Você está na página 1de 52

Autarquia Educacional da Mata Sul - AEMASUL

Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul - FAMASUL


Departamento de Química
Curso de Licenciatura em Química

ANTONIO JÚLIO DE TORRES

A HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO ATÔMICA: UMA ABORDAGEM


CONTEXTUALIZADA PARA O ENSINO DE QUIMICA VOLTADO AOS ALUNOS
DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.

Caruaru
2018
Autarquia Educacional da Mata Sul - AEMASUL
Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul - FAMASUL
Departamento de Química
Curso de Licenciatura em Química

ANTONIO JÚLIO DE TORRES

A HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO ATÔMICA: UMA ABORDAGEM


CONTEXTUALIZADA PARA O ENSINO DE QUÍMICA VOLTADO AOS ALUNOS
DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de


Licenciatura em Química da Faculdade de Formação de
Professores da Mata Sul, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Licenciada em Química...............

Orientador:

Caruaru
2018
2
Autarquia Educacional da Mata Sul - AEMASUL
Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul - FAMASUL
Departamento de Química
Curso de Licenciatura em Química

A HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO ATÔMICA: UMA ABORDAGEM


CONTEXTUALIZADA PARA O ENSINO DE QUIMICA VOLTADO AOS ALUNOS
DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO.

ANTONIO JÚLIO DE TORRES

Monografia defendida e aprovada pela Banca Examinadora


composta pelos seguintes professores:

__________________________________________
Prof. Esp. Evandro Lopes Fernandes
Orientador - FAMASUL

__________________________________________
Prof. Esp.
Co-orientador - FAMASUL

__________________________________________
XXXX

___________________________________________
XXXX

Monografia aprovada no dia ___ /___ /2010, no Departamento de Química da FAMASUL.

3
Autarquia Educacional da Mata Sul - AEMASUL
Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul - FAMASUL
Departamento de Química
Curso de Licenciatura em Química

4
Dedicatória

5
AGRADECIMENTOS

6
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Xx
Figura 2. Xx

7
LISTA DE TABELAS

Figura 1. Xx
Figura 2. Xx

8
RESUMO

Após ter observado a carência no ensino da história da evolução atômica, é que houve
a ideia de se trabalhar esse tema, que se mostrou tão pouco explorado até mesmo nos livros
didáticos pois nas suas maiorias, se têm poucas linhas que abordem esse tema de forma que
elucide e supra as necessidades, duvidas e curiosidades dos alunos com relação à história da
evolução atômica. E por isso que nesse trabalho de conclusão de curso, foi explorado cada etapa
dessas histórias da evolução atômica bem como os personagens que fizeram parte dessas
histórias. Pois não se trata de apenas alguns anos de tentativas para se explicar a formação da
matéria, trata-se de séculos. E se pensar que desde os filósofos que os homens se fazem a grande
pergunta: do que é feita a matéria? E muitos deram diversas explicações, algumas foram
ultrapassadas ao longo do tempo por outras que pareciam mais adequadas, porém todas as teorias
tiveram sua importância e relevância nessa corrida pra se explicar a formação da matéria e sendo
assim, chegar até aos átomos. Mas tudo se tornou mais claro quando foram criados modelos pra
representar as ideias dos filósofos e cientistas, e é com tais modelos que nos dias atuais, ainda se
passa para os alunos a representação dos modelos atômicos. Contudo nesse trabalho há a
pretensão de se passar para os alunos a história da evolução atômica dentro de uma abordagem
contextualizada para alunos do 1º ano do ensino médio. E sendo assim, estará o aluno sabendo
qual foi é a fundamentação da química e acima de tudo levando esse conhecimento para o seu
cotidiano pois como se visa nos métodos de ensino, todo conhecimento passado em sala de aula
deve ter um significado para a vida pessoal dos alunos e nessa proposta se alcançará esse
propósito, visto que o aluno será instigado a pesquisar biografias,trabalhar em grupo e fazer as
exposições dos conhecimentos adquiridos durante esse processo de aprendizagem.

Palavras-chave: Átomos, ciência, contextualização.

9
SUMÁRIO

RESUMO

1. INTRODUÇÃO 11
2. OBJETIVOS 13
2.1 Geral 13
2.2 Específicos 13
3. REVISÃO DE LITERATURA 14
3.1 14
3.2 16
3.3 20
3.4 27
4. METODOLOGIA 40
4.1 40
4.2 41
4.3 41
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 46
5.1 46
5.2 55
6. CONCLUSÃO 65
7. 67
8. 68
9. 72
10. 73

10
INTRODUÇÃO

O ensino de química no primeiro ano do ensino médio é a porta de entrada para que

os alunos possam entender essa disciplina e desenvolver admiração por a mesma. Contudo, não

se constrói futuro se que se aprenda com o passado, e é sobre esse prisma que esse trabalho

objetiva a valorização do ensino da história da evolução dos modelos atômicos, visto que até

mesmo nos livros de ensino médio, há a necessidade de se dá mais ênfase nesse assunto, pois na

verdade o que se percebe é que os alunos concluem o primeiro ano do ensino médio sem saberem

quem foram os grandes filósofos e cientistas que fizeram parte dessa corrida filosófica e

científica para se explicar a pergunta secular e que sempre fez parte da curiosidade e da vida dos

homens: do que somos feitos? E nesse trabalho, há essa pretensão de se dá o devido valor a essa

história fantástica, na qual participaram grandes homens da história da ciência e que propuseram

as diversas teorias para a constituição da matéria e sendo assim para a explicação do que é o

átomo e como o átomo é constituído, porém nessa jornada será visto que muitos foram as teorias

para esse tema, toda via, só algumas teorias foram provadas e são usadas como sendo satisfatórias

até os dias atuais.

Mas, o foco dessa pesquisa é justamente propor que haja mais valorização, no que diz

respeito à historia da evolução dos modelos atômicos, nas aulas iniciais do ensino médio que se

dá no primeiro ano.

E na área da educação sempre foi necessário que houvessem modelos para se poder

explicar algo de forma que se chegue ao principal objetivo: o ensino aprendizado, e para se

chegar a esse fim, é que se propõe nessa pesquisa, uma forma de ensino contextualizada para se

aproximar cada vez mais as teorias das salas de aulas com a vida prática do cotidiano dos alunos.

11
Com esse intuito é que se indica que as aulas do assunto que se faz tema nesta

monografia, sejam aulas que trabalhem com o incentivo às pesquisas e às exposições das

mesmas. Pois, se tem como objetivo apresentar uma maneira de aula contextualizada para o

ensino da história da evolução dos modelos atômicos e que essa foram de se passar o

conhecimento venha a facilitar o aprendizado dos alunos do 1º ano do ensino médio, de forma

que os envolva em atividades de pesquisas e de exposições das mesmas, porém para se alcançar

esse objetivo é que se propõe nessa pesquisa, que se elabore uma maneira de se explicar a historia

da evolução atômica de forma contextualizada para que haja a efetiva participação do alunado

com o contexto histórico e uma fundamentação no estudo da disciplina de química. E para se

chegar a esse fim, se tem que apresentar uma forma de abordagem que dê mais ênfase no ensino

da história da evolução atômica para que se envolva os alunos nas atividades propostas nesse

trabalho, como pesquisas biográficas dos filósofos e cientistas que fizeram parte dessa evolução

científica e as exposições das mesmas visto que no momento em que se induz o aluno a pesquisar

algo, está na verdade o induzindo a ler. Quando se induz que o aluno faça trabalhos em grupos,

está lhe induzindo à socialização, pois o mesmo estará a trocar conhecimentos com os demais do

grupo e acima de tudo quando se induz o aluno a expor as suas idéias, está se desenvolvendo

nesse aluno uma posição de cidadão critico e defensor dos seus ideais.

O professor pode adotar procedimentos bastante simples mas que


exijam a participação efetiva do aluno. Possibilitar ao aluno um comportamento crítico e
criativo diante do processo e dos resultados deve ser um dos objetivos

(PCNs 2008 )

12
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Apresentar uma maneira contextualizada para o ensino da história da evolução


atômica que venha a facilitar o aprendizado dos alunos do 1º ano do ensino médio, de forma que
os envolva em atividades de pesquisas biográficas dos cientistas que participaram dessa corrida
pela descoberta da formação da matéria. E para que haja uma maior aproximação do aluno com o
contexto histórico da evolução atômica e uma fundamentação no estudo da disciplina de química.

