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EVOLUÇÃO ATÔMICA: ENSINO DE QUÍMICA NUMA ABORDAGEM

HISTÓRICA E CONTEXTUALIZADA

Torres, Antonio Júlio


Souza de, Cinthia Raquel

RESUMO

Após ter observado a carência no ensino da história da evolução atômica, é


que houve a ideia de se trabalhar esse tema, que se mostrou tão pouco
explorado até mesmo nos livros didáticos, pois na sua maioria, se tem poucas
linha que aborde esse tema de forma que elucide e supra as necessidades,
duvidas e curiosidades dos alunos com relação à historia da evolução atômica.
É por isso que neste artigo científico, foi explorado cada etapa dessa história
da evolução atômica bem como os personagens que fizeram parte dessa
história. Pois não se trata de apenas alguns anos de tentativas para se explicar
a formação da matéria, trata-se de séculos. E se pensar que desde os filósofos
que os homens se fazem a grande pergunta: do que é feita a matéria? E muitos
deram diversas explicações, algumas foram ultrapassadas ao longo do tempo
por outras que pareciam mais adequadas, porém todas as teorias tiveram sua
importância e relevância nessa corrida pra se explicar a formação da matéria e
sendo assim chegar até aos átomos. Mas tudo se tornou mais claro quando foi
criado modelos pra representar as ideias dos filósofos e cientistas, e é com tais
modelos que nos dias atuais, ainda se passa para os alunos a representação
dos modelos atômicos. Contudo neste artigo há a pretensão de se passar para
os alunos a história da evolução atômica dentro de uma abordagem histórica e
cronométrica, para alunos do 1º ano do ensino médio.

Palavras-chave: Historia. Átomos. Informática. Contextualização.


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1. INTRODUÇÃO

O ensino de química no primeiro ano do ensino médio é a porta de


entrada para que os alunos possam entender essa disciplina e desenvolver
admiração pela a mesma. Contudo, não se constrói futuro sem que se aprenda
com o passado, e é sobre esse prisma que esse trabalho objetiva a valorização
do ensino da evolução dos modelos atômicos, visto que até mesmo nos livros
de ensino médio, há a necessidade de se dá mais ênfase nesse assunto, pois
na verdade o que se percebe é que os alunos concluem o primeiro ano do
ensino médio sem saberem quem foram os grandes filósofos e cientistas que
fizeram parte dessa corrida filosófica e científica para se explicar a pergunta
secular e que sempre fez parte da curiosidade e da vida dos homens: do que
somos feitos? E neste artigo, há essa pretensão de se dá o devido valor a essa
história fantástica, na qual participaram grandes homens da história da ciência
e que propuseram as diversas teorias para a constituição da matéria e sendo
assim para a explicação do que é o átomo e como o átomo é constituído,
porém nessa jornada será visto que muitas foram as teorias para esse tema,
todavia, só algumas teorias foram provadas e são usadas como sendo
satisfatórias até os dias atuais.
Mas, o foco dessa pesquisa é justamente propor que haja mais
valorização, no que diz respeito à historia da evolução dos modelos atômicos,
nas aulas iniciais do ensino médio que se dá no primeiro ano.
E na área da educação sempre foi necessário que houvesse
modelos para se poder explicar algo de forma que se chegue ao principal
objetivo: o ensino aprendizado, e para se chegar a esse fim, é que se propõe
nessa pesquisa, uma forma de ensino na qual se dê mais ênfase na história da
evolução atômica.
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2. Abordagem Histórica

Desde o inicio que o homem tem a necessidade de tentar explicar os


fenômenos que ocorrem na natureza bem como a própria natureza e o que a
compõe e como a compõe. Essa necessidade do ser humano de se saber de
onde viemos, para onde vamos, do que somos feitos, é que nos trouxe ao
tempo em que vivemos e com a consciência que temos do que nós somos e
sobre tudo, do que somos feitos. Mas para se chegar até os dias atuais o
homem teve que transpor muitos obstáculos e transcender vários degraus da
história.

