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2009DE

FORMAÇÃO CONTINUADA
PROFESSORES DE QUÍMICA

Assessora de Química:
Kadja Maisa S. Menezes
MÓDULO I

Forma
mação Contin
nuada
de professores de Química
“A Química pode
e ser um instrumento da formação humana
humana, que amplia os
horizontes culturais e a autonomia, no exercício da cidadania, se o conhecimento 2
químico for promovido como um dos meios de interpretar o mund
mundo e intervir na
realidade, se for apresen
ntado como ciência, com seus conceitos, métodos
todos e linguagens
próprios, e como construção
trução histórica,
histórica relacionada ao desenvolvimento teecnológico e aos
muitos aspectos da vida em sociedade”

(PCN+, p. 87).

Apresentação
O estudo da Química pode representar um fascinante e estimulante
desafio, não só para nós, professores, mas também para aqueles que têm
contato, mesmo inicial, com essa ciência. Foi pensando nisso que, nesse módulo,
nos preocupamos em orientar quanto ao trabalho que será desenvolvido a partir
dos Eixos
os Norteadores da Química,
Química com ênfase na História da Química. Ademais
o objetivo principal desse texto é apresentar a você, colega professor, alternativas
didáticas de apresentação de temas para que os nossos alunos despertem para
um aprendizado mais
ais eficaz.
eficaz

Assim, espera-se
se que você, professor, se torne cada vez mais preparado
para:

 Conduzir a prática docente para o significativo aprendizado por parte


dos educandos;
educandos
 Proporcionar uma aproximação entre o ensino experimental e o
ensino teórico, da sala de aula, no sentido de superar a dicotomia
teórico-prático;
prático;
 Desenvolver através da Proposta Curricular do Ensino Médio
competências
ompetências e habilidades para o aprendizado de forma efetiva
efetiva;
 Sugerir formas alternativas de abordagem da Química em sua sala
de aula;

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MÓDULO I

 Refletir sobre a prática pedagógica.

É com esse foco de discussão, de planejamento e preparação de material para


uso em sala que pretendemos que sejam adquiridos conhecimentos e que estes tenham
como fruto, uma nova concepção de trabalho com debates, discussões em sala de aula,
práticas, as Tecnologias de Informação IC, uma vez que um trabalho direcionado e
coletivo possui maior eficiência no processo ensino-aprendizagem.

Assim, almejamos que você alcance os propósitos desse módulo. Portanto, você 3
terá, à sua disposição, os seguintes subsídios para estabelecer seu estudo:

 Textos para refletir a sua Prática Pedagógica;


 Sugestão para trabalhar com textos;
 Curiosidades;
 Sugestão de atividades e metodologia de aplicação.

Dessa forma, esse modelo de Formação Continuada parte do pressuposto que o


professor não é objeto de planejamento do trabalho, mas agente ativo desse processo.
Nesta perspectiva, elaborou-se este Módulo com a intenção de problematizar a validade
e o alcance dessa modalidade de formação na construção de uma nova prática
pedagógica para o ensino de Química.

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Texto 1

A Reflexão como Estratégia de Aprendizagem de Química

Caro professor(a), neste trabalho fixaremos nossos olhares no estudo


teórico de José Atílio Vanin, Doutor em Ciências, já que este destacou-se pelo
seus estudos sobre a evolução dos conceitos de Química. Para tanto, faremos
uma abordagem simples, com base nesse ambiente descrevendo
cronologicamente o surgimento da Química vinculado as primeiras civilizações.
4
A evolução da Química

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MÓDULO I

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MÓDULO I

AS ARTES QUÍMICAS SURGEM COM A HISTÓRIA

“A Química é o ramo da Ciência que estuda as transformações da


matéria”
Acredita-se que a descoberta e a utilização do fogo pelo homem talvez seja
o principal modelo da aplicação de fenômenos químicos. Os relatos deste período
datam a utilização do fogo a épocas tão remotas quanto 5.000 anos a.C. Assim, a
própria história da aplicação do fogo confunde-se com a história da Química.
O período compreendido entre a descoberta, produção e a manutenção
pelo homem primitivo, até as atuais formas de ignição, muitos métodos foram 6
criados e abandonados sendo sustentado por amplos procedimentos
experimentais executados pelo homem. Portanto, são considerados fatos
importantes da cronologia do desenvolvimento científico, não só a formação de
uma chama pela combustão de materiais orgânicos com oxigênio do ar, mas
também a sua utilização para a modificação da natureza das substâncias que
formam um corpo. Desse modo, todas essas melhorias decorreram das
transformações químicas, ou seja, das alterações da estrutura da matéria
provocada pelo calor.

Química e Alquimia

A alquimia surpreende-nos hoje por proceder de uma lógica diferente


daquela a que estamos habituados. Ela tem a sua própria coerência, que não é
uma coerência científica. O alquimista aborda o universo de frente. Tem dele uma
concepção global, estabelecendo relações de semelhança entre as aparências.
Inversamente, a ciência experimental contemporânea observa o particular para
entender o geral. São duas visões inconciliáveis. Por isso, não faz sentido
afirmar que a alquimia seria uma “protoquímica”. A alquimia apresenta um
pensamento totalmente estranho ao da ciência, mas ela permitiu ao homem
acumular um imenso conhecimento prático e manipulatório. Técnicas químicas
modernas foram criadas e aperfeiçoadas pelos alquimistas, familiarizando-se
com a matéria e suas transformações. O alquimista começou, pois, a preparar o
campo de experiências que irá ser necessário aos teóricos dos séculos futuros.
Descobertas importantes, como o ácido sulfúrico, o bicarbonato de sódio e o
elemento fósforo foram feitas por alquimistas.

