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ORIENTAÇÕES SOBRE O USO DOS MATERIAIS

Olá profe, é muito importante que esteja ciente com relação ao uso do E-book.

É proibido compartilhar com terceiros (outros professores ou grupo de professores) pois


se enquadra como crime de Pirataria de materiais didáticos.
De acordo com:
Lei 9.609 de 19.02.1998. Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa
de computador, sua comercialização no País, e dá outras providências. Diário Oficial da
União, de 20 fev. 1998.
Na realidade, o que conhecemos como “pirataria” trata-se de conduta tipificada no
art. 184, do Código Penal, sendo uma violação, total ou parcial, ao direito daquele que
detém a autoria de determinado conteúdo. Em sede constitucional, o art. 5º, XXVII,
assegura que "aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou
reprodução de suas obras (...)".
Voltando à legislação infraconstitucional, o art. 184, está inserido no Título III do Código
Penal, que disciplina os crimes contra a propriedade imaterial, e inaugura o Capítulo I, o
qual trata dos crimes contra a propriedade intelectual. No caput o legislador diz o
seguinte: “Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena - detenção, de 3 (três)
meses a 1 (um) ano, ou multa”.

Uso do material é único e exclusivo para você profe que fez a AQUISIÇÃO, com seus
alunos e suas turmas.

Fortaleça e nos ajude, para que eu possa continuar elaborando materiais didáticos para
Docentes e contribuindo com mais DOCENTES.

Prof. Inayara Bortoleto.


Caros (as) professores(as),
Espero que estejam bem,

Seguem as sequências de conteúdos programáticas por série, também acompanha


sugestão de número de aulas sugeridas durante a execução do conteúdo. Bem como a
sugestão dos conteúdos as quais deve-se privilegiar durante o ensino devido a sua
relevância nos vestibulares e ENEM.
Após esse conteúdo programático segue os resumos sequenciados. Os quais apresentam
pontos importante nos quais devemos inserir sem dúvida nenhuma nos planejamento de
aula.
Espero que seja muito útil na sua carreira docente.

Um forte abraço e qualquer dúvida estamos à disposição.

Prof.inayarabortoleto2@gmail.com
@inayaraquimica (Instagram)

Profª Inayara Bortoleto


Programação de conteúdos para o Ensino Médio

1º Série Ensino médio


1. Química: a matéria e suas características Sugestão de número de aulas: 12 aulas
Sugestão de número de aulas: 09 aulas Conteúdos privilegiados
Conteúdos privilegiados Ácidos e bases
Propriedades e transformações da matéria Sais e óxidos
Composição da matéria
6. Reações inorgânicas
2. Estrutura da matéria e radioatividade Sugestão de número de aulas: 12 aulas
Sugestão de número de aulas: 18 aulas Conteúdos privilegiados
Conteúdos privilegiados Representação de uma reação química e
Modelos atômicos balanceamento das equações por tentativa
Representação dos elementos químicos Classificação das reações inorgânicas
Fenômenos nucleares

7. Leis das Reações Químicas e o cálculo


3. Tabela periódica dos elementos químicos estequiométrico
Sugestão de número de aulas: 10 aulas Sugestão de número de aulas: 12 aulas
Conteúdos privilegiados Conteúdos privilegiados
Ordenação e classificação dos elementos Grandezas químicas
químicos Leis das Reações Químicas
Propriedades dos elementos químicos Cálculo estequiométrico

4. Ligações químicas 8. Gases


Sugestão de número de aulas: 14 aulas Sugestão de número de aulas: 09 aulas
Conteúdos privilegiados Conteúdos privilegiados
Configuração de especial estabilidade Estado de um gás
Estabilidade das moléculas Equação de Clapeyron
5. Funções inorgânicas
2º Série Ensino médio
1. Dispersões: estudo das soluções 5. Equilíbrio químico
Sugestão de número de aulas: 19 aulas Sugestão de número de aulas: 11 aulas
Conteúdos privilegiados Conteúdos privilegiados
Classificação das dispersões Estado de equilíbrio e a constante de
Concentração de uma solução equilíbrio
Variação na concentração de uma solução Deslocamento de equilíbrio

2. Propriedades das soluções 6. Equilíbrio iônico


Sugestão de número de aulas: 08 aulas Sugestão de número de aulas: 13 aulas
Conteúdos privilegiados Conteúdos privilegiados
Propriedades de líquidos puros Equilíbrio iônico e o caráter ácido-base
Efeitos coligativos – aspectos qualitativos Hidrólise salina
Produto de solubilidade
3. Termoquímica
Sugestão de número de aulas: 13 aulas 7. Reações de oxirredução e processos
Conteúdos privilegiados eletroquímicos espontâneos
Trocas de energia em uma transformação Sugestão de número de aulas: 13 aulas
Métodos teóricos para determinar a variação Conteúdos privilegiados
de entalpia da reação Conceito de oxidação e de redução aplicado
às reações que envolvem transferências de
4. Cinética química elétrons Célula eletroquímica
Sugestão de número de aulas: 11 aulas
Conteúdos privilegiados 8. Processos eletroquímicos não
Velocidade de uma reação química espontâneos: eletrólise
Fatores que influenciam a velocidade de uma Sugestão de número de aulas: 08 aulas
reação Conteúdos privilegiados
Eletrólise ígnea e aquosa
Aspectos quantitativos das reações
eletroquímicas
3º Série Ensino médio
1. Introdução à Química Orgânica 5. Isomeria
Sugestão de número de aulas: 09 aulas Sugestão de número de aulas: 10 aulas
Conteúdos privilegiados Conteúdos privilegiados
Características do elemento carbono Isomeria plana
Classificação das cadeias carbônicas Isomeria espacial

2. Hidrocarbonetos e seus derivados 6. Reações orgânicas


Sugestão de número de aulas: 18 aulas Sugestão de número de aulas: 14 aulas
Conteúdos privilegiados Conteúdos privilegiados
Nomenclatura dos compostos orgânicos Reações de adição
Grupos orgânicos Propriedades físicas dos Reações de eliminação
compostos orgânicos Reações de substituição
Haletos orgânicos Reações de oxirredução

3. Funções orgânicas oxigenadas 7. Polímeros


Sugestão de número de aulas: 14 aulas Sugestão de número de aulas: 10 aulas
Conteúdos privilegiados Conteúdos privilegiados
Funções hidroxiladas e seus derivados Polímeros naturais e sintéticos
Funções carboniladas Plásticos e meio ambiente
Funções carboxiladas e seus derivados
8. Bioquímica
4. Funções orgânicas nitrogenadas Sugestão de número de aulas: 11 aulas
Sugestão de número de aulas: 10 aulas Conteúdos privilegiados
Conteúdos privilegiados Carboidratos
Funções com nitrogênio Lipídios
Proteínas
Química: a matéria e suas características

Propriedades e transformações da matéria

• Matéria: tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço.


• Energia: tudo aquilo que age sobre os corpos e neles produz algum efeito, o qual pode
modificar a matéria.

Estados físicos da matéria


Características Sólido Líquido Gasoso
Forma Fixa Variável Variável
Volume Fixo Fixo Variável
Organização Alta Intermediária Desprezível
Forças de coesão entre
Altas Intermediárias Baixas
as partículas

Transformações da matéria
• Transformação física ou fenômeno físico: as mudanças que ocorrem não alteram a
composição das substâncias originais, mesmo apresentando alterações nas características
macroscópicas (forma e volume) e microscópicas (organização das partículas) do material.
Exemplo: mudanças de estado físico.
• Transformação química ou fenômeno químico: há alteração na natureza da matéria e
em sua composição.
Exemplo: queima de combustível.

As reações químicas são representadas por equações em que as substâncias iniciais


(reagentes) se transformam em novas substâncias (produtos).

Propriedades físicas da matéria


• Propriedades gerais: massa e volume.
• Propriedades específicas: densidade, pontos de fusão e ebulição.

Composição da matéria
Sistemas: substância e mistura
Separação de misturas
ANÁLISE IMEDIATA

MISTURAS HETEROGÊNEAS

• DECANTAÇÃO (sólido-líquido): após a sedimentação, a fase líquida é escoada.


• FILTRAÇÃO (sólido-líquido): por meio de uma superfície porosa, a fase líquida é separada
da sólida.
• DISSOLUÇÃO FRACIONADA (sólido-sólido): a separação é realizada com a utilização de
um líquido que dissolve apenas um componente.