A observação de que o universo está em expansão conduziu à visão


atual de que há cerca de 15 bilhões de anos o universo visível estava
concentrado em um ponto que explodiu em um evento chamado de
Big Bang. Acreditando-se que as temperaturas imediatas após o Big
Bang eram da ordem de 10 elevada a nona potencia K, as partículas
fundamentais produzidas na explosão tinham energia cinética demais
para se unirem as formas que conhecemos hoje. Entretanto, à
medida que o universo se expandia, resfriava-se, e as partículas
moviam-se cada vez mais lentamente. Dessa forma, elas logo
começaram a se agrupar sob a influência de uma variedade de
forças. Em particular, a força forte, uma força atrativa poderosa, de
curto alcance, e que atua entre núcleos (prótons e nêutrons), uniu
essas partículas dentro do núcleo. À medida que a temperatura
decaiu mais ainda, a força eletromagnética, uma força relativamente
fraca, de longo alcance, e que atua entre cargas elétricas, uniu
elétrons aos núcleos para formar os átomos (SHRIVER; ATKINS;
p.30, 2008 ).

Nesse texto acima citado da obra de ( SHRIVER; ATKINS, 2008 )


vemos uma forma de se explicar o que são os átomos e como eles surgiram,
contudo até se chegar a esse ponto houve muitos contra tempo e muitos foram
os filósofos e cientistas que fizeram parte dessa história da evolução atômica.
O que nos leva a pensa: a partir de quando se observa a química?
E quem nos responde a essa pergunta é o autor do livro Alquimistas e
químicos o passado, o presente e o futuro, quando o mesmo na sua
pesquisa diz: “ Quando o homem voltou sua atenção pela primeira vez para as
transformações químicas foi certamente ao observar o fogo, resultado de
algum acontecimento fortuito.” ( VANIN, 2001, p.23 ).
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Não tem como falar da história da evolução atômica sem que


façamos menção aos filósofos pois foram eles os grandes indagadores dos
porquês, e esses questionamentos feitos por esses filósofos nos levaram as
mais diversas explicações para as matérias e as suas formações.

Podemos dizer que o conceito do átomo nasceu na Grécia há


aproximadamente 2.500 anos. Os seus atributos foram objeto de especulação
de muitos filósofos e cientistas que não pouparam imaginação para descrevê-
los. (TIPLER; LLEWELLYN,2001, p.32 )

O artigo de Filqueiras ( 2004), nos mostra a importância dos filósofos


nessa busca de se explicar o que constituem a matéria quando diz que: “ A
constituição da matéria sempre intrigou os homens. Ela está entre as primeiras
especulações filosóficas, e nestas a ideia”.
E o livro: Química e sociedade, faz uma ratificação no que se refere
as importância dos filósofos no estudo da evolução atômica, visto que as ideias
iniciais partirão desses pensadores que tiveram a coragem de se perguntar e
argumentar o porquê das coisas que aconteciam ao seu redor e a cima de tudo
tiveram a iniciativa de explicar a formação da matéria, mesmo que as suas
teorias fossem diferentes das atuais, porém as teorias atuas fazem partes de
uma sequência das teorias que outrora faziam os filósofos.

As primeiras ideias propostas para a natureza da matéria sugiram


ainda na Antiguidade. Os filósofos gregos foram os pioneiros no
mundo ocidental na elaboração de teorias para explicar a natureza do
mundo e nossas relações com ele. Os filósofos buscavam respostas
às perguntas enigmáticas que até hoje persistem: De onde viemos?
Para que existimos? Como tudo funciona? (QUÍMICA & SOCIEDADE,
2008, p.25 ).

Haja vista a iniciação argumentativa da formação da matéria desde


os filósofos, teremos um longo caminho a percorrer até chegar no modelo
atômico usado atualmente para se ensinar nas salas de aula de ensino médio
e em particular em salas de aula do 1º do ensino médio às quais objetiva está
pesquisa. E se faz necessário um cronograma para que tenhamos um norte a
seguir nessa busca pela história da evolução atômica. E nessa viagem através
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dos tempos em busca da história dos átomos e suas mudanças evolutivas é


que encontramos o filósofo Tales de Mileto.

