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Química para
Mecânicos
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
75 p. :il. – (EaD)
CDU 54
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 6
1 Introdução 9
Glossário 28
Atividades 29
Referências 30
3
1 Introdução 32
3 Eletronegatividade e Eletropositividade 36
3.2 Dureza 39
Glossário 40
Atividades 41
Referências 42
1 Introdução 44
3 Regra do Octeto 45
Glossário 53
Atividades 54
Referências 55
4
1 Introdução 57
Glossário 61
Atividades 62
Referências 63
1 Introdução 65
Glossário 71
Atividades 72
Referências 73
Gabarito 74
5
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
6
O curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 5 unidades, conforme
a tabela a seguir.
Bons estudos!
7
UNIDADE 1 | O ESTUDO DA
MATÉRIA
8
1 Introdução
• Simples – formada por um único elemento químico, como por exemplo, o alumínio
(Al) e o ferro (Fe);
• Composta – formada por dois ou mais elementos químicos diferentes, como por
exemplo, a água (H2O) e o isoctano (C8H18), componente principal da gasolina
utilizada em carros e aeronaves.
9
Para facilitar a compreensão, uma porção limitada da matéria será chamada de sistema.
Quando um sistema é formado por duas ou mais substâncias diferentes, tem-se uma
mistura. Assim, pode-se dizer que o aço não é uma substância pura, pois é composto,
principalmente, por ferro, carbono e pequenas quantidades de outros metais.
A água potável, por exemplo, também não é um composto puro. É uma mistura, pois
nela existem diferentes sais dissolvidos. Potabilidade e pureza não são sinônimos.
Água potável é a água adequada para o consumo humano.
10
O aço, a água potável e o ar atmosférico são exemplos de misturas homogêneas. A
Figura 1 mostra que a água, adicionada ao sal de cozinha, também é uma mistura
homogênea.
11
1.4 Propriedades Extensivas e Intensivas da Matéria
Toda a matéria apresenta massa e volume, mesmo que desprezíveis. A massa e o volume
indicam a quantidade de matéria de um sistema e têm propriedades extensivas. Isso
significa que não dependem da natureza do material. Por exemplo: a massa de 1 kg de
algodão ocupará um volume muito maior que a massa de 1 g de algodão.
12
1.4.2 Propriedades Específicas da Matéria
• Densidade (d): é a razão entre a massa (m) e o volume (v) ocupado por uma
amostra de um determinado material. Normalmente, é expressa em grama por
mililitro.
d = m/v
13
Algumas vezes, as pessoas dizem que um material é pesado quando, na verdade, é
denso. Por exemplo: um navio é extremamente pesado, mas flutua na água, o que
significa que é menos denso que a água. Embora a massa do navio seja muito grande,
seu volume é bem extenso. Assim, a razão entre a sua massa e o seu volume é menor
que 1 g/ml, que é a densidade da água na temperatura de 25 °C.
14
A Tabela 1 compara as características da matéria nos três estados físicos.
Tabela 1: Comparação entre as diferentes características da matéria
• Fusão – é o processo pelo qual a matéria passa do estado sólido para o líquido;
15
• Vaporização – é o processo pelo qual a matéria passa do estado líquido para o
gasoso. A vaporização, que ocorre quando um sistema aquece, é chamada de
ebulição, sendo uma passagem rápida e facilmente perceptível. A evaporação,
diferentemente, é um processo lento e natural, como a água dos rios ou lagos,
que evapora vagarosamente, com o passar do tempo;
16
É importante destacar que o processo de fusão dos metais,
17
Os pontos de fusão e de ebulição
de milhares de substâncias químicas
puras foram determinados,
experimentalmente, em laboratório.
Por intermédio de fontes de
pesquisas e métodos de comparação,
é possível identificar grande parte
das substâncias existentes em um
material de natureza desconhecida.
Uma mistura comum não altera seu estado físico com temperatura constante. O
processo de fusão do aço, uma liga metálica, não ocorre em uma única temperatura,
mesmo se a pressão externa for mantida constante.
O Gráfico 2 representa o
aquecimento de uma mistura
comum, sendo possível notar a
variação de temperatura durante os
fenômenos físicos.