2.2 Objetivos Específicos

- Elaborar uma maneira de se explicar a evolução atômica de uma forma


contextualizada para que haja a efetiva participação do alunado e a fixação do conhecimento.
- Apresentar uma forma de abordagem que dê mais ênfase no ensino da história da
evolução atômica, tendo como publico alvo, alunos do 1º ano do ensino médio.
- Envolver os alunos nas atividades propostas como: pesquisas de biografias dos
Filósofos e Cientistas, para uma maior aproximação do aluno com a história da vida dos
pesquisadores da Evolução Atômica, para que haja uma fundamentação no estudo inicial da
química.

13
3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Histórico

Desde o inicio que o homem tem a necessidade de tentar explicar os fenômenos que
ocorrem na natureza bem como a própria natureza e o que a compõe e como a compõe. Essa
necessidade do ser humano de se saber de onde viemos, para onde vamos, do que somos feitos, é
que nos trouxe ao tempo em que vivemos e com a consciência que temos do que nós somos e
sobre tudo, do que somos feitos. Mas para se chegar até os dias atuais o homem teve que transpor
muitos obstáculos e transcender vários degraus da história.

A observação de que o universo está em expansão conduziu à visão atual


de que há cerca de 15 bilhões de anos o universo visível estava concentrado em um
ponto que explodiu em um evento chamado de Big Bang.
Acreditando-se que as temperaturas imediatas após o Big Bang eram da
ordem de 10 elevado a nona potencia K, as partículas fundamentais produzidas na
explosão tinham energia cinética demais para se unirem as formas que conhecemos hoje.
Entretanto, à medida que o universo se expandia, resfriava-se, e as
partículas moviam-se cada vez mais lentamente.Dessa forma, elas logo começaram a se
agrupar sob a influência de uma variedade de forças. Em particular, a força forte,uma
força atrativa poderosa, de curto alcance, e que atua entre núcleos (prótons e nêutrons),
uniu essas partículas dentro do núcleo. À medida que a temperatura decaiu mais ainda, a
força eletromagnética, uma força relativamente fraca, de longo alcance, e que atua entre
cargas elétricas, uniu elétrons aos núcleos para formar os átomos (SHRIVER &
ATKINS, 2008 ).

Nesse texto acima citado da obra de ( SHRIVER & ATKINS, 2008 ) vemos uma
forma de se explicar o que são os átomos e como eles surgiram, contudo até se chegar a esse
ponto houve muitos contra tempo e muitos foram os filósofos e cientistas que fizeram parte dessa
história da evolução atômica.
O que nos leva a pensa: a partir de quando se observa a química? E quem nos
responde a essa pergunta é o autor do livro Alquimistas e químicos o passado , o presente e o
futuro, quando o mesmo na sua pesquisa diz:

14
““ Quando o homem voltou sua atenção pela primeira vez para as transformações
químicas foi certamente ao observar o fogo, resultado de algum acontecimento fortuito.””
( VANIN, 2001).
Contudo esse acontecimento da observação do homem para com o fogo, foi só um
passo para a grande e longa caminhada na busca do conhecimento da matéria.

Desde os primórdios da humanidade há uma busca para se entender o


Universo. Questões a respeito da existência humana, por um lado, deram origem à
filosofia e continuam sendo analisadas pelos filósofos. Por outro lado, questões acerca
da origem, do funcionamento e da organização do Universo passaram a ser objeto de
estudo da Ciência e na tentativa de explicar o mundo que nos rodeia, os cientistas
elaboraram modelos e teorias atômicas.(QUÍMICA & SOCIEDADE 2008).

Não tem como falar da história da evolução atômica sem que façamos menção aos
filósofos pois foram eles os grandes indagadores dos porquês, e esses questionamentos feitos por
esses filósofos nos levaram às mais diversas explicações para as matérias e as suas formações.

Podemos dizer que o conceito do átomo nasceu na Grécia há


aproximadamente 2.500 anos. Os seus atributos foram objeto de especulação de muitos
filósofos e cientistas que não pouparam imaginação para descrevê-los.

(TIPLER & LLEWELLYN,2001.)

O artigo de (FILQUEIRAS, 2004), nos mostra a importância dos filósofos nessa busca
de se explicar o que constituem a matéria quando diz que: “”A constituição da matéria sempre
intrigou os homens.Ela está entre as primeiras especulações filosóficas, e nestas a idéia””
E o livro : Química e sociedade, faz uma ratificação no que se refere as importância dos
filósofos no estudo da evolução atômica, visto que as idéias iniciais partirão desses pensadores
que tiveram a coragem de se perguntar e argumentar o porquê das coisas que aconteciam ao seu
redor e a cima de tudo tiveram a iniciativa de explicar a formação da matéria, mesmo que as suas
teorias fossem diferentes das atuais, porém as teorias atuas fazem partes de uma seqüência das
teorias que outrora faziam os filósofos.

15
As primeiras idéias propostas para a natureza da matéria sugiram ainda na
Antiguidade. Os filósofos gregos foram os pioneiros no mundo ocidental na elaboração
de teorias para explicar a natureza do mundo e nossas relações com ele. Os filósofos
buscavam respostas às perguntas enigmáticas que até hoje persistem: De onde viemos?
Para que existimos? Como tudo funciona?
(QUÍMICA & SOCIEDADE 2008)

Aja vista a iniciação argumentativa da formação da matéria desde os filósofos,


teremos um longo caminho a percorrer até chegar no modelo atômico usado atualmente para se
ensinar nas salas de aula de ensino médio e em particular em salas de aula do 1º do ensino médio
às quais objetiva o meu trabalho de monografia. E se faz necessário um cronograma para que
tenhamos um norte a seguir nessa busca pela história da evolução atômica. E nessa viagem
através dos tempo em busca da história dos átomos e suas mudanças evolutivas e que
encontramos o filósofo Tales de Mileto.

Figura 1: Tales de Mileto, (625 a.C – 558 a.C ) ( GOOGLE, 24/11/2010 )

16
Segundo a tradição clássica da filosofia ocidental, o primeiro teórico a formular
um pensamento mais sistemático fundado em bases racionais foi o grego Tales de
Mileto (cerca de 625 a,C.-558 a.C.)

(FRANCISCO, 1998).

Como era de costume na época dos grandes filósofos, os mesmo não eram apenas
estudiosos da filosofia, pois além de estudar a filosofia os pensadores daquela época eram
estudiosos da matemática, da pintura artística , musica, astronomia, entre outras atividades que
eram explodas por esses homens.

Tales de Mileto nascido na cidade de Mileto, uma colônia na região da Jônia


(atual Turquia),Tales foi matemático, astrônomo e negociante. Herdeiro de
conhecimentos ainda mais antigos – como a matemática egípcia e a astronomia
babilônica – Tales era tido em sua cidade como um sábio.
O que sabemos sobre as idéias deste filósofo resulta de comentários feitos
pelos pensadores gregos que o sucederam, pois não há preservados registros escritos de
sua autoria. As principais referências que temos a seu respeito vêm do filósofo
Aristóteles. Segundo Tales , a origem de todas as coisas estava no elemento água.

