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HISTÓRIA DE QUÍMICA
Actualmente, o interesse pela historia das ciências naturais e pela técnica tem
sido caracterizado pela revolução científico-técnica e pelos enormes problemas políticos
e sociais que afectam o homem contemporâneo.
Qualquer ramo de produção moderno, independentemente se agricultura ou na
indústria, tem como base o conhecimento produzido pelas ciências naturais. A corrente
eléctrica, o radio , a televisão, os adubos sintéticos, os antibióticos, as fibras sintéticas,
passaram a ser conhecidos e utilizados devido aos progressos da investigação cientifica
nas áreas das ciências naturais.
Nos últimos séculos, as ciências naturais não só revolucionaram as técnicas de
produção tradicionais como também promoveram o surgimento de outras completamente
novas.
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A historia das ciências naturais e concomitantemente a historia da química
conheceram, nas ultimas décadas, após a segunda guerra mundial, uma nova dimensão no
seio das restantes disciplinas.
Conseqüentemente, é fundamental a determinação da posição que as ciências
ocupam, principalmente, as ciências naturais, no desenvolvimento da sociedade humana,
e qual será o seu papel no futuro, de modo a que se possam prognosticar novas tendências
e influenciar novos rumos, tendo em vista um maior uso social dos resultados da sua
investigação.
1.3. Objectivos e tarefas da historia da química quanto ao seu tratamento nas aulas.
O interesse histórico estive de inicio direcionado somente a apresentação de
acontecimentos relevantes e de personalidades importantes.
Considerando que a consciência do homem é também influenciada pela sua
consciência histórica, então deve aceitar-se que o homem só poderá ter uma visão geral
do mundo se aprender á observá-lo de um modo multifacetado. Deste modo, torna-se
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necessário observar a historia de química considerando não somente o momento presente
mas também todo um passado importante, tentando igualmente prognosticar o futuro.
Neste contexto, através da formação na disciplina de historia de química
pressupõe-se que os estudantes sejam capazes de:
Desenvolver a capacidade de apresentar e incluir aspectos históricos nas suas
aulas e evidenciar a sua relação com o desenvolvimento histórico global;
Explicar a “pseudociência medieval” constituída por um conjunto extensivo de
conhecimentos empíricos e receitas acumuladas pelos percursores da química
também constitui um momento importante para o desenvolvimento da química
com ciência;
Relacionar exemplos do seu próprio ambiente social e cultural com o
conhecimento universalizado das ciências, em particular da química;
Interpretar cientificamente a lógica das descobertas da química;
Compreender o papel da química na evolução humana no passado, presente e
futuro;
Reconhecer a importância e o papel da química e industria química para o
desenvolvimento de Moçambique;
Dar exemplos da aplicação da química moderna;
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Aspecto práctico e aspecto teórico mais não fazem que caminhar lado a lado. Não
só obreiam um cimo outro. Na antiguidade, a tradição técnica e a tradição intelectual
teórica encontravam-se profundamente dissociados.
Quanto mais se procura recuar no passado do homem, mais dispersas e imprecisas
são as informações de que dispomos.
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vez se procuro, de um modo racional, explicar os fenômenos naturais, sociais e
científicos. As principais questões que se colocavam relacionavam-se com a composição
do universo, sua formação e com as causas das transformações neles decorrentes.
Desse modo, estavam a ser tocados problemas que ser relacionavam com todas as
formas e substancias bem como com as suas mudanças qualitativas, as quais constituíam
principalmente problemas de química.
Os principais conceitos a que se refere são os conceitos de elemento; mistio (o
que corresponde ao actual conceito de composto); átomo e complexo atômico (o que
corresponde ao actual conceito de molécula).
É provável que os naturalistas de então tivessem sido influenciados pelas
filosofias religiosas indianas, as quais concebiam 5 elementos (fogo, água, ar, terra e
éter). Somente a água, foi tomado como elemento inicial por Teles de Mileto, que
considerava que todas as coisas do universo teriam sido feitas da mesma substância, a
água.
