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Maria Lacerda de Moura
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Ferrer
O Clero Romano
e a
Educação Laica
Maria Lacerda de Moura
Barricada Libertária
2012
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DA AUTORA
“A mulher é uma Degenerada” – 3.*edição – 1931
Lições de Pedagogia (volume 1) – 1925
Religião do Amor e da Beleza 1925 esgotado
La mujer es uma degenerado? – 1929 – Edição de Buenos Aires
De Amundsen a Del Prete – 1928.
O clero e Estado – Confedencia – 1931.
Civilização – tronco de escravos – 1931
Serviço militar obrigatório para mulher? – Recusome. Denuncio – 1932
Amai e... não vos multipliqueis – 1932
Han Ryner e o Amor Plural – 1933.
__________________________
NO PRÉLO:
Gandhi.
No País dos Homens Livres ( tradução de Les Pacifiques, de Han Ryner.
Quero aprender a ler, Mamãe. Cartilha escolar aprovado pela Diretoria do
Ensino de São Paulo.
___________________________
A SAIR:
Guerra à Guerra!
Psicologia Pedagogia – 1.° e 2.° volumes de Pedagogia.
O Problema do Amor visto pela Mulher: George Sand, Isadora Duncan,
Alexandra kollontai, Federica Montseny.
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Edição Original:
Ferrer
O Clero Romano
e a
Educação Laica
São Paulo – 1934
Digitalização e Diagramação
Danças das Ideias
Barricada Libertária
São Paulo, 2012
http://dancasdasideias.blogspot.com/
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Caixa Postal: 5005
CEP: 13036970
Campinas – São Paulo
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Ferrer apostolo da não violência
O EDUCADOR REVOLUCIONÁRIO
FERRER – PEDAGOGO E EDUCADOR INDESEJÁVEL...
Ferrer não foi integrado ainda no lugar a que tem direito,
como criador da Escola Nova. Compreendese: luta de
classe...luta de poderes. Ferrer é um desertor da burguesia. E’ o
crime que a burguesia não pode perdoar.
Nunca Ferrer distinguiu burguesia de proletários, ricos ou
plebeus, homens ou mulheres: era humano, sentiu a dor
universal, lutou contra a mediocridade cultivada pela educação.
E os pedagogo de laboratório, de experimentações cientificas
ou educacionais na cobaia humana... Ressentemse, quais todos,
da diátese burguesa...
E Ferrer é afastado cuidadosamente do quadro social dos
educadores modernos. Está por de mais próximo de nós para que
o Estado ou a escola oficial o passa prestigiar, prestandolhe as
homenagens do estilo.
Aliás, a Nova Republica Espanhola, por engano (porque é
muito criança e quer fazer garbo do seu liberalismo...) já se
penitenciou perante o apostolo e mártir do ensino racionalista. E
está na regra: homenageia a Ferrer porque esta morto, e
persegue os vivos coerentes com ideias do mártir e apostolo de
Escola Nova.
Demais, o Estado, filho das organizações sociais, defendido,
protegido, mantido pelas quatro castas da civilização moderna –
o capitalista, o militar, o sacerdote e o político – dos quais, o
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capitalistas e o padre exercem predomínio absoluto, movendo os
cordéis do imenso “guignol” social, o Estado obedece e acata as
deliberações e a atitude farisaica da Igreja Romana – a mais
admiravelmente organizada de todas as organizações sociais do
mundo hodierno.
Ferrer é filho espúrio e moral social. Porque, defender os
interesses do proletariado ou pretender colocar em igualdade de
condições sociais, em igualdade de direitos com a burguesia, é
quase ofensa aos brios invertidos das classes parasitarias, as
quais vivem á custa do trabalhador, certas de que gozam de um
direito divino...
Ferrer praticou mãos um crime inominável de ser
absolutamente sincero e defensor, incondicionalmente, a criança
– contra a escola religiosa e contra a escola oficial.
Derrubou dois altares... Iconoclasta, quebrou dois ídolos
ferozes, desencadeando a tormenta por sobre o seu destino
heroico.
“Nem Dogmas, Nem velhos usos, porque uns e outros
representam formulas que prendem a vitalidade mental dentro
dos limites impostos pelas exigências das fases transitórias da
evolução social.”
“O cérebro do individuo deve ser o instrumento da sua
vontade”
“Querendo que as verdades da ciência brilhem com o seu
próprio brilho e ilumine cada inteligência por tal modo que,
postas em prática, possam trazer felicidade ao gênero humano,
sem exclusões indignas, nem exclusivismos repugnantes.”