(FRANCISCO 1998)

Se olharmos com os olhos da ciência atual veremos que essa observação de Tales está
equivocada, porem temos que lembrar que essa observação foi feito quando os pensamentos
filosóficos eram ainda muito povoados por elementos mágicos e mitológicos, contudo para um
grego antigo pensar que a água pudesse se transformar em outra coisa não era absurda se for
analisado dentro do mesmo prisma de conhecimentos e de crenças que os povos tinham. E
principalmente as crenças religiosas, que acabavam influenciando e muitas vezes ditando
ideologias filosófica.
Mas temos na idéia de Tales um pensamento e uma vontade de se explicar de onde
vem a matéria e como se transforma, mesmo que as achamos equivocadas, elas tem um grande
valor de iniciação as indagações que sempre foram feitas: do que é feita a matéria? . Veremos as

17
idéias de outros grandes filósofos que assim com Tales, deram a suas opiniões sobre a formação
da matéria.
Outros filósofos gregos, tal qual, Anaximenes, propuseram que mais três elementos
deveriam constituir a matéria básica:

Figura 2: Anaxímenes (570 a.C – 500 a.C) ( GOOGLE :25/11/2010)

Anaxímenes (VI a.C.) propôs que o ar seria o elemento constituinte do Universo. E


notamos a e uma necessidade de ser ter uma explicação de que se é formado a matéria visto que
se tem várias teses para o que forma a matéria, além de se ter que ir contra a crença que já se
fazia presente nos conceitos religiosos,que, o homem foi feito do barro da terra e teve em suas
narinas o sopro de Deus. Entre tanto o que se percebe com clareza é que o home sempre olhava
para a natureza como fonte de explicação para as questões que lhes eram impostas e cada
explicação que se era dada a respeito da formação da matéria, logo se observa que sempre se

18
volta à formação da matéria pela natureza. Haja visto os ele mentos que são usados como base
para essa explicação: Água e ar.
Mas para o filósofo Heráclito a matéria não era formada nem pela água e nem pelo ar,
mas sim , pelo fogo.

Figura 3: Heráclito de Éfeso (540 a.C. – 480 a.C.) (GOOGLE, 25/11/2010)

Heráclito (cerca de 540 – 480 a.C.) considerou que, sendo a natureza caracterizada
pela mudança, então o elemento essencial deveria ser o apresentava uma mudança notável.
Propôs então o fogo como elemento básico.
Mas veremos que o filosofo Empédocles, ao fazer a sua teoria diz que não é só o fogo,
a água e o ar que formam a matéria, mas sim a junção desses três elementos que formariam a
matéria e com os outros, este filósofo também dispunha de várias habilidades.

Nascido na cidade de Agrigento, Empédocles, um homem que certamente possuía


muitas virtudes: foi médico, dramaturgo, político, poeta e filósofo e como uma escrita
que visava encantar e convencer emocionalmente.
(GOOGLE , 25/1/2010)

19
Figura 4: Empédocles (490 a.C. – 430 a.C.) (GOOGLE: 25/11/2010)

Empédocles (cerca de 490 – 430 a.C.) Juntou essas propostas e considerou


que esses três elementos deveriam ser a base de todo o Universo. E em seus estudos
concluiu que não existia apenas três elementos mas sim quatros e acrescentou a terra
como o quarto elemento.(QUÍMICA & SOCIEDADE, 2008 )

Os filósofos gregos, em particular Empédocles haviam proposto esses quatros


elementos: terra, água, ar e fogo. Esses elementos resultavam, por sua vez, de quatro qualidades,
duas a duas, antagônicas: seco e úmido,quente e frio. Aristóteles (384- 322 a.C.).
Foi o sistematizador dessa teoria e os alquimistas sofreram sua influência, pelos
estudos de suas obras. Para Aristóteles, existia uma matéria – prima, que constituiria a base de
todas as substâncias. Essa matéria- prima seria formada por átomos dos quatro elementos. Cada
um dos átomos seria formado por duas das quatro qualidades, e o conjunto, disposto em dois
pares antagônicos( terra/ar e fogo/água), se ver agora claramente a junção dos quatros elementos
da natureza e que tem uma força sobre todo o restante, imensurável, embora hoje se sabe que não
esses elementos que formam a matéria,embora possa , alterar a formação geológica da terra,mas
não são formadores da nossa matéria.

20
Figura 5: Representação dos elementos propostos por Empédocles (GOOGLE,25/11/2010)

As mudanças da matéria proviriam das mudanças de qualidades e de


formas. A transmutação, por exemplo, do elemento fogo (formado pelas qualidades seco
e quente) em terra (constituído por seco e frio) se resumiria em alterar uma dessas
qualidades, isto é,quente para frio.

( VANIN 2005).

Contudo temos dois grandes filósofos que fizeram parte dessa saga da evolução
atômica aos quais são atribuído a nomenclatura : átomos. Vejamos o que o livro química e
sociedade diz desses dois filósofos que foram tão importante para a historia da evolução atômica.

Quatrocentos anos antes da era cristã, o filósofo grego Demócrito (470 – 360 a.C.)
e seu discípulo Leucipo (século V a.C.) propuseram uma teoria que também se referia à
natureza da matéria. Para eles, a matéria não poderia ser dividida infinitamente, ou seja,
qualquer material poderia ser repartido em partes menores até atingir um limite. Ao
atingir esse limite as pequenas partículas se tornariam indivisíveis e receberiam a
denominação de átomos ( a = prefixo de negação, tomos = divisão ).Essa teoria ficou
conhecida como o atomismo. .(). E ainda segundo o mesmo autor, durante muito
tempo, a teoria aristotélica dos quatros elementos predominou em relação ao atomismo
de Demócrito e Leucipo.
( QUÍMICA & SOCIEDADE 2008)

21
Figura6: Demócrito de Abdera, (460 a.C.) (BRASILESCOLA.COM ,2010)

Filósofo, historiador e cientista atomista grego nascido em Abdera, na Trácia, nas


costas do Mediterrâneo, considerado o principal representante da escola atomista,
Demócrito defendia uma explicação totalmente material e mecanicista do mundo, bom
como um dos maiores expoentes de todo o quadro de homens sábios da antiguidade
grega.

(BRASILESCOLA.COM, 25/11/2010)

Porém, o filósofo Demócrito é tido pela história, como um discípulo de outro grande
filósofo :Leucipo de Mileto.

Leucipo de Mileto,( 480 a.C- 420 a.C ), físico e filósofo atomista, considerado
o autor essencial da escola eleática, tradicionalmente considerado o mestre de Demócrito
de Abdera e, talvez, o verdadeiro criador do atomismo.

(WWW.DEC.fcg.edu.br, 26/11/2010)

22
Figura 7: Leucipo de Mileto (480 a.C – 420 a.C.) (WILKIPEDIA,26/11/2010)

Muitos outros estudiosos chegaram a propor a existência de um partícula


indivisível que comporia a matéria, denominando-a de átomo, porém, durante séculos, a
filosofia de Aristóteles se impôs no mundo ocidental. Muitos mais tarde, um nova teoria
introduziu um outro “elemento” primordial: o Flogístico. Esse era tido como “ espírito
Ígneo” que se desprendiam nas combustões . No entanto, a chamada teoria do flogistico
foi derrubada com os dados experimentais de Lavoisier, a partir da identificação do
oxigênio. Mas o mistério continuava: de que era feito a matéria?

( QUÍMICA & SOCIEDADE 2008)

Mas é a partir do questionamento que continuava a ser feito pelos homens: do que é
formado a matéria? é que saímos das teorias filosóficas e entramos nas pesquisas científicas, da
evolução atômica, as quais serão aqui enumeradas, alem de se observar o cronograma histórico
dos feitos científicos para encontrar uma nova linha de teses, visto que não se trata em apenas de
se perguntar qual é a formação da matéria, mas de se criar explicações matemáticas e físicas no

23
intuito de obter uma resposta concreta para essa interrogação que atravessou séculos: qual é a
formação da matéria.
3.2. CRONOGRAMA DA HISTÓRIA DAS EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS

Nesta fase da caminhada pelas trilhas da história da evolução dos modelos atômicos,
chegasse a uma etapa que está na transição das teorias filosóficas para as teorias científicas. A
história se passa em outros tempos, em tempos que não se basta apenas teorizar mas também
provar pois se trata da transição filosófica para a cientifica no que diz respeito à da composição a
matéria e subseqüente da história da evolução atômica
Toda via nessa faze da história, se tem o surgimento dos modelos que são usados para
se dá uma noção da realidade de que se fala, ou mesmo para estimular a imaginação do homem
para um realidade abstrata. E é usando de modelos figurativos que cientistas ilustram o que se
passa nos seus pensamentos e que se encontra nos seus cálculos.

3.2.1 1808- Modelo atômico de Jonh Dalton

24
Figura:8, John Dalton (1766 – 1844) (GOOGLE 25/11/2010)
Químico e físico inglês, fundador da teoria atômica moderna, John Dalton
nasceu em Eaglesfield, Cumberland, a 6 de setembro de 1766, e faleceu em Manchester,
a 27 de julho de 1844.
( ROCHA, 1998).