Anaximandro considerou que existia um universo caracterizado por contradições
internas, que tendiam a um estado de equilíbrio e que seriam a causa do constante
movimento causador das mudanças (quente-frio; seco-húmido)
Anaxímenes escolheu o ar como elemento de base, o que, por densificação ou
diluição originava as nuvens, as chuvas, a terra, o abismo, etc. Heráclito de Éfeso,
sensível sobretudo à mobilidade e ao devir, vê no fogo a elemento a partir do qual todas
as coisas se modificam.
Porem, foi o Empédocles que, pela primeira vez, surgiu a concepção de que as
diferentes substancias conteriam elementos qualitativamente distintos e imutáveis.
Esses elementos seriam o fogo, o ar, a água e a terra. O mesmo Empédocles teria
também introduzido o conceito de mistura como produto da união de elementos que
originariam substancias diferentes. O amor e o ódio, a atracção e a repulsão seriam uma
espécie de afinidade típica das substancias e seriam a causa da formação de misturas e
sua separação. O conceito elemento fora assim obtido de um modo dedutivo. Cem anos
mais tarde, Aristóteles escrevia a seguinte definição: elemento é a parte básica e imanente
a partir do qual qualquer coisa se compõe e que não se pode subdividir. Aristóteles
fundamentava ainda que o “mistio” (composto) não ocorria mecanicamente, mas que
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formava uma unidade na sua teoria dos 4 elementos. Formando-se os pares
(húmido+quente); (quente+seco); (seco+frio); (húmido+frio) obtêm-se, respectivamente,
ar; fogo; terra e água. Estes quatro elementos não se apresentam dissociados mas sim
como 4 formas diferentes da mesma matéria, da qual tudo se pode obter e transformar.
Um outro conceito introduzido no séc. V a. n. e. foi o de átomo (por Leucipo de
Mileto e Demócrito de Abdera), que em grego significa indivisível. Leucipo considerava
que era impossível dividir qualquer coisa até ao infinito e que o limite da indivisibilidade
seria a obtenção de uma partícula muito pequena mas indivisível e que, como contradição
a esta, existiria um vazio. Assim, todas as substancias que integram o universo seriam
compostas por átomos e pelo vazio e que da diversidade na combinação dos átomos, em
complexos atômicos, resultariam as diferentes substancias.
Os átomos diferenciar-se-iam nas suas formas e a formação e decomposição das
substancias dever-se-ia a uma variação na ordenação e posicionamento dos átomos.
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deveria pois então descobrir uma medicação que facultasse um equilíbrio equiparável ao
existente no Auro. Numa época mais avançada, a principal função da alquimia estava na
procura de métodos, que transformassem os metais não nobres em nobres , por exemplo,
em ouro (império romano, bizantico, orábico e na Europa).
A experimentação alquímica
Conhecia-se, desde há muito tempo, a copelação da prata. Esta técnica consistia
em fabricar um cadinho a partir das cinzas de ossos calcinados. Nesta cadinho colocava-
se um pedaço de chumbo. Por aquecimento do chumbo ao ar, este fundia, oxidava-se. O
óxido era depois absorvido pelo material poroso do recipiente. Por vezes, ficava no fundo
do cadinho um pouco de prata. A experiência parecia conduzida para uma transmutação.
Com efeito, a prata existia enquanto impureza no chumbo de partida, uma vez que o
chumbo e a prata se acompanham freqüentemente em seus minérios. Uma outra
substância espectacular é aquela em que se pode ver uma haste de ferro desaparecer numa
solução de “vitríolo azul” (sulfato de cobre) ao mesmo tempo que se forma um depósito
de cobre sobre o ferro, num primeiro tempo. No fim da experiência não resta mais que
um pó, uma lama de cobre no fundo do recipiente.
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Com base em or Razi, foram colocadas novas imposições á alquimia:
Apresentação e sistematização de todas as substancias químicas conhecidas ate
então segundo as suas propriedades;
Apresentação e sistematização de todos os aparelhos e discrição da sua
aplicabilidade;
Apresentação e sistematização das bases teóricas da alquimia segundo princípios
da filosofia naturalista e os seus métodos.
