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GEOGRAFIA DO MARANHÃO

Economia do Maranhão
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

ECONOMIA DO MARANHÃO

O estado do Maranhão é extremamente dependente da agricultura. É a última


grande fronteira do cerrado. O movimento das fronteiras agrícolas teve início na
década de 50, partindo da região Centro-oeste, em direção às regiões Nordeste
e Norte do Brasil.
A agricultura maranhense tem implantado a agricultura comercial no Centro-
-sul. Desde os anos 80, com o avanço pela região dos cerrados, se transformou
em um novo “Eldorado” da agricultura.
Existem oportunidades para uma nova frente agrícola voltada ao agrobusi-
ness. Os subsídios governamentais para os médios e grandes produtores, soma-
dos ao grande capital industrial, estão explorando essa região de forma intensiva
e, ao mesmo tempo, agravando os problemas ambientais e sociais com uma
ocupação sustentada no grande capital.

O desmatamento de grandes extensões de terras estão produzindo danos


irreparáveis ao meio ambiente na chamada última fronteira agrícola dos cerrados.
A preservação e conservação dos recursos hídricos da região são necessá-
rias para promover o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a susten-
tabilidade ecológica.
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Soja
As principais lavouras de agricultura temporária do estado são de soja. O cul-
tivo da soja no Meio-norte do Brasil concentrou-se nos cerrados do sul do Mara-
nhão e do sudoeste do Piauí (capitais oriundos do sul do Brasil).
A partir da década de 1980, a sojicultora passou, gradativamente, a ocupar
solos que outrora seriam utilizados pela rizicultura e tornou os cerrados mara-
nhenses no “novo Eldourado” econômico.

Os principais municípios produtores de soja do estado são: Balsas, Tasso


Fragoso, Riachão – os primeiros a se destacarem na produção (século XXI).
Destacam-se também: Alto Parnaíba, São Raimundo das Mangabeiras, Sam-
baíba, Fortaleza dos Nogueiras e Chapadinha.
Arroz
Plantações de arroz apareceram de forma significativa em 1650, tornando-se
parte da economia maranhense (consumo interno).
As áreas produtivas se ampliaram e avançaram pelos vales dos rios Mearim,
Itapecuru e na baixada maranhense, com vistas à exportação.
O Maranhão, ao longo das safras de 2012 a 2014, manteve a posição entre
os maiores produtores de arroz do Brasil.
A produção ocorre com maior intensidade nas microrregiões do Pindaré, Alto
Mearim, Grajaú e, também, nas microrregiões das Chapadas do Alto Itapecuru,
Presidente Dutra, Imperatriz, Caxias e Médio Mearim.

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Mandioca

O Brasil ocupa a segunda posição na produção mundial de mandioca.


A mandioca é cultivada em todas as regiões do Brasil, assumindo destacada
importância na alimentação humana e animal, além de ser utilizada como maté-
ria-prima em inúmeros produtos industriais.
Tem, ainda, papel importante na geração de emprego e de renda, notada-
mente nas áreas pobres da região Nordeste.
No Maranhão, a produção de farinha de mandioca está em todos os seus
217 municípios.
Os maiores produtores no Brasil são o Pará, Bahia, Paraná, Maranhão, Rio
Grande do Sul e São Paulo.
No Maranhão, a maior produção de mandioca é observada nas regiões oeste,
norte e nordeste, com destaque para os municípios de: Zé Doca, Centro Novo do
Maranhão, Bom Jardim, Nova Olinda do Maranhão, Presidente Médici, Pedro do
Rosário e Maracaçumé.

Cana-de-açúcar

O cultivo da cana e a fabricação do açúcar tiveram papel relevante até o


século XIX, com a instalação de numerosos engenhos (vale do rio Itapecuru,
vales dos rios Mearim e Pindaré).
Atualmente, o Maranhão é o quinto maior produtor de cana-de-açúcar do
Nordeste brasileiro (PE, PB, AL, RN).
O cultivo da cana-de-açúcar, embora distribuído pelo território maranhense, tem
sua produção marcante nas microrregiões sul e leste do estado, com forte presença
nos municípios de São Raimundo das Mangabeiras, Porto Franco e Coelho Neto.

Maranhão: dados históricos

Durante o Brasil Colônia, o Maranhão destacou-se como o principal polo pro-


dutor de algodão.
Em fins do século XVIII, foi o primeiro grande produtor e exportador brasileiro, o
que levou o estado, no século XIX, a vivenciar a denominada “economia do algodão”.
Atualmente, o Maranhão é o segundo maior produtor de algodão do Nordeste
brasileiro (atrás da Bahia).
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Extrativismo

O extrativismo é uma atividade econômica que faz referência a toda coleta


animal, vegetal ou mineral de produtos espontaneamente gerados pela natureza.
No Brasil, teve início com a exploração do pau-brasil e extração das “drogas
do sertão”, borracha, madeira, castanha, metais preciosos e cacau.
Com relação ao extrativismo vegetal, no território maranhense, podemos des-
tacar: o babaçu.
O babaçu é a principal fonte de renda do extrativismo vegetal do Maranhão, encon-
trada, principalmente, nos vales dos rios Munim, Itapecuru, Mearim, Grajaú, Pindaré.
É um gerador de emprego e renda para milhares de famílias do estado, tão
importante quanto a pecuária e agricultura.

→ Coco babaçu

O babaçu é matéria-prima na produção de: cremes, sabonetes, xampus,


detergentes, artesanatos, brincos, pulseiras, farinha, azeite, leite, temperos etc.
Lei do Babaçu: movimentos sociais em defesa dos babaçuais e da garantia do
emprego e renda. A Lei do Babaçu livre foi aprovada em 1997 no município Lago
do Junco (conquista do movimento das quebradeiras de coco ao livre acesso):
• Lei n. 05/1997 e Lei n. 01/2002 de Lago do Junco;
• Lei n. 32/1999 de Lago dos Rodrigues;
• Lei n. 255/1999 de Esperantinópolis;
• Lei n. 319/2001 de São Luiz Gonzaga;
• Lei n. 1.084/2003 de Imperatriz.

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Júlio Santos.

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