Em 1808, o cientista inglês John Dalton publicou um livro apresentando sua teoria
sobre a constituição atômica da matéria. O seu trabalho foi amplamente debatido pela
comunidade científica e, apesar de ter sido criticado por físicos famosos da época, a partir da
segunda metade do século XIX os químicos começaram a se convencer, pelas inúmeras
evidências, de que tal modelo era bastante plausível.

O modelo de Dalton baseava-se nas seguintes hipóteses:

1. A matéria é constituída de átomos, que são partículas indivisíveis e


indestrutíveis
2. Todos os átomos de um elemento químico são idêntico em massa e
propriedades. Os átomos de diferentes elementos químicos são diferentes em massas e
em propriedades.
3. As substâncias são formadas pela combinação de diferentes átomos na
razão de números pequenos.
4. As reações químicas envolvem somente combinações, separação e
rearranjo dos átomos, não havendo em seu curso nem a criação nem a destruição de
átomos.

O modelo de Dalton contribuiu para dar uma nova direção aos estudos das
transformações químicas e dos processos que ocorrem com as unidades estruturais da
matéria. A unidade ainda hoje é denominada átomo, a pesar de estudos posteriores
demonstrarem que ela não é indivisível como sugere o nome.

.( SANTOS & SOUZA, 2005).

A teoria atômica de Dalton, um dos marcos da Química do século XIX, surgiu


e foi publicada ao longo da primeira década daquele século. Ela deu uma forma
operacional , capaz de ser usada em determinações, a uma das mais antigas inquietações
humanas, que dizia respeito à constituições da matéria. Com Dalton cessa toda a
especulação puramente abstrata que cercava o tema desde a Antiguidade clássica. Em
sue lugar surge uma teoria que une conceitos teóricos à possibilidades de sua aplicação
prática.

(FILGUEIRAS, 2004.)

25
O modelo atômico de Dalton ficou conhecido como bola de bilhar pois para o mesmo
os átomos eram esferas maciças e indivisíveis.

Figura 9: Modelo Atômico proposto por Dalton (bola de bilhar) (GOOGLE 26/11/2010)

3.2.2 (1807) Modelo Atômico de Thomson

O modelo atômico de Thomson é uma teoria sobre a estrutura atômica proposta


por Joseph John Thomson, descobridor do elétron e da relação entre a carga e a massa
do elétron, antes do descobrimento do próton ou do nêutron. Neste modelo, o átomo é
composto de elétrons embebidos numa sopa de carga positiva, como as passas num
pudim. Acreditava-se que os elétrons distribuíam-se uniformemente no átomo.

(WIKIPEDIA, 26/11/2010.)

Além dos elétrons, o que mais esta presente no átomo? Qual a estrutura do
átomo? Em 1898, J.J.Thomson propôs respostas a estas perguntas com um modelo para
a estrutura do átomo. Thomson raciocinou da seguinte maneira: elétrons podem ser
retirados de um átomo deixando um íon positivo que tem massa bem maior que um
elétron. Talvez, portanto, cada átomo seja composto de uma parte positiva grande e

26
pesada mais uma quantidade de elétrons menores e mais leves. Especificamente, o
modelo do átomo de Thomson era uma esfera de carga elétrica positiva na qual estavam
contidos alguns elétrons. (INFOESCOLA, 2008 )

Figura 10: Joseph John Thomson ( 1856 a 1940 ) (GOOGLE, 13/11/2010.)

Joseph John Thomson foi um importante físico inglês nascido em 1856.


Em 1897, quando era diretor do Laboratório Cavendish da Universidade de Cambridge
planeia e realiza uma série de experiências que lhe viriam a permitir encontrar a solução
para a então enigmática natureza dos raios catódicos: nas suas experiências, Thomson
verificou que além de serem desviados por um imã, também eram desviados por um
campo elétrico o que, de acordo com as leis da eletrodinâmica, provava que o raios
catódicos eram feixes de partículas com carga elétrica negativas. E concluía-se assim
que os átomos não eram indivisíveis tal como se pensava pois deles saía uma partícula
com carga elétrica negativa .

( NUNES, 2007)

A análise dos resultados dos experimentos de Thomson o levou a concluir que


“os raios catódicos são constituídos de cargas elétricas negativa, transportadas por
partículas de matéria.” O cientista inglês deduziu também que as partículas que
constituem os raios catódicos são todas idêntica e estão presentes em todos os átomos de
qualquer elemento químico Essas partículas foram chamadas de elétrons. E esses
elétrons têm massa 1840 vezes menos do que a massa do átomo de hidrogênio ( átomo
mais leve).

(Santos & SOUZA, 2005).

27
Segundo o livro Ciência e Sociedade, para Thomson, o átomo seria uma esfera de cargas
positivas, na qual estaria incrustados os elétrons de carga negativa. Esse modelo ficou conhecido
como panetone, pois as cargas positivas do átomo corresponderia à massa do panetone enquanto
os elétrons seriam as passas incrustadas nele, assim como mostra a figura 11, abaixo.

Figura 11: Modelo de átomos proposto por Thomson.(GOOGLE,26/11/2010)

Pesquisado os raios catódicos, o físico inglês J.J.Thomson demonstrou que os


mesmos podiam ser interpretados como sendo um feixe de partículas carregadas de
energia elétrica negativa, as quais foram chamadas de elétrons. Ele conclui que os
elétrons (raios catódicos ) deveriam ser constituintes de todo tipo de matéria pois
observou que a relação carga/massa do elétron era a mesma para qualquer gás que fosse
colocado na ampola de Crookes (tubo de vidro rarefeito no qual se faz descargas
elétricas em campos elétricos e magnéticos ). Com base em suas conclusões, Thomson
colocou por terra o modelo do átomo indivisível e apresentou seu modelo, conhecido
também como o modelo de pudim com passas.

28
(ENCICLOPEDIAVIRTUAL, 26/11/2010)

3.3.3 ( 1908 ) Modelo Atômico de Rutherford

Figura 12: Rutherford ( 1871 – 1937 ) (GOOGLE,26/11/2010.)

O físico neozelandês Ernest Rutherford, possuía uma habilidade notável para


a física e se destacaria nos estudos sobre a natureza da matéria. Por seu trabalho na
elucidação da estrutura do átomo, foi Nobel de Química, em 1908. No final do século
XIX, o físico neozelandês Ernest Rutherford foi convencido por J.J.Thomson a trabalhar
com o fenômeno então recentemente descoberto: a radioatividade. Seu trabalho permitiu
a elaboração de um modelo atômico que possibilitou o entendimento da radiação emitida
pelos átomos de urânio, polônio e rádio. Aos 26 anos de idade, Rutherford fez sua maior
descoberta. Estudando a emissão de radiação do Urânio e do Tório, observou que
existem dois tipos distintos de radiação: uma que é rapidamente absorvida, que
denominamos de radiação alfa () e outra com maior poder de penetração, que
denominamos de radiação ( ). Um dos experimentos conduzidos pela equipe de
Rutherford revolucionou o modo como os físicos da época passaram a imaginar o
átomo. Ele consiste no bombardeamento de finas lâminas de ouro, para estudo de
deflexões de partículas alfa. Sob orientação de Rutherford, Hans Geisger (1882- 1945) e
Ernest Marsden (1889- 1970) trabalharam no experimento de espalhamento de radiação
alfa.

29
(SANTOS & SOUZA, 2005 ).