Segundo a tradição clássica da filosofia ocidental, o primeiro teórico a


formular um pensamento mais sistemático fundado em bases
racionais foi o grego Tales de Mileto (cerca de 625 a,C.-558 a.C.)
(PORTALSAOFRANCISCO.COM.BR, O9/11/2010).

Como era de costume na época dos grandes filósofos, os mesmo


não eram apenas estudiosos da filosofia, pois além de estudar a filosofia os
pensadores daquela época eram estudiosos da matemática, da pintura
artística, música, astronomia, entre outras atividades que eram explodas por
esses homens.

Tales de Mileto nascido na cidade de Mileto, uma colônia na região


da Jônia (atual Turquia),Tales foi matemático, astrônomo e
negociante. Herdeiro de conhecimentos ainda mais antigos – como a
matemática egípcia e a astronomia babilônica – Tales era tido em sua
cidade como um sábio. O que sabemos sobre as ideias deste filósofo
resulta de comentários feitos pelos pensadores gregos que o
sucederam, pois não há preservados registros escritos de sua
autoria. As principais referências que temos a seu respeito vêm do
filósofo Aristóteles. Segundo Tales , a origem de todas as coisas
estava no elemento água. (PORTALSAOFRANCISCO.COM.BR,
O9/11/2010).

Se olhar com os olhos da ciência atual vê-se que essa


observação de Tales está equivocada, porém tem-se que lembrar que essa
observação foi feito quando os pensamentos filosóficos eram ainda muito
povoados por elementos mágicos e mitológicos, contudo para um grego antigo
pensar que a água pudesse se transformar em outra coisa não era absurdo se
for analisado dentro do mesmo prisma de conhecimentos e de crenças que os
povos tinham. E principalmente as crenças religiosas, que acabavam
influenciando e muitas vezes ditando ideologias filosóficas.
Mas temos na ideia de Tales um pensamento e uma vontade de se
explicar de onde vem a matéria e como se transforma, mesmo que as achamos
equivocadas, elas tem um grande valor de iniciação as indagações que sempre
foram feitas: do que é feita a matéria? . Veremos as ideias de outros grandes
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filósofos que assim com Tales, deram a suas opiniões sobre a formação da
matéria.
Outros filósofos gregos, tal qual, Anaximenes, propuseram que mais
três elementos deveriam constituir a matéria básica:
Anaxímenes (VI a.C.) propôs que o ar seria o elemento constituinte
do Universo. E notamos a e uma necessidade de ser ter uma explicação de
que se é formado a matéria visto que se tem várias teses para o que forma a
matéria, além de se ter que ir contra a crença que já se fazia presente nos
conceitos religiosos, que, o homem foi feito do barro da terra e teve em suas
narinas o sopro de Deus. Entre tanto o que se percebe com clareza é que o
home sempre olhava para a natureza como fonte de explicação para as
questões que lhes eram impostas e cada explicação que se era dada a respeito
da formação da matéria, logo se observa que sempre se volta à formação da
matéria pela natureza. Haja visto os elementos que são usados como base
para essa explicação: Água e ar.
Mas para o filósofo Heráclito a matéria não era formada nem pela água e
nem pelo ar, mas sim, pelo fogo.
Heráclito (cerca de 540 – 480 a.C.) considerou que, sendo a
natureza caracterizada pela mudança, então o elemento essencial deveria
apresentar uma mudança notável. Propôs então o fogo como elemento básico.
Mas veremos que o filosofo Empédocles, ao fazer a sua teoria diz
que não é só o fogo, a água e o ar que formam a matéria, mas sim a junção
desses três elementos que formariam a matéria e com os outros, este filósofo
também dispunha de várias habilidades.

