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– UNIPLAN –
Comissão Editorial
Prof. Dr. Angel Rodolfo Baigorri
Prof. Dr. Carlos Alberto Fernandes de Oliveira
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Prof. Dr. Demóstenes Moreira
Prof. Dr. Eui Jung Chang
Prof. Dr. João Estevão Giunti Ribeiro
Prof.(a) Dr.(a) Maria Raquel Speri
Prof. Dr. Humberto Vendelino Richter
Produção Gráfica
Agência Práxis - Agência Modelo do Cesubra
Editoração Eletrônica
Geraldo de Assis Amaral
Revisão
Professora Claudete Matarazzo Nogueira Carlucci
Capa
Wilton Oliveira Cardoso
Matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores. Direitos autorais reservados. Citação
parcial permitida com referência à fonte.
Cesubra Scientia
Volume 3, Nº 3, 2006 ISSN 1807-4855
SUMÁRIO
1
Leila Soares Teixeira, Mestre em Arquitetura e Urbanismo.
Professora do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal – UNIPLAN.
Endereço eletrônico: leilain1@hotmail.com.
741
Introdução
2
Vêr Holanda em O Espaço de Exceção. Brasília: Editora da Universidade de Brasília
742
demonstrado, na prática, como resolver, no sistema capitalista, o
problema social da coexistência urbana de classes.3”
Estas palavras evidenciam a preocupação de Lúcio Costa em
transformar e utilizar o urbanismo como forma de superação ou
diminuição das desigualdades sociais.
Hoje Brasília é como toda cidade de porte metropolitano cheia de
desequilíbrios sociais. Embora seja uma cidade única, sofre com a
realidade da dinâmica social do país que apresenta este desequilíbrio,
planejada e idealizada por Lúcio Costa, ainda assim não responde de
acordo com os aspectos práticos as expectativas da população da cidade.
Mas por outro, se apresenta como bela alcançando através do sujeito
uma totalidade.
“Quanto ao projeto é assim que sendo monumental e
cômodo, eficiente acolhedor e íntimo...” (Costa, 1991).
Marco Teórico
3
Lúcio Costa, Relatório do Plano Piloto de Brasília, GDF, 1991, p. 20
4
“a geografia nesta época parece Ter sido de se apresentar como o campo de estudo da
terra sendo mais uma demonstração da relação homem e natureza”.(Gomes,1978:44)
743
suficiente, é o instrumento pelo qual será guiado o destino das cidades”
.(discurso de Gean Giradeaudoux – nº 4. CIAM- Carta de Atenas, 1950
Dentro deste contexto o fenômeno urbano metropolitano
consolidou-se nacionalmente reforçando a existência de regiões
(metropolitanas), fazendo emergir aglomerações urbanas de diferentes
portes.
Espaços assentados sobre diversos territórios pedindo suporte
material, infra estrutura (Habitação, equipamento e outros).
Houve neste processo uma velocidade e uma complexidade na
transformação, evidenciando o fato de que não se esgotaram as reflexões
nem é ultrapassado discutir e rediscutir o tema.
Como já foi abordado, qualquer que seja a análise feita esta não
pode ser desligada do contexto social. É preciso sempre partir deste
contexto e os problemas que o envolvem.
Instrumentos como a ilegalidade institucionalizada e a especulação
imobiliária apoiadas na convivência entre o poder público e
empreendedores, dá hoje, nova dimensão a cidade.
Diante das constatações e tendências , é preciso compreender que a
organização de um espaço passa por algo maior do que sua reconstrução
ou mero arranjo espacial onde as políticas estatais e suas ações têm que
ser analisadas como um processo onde deva constar a participação e
interação dos diversos atores envolvidos, moradores, associação
deputados, governo, e outros.
744
proteção ambiental, sem deixar de contemplar o direito a moradia que é
reconhecido como um direito humano e está em diversos tratados
internacionais dos quais o estado Brasileiro participa.
“As chaves para o planejamento urbano estão nas quatro
funções: moradia, trabalho, lazer, circulação.”(LE
CORBUSIER,1957 - Citado em HOLSTOn. J. 1993).”
Esta para ter eficácia pressupõe a ação positiva do estado por meio
de execução de políticas públicas.