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esfera externa de partículas do ácido. O equilibrio entre as forças de atracção e repulsão,
entre as partículas, seria responsável pela manutenção de uma certa distância entre estas e
determinaria a sua coexistência na nova substância, o nitrato de cobre.
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Entretanto, pela união desse suposto flogisto com o oxigénio, Cavendish obteve
“agua como produto final, o que o levou a duvidar, em certa medida, se teria descoberto o
flogisto ou não.
As contradições da teoria do flogisto têm como base a tentativa de perceber as
variações das massas ocorrentes nos reagentes, bem como a conclusão de que os
somatórios finais seriam os mesmos.
Com Lomonossov foi diferente, pois este resolveu fazer a experiência de Boyle num
sistema fechado. Deste modo, foi descoberta a lei da conservação da massa por
Lomonossov, que a distendeu para a lei da conservação da faorça.
Entretanto, a experiência que mais espantou Cavendish foi a do gás fulminante
entre o hidrogénio e o oxigénio com formação da água. Isso levou a que ele concluisse
que a água não podia ser um elemento, pois formava-se a partir do ar inflamável e ar
desflogistisado.
Quem viria mais tarde a pôr termo às teorias do flogisto com base em
experiências sobre os fenómenos da combustão, seria Lavoisier, tendo, deste modo,
contribuído para definir melhor os conceitos elemento, composto, e daí derivarem os
conceitos ácidos, bases e sais, bem como a nomenclatura dos elementos e compostos
químicos.
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investigação promovem o desenvolvimento e o assentor da Química Clássica, que se
firma com a subdivisão desta em áreas específicas – Orgânica, Inorgânica e Física.
Os métodos foram desenvolvidos e sistematizados, nasceu a Química Analítica,
começaram a ser estudados os fenómenos da electrólise, desenvolveram-se métodos
químicos-físicos novos, que permitiram a determinação exacta das massas atómicas e
moleculares, e, para o isolamento e caracterização de compostos orgânicos, desenvolveu-
se a análise e síntese orgânica.
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Assim, nos finais do século XVII, um grupo de químicos, dos quais se salientam
os alemães Becher e Stahl bem como os seus estudantes, contribuiram muito para o
posterior desenvolvimento da química ao procurarem que esta fosse utilizada para
solucionar problemas de fome e miséria resultantes da guerra dos trinta anos na
Alemanha. Deste modo, influenciados pelo progresso da produção burguesa na Grã-
bretanha e Holanda, estes procuraram aplicar os conhecimentos de química não somente
para a produção de medicamentos mas também em todas as indústrias onde fosse
possível aplicá-los. A Química passou a estar relacionada a interesses mercantilistas.
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A noção de radical aparece em química orgânica em finais do séc. XVIII um
radical é um grupo de equivalentes de vários elementos, ou um grupo de átomos segundo
a terminologia, que se transporta sem alteração de um composto para o outro, como
indivíduo determinado. A primeira prova clara da existência de um radical data de 1815,
quando Gay-Lussac produziu um gás que recebeu o nome de cianogénio: (CN)2. Nas
reacções em que este gás intervinha, o agrupamento CN agia como um todo.
Em 1834, Dumas observou que o cloro, na sua acção sobre o álcool, pode
substituir-se ao hidrogénio. Não foi ele o primeiro a ter observado um tal fenómeno, mas
foi ele que sistematizou as observações numa “teoria da substituição”.
Friedrich August Kekulé (1829-1896) acrescentou o tipo metano, em 1857, aos
tipos já conhecidos.
Ora, ele é fundamental no âmbito de uma teoria dos tipos, uma vez que os
produtos orgânicos são em grande parte compostos de carbono e de hidrogénio.
O carbono é pois relativamente tetravalente, uma vez que se pode unir a quatro
outros radicais.
Com estas ideias, uma grande parte do edifício conceptual estava em condições de
permitir a representação da estrutura molecular.
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iões H+ mais elevada do que a água pura. As soluções básicas devem conter mais iões
OH- do que a água pura.
Os iões H+ e OH- tem um comportamento simétrico quanto ao papel dos ácidos e
das bases.
O grau de dissociação dos ácidos e das bases condiciona a sua “força”.