Esse é o verbo de Ferrer.
Ser humano assim é ser ingênuo.
E a ingenuidade santa é o apanágio dos apóstolos e dos
precursores e anunciadores.
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Que diferencia, por Exemplo, entre Ferrer e Emile Durkheim,
cujos livros de sociologia e educação constituem o breviário da
Escola Nova! Tomese um dos seus livros, por acaso, Educação e
Sociologia e, em duas palavras, é doloroso verificar como os
expoentes máximos da pedagogia moderna estão a serviço da
reação, da sociedade e do estado.
Diz Emile Durkheim: “A educação tem por objetivo suscitar e
desenvolver na criança, certo numero de estados físicos,
intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu
conjunto, e pelo meio especial a que a criança particularmente
destina.” Em resumo: “a educação á a socialização da criança.”
E’ lamentável simplesmente. E Durkheim não observa
apenas o fato geral de cada sociedade ou cada Estado se
aproveitar da sua autoridade para se aproveitar da sua
autoridade para fazer a criança instrumento das suas ambições
políticas ou sociais, Durkheim aplaude e acoroçoa essa atitude.
Defende a sociologia burguesa dos acomodados...
O Prof. Paul Fauconnet, da Sorbonne (!) estudando, elogiando
a obra de Durkheim, defendendoa da critica séria, conclui, com
um sofisma: “Si preparar uma pessoa é atualmente o fim da
educação, e si educar é socializar, concluamos que . E’ esse
precisamente o seu pensamento,”
Jogo de palavras...
O que a malicia de todos esses “sociólogos” e “professores”
deseja é a socialização das massas e a individualização deles, a
exceção para os tipos do escol... Parasitário. São os superhomens,
os super elefantes da cultura e dos privilégios.
Durkheim é muito claro:
“Não é admissível que a função de educador possa ser
preenchida as garantias de que o Estado, e só ele, pode ser juiz.
Não se compreende uma escola que possa reclamar o direito de
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dar uma educação antissocial”
Pena não poder dispor de tempo para analisar, neste
momento, mais profundamente, o pensamento de Durkheim.
Para mim, nestes dois períodos o sociólogo prestounos um
auxilio inestimável: A sua lógica simples fez ver que todo ensino
contrario ao Estado é o filho dileto da sociedade...
Assim, qualquer Estado aproveitase da sua autoridade, da
força para defender a sociedade ou o partido político que tem o
poder nas mãos. Ir contra a prepotência do Estado que faz da
escola o meio de assegurar a sua hegemonia ou de um partido – é
o dever dos verdadeiros revolucionários, de todos os seres
humanos que amam a liberdade e respeitam os direitos da
criança.
Dukheim diz ainda:
“E’ forçoso escolher: si se dá alguma importância à existência
da sociedade – e nós acabamos de ver o que ela representa para o
individuo – é preciso que a educação assegure, entre os cidadãos,
suficiente comunidade de ideias e de sentimentos, sem o quê
nenhuma sociedade subsiste; e, para que a educação possa
produzir esse resultado, claro está que não pode ser inteiramente
abandonada ao arbítrio dos particulares”.
Pois bem, meus camaradas, foi esse espírito burguês,
estreito, de Durkheim – um dos mais notáveis pedagogos
modernos – foi esse espírito estreito que matou Ferrer!
Quais de nós deseja que subsista esta sociedade de vampiros?
Quem de nós aplaude o Estado moderno, a ressurreição do
nacionalismo fascista ou qualquer ditadura implacável na defesa
incondicional de um partido político dominante?
A socialização da criança como postulado de educação é um
crime bárbaro que a humanidade terá que pela lei de causa e
efeito.
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Quantos séculos ainda de erros e crimes de lesahumanidade
terão de viver nos filhos, espoliados hoje na escola da fosca e da
brutalidade?!
Ferrer morreu com a consciência Iluminada porque não
cometeu tais crimes.
Ferrer acreditava no avento de uma sociedade melhor, pó isso
– respeitou a alma da criança.
Como todos os anarquistas sinceros, apontava o Estado como
o maior responsável pela ignorância humana.
Não via claramente que à Sociedade é que deveria culpar dos
desmandados e da mediocracia Estatal.
Porque o estado não é mais do que o rebento querido da
Sociedade.
“Não tememos dizelo: queremos homens capazes de
evolucionar incessantemente; capazes de destruir, de renovar
constantemente os meios e de renovarse a si mesmos; homens
cuja a independência intelectual seja a força suprema, que se não
sujeitem jamais a ninguém; disposto sempre a aceitar o melhor,
ditosos pelo triunfo das ideias novas e que espirem a viver vidas
múltiplas em uma só vida.”