Observando-se que, nos últimos dez5 anos, Brasília viu-se
transformar radicalmente, a cidade hoje esta longe de uma proposta
racional de planejamento prévio para grande parte de suas “novas
cidades”, aqui e ali surgiram assentamentos , sem que as autoridades
competentes ousassem barrar.
O surgimento destas localidades se traduziu em um processo de
descrédito, ou desconfiança na força da ordem constituída e séria
desconfiança nas ordens normativas.
A uma nova realidade estampada na cidade. Onde houve uma
mudança agregando forças vindas de: mercado imobiliário, governo e
população.
Estas dimensões econômicas e territoriais sem o menor
planejamento trouxeram em si preocupações que causam a cidade
organizada um certo desconforto.
Estas situações resultam na total e rápida transformação da
paisagem do Distrito Federal. Onde a não preocupação com infra -
estruturas como; escolas, hospitais, lazer e outros, além do prejuízo
financeiro da ilegalidade que é gigantesco já que os impostos não podem
ser recolhidos.
Não há aí o entendimento de que a urbanização e organização de
uma cidade, passa pela organização de compromissos entre vários atores
sociais. E além do conjunto de intenções desses atores , não se leva em
conta o aspecto do lugar como; fisiográficos, bióticos, e antrópicos,
fazendo com que a cidade padeça em um palco de disputas corporativas
a luz da composição de forças onde diversos são os novos atores,
5
Correio Brasiliense, janeiro de 2005.
745
fazendo-se necessário a formulação de novas políticas para compensar
estas disputas.
“A cidade é, antes de mais nada, um sistema de costumes
e tradições, aos quais correspondem atitudes e sentimentos
organizados, que transcendem o mero agrupamento de
indivíduos e de convivências sociais.”(lefebvre).
“a crescente necessidade de enfrentar os problemas
psicológicos, técnicos, organizacionais e políticos da
urbanização maciça foi um dos canteiros em que
floresceram os movimentos modernistas.” (HARVEY D.
1993)
Considerações finais
746
Talvez quando um número suficiente de pessoas ver o quadro e
seguir o seu lampejo, a utopia encontrará seu lugar no mapa. “No céu há
um modelo de cidade assim, e aquele que quiser poderá contemplai-la, e
contemplado-a, orientar-se segundo o que viu. Mas se realmente existe,
algum dia haverá tal cidade na terra(...) elas irão agir de acordo com
as leis da cidade, e de nenhuma outra” (Platão).
Referências bibliográficas
747
HOLANDA, F. A Cidade e a Questão da beleza. In Anais do 4
SEDUR. Brasília: FAU-UnB, 1995.
748
Desenvolvimento Histórico da Criptografia
1
Jorge Loureiro Dias é Professor do Centro Universitário Planalto do Distrito Federal.
Endereço eletrônico: jloudias@bol.com.br
749
Introdução
750
sucessivamente.
A B C D E F G H I J K L M
Z Y X W V U T S R Q P O N
Tabela 1 – Cifra de ATBASH
751
O código de Políbio é um exemplo de cifra de substituição que
troca letras pela combinação de dois números referentes a sua posição.
1 2 3 4 5
1 A B C D E
2 F G H I J
3 K/Q L M N O
4 P R S T U
5 V W X Y Z
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C
752
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
T R O C A D B E F G H I J K L M N P Q R S U V W X Y
Figura 4 – Código de César com palavra-chave
753
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
0 A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
1 B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A
2 C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B
3 D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C
4 E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D
5 F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E
6 G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F
7 H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G
8 I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H
9 J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I
10 K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J
11 L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K
12 M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L
13 N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M
14 O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N
15 P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O
16 Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P
17 R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q
18 S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R
19 T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S
20 U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T
21 V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U
22 W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V
23 X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W
24 Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X
25 Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y
754
A cifra de Vigenère é polialfabética e pode ser considerado como
uma variante do Código de César, só que, ao invés de deslocar cada letra
um número fixo de posições para obter a letra cifrada, o deslocamento é
variável e determinado por uma frase ou palavra-chave.
Abaixo, segue um exemplo de utilização de cifragem da frase
“cifra de Vigenère”, utilizando a palavra-chave “cripto” e a tabela de
Vigenère acima.
