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ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA INFANTE D.

HENRIQUE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MARÍTIMA

Licenciatura Em Engenharia De Máquinas Marítimas

M312- Maquinas De Combustão Interna

PL04- Curvas De Binário, Potencia E Consumo Específico De Combustível

Prof. J Trindade

María Alejandra Aguilar Toribio – 11551

25-10-2018

1
ÍNDICE
SIMBOLOGÍA ................................................................................................................. 2
ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................... 2
ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................... 3
ÍNDICE DOS GRÁFICOS ............................................................................................... 3
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
PRODECIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................................... 5
RESULTADOS ................................................................................................................ 7
CÁLCULOS ................................................................................................................. 7
TEORIA PRATICA .................................................................................................. 7
RESOLUÇÃO ........................................................................................................... 8
GRÁFICOS ................................................................................................................... 9
ANALISE DOS GRÁFICOS .................................................................................. 11
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 12
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 13

SIMBOLOGÍA
Ne: Potência Efetiva
Cee= Consumo Especifico efetivo
ω= Velocidade angular
Ch= consumo horário do combustível
Be= Binário Efetivo
ME: Main Engine
MD: Main Diagram
FO: Fuel oil
SCV REC PRESS: pressão do ar de lavagem
EXH REC PRESS: pressão do ar de evacuação
EXH REC TEMP: temperatura do ar de evacuação

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Resultados da simulação ................................................................................. 7
Tabela 2- Resultados dos cálculos efetuados ................................................................... 9
Tabela 3 – Dados da Velocidade e potencia efetiva (Ne)................................................. 9
Tabela 4- Dados da velocidade e o binário efetivo (Be) ................................................ 10
Tabela 5- Dados da velocidade e o consumo específico efetivo. ................................... 10

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ÍNDICE DE FIGURAS
Fig. 1 Main Engine Control, nesta secção variávamos as velocidades .......................... 5
Fig. 2 - ME Load Diagram , observamos a estabilidade da maquina. .............................. 5
Fig. 3- Fuel Oil System, verificamos o estado da potência efetiva e o consumo de
combustível volúmico. ..................................................................................................... 6
Fig. 4 - ME Turbocharger System, Exh. Rec Press (esq) e SVC Rec Press, SCV Rec
Temp (der) ........................................................................................................................ 6

ÍNDICE DOS GRÁFICOS


Gráfico. 1- Curva da potência efetiva e a velocidade ....................................................... 9
Gráfico. 2- Curva do binário efetivo .............................................................................. 10
Gráfico. 3 – Gráfico do consumo específico efetivo ...................................................... 10

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INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir tem como objetivo principal, ajudar ao estudante a compreender
mediante um simulador as relações existentes entre a carga do motor e o binário, a
potência e o consumo de combustível.
Uma máquina de combustão interna, é uma máquina que obtém energia mecânica
diretamente da energia térmica de um combustível que arde dentro de uma camara de
combustão.
As curvas características são utilizadas para analisar o comportamento do binário,
potência e consumo de combustível em função da rotação da árvore de manivelas dos
motores.
A potência representa a taxa de transformação da energia ao longo do tempo. A energia
térmica é proveniente da reação de combustíveis com o ar atmosférico. Nem toda a
energia térmica gerada na combustão é transformada em energia mecânica. Assim, para
fins de avaliação desses motores, temos três tipos de potências: teórica, indicada e efetiva.
A potência deve ser expressa pelos fabricantes de motores na unidade do Sistema
Internacional, isto é, em W ou seus múltiplos.
A potência efetiva (Ne) é estimada em função do binário e da rotação no volante do motor.
Consumo específico de combustível: CEC e CECI – É uma medida da eficiência do motor
• Quantos gramas de combustível são necessários para produzir 1 kW.
O binário motor é o binário responsável pela rotação da cambota do motor. No caso
concreto de um motor em funcionamento tem-se o seguinte: A pressão criada devido ao
processo de combustão no interior do cilindro, produz uma força sobre a coroa do êmbolo.
Esta força durante o tempo de expansão (tempo motor) é aplicada à biela e transmitida
por esta à manivela da cambota fazendo-a rodar (sistema biela manivela). Ao esforço de
rotação assim criado dá-se o nome de binário motor.
O relatório é composto pelas seguintes partes:
Introdução: é uma breve explicação do trabalho para familiarizar ao leitor o
assunto tratado.
Procedimentos: é uma explicação de cada um dos passos que foram feitos para
registrar os dados que eram precisos (Potencia efetiva, velocidade de rotação,
pressão dos gases de evacuação, pressão do ar de lavagem e a temperatura dos
gases de evacuação).
Cálculos: nesta secção foram feitos os procedimentos matemáticos para poder
obter os valores do Binário efetivo, o consumo específico efetivo, a traves dos
dados registrados; os quais eram necessários para poder tirar os gráficos que
também são presentados nesta secção. Inclui-se também uma breve explicação
das equação utilizadas y os respetivos analise dos resultados obtidos dos gráficos.
Conclusões: nesta secção estão os comentários finais do relatório y os objetivos
atingidos assim como também alguns comentários de como poder obter melhores
resultados na hora de realizar o trabalho pratico.
Bibliografia: fontes de consulta para a realização do relatório.