As idéias alquímicas perduraram por muito tempo e a história da


Química mostra como foi lenta e difícil a construção do pensar científico sem
buscar explicações nos elementos aristotélicos, na matéria como viva e sujeita a
mudanças biológicas, ou na interferência dos astros. Tanto que muitos
historiadores da ciência consideram que somente no século XVIII, com o trabalho
de Lavoisier, os últimos resquícios das idéias alquímicas foram retirados do
corpo de raciocínio da Química e essa ciência pode finalmente crescer dentro
de um arcabouço genuinamente científico. (Trecho retirado, com modificações, do
livro História da Química de Bernando Vidal).

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A maioria dos autores considera a Alquimia como a mais proeminente de


todas as épocas, importantes no desenvolvimento cronológico da Química; isso
acontece não somente pelo número de substâncias isoladas e outras tantas
produzidas nesse período, mas também pelo grande número de técnicas e
objetos característicos à Química desenvolvidos nessa fase. Assim, mesmo não
considerando a Alquimia como ciência propriamente dita, não podemos
desconsiderar o seu enorme valor histórico na formação desta.

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Texto 2

DESCOBERTA DO FOGO E METALURGIA

A espécie humana não foi dotada dos atributos físicos comuns aos
predadores: não possui garras, nem presas afiadas, nem faro aguçado. Também
não possui a agilidade física necessária para escapar desses predadores, como
correr em grande velocidade, saltar muito alto ou subir em árvores com rapidez.

Isso provavelmente teria levado nossos ancestrais primitivos à extinção,


não fosse por um detalhe, a inteligência, a capacidade de observar o que está 8
acontecendo, raciocinar, experimentar, aprender e finalmente atuar,
transformando e adaptando o meio ambiente conforme as próprias necessidades.
Foi assim que a espécie humana dominou as outras espécies.

Quem detém o conhecimento das transformações detém o poder.

É através do conhecimento, da tecnologia, do chamado know-how (como


fazer) que determinados grupos de seres humanos acabam se impondo sobre
outros ou que determinado país impõe sua soberania.

Por exemplo, como enfrentar um país que possui a tecnologia da bomba


atômica, capaz de matar 66 000 pessoas e ferir outras 69 000 em questão de
segundos como ocorreu em Hiroshima em 1945?

Resta reconhecer sua soberania e tratar de adquirir o conhecimento dessa


tecnologia para não ficar eternamente suscetível a um ataque. É dessa forma que
a história vem se desenvolvendo desde o início da atividade humana na Terra,
principalmente a história da Química, que trata justamente das transformações.

O ser humano utiliza sua inteligência para dominar as outras espécies e a


sua própria. Os seres humanos que ficam em desvantagem aceitam
temporariamente a superioridade do outro até adquirirem o conhecimento que os
colocará em posição igual ou superior, recomeçando um novo ciclo.

Estima-se que há 2 000 000 de anos a.C. nossos ancestrais primitivos


utilizavam fragmentos de pedra de vários formatos e pedaços de madeira que
recolhiam pelo caminho como instrumentos para sobreviver aos predadores e
conseguir alimento. Esse período ficou conhecido como a “idade da pedra
lascada”.

O domínio do fogo, que ocorreu a 500 000 anos a.C., foi, provavelmente, a
primeira transformação química que a espécie humana aprendeu a utilizar para
facilitar seu dia-a-dia, por exemplo, para se aquecer, manter os predadores
afastados, cozinhar e defumar os alimentos (o cozimento facilita a mastigação e a
digestão, e a defumação aumenta a conservação das carnes).

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O Homo sapiens impôs-se como espécie dominante a partir de 30 000


a.C., mas sofreu um grande avanço apenas no período entre 10 000 a.C. e 5 000
a.C., quando aprendeu que podia afiar e moldar melhor seus instrumentos se
esfregasse as pedras umas nas outras ou uma pedra em um pedaço de madeira,
razão pela qual esse período é denominado “idade da pedra polida”.

Foi justamente por volta de 7 000 a.C. que o ser humano começou a
fabricar utensílios de cerâmica (para armazenar água e alimentos) e tijolos
cozidos para construção de fornos que, além de permitirem a produção segura de
fogo, possibilitaram o desenvolvimento da técnica da metalurgia.
9
Os objetos feitos de pedra polida eram muito difíceis de serem trabalhados,
por isso, a descoberta dos metais, que podem ser moldados sob aquecimento
sem perder a resistência, representou um progresso significativo para as
civilizações.

Os primeiros metais com que o homem teve contato foram aqueles raros,
encontrados puros na natureza, como o ouro, a prata, o cobre e o ferro dos
meteoritos que caíam na Terra. Acredita-se que o cobre metálico já era conhecido
desde a idade da pedra lascada, mas, devido a sua escassez, não era utilizado.
Os minérios de cobre, no entanto, eram muito mais abundantes, e nossos
ancestrais primitivos aprenderam, provavelmente por acidente, que, aquecendo
ao fogo aquelas pedras azuis (azurita ou carbonato básico de cobre II), poderiam
obter cobre metálico, embora esse processo só tenha sido verdadeiramente
reconhecido como uma técnica em torno do ano 4 000 a.C.

Acredita-se que o bronze — uma liga ou mistura de cobre e estanho —


também tenha sido produzido pela primeira vez por simples acaso, quando os
minérios de cobre e estanho foram aquecidos simultaneamente em um forno de
cerâmica.

O cobre puro é muito mole para a confecção de armaduras, pontas de


lança e instrumentos agrícolas, mas o bronze é ideal para essas finalidades.