MISTURAS HOMOGÊNEAS
• DESTILAÇÃO SIMPLES (sólido-líquido): por aquecimento, o líquido entra em ebulição,
vaporiza e a seguir condensa, separando o sólido da mistura.
• DESTILAÇÃO FRACIONADA (líquido-líquido): por aquecimento, os líquidos vaporizam e a
seguir condensam separadamente, à medida que se atingem os valores de seus pontos de
ebulição.
Estrutura da matéria
Modelos atômicos
Modelo Atômico
O átomo seria uma esfera maciça, indivisível e indestrutível.
As hipóteses descritas com base nesse modelo são:
• um conjunto de átomos com mesma massa e mesmo
tamanho apresentaria as mesmas propriedades e constituiria
um elemento químico;
• átomos de um mesmo elemento químico seriam idênticos;
• elementos químicos diferentes apresentariam massa,
tamanho e propriedades diferentes;
• a combinação de átomos de elementos químicos diferentes
originaria substâncias compostas diferentes;
• em uma reação química, os átomos seriam rearranjados,
originando novas substâncias.
O átomo seria formado por uma esfera uniforme carregada
positivamente, incrustada de
partículas menores dotadas de carga elétrica negativa.
Algumas contribuições desse modelo foram:
• descoberta da primeira partícula elementar – o elétron;
• grande avanço para a Ciência com o desenvolvimento,
principalmente, da Eletricidade, da Eletrônica e da Química.

O átomo seria constituído por duas regiões distintas – núcleo


e eletrosfera.
As principais observações desse modelo foram:
• o núcleo atômico é extremamente pequeno em relação ao
tamanho do átomo;
• o núcleo é uma região densa que concentra, praticamente,
toda a massa do átomo;
• a eletrosfera é uma região de grande volume ocupada pelos
elétrons, os quais apresentam massa muito pequena em
relação à massa dos prótons.
O átomo apresentaria órbitas circulares em torno do núcleo,
onde os elétrons girariam em níveis de energia bem definidos.
Alguns dos postulados elaborados por Bohr são:
• os níveis mais distantes do núcleo seriam os mais
energéticos, portanto, um elétron, ao absorver um quantum
de energia, passa de uma camada para outra mais afastada;
• o elétron, ao retornar à sua camada de origem (nível menos
energético), perde energia na forma de luz.
O modelo atômico atual está fundamentado no modelo de
Rutherford-Bohr, sendo formado por
duas regiões:
• um núcleo pequeno, constituído por prótons e nêutrons,
que compreende toda a carga
positiva e praticamente toda a massa do átomo;
• uma região ao redor do núcleo que é principalmente um
espaço vazio, onde estão distribuídos
os elétrons.

Representação dos elementos químicos


PARTÍCULAS BÁSICAS DO ÁTOMO E SUAS CARACTERÍSTICAS
Nome Localização Símbolo Carga (*) Massa (*)
Elétron Eletrosfera é –1 Desprezível
Próton Núcleo p +1 1
Nêutron Núcleo n 0 1

(*) Representação de acordo com o valor relativo ao próton.

• Elemento químico: conjunto de átomos com o mesmo número de prótons (p), ou seja, o
mesmo número atômico (Z).

• Átomo eletricamente neutro: Z = p = e.

Semelhanças entre os átomos

SEMELHANÇAS ATÔMICAS

Eletrosfera do átomo
• Considerações sobre a eletrosfera do átomo:
– o elétron gira em torno do núcleo em órbitas estacionárias de energia;
– em uma mesma órbita, o elétron tem energia constante;
– ao receber energia, o elétron salta para uma órbita mais externa; e se encontra no
estado ativado ou excitado.
– ao retornar para a órbita de origem (mais próxima do núcleo), o elétron libera energia
na forma de onda eletromagnética, como a luz.

Nível Número
Camada (n°. quântico máximo de
principal) elétrons
K 1 2
L 2 8
M 3 18
N 4 32
O 5 32
P 6 18
Q 7 8

Subnível Número máximo de elétrons


s 2
p 6
d 10
f 14

• Subnível mais energético: último subnível da distribuição eletrônica do átomo no estado


fundamental.
• Camada de valência: nível mais externo da distribuição eletrônica do átomo no estado
fundamental.
Fenômenos nucleares

Emissões radioativas naturais: partícula alfa (α), partícula beta (β) e radiação gama (γ)

• Equações de desintegrações radioativas.

• Meia-vida: tempo necessário para que uma amostra radioativa se reduza à metade de
sua quantidade inicial.
Aplicações da radioatividade
• Medicina: radioterapia para o tratamento de doenças, rastreadores radioativos para o
diagnóstico de doenças, entre outros.
• Datação radioativa: determinação da idade de fósseis ou objetos antigos.
• Energia nuclear: conversão de energia atômica em energia elétrica em usinas nucleares.
Tabela periódica dos elementos químicos
Ordenação e classificação dos elementos químicos
• Lei periódica – estabelece uma regularidade nas propriedades químicas e físicas dos
elementos químicos quando estes são dispostos em ordem crescente de número atômico.
• Tabela periódica atual
– os elementos estão dispostos em ordem crescente de número atômico;
– é constituída por 7 linhas (horizontais) e 18 colunas (verticais).

Períodos e grupos
Elementos representativos e de transição

• Correspondem à maioria dos elementos químicos (75% da


tabela periódica).
• Sólidos nas condições ambientes – com exceção do mercúrio,
que é líquido.
METAIS
• Conduzem calor e eletricidade.
• Apresentam brilho metálico.
• Dúcteis e maleáveis.
• Tendência em formar cátions.
NÃO METAIS • Correspondem a 12 elementos químicos.
• Podem ser sólidos, quando puros, ou gasosos (N, O, F, Cℓ) e
líquido (Br), em temperatura
ambiente.
• Baixa condutividade térmica e elétrica.
• Duros, quebradiços e não apresentam brilho metálico.
• Tendência em formar ânions.
• Correspondem a 7 elementos químicos (B, Si, Ge, As, Sb, Te,
Po).
• Sólidos em temperatura ambiente.
SEMIMETAIS
• Apresentam características intermediárias entre metais e não
metais.
• Bons semicondutores.
• Correspondem a gases de alta estabilidade.
• Em geral, apresentam 8 elétrons na camada de valência –
GASES NOBRES
com exceção do hélio, que contém
2 elétrons.
• Elemento mais abundante do Universo.
• É um gás.
HIDROGÊNIO
• Reage praticamente com todos os elementos da tabela
periódica.
Química

Elementos artificiais

Propriedades dos elementos químicos

Aperiódicas Periódicas
• Valores aumentam ou diminuem à • Valores periódicos, ou seja, repetem-
medida que o número se regularmente.
• À medida que o número atômico
atômico aumenta.
aumenta, os valores dessas
• Não se repetem em períodos
propriedades aumentam ou diminuem
determinados ou regulares.
em cada período.
Exemplos: massa atômica, calor específico,
Exemplos: raio atômico, energia de
dureza, índice de refração, entre outras.
ionização, eletronegatividade, afinidade
eletrônica, entre outras.

Propriedades periódicas
Ligações químicas
De acordo com a regra do octeto, os átomos não estáveis se ligam uns aos outros a fim de
adquirir 8 elétrons na camada mais externa. Esses elétrons, também conhecidos como
elétrons de valência, são os que determinam as propriedades químicas do elemento,
assim como sua estabilidade.
Iônica Covalente Metálica
Compartilhamento de
Transferência de um ou
pares eletrônicos
mais elétrons Movimento contínuo dos
da camada de valência
de um elemento menos elétrons de
entre átomos dos
eletronegativo, valência – nuvem
elementos que tendem a
normalmente um metal, eletrônica – que são
receber elétrons,
para outro de maior atraídos por todos os
em geral, não metais e, em
eletronegatividade, em núcleos dos átomos.
alguns casos,
geral um não metal.
semimetais.
Forma um composto iônico Forma um composto
com as seguintes molecular com as
Forma um retículo
características: seguintes características:
cristalino com as
• sólidos em condições • sólidos, líquidos ou gases
seguintes características:
ambientes (25 °C em condições
• brilho característico;
e 1 atm); ambientes (25 °C e 1 atm);
• dúcteis e maleáveis;
• aspecto cristalino; • baixos pontos de fusão e
• em geral, elevados
• elevados pontos de fusão ebulição, se
pontos de fusão e de
e ebulição; comparados aos compostos
ebulição;
• quando fundidos ou iônicos;
• conduz correntes elétrica
dissolvidos em água, • quando puros, não
e térmica
conduzem corrente condm corrente
elétrica. elétrica.
Estabilidade das moléculas
Geometria molecular
• Modelo de Repulsão dos Pares Eletrônicos da Camada de Valência (VSEPR) – os pares de
elétrons que ligam os átomos (pares ligantes) e os pares não ligantes se repelem
mutuamente e se orientam atingindo o maior distanciamento possível, ou seja, ficam em
posições mais afastadas no espaço.
Os arranjos eletrônicos nas moléculas

Os arranjos eletrônicos nos átomos centrais dos pares de elétrons do metano, da amônia
e da água são tetraédricos, pois todos apresentam quatro pares de nuvens eletrônicas. O
metano, entretanto, com quatro pares ligantes, apresenta geometria tetraédrica (109,5°).
A amônia, com três pares ligantes e um par não ligante, tem geometria piramidal (107°). A
água, com dois pares ligantes e dois pares não ligantes, apresenta geometria angular
(105°). A diminuição do ângulo de ligação nessa série pode ser explicada pelo fato de os
pares não ligantes (isolados) terem
uma exigência espacial maior que os pares ligantes.

