentes distâncias
em relação à nossa galáxia. As imagens foram todas obtidas com a mesma escala
espacial, ou seja, compreendem a mesma seção do céu. Sobreposta à imagem de
cada galáxia, há uma grade quadrada, cuja função vamos discutir mais abaixo.
Como você pode perceber, as galáxias parecem ter tamanhos variados. Isso
pode ser devido a dois fatores: ou as galáxias possuem realmente tamanhos físicos
diferentes em qualquer distância, ou elas aparentam ser de tamanhos diversos
simplesmente porque se situam em diferentes distâncias, o que faz com que as
galáxias mais distantes pareçam menores e as mais próximas, menores. No nosso
experimento, vamos considerar que as galáxias, por terem morfologias
semelhantes, possuem tamanhos intrínsecos semelhantes e, assim, quaisquer
diferenças entre seus tamanhos aparentes é devida principalmente às diferentes
distâncias ocupadas por elas.
Figura 8.1: Imagem das galáxias ESO 409 G 012 (acima) e IC 708
(abaixo).
Fonte: Skyview Virtual Observatory – http://skyview.gsfc.nasa.gov/.
Figura 8.2: Imagem das galáxias NGC 315 (acima) e NGC 1298 (abaixo).
Fonte: Skyview Virtual Observatory – http://skyview.gsfc.nasa.gov/.
Figura 8.3: Imagem das galáxias NGC 2768 (acima) e NGC 3379 (abaixo).
Fonte: Skyview Virtual Observatory – http://skyview.gsfc.nasa.gov/.
Figura 8.4: Imagem das galáxias NGC 4841B (acima) e NGC 6020
(abaixo).
Fonte: Skyview Virtual Observatory – http://skyview.gsfc.nasa.gov/.
Figura 8.5: Imagem das galáxias NGC 7194 (acima) e NGC 7436B
(abaixo).
Fonte: Skyview Virtual Observatory – http://skyview.gsfc.nasa.gov/.
A partir das imagens das galáxias mostradas nas figuras 8.1 a 8.5, você vai
medir o tamanho aparente de cada uma delas e, a partir dessa medida, estimar a
distância em que cada galáxia se encontra. Para isso, siga os seguintes passos:
1) Com o auxílio da grade e usando o teorema de Pitágoras, faça
uma estimativa do diâmetro aparente de cada galáxia. Isso será
uma tarefa relativamente simples para as galáxias cujo formato
aparente é o de um disco. Algumas galáxias possuem formatos
aparentes semelhantes a elipses. Nesse caso, meça o eixo maior
da galáxia.
2) As medidas de diâmetro que você obteve no item acima estão em
unidades arbitrárias. Para transformar esse diâmetro aparente em
alguma escala física, use o fato de que cada quadrado da grade
compreende um ângulo de 7,12 × 10ିହ radianos no céu. Com isso,
você pode expressar as medidas de diâmetro aparente das
galáxias em um ângulo ߠ, expresso em radianos.
3) Os ângulos ߠ compreendidos pelas galáxias e obtidos acima estão
relacionados à distância ܦem que a galáxia se encontra e com
seu diâmetro físico ݀. Com um pouco de trigonometria, é fácil
mostrar que:
݀
=ܦ
8.1
ߠ
2 tan ቀ2ቁ
Assim, se conhecermos o tamanho físico ݀ de uma galáxia,
podemos calcular sua distância ܦ. Porém, o valor de ݀ não é, em
princípio, conhecido para cada galáxia individual. Para calcular a
distância ܦde cada galáxia, você vai utilizar uma estimativa
independente do diâmetro físico da galáxia NGC 315, utilizando
ferramentas astrofísicas diversas, que é de 0,036 Mpc. Como já
explicado anteriormente, vamos considerar que todas as galáxias
da nossa amostra possuem tamanhos físicos semelhantes; assim,
vamos usar a estimativa de ݀ = 0,036 Mpc para todas as galáxias
da amostra.
ߣᇱ − ߣ
=ݖ
ߣ
ݒ
=ݖ
ܿ
Use, na equação 7.19, ܿ ∼ 3,0 × 10ହ km/s. Com isso, você vai obter
uma velocidade de recessão em quilômetros por segundo.
De posse dos valores de ݒe ܦobtidos na seção 2 para cada uma das
galáxias, você pode construir o diagrama de Hubble. Faça esse diagrama,
colocando ܦno eixo horizontal e ݒno eixo vertical, utilizando programas para
criação de gráficos, planilhas eletrônicas ou papel milimetrado.
Verifique, no diagrama construído, que as galáxias da amostra tendem a se
afastar de nós tanto mais rapidamente quanto mais distantes elas se encontram.
Analisando esse diagrama, faça uma estimativa da constante de proporcionalidade
entre ݒe ܦ. Compare esse valor com a melhor estimativa moderna, ܪ = 70,5 ±
1,3 km s ିଵ Mpc ିଵ .
RESUMO