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PRODECIMENTO EXPERIMENTAL
O trabalho prático laboratorial foi feito em um simulador MAN B&W 5L90MC, de baixa
velocidade, com 5 cilindros e 2 Tempos.
Com o simulador foram obtidos os valores da potência efetiva (Ne), velocidade de
rotação, o consumo de combustível, a pressão do ar de lavagem e dos gases de evacuação,
a temperatura dos gases de evacuação.

 INÍCIO DA SIMULAÇAO

Iniciamos a simulação com “ ME Auto Chief – Main Engine Control” (Fig. 1) onde
fomos aumentando a velocidade de rotação da máquina.

Fig. 1 Main Engine Control, nesta secção variávamos as velocidades


Para poder tirar os valores necessários foi preciso esperar certo tempo para que a máquina
seja estabilizada. Nós observamos isto em MD 128 “ ME Load Diagram” por medio do
diagrama (Fig.2), onde o cursor (+) em preto tinha de coincidir com a linha 6 em preto
para assegurarmos que a máquina estava estabilizada.

Fig. 2 - ME Load Diagram , observamos a estabilidade da maquina.


Despois de ter a máquina estabilizada fomos a procura dos valores necessários.

5
Registamos os valores de consumo de combustível volúmico na secção Fuel Oil System,
MD 11 “FO FLOW”, (fig.3), o qual estava em [mˆ3/h] e também registamos a potencia
efetiva (Ne) [MW].

Fig. 3- Fuel Oil System, verificamos o estado da potência efetiva e o consumo de


combustível volúmico.
Comentários: Nós precisávamos do consumo de combustível mássico [ton/h] pelo qual
tivemos que multiplicar o valor do consumo do combustível volúmico [mˆ3/h] pela massa
específica [ton/mˆ3] do combustível a qual é 0.960 [ton/mˆ3] o qual foi indicado pelo
professor na aula.
Registamos os valores da pressão do ar de lavagem (SCV) [bar], a pressão do ar dos gases
de evacuação (bar) e a temperatura dos gases dos gases de evacuação [°C], no MD 13
"ME Turbocharger System"( fig.4).

Fig. 4 - ME Turbocharger System, Exh. Rec Press (esq) e SVC Rec Press, SCV Rec
Temp (der)

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RESULTADOS
Valores registados da simulação:
Potencia Velocidade Consumo do Pressão do Pressão do Temperatura
Efetiva de rotação combustível ar de ar dos gases dos gases de
[MW] da máquina [mˆ3/h] lavagem de evacuação
[rpm] (SVC) evacuação [°C]
[bar] [bar]
3.35 45 0.95 0.46 0.39 286.35
5.15 50.5 1.14 0.53 0.46 286.80
6.78 55.1 1.73 1.05 0.90 322.75
10.96 64.31 2.14 1.24 1.05 323.73
16.73 74.01 3.33 2.01 1.66 366.83
Tabela 1 – Resultados da simulação
Comentários: como o consumo que temos na tabela 1 é o consumo do combustível
volúmico e o que precisamos é o consumo mássico temos de fazer a multiplicação para
cada mas das condições de carga pela massa específica do combustível.