Esquema 1:que representa a experiência de Rutherford ( GOOGLE,27/11/2010)

Para Rutherford, o átomo deve ter duas regiões: um núcleo denso, muito
pequeno com os prótons e uma região de volume muito grande, ocupada pelos elétrons
(eletrosfera ). O cientista Ernest Rutherford, nascido na Nova Zelândia, propôs um
modelo atômico baseando-se em experimentos com radioatividade. Através de seus
estudos concluiu que elementos são radioativos e emitem radiação de alta energia em
forma de partículas alfa, partículas beta e raios gama. Para comprovar essa Teoria ele
realizou a experiência.
Um fluxo de partículas alfa é emitido pelo elemento radioativo polônio
(Po) (fonte de partículas alfas) em lâminas de ouro. Ele observou que as partículas alfa
atravessavam a lâmina reta, mas algumas se desviavam e se espalhavam. Mas porque
somente algumas partículas se desviavam enquanto outras atravessavam a lâmina em
linha reta? Somente em 1911, Rutherford esclareceu esse fato. Ele decifrou o que os
resultados experimentais realmente significavam:
1.Na eletrosfera dos átomos de ouro existem espaço e algumas partículas
atravessavam a lâmina passando por tais espaços.
2. As partículas alfa se desviavam por que colidiam com o núcleo dos átomos
de ouro.
3. O núcleo é positivo, por isso repele as partículas alfa de cagar positiva.
4. O núcleo é pequeno em relação ao átomo.
Através dessas observações, Rutherford criou seu próprio modelo atômico que
substituindo o modelo de Thompson.

30
(BRASILESCOLA.COM 27/11/2010.)

Figura 13:Modelo de Rutherford, (GOOGLE ,27/11/2010)

Para completar seu modelo, Rutherford imaginou que ao redor do núcleo


estavam girando os elétrons . Sendo negativos, os elétrons iriam contrabalançar a carga
positiva do núcleo e garantir a neutralidade elétrica do átomo. Sendo muito pequenos e
estando muito afastados entre si, os elétrons não iriam interferir na trajetória das
partículas alfas. Em resumo o átomo seria semelhante ao sistema solar: o núcleo
representaria o sol; e os elétrons seriam os planetas, girando em órbitas circulares e
formando a chamada eletrosfera.

(FELTRE,2004.)

Rutherford atirou numa finíssima folha de ouro, cuja espessura se estima em torno
de trezentos ou trezentos e cinqüenta átomos, o que corresponde a cerca de 0,00001 cm!
A “metralhadora” usada por ele lançava pequenas partículas portadora de carga elétrica
positiva, chamadas de partículas alfa, emitidas por certos elementos radioativos, como o
polônio.

(TITO & CANTO 2006)

31
3.3.4 Niels Bohr (1885 – 1962 ) , Premio Nobel em 1922

Figura 14: NIELS BOHR (GOOGLE 27/11/2010)

Físico dinamarquês que elaborou um modelo de estrutura do átomo que


permitiu interpretar a forma planetária sugerida por Ernest Rutherford. O modelo de
Rutherford, proposto em 1911, apesar de esclarecer satisfatoriamente os resultados da
experiência de dispersão de partículas alfas, possuía algumas deficiências, como, por
exemplo, não explicar os espectros atômicos. Em 1913, Niels Bohr propôs um outro
modelo, mais completo, que conseguiu explicar o espectro de linhas. Em seu modelo,
Bohr incluiu uma série de postulados (postulado é uma afirmação aceita como verdade
sem demonstração):

-- Os elétrons nos átomos movimentam-se ao redor do núcleo em trajetória


circulares, chamadas de camadas ou níveis.

-- Cada um desses níveis tem um valor determinado de energia.

-- Não é permitido a um elétron permanecer entre dois desses níveis.

32
-- Um elétron pode passar de um nível para outro de maior energia, dede
que absorva energia externa ( ultravioleta, luz visível, infravermelho etc.).Quando isso
acontecer, dizemos que o elétron foi excitado e que ocorreu uma transição eletrônica.

-- A transição de retorno do elétron ao nível inicial se faz acompanhar da


liberação de energia na forma de ondas eletromagnéticas,

(PERUZZO &CANTO 2006)

Esquema 2: Modelo Atômico de Bohr (GOOOGLE, 27/11/2010)

3.3.5 O modelo dos Orbitais Atômico

Como já comentamos, novas observações, experiências e cálculos levam os


cientistas a novas conclusões. Desse modo, verificou-se também que o elétron se
comporta ora como partícula, ora como onda, dependendo do tipo de experiência.
Devemos, portanto, deixar de entender o elétron como uma bolinha em movimento
rápido e assumi-lo como um ente físico que tem comportamento dual – uma partícula-
onda. De fato, já em 1924, o físico francês Louis De Broglie havia lançado a hipótese de
que, se a luz apresenta natureza dual, uma partícula também teria propriedades
ondulatórias. A todo elétron em movimento está associada uma onda característica
(principio da dualidade ou de Brogl ( FELTRE 2004 )

33
Outra consideração muito importante é a seguinte: podemos medir, com boa
precisão, a composição e a velocidade de “corpos grande” como, por exemplo, de um
automóvel numa estrada,com um aparelho de radar. O elétron, no entanto, é tão pequeno
que, se tentássemos determinar sua posição ou velocidade, os próprios instrumentos de
medição alterariam essas determinações. Por isso Werner Heisenberg, em 1926,
afirmou que “ quanto maior for a precisão na medida da posição de um elétrons, menor
será a precisão da medida da velocidade e vice-versa”, e enunciou o seguinte princípio:
Não é possível calcular a posição e a velocidade de um elétron, num mesmo instante,.....
( Princípio da incerteza ou de Heisenberg ).

( FELTRE 2004 )

3.3.6 O modelo Atômico Atual

O modelo atômico atual resulta do aprimoramento de modelos elaborados ao longo


do século XIX e XX. Admite que um átomo possui núcleo em torno do qual movimentam-se os
elétrons. Tal movimento não pode ser completamente descrito, uma vez que as trajetórias dos
elétrons são indeterminadas. Contudo, é possível calcular a probabilidade de encontrar os elétrons
em setores determinados em torno do núcleo atômico.

O átomo é atualmente entendido como um sistema quântico: os elétrons do


átomo possuem valores de energia. A resolução da equação de Schrodinger para um
átomo tem como resultados os possíveis valores de energia e as funções de onda que
representam os correspondentes estados eletrônicos. Costuma-se caracterizar
abreviadamente um estado eletrônico pelo conjunto de números quânticos constitutivo de
sua expressão matemática.

(SILVA & CUNHA , 2008)

Em 1926, Schrodinger, lançou as bases da Mecânica Quântica Ondulatória,


apresentou um novo modelo atômico que ainda é válido. No modelo os elétrons passam a ser
partículas- ondas.

Nestes novo modelo estão alguns princípios que muda completamente a idéia de que
elétrons são “bolinhas” em movimento rápido, girando em torno do núcleo.

34
Princípios do modelo atômico atual

-- Princípio da dualidade: Proposto por De Broglie em 1924, fala que o


elétron em movimento está associado a uma onda característica (partícula- onda);

--Princípio da incerteza: Proposto por Heiserberg em 1926, fala


que é impossível calcular a posição e a velocidade de um elétron, num mesmo instante;

--Princípio do orbital: Estabelecido por Schrodinge em 1926, fala


que existe uma região do espaço atômico onde haveria maior probabilidade de encontrar
o elétron, denominado de orbital.

--Princípi da exclusão: Estabelecido por Wolfang Pauli em 1925,


fala que em um átomo, dois elétrons não podem apresentar o mesmo conjunto de
números quânticos.

--Princípio da máxima multiplicidade: Estabelecido por Hund,


fala que durante a caracterização dos elétrons de um átomo, o preenchimento de um
mesmo subnível deve ser feito de modo que tenhamos o maior número possível d
elétrons isolados ou seja, desemparelhados.

Em 1932, James Chadwick provou que, no núcleo não existiam


somente cargas elétricas positivas, mas também, partículas com carga neutra que de
certa forma isolam os prótons, evitando repulsões, e por isso foram denominados de
nêutrons.

( SARDELLA; FELTE; CAMARGO.)