Naquela época, porém, nossos ancestrais não reconheciam a diferença


entre esses dois materiais, acreditavam apenas que o bronze era um tipo de
cobre de melhor qualidade. Assim, por volta de 3 000 a.C. teve início a “idade do
bronze” e a civilização primitiva evoluiu.
A metalurgia do cobre e do bronze abriu caminho à do ferro e à do aço (uma liga
ou mistura de ferro e carbono). O minério de ferro era muito mais abundante que
o minério de cobre, mas as tentativas iniciais de obter ferro metálico pelo mesmo
processo que o do cobre resultaram num material quebradiço, pouco resistente e
inútil.

Por volta de 1400 a.C., um povo que vivia na Anatólia, região do Oriente
Médio onde hoje se situa a Turquia, denominado hitita, conseguiu aperfeiçoar a

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técnica da metalurgia do ferro. O ferro obtido no forno vinha carregado de


impurezas; os hititas aprenderam que para expulsar essas impurezas e obter um
material mais resistente e maleável deveriam “trabalhar o ferro”, ou seja, aquecer,
martelar e resfriar o ferro diversas vezes.

Como o minério de ferro era muito abundante na natureza e os hititas eram


os únicos que dominavam as técnicas de sua metalurgia, puderam fabricar
grandes quantidades de armas, tornando-se guerreiros invencíveis.

Com esse conhecimento os hititas conquistaram um vasto império, que foi


mantido por dois séculos, até que outros povos descobriram o processo da 10
metalurgia do ferro e puderam fabricar armas para combatê-los. Esse período
ficou conhecido como a “idade do ferro”.

Os metais foram muito importantes na evolução das civilizações primitivas


e a prática da metalurgia resultou numa enorme riqueza de informações sobre as
transformações químicas.

De acordo com alguns especialistas, a palavra química é derivada de uma


palavra antiga khemeia, que pode estar relacionada com o nome que os egípcios
davam ao próprio país, Kham. Contudo, alguns estudiosos acreditam que
Química se origina da palavra chyma, que significa “fundir” ou “moldar um metal”.

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Texto 3

ALQUIMIA

A “arte da khemeia” foi muito além da metalurgia. As comunidades mais


antigas produziam cerâmica e vidro, fabricavam gemas artificiais e bebidas
alcoólicas, como a cerveja e o vinho, khemeia e conheciam as técnicas de
manufatura de corantes e pigmentos. Também a pólvora já era produzida e usada
pelos habitantes primitivos da região que corresponde hoje à China e à Índia.

Os povos antigos tinham uma visão de mundo mágica e animista, isto é, 11


com tendência a considerar todos os seres da natureza dotados de vida e
capazes de agir com determinada finalidade.

As transformações da matéria eram praticadas pelos artesãos; esse


conhecimento tinha um caráter sagrado, quase religioso, equivalendo-se em
importância ao conhecimento dos feiticeiros. As técnicas conhecidas pelos
artesãos eram indispensáveis ao grupo e eram mantidas em segredo, sendo
transmitidas do mestre para o discípulo, ficando restritas ao círculo dos artesãos
daquela especialidade.

Assim, havia artesãos que conheciam as técnicas da metalurgia; outros, as


técnicas da fabricação de vidro; outros, da produção de cerâmica; outros, de
pigmentos; outros, da fabricação de cerveja e assim por diante. Um artesão de
determinada “especialidade” não conhecia as técnicas utilizadas por um artesão
de outra “especialidade”; desse modo, não se estabelecia nenhuma relação entre
elas. Da forma como viviam, não era possível distinguir, como fazemos hoje, as
“atividades químicas” das demais atividades.

Nessa visão, a terra, que produz os alimentos e os minérios, é vista como


mãe.

Acreditando que toda matéria se comporta como um organismo vivo (teoria


conhecida como vitalismo), o processo de transformação dos minerais em metais,
por exemplo, deveria ocorrer naturalmente no interior da Terra, de maneira
análoga ao desenvolvimento de um feto no útero da mãe. Portanto, o trabalho do
artesão especializado em metalurgia que retira o metal do minério com a ajuda do
fogo é comparado ao do obstetra, na medida em que ele auxilia o “parto da Terra-
mãe”.

Nessa concepção, a transformação de minérios em metais era apenas uma


questão de acelerar e reproduzir um fenômeno que deveria ocorrer naturalmente
no interior da Terra; daí o seu caráter mágico.

A questão sobre a origem da matéria, e o porquê das transformações,


começou a ser levantada pelos primeiros filósofos gregos.

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A idéia “elemento” provavelmente surgiu das observações que os filósofos


faziam das transformações da matéria. Por exemplo: se uma pedra de azurita
(minério de cobre) pode se transformar em um metal avermelhado (cobre), do que
essa matéria é constituída? Quem sabe de pedra, ou de cobre, ou das duas
coisas ao mesmo tempo?

Ou será que toda matéria pode se transformar numa outra específica


mediante determinado número de etapas, de modo que toda matéria existente
seja, na verdade, um aspecto diferente de uma mesma matéria básica?

Para os antigos filósofos a resposta à última questão era afirmativa porque 12


desse modo o Universo adquiria uma ordem e uma simplicidade básica, sob a
qual eles teriam certo “controle”.
Tales, filósofo da cidade jônica de Mileto, por volta de 625 a.C. a 546 a.C., sugeriu
que a origem de tudo estaria num único elemento (palavra usada naquele tempo
para indicar um princípio básico do qual toda matéria seria constituída) e
estabeleceu que esse elemento único seria a água.

Quando a água líquida é resfriada à temperatura de 0 °C (sob pressão de 1


atm), ela se torna mais densa, o que sugere que os corpos sólidos são formados
por condensação de água. Já, ao ser aquecida, a água passa para a fase gasosa,
dando a idéia de que o ar é uma forma mais rarefeita de água.

Para outro filósofo de Mileto, Anaximandro (610 a.C.-546 a.C.), o único


elemento era o que ele chamava de ápeiron (palavra que significa “indeterminado”
ou “ilimitado”), do qual se originavam os pares de opostos (fogo e água, frio e
calor etc.) que constituíam o mundo.
Assim, todas as transformações eram o resultado da interação entre os opostos.

