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BOLETIM
GEOCORRENTE
EDITOR CIENTÍFICO
Francisco Eduardo Alves de Almeida (Egn)
AMÉRICA DO SUL
EDITORES ADJUNTOS A Hidrovia Paraná-Paraguai: oportunidades para Paraguai e Bolívia................ 3
Deterioração do cenário econômico argentino: desdobramentos na Política
Jéssica Germano de Lima Silva (Egn)
Internacional....................................................................................................... 3
Luciane Noronha Moreira de Oliveira (Egn)
Noele de Freitas Peigo (Facamp)
________________________________________________________ AMÉRICA DO NORTE & CENTRAL
PEQUISADORES DO NÚCLEO DE AVALIAÇÃO DA CONJUNTURA Crise nos Minerais Críticos dos Estados Unidos................................................ 4
Ana Luiza Colares Carneiro (Ufrj)
Adriana Escosteguy Medronho (Ehess)
ÁFRICA SUBSAARIANA
André Figueiredo Nunes (Eceme) Dia zero: mudanças climáticas na África Austral e o papel da cooperação
Ariane Dinalli Francisco (Universität Osnabrück) regional............................................................................................................... 5
Beatriz Mendes Garcia Ferreira (Ufrj)
Beatriz Victória Albuquerque da Silva Ramos (Egn)
EUROPA
Carolina Côrtes Góis (Puc-Rio)
Itália: A formação de um governo antissistema.................................................. 5
Carlos Henrique Ferreira da Silva Júnior (Ufrj)
Daniel Santos Kosinski (Universidade de Praga)
Dominique Marques de Souza (Ufrj) ORIENTE MÉDIO & NORTE DA ÁFRICA
Ely Pereira da Silva Júnior (Uerj) A presença militar iraniana na Síria.................................................................... 6
Felipe Augusto Rodolfo Medeiros (Egn) Repercussões domésticas e internacionais das eleições parlamentares no
Líbano................................................................................................................ 7
Franco Napoleão Aguiar de Alencastro Guimarães (Puc-Rio)
Gabriela Mendes Cardim (Ufrj)
Gabriele Marina Molina Hernandez (Uff) RÚSSIA & EX-URSS
Giulianna Bessa Reis Anveres (Puc-Rio) A Ponte para a Crimeia e as tensões no Mar Negro.......................................... 7
Jéssica Pires Barbosa Barreto (Uerj)
João Victor Marques Cardoso (Unirio)
José Gabriel de Melo Pires (Ufrj) SUL DA ÁSIA
Paquistão e Estados Unidos: impasses e desconfianças ................................. 8
Karine Fernandes Santos (Ufrj)
Lais de Mello Rüdiger (Ufrj)
Louise Marie Hurel Silva Dias (London School of Economics) LESTE ASIÁTICO
Luciane Noronha Moreira de Oliveira (Egn) Expansão chinesa em direção a Taiwan............................................................ 9
Marcelle Torres Alves Okuno (Ibmec)
Matheus Bruno Ferreira Alves Pereira (Ufrj)
SUDESTE ASIÁTICO & OCEANIA
Matheus Souza Galves Mendes (Egn)
Desafios do setor de Defesa: a Marinha Australiana........................................ 10
Pedro Allemand Mancebo Silva (Ufrj)
Pedro Emiliano Kilson Ferreira (Universidade de Santiago)
Pedro Mendes Martins (Eceme) ANTÁRTICA & ÁRTICO
Philipe Alexandre Junqueira (Uerj) A conexão groenlandesa................................................................................... 10
Rebeca Vitória Alves Leite (Ufrj)
Rita de Cássia Oliveira Feodrippe (Egn) Artigos Selecionados & Notícias de Defesa........... 12
Rodrigo Abreu de Barcellos Ribeiro (Ufrj) Calendário Geocorrente......................................... 12
Stefany Lucchesi Simões (Unesp)
Referências............................................................ 13
Taynara Rodrigues Custódio (Ufrj)
Thaïs Abygaëlle Dedeo (Ufrj)
Thayná Fernandes Alves Ribeiro (Ufrj)
Victor Eduardo Kalil Gaspar Filho (Puc-Rio)
Vinícius de Almeida Costa (Egn)
Vinicius Guimarães Reis Gonçalves (Ufrj)
Vivian de Mattos Marciano (Ufrj)
BOLETIM GEOCORRENTE • ISSN 2446-7014 • N. 73 • Maio | 2018
AMÉRICA DO SUL
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estatal fundamentou, portanto, as dinâmicas econômicas exportadoras que operam na Argentina são estrangeiras,
argentinas na primeira década do século, ilustrando um que polarizam os lucros remetidos às economias centrais.