A simetria encontrada no comportamento de H+ e OH- na teoria precedente
desapareceu em 1923 quando Johannes Nicolau Brönsted (1877-1947) generalizou o
problema de acidez: um ácido emite iões H+, uma base fixa iões H+. As propriedades
ácido-básicas giram, pois, sempre em torno deste ião.
A teoria do G. N. Lewis, que data da mesma época que a de Brönsted, expande-
se menos rapidamente, sendo no entanto ainda mais geral. Para Lewis, um ácido contém
um átomo receptor de electrões, uma base, um átomo que pode dar electrões.
14 4 17 1
7N + 2He 8O + 1H
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Neste século, boa dose de radioactividade artificial, provocada pelo homem, foi
acrescentada a natural.
A radioactividade artificial varia desde a emitida por um mostrador de relógio até
a de uma explosão nuclear.
O uso médico dos raios-x contribuiram com a maior parte do aumento da radiação
artificial. A dose é mantida no seu nível mínimo e não constitui perigo, embora os
radiologistas devam prevenir-se a fim de não receber um acúmulo de dose.
Alguns objectos produzidos industrialmente emitem materiais radioactivos. O
rádio entra na composição das tintas que tornam luminosas os mostradores de relógio,
emitindo partículas alfa que tornam fosforescente o sulfato de zinco.
Uma fonte muito introvertida de radiação é o fallout das explosões nucleares.
Contem estrôncio- 90, césio-137, iodo- 131 e carbono- 14 em grandes quantidades sendo
absorvidos pelo homem através dos alimentos e da respiração. Até ao presente o fallout
tem sido mais intenso nas regiões temperadas no hemisfério norte, sobretudo porque ali
houve maior número de explosões atómicas.
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6. NOVAS TENDÊNCIAS DO DESENVOLVIMENTO DA QUÍMICA APÓS 1945.
(Textos de apoio/ História de Química, José António de Barros)
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O crescimento da química orgânica foi então rápido. Descobrem-se os radicais e
estrutura-se toda uma teoria, em parte falsa, sobre eles.
Em meados do séc.XIX F. A. Kekulé (1829 - 1896) mostra a tetravalência do
carbono, contribuindo assim para a formulação da estrutura dos compostos orgânicos.
O progresso das sínteses orgânicas é rapidissimo. Obtem-se, por via sintética,
corantes de importância industrial: a química orgânica transforma-se em grande indústria
química.
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A lei da constância da composição, no entanto, teve aceitação universal. Abriu caminho
para o trabalho de Jonh Dalton (1766 - 1844), que deu uma formulação precisa e clara
sobre o átomo (a partícula indivisível de uma substância simples).
Berzelius organiza uma notação química simples, embora tenha sido modificada
para melhor posteriormente; os símbolos dos elementos são, no entanto, os que até hoje
se usam.
As descobertas sucedem-se no terreno da química inorgânica. Obtêm-se puros o
silício, o zircônio, o titânio e o tório. Com a utilização da espectroscopia torna-se possível
identificar quantidades minutíssimas de substâncias em sistemas complexos.
Assim, R. W. Bunsen (1811 - 1899) descobre o césio e o rubídio. A hipótese de
A. Avogadro (1776 - 1856) desprezada por quase cinquenta anos – ganha rápida
aceitação, uma vez exposta por S. Cannizzaro (1826 - 1910), em 1860.
A obra de Mendeleev (1834 - 1907) tem atrás de si toda a elaboração teórica e
todo o trabalho experimental da química dos séculos anteriores. Com a sistematização da
classificação das substâncias as ideias das essências alquímicas. As combinações
inorgânicas apareciam como consequência de propriedades naturais dos elementos.
(R. B. Heslop. H. Jones, Química Inorgânica, 2ª edição, Fundação Calouste Gulbenkian)
A química inorgânica continua a despertar um interesse sempre crescente como
domínio de pesquisa pura e aplicada, encontrando actualmente inúmeras aplicações na
indústria.