CÁLCULOS
TEORIA PRATICA
Nesta secção algumas das fórmulas a usar estão detalhadas a seguir.
O binário do motor representa a força do motor; neste caso temos o binário efetivo. Só
que a força não é a mesma em todas as rotações e esta dada pela equação 1:
𝑁𝑒
𝐵𝑒 = 𝜔 (Equação 1)
2𝜋𝑛
Onde 𝜔 = , n, é a velocidade de rotação por minuto, Ne é a potência efetiva a qual foi
60
medida do simulador no laboratório.
O consumo do combustível é também diferente para cada uma das velocidades de rotação.
No trabalho laboratorial os valores registrados para o consumo do combustível estavam
em la unidade [mˆ3/h] (Consumo horário volúmico); pelo qual foi necessário fazer uma
multiplicação pela massa específica [Ton/mˆ3] do combustível (a qual foi dada pelo
professor na aula), para obter o consumo do combustível mássico [Ton/h].
𝐶ℎ, 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 = 𝐶ℎ, 𝑣𝑜𝑙ú𝑚𝑖𝑐𝑜 ∗ 𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎 (Equação 2)
O consumo específico efetivo do combustível, indica a eficiência que tem o motor para
transformar o carburante em energia mecânica, e expressa-se como a quantidade de
carburante que há que consumir para obter uma potência, durante certo tempo. O seja:
𝐶ℎ,𝑚𝑎𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜
𝐶𝑒𝑒 = (Equação 3)
𝑁𝑒

7
RESOLUÇÃO
2𝜋𝑛
𝜔=
60
𝑇𝑜𝑛
Massa especifica do combustível= 0.960𝑚ˆ3

PARA UMA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DA MÁQUINA DE 45 RPM:


 Agora podemos calcular o binário efetivo (Equação 1)

𝑁𝑒 3.35𝑥106 𝑊
𝐵𝑒 = = = 710.89𝐾𝑁𝑚
𝜔 2𝜋(45)
60
Ne já foi registrado como o simulador pelo que não é preciso calcular.

 O consumo de combustível mássico:

𝑚3
O consumo de combustível volúmico: 𝑐ℎ = 0.95

𝑡𝑜𝑛
A massa específica do combustível: 𝑚𝑠 = 0.960
𝑚3

𝑚3 𝑡𝑜𝑛 𝑡𝑜𝑛
𝐶ℎ, 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 = 𝑚𝑠 ∗ 𝐶ℎ, 𝑣𝑜𝑙ú𝑚𝑖𝑐𝑜 = 0.95 ∗ 0.960 3 = 0.912
ℎ 𝑚 ℎ
Como já foi explicado para poder obter o Ch, mássico era preciso fazer a multiplicação
pela massa específica do combustível.
 O combustível específico efetivo é:

𝑡𝑜𝑛
𝐶ℎ 0.912
𝐶𝑒𝑒 = = ℎ = 0.272𝑥10−6 𝑡𝑜𝑛
𝑁𝑒 3.35𝑥106 𝑊 𝑊ℎ
Como já temos o Ch e Ne só tínhamos que pôr os dados.
Comentários: Como a maneira de fazer os cálculos para todas as velocidades é a mesma
que para 45 rpm, no relatório apenas os cálculos para esta velocidade são apresentados
e entende-se que todos os resultados foram obtidos da mesma maneira para as outras
velocidades.

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TABELA DE RESULTADOS

Cálculos efetuados para cada uma das condições de carga

Velocidades 45.00 50.50 55.10 64.31 74.01


[rmp]
Potencia 3.35 5.15 6.78 10.96 16.73
efetiva
[MW]
Binário 710.89 973.4 1175.03 1627.43 2158.62
efetivo
[KNm]
Consumo 0.912 1.09 1.66 2.05 3.19
mássico do
combustível
[ton/h]
Consumo 0.272𝑥10−6 0.212𝑥10−6 0.244𝑥10−6 0.187𝑥10−6 0.190𝑥10−6
específico
efetivo
[ton/Wh]
Tabela 2- Resultados dos cálculos efetuados

GRÁFICOS
Nesta secção temos os gráficos os quais são de ajuda para ter uma ideia mais clara do
funcionamento do motor, estas curvas também permitem estabelecer uma relação entre a
potência desenvolvida ou o consumo de combustível e os diversos factores que os
influenciam.
Estas curvas são importante já que permitem ter uma previsão do comportamento futuro
da máquina.
 No gráfico 1 temos a relação da velocidade e a potência efetiva