Empédocles (cerca de 490 – 430 a.C.) Juntou essas propostas e


considerou que esses três elementos deveriam ser a base de todo o
Universo. E em seus estudos concluiu que não existia apenas três
elementos mas sim quatros e acrescentou a terra como o quarto
elemento. (QUÍMICA & SOCIEDADE, p. 35. 2008 ).

Os filósofos gregos, em particular Empédocles havia proposto esses


quatros elementos: terra, água, ar e fogo. Esses elementos resultavam, por sua
vez, de quatro qualidades, duas a duas, antagônicas: seco e úmido, quente e
frio. Aristóteles (384- 322 a.C.).
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Foi o sistematizador dessa teoria e os alquimistas sofreram sua


influência, pelos estudos de suas obras. Para Aristóteles, existia uma matéria –
prima, que constituiria a base de todas as substâncias. Essa matéria- prima
seria formada por átomos dos quatro elementos. Cada um dos átomos seria
formado por duas das quatro qualidades, e o conjunto, disposto em dois pares
antagônicos (terra/ar e fogo/água), se ver agora claramente a junção dos
quatros elementos da natureza e que tem uma força sobre todo o restante,
imensurável, embora hoje sabe-se que não são esses elementos que formam a
matéria, embora possa , alterar a formação geológica da terra, mas não são
formadores da nossa matéria.

As mudanças da matéria proviriam das mudanças de qualidades e de


formas. A transmutação, por exemplo, do elemento fogo (formado
pelas qualidades seco e quente) em terra (constituído por seco e frio)
se resumiria em alterar uma dessas qualidades, isto é, quente para
frio. ( VANIN 2005).

Contudo temos dois grandes filósofos que fizeram parte dessa saga da
evolução atômica aos quais são atribuídos a nomenclatura: átomos. Que se
observe o que diz o livro química e sociedade diz desses dois filósofos que
foram tão importante para a historia da evolução atômica.

Quatrocentos anos antes da era cristã, o filósofo grego Demócrito


(470 – 360 a.C.) e seu discípulo Leucipo (século V a.C.) propuseram
uma teoria que também se referia à natureza da matéria. Para eles, a
matéria não poderia ser dividida infinitamente, ou seja, qualquer
material poderia ser repartido em partes menores até atingir um
limite. Ao atingir esse limite as pequenas partículas se tornariam
indivisíveis e receberiam a denominação de átomos ( a = prefixo de
negação, tomos = divisão ).Essa teoria ficou conhecida como o
atomismo. .(). E ainda segundo o mesmo autor, durante muito
tempo, a teoria aristotélica dos quatros elementos predominou em
relação ao atomismo de Demócrito e Leucipo. ( QUÍMICA &
SOCIEDADE, 2008, p. 33 )

Filósofo, historiador e cientista atomista grego nascido em Abdera, na


Trácia, nas costas do Mediterrâneo, considerado o principal
representante da escola atomista, Demócrito defendia uma
explicação totalmente material e mecanicista do mundo, bom como
um dos maiores expoentes de todo o quadro de homens sábios da
antiguidade grega. (BRASILESCOLA.COM, 25/11/2010).
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Porém, o filósofo Demócrito é tido pela história, como um discípulo


de outro grande filósofo: Leucipo de Mileto.

Leucipo de Mileto,( 480 a.C- 420 a.C ), físico e filósofo atomista,


considerado o autor essencial da escola eleática, tradicionalmente
considerado o mestre de Demócrito de Abdera e, talvez, o verdadeiro
criador do atomismo. (WWW.DEC.fcg.edu.br, 26/11/2010).

Mas é a partir do questionamento que continuava a ser feito


pelos homens: do que é formado a matéria? É que saímos das teorias
filosóficas e entramos nas pesquisas científicas, da evolução atômica, as quais
serão aqui enumeradas, além de se observar o cronograma histórico dos feitos
científicos para encontrar uma nova linha de teses, visto que não se trata em
apenas de se perguntar qual é a formação da matéria, mas de se criar
explicações matemáticas e físicas no intuito de obter uma resposta concreta
para essa interrogação que atravessou séculos: qual é a formação da matéria.