18
Tal hipótese ficou adormecida durante séculos. Somente em 1803, o cientista John
Dalton, resolveu estudar a fundo o assunto e formulou a primeira descrição de um
átomo, baseada em observações experimentais.
Até hoje, a estrutura exata de um átomo ainda é um mistério para a ciência. Nem o mais
poderoso aparelho de microscopia é capaz de visualizá-lo e de descrevê-lo exatamente.
Por isso, a descrição do átomo é feita por meio de modelos.
19
Tentando explicar tal fenômeno, Thomson
formulou o modelo atômico do pudim de passas.
Segundo a teoria de Thomson, o átomo não era
indivisível e tão pouco a menor partícula da
matéria. Era constituído por partículas menores
do que ele, de carga elétrica negativa, chamadas
de elétrons (e). Para o cientista, o átomo tinha
a forma de uma esfera maciça positiva, com
elétrons incrustados, sendo eletricamente
neutro, como representado na Figura 7.
Figura 7: Pudim de passas de Thomson
Assim, composta por partículas de carga elétrica,
a matéria era capaz de conduzir eletricidade. Ressalta-se que o estudo dos fenômenos
de eletricidade possibilitou a construção de aparelhos que aumentaram a qualidade
de vida das pessoas. A lâmpada elétrica é um exemplo de como um simples aparelho
ocasionou grandes mudanças na sociedade.
20
Os planetas giram em torno do sol em função da força gravitacional. Entretanto, se o
elétron (negativo) girasse ao redor do núcleo (positivo), em um determinado momento,
sofrendo a atração positiva do núcleo, o elétron chocaria-se com o núcleo, gerando um
colapso. Este fato não foi explicado pelo físico.
É importante ressaltar que os átomos e as moléculas não podem ser vistos. Raramente
menciona-se que estas partículas são apenas modelos criados e imaginados para serem
similares às experiências realizadas em laboratórios.
21
1.6.2 Número Atômico e Número de Massa
O número atômico (Z) de um átomo é o número de prótons (p) que ele possui e o
que caracteriza um elemento químico. O número de massa (A) é a soma de prótons e
nêutrons (n) presentes no núcleo de um átomo.
A=p+n
A informação científica deve ser de fácil acesso. Sendo assim, a química possui uma
linguagem universal, que pode ser compreendida por todas as pessoas que vivem em
diferentes países e que falam línguas distintas.
Para isso, todo elemento químico é representado por um símbolo, que é o mesmo em
qualquer lugar do planeta. Por exemplo: o elemento químico alumínio é representado
pelas letras Al, o ferro pelo símbolo Fe. O que muda de um país para o outro é apenas
a tradução do nome do elemento, mas o seu símbolo é o mesmo.
22
1.6.4 Átomos Neutros e Íons
Um átomo está neutro quando o seu número de prótons (p) é igual ao seu número de
elétrons (e). Por exemplo: o átomo de Ferro (Z = p = 26) está neutro quando possui 26
elétrons, pois p = e.
Íons são átomos que perderam ou ganharam elétrons, logo, ficaram com um número
de prótons diferente do número de elétrons. Os íons podem ser positivos ou negativos.
Os cátions são íons positivos. Um cátion é formado quando um átomo perde elétrons
e fica com número maior de partículas com cargas positivas que negativas (p > e). Por
exemplo, cátion bivalente de cálcio:
Z = p = 20
e = 18
Os ânions são íons negativos. Um ânion é formado quando um átomo recebe elétrons
e fica com maior número de partículas negativas do que positivas (p < e). Por exemplo,
ânion monovalente de cloro:
Z = p = 17
e = 18
23
1.6.5 Distribuição Eletrônica
Tabela 2: Número máximo de elétrons que podem ocupar diferentes camadas eletrônicas
Camada K L M N O P Q
Nível 1 2 3 4 5 6 7
Número máximo de elétrons 2 8 18 32 32 18 2
24
A seguir, a distribuição eletrônica dos principais metais utilizados na fabricação de
aviões.
