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ILHÉUS - BAHIA
2009
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ILHÉUS - BAHIA
2009
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RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 3
4 METODOLOGIA ....................................................................................................... 6
5 CRONOGRAMA ........................................................................................................ 9
6 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 11
1 INTRODUÇÃO
Parece óbvio que aprender sobre a química é importante para a formação de nossos
alunos como cidadãos, porém para muitos deles a idéia que se tem é que a química é uma
matéria maçante, abstrata e praticamente impossível de ser entendida por uma pessoa
“comum”. Neste projeto o que se pretende investigar é se a História da Química pode
modificar esta aversão dos alunos à matéria química, motivando-os e possibilitando um maior
fascínio pela ciência.
A primeira série do Ensino Médio é também o primeiro contato dos alunos com a
química escolar, logo a necessidade de estimular os alunos destas turmas a interpretarem o
mundo e intervir na realidade, apresentando a química como construção histórica e
relacionada ao desenvolvimento tecnológico alcançado pela sociedade. E como Sequeira &
Leite (1988) afirmam, “A História da Ciência pode dar aos alunos uma imagem correta da
ciência e dos cientistas, evidenciando as inter-relações entre a ciência, a tecnologia, a
sociedade e as outras áreas do conhecimento”.
A Química pode ser um instrumento de formação humana que amplia os horizontes culturais e
a autonomia no exercício da cidadania, se o conhecimento químico for promovido como um
dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com
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Para maiores detalhes sobre a Natureza da ciência veja, por exemplo, SILVA 2003.
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2 OBJETIVOS
• Detectar se a utilização da História da Química possibilita aos alunos algum ganho nos
conhecimentos epistemológicos;
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
Introduzir a História da Química nos currículos escolares pode ser uma tarefa um tanto
complicada para um professor do Ensino Médio, enfrentam-se problemas que são
essencialmente de duas naturezas. Os primeiros estão relacionados com a dificuldade em se
optar pelo programa a ser seguido, muitos professores não sabem quais elementos da História
da Química incorporarem a seus conteúdos, além de considerá-la mais trabalhosa que a
abordagem tradicional (MORAES, 1999).
Esta dificuldade é agravada pela falta de materiais didáticos que consigam unificar os
conteúdos conceituais e históricos de forma que não se afastem muito da seqüência a qual os
professores já estão habituados, com boa qualidade científica e adequados aos alunos a que se
destinam. Estes problemas a cerca do desenvolvimento dos conteúdos podem agravar os
problemas advindos da escolha dos conteúdos e estratégias.
Nesta escolha entre o quê ensinar a formação do professor é um fator que influencia
diretamente. Um estudo realizado por Correia (2003) relata que um terço dos professores
embora apresentasse durante a graduação uma disciplina de História da Química, muitos a
consideram “insuficiente”. Além deste fator, a maioria dos professores nunca freqüentou
cursos sobre História da Química. Neste mesmo estudo os autores apontam que os professores
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também não avaliavam os seus alunos em objetivos relacionados à História da Química, o que
demonstra a necessidade de, além de pronunciar a importância da incorporação da História da
Química nos currículos escolares, precisa-se ter um maior direcionamento ao acesso em que
os professores terão a esta metodologia.
Na unção destes dois problemas está uma visão deformada do trabalho científico
(GIL-PEREZ, et al., 2001) que é compartilhada por professores e alunos. Neste ponto a
História da Química permite “ver” a natureza real do conhecimento, que pode assim ser
descrito segundo Sequeira & Leite (1988) como um conhecimento que é respeitado pelo
reconhecimento e não pela metodologia, que é subjetivo e provisório, através de como os
modelos foram modificados e adaptados a novos dados (experimentais ou teóricos),
descobertas e progressos de outros ramos do saber, como os aspectos sociais, econômicos e
políticos, e até a crença pessoal, a persistência e a criatividade interferem na construção e
aceitação destes modelos.
A educação química no Ensino Médio tem sido alvo de críticas assim como tem
recebido novas abordagens, como a abordagem contextual ou liberal. Esses termos são
utilizados por Matthews (1994) para se referir a uma educação informada pela História e
Filosofia da ciência. Porém é importante salientar que a História da Química não é uma
espécie de panacéia para o ensino atual, embora seja de alguma concordância que sua
aplicação seja essencial em um ensino mais coerente com a formação do cidadão.
4 METODOLOGIA
5 CRONOGRAMA
Atividades
mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Elaboraçã0o do
X X X X
projeto de pesquisa
Elaboração da
X X X X
Unidade Didática
Aplicação da Unidade
X X X X X
Didática
Revisão bibliográfica
X X X X X
Aplicação dos
X X X
questionários
Elaboração do
X X X X
trabalho escrito
Apresentação à banca
X
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BIBLIOGRAFIA
ARANHA, A. Falta ensinar a pensar. Revista Época. Edição n° 499. Editora Globo, São
Paulo, 2007.
GIL, D. et al. Para uma imagem não deformada do Trabalho Científico. Ciência & Educação,
v.7, n.2, p.125-153, 2001.
LIND, G. Models in Physics: some pedagogical reflexions based on the history of science.
European Journal of science Education, v. 2, n.1, p. 15-23, 1980.
_________. Science Teaching – The role of History and Philosophy of Science. New
York: Routledge, 1994.
MORAES, R. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32,
1999.
SILVA, C. C., MARTINS, R.A. A teoria das cores de Newton: um exemplo do uso da
história da ciência em sala de aula. Ciência & Educação, v. 9, n. 1, p. 53-65, 2003.