A geometria dos pares de elétrons é adotada por todos os elétrons de valência dispostos
ao redor do núcleo do átomo central, mas é a geometria molecular que determina o
arranjo espacial do átomo central e dos átomos ligados diretamente a ele.
Polaridade
• Polaridade das ligações

• Polaridade das moléculas

• Polaridade e solubilidade

Forças intermoleculares
As forças intermoleculares são, genericamente, denominadas interações de Van der
Waals.
Funções inorgânicas

Ácidos e bases
• Ácidos: sabor azedo.

Exemplo: frutas cítricas como limão e laranja.

• Bases: sabor adstringente (“amarra” a boca).

Exemplo: banana e caqui verdes.

Ácidos

• Formulação geral: HxA

x = carga do ânion (A x– )

• Equação de ionização:

Classificação:
• Hidrácido – não tem o elemento oxigênio em
sua composição.
Quanto à presença de oxigênio
• Oxiácido – tem o elemento oxigênio em sua
fórmula.
Quanto ao número de • Monoácido ou monoprótico – 1 H+
• Diácido ou diprótico – 2 H+
hidrogênios
• Triácido ou triprótico – 3 H+
ionizáveis
• Tetrácido ou tetraprótico – 4 H+
• Binário – com 2 elementos químicos.
Quanto ao número de elementos
• Ternário – com 3 elementos químicos.
químicos constituintes
• Quaternário – com 4 elementos químicos.
Ácidos fortes – α > 50%
Ácidos moderados – 5% ≤ α ≤ 50%
Ácidos fracos – 0 < α < 5%
• Hidrácidos
fortes – HCℓ, HBr e HI.
moderado – HF
Quanto à força
fracos – os demais hidrácidos
• Oxiácidos (HxEOy), quando y – x é igual a
3 ou 2 – forte
1 – moderado
0 – fraco
Exceção: o H2CO3 é moderado.
• Fixos – com elevados pontos de fusão e
ebulição.
Exemplos: H2SO4, H3PO3, H3PO4 e H3BO3.
Quanto à volatilidade
• Voláteis – com baixo ponto de ebulição.
Exemplos: HCN, HNO3, HNO2, H2CO3, H2S,
HCℓ, HBr e HI.

Nomenclatura:
Ácido__________________ídrico
Hidrácidos
nome do elemento
Ácido per_________________ico (ácido padrão + 1 oxigênio)
nome do elemento
Ácido__________________ico (ácido padrão)
nome do elemento
Oxiácidos
Ácido__________________oso (ácido padrão – 1 oxigênio)
nome do elemento
Ácido hipo_______________oso (ácido padrão – 2 oxigênios)
nome do elemento
Bases
• Formulação geral: C(OH)y
y = carga do cátion (Cy+ )

• Equação de dissociação:

Classificação:
• Monobase – 1 OH–
Quanto ao número • Dibase – 2 OH–
de hidróxidos • Tribase – 3 OH–
• Tetrabase – 4 OH–
• Bases fortes – α > 50%.
Exemplos: metais alcalinos, Ca(OH)2, Sr(OH)2 e
Ba(OH)2.
Quanto à força
• Bases fracas – α ≤ 5%.
Exemplos: metais de transição (grupos 3 a 12),
Mg(OH)2 e NH4OH.
• Solúveis – metais alcalinos (grupo 1) e
NH4OH.
Quanto à solubilidade
• Pouco solúveis – metais alcalinoterrosos
em água
(grupo 2), exceto Be e Mg.
• Praticamente insolúveis – demais bases.

Nomenclatura:
Bases com cátions de Nox fixo Hidróxido de __________________
(grupos 1 e 2, Aℓ3+ Ag+, Zn2+ e NH4+) nome do elemento
Bases com cátions de Nox variável Hidróxido de
__________________(carga em
algarismos romanos)
nome do elemento
ou
Hidróxido__________________ -ico
(carga maior)
nome do elemento
-oso (carga menor)

Determinação do caráter ácido-base


Sais e óxidos

Sais
• Formulação geral: CxAy
x = carga do ânion (A x– ), y = carga do cátion (C y+)

• Classificação:
Quanto ao número de • Binários – com 2 elementos químicos
elementos químicos • Ternários – com 3 elementos químicos
constituintes • Quaternários – com 4 elementos químicos
• Normal – obtido pela neutralização total entre um ácido e
uma base. Não apresenta H+ e OH–.
• Hidrogenossal – obtido pela neutralização parcial do ácido;
apresenta hidrogênio(s) não
Quanto à natureza ionizado(s).
dos íons • Hidroxissal – obtido pela neutralização parcial da base;
apresenta hidróxido(s) não dissociado(s).
• Duplo ou misto – formado por 2 cátions ou 2 ânions,
diferentes de H+ e OH–.
• Hidratado – apresenta H2O em sua composição.

Se
Nomenclatura:

Óxidos
Óxidos são compostos binários em que o oxigênio é o elemento mais eletronegativo.

• Classificação:
Quanto ao tipo de elemento • Óxido iônico – metal + oxigênio
ligado ao oxigênio • Óxido molecular – não metal + oxigênio
Quanto à propriedade • Óxido básico – metal + oxigênio
ácido-base óxido básico + água → base
óxido básico + ácido → sal + água
• Óxido ácido ou anidrido ácido – não metal ou
metal com Nox > 4 + oxigênio
óxido ácido + água → ácido
oxido ácido + base → sal + água
• Óxido neutro (óxido indiferente) – não reage com
água nem com ácidos ou
bases.
São eles: CO, NO e N2O.
• Óxido anfótero – não reage com água, porém,
reage com ácidos e bases.
óxido anfótero + ácido → sal + água
óxido anfótero + base → sal + água

Nomenclatura:

Reações inorgânicas

Representação de uma reação química e balanceamento das equações por tentativa


Balancear uma equação garante que o número de átomos de cada elemento permaneça
constante em ambos os lados.

Balanceamento por tentativa


Para acertar os coeficientes de uma reação por tentativa, é conveniente seguir alguns
passos que facilitam o balanceamento:
• considerando reagente(s) e produto(s), identifique o elemento que aparece uma única
vez nos dois lados da equação;
• verifique a substância que tem a maior quantidade de átomos (maior índice) desse
elemento, coloque nela o coeficiente 1 e com esse número determine a quantidade de
átomos para esse elemento;
• faça ajuste entre o coeficiente dessa substância e o coeficiente de outra(s) substância(s)
do outro lado da equação que contenha(m) esse elemento, de forma que fiquem com a
mesma quantidade de átomos;
• encontre o coeficiente das demais substâncias até que a equação esteja devidamente
balanceada, isto é, todos os
elementos tenham o mesmo número de átomos nos dois lados da equação.
Observação: em geral, os coeficientes das substâncias que contêm os elementos
hidrogênio e oxigênio são encontrados ao final, pois esses elementos aparecem em várias
substâncias.

Evidências de ocorrência de uma reação


• liberação de gás;
• mudança de cor;
• formação ou dissolução de sólido;
• liberação ou absorção de calor;
• liberação de luz ou eletricidade.
Classificação das reações inorgânicas
Lei das Reações Químicas e o cálculo estequiométrico
Grandezas químicas
• Padrão para a determinação da massa: isótopo-12 do carbono (12C), ao qual foi
atribuída a massa de 12 u.
• Unidade de massa atômica (u): 1/12 da massa de um átomo do isótopo 12C.

massa de um átomo medida em unidade de massa atômica


Massa atômica
(u).
média ponderada das massas atômicas dos isótopos de um
Massa de um elemento
elemento.
massa de uma molécula; é numericamente igual à soma das
Massa molecular (MM) massas dos átomos presentes
em sua composição.
massa de um composto iônico; soma das massas dos íons
Massa fórmula (MF)
presentes em sua composição.
Quantidade de matéria quantidade de matéria que contém 6,02 · 1023 entidades
(mol) quaisquer (Constante de Avogadro).
Massa molar massa (em g) de 1 mol (6,02 · 1023) de qualquer entidade.
volume ocupado por 1 mol (6,02 · 1023) de qualquer gás. Nas
Volume molar CNTP (0 °C e 1 atm), é igual a
22,4 L.

Leis das Reações Químicas


• Leis Ponderais – relacionam as massas dos participantes em uma reação.
• Lei Volumétrica – relaciona o volume dos participantes em uma reação.
Lei da Conservação das
Massas ou Lei de Lavoisier Em uma reação química, em um sistema fechado, a
“Na natureza, nada se cria, massa total do(s) reagente(s) é
nada se perde, tudo se numericamente igual à massa total do(s) produto(s).
transforma.”
Qualquer que seja a procedência de uma substância
Lei das Proporções
composta, ela sempre será
Definidas
formada pelos mesmos elementos químicos, em uma
ou Lei de Proust
mesma proporção em massa.
Quando medidos nas mesmas condições de
temperatura e pressão, os volumes dos
Lei Volumétrica de
gases participantes de uma reação têm entre si uma
Gay-Lussac
proporção fixa expressa por
números inteiros e pequenos.