Símbolo: Al
Número atômico: 13
Distribuição eletrônica do átomo neutro (e = 13): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1
Distribuição eletrônica do cátion trivalente do alumínio (Al+3, e = 10): 1s2 2s2 2p6
Símbolo: Ti
Número atômico: 22
Distribuição eletrônica do átomo neutro (e = 22): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2
Distribuição eletrônica do cátion trivalente do alumínio (Ti+4, e = 18): 1s2 2s2 2p6 3s2
3p6
Com uma balança não é possível determinar a massa exata de um átomo, pois é
desprezível. Assim, na ciência, são utilizados padrões de referências para determinar
algumas grandezas. Na medida da massa atômica de um átomo, o padrão de referência
é o isótopo de carbono-12 (12C). O isótopo de carbono-12 possui seis prótons e seis
nêutrons e apresenta número de massa igual a 12.
25
A Figura 11 elucida a seguinte lógica:
um átomo de carbono-12 é dividido
em 12 partes, logo, uma unidade de
massa atômica (u) equivale a 1/12 (um
doze avos) da massa de um átomo do
isótopo de carbono-12.
H=1u
O = 16 u
Um átomo é uma partícula minúscula, com uma massa muito pequena, o que dificulta
os cálculos químicos que envolvem um pequeno número de átomos ou moléculas.
26
Por este motivo, comparativamente à matemática, que usa o termo centena para
se referir a 100 unidades, a química usa o termo mol para expressar quantidade de
matéria.
Portanto, assim como uma dúzia, de qualquer material, possui 12 unidades, 1 mol, de
qualquer espécie analisada, possui 6 x 1023 unidades.
Resumindo
27
Glossário
Isoctano: composto orgânico derivado do petróleo que possui oito átomos de carbonos
em sua constituição.
Isótopos: cada um dos átomos de um mesmo elemento, cujo núcleo possui o mesmo
número de prótons e número diferente de nêutrons.
Ligas metálicas: materiais formados por dois ou mais metais. As ligas metálicas são
misturas homogêneas.
Maciço: material que apresenta a mesma massa distribuída em toda a sua extensão.
28
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A substância química composta
é todo material que possui composição e fórmula químicas
definidas e apresenta propriedades químicas e físicas
constantes formada por um único elemento químico.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
29
Referências
BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química geral aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
30
UNIDADE 2 | A TABELA
PERIÓDICA
31
1 Introdução
A maior parte dos nomes dos elementos químicos origina-se do grego e do latim. As
informações sobre cada um, contidas na tabela periódica, normalmente são expressas
conforme representação exposta na Figura 12.
32
Figura 12: Representação de elemento químico na tabela periódica
As séries dos lantanídeos e dos actinídeos fazem parte do sexto e do sétimo período,
respectivamente. Nestas séries existem elementos com propriedades químicas muito
variáveis e complexas que praticamente não são estudados num curso de química
básica. Então, para facilitar o manuseio da tabela, os elementos são colocados ao lado
de fora.
33
Figura 13: Tabela periódica
34
Os ametais (não metais) apresentam características contrárias às dos metais. Possuem
baixos pontos de fusão e de ebulição. Também são péssimos condutores de calor e de
eletricidade e são representados na cor amarela.
Os gases nobres, organizados na coluna 18, na cor azul, e o elemento hidrogênio (H)
não são classificados como metais.
35
• Grupo 16 – calcogênios: apresentam seis elétrons na camada de valência. A
terminação de sua distribuição eletrônica é ns2 np4.
hh
Diferentes estudos comprovam que o número de elétrons,
apresentado pelo átomo em sua camada de valência, está
intimamente relacionado à sua reatividade e ao tipo de interação
química que estabelece com outros átomos.
3 Eletronegatividade e Eletropositividade
36
Na tabela periódica, a eletronegatividade aumenta de baixo para cima à medida que o
raio do átomo diminui, como mostra a Figura 14. Assim, à medida que o átomo apresenta
menor número de camadas eletrônicas, é capaz de receber mais facilmente elétrons.
Isso porque há maior atração exercida pelo núcleo positivo sobre o elétron (uma
partícula negativa). Num mesmo período, a eletronegatividade aumenta da esquerda
para a direita no sentido dos ametais.