“A sociedade teme tais homens: não se pode, pois, esperar
que queira jamais uma educação capaz de os produzir.”
Aí, viu Ferrer a sociedade como mãe do Estado...
Mau grado, a sua consciência tentou ir contra a corrente
social. Esse é o verdadeiro educador.
Mais, Duekheim, cujos os livros andam por aí a fora
traduzidos como obras notáveis de pedagogia, defendendo a
sociedade rotineira e cheia de privilégios odiosos, chega a dizer
que “nem Basedow, nem Pestalozzi, nem Froebel eram grandes
psicólogos. O que ha de comum e saliente nas doutrinas desses
pedagogos, é o respeito à liberdade interior, esse horror por toda
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e qualquer compressão, esse amor ao homem e por consequência
à criança, em que se funda o moderno individualismo”. Durkheim
os censura!...
Sim, porque Durkheim prega uma educação fascista na qual
o Estado, a serviço de um ditador qualquer, decreta a escola
comunidade e prepara a juventude na selvajaria e na brutalidade
para o assalto ao poder e ao do ministro. Durkheim aproximase
tanto do fascismo como do bolchevismo na sua doutrina a
sociologia – para a socialização ou do coletivismo até mesmo na
consciência... na defesa da sociedade formada pelo mais forte
grupo que souber se defender...
A sua pedagogia se presta a todos os partidos... E’ a
pedagogia de vencer pela força bruta...
E nega o senso psicológico em Basedow, em Froebel e em
Pestalozzi, justamente porque sua pedagogia é antinatural e
criminosa . Vejamos por exemplo, esse postulado de Durkheim :
“O homem que a educação deve realizar, em cada um de nós,
não é o homem que a natureza fez, mas o homem que a sociedade
quer que ele seja; e ela o quer conforme reclama a sua economia
interna. (Educação e Sociologia, tradução de Lourenço
Filho,p.102).
Essa educação do Estado e da Sociedade é o maior atentado,
o mais inominável contra a dignidade do ser humano.
É simplesmente monstruoso afastar o homem da natureza e a
natureza não se deixa enganar. Estamos justamente, no caos da
civilização contra a natureza, pagando erros da lei de causa e
efeito.
Justamente, todo educador que se presa, todo homem que vê
e sente a degradação do nosso regime social – deve sonhar uma
educação puramente antissocial em defesa da integridade da
consciência livre.
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Foi esse alto crime de traição de Ferrer... Respeitando a
individualidade da criança, queria cada vez mais a libertação
humana.
Cultivou a fé inquebrável na obra educacional – porque viveu
pouco para ver o resultado imediato do seu esforço de educador.
Não teve tempo de chegar à conclusão do que esperam em vão,
após anos e anos de sacrifícios inauditos, os frutos da
incorruptibilidade do caráter, depois de haverem semeado, na
alma jovem dos estudantes, a semente sã e pura e generosa e
fecunda da coragem heroica de ser algo além de um numero no
rebanho social servil e domesticado.
Porque a imbecilidade e a covardia impedem a evolução em
linha reta, sempre para frente.
Dão saltos de séculos à retaguarda... e encarceram a
Liberdade e Sufocam a consciência humana.
A juventude promete. A idade madura se acovarda na
apostasia do caráter, no abastardamento do respeito a si mesmo.
E a intelectualidade é a hetaira cínica do mundo moral.
Ferrer talvez o soubesse
Por isso, insurgiuse contra a imoralidade dos prêmios e
castigos, contra os rótulos e as Academias, contra as chapetas e
os amuletos sociais:
“Encontramos na sociedade, homens de toda condição e de
diferentes idades que não teriam dado um passo nem feito o
menor esforço, si não tivessem a intima convicção de que todos os
seus méritos lhes seriam contados e pagos, um dia,
integralmente”.
“Os homens de governo sabem disso perfeitamente, já que
obtêm tanto dos cidadãos, por meio das recompensas,
adiantamentos, distinções e condecorações que outorgam. E’ isso
um resto vivaz do cristianismo. O dogma da gloria eterna
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inspirou a Legião de Honra. A cada passo na vida encontramos
prêmios, concursos, exames e prebendas: haverá algo mais triste,
mais feio ou mais falso?”