Cálculo estequiométrico
Em geral, os cálculos estequiométricos são usados para:
– prever a(s) quantidade(s) de reagente(s) e de produto(s) que participa(m) de uma
reação;
– determinar a massa, o volume e o número de entidades quaisquer de reagente(s) e de
produto(s), com base nas proporções em quantidade de matéria (mol).
Dicas para resolução:

Tipos de relações estequiométricas


Reagente em excesso e limitante • em excesso: reagente em quantidade maior
que a proporção correta;
portanto, seu consumo não é total.
• limitante: reagente em quantidade menor
que a proporção correta;
portanto, seu consumo é total.
razão entre a quantidade principal da
Pureza substância e a quantidade total
da amostra.
razão entre a quantidade de produto
Rendimento de uma reação química realmente obtida e a teoricamente esperada
pela equação química corresponde

Estado de um gás
• Compressibilidade: indica as variações de volume de
um gás quando este é
submetido a alterações de pressão.
Propriedades dos gases • Expansibilidade: capacidade de aumentar de volume
e ocupar todo o espaço disponível.
• Miscibilidade: capacidade de formar com outra
substância uma mistura homogênea.
• Gás: substâncias que, em condições ambientes (25 ºC
e 1 atm), são gases.
Termos utilizados para
• Vapor: substâncias que, em condições ambientes,
substâncias no estado
estão no estado líquido ou sólido
gasoso
e, por meio de processos como a vaporização,
caracterizam o estado de vapor.
– Praticamente não há coesão entre as moléculas.
– Apresentam elevado grau de mobilidade.
Características gerais dos
– As moléculas movimentam-se de maneira contínua e
gases
desordenada, em todas as
direções e sentidos.

Teoria cinética dos gases ideais

• O movimento das partículas (moléculas ou átomos) constituintes de um gás é


desordenado e contínuo.
• As partículas de um gás encontram-se muito afastadas umas das outras, sendo seu
tamanho insignificante se comparado à distância entre elas.
• As forças de atração entre as partículas de um gás são praticamente nulas, devido à
distância entre elas e ao intenso movimento que apresentam. As partículas gasosas só
exercem forças umas sobre as outras em caso de colisões mútuas com as paredes do
recipiente que as contém.
• As colisões ocorrem de forma perfeitamente elástica, ou seja, sem ganho nem perda de
energia cinética.
• A velocidade média das partículas de um gás aumenta com o aumento da temperatura.

Variáveis de estado
Transformações gasosas
Transformação geral
Quando ocorrem modificações simultâneas nas três variáveis de estado (p, V e T).

Equação de Clapeyron
• Equação de estado de um gás:

R = constante universal dos gases ou Constante de Clapeyron


– Para pressão em mmHg = 62,364 mmHg ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1
– Para pressão em atm ≅ 0,0821 atm ⋅ L ⋅ mol–1 ⋅ K–1

Densidade absoluta dos gases


• CNTP:
• Em outras condições:
SOLUÇÕES
Classificação das dispersões
Solução

Curva de solubilidade
Gráfico que relaciona a solubilidade com a temperatura
Em geral, na maioria das soluções líquidas:
↑ T ∴ ↑ dissolução
• Saturada – pontos na curva.
• Insaturada – pontos na região abaixo da curva.
• Saturada com corpo de fundo – pontos na região acima da curva.
Observação: a dissolução de soluto em quantidades maiores que o valor
da solubilidade pode resultar em uma solução supersaturada.

Concentração de uma solução


Variação na concentração de uma solução
Técnica Diluição
Conceito Acréscimo de solvente à solução
Quantidade de
Constante
soluto
Volume Vinicial < Vfinal
Concentração Cinicial > Cfinal

Relação

Técnica Evaporação
Conceito Retirada de solvente da solução
Quantidade de
Constante
soluto
Volume Vinicial > Vfinal
Concentração Cinicial < Cfinal

Relação

Técnica Mistura de soluções com um mesmo soluto


Mistura de duas ou mais soluções com o
Conceito
mesmo soluto

Quantidade de
soluto

Volume

Concentração Intermediária às soluções misturadas


Relação

Mistura de soluções com solutos diferentes


Técnica
que não reagem entre si
Cada soluto deve ser considerado de modo
independente na solução final, como se
Conceito
outro soluto não estivesse sendo
misturado a ele.
Quantidade de
Constante
soluto
Volume Vinicial < Vfinal
Concentração Cinicial > Cfinal

Relação

Mistura de soluções com solutos diferentes que reagem


Técnica
entre si Análise volumétrica (volumetria – titulação)
Operação básica de análise do volume de uma solução de
concentração conhecida (solução-padrão) que é
Conceito adicionada lentamente a uma solução-problema, até que
os solutos reajam
completamente.
Quantidade de
Variável
soluto
Volume Com o volume consumido do titulante, calcula-se, por
meio da relação estequiométrica entre as espécies
envolvidas, a concentração da solução em análise.
Concentração Desconhecida
Titulação ácido-base

Relação

Propriedades das soluções (Propriedades Coligativas)


Propriedades de líquidos puros
Vaporização é a passagem do estado líquido para o estado de vapor.
A passagem do estado líquido para o gasoso ocorre de diferentes maneiras, pois a
vaporização pode acontecer em diversas velocidades, dependendo da quantidade de
energia envolvida. Entre essas formas, destacam-se:
• evaporação – passagem de forma lenta e com temperatura abaixo da de ebulição do
estado líquido para o vapor; ocorre na superfície do líquido.
• ebulição – passagem do estado líquido para o vapor, com formação de bolhas no
interior e na superfície do líquido (fervura).
Volatilidade é a facilidade que algumas substâncias têm para liberar moléculas no estado
gasoso.

Pressão de vapor de um líquido


A pressão de vapor de um líquido é a maior pressão exercida pelos vapores desse líquido
em equilíbrio dinâmico com a fase líquida a determinada temperatura.

Quanto maior a pressão de vapor de um líquido, maior a quantidade de moléculas na


forma de vapor e, consequentemente, mais volátil é esse líquido.

Temperatura de ebulição de um líquido


Um líquido entra em ebulição (ferve) no momento em que sua pressão de vapor se iguala
à pressão atmosférica.

Em um mesmo local, quanto mais volátil o líquido, menor será sua temperatura de
ebulição.

Diagrama de fase
• Ponto triplo: ponto marcado pela intersecção das curvas, em que, em uma mesma
pressão e temperatura, coexistem as três fases em equilíbrio (sólido, líquido e gasoso).

Efeitos coligativos – aspectos qualitativos


• Propriedades coligativas: estudo das variações nas propriedades físicas do solvente
provocadas pela adição de um soluto não volátil. Portanto, depende exclusivamente da
quantidade de soluto presente na solução.
Quanto maior for o número de partículas de soluto, isto é, quanto mais concentrada for a
solução, mais intensos serão os efeitos coligativos.
Assim:
– menor a pressão de vapor;
– maior o ponto de início de ebulição;
– menor o ponto de início de congelação;
– maior a pressão osmótica.
Termoquímica
A Termoquímica é a área da Química que estuda as relações entre as reações químicas e
as variações de energia que envolvem calor.

Trocas de energia em uma transformação

Reação química exotérmica ou endotérmica


Equação termoquímica
A equação termoquímica é a representação da reação química na qual devem constar:
• as quantidades de matéria do(s) reagente(s) e do(s) produto(s);
• os estados físico e alotrópico (caso existam) das substâncias;
• a temperatura;
• a pressão;
• a quantidade de calor liberada ou absorvida da reação ('H).
Observação: Quando não for indicada a temperatura e a pressão em que a reação foi
realizada, admite-se que ocorreu nas condições-padrão
(1 atm e 25 °C).

Fatores que alteram a variação de entalpia da reação

O valor do ΔH está relacionado às quantidades de


Quantidade de matéria matéria (mol) do(s) reagente(s) e
do(s) produto(s).
Estado físico H(g) > H(ℓ) > H(s)
O estado alotrópico mais comum é considerado o mais
estável, fato que justifica seu
menor valor de entalpia.
Estado alotrópico Variedades alotrópicas mais comuns:
• alótropos do carbono – grafite, diamante e fulereno;
• alótropos do oxigênio – gás oxigênio (O2) e ozônio
(O3).

Casos especiais de entalpia


• Estado-padrão de uma substância – forma pura sob pressão atmosférica de 1 atm e
temperatura de interesse, a qual normalmente é 298 K (25 °C).
• Entalpia-padrão de uma reação (ΔH°) – variação de entalpia quando todos os reagentes
e produtos estão em seus estados-padrão.
• Entalpia dos elementos no estado-padrão – é atribuído o valor zero (H° = 0) para as
substâncias simples em seu estado físico mais comum ou sua variedade alotrópica mais
estável (menos energética).
• Entalpia-padrão de formação ou calor de formação (ΔH°f): variação de entalpia para a
reação que forma 1 mol de determinada substância com base em seus elementos e/ou
substâncias no estado-padrão. Entalpia-padrão de formação (ΔH°f) = Entalpia de 1 mol da
substância produzida.
• Entalpia-padrão de combustão (ΔH°c): energia liberada na queima completa de 1 mol de
determinada substância (combustível) pelo gás oxigênio (comburente), todos no estado-
padrão.