Naquela época o conceito de vácuo não era aceito. Portanto, ninguém


acreditava que no espaço que há entre a terra e o céu pudesse não haver
matéria. Como a parte do espaço que se conhecia continha ar, parecia razoável
supor que o ar estivesse espalhado por todo o Universo.

Assim, Anaxímenes, outro filósofo de Mileto que viveu no século VII a.C.,
sugeriu que o ar seria o elemento básico e que todas as coisas materiais eram
formadas por rarefação ou condensação do ar.

Heráclito (540 a.C.-480 a.C.), filósofo da cidade de Éfeso, raciocinou de


maneira diferente: se o que caracteriza o Universo é a mudança constante, é
preciso buscar um elemento no qual essa mudança seja mais perceptível.

Heráclito sugeriu então que o fogo, responsável pela perpétua mutação e


fugacidade da matéria, seria o único elemento que constituiria todas as coisas.

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Até que o filósofo Empédocles (485 a.C.-425 a.C.), nascido na Sicília, Itália,
na época sob domínio grego, propôs substituir a busca do elemento único por um
conjunto de quatro elementos: água, ar, fogo e terra (que ele acrescentou).

Esses elementos seriam eternos e movidos pela ação do Amor e do Ódio.


A matéria então seria formada pela combinação dos quatro elementos,
misturados pelo Amor ou separados pelo Ódio.

Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), da cidade grega de Estagira, reconhecido


atualmente como um dos mais importantes filósofos da humanidade, adotou e
modificou a teoria dos elementos criada por Empédocles. 13

Segundo Aristóteles, a matéria era formada por uma única essência, que
não poderia ter existência isolada (matéria contínua).

Nessa essência da matéria, as quatro qualidades primárias (quente, frio,


seco e úmido) se combinariam aos pares, formando dessa maneira os elementos
terra, água, ar e fogo.

Os corpos compostos pelas combinações desses elementos poderiam ser


convertidos uns nos outros, bastando para isso variar as quantidades relativas
das quatro qualidades que entrariam em sua composição.

Segundo Aristóteles, apenas quatro das seis combinações possíveis


seriam permitidas:

- Quente e seco podiam se combinar para formar o fogo.

- Quente e úmido podiam se combinar para formar o ar.

- Frio e seco podiam se combinar para formar a terra.

- Frio e úmido podiam se combinar para formar a água.

Essa idéia de que a matéria seria formada de uma única essência forneceu
uma base sólida para uma atividade que começou a se desenvolver nessa época:
a alquimia (que se manteve entre os anos 300 a.C. e 1 500 d.C.).

A palavra alquimia é uma adaptação para o português da palavra árabe


alkimiya que, por sua vez, se originou da palavra khemeia (o prefixo al em árabe
significa “o”).

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Os alquimistas buscavam, dentre outras coisas, a transmutação dos


metais, por exemplo, a transformação do chumbo em ouro. Se toda matéria
tivesse a mesma essência, como pregava Aristóteles, bastaria trocar as
qualidades (quente, frio, seco e úmido) para transformar um metal em outro.
Os alquimistas também acreditavam que os metais, “gerados no útero da Terra-
mãe”, iam evoluindo ao longo dos anos.
Na escala de “evolução dos metais” estabelecida pelos alquimistas, o chumbo
ficava num dos estágios mais baixos, mas, à medida que fosse evoluindo
(processo “natural” que levaria milhões de anos), acabaria se transformando em
ouro, metal que estava no estágio mais alto dessa evolução. O que se buscava 14
era um meio de acelerar esse processo.
A alquimia árabe foi importante entre os anos 600 d.C. e 1 100 d.C.
O mais famoso dos alquimistas árabes viveu por volta de 720 d.C. a 813 d.C. e é
conhecido hoje como Geber, embora seu nome fosse Djabir-Ibn-Hayyan.
Geber fez inúmeros esforços para produzir ouro; finalmente se convenceu de que
os metais seriam constituídos pelos princípios enxofre e mercúrio; esses
princípios não poderiam ser isolados e seriam responsáveis pelas propriedades
dos metais.
Assim, o segredo da transformação de chumbo em ouro estaria justamente em
estabelecer a proporção correta desses dois princípios no ouro e reproduzi-la no
chumbo.
Como as tentativas de transmutar os metais não davam resultado, os gregos
passaram a acreditar que seria necessário um pó coadjuvante para efetuar a
transmutação. E eles denominaram esse pó de xerion, palavra grega que significa
“seco”.

Em árabe essa palavra tornou-se al-iksir, da qual deriva a palavra que


conhecemos hoje como elixir.

As Cruzadas Cristãs, que começaram em 1096, tornaram mais freqüente o


contato entre o leste e o oeste e o conhecimento da alquimia começou a infiltrar-
se na Europa Ocidental.

A alquimia medieval estava intimamente relacionada com a numerologia, a


astronomia, o misticismo e a magia negra, e o seu ímpeto se dirigia à descoberta
de um método de “manufaturar” o ouro.

Os alquimistas tornaram-se obsessivos na procura do elixir de Geber, o


qual eles finalmente rebatizaram como a pedra filosofal.

Descobrir como acelerar e reproduzir a “transformação natural dos metais


em ouro” significava para o verdadeiro alquimista muito mais do que obter a
riqueza do ouro: significava a revelação do mais precioso segredo da natureza e
esse segredo só seria revelado a quem tivesse atingido o topo da evolução
espiritual.

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Assim, ao buscar “a perfeição dos metais” ou “a cura de todas as doenças


dos metais”, os alquimistas estavam buscando a própria perfeição ou a cura de
todas as “doenças da alma”.Conforme acreditavam, quem obtivesse tal revelação
seria recompensado com o dom da imortalidade.