Ferrer tinha confiança demais na educação racional. Não
chegou a compreender que cada qual de nós só pode iluminar a si
mesmo... E que todos os verdadeiros expoentes da alta cultura,
da Sabedoria e da beleza, os granes Artistas, os grandes
pensadores, os nobres instrutores da Humanidade foram todos
autodidatas e tiveram de reagir, corajosamente, contra a
educação que receberam da sociedade.
Nem Religião, Nem Pátria
A tônica predominante do equilíbrio harmonioso de Ferrer é
a serenidade persistente com que pugna pela liberdade da
criança, pelo respeito á consciência humana em embrião na alma
infantil.
Na escola chamada laica, “Deus foi substituído pelo estado; a
virtude cristã, pelo dever cívico; a religião, pelo patriotismo; a
submissão e a obediência ao rei, ao aristocrata e ao clero, pelo
acatamento ao funcionário, ao proprietário a ao patrão.”
A diferença não é grande. Ou ainda: é mais respeitável o
sentimento religioso sincero que baixeza do servilismo diante dos
poderosos ou dos magnatas do bezerro de ouro.
O que é certo é que todos os altares estão de pé: os ídolos é
que mudarão de nomes...
A sociedade é aquele “fantasma” de Stirner. E a “humanidade
é um pensamento que acerca da cristalização dogmática...” (O
único e sua propriedade – Max Stirner.)
“Servir ao Estado, a esse deu terrestre, é o novo culto”. O
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Estado moderno, nacionalista, fascista ou bolchevista é uma
religião cuja divindade é tão terrível como Jehovah dos
exércitos...
Ficou de pé uma coisa: “burgueses e operários acreditam na
realidade do dinheiro; os que não possuem estão penetrados
dessa realidade como os que possuem; os laicos como os clérigos.
“O dinheiro rege o muno”, é a Tônica da época burguesa. Um
gentil homem sem um tostão e um trabalhador sem nenhum
tostão, ambos estão mortos de fome, sem valor político.
“Assim, o que nada possui, considera o Estado como um poder
como um poder tutelar dos que possuem; esse anjo da guarda dos
capitalistas é um vampiro que chupa sangue de todos.
“O Estado apoiase no servilismo dos funcionários, na
covardia dos ricos e no cativeiro econômico do operário.
“O Estado está fundado sobre a escravidão do trabalho. No
dia em que o trabalho for livre, o Estado ruíra por si mesmo.
O trabalhador manual é uma potência: o Estado só teme uma
coisa: a greve geral... Por isso, não pode mais haver mais greve
geral na Rússia... Seria movimento contrarrevolucionário...
Assim, o Estado não passa de um “fantasma”, como a
sociedade...
Como tem razão Stirner!
Tudo são ideias (e ideias falsas!...), entretanto – que riqueza
possuímos – si somos donos do nosso próprio corpo!...
No dia em que cada indigente atirar fora os últimos farraspos
e desprezar a própria indigência, cessará de ser indigente porque
deixou de encontrar o seu tesouro que ninguém rouba...
Descobrirá que é O único... Entrará na posse de si mesmo... é o
criador e a criatura...
Estamos longe disso. O que queremos é tomar aquilo que foi
parar ás mãos do próximo... E chamam os outros de egoístas...
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Stirner descobriu que os ateus são muitos piedosos...
FERRER ACREDITAVA NA RAZÃO E NA CIÊNCIA...
A MAGIA DAS PALAVRAS
A RAZÃO NÃO TEM O DIREITO DE SUFOCAR O SONHO
Nunca ninguém conseguiu matar no cérebro e no sentimento
humano a tendência às metafísicas. De onde Viemos? Para onde
vamos? O que significa o universo? Por que razão relam os
mundos em orbita matemáticas através do espaço? Porque razão
os astros é perfeitamente idêntico ao átomo da célula no meu
sangue? Porque razão o meu Plexus Solar ou cérebro abdominal é
a antena poderosa de um radio vivo que recebe do Cosmos as
impressões e as transmite ao Cérebro através de glândula que é
toda luz?
São incógnitas que hão de sempre acicatar as novas
inquietações de insatisfeitos.
E é essa uma das facetas maravilhosas do nosso complexo
psíquico.
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Reduzir a inquietude a preconceito religioso é um crime e um
preconceito mais vulgar. Metafísica não é religião.
A religião é uma muleta para os fracos e ignorantes, Não
basta, não satisfaz à curiosidade dos que escalaram mais alto.
Também a ciência oficial nada pode explicar das coisas
transcendentais. Paira à superfície. Cultiva o preconceito do
saber absoluto. E não e não responde às nossas interrogações, à
inquietação do nosso espírito insatisfeito.