Por serem sempre reações exotérmicas, as variações de entalpia associadas às reações de


combustão correspondem a valores negativos (ΔH < 0).

• Entalpia-padrão de neutralização (ΔH°n): energia liberada na formação de 1 mol de


água, a partir da neutralização de 1 mol de íons H+ por 1 mol de íons OH–, em soluções
aquosas diluídas.

Para ácidos e bases fortes (100% ionizados ou dissociados em seus respectivos íons), a
variação de entalpia de neutralização é constante e corresponde a –58,0 kJ por mol de
água formada.

Métodos teóricos para determinar a variação de entalpia da reação


Cinética Química

A Cinética Química é a área da Química que investiga a rapidez das reações e os fatores
que a influenciam.

Velocidade de uma reação química e a teoria das colisões


• Velocidade – grandeza que mede a quantidade de reagente(s) consumido(s) e/ou a de
produto(s) formado(s) durante a reação, por unidade de tempo.
• Velocidade média (em relação a um componente) – módulo da razão entre a variação da
quantidade do reagente ou do produto e o intervalo de tempo necessário para que ocorra
a reação.

• Velocidade média (da reação) – razão entre a velocidade média em relação a um


componente e seu coeficiente estequiométrico.

• Colisões efetivas – as moléculas apresentam orientação favorável e energia suficiente


para romper as ligações entre os átomos no(s) reagente(s).
• Energia de ativação (Ea) – quantidade mínima de energia necessária para romper as
ligações entre os átomos no(s) reagente(s) e formar novas ligações entre os átomos no(s)
produto(s).
Fatores que influenciam a velocidade de uma reação

• Superfície de contato

• Temperatura

• Pressão

• Catalisador

• Concentração

Lei da Velocidade
A relação entre a concentração do(s) reagente(s) e a rapidez de uma reação é dada pela
expressão matemática chamada Lei da Velocidade.
Segundo essa lei, a velocidade instantânea de uma reação química, em determinada
temperatura, é proporcional ao produto das concentrações em quantidade de matéria
do(s) reagente(s) que influencia(m) diretamente sua rapidez.

• Ordem da reação é a soma dos expoentes das concentrações do(s) reagente(s) na


expressão da Lei da Velocidade.

• Velocidade instantânea é a velocidade em cada instante de tempo.


Equilíbrio químico
Estado de equilíbrio e a constante de equilíbrio
• Reação reversível: ocorre nos dois sentidos simultaneamente, ou seja, o(s) reagente(s) e
o(s) produto(s) são consumidos e formados a mesmo tempo.

• Estado de equilíbrio: o equilíbrio é atingido quando a velocidade da reação direta (v1) se


iguala à velocidade da reação inversa (v2).

• Equilíbrio dinâmico: ao atingir o equilíbrio químico, a reação continua a ocorrer nos dois
sentidos, porém com a mesma velocidade. Dessa forma, diz-se que o equilíbrio é dinâmico
e que as concentrações do(s) reagente(s) e do(s) produto(s) permanecem constantes no
decorrer do tempo.

Uma reação química atinge o estado de equilíbrio químico no momento em que as


velocidades das reações direta e inversa se igualam e as concentrações dos reagentes e
dos produtos permanecem constantes, sob a mesma temperatura.
• Constante de equilíbrio (Kc): para a reação reversível x Reagente(s) U y Produto(s), no
equilíbrio, tem-se a seguinte relação:

K >> 1 [reagente(s)] < [produto(s)]


K << 1 [reagente(s)] > [produto(s)]
Observação: apenas substâncias em solução aquosa ou no estado gasoso são
representadas na expressão da constante de equilíbrio, em termos de concentração.
Substâncias puras líquidas e sólidas apresentam concentrações constantes.

– Relação entre Kp e Kc:

Cálculo da constante de equilíbrio


• Quando as quantidades do(s) reagente(s) e do(s) produto(s) correspondem aos valores
em equilíbrio, a constante de equilíbrio é calculada diretamente pela expressão
matemática que relaciona as concentrações do(s) reagente(s) e do(s) produto(s). Cada
concentração é elevada ao coeficiente estequiométrico da equação balanceada.
• Quando as quantidades do(s) reagente(s) e do(s) produto(s) NÃO correspondem aos
valores em equilíbrio, é necessário organizar as informações de cada participante em cada
etapa do processo para calcular a constante.
• Grau de equilíbrio : determina apenas a quantidade das substâncias que efetivamente
reagiram até atingir o equilíbrio químico.

Deslocamento de equilíbrio

• Princípio de Le Chatelier:
Quando ocorre uma perturbação externa em um sistema em equilíbrio, ele se desloca no
sentido de minimizar essa ação para retornar ao estado de equilíbrio anterior ou atingir
uma nova situação de equilíbrio.
Equilíbrio iônico
Equilíbrio iônico e o caráter ácido-base
Sob temperatura ambiente, a escala de pH varia de 0 (soluções muito ácidas) a 14
(soluções muito básicas), sendo neutra a solução com pH igual a 7.

Matematicamente, os potenciais são definidos da seguinte forma:

Quando,

[H+] = 1 · 10–x, em que x = 0 a 14, pH = x


[OH–] = 1 · 10–y, em que y = 0 a 14, pOH = y

Equilíbrio iônico da água


• Autoionização:

ou, simplesmente,

• Produto iônico da água:


Equilíbrio iônico de ácidos e bases fracos
• Constante de ionização ácida:

• Constante de ionização básica:

• Lei da Diluição de Ostwald:

Quando 0 < grau de ionização < 5%


Hidrólise salina

• Sistema-tampão: tem a propriedade de manter o pH praticamente constante mesmo


quando é adicionado a ela um ácido ou uma base forte.

Tampão ácido: ácido fraco + sal do ácido

Tampão básico: base fraca + sal da base

Produto de solubilidade
ELETROQUÍMICA
Conceito de oxidação e de redução aplicado às reações que envolvem transferências de
elétrons
Oxidação: processo em que uma espécie química perde elétron(s).
Redução: processo em que uma espécie química recebe elétron(s).

• Para compostos iônicos, o Nox de cada átomo é numericamente igual à sua carga real,
isto é, à carga do íon.
Exemplo:

• Para determinar o número de oxidação (Nox) dos átomos envolvidos em uma ligação
covalente, é necessário verificar a diferença de eletronegatividade existente entre os
elementos que participam do compartilhamento de elétrons na ligação – nesse caso, o
Nox é conhecido como carga aparente.

Determinação do número de oxidação médio


Exemplos:
Átomos isolados (substância simples)

Íon monoatômico

Espécie química neutra (composto)

Íon poliatômico
Reações de oxirredução
As reações químicas que apresentam variações do Nox são denominadas reações de
oxirredução. Essas reações estão relacionadas com a transferência de elétrons entre as
espécies químicas (átomos e/ou íons) dos reagentes.

O aumento do Nox verificado na espécie que perde elétron(s) indica o processo de


oxidação; a diminuição do Nox na outra espécie, aquela que recebe elétron(s), o processo
de redução.

A oxidação e a redução são sempre simultâneas, ou seja, toda vez que ocorrer a perda de
elétron(s) por determinada espécie participante, haverá o recebimento de elétron(s) pela
outra espécie.

Balanceamento para equações de oxirredução


O número de elétrons perdidos pelo redutor (espécie que oxida) deve ser igual ao número
de elétrons recebidos pelo oxidante (espécie que reduz).

As seguintes etapas facilitam o acerto dos coeficientes de uma equação de oxirredução:


1ª . – Indique o número de oxidação (Nox) de cada elemento presente nos compostos de
uma equação.
2ª . – Verifique os elementos que apresentam variação no número de oxidação (Nox).
3ª . – Identifique o processo de oxidação e o processo de redução.
4ª . – Verifique qual composto tem a maior quantidade (maior índice) do elemento que
oxida e do que reduz. Caso essa quantidade seja igual (em ambos os lados da equação),
escolhe-se o elemento com Nox diferente, se existir.
5ª . – Determine a variação total do Nox das espécies químicas que estão relacionadas
com a transferência eletrônica. Essa quantidade é calculada pela multiplicação da variação
do Nox do elemento que oxida e/ou reduz pela atomicidade presente no composto
escolhido na etapa anterior. O resultado desse cálculo corresponde à quantidade de
elétrons perdida e/ou recebida.
6ª . – Indique a variação total do Nox com os coeficientes estequiométricos dos
compostos escolhidos na 4ª . etapa para que o número de elétron(s) perdido(s) seja igual
ao número de elétron(s) recebido(s) durante o processo de oxirredução. Assim, sempre
que possível, simplifique o(s) elétron(s) perdido(s) e recebido(s) para que os coeficientes
de uma equação sejam representados pelo menor conjunto possível de números inteiros.
7ª . – Prossiga o balanceamento por tentativa. Para isso, ao final, encontre os coeficientes
dos compostos que contêm os elementos hidrogênio e oxigênio, pois esses elementos
aparecem, em geral, em várias substâncias em uma equação.