3.3. Modelo Atômico versos Ensino

Tendo apresentado vários modelos atômicos, surge a pergunta: qual é o modelo


atômicos mais adequado para ser usado e, que o mesmo, facilite o ensino aprendizado dos alunos
do ensino médio? Mas antes de responder a essa indagação, é importante deixar claro que nesse
trabalho de pesquisa sobre a história da evolução dos modelos atômicos, uma abordagem
contextualizada para a facilitar o ensino de química, tendo com publico alvo u3ma turma de 1º
ano do ensino médio, foi explorado apenas os modelos atômicos que são citados nos livros de

35
química do ensino médio, contudo, já temos outras teorias que nos dá novos modelos atômicos.
Porém, essas novas idéias de modelos atômicos não estão, ainda, sendo exploradas nos livros de
químicas do ensino médio e por esse motivo que nesse trabalho não houve menção,detalhada, das
novas teorias, tendo em vista que o objetivo da pesquisa é uma abordagem contextualizada do
ensino da história dos modelos atômicos para alunos de ensino médio.
Mas respondendo à pergunta que poderá surgir sobre, qual é o modelo mas adequado
para ser usado e que o mesmo, facilite o ensino aprendizado dos nossos alunos do ensino médio?
Na pesquisa de (SIMÕES & CHAVEIRO, 1999), encontraremos tal resposta quando
os mesmos dizem que: na ciência, cada modelo, independente de já existir outro mais sofisticado
ou rebuscado, pode ser usado dependendo da necessidade. Por exemplo: para explicar a formação
de cátions e anions, o modelo de Bohr é suficiente. Mas para explicar com mais consistência a
formação da molécula de oxigênio, precisamos do conceito de orbital, ausente no modelo de
Bohr.

Ou seja, se surgir a dúvida para o professor do ensino médio: qual é o melhor modelo
para se ensinar aos alunos desse nível, temos que pensar não em qual é o melhor modelo, mas
sim, qual é o melhor momento para determinado modelo. Pois cada modelo atômico tem a sua
importância no ensino aprendizado, se for observado o tempo e o momento certo de se usar cada
um e dando-lhe a devida e justa importância e principalmente mostrando a origem de tal modelo
e o seu mentor.
Não só eu penso dessa forma, como podemos ver, que na pesquisa de (CHASSOT,
1996) se encontra uma idéia compatível com a que expus, quando o mesmo diz que: “O modelo
atômico que devemos usar depende para que os átomos modelados vão ser usados depois...”
Sabe-se que esses modelos atômicos não representam uma realidade do real formato
dos átomos, porém, se faz necessário que tenhamos alguma imagem para poder compreender
como se comportam os átomos e sendo assim esses modelos se transformam em um material
didático incontestáveis.
Pois o professor poderá representar de forma figurativa uma ligação que ocorre em
um cristal de cloreto de sódio usando o modelo atômico proposto por Bohr (1875-1962) e
tornando assim, o professor, a sua aula mais compreensiva para os alunos e de fácil explicação
para o professor.
36
Em química, a idéia de modelo é muito importante. Modelo, de um modo bem
simples, consiste na maioria como imaginamos que é algo a que não temo acesso direto.
Se vamos comprar um melão ou uma melancia, por exemplo, não podemos abrir todas
as frutas para decidir que está melhor. Observando o aspecto externo, apalpando e dando
batidinhas, é possível escolher uma fruta que esteja em boas condições. Ao processar
dessa forma estamos criando um modelo ao imaginar em que condições está o interior
de uma fruta sem tê-lo visto.
Deforma análoga, os químicos dispõem, desde o início do século XIX, de
evidências sobre a existência de átomos. O modelo atômico de Dalton que foi citado
anteriormente foi muito útil no desenvolvimento da química. No entanto, à medida que
novas evidências surgem, teorias e modelos têm,muitas vezes, de ser aperfeiçoados ou
substituídos por outros.

(TITO & CANTO 2006)

3.4 Contextualizações e Ensino

A idéia de contextualização surgiu com a reforma do ensino médio, a partir da Lei de


Diretrizes e Bases da Educação (LDB-99.394/97) que orienta a compreensão dos conhecimentos
para uso cotidiano. Originou-se nas diretrizes que estão definidas nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), os quais visam um ensino de química centrado na interface entre informação
cientifica e contexto social.
Contextualizar a química não é promover uma ligação artificial entre o conhecimento
e o cotidiano do aluno. Não é citar exemplos como ilustração ao final de algum conteúdo, mas
que contextualizar é propor “ situações problemáticas reais e buscar o conhecimento necessário
para entendê-las e procurar solucioná-las.” (PCN +p,93).
Diante do que foi exposto é que se faz necessário uma aula de química mais
contextualizada buscando sempre aproximar as teorias dos livros didáticos ao cotidiano dos nosso
alunos e sendo assim, se conquistará o esperado que é o ensino aprendizado dos jovens.
Tendo com base essa idéia de contextualização no ensino é que se propõe uma
abordagem, nas aulas da historia dos modelos atômicos que incentive a pesquisa e a interação

37
dos alunos. Esse resultado buscamos obter nos momentos em que os alunos farão grupos de
pesquisas e apresentarão os modelos dos átomos propostos pela literatura.

Entendemos que a contextualização, em seu verdadeiro significativo


gramatical, é a co-relação total do conhecimento científico em todos os papeis sociais, e
na somente como exemplificação retirada das esferas que a influenciam e se
influenciam. Não é possível encontrar nos documentos oficiais unanimidade do conceito
que está palavra possui, “(...) o princípio da contextualização (...) é aqui assumindo, em
seu papel central na formação da cidadania, pela reflexão crítica e interativa sobre
situações reais existentes para os estudantes.”

(Brasil, Ciências Naturais, Matemáticas e suas Tecnologias 2006.)

3.5. Mas como ensinar esse tema de forma contextualizado ?

A partir do momento que o educador traz para a sala de aula situações com
as quais o educando se identifica, consegue uma das condições fundamentais para o
aprendizado: a contextualização e conseqüentemente a interação. E, para que esta última
ocorra de maneira eficaz, são imprescindíveis o conhecimento prévio da realidade dos
alunos, as estratégias, o preparo e a disposição do educador para produzir níveis
condizentes com a realidade que espera os alunos ao saírem do Ensino Médio.

(ICPG.COM.BR. 28/11/2010)

Mas como pode o professor trazer para a sala de aula um tema como esse proposto
nessa pesquisa: a história da evolução atômica, de uma forma que desperte nos alunos o interesse
e a curiosidade dos mesmo? Assim como relaciona a citação acima, que se passe o assunto em
sala de aula de uma forma que seja relacionada à vida do alunado e que se explore o
conhecimento prévio do alunos, é que devemos ao ensinar a historia da evolução atômica, fazer
um paralelo com a historia da família do próprio aluno e lhe mostrando assim importância de
se saber o passado para caminha para o futuro. E após essa abordagem que se mostrou ao aluno a
importância da história, segui-se o trabalho de transmissão do conhecimento através de pesquisas
biográfica dos filósofos e cientistas que participaram das historia da evolução atômica.

Ao desenvolver e instigar o hábito de pesquisa dos alunos, estaremos levando a aula


para uma forma contextualizada visto que estaremos fazendo com quer esses alunos se tornem
38
observadores e críticos. Pois ao desenvolver no aluno o hábito de da pesquisar, não se estará
apenas lhes incentivando à busca das respostas para as perguntas propostas em sala de aula, bem
como, fazendo com quer esse aluno leiam mais e desenvolvam assim também a pratica da leitura,
o que já leva essa idéia para uma intenção de interdisciplinalidade.
E sabendo que o conhecimento histórico é a compreensão dos processos humanos em
suas relações em diferentes tipos e espaço, ensinar Química em seu contexto social é não
abandonar seu passado. Por isso que se faz necessário uma aula que se evidencie a importância da
história dos modelos atômicos e dos seus mentores, buscando sempre a comparação de cada
teoria e de cada modelo para o despertar critico de debatedor dos alunos.
Pois sabemos que a história da ciência nos guarda interessantes revelações que podem
auxiliar os alunos a entenderem e levar o conhecimento químico para o dia-a-dia e, o que irá
despertar a curiosidade cientifica não somente pela teoria, mas unificando teoria e história.
Haja visto a importância de se evidenciar a história dos modelos atômicos é que se faz
necessário uma forma de se ensinar esse assunto com mais ênfase e podemos começar isso
fazendo pequenos grupos com os alunos e cada grupo ter como objetivo pesquisar cada modelo
atômico e seus idealizadores. E ao termino das pesquisas, cada grupo expor as suas pesquisas na
sala de aula e no final de toda às apresentações podemos utilizar os matérias de pesquisa pra
montar um mural da evolução dos modelos atômicos.
Para se executar essa proposta de ensino da historia da evolução atômica, não se faz
necessário criar uma inédita maneira de se ensinar, visto que , não há novidades em se trabalhar
com pesquisas de biografias e exposição dessa pesquisas em sala de aula, toda via, o que se está
em questão não só a forma de se trabalhar esse tema mas sim de lhe dá alguma forma, visto que
se percebe que até mesmo nos livros didáticos há falta de aprofundamento nesse assunto.