37
3.1 Energia de Ionização e Afinidade Eletrônica
Para elementos de uma mesma família, à medida que o número de camadas eletrônicas
aumenta, há uma diminuição da energia de ionização, acompanhada pela facilidade da
retirada de elétrons de camadas mais externas do que internas, visto que os últimos
estão menos atraídos pelo núcleo.
38
3.2 Dureza
Importante ressaltar que uma liga metálica muito utilizada na indústria aeronáutica
é a mistura composta por alumínio (Al) e cobre (Cu), em função de sua alta dureza
(resistência) e baixa densidade, características imprescindíveis às aeronaves.
Resumindo
A dureza, por outro lado, é uma propriedade aperiódica, visto que não varia
de forma regular ao longo da tabela periódica. A dureza é uma característica
de fundamental importância para a escolha de materiais utilizados na
indústria aeronáutica.
39
Glossário
40
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A tabela periódica possui 118
elementos químicos organizados em ordem crescente de
número atômico, distribuídos em 7 linhas e 18 colunas.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
41
Referências
BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química geral aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
42
UNIDADE 3 | LIGAÇÕES
QUÍMICAS
43
1 Introdução
Uma ligação iônica é aquela que ocorre entre átomos com baixa energia de ionização
(metais) e alta afinidade eletrônica (ametais).
hh
Num composto iônico sólido, os cátions e os ânions se organizam
de forma ordenada e regular formando um retículo cristalino. O
cloreto de sódio (NaCl), principal componente do sal de cozinha, é
um exemplo de composto iônico. Sua estrutura cristalina forma
uma rede, na qual íons positivos (cátions) são rodeados por íons
negativos (ânions), como aparece na Figura 18.
44
3 Regra do Octeto
Apenas os gases nobres são estáveis na forma isolada e não necessitam fazer qualquer
tipo de ligação com outros átomos. Os demais elementos tendem a interagir entre si
para também ficarem estáveis.
Cada elemento químico, que pertence a um grupo ou a uma família, apresenta uma
determinada quantidade de elétrons em sua camada de valência. Por exemplo: todos
os elementos do grupo 1, como o sódio (11Na), apresentam apenas um elétron de
valência.
45
Tabela 3: Transferências de elétrons
11Na: 1s2 2s2 2p6 3s1 (forma cátion com carga +1)
17Cl: 1s2 2s2 2p6 3s23p5 (forma ânion com carga -1)
12Mg: 1s2 2s2 2p6 3s2 (forma cátion com carga +2)
Figura 19: Interação entre átomos de sódio e de magnésio com átomos de cloro
46
hh
Por convenção, o símbolo do cátion é escrito antes do símbolo
do ânion. Em virtude da formação de uma rede cristalina,
resultante da união entre vários íons, um composto iônico é
representado por sua fórmula mínima, que indica a menor
proporção de números inteiros de cátions e ânions presentes na
estrutura, sendo que a totalidade das cargas é neutra.
Os compostos moleculares podem existir nos três estados físicos: sólido, líquido e
gasoso e não são capazes de conduzir eletricidade na forma sólida ou líquida.
47
3.3.1 Fórmula Estrutural, Eletrônica e Molecular
O átomo de cloro apresenta sete elétrons em sua camada de valência e, para adquirir
a configuração eletrônica de um gás nobre, precisa de apenas um elétron. A interação
entre dois átomos de cloro ocorre por um compartilhamento de elétrons para formar
a substância Cl2, como ilustra a Figura 20. Apenas os elétrons da camada de valência
fazem parte da representação com bolas.
48
3.2.2 Geometria Molecular
A Teoria da Repulsão dos Pares de Elétrons da Camada de Valência (VSEPR) afirma que
uma molécula apresenta uma geometria molecular que minimiza as repulsões entre os
pares de elétrons da camada de valência do átomo central. A Figura 22 representa os
três tipos de repulsões eletrônicas que podem existir em uma molécula.
49
Tabela 4: Geometrias moleculares VSEPR
Uma ligação covalente pode ser apolar ou polar. Esta, é uma ligação estabelecida entre
átomos de mesma eletronegatividade, conforme ilustra a primeira parte da Figura 23.