Célula eletroquímica

O ramo da Química que estuda as reações que produzem corrente elétrica ou que são
produzidas pela eletricidade é conhecido como Eletroquímica.
Pilhas e baterias são dispositivos que produzem energia elétrica por meio de uma reação
espontânea de oxirredução.
Potencial de eletrodo
O potencial de uma célula ('E), também conhecido como ddp, corresponde à diferença
entre dois potenciais-padrão de redução, um associado ao cátodo e outro ao ânodo.

Por convenção, o potencial associado a cada eletrodo é escolhido para a redução que
ocorre naquele eletrodo.
Quanto maior for a diferença de potencial entre os eletrodos, maior será a tendência de
ocorrer, espontaneamente, a reação de oxirredução.

Classificação de células eletroquímicas

Corrosão e proteção catódica


• Corrosão: destruição ou deterioração de materiais em decorrência da ação química ou
eletroquímica. Provoca alterações estéticas, interfere na resistência mecânica e na vida
útil do material.
• Proteção catódica: método que requer a utilização de um metal de sacrifício para
proteger o material metálico e impedir sua corrosão.
Eletrólise
Eletrólise é um processo eletroquímico não espontâneo de oxirredução em que a energia
elétrica é convertida em energia química.

Eletrólise ígnea e aquosa


Eletrólise aquosa
Características
• A obtenção de íons ocorre na presença de água;
• os íons livres são provenientes da ionização ou da dissociação do eletrólito e da
autoionização da água;
• é um processo industrial importante, pois, em geral, utiliza-se matéria-prima de baixo
custo para a produção de
substâncias comerciais importantes, como soda cáustica (NaOH), gás hidrogênio (H2) e
gás cloro (Cℓ2).

Eletrólise com eletrodos ativos


Normalmente, essa situação ocorre no ânodo, pois os metais, em geral, apresentam
tendência natural ao processo de oxidação. Quando o eletrodo, constituído pelo metal,
participa da reação de eletrólise, em vez de ocorrer o descarregamento do ânion livre
presente na solução, o próprio metal colocado como ânodo (eletrodo positivo) perde
elétrons e é corroído.
Aspectos quantitativos das reações eletroquímicas
Introdução à Química Orgânica
• Jöns Jacob Berzelius (1779-1848): foi responsável por difundir, no meio científico, a
Teoria da Força Vital.
Teoria do Vitalismo
Os compostos orgânicos eram extraídos somente de organismos vivos, ou seja, não
podiam ser obtidos sinteticamente em laboratórios.
• Friedrich Wöhler (1800 -1882): comprovou que a matéria orgânica poderia ser
produzida em laboratório.
• Friedrich August Kekulé von Stradonitz (1829 -1896): definiu a Química Orgânica como a
parte da Química que estuda os compostos de carbono.

Características do elemento carbono


Tetravalência
O átomo de carbono forma 4 pares de elétrons com outros átomos por meio de 4 ligações
covalentes, podendo se unir por ligações simples, dupla ou tripla.

Encadeamento
O átomo de carbono tem a capacidade de ligar-se a outros átomos de carbono ou a
diferentes elementos, formando estruturas sequenciais estáveis denominadas cadeia
carbônica. Os compostos orgânicos são formados, principalmente, por 4 elementos
químicos: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N). Em menor frequência,
a cadeia carbônica também pode apresentar os elementos (organógenos): enxofre (S),
fósforo (P), flúor (F), cloro (Cℓ), bromo (Br) e iodo (I). A disposição dos átomos dos
elementos em uma cadeia carbônica pode ser representada por meio
de diferentes modelos de fórmulas estruturais. Observe o butano (C4H10):
Classificação de carbonos
• Carbono primário – ligado a 1 átomo de carbono.
• Carbono secundário – ligado a 2 átomos de carbono.
• Carbono terciário – ligado a 3 átomos de carbono.
• Carbono quaternário – ligado a 4 átomos de carbono.

Classificação das cadeias carbônicas


Cadeias abertas
Também chamadas de acíclicas, são cadeias que apresentam extremidades livres, sem a
formação de um ciclo ou anel. Isto é, sempre se chega a uma extremidade quando
percorrida em um sentido qualquer.
Observação: as cadeias abertas, quando formadas por mais de 3 átomos de carbono,
podem ser chamadas de alifáticas.
Cadeias fechadas ou cíclicas
São cadeias que não apresentam extremidades livres, em que os átomos estão unidos
formando um ciclo ou anel. Assim, quando percorridas em um determinado sentido,
nunca se chega a uma extremidade.

Aromáticas
Cadeias que apresentam anel aromático, sendo o mais comum o anel benzênico.
Alicíclicas
Correspondem a cadeias cíclicas que não são aromáticas.

As cadeias cíclicas podem conter ramificações. Quando isso ocorre, elas podem ser classificadas
como cadeias mistas – cadeias carbônicas que apresentam uma parte cíclica e outra parte
acíclica.
Nomenclatura dos compostos orgânicos
• Nomenclatura oficial – adotada internacionalmente, corresponde à nomenclatura
desenvolvida pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada), em que todos
os compostos têm o seu nome sistemático.
Classificação e nomenclatura dos hidrocarbonetos
Grupos orgânicos
Nomenclatura dos hidrocarbonetos de cadeia ramificada
1º. Determine a cadeia principal e sua nomenclatura.
Observação: em caso de mais de uma possibilidade para a cadeia principal, será
considerada aquela com o maior número de grupos orgânicos e a que contiver a(s)
insaturação(ões), quando existir(em).
2º. Reconheça os grupos orgânicos e nomeie-os.
Observação: caso a estrutura apresente grupos orgânicos iguais, o nome do grupo deve
ser precedido do prefixo que indica a sua quantidade – di-, tri-, tetra-, etc.
3º. Numere a cadeia principal de modo que se obtenham os menores números possíveis
indicando as posições das insaturações, quando houver, e dos grupos orgânicos, seguindo
essa ordem de prioridade.
Observação: caso haja coincidência quanto ao número da cadeia correspondente aos
grupos orgânicos, deve-se iniciar
a numeração do lado mais próximo ao grupo mais simples.
4º. O nome do(s) grupo(s) orgânico(s) deve ser inserido antes do nome da cadeia principal
em ordem alfabética. O último grupo deve ser escrito sem hífen junto ao nome da cadeia.
Observação: o hífen só deverá ser usado quando o nome da cadeia principal começar com
h.

Propriedades físicas dos compostos orgânicos

Quanto mais intensas as forças de atração, maiores os valores para as propriedades


físicas.

Propriedades físicas dos hidrocarbonetos

Haletos orgânicos
Compostos derivados dos hidrocarbonetos por meio da substituição de um ou mais
átomos de hidrogênio (H) por igual número de átomos de halogênio (F, Cℓ, Br ou I).

R—X
em que X = F, Cℓ, Br ou I
Nomenclatura
IUPAC
nome do halogênio + nome do hidrocarboneto correspondente
Exemplo: H3C — Cℓ, clorometano.

Semissistemática

Classificação
Haleto primário: halogênio ligado ao carbono primário
Haleto secundário: halogênio ligado ao carbono secundário
Haleto terciário: halogênio ligado ao carbono terciário

Propriedades físicas
Em geral, cloretos, brometos e iodetos de alquila são líquidos, nas condições ambientes
(25 ºC e 1 atm), e apresentam ponto de ebulição próximo aos dos alcanos de massa
molecular semelhante.

↑ cadeia carbônica ∴ ↑ massa molar ∴ ↑ PE


↑ massa molar do halogênio ∴ ↑ massa molar ∴ ↑ PE
↑ número de halogênios substituintes ∴ ↑ PE

Em virtude da sua baixa solubilidade em água, possivelmente, por não formarem ligações
de hidrogênio com as moléculas de água, esses compostos são considerados lipossolúveis.
Mono-haleto: levemente polares (interações dipolo-dipolo).
Poli-haleto: levemente polares (interações dipolo-dipolo) ou apolares (interações dipolo
instantâneo-dipolo induzido)

Funções orgânicas oxigenadas


• Função orgânica – grupo de compostos orgânicos que apresentam semelhanças entre as
suas estruturas e propriedades.
• Grupo funcional – átomos ou grupo de átomos responsáveis pelas propriedades comuns
entre os compostos que os caracterizam. As funções oxigenadas podem ser divididas em:

Funções hidroxiladas e seus derivados


Genericamente, essas funções químicas podem ser representadas por:
R — OH
R é um hidrocarboneto, no qual falta um átomo de hidrogênio; e –OH é o grupo funcional
que substitui o hidrogênio na estrutura do hidrocarboneto.