Texto Claro C I F R A D E V I G E N E R E
Chave C R I P T O C R I P T O C R I
Deslocamento 2 17 8 15 19 14 2 17 8 15 19 14 2 17 8
Cifrado E Z N G T R G M Q V X B G I M
Figura 6 – Exemplo da cifra de Vigenère.
Com o passar dos anos, novas cifras foram surgindo, cada vez
mais sofisticadas devido aos avanços nas áreas da Matemática. Gottfried
Wilhelm von Leibniz (1646-1716), apresentou um estudo inovador que
lançou nova luz sobre o cálculo diferencial e integral, a máquina de
calcular e descreveu minuciosamente o sistema binário.
Como se pode notar, até o final da Idade Média a criptografia era
predominantemente manual e pautada na utilização de cifras
monoalfabéticas. Os métodos de análise de freqüência e palavra
provável provaram ser eficientes técnicas de criptoanálise, até o
surgimento da Cifra de Vigenère. A esteganografia também foi
fartamente utilizada nesta época.
Na Idade Moderna, cifras mais complexas proliferaram, graças aos
incentivos dos governantes, os avanços matemáticos e descobrimentos.
A utilização da criptografia era seletiva e utilizada, quase sempre, por
governantes e militares.
755
Criptografia contemporânea e atual
756
Cada tecla e cada lâmpada eram conectadas por 26 fios, os rotores
moviam-se de forma independente de modo a produzirem uma
correspondência entre a letra original e a cifrada. Nenhuma letra podia
ser cifrada por ela própria. Para complicar ainda mais os submarinos
alemães, conhecidos como “ U-Boat” , utilizavam Enigmas de 4 rotores.
757
O DES é um algoritmo simétrico e, desde seu nascimento foi
considerado passível de quebra por meio do método da força bruta. Para
manter-se, o DES evoluiu, chegando ao 3DES, que de forma sumária é
executar o DES três vezes, na mensagem.
Em 1977, Ronald L. Rivest, Adi Shamir e Leonard M. Adleman
apresentam o algoritmo assimétrico RSA, base dos sistemas de chave
pública, que causaram uma verdadeira revolução no mundo da
criptologia. Além de trabalhar com funções matemáticas complexas,
realizando operações com números primos extremamente grandes, a
criptografia de chave pública eliminou o problema de transmissão da
chave, ponto frágil dos algoritmos simétricos. O usuário passou a ter um
par de chaves: uma privada, de conhecimento e posse apenas do usuário
e uma pública, de conhecimento geral. Qualquer mensagem
criptografada com uma das chaves só pode ser decriptografada com a
outra.
Em 1990, surge a Criptografia Quântica, que usa fótons únicos
para transmitir um fluxo de bits chave para uma posterior cifragem
Vernam da mensagem (ou outros usos).
Ainda nos anos 90, Phil Zimmerman apresentou ao mundo o PGP
(Pretty Good Privacy), programa de computador gratuito que, utilizando
padrões de criptografia assimétrica e simétrica , garantiu privacidade das
comunicações ao usuário comum e tornou-se padrão para cifrar
mensagens transmitidas pela Internet.
No mesmo período, surge a criptoanálise diferencial, desenvolvida
por Biham e Shamir. Utilizada para decifrar as mensagens criptografadas
pelo DES, esta técnica compara pares de textos em claro e pares de
textos cifrados, buscando padrões que possibilitem traduzir a mensagem.
Em 2000, depois de quase trinta anos como padrão, o DES não
resistiu aos progressos na criptoanálise e a capacidade de processamento
distribuída, sendo decifrado pela máquina EFF DES Cracker em 56 e
depois em 22 horas. Para substituí-lo o Governo Americano selecionou o
algoritmo de Rijndael , que deu origem ao Advanced Encryption
Standard (AES), padrão atual.
Do início da Idade Contemporânea aos dias atuais, a explosiva
758
evolução dos meios de comunicações e o advento da Internet fizeram
com que a criptografia passasse a ser uma necessidade de todos os
segmentos da sociedade. Máquinas mecânicas e digitais substituíram a
criptografia manual, tornando o processo de cifragem cada vez mais
complexo e pesado. O grande marco do período foi, sem dúvida, o
surgimento da criptografia assimétrica.
Criptografia no Brasil
759
Brasileira, a ICP-Brasil, gerenciada pelo Instituto de Tecnologia da
Informação (ITI), da Casa Civil, com a finalidade de prover certificação
digital, utilizando criptografia assimétrica.