A metafísica livre de peias religiosas, a metafísica que nada
afirma é o poema e a terra da promissão dos nossos sonhos de
cavaleiros andantes do infinito. A duvida, a incerteza, o anseio de
saber mais, a esperança de decifrar o indecifrável, a nostalgia
através de tempo e para além do espaço, um poema de luz
interior iluminando a consciência, a lei de causa e efeito no
mundo moral, sonhar que a vida é eterna, fugir do hoje, aqui e
agora é deslumbramento de liberdade – para escalar o espaço e
saltar por cima das misérias sociais.
O próprio Comte, Sébastien Faure, todos os sinceros não
poderão libertarse das cogitações metafísicas. O homem é um
animal que sonha fora a terra. E’ a característica mesma do seu
anseio de liberdade.
A utopia anárquica, o poema da libertação absoluta de todos
os detetives sociais – não passa de um magnífico sonho metafísico
– a que os verdadeiros revolucionários, no sentido filosófico que
mais se aproxima das nossas verdades interiores, deram a
aparência de realidade no mundo das realidades...
Sufocar, matar essa tendência do espírito humano é
impossível. O que se pode conseguir é o charlatanismo – ou a
petulância das negativas sistemáticas dos presunçosos ou a
afirmativa sectarista dos ignorantes de espírito estreito.
Negar como afirmar é erro lamentável e prova cabal de
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tendência autoritária e mandonismo.
Nesse erro doloso estão caindo revolucionários de todos os
matizes e vanguardistas. A critica a esses iconoclastas e
criadores de religiões novas é digna da pena de Max Stirner (“O
Único e sua propriedade”,) embora até ele não tenha escapado,
criando a religião do Único... nos seus excessos de demolição.
A Deusa Razão – já ocupou os altares religiosos do misticismo
do materialismo histórico...
E a Deusa Razão é bem ignorante e pouco modesta...
Mudamse apenas os nomes dos deuses: os crimes de lesa
liberdade de consciência continuam a ser perpetrados diante de
outros altares.
A mim, não me satisfaz a esterilidade do materialismo
econômico.
PARA ALÉM DA NEUTRALIDADE
A Escola Moderna de Ferrer vai além do ensino laico, além
da neutralidade.
Definiua Soledad Villafranca, nas seguintes expressões:
“Ensino racionalista, quer dizer o ensino que tem como meio
a razão e como guia a ciência; como guia a ciência; como ainda
não disse a ultima palavra sobre qualquer assunto, resulta que o
ensino racionalista não tem programa fixo. Pelo contrario.”
“Ao ensinar todos os dias is fenômenos físicos do universo e
sociais da humanidade, fálo com a especial reserva de que só
tem mérito os sentidos admitem e a experiência sanciona.”
E os nossos sentidos, deturpados pela civilização, nos
enganam todos os dias...
No período seguinte a contradição é flagrante. Diz ela:
“O ensino racionalista tem por fim ensinar todas as verdades
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experimentais, por contrarias que sejam às ideias admitidas
anteriormente.”
Há verdades experimentais, fatos comprovados e cujas
causas, cuja simples explicação a ciência não descobriu. E não se
podem negar fatos comprovados, nem mesmo compreendidos,
embora não tenham sido decifrados, nem mesmo compreendidos
pelos luminares da ciência humana oficial. Negalos
sistematicamente ou procurar escondelos ou não querer ver, é
absurdo igual às afirmações dogmáticas das revelações religiosas.
Como é mais nobre confessar o estado mental a ignorância
diante dos fatos e colocar o ponto de interrogação inquieto e
torturante, curioso diante de tais incógnitas!
Essa é a neutralidade que eu compreendo na Escola Nova.
Não a neutralidade entre erro dogmático e a verdade cientifica.
Essa não é possível.
E Ferrer achava mesmo que os livros escolares devem tratar
de todos esses problemas, falar de assuntos religiosos ou de
dogmas sociais. O ensino racionalista pode e deve discutir tais
problemas com o fim de desembaraçar o cérebro da criança de
rotinas ou superstições, do tradicionalismo no erro e dos ídolos
das organizações sociais.
Assim também compreendeu Naquet, falando de Ferrer, no
prefacio ao livro de Ferrer, no prefacio ao livro de Wollian
Heaford: O professor não pode ser neutro. Não poderia oscilar
entre a verdade e o erro. O seu dever absoluto quando ensina as
verdades cientificas, consiste em ensinálas como a observação, a
experiência e o raciocínio que concatena os fatos, as revelaram,
sem se importar si fere ou não os detentores do desenvolvimento
intelectual que se curvam sob o peso dos dogmas de há muito
condenados. ”
Vêse bem claramente que a neutralidade condenada é a que
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se refere à tolerância excessiva para com os dogmas e o
sectarismo religioso do Cristianismo, cujas religiões e seitas
predominam no Ocidente.