Álcool
Grupo funcional

Classificação

Nomenclatura
• Oficial (IUPAC) – número de carbonos na cadeia carbônica + tipo ligação entre os átomos
de carbonos + terminação OL.
• Semissistemática – ÁLCOOL + grupo substituinte + -ICO.

Propriedades
• Polaridade – a presença do grupo funcional –OH faz com que as moléculas dos álcoois
sejam polares.

• Ponto de ebulição – devido às ligações de hidrogênio, apresentam PE maior que os


hidrocarbonetos de massa molar próxima.
↑ massa molar (para álcoois com o mesmo número de hidroxilas) = ↑ PE
• Solubilidade em água – infinita para álcoois de baixa massa molecular.
↑ cadeia ↓ solubilidade

Enol
Grupo funcional

Nomenclatura
• Oficial (IUPAC) – número de carbonos na cadeia carbônica + tipo de ligação entre os
átomos de carbonos + terminação -OL.
Propriedades* *imprevisíveis devido à sua instabilidade.
• Solubilidade em água – semelhante aos álcoois.

Fenol
Grupo funcional

Nomenclatura

Propriedades
• Polaridade – os monofenóis são moléculas polares.
• Ponto de ebulição – devido às ligações de hidrogênio, apresentam PE maior que os
hidrocarbonetos de massa molar próxima.
• Solubilidade em água – moderadamente solúveis, devido às ligações de hidrogênio.

Éter
Grupo funcional

Nomenclatura
• Oficial (IUPAC) – prefixo do grupo orgânico mais simples + OXI + nome do
hidrocarboneto correspondente ao grupo substituinte mais complexo.
• Semissistemática – grupos orgânicos ligados ao oxigênio em ordem alfabética + ÉTER.

Propriedades
• Polaridade – moléculas polares com interações dipolo-dipolo.
• Ponto de ebulição – apresentam valores próximos aos hidrocarbonetos de mesma
massa molar, mas não podem ser comparados com os dos álcoois. A ausência de ligações
de hidrogênio resulta em interações menos intensas (do tipo dipolo-dipolo) entres as
moléculas e, consequentemente, menores pontos de ebulição.
• Solubilidade em água – os éteres de pequena massa molar apresentam discreta
solubilidade.
↑ cadeia ↓ solubilidade

Funções carboniladas
Genericamente, essas funções químicas podem ser representadas por:

Aldeído
Grupo funcional

Nomenclatura
Propriedades
• Polaridade – moléculas polares com interações dipolo-dipolo.
• Ponto de ebulição – a presença do grupo carbonila faz com que as moléculas dos
aldeídos sejam polares, o que explica os maiores pontos de ebulição quando comparados
aos hidrocarbonetos e éteres de mesma massa molar. No entanto, apresentam
propriedades físicas inferiores aos álcoois, devido à ausência de ligações de hidrogênio
entre suas moléculas.
• Solubilidade em água – a solubilidade dos aldeídos de baixa massa molar é comparável à
dos álcoois correspondentes.

Cetona
Grupo funcional

Nomenclatura
• Oficial (IUPAC) – número de carbonos na cadeia carbônica + tipo de ligação entre
átomos de carbonos + terminação -ONA.
• Semissistemática – grupos ligantes em ordem alfabética + -CETONA.
Propriedades
• Polaridade – moléculas polares com interações dipolo-dipolo.
• Ponto de ebulição – em geral, apresentam ponto de ebulição um pouco maior que os
dos aldeídos, sendo mais polares. Isso pode ser explicado pela posição do grupo carbonila.
• Solubilidade em água – pelo fato de suas moléculas não apresentarem ligações de
hidrogênio entre si, a solubilidade em água é menor que a dos álcoois correspondentes.
Mas, em razão da maior polaridade quando comparados aos aldeídos de mesma massa
molar, são mais solúveis em água.
álcool > cetona > aldeído

Funções carboxiladas e seus derivados


Genericamente, essas funções químicas podem ser representadas por:

Ácido carboxílico
Grupo funcional

Nomenclatura
• Oficial (IUPAC) -ÁCIDO + número de carbonos na cadeia carbônica + tipo de ligação entre
átomos de carbonos + -OICO.
• Semissistemática – baseada em suas origens históricas.
Propriedades
• Polaridade – intensa polaridade, devido às suas moléculas se estabilizarem por ligações
de hidrogênio intermolecular e intramolecular.
• Ponto de ebulição – elevados pontos de ebulição, quando comparados, por exemplo,
aos hidrocarbonetos e aos álcoois correspondentes.
• Solubilidade em água – alta solubilidade. Ácidos carboxílicos de cadeia curta são solúveis
em qualquer proporção.
↑ cadeia ↓ solubilidade

Éster
Grupo funcional

Nomenclatura
• Oficial (IUPAC) – obtida pela substituição da terminação ICO (do ácido de origem) pela
terminação -ATO + de + grupo substituinte (correspondente ao álcool de origem) +
terminação -ILA.

Propriedades
• Polaridade – moléculas polares com predominância de interações dipolo-dipolo.
• Ponto de ebulição – quando comparados aos ácidos e aos álcoois que os originam, têm
ponto de ebulição menor, considerando compostos de mesma massa molar.
• Solubilidade em água – quando comparados aos ácidos e aos álcoois que os originam,
são menos solúveis, considerando compostos de mesma massa molar.
Isomeria
• Conceito – compostos que apresentam a mesma composição química (fórmula
molecular), porém com estruturas diferentes e, consequentemente, propriedades físicas e
químicas distintas.
• Características – ocorre com maior facilidade em compostos orgânicos devido à
formação de cadeias carbônicas. Quanto maior o número de carbonos em uma cadeia,
maior a possibilidade de isomerismo.
• Classificação
Isomeria plana
• Conceito – nesse tipo de isomeria, os compostos apresentam um arranjo diferente em
razão das ligações entre os átomos dos elementos que os constituem. Ou seja, há
diferença entre as fórmulas estruturais planas.
• Classificação
Isomeria espacial
• Conceito – conhecida também como estereoisomeria, ocorre quando os isômeros
diferem entre si pela disposição espacial dos átomos que constituem as moléculas. Ou
seja, os átomos apresentam a mesma conectividade, isto é, há a mesma sequência de
ligações átomo a átomo, porém com arranjo espacial diferente.

Isomeria geométrica
• Conceito – conhecida também como isomeria cis-trans, permite a formação de
compostos com a mesma fórmula molecular, ou seja, são isômeros; porém, com
disposições espaciais distintas e, consequentemente, diferentes propriedades físico-
químicas.
• Ocorrência – aparece em compostos cíclicos e, com frequência, em compostos que
apresentam cadeia acíclica com duplas-ligações entre átomos de carbono.

Isomeria geométrica em compostos de cadeia acíclica


• Características – grupos ligantes diferentes entre si nos carbonos da dupla-ligação.

• Nomenclatura – quando os carbonos da dupla apresentam um átomo de hidrogênio, os


termos cis e trans são utilizados para diferenciar os isômeros.

Quando não há dois átomos de hidrogênio ou os grupos ligantes são todos diferentes
entre si, a IUPAC recomenda o uso dos prefixos E- e Z-.
Observação: a ordem de prioridade para o sistema E-Z leva em consideração o número
atômico do átomo do elemento químico ligado ao carbono da dupla-ligação. Quando os
ligantes com prioridade estiverem do mesmo lado do plano imaginário, tem-se o isômero
Z. Se estiverem em lados opostos, trata-se do isômero E.

Isomeria óptica
• Conceito – ocorre quando os isômeros constituem imagens especulares, as quais não se
sobrepõem.
• Condição essencial – molécula assimétrica: quando dividida, as duas metades
resultantes não são iguais. Normalmente, uma molécula assimétrica é caracterizada pela
presença de carbono quiral.

• Antípodas ópticos – isômeros opticamente ativos (dextrogiro e levogiro) obtidos por


uma molécula assimétrica que produz no espelho plano uma imagem que não se
sobrepõe ao objeto de origem (objeto e imagem).
• Identificação do número de isômeros opticamente ativos e inativos – para carbonos
quirais diferentes, são válidas as expressões matemáticas propostas por Van’t Hoff e Le
Bel:

Em que n é o número de carbonos assimétricos diferentes.


Observação: no caso de o composto apresentar pelo menos dois carbonos quirais iguais,
haverá três isômeros ópticos: o dextrogiro, o levogiro e o meso (opticamente inativo por
compensação interna).
• Nomenclatura: sistema R-S
Os enantiômeros (ou enantiomorfos) de determinado composto apresentam as mesmas
propriedades físicas e o mesmo comportamento químico. Porém, diferem no sentido do
desvio do plano de vibração da luz polarizada e em propriedades fisiológico.
Reações orgânicas
Reações de adição
• Conceito – reações comuns em compostos que apresentam uma ou mais insaturações. A
presença de ligações duplas ou triplas em uma estrutura carbônica possibilita, em
determinadas condições, o rompimento da(s) ligação(ões) pi.