Por outro lado, aquela é realizada entre átomos que apresentam diferentes
eletronegatividades, como mostra a segunda parte da Figura 23. Neste caso, em razão
da diferença apresentada, os elétrons compartilhados tendem a ficarem mais próximos
do átomo mais eletronegativo e assim, há a formação de regiões com densidades
eletrônicas diferentes.
50
hh
O álcool se dissolve na água e o óleo não. Esta afirmativa tem
um fundamento: semelhante dissolve semelhante. Isso significa
que substâncias polares dissolvem bem em substâncias polares.
O álcool e a água são moléculas polares e, consequentemente,
dissolvem-se um no outro. Entretanto, o mesmo não ocorre com
as moléculas do óleo, que são apolares.
Como em uma molécula pode existir mais de uma interação entre diferentes átomos,
é necessário analisar o vetor momento de dipolo resultante (µr). Se o vetor momento
de dipolo resultante for zero (µr) = 0, a molécula é apolar, caso contrário (µr) ≠ 0, a
molécula é polar. Uma molécula polar apresenta uma densidade eletrônica desigual.
51
4 Propriedades e Características dos Compostos Metálicos
As propriedades físicas dos metais, que levam ao seu difundido uso em incontestáveis
projetos, podem ser facilmente listadas. Quando os metais em geral e os metais
de transição em particular são examinados, verifica-se que há pouca diferença de
eletronegatividade de elemento para elemento. Portanto, metais e ligas não são aptos
a experimentar ligações iônicas.
Uma substância metálica é aquela formada unicamente por metais. A regra do octeto
não explica de maneira satisfatória a ligação metálica. A explicação mais simples e
utilizada para este tipo de interação é chamada de modelo de mar de elétrons. Esse
modelo afirma que os elétrons de
valência do metal estão soltos e se
movem livremente por todo o sólido.
Isso explica a boa condutividade
elétrica desses materiais.
Os metais são maleáveis e dúcteis e, por essas características, podem ser convertidos
em lâminas e transformados em fios, respectivamente. Tais propriedades são muito
importantes para a especificação do metal a ser utilizado numa indústria.
52
Resumindo
Glossário
Íons livres: são íons que se encontram dissolvidos em um solvente e não apresentam
mais estrutura cristalina e organizada. As moléculas do solvente rodeiam cada íon,
deixando o sistema mais estável.
Rearranjo espacial: ocorre quando uma molécula se reorganiza no espaço para adquirir
uma conformação, o mais estável possível, em determinadas condições.
53
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Uma ligação iônica é aquela
que ocorre entre átomos com baixa energia de ionização
(ametais) e alta afinidade eletrônica (metais).
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
54
Referências
BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química geral aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
55
UNIDADE 4 | COLOIDES E
AGREGADOS
56
1 Introdução
57
• Emulsão – dispersão coloidal na qual o disperso e o dispergente são líquidos;
A Figura 25 mostra alguns exemplos de coloides comumente utilizados no dia a dia das
pessoas.
58
Como é possível perceber, os coloides estão presentes no cotidiano das pessoas desde
as primeiras horas do dia. Na higiene pessoal: o sabonete, o xampu, a pasta de dente e
a espuma ou o creme de barbear. Na maquiagem: os cosméticos. No café da manhã: o
leite, o café, a manteiga, os cremes vegetais e as geleias de frutas.
a) Movimento Browniano
b) Efeito Tyndall
59
Na Figura 27, o efeito Tyndall pode
ser observado no frasco que contém a
mistura de coloração vermelha. Nota-se
a presença de partículas em suspensão
ao incidir luz, o que não ocorre no frasco
contendo o material amarelo, que é
totalmente transparente.
Figura 27: Efeito Tyndall
Resumindo
60
Glossário
Humor vítreo: líquido, similar a uma geleia, que completa a maior parte do olho (em
sua parte posterior).