V(rpm) Ne(MW)
45 3.35
POTENCIA EFETIVA VS
50.5 5.15 VELOCIDADE
55.1 6.78 20 16.73

64.31 10.96 15 10.96


PE(MW)

74.01 16.73 10 6.78


5.15
Tabela 3 – Dados da Velocidade e 3.35
potencia efetiva (Ne) 5

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
VELOCIDADE(RPM)

Gráfico. 1- Curva da potência efetiva e a velocidade

9
No gráfico 2 temos a relação do binário efetivo e a velocidade

V(rpm) Be(KNm) BINARIO EFETIVO VS


45 710.89 VELOCIDADE
50.5 973.4
2500 2158.62
55.1 1175.03
2000 1627.43
64.31 1627.43

BE(KNM)
1500 1175.03
74.01 2158.62 973.4
1000 710.89
Tabela 4- Dados da velocidade e o
binário efetivo (Be) 500
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
VELOCIDADE (RPM)

Gráfico. 2- Curva do binário efetivo

 No gráfico 3 temos a relação do consumo específico efetivo com a velocidade

Ne(MW) Cee(Ton/Wh)
3.35 0.000000272 CONSUMO ESPECIFICO EFETIVO VS
5.15 0.000000212 POTENCIA
CONSUMO ESP. EFETIVO(TON/WH)

6.78 0.000000244 0.0000003


10.96 0.000000187 2.5E-07
16.73 0.00000019 0.0000002
Tabela 5- Dados da velocidade e o 1.5E-07
consumo específico efetivo. 0.0000001
5E-08
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
POTENCIA (MW)

Gráfico. 3 – Gráfico do consumo específico efetivo

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ANALISE DOS GRÁFICOS

No gráfico 1: A potência no gráfico cresce todo o tempo com o aumento da velocidade de


rotação. O seja a potência é proporcional á velocidade dentro de um rango, fora de esta, a
potência já não é proporcional e esta chega em um ponto onde empeza a descer (mas o ultimo
dito é só um comentário, já que em nosso gráfico a potencia é proporcional á velocidade).

No gráfico 2: O binário aumenta também com o aumento da velocidade.

No gráfico 3: vemos que o consumo específico tem um pico (A), o qual é devido á estabilidade
do motor não foi completada pelo cual o consumo não é mui correto neste ponto.

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CONCLUSÃO

É importante dizer que a análise dos resultados obtidos varia para outros tipos de motores.
Objetivo principal do relatório foi atingido, dando-se por entendido como é que estas
variáveis como o binário, a potência e o consumo específico, relacionam-se entre si e
como isto afeta o funcionamento do motor. Quando o motor gira muito lentamente, os
valores de potência e binário são baixos. À medida que o regime sobe, os dois valores
aumentam. Para o motor estudado viu-se que quando tínhamos mais velocidade a
potência ia crescendo e igual para o binário. A potência continua aumentar, pois apesar
de ser cada vez menor o trabalho realizado em cada "explosão", o maior número destas
por unidade de tempo compensa, com vantagem, aquela diminuição.
O aumento da potência mantém-se até se atingir a potência nominal, obtida ao regime
nominal do motor, passando depois a diminuir, devido ao trabalho motriz em cada
explosão diminuir tanto, que não pode ser compensado pelo maior número de tempos
motores por unidade de tempo. Em nosso gráfico não foi possível ver isto mais é
importante ter em conta que é o que pode suceder se atingimos a potência nominal do
motor.
A curva de consumo específico de combustível apresentam geralmente a forma com
máximos para potências baixas e altas e um mínimo; o mínimo absoluto corresponde
normalmente a um valor próximo do binário máximo. O seja sendo máximo em regimes
baixos, diminuindo à medida que este aumenta, crescendo depois novamente para os
regimes mais altos. Em nosso gráfico existe uma variação a qual é devido á estabilidade
do navio, pois os dados foram registrados antes que estabilizara.
O análise de cada um dos factores antes mencionado são muito importante para conhecer
o funcionamento do motor, além de isto, é usado para fazer comparações económicas
entre os diferentes motores com mais quantidades de cilindros, potencia ou cilindrada.

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BIBLIOGRAFIA

Manual do Simulador; Parte III, capítulo 3;

J. Trindade, Motores de Combustão Interna, Cap. 3, 2014.

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