• Classificação
Hidrogenação (H2)
Halogenação (X2)
Hidro-halogenação (HX)
Hidratação

Reações de eliminação
• Conceito – reações em que um átomo ou um grupo de átomos é eliminado da molécula
originando ligações duplas ou triplas.

Desidratação em álcoois
Desidro-halogenação em haletos de alquilas
Reações de substituição
• Conceito – reações em que um átomo ou um grupo de átomos que está ligado à cadeia
carbônica é removido e substituído por outro.
• Classificação

Halogenação
Nitração
Sulfonação
Alquilação

• Caso especial de substituição em derivados do anel benzênico:


a) orto e paradirigentes (posições 2 e 4)

b) metadirigente (posição 3)
Reações de oxirredução
• Conceito – reações que apresentam um aumento na quantidade de oxigênio são
denominadas de oxidação e, quando há um aumento na quantidade de hidrogênio, tem-
se a redução.
• Classificação
1. Reações de oxidação
Oxidação de álcoois
Oxidação de alcenos
2. Reações de redução
Adição de H2 em compostos carbonílicos
Polímeros
• Conceito: compostos formados por macromoléculas constituídas pela repetição de
pequenas e simples unidades químicas, denominadas monômeros.

Polímeros naturais e sintéticos


• Classificação:
1. Quanto à ocorrência

2. Quanto ao comportamento dos polímeros durante o aquecimento

3. Quanto à variedade de partes (meros) que compõem a cadeia


4. Quanto à composição dos monômeros
POLÍMERO APLICAÇÕES
politereftalato de etileno (PET) Embalagens para bebidas e fibras têxteis.
terilene ou dracon Tecidos em geral, por exemplo, o tergal.
Colchões, encosto nos bancos dos
poliuretano automóveis, isolante térmico e acústico e
rodas de carrinhos de supermercados.
Revestimento de móveis (fórmica) e
polifenol ou baquelite
material elétrico (tomadas e interruptores).
policarbonato de bisfenol Lentes de óculos de sol, faróis e CDs.

Plásticos e meio ambiente

AÇÕES PARA REDUZIR O CONSUMO DE SACOLAS PLÁSTICAS


• Produção de sacolas plásticas mais resistentes.
• Criação de projetos de incentivo à redução do uso de sacolas plásticas por meio
de descontos.
• Reestruturação das embalagens de alguns produtos para que não seja
necessário o uso de sacolas plásticas.
• Realização de concursos culturais e campanhas de conscientização sobre os
impactos negativos do uso das sacolas plásticas.
• Utilização de embalagens alternativas e/ou sacolas retornáveis.
Identificação internacional
Bioquímica
• Conceito: é a ciência que estuda os processos químicos que permitem a manutenção da
vida, além das aplicações na saúde dos seres vivos.

Carboidratos

Também chamados de glicídios ou açúcares, os carboidratos


correspondem à principal fonte de energia das células e
O que são?
englobam diversos compostos, entre eles: açúcares – glicose,
sacarose, frutose –, amido e celulose.
Além da ampla variedade de funções biológicas, os
Qual é sua
carboidratos têm função estrutural – atuam como fonte e
função?
reserva de energia e são matérias-primas para a biossíntese.
Onde são
São encontrados, principalmente, em doces e massas.
encontrados?
Monossacarídeos (oses): unidades básicas de um carboidrato
correspondem a aldeídos ou cetonas com um ou mais grupos
hidroxilas.
– Aldoses (açúcares redutores): grupo carbonila na
extremidade da cadeia carbônica.
– Cetoses: grupo carbonila em outro carbono não extremo da
cadeia carbônica.
São sólidos, incolores, cristalinos, solúveis em água, insolúveis
em grande parte dos solventes apolares e, em sua maioria,
Como são com sabor adocicado. Os mais comuns e abundantes são a
classificados? glicose e a frutose.
Oligossacarídeos (osídeos): formados pela união de
monossacarídeos por meio de ligações glicosídicas. Sob o
ponto de vista nutricional, o dissacarídeo mais importante é a
sacarose.
Polissacarídeos: correspondem a polímeros que contêm várias
unidades de monossacarídeos, normalmente de glicose,
ligadas entre si. São insolúveis em água e não apresentam
sabor adocicado. Entre eles, destacam-se: amido, glicogênio e
celulose.

Lipídios
O que são? Os lipídios são compostos orgânicos, praticamente insolúveis
em água, mas solúveis em alguns solventes orgânicos (éter,
clorofórmio, benzeno e alguns álcoois), que estão distribuídos
em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares
e nas células de gordura. Constituem a maior forma de
armazenamento de energia do organismo e são encontrados
em proporções diferentes em vários alimentos.
Entre as várias funções importantes que desempenham no
organismo, os lipídios servem, principalmente, para o
armazenamento de energia na forma de gordura. Além disso,
compõem o tecido adiposo, que ajuda na proteção de órgãos
contra choques mecânicos e lesões traumáticas, auxiliam no
Qual é sua
transporte e na absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e
função?
K), são nutrientes essenciais, são isolantes e
impermeabilizantes térmicos, participam da composição das
membranas celulares, amenizam as secreções gástricas,
produzem sensação de saciedade e são utilizados para síntese
de hormônios.
As principais fontes de lipídios na alimentação são: óleos,
Onde são
azeite, manteiga, maionese, noz, amendoim, abacate, coco e
encontrados?
chocolate.
• Triacilgliceróis: correspondem à fonte mais comum de
lipídios, representando aproximadamente 95% na dieta
humana. Quimicamente, são ésteres resultantes da reação
entre ácidos carboxílicos de cadeia linear longa – ácidos graxos
– e glicerol, conhecido também como glicerina. De acordo
com o estado físico, em temperatura ambiente, os
triacilgliceróis podem ser chamados de óleos ou gorduras. Em
geral, os óleos são líquidos e as gorduras são sólidas, ou
parcialmente sólidas.
• Cerídeos (ceras): os ésteres derivados de ácidos graxos e
álcoois de cadeia longa são conhecidos como ceras e podem
Como são ser de origem animal ou vegetal. Em geral, são menos
classificados? gordurosos, mais duros e quebradiços e têm mais resistência à
hidrólise e à decomposição.
• Fosfolipídios: com estrutura semelhante à dos triacilgliceróis,
fosfolipídios são importantes constituintes das membranas
celulares. Suas moléculas são formadas pelo glicerol ligado a
duas longas cadeias de ácidos graxos e a um grupo fosfato.
Assim, os fosfolipídios são moléculas anfifílicas.
• Esteroides: diferentemente dos demais lipídios, os esteroides
não contêm em sua estrutura o grupo funcional éster. São
amplamente distribuídos nos organismos vivos, compondo:
hormônios sexuais, vitamina D e esteróis.
Proteínas
São as moléculas mais abundantes e com a maior diversidade
O que são? de funções nos sistemas biológicos, cada qual exibindo um
papel característico.
Conforme a sua classificação, as proteínas podem apresentar
Qual é sua
as seguintes funções: estruturais, transportadoras,
função?
regulatórias, de defesa, nutrientes e catalisadores biológicos.
É possível encontrá-las em fontes de origem animal, como
carnes (bovina, de aves, de peixes, etc.), ovos, leite e derivados
Onde são
ou em fontes de origem vegetal, como cereais integrais (milho,
encontradas?
trigo etc.) e leguminosas secas (feijões, ervilha, lentilha, grão-
de-bico, etc.).
Proteínas estruturais: determinam as formas, o suporte e a
resistência às estruturas biológicas.
O colágeno é a proteína mais abundante no corpo humano.
Proteínas transportadoras: transportam íons e moléculas de
um órgão para o outro.
Como são
Proteínas regulatórias: atuam no equilíbrio das funções
classificadas?
orgânicas.
Proteínas de defesa: defendem o organismo contra a invasão
de corpos estranhos.
Proteínas nutrientes: armazenam nutrientes para o vegetal.
Enzimas: aceleram as reações químicas celulares (catálise).

AMINOÁCIDOS

Correspondem à menor unidade elementar de uma proteína.


Conceito Estruturalmente, são formados por um grupamento carboxila
(COOH) e um grupamento amina (NH2).
Aminoácidos essenciais: correspondem a nove aminoácidos
que devem estar presentes em nossa dieta alimentar, já que as
células animais não são capazes de sintetizar todos eles, muito
menos nas quantidades necessárias. São eles: fenilalanina,
isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano,
Classificação histidina e valina.
Aminoácidos não essenciais: podem ser sintetizados por nosso
organismo com base em outros aminoácidos e em compostos
intermediários do metabolismo de carboidratos e de lipídios.
São eles: alanina, glutamina, glutâmico, asparagina, ácido
aspártico, cisteína, glicina, prolina, tirosina, serina e arginina.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Feltre, Ricardo, 1928- . Química / Ricardo Feltre. — 6. ed. — São Paulo : Moderna, 2004.

Novacki, Carolina de Cristo Bracht. Química : livro de atividades : livro do professor /


Carolina de Cristo Bracht Novacki. – Curitiba : Positivo, 2017.

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