cenário latino-americano caracterizado por uma guinada Ademais, a matriz de exportação, de caráter alimentício,
à esquerda. Nesse aspecto, a eleição de Mauricio Macri ganha centralidade, em razão do encarecimento, no
para o Executivo argentino, em dezembro de 2015, âmbito do mercado doméstico, de produtos como trigo,
revelou um retorno aos preceitos liberais de conduta soja, milho e carne.
econômica. No que concerne às questões sociopolíticas, o
As históricas oscilações da economia argentina desenvolvimento da crise pode ser capaz de reorientar
materializam um contexto de crise, na atualidade, a política internacional no continente latino-americano,
marcado não somente por aspectos econômicos, mas especialmente no que se refere à questão migratória, uma
também sociopolíticos. O quadro de crise contemporânea vez que a Argentina recebe um contingente considerável
é destacado pelas altas taxas de inflação (em torno dos de imigrantes haitianos e venezuelanos. Sob essa lógica,
24%), bem como a retirada de subsídios dos serviços de a crise pode representar mais um ponto delicado das
fornecimento de água, energia elétrica e gás. A dolarização relações políticas da América Latina, considerando, como
da economia do país torna-se mais presente, engendrando umas das facetas, a debilidade institucional de espaços
uma desvalorização permanente do peso argentino, como a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).
considerando, também, que em torno de 70% das
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ÁFRICA SUBSAARIANA
Dia zero: mudanças climáticas na África Austral e o papel da cooperação regional
Vivian Mattos
EUROPA
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Por ser membro fundador da UE, terceira economia instabilidade da Itália numa UE que enfrenta tensões em
da zona do euro e posicionada estrategicamente no relação à situação da Catalunha e do BREXIT, além o
Mediterrâneo, a Itália é a principal entrada de imigrantes fortalecimento dos nacionalismos e da extrema-direita,
e plataforma logística para bases e tropas estadunidenses, pode vir a ser um golpe fatal para projetos conjuntos de
tratando-se, portanto, de um aliado importante. A desenvolvimento da defesa europeia.
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que custou US$ 12 bilhões aos cofres russos. como grande constrangimento para a Rússia, que se vê
Cercado por três Estados-membros da Organização numa situação em que seu acesso ao Mediterrâneo pode
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) - Bulgária, ser facilmente ameaçado. Por outro lado, a Esquadra do
Romênia e Turquia -, pela Rússia, Ucrânia e Geórgia, o Mar Negro da Marinha russa serve para contrabalançar
Mar Negro é um dos maiores palcos de confronto entre o controle turco dos estreitos de Bósforo e Dardanelos.
a Federação Russa e as potências do Ocidente. Após a Portanto, a construção da ponte que liga o território
anexação da Crimeia e a militarização da mesma pela continental russo à Crimeia, assim como a militarização
Rússia, em 2014, os Estados Unidos decidiram ampliar a da Península, devem ser entendidos como partes do
sua presença na região, gerando uma série de “situações esforço da Rússia em manter uma pressão militar e
de risco” entre as duas Forças Armadas. política na região, além de reprimir quaisquer maiores
O Mar Negro possui destaque estratégico e geopolítico: aproximações por parte da OTAN para com a Geórgia e
é a única saída para “águas quentes” da Rússia, isto a Ucrânia. Perder a influência sobre esses países, assim
é, que pode ser usada durante a totalidade do ano pela como aconteceu com a Romênia e com a Bulgária, em
Marinha russa. No entanto, além do estreito de Bósforo, 2004, colocaria em risco toda e qualquer influência russa
a própria presença da Turquia na OTAN acaba servindo no Mar Negro.
Fonte: Novite
SUL DA ÁSIA
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anúncio da nova política para o Sul da Ásia. projeto Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC, da
Além disso, o fator Afeganistão é o grande entrave sigla em inglês), ultrapassem os US$ 60 bilhões, além
para o diálogo entre Washington e Islamabad, dadas as dos memorandos no setor de defesa, energia e comércio.
queixas de que o Paquistão assiste grupos terroristas que Frente à deterioração do diálogo com os norte-americanos,
realizam ataques no Afeganistão, conforme mencionado. a tendência aponta para dois caminhos: primeiramente,
Por outro lado, os EUA usufruem do território paquistanês para ações pouco sólidas por parte de Islamabad contra os
para manejar as tropas americanas – e as da OTAN – que grupos terroristas baseados em seu território. Tal cenário,
atuam em solo afegão. por sua vez, prejudica os esforços ocidentais no Afeganistão,
Assim, é significante analisar até que ponto os EUA tornando mais longínqua a possibilidade de uma solução
conseguirão pressionar o Paquistão a minar os grupos para o conflito. Em segundo lugar, o afastamento crescente
rebeldes a partir das sanções, haja vista o crescente apoio em relação ao Ocidente tende a aprofundar a aproximação do
econômico e político da China ao Paquistão. Estima-se Paquistão com a China, limitando a capacidade de projeção
que os investimentos chineses, principalmente através do norte-americana na região frente a Pequim.