Nada tem que ver essa atitude necessária de independência e
liberdade de pensar e dizer, contra o erro que escraviza a mente
humana – com a atitude filosófica de dúvida e inquietação diante
das maravilhas dos complexos psíquicos, diante do infinito da
ignorância humana ou em face da multiplicidade assombrosa de
fenômenos que se desenrolam na fantasmagoria da Natureza,
através das leis universais de atração.
E uma infinidade de sonhos de sonhos há de povoar a mente
dos homens que alçaram muito alto as suas inquietações,
perscrutando os abismos de luz e sombra das almas ou
penetrando o pensamento no labirinto fantástico dos mundos que
vão rolando infinito além.
A EDUCAÇÃO BURGUESACLERICALCAPITALISTA
NECESSITA APENAS E TARTUFOS.
A análise histórica da Escola, feita por Ferrer, é uma pagina
admirável de psicologia da organização social.
Não há nenhum interesse pela evolução mental ou pela
sensibilidade estética dos indivíduos considerados em si mesmos.
A instrução faz parte da técnica comercial moderna sob o
aspecto da concorrência internacional.
Ferrer o sabia e o dizia com a coragem de convicções que
sempre o caracterizou.
Prejudicados se fechava cada vez mais na Espanha
inquisitorial contra essa consciência livre, incorruptível e
heroica.
E, na vida como na obra educacional, Ferrer mostrouse à
altura dos seus sonhos. E repetia: “todo aperfeiçoamento significa
a supressão de uma violência”, ou afirmava: “a violência é a
razão da ignorância”, postulado que poderia ser invertido: a
ignorância é a razão da violência, e então, chegaríamos às
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conclusões de Gandhi...
Todos reivindicam a escola, como arma voltada para o futuro
das suas ambições.
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Todos querem todos se arrogam o direito à exploração da
alma da criança.
E, no momento histórico que atravessamos, já o clero
brasileiro se arregimentou para poluir a alma das gerações novas
– através de ensino católico na escola nacional.
A mais alta homenagem que os intelectuais livres e
proletários conscientes poderiam prestar a Ferrer, seria defender
os filhos e a escola das garras do fascismo e do clericalismo,
resíduos teratológicos da monstruosidade de uma evolução às
avessas.
O mais, pensamento sem ação, discursos sem expressão na
vida – palavras que o vento leva, orações vazias ou atitudes de
políticos profissionais, demagogias retumbante de sons vazia de
sentido, na exploração oportunista, para galgar posições ou
satisfazer a vaidade pequeninas – através das multidões que
aplaudem os histriões e os demagogos, tiranos e magretes de
carne humana.
Falar apenas, é exibição ridícula. Estamos todos fartos de
ouvir dissertar em torno de ideias maravilhosas e ver praticar as
mais torpes baixezas.
Os homens já abem ler no rosto uns dos outros a falsidade e o
tartufismo.
Por que continuar eternamente a indignidade dessa comedia
repugnante?
Os tempos são chegados de se colocar cada qual na arena ao
lado de um dos dois exércitos gigantescos da moderna cruzadas.
Um deles defende a civilização do bezerro de outro, o
progresso material, a técnica industrial, o passado, a Rotina, a
Reação, a Autoridade da Fé Fascista ou Racista.
O outro saúda, nobremente, heroicamente, o alvorecer de
uma Alba Nova – para respeito à vida, para o advento da
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Liberdade individual e a livre expansão da consciência Humana.
Não ha meio termo. Quem cala, acovardase, e é apostata de
si mesmo.
Porque, a covardia e a imbecilidade humana não mais podem
descer... rastejaram aos últimos degraus da baixeza e da miséria
moral.
Honrome, neste momento, de ocupar o lugar a que tenho
direito, como consciência livre de quaisquer muletas, frente a
todos os detetives sociais.
Honrome de prestar a Ferrer a homenagem publica da
minha imensa admiração.
Como mulher, soulhe profundamente reconhecida pela
nobreza e pelo carinho com que pugnou pela educação racional
feminina, para arrebatar o cérebro e o coração da mulher das
garras do dogma, da superstição e da ignorância.