15

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MÓDULO I

Texto 4

“PARA QUE SERVE A QUÍMICA?”

"Que pergunta absurda! O professor ficou pasmo, petrificado, sem saber o


que responder. Era como se tivessem dito a um católico fervoroso que Deus não
existe. Será que ele tinha ouvido direito? Tinha! Porque o aluno repetiu: - E então
professor, por que eu preciso aprender Química se eu nunca vou usar isso na
minha vida? Tantas fórmulas, tantos nomes, tantas partículas (prótons, nêutrons e
elétrons)? Para que eu tenho que saber tudo isso? O professor continuou calado
olhando estarrecido para o aluno, procurando achar uma resposta definitiva, que 16
fizesse o aluno enxergar o tamanho da "bobagem" que estava dizendo.

E o professor teve vontade de dizer mais ou menos isso:

Será possível que você nunca percebeu o quanto de química existe em tudo que
você faz diariamente? Por exemplo, qual a primeira coisa que você faz quando
acorda? Então! Você pensa que papel higiênico nasce em uma árvore ou será
que você sabe que este papel é obtido por um processo químico de
transformação da celulose? E a Segunda coisa que você faz? Escova os dentes?
Pasta de dente é pura química, mas se você preferir a dentadura também é!
Depois, você toma banho? Sabonete, xampu, desodorante... Você já se
preocupou em ler nas embalagens a composição daquilo que usa? Se as pessoas
criassem esse hábito, poderiam tornar o consumo um ato mais consciente.

E no café da manhã? Você toma café, não toma? Vidros, copos, pratos.
Sabia que tudo isso um dia foi areia? Você gosta de chocolate, pão, manteiga?
Eu também acho tudo quimicamente delicioso. As embalagens? Plástico,
alumínio, papelão? Como os alimentos chegariam até você se não existissem as
embalagens que a química produz?

Após o café você deve se vestir, não é? As roupas de hoje são sinônimos
de nylon, poliéster, acrílico, fibras sintéticas ou algodão quimicamente tratado! Ou
você acha que seria possível vestir o mundo inteiro sem uma indústria têxtil
firmemente fincada na química? E os transportes? Você utiliza carro, ônibus,
moto, roller? Então observe: metais, borracha, madeira, plástico, vidro, gasolina,
álcool, diesel...Paris, Londres, Nova York, Bahia, Piracicaba, Alegrete, Bagé...
Você acha que o homem poderia ter ido tão longe se não fosse pela química?

E esta escola aqui? O prédio, as classes, os cadernos, livros e canetas, o


lápis, o giz. Do que você pensa que estas coisas são feitas?

Ah! Mas você vai dizer que pode continuar a usar tudo isso sem tomar
conhecimento da química, não é? Não, não pode! Porque você é um produto
químico.

Todos os seres são produtos de reações químicas. Você vive, se alimenta,


respira, corre, pensa, sente e fala através de inúmeras reações químicas que
acontecem o tempo todo no seu corpo. Conhecer química é conhecer vida e

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conhecer melhor a si próprio. E se nós seres humanos temos essa possibilidade,


por que não aproveitá-la?"

(texto extraído do livro de Química Geral de Martha Reis).

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MÓDULO I

A IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO


CONTINUADA

A Formação Continuada de Professores visa um ensino que tem como base o


ampliação de competências profissionais, conhecimentos, capacidades, valores e
atitudes orientadas para um melhor aprendizado da Química. Desse modo, esse ciclo de
estudo tem por objetivo proporcionar a atualização e o aprofundamento do conhecimento
na área de Química necessária para um melhor desempenho de suas atividades de
forma consciente e crítica adotando um modelo reflexivo e construtivista.
18
É com o objetivo de incorporar metodologias através dos princípios da reflexão,
que este módulo vem agregar conhecimentos a fim de proporcionar a você leitor,
desenvolver e adquirir competências visando a melhoria no seu desempenho, na
adaptação a novas tecnologias, na capacidade de comunicação. Neste sentido, reunimos
para você professor (a), sugestões para sua auto-formação que o conduzirá a
desenvolver uma visão crítica e multidiciplinar do conhecimento.

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MÓDULO I

ENSINO DE QUÍMICA E ATIVIDADES LÚDICAS

Vários estudos e pesquisas mostram que o Ensino de Química é, em geral,


tradicional, centralizando-se na simples memorização e repetição de nomes, fórmulas e
cálculos, totalmente desvinculados do dia-a-dia e da realidade em que os alunos se
encontram. A Química, nessa situação, torna-se uma matéria maçante e monótona,
fazendo com que os próprios estudantes questionem o motivo pelo qual ela lhes é
ensinada, pois a química escolar que estudam é apresentada de forma totalmente
descontextualizada. Por outro lado, quando o estudo da Química faculta aos alunos o
desenvolvimento paulatino de uma visão crítica do mundo que os cerca, seu interesse
pelo assunto aumenta, pois lhes são dadas condições de perceber e discutir situações
relacionadas a problemas sociais e ambientais do meio em que estão inseridos,
19
contribuindo para a possível intervenção e resolução dos mesmos.
Uma proposta que contribui para a mudança desse ensino tradicional é a
utilização de jogos e atividades lúdicas.

SUGESTÕES PARA TRABALHAR QUÍMICA

1. Jogos de Erros

Jogos de Erros

Coloque os elementos da tabela abaixo na ordem correta

Verifique numa Tabela Periódica

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2-Sudoku Químico

K Co Na Fe

P C Al

Al Fe

Al K Zn Co
20

K C

Fe C Co Cu

Cu Co

C Fe K

Co Cu P C

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Cuidado com
os alunos
curiosos!!!