Utilizando o SERPRO como principal Autoridade Certificadora, a
ICP-Brasil já foi adotada por várias instituições, inclusive Secretaria da
Receita Federal, que, desde 2005, já implementou a certificação digital
na declaração do imposto de renda.
Conclusão
760
Referências bibliográficas
761
Análise fatorial. Uma Análise do Teste Não Verbal de Raciocínio
para Crianças
763
Introdução
2. Referencial teórico
764
segundo Caixeta (1999), “...revela-se na construção dos itens, ou seja,
eles foram elaborados de forma que a solução se baseasse na percepção
espacial ou lógica de uma gestalt (forma)”. Ainda segundo Caixeta
(1999), a última corrente, “fala de um desenvolvimento em etapas e
numa direção progressiva”.
Entretanto, Pondaag (1999) salienta que Pasquali (1997) não
considera necessário se admitir a teoria dos dois fatores para se poder
aproveitar das idéias de Spearman e de Raven. Em pesquisas feitas sobre
as matrizes progressivas de Raven, ele verificou que referidos testes são
compostos dos seguintes fatores: percepção da gestalt, raciocínio
analógico, raciocínio analógico abstrato e dedução reflexiva. Estes
fatores são altamente relacionados, o que define que os teste de Raven
medem um grande fator, o do raciocínio, em conseqüência disso, os
testes utilizaram a teoria dos dois fatores.
3. Metodologia
765
correlação é perfeitamente fatorizável. Quanto mais distante de um for
esta estatística, mais precária se torna a fatorabilidade da matriz de
covariância, pois indica que as variáveis não têm muita coisa em
comum. Kaiser (1974) caracteriza os valores do KMO como sendo: 0,90
– maravilhoso; 0,80 – meritório; 0,70 – mediano; 0,60 – medíocre; 0,50
– miserável; e os valores abaixo de 0,50 – inaceitáveis;
III. Quadrados dos coeficientes de correlações múltiplas (R2) –
mede a grandeza de associação linear entre as variáveis;
IV. O determinante da matriz de correlação – o valor do
determinante deve ser muito próximo de zero, indicando que a matriz
pode ser reduzida.
Tendo em vista que análise fatorial tende a expressar grande
número de variáveis por um conjunto reduzido de fatores, é necessário
definir critérios para escolha do número de fatores (extração), os quais
são relacionados a seguir:
I. Eigenvalues – de acordo com Kaiser (1974), este critério
consiste em eliminar os componentes e fatores que apresentem os
eigenvalues menores do que um, pois explica menos que a variância
total de uma única variável;
II. Teste scree – para Carttell (1966), tem por objetivo plotar os
eigenvalues e descobrir por inspeção visual onde os pontos que
representam os componentes passam de uma inclinação acentuada para
uma quase horizontal, retendo apenas os que se encontram a esquerda
deste ponto;
III. Critério Harman (1967) – neste critério são considerados os
fatores que explicam pelo menos 3% da variância total das variáveis, por
ser o nível mínimo de relevância para um determinado fator.
Após avaliados todos os critérios mencionados anteriormente, a
decisão de quantos fatores devem ser escolhidos, ainda depende da
análise da independência, da suficiência (matriz residual), e também da
consistência dos fatores, os quais são definidos a seguir:
I. Independência dos fatores – a correlação entre os fatores deve
situar-se abaixo de 0,30, caso contrário, haverá problemas de
multicolinearidades entre os fatores.
766
II. Matriz residual – esta matriz resulta da diferença entre a matriz
de correlação das variáveis observadas e a matriz reproduzida a partir da
matriz fatorial. Os resíduos acima de 0,05 são considerados elevados, e
aceita-se que somente 5% de tais resíduos sejam considerados grandes.
A rejeição desta hipótese indica que existe algum outro fator a ser
extraído, ou seja, os fatores extraídos não são suficientes.
III. Consistência do Fator – Baseia-se na análise do alfa de
Cronbach, a qual considera-se um fator dito consistente, se o seu
coeficiente de fidedignidade apresentar um alfa maior ou igual a 0,80.