Demais, algumas mulheres notáveis, participarão da obra do
eminente educador. E a sua gratidão e a sua ternura a Mlle.
Meunier e a Soledad Villafranca, fazendoas suas colaboradoras e
considerandoas sempre com iguais direitos e como indivíduos de
credor do afeto e do reconhecimento da mulher consciente.
Dizia o apostolo do ensino racionalista, referindose à mulher,
que o mundo só caminhará para uma evolução mais alta, quando
realizar o matriarcado moral, isto é, quando o impulso
sentimental feminino contribuir diretamente para a conquista da
consciência.
Como Ferrer compreendia a necessidade urgente de tirar
partido da energia conservadora da mulher, não para cristalizar
o seu pensamento em formulas rotineiras, mais para despertala
para a vida e para beleza!
Explica a antítese flagrante, funda, repugnante na maioria
dos seres humanos, homens mulheres, entre a inteligência e a
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vontade, donde derivam todos os males que nos oprimem,
explicaa na origem do sentimento materno deturpado pela
educação clerical.
Diz ele: “Esse sedimento primário dado por, nossas mães é
tão tenaz, tão duradouro, convertese de tal modo em medula de
nosso ser, que, energias fortes, caracteres poderosamente reativos
que hão retificado sinceramente de pensamento e de vontade,
quando penetram de vez em quando recinto do eu, para fazer
inventario de suas ideias, topam continuamente com a
mortificante substancia de jesuíta que lhes comunicara a mãe.”
Essa é a tônica predominante da Obra de Ferrer: o desvelo
com que ardorosamente procurou fazer sentir a necessidade
arrebatar a alma feminina das garras do clericalismo voraz.
Queria a educação racional, mais, não podia dispensar, na
mais vasta cultura, o sentimento humano. Porque, si Ferrer não
disse, o pressentia com Rebelais: “ Ciência sem Consciência é a
Ruína da alma.”
VIVER HARMONIOSAMENTE...
A covardia mental é a mais poderosa das armas reacionárias.
O caminho único do gênero humano, si não queremos ser
devorados pela reação, pejada de violência cientifica e tecnocracia
– é a “suprema resistência” à covarde domesticidade e à
imbecilidade humana, aos exploradores da consciência, aos
vendilhões de todos os templos.
Não sejamos livrespensadores de rebanho, desses que
protestam entre amigos, no seio da família ou nos recintos das
Lojas teosóficas ou maçônicas, mas, casamse na Igreja, são
devotos de Sta. Terezinha, batizam os filhos, servem de
padrinhos e testemunhas de casamentos, mandam rezar missas
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pelos seus mortos, celebram funeral religioso, confessamse.
Comungam na hora das aperturas, ou dão dinheiro para as
cerimonias da Igreja, sob a capa covarde de dever social.
E, o que é pior, educam os filhos nos colégios religiosos e
assistem à sua primeira comunhão – porque é “chic” e elegante e
pretexto para reuniões mundanas.
A cada instante, ouço dizer que nem sempre a família está
disposta a acompanhar os militantes.
E conheço delas que são a negação absoluta das doutrinas
pregadas pelos seus chefes. Entretanto, tais militantes procuram
ardorosamente fazer prosélitos e exigir que outros companheiros
e principalmente outras companheiras se comprometam pela
causa que eles defendem.
Essa incoerência equivale à do que prega para o publico,
reservandose o direito de não seguir os seus próprios conselhos.
Se a minha família não quer ou não pode seguir os meus
sonhos de libertação humana, um dilema traça à minha
consciência uma base de conduta. Si sou fraca e dominada pelos
sentimentos afetivos limitados ao egoísmo da família de sangue
– que nem sempre é a nossa família – não tenho o direito de
pregar ou exigir dos outros, aquilo que eu mesma não fui capaz
de realizar. Retirome. Não me posso fazer agitador e militante.
Nada posso exigir, si não dou exemplo integral.
O segundo caminho é mais íngreme, é mais doloroso, é mais
escarpado: coloco os interesses humanos, coloco a minha
consciência acima da família, não a acuso nem defendo e
reivindico para mim o direito á deserção.
Isolome da família e, pelo exemplo, demonstro que vivo
individualmente em harmonia comigo mesma e ponho de acordo
o pensamento e ação.
Não tenho o direito de impor ou exigir nem da família nem do
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próximo.
Mas, tenho o dever de reivindicar os meus direitos
individuais, de ser livre, de desertar, de fugir de todos os
detetives morais, cuja missão é dominar, é escravizar – para
reduzir à rotina, à imbecilidade, à cretinice e à covardia.