VOCÊ PRECISA SABER!!!


21
1 - Um kiwi amadurece mais depressa junto a uma banana ou a uma maçã
do que sozinho. Qual a explicação?

R - Há etileno no amadurecimento dos frutos: a banana e a maçã madura libertam


etileno que faz amadurecer o kiwi.

2 - Por que é que o cabelo molhado é mais fácil de pentear?


R - A ação da água quebra as ligações de hidrogênio e, por isso, o cabelo
molhado é fácil de pentear. Assim, também depois de seco fica penteado porque
se restabelecem aquelas ligações.

3 - Ao ler as aventuras do Astérix encontra-se uma interessante curiosidade:


Cleópatra, a famosa rainha egípcia, mandava no séc. I a. C. (na época do seu
reinado), colocar pérolas no vinagre que tomava para a sua dieta. Por quê?
R - Ao colocar pérolas o carbonato de cálcio reduzia a sua acidez. Ainda hoje, o
calcário - substância básica - utiliza-se para regular a acidez de alguns solos.

4 - O que é nanociência?
R - A nanociência dedica-se ao estudo de componentes, processos e es-
truturas que medem à bilionésima parte do metro, em unidades chamadas
nanômetros (um nanômetro é 100 vezes menor do que o diâmetro de um
fio de cabelo humano). Quando o conhecimento básico é transformado em
algum tipo de aplicação prática ou produto, o processo torna-se tecnologia.
E isso pode se dar nos mais diversos setores, como o automobilístico, o
eletrônico, o energético e o biomédico - em que a técnica é batizada,
especificamente, de nanobiotecnologia.

5 – O que é o gelo seco

O gelo seco, como é conhecido popularmente, é nada mais nada menos


que dióxido de carbono (CO2) solidificado a -79°C. É muito utilizado em situações
em que é necessário um frio muito intenso e concentrado, como na armazenagem
de produtos perecíveis. Mais por que não utilizam o gelo que temos em casa?

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A grande diferença do gelo seco com o gelo hídrico (o que temos em casa)
é que o gelo seco libera em média três vezes mais frio que o gelo normal, além de
não passar pelo estado liquido na pressão atmosférica, ou seja, a
aproximadamente 1 atm o gelo seco passa do seu estado sólido direto pro estado
gasoso, o que chamamos de sublimação, e isso pode evitar possíveis danos em
aparelhos, acidentes no trabalho, etc.

É importante saber, que aquela fumaça que os DJ’s usam nas boates e
shows, não é produzida por gelo seco e sim por uma solução aromatizada e
vaporização da mesma, e essa solução pode causar reações alérgicas em
algumas pessoas.
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Curiosidades Químicas

1- Os cristais de gelo, como toda a gente sabe, derretem logo que a sua
temperatura exceda 0°C. Mas o cientista Percy Bridgman, que recebeu um
Prêmio Nobel, produziu uma forma de gelo, chamado gelo VII, que não derrete
mesmo a temperatura acima de 100ºC- o ponto de ebulição da água. Conseguiu
isto ao investigar os efeitos da pressão anormalmente alta em diferentes
substâncias. Ao submeter o gelo a pressões ultra-elevadas, comprimiu os átomos 23
e moléculas de tal modo que mesmo esta quantidade de calor não os conseguiu
separar.
2- Os pára-brisas de muitos modelos de automóveis têm à superfície uma
finíssima e invisível camada de prata por onde circula uma corrente elétrica,
libertando calor suficiente para fundir o gelo e a neve que sobre eles se vão
depositando durante a viagem.
3- Existe nos oceanos sal suficiente para cobrir todos os continentes com
uma camada de 150 metros.
4- Quando a água do mar congela, a maior parte do sal fica contido em
bolsas de líquido que não congelam. Assim, o gelo do mar contêm entre um
décimo e um centésimo do sal da água do mar, e pode ser derretido e bebido
como água doce.
5- Dos 92 elementos naturais, os cientistas encontraram cerca de 70
dissolvidos na água do mar e esperam também encontrar um dia os restantes.
6- Há gelo que não flutua na água...Certamente só conhece o gelo do seu
frigorífico ou da neve que caiu na sua terra no Inverno passado...Esse é o
chamado gelo I, que tem a massa volumétricas de 0,917 g/cm3 (1 atm, 0ºC) e o
volume molar de 19,65 cm3/mol. Existem outras formas de gelo, obtidas a
maiores pressões e diferentes temperaturas; por exemplo, o gelo IV, a 300 K e
altas pressões, apresenta massas volumétricas bastante maiores, não flutuando na
água.
7- Talvez não saiba que os químicos, acusados muitas vezes de agressores do
ambiente, se preocupam com ele mais do que a maioria dos cidadãos.
Os químicos da conhecida marca inglesa de fósforos Bryant & May verificaram
que o simples ato de riscar um fósforo contribui para lançar na atmosfera mais
dióxido de enxofre. Por esta razão decidiram fazer fósforos “mais verdes”,
substituindo o enxofre (um dos componente usuais da cabeça do fósforo, aliado
ao clorato de potássio, cola e outros) por um composto de fósforo e ferro, o
ferrofósforo, que ao ser riscado desenvolve calor e inflama os vapores de fósforo
produzidos, dando óxidos de fósforo, que não são voláteis.

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SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Como utilizar a Tabela Periódica


Professor, quando se fala de tabela periódica, o nosso aluno não entende a
formatação em que a tabela foi organizada, mostre a ele que os grupos de
transição interna estão destacados abaixo apenas para que a mesma não fique
tão grande.

24

Dinâmica 1 - Mini- Gincana!!!!