61
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os coloides são misturas
heterogêneas, que apresentam no mínimo duas fases
distintas, que podem ser diferenciadas apenas com o auxílio
de um ultramicroscópio.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
62
Referências
BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química geral aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
63
UNIDADE 5 | O ESTUDO DAS
SOLUÇÕES QUÍMICAS
64
1 Introdução
Para que a maioria das reações químicas ocorra, é necessário que seus reagentes
estejam dissolvidos em um líquido. Milhões de reações químicas são realizadas
diariamente nas indústrias, nos laboratórios, em domicílios, nos organismos dos seres
vivos, na combustão da gasolina entre outras. Muitas das misturas que são consumidas
pelo homem no dia a dia são soluções.
65
Uma solução é chamada de aquosa quando o solvente é a água. A água é chamada de
solvente universal, não por dissolver todas as substâncias que existem no planeta, mas
por ser o solvente mais aplicado, além de ser abundante e capaz de dissolver grande
parte das substâncias.
Uma bateria de avião, por exemplo, pode conter diferentes soluções aquosas, pois
se trata de um dispositivo capaz de converter energia química em energia elétrica.
Isso significa que uma reação química espontânea pode gerar energia elétrica. Uma
bateria bastante utilizada em aeronaves são as ácidas, que possuem placas interiores
de chumbo (Pb) e possuem uma solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4). Numa
solução aquosa de ácido sulfúrico, a água é o solvente e o ácido é o soluto.
A solubilidade é uma propriedade física que caracteriza uma substância pura. Por
exemplo: numa temperatura de 20 °C, 203,9 g é a quantidade máxima de sacarose
(C12H22O11), principal componente do açúcar comum, que se dissolve em 100 g de
água. A solubilidade do sal, cloreto de potássio (KCl), nas mesmas condições, é de 370
g para cada 100g de água. Os coeficientes de solubilidades de diferentes substâncias
são obtidos experimentalmente.
Dependendo do estado físico dos solutos e dos solventes, a solução pode receber
diferentes denominações:
66
• solução sólido-líquido – soluto sólido dissolvido num solvente líquido. Exemplo:
sal de cozinha dissolvido na água;
hh
Esta solubilidade pode ser representada em um gráfico chamado
de curva de solubilidade. Numa curva de solubilidade, o
coeficiente de solubilidade (eixo y) varia em função da variação
da temperatura do sistema (eixo x).
a) Dissolução endotérmica:
é aquela cuja elevação da
temperatura aumenta a
solubilidade do soluto no
solvente. Isso significa
que o aumento da
temperatura favorece a
dissolução do soluto. Esta
Gráfico 3: Curva de solubilidade em dissolução endotérmica
67
dissolução ocorre com a absorção de energia de uma fonte externa. O Gráfico 3
demonstra a curva de solubilidade de uma substância que apresenta dissolução
endotérmica em água.
b) Dissolução exotérmica: é
aquela cuja elevação da
temperatura diminui a
solubilidade do soluto no
solvente. Nesse sentido, o
aumento da temperatura
desfavorece a dissolução
do soluto. Esta dissolução
ocorre com liberação de
energia e aquecimento do
meio externo. O Gráfico
Gráfico 4: Curva de solubilidade em dissolução exotérmica
4 exemplifica a curva de
solubilidade de uma substância que apresenta dissolução exotérmica em água.
68
3.2 Aspectos Quantitativos de Solução
Por exemplo: uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) apresenta uma
concentração de 40 g/L. Isso significa que um litro desta solução possui uma massa de
40 g do soluto hidróxido de sódio.
Por exemplo: uma solução aquosa de hidróxido de sódio (NaOH) apresenta uma
concentração de 0,1mol/L. Isso significa que um litro desta solução possui uma
quantidade de matéria de 0,1 mol do soluto hidróxido de sódio. Para preparar esta
solução em laboratório é necessário que a massa de NaOH seja pesada com a balança.
Assim, é preciso calcular a sua massa molar:
69
NaOH = 40 g/mol
X = 4 g de NaOH
Como é possível observar, para o preparo de uma solução de concentração 0,1 mol/L,
são necessários 4 g de NaOH.
Resumindo
70
Glossário
71
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A solubilidade é uma
propriedade física que caracteriza uma substância pura.
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Verdadeiro ( ) Falso ( )
72
Referências
BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química geral aplicada à engenharia. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
73
Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 F F
Unidade 2 V V
Unidade 3 F V
Unidade 4 V F
Unidade 5 V V
74