4. Análises e Resultados
4
“Há duas regras que auxiliam nesta decisão: se o pesquisador sabe mais ou menos o
número de fatores que a matriz contém deve usar 100 casos para cada fator; se o
pesquisador não tiver nenhuma idéia sobre o número de fatores contidos na matriz,
deve usar cerca de 10 casos para cada variável observada”. (Pondaag,1999)
767
4.1 Fatorabilidade da Matriz de Correlação
5
Segundo Pasquali (2000), caso as variáveis sejam independentes, não existirá fatores
ou componentes comuns, e a análise produzirá tantos fatores quantas forem as
variáveis.
768
componentes que seja menor que as variáveis observadas (Pasquali,
2000).
O primeiro critério que foi utilizado para definir o número de
fatores comuns entre as variáveis, consiste em observar as
recomendações de Kaiser (1974), que sugere rejeitar os componentes ou
fatores que apresentem eigenvalues menores do que um. Assim sendo,
19 fatores são escolhidos. Outro critério é o teste Scree, que de acordo
com Cattell (1966), sugere utilizar o gráfico para tomar decisão do
número de componentes importantes a reter. Desta forma, através da
inspeção visual do gráfico 1.1, o número ótimo de fatores estaria entre 2
e 4. Outro procedimento, é o defendido por Harmam (1967), que
considera que um fator só será relevante se explicar mais que 3% da
variância total das variáveis, neste caso 4 fatores obedecem este critério,
sendo responsáveis por 29,24% da variância total.
A partir destes testes, tendo como base o princípio da parcimônia,
o número de fatores comuns a serem utilizados será entre 2 e 4. Para
definição do número exato, é necessário fazermos a rotação dos fatores
para os casos já mencionados.
6
Os alfas de Cronbach calculados foram de 0,8802 e 0,8914, para os fatores 1 e 2,
respectivamente.
7
Os alfas de Cronbach calculados foram de 0,8785, 0,9137 e 0,4263, para os fatores 1,
2 e 3, respectivamente.
769
quanto a extração se dá para 4 fatores, os fatores 1 e 3 são considerados
inconsistentes, enquanto os fatores 2 e 4 apresentam níveis satisfatórios
e confiáveis8. Uma outra análise para fundamentar a decisão de quantos
fatores utilizar, depreende-se da análise da matriz de correlação residual,
a qual resulta da subtração da matriz de correlação original e a matriz de
correlação reproduzida. Com relação a este critério, encontramos 24%,
20% e 17% de resíduos acima de 0,05, para o primeiro (2 fatores),
segundo (3 fatores) e terceiro (4 fatores) casos, respectivamente. No
entanto, conforme definido na teoria, os resíduos grandes (acima de
0,05) não podem ser superiores a 5%. Sendo assim, significa que há em
todos os casos boa parte da variância comum que não é explicada pelos
fatores extraídos. Com relação a independência dos fatores, os resultados
mostram, em todos casos, que os fatores podem ser considerados
estatisticamente independentes, dado que a correlação entre os fatores
apresentam valores abaixo de 0,30, conforme as tabelas 1.2, 1.3 e 1.4
anexas.
Conclusão
8
Os alfas de Cronbach calculados foram de 0,7687, 0,9002, 0,4909 e 0,8364, para os
fatores 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
770
Referências Bibliográficas
771
Anexos
df 1770
Sig. .000
Fonte: SPSS 10.0
Factor 1 2
1 1,000 -,285
2 -,285 1,000
Extraction Method: Principal Axis Factoring. Rotation Method: Oblimin with Kaiser Normalization.
Factor 1 2 3
1 1,000 -,193 ,248
2 -,193 1,000 -,263
3 ,248 -,263 1,000
Extraction Method: Principal Axis Factoring. Rotation Method: Oblimin with Kaiser Normalization.
Factor 1 2 3 4
1 1,000 -,188 ,209 -,316
2 -,188 1,000 -,291 ,176
3 ,209 -,291 1,000 -,163
4 -,316 ,176 -,163 1,000
Extraction Method: Principal Axis Factoring. Rotation Method: Oblimin with Kaiser Normalization.
772
Gráfico 1.1 – Scree Plot
Scree Plot
12
10
4
Eigenvalue
0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58
Component Number
773
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Rua Borges de Figueiredo, 932
Mooca, São Paulo, SP - CEP: 03110001
FONE: (11) 6292-1377 - FAX: (11) 6096-7062
E-mail: sar-sol@ibest.com.br
774