O grande perigo da Tabela Periódica é cair na tentação de fazer


o aluno decorar a Tabela. É como decorar um dicionário! Alguém já decorou o
Aurélio? Creio que não. Como no dicionário, temos que ensinar aos meninos
a consultar a Tabela Periódica.
Pe Acho também importante que eles sejam
rápidos na consulta, fiquem mais “fluentes” na Tabela Periódica. Para isso, a
sugestão é: fazer uma mini-gincana.
mini

1- Primeiro ensine como consultar a Tabela, faça a turma manusear bem a


Tabela Periódica para que eles fiquem familiarizados. Mostre o que dá para
achar, o que significa o Número atômico, a Massa Atômica, etc.
2- Depois, marque uma mini gincana e peça para formar grupos (até 4
alunos).
3- Deixe cada grupo com uma Tabela Periódica ou cada aluno do grupo com
a sua Tabela. Em cada grupo tem que ter um Relator que falará a resposta,
mas o grupo todo tem que ajudar.
4- Lance uma pergunta para Todos, como: qual é o número atômico do
Potássio? O Relator que levantar o braço primeiro responde pelo grupo. Se
estiver certo, ponto para o grupo. Se estiver errado, faça outra pergunta ou
passe a mesma pergunta para outro grupo.
5- E assim vai! Pode dar algum prêmio no final. Ou pontos para o grupo. O
importante é que assim eles aprendem e acabam ficando craques na
consulta.

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Dinâmica 2 - Frases!!!!

Tabela periódica
Família dos metais alcalinos (ns1) +1

Hoje Li NaKma de Rubens um Caso Frances 25

Família dos metais alcalinos terrosos (ns2) +2

Beijei Margarida na Casa do Sr. Barão Ratao

Família do boro (ns2 np1) +3

Boca Alugada Ganha Indio Talentoso

Família do carbono(ns2 np2) depende

Conheci Sinhá Gema Sendo Plebéia

Família do nitrogênio (ns2 np3) -3

Não Posso Assistir Sábado Biologia

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Família dos calcogênios (ns2 np4) -2

O S Se Te Porquinhos

Família dos halogênios (ns2 np5) -1

26

Foi Claro que Brito Invadiu Atenas

Família dos gases nobres (ns2 np6) 0

Helio Nem Arrumou Karona pra Xereta Renata

Para os SEMI METAIS

Bate o Sino Geme Assim Sabado Tem Polenta

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Dinâmica 3 - Música da Tabela Periódica (Paródia “Dedinhos”)

Alcalinos, alcalinos
onde estão aqui estão
família 1A
e quem são??? Eles são

Lítio - Li
Sódio - Na
Potássio - K

Rubídio - Rb 27
Césio - Cs
Frâncio – Fr

Familia Boro, família Boro


onde estão aqui estão
família 3A
e quem são??? Eles são

Boro - B
Alumínio - Al
Gálio - Ga

Índio - In
Tálio – Tl

Calcogênios, Calcogênios
onde estão aqui estão
família 6A
e quem são??? Eles são

Oxigênio - O
Enxofre - S
Selênio - Se
Telúrio - Te
Polônio – Po
Halogênios, halogênios
onde estão aqui estão
família 7A
e quem são??? Eles são

Flúor - F
Cloro - Cl
Bromo - br

Iodo - I
Astato - At

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Dinâmica 4 - Quebra- cabeça!!!!

1- Primeiro divida a tabela pela turma, cerca de uns 2 a 3 elementos pra cada
indivíduo.
2- Depois, eles terão que agir como verdadeiros pesquisadores e irem em
busca de tudo acerca dos elementos sorteados.
3- Deixe tudo recortado e separado para eles, até as cores divididas entre os
metais, não metais, etc.
4- Por fim, a tabela seria o ‘resumo’ de suas pesquisas, que eles
apresentariam e montariam a tabela,na própria cartolina, na sala de aula.

Sugestão: Peça para que eles entreguem suas pesquisas completas em um 28


trabalho escrito.

ATIVIDADE 1

Cruzadinha Gasosa

Leia o texto sobre gases com atenção, cada número corresponde ao nome
de uma substância gasosa conhecida. Complete a cruzadinha com os nomes, e
depois releia o texto para conferir todas as informações. Bom divertimento!

As substâncias gasosas à nossa volta:

Você sabe o que tem no ar que você respira? O ar é uma mistura de vários
gases (e de poeira também), muito importante para a vida no planeta. Seus
principais componentes são o 10 (numa concentração de 78%) e o 13 (com 21%).
O 1% restante é do gás 11, um gás nobre muito estável que não sofre reações
químicas. Ainda existe o 14, em uma concentração de apenas 0,03%, e um pouco
de vapor d'água.

O 10 é muito importante para os seres vivos, pois faz parte da estrutura das
proteínas. Mas apenas algumas bactérias conseguem extrair o 10 do ar e
transformá-Io em substâncias solúveis em água. Essas substâncias são extraídas
do solo pelas plantas, e depois os animais se alimentam das plantas, aproveitando
o 10 que foi retirado do ar pelas bactérias.

O gás 13 também é essencial para a vida, pois sem ele não ocorreria a
respiração, e os seres vivos não poderiam obter energia dos alimentos. Nós nos
alimentamos comendo, mas as plantas fabricam o seu próprio alimento usando o
14 do ar e a energia solar, em um processo que se chama fotossíntese. Como
resultado as plantas obtém o alimento que precisam, e produzem o importante
gás 13.

A concentração de 14 no ar está aumentando a cada ano, pois a queima de


combustíveis (como madeira, gasolina e diesel) produz este gás. O 14 não é um

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gás tóxico, mas este aumento de concentração está causando o "efeito estufa",
que é a elevação da temperatura do planeta. A energia da luz do sol fica presa na
atmosfera na forma de calor por causa do 14 e do vapor de água.