Muitos menos me assiste o direito de formar uma família
cuja educação eu descurei, e depois, vir impor o meu pensamento
ás famílias dos outros, buscando prosélitos ou exigindo de outros
consciências o lema das minhas verdades individuais.
“Cada qual só pode iluminar a si mesmo...” E, antes de exigir
de quem quer que seja, eu tenho a obrigação de exigir de mim
mesma, cuidando da minha própria realização.
* *
Já é tempo de comemorarmos Ferrer de outros modo. Não se
educa com discursos. E, se as Escolas Modernas são fechadas
pela policia clerical, cada um de nós tem uma pequena escola
moderna dentro do lar e ... dentro de nós mesmos.
E, se a educação do lar falhou. Repito, só há dois caminhos a
seguir – si não queremos corar diante dos olhares perfurados das
consciências clarividentes.
Ou resignarse estoicamente em uma retirada honrosa e
profunda iluminarse a si mesmo, desertando da ação social por
incapacidade – preparandose para uma atitude futura mais
coerente com os próprios ideias – e escravizarse ao afeto da
família, por fraqueza confessa, ou – desertar da família.
Ninguém tem o direto de impedir que eu me conheça e me
realize – para o gesto individual isolado, para a harmonia
integral isolado, para a harmonia integral entre o meu
pensamento e a minha ação, e a “suprema resistência” ao espirito
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de autoridade incrustado no subconsciente da família e da
sociedade.
É comodismo, quase sempre, essa desculpa de que a família
não quer seguir a orientação da corrente ideológica que nos
parece verdadeira: pode ter sido o nosso descuido, a nossa
incúria, o nosso comodismo a causa do desacordo entre o que
desejamos e o contraste dos desejos que orientam os nossos
filhos.
E, se não temos confiança na educação, em se tratando da
nossa família, é estranho que preguemos essa ou aquela educação
para as famílias dos outros.
Gandhi acaba de dar ao mundo o mais belo, o mais heroico, o
mais eficaz dos exemplos: perguntaramlhe quais seriam os
continuadores da sua obra de “suprema resistência” à reação
burguesacapitalista para a libertação da India, Gandhi
respondeu: a minha companheira e os meus filhos. Só assim
temos o direito de procurar persuadir a companheira e os filhos
dos nossos camaradas. Ou então, desertar...
Sejamos os desertores da família, os desertores sociais, o
individualista livre – para pensar e sonhar e viver em harmonia
com a nossa própria consciência.
Esperamos sempre que outros façam aquilo que nos dá prazer
ou que não fomos capazes de realizar.
É utópica a sociedade ideal, sonhada pelos sonhos de
equidade, enquanto não tenhamos, nós mesmos, realizado,
dentro de nós, esse ideal e essa equidade.
Cada qual pode resolver o milagre de realizar o homem
perfeito ou a mulher emancipada que as nossas ilusões criam no
tipo futuro das sociedades ideais.
Conhecerse ... educarse... realizarse ... Só pode semear,
quem já colheu de si mesmo.
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Para educar, é preciso terse educar a si próprio, na tortura
gloriosa do domínio das paixões e dos espirito de autoridade.
Longe de mim a ideia de exigir a perfeição próximo, si u
reconheço todas as minhas fraquezas e todos os meus defeitos, si
me envergonho de não ter podido ainda burilar as arestas
grosseiras da minha astuta interior e me apresentar em publico
digna dos mais altos sonhos de beleza que palpitam dentro de
mim.
Mas, quem pode afirmar que a minha vida não tem sido um
esforço continuo para me conhecer e para me realizar?
Por isso mesmo, a maior homenagem que podemos prestar a
Ferrer, como a todos os apóstolos e mártires do ideal de
emancipação humana – pela educação – é a busca interior, é a
realização da própria consciência no anseio do conhecimento –
para o exemplo da força e do poder por sobre nós mesmo, na
escalada de uma consciência sempre mais alta – voltada para o
Amor e a Sabedoria.
“Conhecete a ti mesmo”. Ainda é a divisa do Templo de
Delfos.
“Conhecete a ti mesmo” – “para aprenderes a amar” – é a
suprema sabedoria, na escalada suprema em busca dos abismos
de lus da nossa consciência profunda.
Cada um de nós tem seu caminho, as suas verdades, e sua
vida...
Que cada qual se ilumine a si mesmo e realizará o milagre
sem par de iluminar, pelo exemplo, as veredas de todos os jovens
corredores da lenda.
Só crio nessa educação...
Só crio nessa revolução...