Esta base da investigação realizada visando a obtenção de produtos químicos de
elevada pureza e de outros em geral, em cerâmica, na produção de vidro e materiais de
construção e na metalurgia extractiva. Boro é o elemento que não esta sendo objecto de
investigação sob qualquer aspecto nos tempos que ocorrem. Esta ligada à preparação de
catalizadores, para obter o maior rendimento possível em produtos químicos de interesse
industrial, tem-se recorrido à hidrogenação catalítica, operação sempre dispendiosa, e
estuda-se a possibilidade de recorrer ao << Cracking >> catalítico ou à oxidação
selectiva. Deste modo se poderia converter a quase totalidade da massa do carvão em
produtos de interesse industrial, em vez de, tal como hoje sucede com os processos
destilatórios, grande parte dessa massa ficar nas retortas, sob a forma de variados carvões.
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No destilado da hulha predominam hidrocarbonetos e derivados aromáticos, que,
com alguns alifáticos, constituem base para fabricação de corantes, medicamentos (a
vulgaríssima aspirina é um derivado do tolueno), explosivos, insecticidas (DDT,
gamexane), têxteis (orlon, terylene, nylon), borracha sintética, detergentes, resinas
sintéticas (produtos cujo interesse tem aumentado considerávelmente com a fabricação de
madeiras laminadas), álcoois, e muitos outros.
(Enciclopédia Mirador Internacional)
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provoca mudanças profundas em outras áreas da vida social. Só para exemplificar
salientam-se áreas como a indústria alimentar, a indústria do vestuário, a indústria
médica, a indústria caseira, a construção civil, a indústria mineira, a agricultura e a
indústria florestal, a indústria de automóveis, e mesmo até muitas áreas da cultura.
Ao terminar o séc.XIX, as descobertas químicas ofereciam um panorama
satisfatório. Sem ter conseguido as sínteses magistrais da física (termodinâmica,
electromagnetismo, teoria cinética dos gases, mecânica, etc.) tinha obtido a necessária
uniformidade e a possibilidade de grande expansão.
A resolução desses problemas, ou pelo menos o avanço na sua resolução, veio da
física, com a descoberta da radioactividade e a do electrão; a medida da carga específica e
a carga do electrão; a descoberta do efeito foteléctrico; a aplicação dos princípios da
quantificação de Planck ao efeito foteléctrico, por Einstein; o modelo atómico proposto
por Rutherford e modificado por Bohr; a mecânica ondulatória de Schrôdinger; a
quantificação do átomo; a radioactividade artificial; a descoberta do neutrão; a descoberta
de uma multidão de partículas elementares; a fissão nuclear.
Todas essas descobertas e teorias vieram de físicos e sacudiram
espectacularmente a química, dando conteúdo novo e inesperado às suas teorias,
unificando seus conceitos, criando uma química física, onde não há limite nítido entre o
facto químico e o facto físico.
6.5. O desenvolvimento das novas áreas da indústria química (a química do
petróleo, gás natural e do carvão, plásticos, elásticos e fibras sintéticas);
(Compéndio de Química, Alice Maia Magalhães, Túlio Lopes Tomaz, 1963, Livraria
Avis)
A associação íntima da ciência pura à técnica abriu à química aplicada as mais
variadas perspectivas.
De entre as matéria-primas cuja exploração racional conduziu ao emprego, em
larga escala, de todos os seus derivados, e a integração destes em moléculas diferentes,
por condensação, polimerização, substituições variadas, etc., vêm à cabeça o petróleo e
os carvões naturais.
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a) Petroquímica – É o importantíssimo ramo da química dos petróleos.
* Indique os produtos sintetizados por este ramo importante da indústria química.
b) Química dos carvões naturais – Embora bastante mais antiga que a petroquímica,
está longe de ter evolucionado tão espectacularmente como esta. Atribui – se o facto, em
grande parte, não só às características económicas próprias de cada uma das explorações,
como também, e sobretudo, ao pouco que ainda se sabe da estrutura molecular do carvão
natural.
HISTÓRIA DE QUÍMICA
Questionário e problemas
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2. Distinga ciências históricas das ciências naturais numa perspectiva de
desenvolvimento das sociedades!
3. Mencione os objectivos e tarefas da história de química!
4. Comente como o conhecimento científico e sistematizado se constituiu até aos
dias de hoje!