2.1. Cronograma da História da Evolução dos Modelos Atômicos

Nesta fase da caminhada pelas trilhas da história da evolução dos


modelos atômicos, chegasse a uma etapa que está na transição das teorias
filosóficas para as teorias científicas. A história se passa em outros tempos,
em tempos que não se basta apenas teorizar mas também provar pois se trata
da transição filosófica para a cientifica no que diz respeito a da composição a
matéria e subsequente da história da evolução atômica
Todavia nessa fase da história, se tem o surgimento dos modelos
que são usados para se dá uma noção da realidade de que se fala, ou mesmo
para estimular a imaginação do homem para um realidade abstrata. E é usando
de modelos figurativos que cientistas ilustram o que se passa nos seus
pensamentos e que se encontra nos seus cálculos.
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2.2. (1808) Teorias Atômica de Jonh Dalton

Em 1808, o cientista inglês John Dalton publicou um livro


apresentando sua teoria sobre a constituição atômica da matéria. O seu
trabalho foi amplamente debatido pela comunidade científica e, apesar de ter
sido criticado por físicos famosos da época, a partir da segunda metade do
século XIX os químicos começaram a se convencer, pelas inúmeras
evidências, de que tal modelo era bastante plausível.

O modelo atômico de Dalton ficou conhecido como bola de bilhar


pois para o mesmo os átomos eram esferas maciças e indivisíveis.

2.3 (1807) Modelo Atômico de Thomson

Além dos elétrons, o que mais esta presente no átomo? Qual a


estrutura do átomo? Em 1898, J.J.Thomson propôs respostas a estas
perguntas com um modelo para a estrutura do átomo. Thomson
raciocinou da seguinte maneira: elétrons podem ser retirados de um
átomo deixando um íon positivo que tem massa bem maior que um
elétron. Talvez, portanto, cada átomo seja composto de uma parte
positiva grande e pesada mais uma quantidade de elétrons menores
e mais leves. Especificamente, o modelo do átomo de Thomson era
uma esfera de carga elétrica positiva na qual estavam contidos
alguns elétrons. (INFOESCOLA, 2008 ).

Segundo o livro Ciência e Sociedade, para Thomson, o átomo seria


uma esfera de cargas positivas, na qual estaria incrustados os elétrons de
carga negativa. Esse modelo ficou conhecido como panetone, pois as cargas
positivas do átomo corresponderia à massa do panetone enquanto os elétrons
seriam as passas incrustadas nele.
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2.4 ( 1908 ) Modelo Atômico de Rutherford

O físico neozelandês Ernest Rutherford, possuía uma habilidade


notável para a física e se destacaria nos estudos sobre a natureza da matéria. Por seu trabalho
na elucidação da estrutura do átomo, foi Nobel de Química, em 1908. No final do século XIX, o
físico neozelandês Ernest Rutherford foi convencido por J.J.Thomson a trabalhar com o
fenômeno então recentemente descoberto: a radioatividade. Seu trabalho permitiu a
elaboração de um modelo atômico que possibilitou o entendimento da radiação emitida pelos
átomos de urânio, polônio e rádio. Aos 26 anos de idade, Rutherford fez sua maior descoberta.
Estudando a emissão de radiação do Urânio e do Tório, observou que existem dois tipos
distintos de radiação: uma que é rapidamente absorvida, que denominamos de radiação alfa ()
e outra com maior poder de penetração, que denominamos de radiação (). Um dos
experimentos conduzidos pela equipe de Rutherford revolucionou o modo como os físicos da
época passaram a imaginar o átomo. Ele consiste no bombardeamento de finas lâminas de
ouro, para estudo de deflexões de partículas alfa. Sob orientação de Rutherford, Hans Geisger
(1882- 1945) e Ernest Marsden (1889- 1970) trabalharam no experimento de espalhamento de
radiação alfa (SANTOS & SOUZA, 2005 ).