Uma da maneira de utilizar a historia da ciência para melhorar o ensino consiste


em realizar uma análise histórica da gênese do conhecimento científico e da sua
construção.

(MARIA DA CONCEIÇÃO. 2002)

Se para melhorar o ensino consiste em se realizar uma analise histórica , segundo a


autora acima citada, como se pode ensinar uma disciplina tão complexa e abstrata como a

39
química, sem antes se fazer uma abordagem histórica dos homes e mulheres que fizeram parte
dessa longa e árdua caminhada pela busca incansável da explicação para a pergunta que até nos
dias atuais é feita por muitos : do que somos feito , do que é feito a matéria ? e se sabe que até
chegar nos dias atuais houve muitas explicações para essas perguntas e tais explicações devem
serem discutidas em sala de aulas para uma melhor compreensão das teorias disciplinares da
química.
Essa forma de se ensinar fazendo com quer o aprendiz: pesquise, leia e exponha as
suas idéias, não é nova mas parece que foi esquecida no que se refere ao ensino da química,
contudo vejamos o que diz um mestre em educação Paulo Freire.

Ler é uma forma inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou


estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a
forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do
processo de conhecer em que se acha. Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido;
daí,entre outros pontos fundamentais, a importância do ensino correto da leitura e da
escrita. É que ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da
compreensão.

( PAULO FREIRE,1993 )

METODOLOGIA
40
Ao estudar química nos deparamos com conceito, fórmulas e teorias que são passadas
para que o aluno possa fixar os conhecimentos postos, contudo todas essas formas de se ensinar
tem como bases fundamentais o ensino aprendizado, e é com esse mesmo intuito que se dá como
proposta essa metodologia, elaborada com a intenção de se chegar ao objetivo principal que é
aproximar o conteúdo ao cotidiano dos alunos.

Área de estudo

Escola Maria de Lourdes Temporal, na cidade de Cupira PE, em uma turma de 1º ano
do ensino médio, onde foi apresentado o tema: A história da evolução atômica: uma abordagem
contextualizada para o ensino de química voltado aos alunos do 1º ano do ensino médio.

4.2 Procedimentos

1º Momento: Uma sondagem do conhecimento prévio dos alunos, a partir de uma


questionário no qual tinha-se a seguinte pergunta: O que você entende por modelos atômicos ?

2º Momento: Tendo as respostas dos alunos do que vem a ser modelos atômicos, foi feita a
apresentação das teorias cientificas dos modelos atômicos que são estudados no ensino médio,
para a comparação e confrontação das teorias científicas e das teorias expostas pelos alunos.

41
3º Momento: Ao termino das aulas teóricas, foi realizado um Jogo da memória
relacionando os teóricos aos seus modelos desenvolvido. Com o objetivo exercitar o raciocínio
do aluno, facilitando a aprendizagem.

Coleta de dados

Após os resultados coletados nos questionários e nas observações feita nas sondagens e
nas conversações com os alunos, observou-se que houve uma interação, troca de conhecimentos e
uma demonstração pelos alunos, de atenção no assunto abordado. O que demonstra a eficácia do
ensino de forma contextualizada.

Resultados e discussões

42
Posteriormente aos dados coletados, os mesmos foram transformados em percentuais
para uma melhor visualização da respostas dos alunos.

Questão 1: O que você entende por modelos atômicos ?

Ao faze essa pergunta foram obtidas farias respostas, porém, uma pequena parcela
dos alunos sabiam realmente do que se tratava, alguns relacionaram à bomba atômica, outros não
faziam idéia do que se tratava essa pergunta. Mas ao serem perguntados sobre os átomos, apenas
uma pequena parcela de aproximadamente de 30% souberam do que se tratava a pergunta mas
não sabiam dá uma definição para a pergunta. Então ao serem lembrados de alguns nomes dos
filósofos e cientistas que criaram modelos para representar os átomos, houve uma maior
participação dos alunos, pois alguns foram lembrando dos nomes que foram sendo ditos e aos
mesmo tempo quer era feita uma ratificação dos nomes dos filósofos e cientistas, também se
mostrava os modelos criados pelos mesmo.

Questão 2: Foi feito uma apresentação dos modelos atômicos e dos seus respectivos
criadores e em seguida um debate.

Nessa fase da aula houve uma explicação sobre os modelos atômicos e os seus
criadores, em seguida foi feito uma apresentação da metodologia proposta nesse trabalho de
conclusão de curso e feito a seguinte pergunta para os alunos:

Vocês acham que dessa forma que se propõe nesse trabalho, como metodologia;
fazendo pesquisas biográfica debates e apresentações das pesquisas, os alunos fixariam melhor
esse assunto? E as respostas foram todas unânemes, todos disseram acreditar que com essa
metodologia o assunto fica mas em evidencia nas mentes dos alunos.

Questão 3: Neste momento foi feito uma dinâmica com os alunos que se trata de uma jogo
da memória para se testar o raciocínio e ver o quanto o aluno assimilou o assunto estudado.
43
Esse momento do jogo em que se estará levando uma atividade lúdica aos alunos,ao
mesmo tempo em que se pode testar os conhecimentos de uma forma diferenciada e agradável.

44
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim que se fez necessário a escolha de um tema para este trabalho de conclusão do
curso de formação do professor na área de química, logo veio à memória: a história da evolução
dos modelos atômicos, visto a falta de intensificação nesse assunto até mesmo nos livros
didáticos. Mas não bastava ser só a historia dos modelos atômicos pois o objetivo maior é desse
trabalho é que haja uma fixação do ensino na mente do aluno de forma que o mesmo não apenas
veja esse assunto como algo irrelevante, mas que fique em suas memórias para que esse
conhecimento se torne suporte para os demais assuntos que posteriormente serão tratados durante
o ano letivo e nas séries seguintes.

O aprendizado de Química no ensino médio deve possibilitar ao aluno a


compreensão tanto dos processos químicos em si, quanto da construção de um
conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas
implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas. Dessa forma, os estudantes
podem julgar com fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia
e da própria escola e tomar decisões autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos.

(PCN, 1999)

E é seguindo essa orientação dos PCNs que neste trabalho se traz uma proposta de um
ensino contextualizado da historia da evolução dos modelos atômicos, pois uma boa metodologia
é aquela que faz com que o aluno tenha alguma utilidade com o que lhe foi ensinado, visto que o
ensino aprendizado tem que está dentro de uma contextualização pra que possa ter um significado
na vida cotidiana dos alunos e só assim terá um real motivo para se aprender o que se ensina.
Quando se foi posto em prática o que se propõe nesse trabalho, na escola estadual
Maria de Lourdes Temporal que se localiza na cidade de Cupira PE, foi observado que os alunos
corresponderam bem à expectativa pois participaram e fizeram perguntas pertinentes ao assunto
demonstrando interesse e curiosidade para saber sobre a vida dos filósofos e cientistas. E essa
atitude dos alunos é exatamente o que se esperava visto que o objetivo desse trabalho é ensinar
sobre a historia da evolução dos modelos atômicos de uma forma contextualizada para que haja a
efetiva participação dos alunos e a fixação do conhecimento dos mesmo com relação a esse tema.
E foi usado como método para a aplicação desse tema, uma sondagem, para se ter uma
45
idéia de quanto os alunos sabem do assunto e logo após foi feito uma conversação na qual foi
explicada e debatida as teorias dos modelos atômicos e logo após houve uma dinâmica na qual
foi feito um jogo da memória, onde os alunos teriam que relacionar o nome dos filósofos e
cientistas aos modelos atômicos propostos pelos respectivos.