5. Explique detalhadamente como é que a história de química deve ser tratada
nas aulas!
6. Argumente porque razão a química é considerada “ciência técnica” ?
7. Em que regiões e porque apareceram os primeiros indícios de prática
científica?
8. A observação de fenômenos naturais levava a interpretações de carácter
religioso e místico, onde deuses seriam seres promotores (criadores).
Comente a frase tomando em consideração à interpretações de fenômenos
naturais nos dias de hoje!
9. Quais são as bases que permitiram a interpretação de fenômenos naturais de
forma racional?
10. Explique como as filosofias religiosas teriam influenciado para a criação de
alicerces de alguns conceitos de química!
11. ...As diferentes substâncias contém elementos qualitativamente distintos e
imutáveis.
a) Indique o autor desta frase!
b) Que elementos são esses a que o autor se refere?
c) Explique o significado do amor e o ódio segundo o mesmo autor!
d) Que conceito e através de que métodos teria sido obtido?
12. O conceito sobre o átomo foi introduzido por leucipo de Mileto e Demócrito
de Abdera no séc. V a. N. E.
a) Estabeleça a diferença no conceituado de então e da actualidade!
b) Que bases estão na origem da evolução do conceito actual da teoria
atômica?
13. Qual é foi o contributo dado pela alquimia para o desenvolvimento da
química?
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14. Explique o surgimento e os princípios de sustentação da alquimia!
15. A “jatroquimica influiu bastante para dar um novo rumo á química".
Justifique esta afirmação!
16. a) Enuncie as leis das revoluções planetárias de Kepler!
b) Sob esta base, quais postulados anunciados por Newton?
17. Fundamente como a química passou a estar relacionada a interesses
mercantilistas!
18. Explique a teoria flogística e a sua influencia para o desenvolvimento da
química! NB: trabalho escrito
19. Como explica que a lei de conservação da massa tendo sido descoberta por
Lomonossoov?, contudo aparece registrado com o nome de Lavoisier!
a) Que impacto teve a descoberta da lei?
20. Quais são as bases que permitiram a institucionalização da química clássica?
21. Que razões levaram a separação que fizeram os químicos, durante muitos
anos, entre a química inorgânica e química orgânica?
22. Que importante contribuição trouxe Wohler para unificação da química?
23. O desenvolvimento da industria química veio mudar a posição social dos
químicos e contribuir para o aparecimento de novas áreas da química.
Fundamente esta afirmação!
24. A descoberta da radioactividade veio dar um impulso ao desenvolvimento das
ciências naturais em particular à química. Argumente este ponto de vista com
exemplos!
25. Discuta a teoria ácido-base segundo Arrinheus, Bronsted e Lewis.
26. Rutherford é o primeiro cientista a fazer a transmutação de um elemento.
Descreva a sua experiência!
27. Que conseqüência trouxe a descoberta dos raios α e β?
28. O uso da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki trouxe conseqüências
desastrosas para a humanidade.
Discuta o emprego da energia nuclear!
29. Caracterize o período da revolução científica-técnica!
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30. Que perspectivas se desenham actualmente e no futuro para o
desenvolvimento da química?
31. Discuta o carácter dinâmico da química!
32. Desenhe um esboço cronológico dos principais factos descobertos e que
permitiram o desenvolvimento:
a) Química orgânica;
b) Química inorgânica;
c) Química física;
33. Caracterize as principais etapas do desenvolvimento da química indicando as
descobertas que demarcaram cada etapa!
34. A ciência como força motriz do desenvolvimento sócio-econômico e cultural e
o papel da indústria química na economia.
NB: trabalho escrito
Bibliografia:
2. História da Química
Bernard Vidal
Biblioteca Básica de Ciência
3. Ciência Hoje
Vol. 13 Nº 77
Allen G. Debus
“A longa revolução química”
Pág. 34 – 43
4. Matthero Gaines
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Prisma “O conhecimento em cores”
8. G. ARNAUD
Curso De Química Orgânica
D’dinalivro
9. R. B. Heslop. H. Jones
Química Inorgânica
2ªedição
Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa, 1987
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