Rutherford atirou numa finíssima folha de ouro, cuja espessura se estima em


torno de trezentos ou trezentos e cinquenta átomos, o que corresponde a cerca
de 0,00001 cm! A “metralhadora” usada por ele lançava pequenas partículas
portadora de carga elétrica positiva, chamadas de partículas alfa, emitidas por
certos elementos radioativos, como o polônio. (TITO; CANTO 2006).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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É seguindo essa orientação dos PCNs que neste trabalho se


traz uma proposta de um ensino contextualizado da historia da evolução dos
modelos atômicos, pois uma boa metodologia é aquela que faz com que o
aluno tenha alguma utilidade com o que lhe foi ensinado, visto que o ensino
aprendizado tem que está dentro de uma contextualização pra que possa ter
um significado na vida cotidiana dos alunos e só assim terá um real motivo
para se aprender o que se ensina.
Quando se foi posto em prática o que se propõe nesse
trabalho, na escola estadual Maria de Lourdes Temporal que se localiza na
cidade de Cupira PE, foi observado que os alunos corresponderam bem à
expectativa pois participaram e fizeram perguntas pertinentes ao assunto
demonstrando interesse e curiosidade para saber sobre a vida dos filósofos e
cientistas. E essa atitude dos alunos é exatamente o que se esperava visto que
o objetivo desse trabalho é ensinar sobre a historia da evolução dos modelos
atômicos de uma forma contextualizada para que haja a efetiva participação
dos alunos e a fixação do conhecimento dos mesmo com relação a esse tema.
Foi numa viagem pelas historia da formação da matéria nos deparamos
com outro grande cientista e pesquisador: Thomson o qual propôs um modelo
atômico que seria conhecido por panetone, logo após surgi o modelo atômico
de Rutherford que por seu trabalho na elucidação da estrutura do átomo, foi
Nobel do química em 1908. E no final do século XIX, o físico neozelandês
Ernest Rutherford com um experimento chega a conclusão que o átomo deve
ter duas regiões: um núcleo denso muito pequeno com os prótons e uma
região de volume grande ocupada pelos elétrons. E seguindo essa ideia de
Rutherford, é que Niels Bohr propôs um outro modelo mais completo. Mas
todas essas grandes descobertas eram só bases para as teorias que viriam de
cientistas como: De Broglie, Heiserberg, Schrodinge, Wolfang Pauli,Hund e
James Chaduick.
Mas o desafio principal para o professor que vai lecionar no 1º ano do
ensino médio esse tema, a historia da evolução dos modelos atômicos, não é
em apenas citar e sequenciar a historia e os filósofos e cientistas que fizeram
parta dessa história, mas na verdade o desafio para o professor é tornar essa
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aula de uma forma contextualizada para focar o ensino aprendizado que seja
relacionado com o cotidiano dos alunos, pois ao se fazer o que se é proposto
nesse trabalho de conclusão, que é levar os alunos a pesquisar e expor as
pesquisas, organizar trabalhos, estará induzindo o alunos a expressa-se
corretamente utilizando a linguagem química e elementos de sua
representação simbólica. Os alunos também serão levados a elaborar sínteses
ou esquemas estruturados dos temas trabalhados, estabeleceram relações
entre o conhecimento químico e outras formas de expressão da cultura
humana bem como, ser capaz de emitir juízos de valores em relação a
situações sociais que envolvam os aspectos de modelos ou tecnologias
relevantes ao tema estudado e sobre tudo os alunos alcançaram os “Quatros
Pilares das recomendações da UNESCO que podem ser resumidos em:

1. Aprendendo a Saber
2. Aprendendo a Fazer
3. Aprendendo a Viver com os outros
4. Aprendendo a Ser

E para concluir, o que se faz necessário deixar enfatizado é que nem


uma teoria está totalmente acabada, na ciência, e isso foi visto por diversas
vezes nessa pesquisa quando se observa as evoluções das teorias atômicas.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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