\ No entanto não é muito difícil se obter a atenção dos alunos visto que se trata de um
assunto tão instigante como é a história da evolução dos modelos atômicos pois trata se de uma
longa e histórica caminhada que se tem inicio nas idéias dos grandes filósofos como: Tales de
mileto que foi o primeiro filosofo a teorizar o tema do que é feito a matéria, de forma tão singular
pra sua época.

Segundo a tradição clássica da filosofia ocidental, o primeiro teórico a


formular um pensamento mai sistemático fundado em bases racionais foi o grego
Tales (cera de 625 a.C – 558 a.C )

(LUCIANO VIEIRA FRANCISCO 1998).

Porem a partir dessas idéias de Tales surgiram outros filósofos como: Anaxímenes,
que propôs que o ar seria o elemento constituinte do universo. Ou mesmo o Heráclito que
considerou que o fogo é que era o elemento básico. Posteriormente Empédocles faz uma junção
dessas idéias do filósofos anteriores e diz que a base da formação da matéria e de todo o universo
não são apenas três elementos e sim quatro. O filosofo grego Empédocles propôs como elementos
formadores da matéria o ar, água , terra e fogo. Mas foi Aristóteles o sistematizador dessa teoria.
Toda via houve dois filósofos que se destacaram muito nessa busca para se explicar a formação
da matéria ,sendo assim, a evolução do modelos atômicos: Leucipo e Demóclito.

Leucipo e Demóclito propuseram a existência de uma partícula indivisível que


comporia a matéria, denominado-a de átomo, que significa: indivisível.

.( Wildson Luiz Pereira dos Santos & Gerson de Souza -2005).

Entretanto a partir de Jonh Dalton é que se faz a transição da teoria atômica filosófica para a

teoria atômica cientifica.

46
A teoria atômica de Dalton, um do marcos da Química do século XIX, ela
deu uma forma operacional capaz de ser usada em determinações, a uma das
mais antigas inquietações humanas, que dizia respeito à constituição da
matéria.

(CARLOS ALBERTO L. FILGUEIRAS, 2004 )

E nessa viagem pelas historia da formação da matéria nos deparamos com outro grande

cientista e pesquisador: Thomson o qual propôs um modelo atômico que seria conhecido por panetone,

logo após surgi o modelo atômico de Rutherford que por seu trabalho na elucidação da estrutura do

átomo , foi Nobel do química em 1908. E no final do século XIX, o físico neozelandês Ernest Rutherford

com um experimento chega a conclusão que o átomo deve ter duas regiões: um núcleo denso muito

pequeno com os prótons e uma região de volume grande ocupada pelos elétrons. E seguindo essa idéia

de Rutherford, é que Niels Bohr propôs um outro modelo mais completo. Mas todas essas grandes

descobertas eram só bases para as teorias que viriam de cientistas como: De Broglie, Heiserberg,

Schrodinge, Wolfang Pauli,Hund e James Chaduick.

Mas o desafio principal para o professor que vai lecionar no 1º ano do ensino médio esse

tema, a historia da evolução dos modelos atômicos, não é em apenas citar e seguenciar a historia e os

filósofos e cientistas que fizeram parta dessa história, mas na verdade o desafio para o professor é tornar

essa aula de uma forma contextualizada para focar o ensino aprendizado que seja relacionado com o

cotidiano dos alunos, pois ao se fazer o que se é proposto nesse trabalho de conclusão, que é levar os

alunos a pesquisar e expor as pesquisas, organizar trabalhos, estará induzindo o alunos a expressa-se

corretamente utilizando a linguagem química e elementos de sua representação simbólica. Os alunos

também serão levados a elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas trabalhados,

estabeleceram relações entre o conhecimento químico e outras formas de expressão da cultura humana

bem como, ser capaz de emitir juízos de valores em relação a situações sociais que envolvam os

aspectos de modelos ou tecnologias relevantes ao tema estudado e sobre tudo os alunos alcançaram os

“Quatros Pilares das recomendações da UNESCO que podem ser resumidos em:

1. Aprendendo a Saber

47
2. Aprendendo a Fazer

3. Aprendendo a Viver com os outros

4. Aprendendo a Ser

E para concluir, o que se faz necessário deixar enfatizado é que nem uma teoria está

totalmente acabada, na ciência , e isso foi visto por diversas vezes nessa pesquisa quando se observa as

evoluções das teorias atômicas.

A química é uma ciência cumulativa. Durante os séculos, o número de


observações e fenômenos estudados cresceu largamente. Entretanto, nem
todas as hipóteses e descobertas são imutáveis. Algumas delas são
descartadas quando novas observações ou explicações mais satisfatórias
surgem. Durante esse tempo, a química teve um grande espectro de modelos
explicativos para fenômenos químicos que foram questionados e melhorados.
Eles agora têm o título de teorias, pedaços interconectados de
ferramentas explicativas que se correlacionam bom com os fenômenos
observados.
Quando novas descobertas forem feitas, elas são incorporadas a
teorias existentes sempre que possível. As descobertas e mudanças vão
continuar possuindo papel de destaque no futuro da sofisticação teórica.

(CHAGAS, A.P. 1989)

E por essa mutações ideológicas na ciência é que se faz necessário que se tenha um
estudo mas aprofundado na história dessa disciplina: Química, pois sempre se terá alguma nova
idéia para ser confrontada com as antigas visto que são esses confrontos de idéias que leva ao
consenso comum.

E no que se trata da historia da evolução dos modelos atômicos, que esse assunto seja
tratado em sala de aula de forma que direcione os alunos à desenvolvimento da curiosidade pela
pesquisa e ao senso crítico como cidadão. Pois isso é o que propõe o PCN:

Com essa abordagem, o que se pretende é levar o aluno a compreender e a reconhecer


a natureza do conhecimento científico como uma atividade humana que, sendo histórica e
socialmente construída, possui um caráter provisório, limitações e potencialidades, necessitando,
pois, ser abordado em sua historicidade e em suas implicações na sociedade e em
situações/ambientes diversificados. ( PCN, 2008.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
48
PERVZZO, Francisco Miragaia, CANTO, Eduardo Leite do. Química na abordagem do
cotidiano. 4. Ed.- São Paulo: Moderna, 2006.

SILVA, Ronaldo Henriques da, SILVA, Edson Braga da, Curso de Química.2 ed- São Paulo:
Harbra, 1992.

FELTRE, Ricardo. Química Geral. 6 ed – São Paulo: Moderna, 2004

VANIN, José Atílio. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. 2. Ed.-São Paulo:
Moderna, 2005.-(coleção polêmica).

SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos, MOL, Gerson de Seuza, (cood). e vários autores. Química e
Sociedade: volume único, ensino médio. São Paulo: Nova Geração, 2005.

CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos.São Paulo: Moderna, 1994- (coleção polêmica).

CHAGAS. A.P. como se faz a química. Campinas: Ed.da Unicamp,1989.

OKI, Maria da Conceição Marinho, Noradillo, Edilson Fortuna de. O ensino de química:
contribuindo para a compreensão da natureza e da ciência. Ciência & Educação. V. 14, n.1, 2008.

FILGUEIRAS, Carlos Alberto L. Duzentos anos da teoria atômica de Dalton. Química Nova na
Escola, nº 20, novembro, 2004.

CHASSOT, Attico, Sobre prováveis modelos de átomos. Química Nova na Escola. Modelos de
Átomos, nº3, maio, 1996.

OKI, Maria da Conceição Marinho, A história da química possibilitando o conhecimento da


natureza da ciência e uma abordagem contextualizada de conceitos químicos: um estudo de caso
numa disciplina do curso de química da UFBA. Salvador, 2006.

FRANCISCO, Luciano Vieira. Tales de Mileto: tudo começa na água, 1998.

ROCHA, Marcos. Teoria Atômica Molecular. Allchemy- Série Beta, outubro,1998.

49
SILVA, José Luis P.B., CUNHA, Maria Bernadete de Melo. Para compreender o modelo
atômico quântico. UFPR, XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIVENEQ),21 a 24 de
julho de 2008.

OKI, Maria da Conceição Marinho. O conceito de Elementos da Antiguidade à


Modernidade. Química Nova na Escola. Nº 16, novembro, 2002.

50
ANEXOS

Anexo A:

51
APÊNDICES

Apêndice A:

52

Você também pode gostar