LESTE ASIÁTICO
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A conexão groenlandesa
Pedro Allemand
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são favoráveis à independência apenas na medida em que e em sua posição estratégica, e articula-se às disputas
ela preserve (ou melhore) os atuais níveis de qualidade geopolíticas da região. Atores como a China, em busca
de vida. Por fim, é importante lembrar que 50% do de inserção econômica no Ártico, podem aproveitar as
orçamento da ilha vêm de contribuições dinamarquesas. tensões causadas pelo projeto de independência para
A independência groenlandesa - seja enquanto projeto aumentarem sua presença neste espaço de crescente
ou discurso - mobiliza os interesses nos recursos naturais importância estratégica.
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CALENDÁRIO GEOCORRENTE
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44ª Cúpula do G7
24
Eleições gerais Turquia
27 01
Eleições presidenciais colom- Eleições no México (presidenciais e legislativas)
bianas
09
Eleições no Sudão do Sul (presidenciais e parlamentares)
11-12
Cúpula da Otan
17-18
Cimeira de Chefes de Estado da Comunidade de Países de
Língua Portuguesa (CPLP)
24-25
Cúpula da Aliança do Pacífico
25-27
Cúpula dos BRICS
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REFERÊNCIAS
• Deterioração do cenário econômico argentino: • A Ponte para a Crimeia e as tensões no Mar Negro
desdobramentos na Política Internacional ROSS, Angus; SAVCHENKO, Andrew. The Black Sea: How Russia Is
ARCEO, Enrique. Argentina en la periferia próspera: renta internacional, Looking to Cause Chaos for NATO. 2018. Acesso em: 18 mai. 2018.
dominación oligárquica y modo de acumulación. Buenos Aires: Controversial Russia-Crimea bridge opens. BBC. Acesso em: 15 mai.
Universidad Nacional de Quilmes Ediciones, 2003. 2018.
DOYRAN, Mine Aysen. Argentina y el desarrollo posterior a la crisis
financiera. Revista Problemas del Desarrollo. Janeiro-março, 2015. • Paquistão e Estados Unidos: impasses e
desconfianças
• Crise nos Minerais Críticos dos Estados Unidos IQBAL, Anwar. US defers decision on restrictions for Pakistani diplomats.
GREEN, Jeffery. America’s critical mineral problem has gone from bad to DAWN. Acesso em: 17 mai. 2018.
worse. Defense News. Acesso em: 2 mai 2018. IQBAL, Anwar. US to restrict movement of Pakistani diplomats from May
TRUMP, Donald. Presidential Executive Order on a Federal Strategy to 1. DAWN. Acesso em: 17 mai. 2018.
Ensure Secure and Reliable Supplies of Critical Minerals. White House.
2017. • Expansão chinesa em direção a Taiwan
YEO, Mike. Why is China expanding its air base 160 miles from Taiwan?.
• Dia zero: mudanças climáticas na África Austral e o DefenseNews. Acesso em: 18 mai. 2018.
papel da cooperação regional Business Standart. China to use Taiwan to project power, isolate India
LYSTER, Rosa. Counting Down to Day Zero in Cape Town. 2018. Acesso and Japan: US lawmaker. Acesso em: 18 mai. 2018.
em: 01 mar. 2018.
STODDARD, Ed. Cape Town 'Day Zero' pushed back to 2019 as dams fill • Desafios do setor de Defesa: a Marinha Australiana
up in South Africa. 2018. Acesso em: 03 abr. 2018. MEHINICK, Richard. A 'clever’ Australia needs a larger potent Navy.
Australian Strategic Policy Institute. Acesso em: 18 mai. 2018
• Itália: A formação de um governo antissistema SAUNDERS, John. We need a Navy to protect our supply routes.
DUNAEV, Alexander. A Historical Interlocutor: How Willing is Italy to Australian Strategic Policy Institute. Acesso em: 18 mai. 2018
Support Russia?. Carnegie Moscow Center. Acesso em: 19 mai. 2018.
HEATH, Ryan. Italy could blow up Europe as we know it. Politico. Acesso • A conexão groenlandesa
em: 19 mai. 2018. GRONHOLT-PEDERSEN, Jacob. RPT-Mining firms from China to
Canada watch as Greenland holds election. Reuters. Acesso em: 26 abr.
• A presença militar iraniana na Síria 2018
Revealed: Israel 'Struck Advanced Iranian Air-defense System' in Syria - KIRK, Lisbeth.Greenland votes with eye on independence. EU Observer.
Haaretzr. Acesso em 05 mai. 2018. Acesso em: 26 abr. 2018.
Syria state media: 'Enemy missiles' fired against government outposts.
Acesso em 05 mai. 2018.
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