Já que estamos falando do sol, você sabe qual é a sua composição química?
O sol, que é uma estrela, tem 78% de 06, 20% de 09 e 2% de outras substâncias
como o 13, 10, carbono e ferro. O gás 09 é um gás nobre bastante leve, e aqui
você pode encontrá-Io dentro de bexigas. Outro gás nobre conhecido, além do 11e
do 09, é o 05, que é o gás que ilumina os letreiros luminosos. Os tubos de vidro
dos letreiros estão cheios de 05, e quando a eletricidade é aplicada ele se ilumina.
29
O gás 06 é produzido aqui no processamento do petróleo, mas ele também
pode ser obtido da eletrólise da água, juntamente com o 13. Mas este processo
ainda é muito caro para ser usado em grande escala.

Em indústrias químicas o 06 é combinado com o 10 para formar a 16. A 16 é


um gás tóxico, com um cheiro muito desagradável. Mas então por que é
produzida? Para fabricar fertilizantes para plantações, sua maior aplicação. O uso
de fertilizantes facilita a obtenção de 10 pelas plantas, e melhora a produtividade
agrícola.

Quando um poço de petróleo é perfurado sempre existe uma grande


quantidade de "gás natural", que é um combustível composto basicamente de 02,
o mais simples dos hidrocarbonetos. Mas o gás natural ainda tem outros
hidrocarbonetos gasosos como o 04, 08 e o 03. O gás natural não pode ser
liquefeito facilmente, por isso precisa ser transportado em tubulações para as
indústrias e residências que o usam. Mas os gases 08 e 03 podem ser liquefeitos,
formando o GLP (Gás Liquefeito do Petróleo) que é vendido nos botijões que
conhecemos. Ou ainda como 03 puro como fluido de isqueiros.

Esses gases são inflamáveis e perigosos, e podem provocar explosões se


vazarem. O gás 07 é ainda mais perigoso e extremamente explosivo. Á
temperatura de sua chama é tão alta que pode derreter metais, por este motivo é
usado em soldas industriais. Sua formula química é c2h2, muito parecida com a
fórmula do gás 04, que é C2 H6

Como já vimos, o 14 se forma na queima de combustíveis orgânicos. Mas


quando esta queima ocorre com pouco ar, forma-se o perigoso 01, que é um gás
que, mesmo em concentrações baixas, mata. Outros gases poluentes são os
óxidos de 10 e de enxofre e os 12 s (sigla para Clorofluorcarbonos). Os 12 s são
usados em aresóis e aparelhos de refrigeração, e quando vão para alta atmosfera
destroem o gás 15. Existe 15 na estratosfera (a 25 Km de altura), e lá este gás nos
protege dos raios ultravioleta enviados pelo sol porque ele absorve estes raios
perigosos para nossa saúde. Em muitos países os 12 s são usados para evitar que
a camada de 15 seja ainda mais afetada.

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Jorge Andrey W. Gut – Eng. Químico/USP

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PARA SABER MAIS

AGUILAR, CARLOS SEBASTIÁN. Origen y desarrollo de la química. Zaragoza,


Universidad de Zaragoza,1983.

ALFONSO-GOLDFARB, ANA MARIA. Da alquimia à química. São Paulo, Nova


Stella/EDUSP, 1988, 281 p., p.147.

GIMPEL, JEAN. A revolução industrial da Idade Média. Mem Martins, Publicações


Europa-América, 1986.

MOORE, F.J. História de la química. Barcelona, Salvat, 1953. 31


PERNOUD, RÉGINE. Idade Média – o que não nos ensinaram. Rio de Janeiro, Agir,
1994.

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REFERÊNCIAS

VANIN, Atílio. Alquimistas e químicos: O passado, o presente e o futuro. São


Paulo, Moderna, 2005.

CHASSOT, Attico I. – A Ciência através dos tempos – Ed. Moderna - SP

FONSECA, Martha Reis Marques da – Completamente Química/ Química Geral.


São Paulo. FTD, 2001 - Coleção Completamente Química

MARQUES, Gilberto T.S. – História e Fundamentos da Química – Ed.


Demócrito Rocha 32

RONAN, Colin A. - História Ilustrada da Ciência - vol III Universidade de


Cambridge - Circulo do Livro São Paulo –SP.

FONSECA, Martha Reis Marques da – Química Integral: Ensino Médio. Volume


Único. São Paulo. FTD, 2004.

Machado, Leandro Fernandes - Conhecimento, metodologias e relações


interdiciplinares: Química. São Paulo : Moderna, 2005.

SITE

http://www.cq.ufam.edu.br/cd_24_05/inicio_quimica.html

http://crispassinato.wordpress.com

http://www.hottopos.com.br/regeq5/oldgood.htm

http://hebertsato.wordpress.com

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UNIDADE ESCOLAR______________________________________

PROFESSOR____________________________________________

AVALIAÇÃO DO MÓDULO: ASSESSORIA DE QUÍMICA

Professor, sua contribuição é fundamental para fomentar o novo módulo do 2ª 33


semestre. Então, descreva o que o mesmo proporcionou à sua teoria e prática.

Esta avaliação deve ser devolvida para o Suporte Pedagógico e Diretor para ser
encaminhada à Assessoria do Currículo de Química.

Faça um texto, contendo as seguintes considerações:

- As temáticas foram significativas (geral e específica)?

- Sobre abordagem dos textos você considera (satisfatório, razoável ou não


contribuiu com sua prática).

- Como você descreve a socialização do módulo no item presencial com


articulação do Suporte Pedagógico e Diretor?

- Das sugestões pedagógicas deixadas, qual você aplicou em sala de aula?


(descreva como a turma se comportou mediante a dinâmica utilizada). Anexada à
avaliação, insira o plano de aula ou atividade que você utilizou com as dinâmicas do
módulo.

- Como você organizou seu tempo de estudo?

- Considerações gerais.

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