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3º Ciclo da Infância

Roteiro de Aulas
Módulo VIII – Vivência Evangélica - Aula 3

PERFEIÇÃO MORAL II – EGOÍSMO E AUTO-CONHECIMENTO

Introdução
Tempo: 5 min.

Questionar a turma sobre o que sabem sobre o egoísmo, suas causas e suas
conseqüências. E quanto ao auto-conhecimento? O que seria isto.

Desenvolvimento
Atividade 1: Filme
Tempo: 10 min.

Discutir o filme “A Banda de Um Homem Só” com a turma.


O que os músicos deixam transparecer: falta de cooperação, exibicionismo,
egoísmo, são interesseiros. Partem para a disputa pela atenção e moeda da menina de
forma violenta e agressiva. A menina, aparentemente meiga e indefesa, também foi
maldosa ao final, pois não soube perdoar – vingou-se dos dois.
Como seria o mundo se todos fossem assim?

Atividade 2: Egoísmo
Tempo: 20 min.

Fazer a leitura do texto “O Egoísmo Nosso de Cada Dia”.


Discutir as várias situações apresentadas. Alguém já vivenciou alguma delas, como
agente ou como vítima do egoísmo? Como se sentiram? É bom ou ruim? O que fazer para
evitar a situação?

Atividade 3: O Auto-Conhecimento
Tempo: 15min.

O autoconhecimento é indispensável ao progresso do Espírito. Devemos examinar a


nós mesmos constantemente, para descobrir de que modo podemos melhorar, e saber
realmente quem somos, quais nossos defeitos e vícios que por sua vez devem ser

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combatidos com persistência e perseverança.


Pedir voluntários na turma para representar algumas das situações descritas no
texto da Atividade 2, aplicando em seguida uma das práticas sugeridas pelo espírito Santo
Agostinho, segundo a questão 919 do Livro dos Espíritos:
1. Ao fim do dia interrogue sua consciência, passe em revista o que fez ao longo do
dia, rogando a Deus que o esclareça e o ajude, e pergunte a si mesmo se faltou com algum
dever ou se alguém teria motivo para se queixar de você. O que poderia ter feito contra
Deus, o próximo ou a mim mesmo? As respostas darão descanso para a consciência ou a
indicação de um mal que precisa ser curado.
2. Quando estiver indeciso sobre o valor de uma de suas ações, pergunte como a
qualificaria se fosse praticada por outra pessoa. Se você a censura noutrem, não a pode ter
por legítima quando for o seu autor, pois Deus não usa de duas medidas na aplicação de
Sua justiça.
3. Procure também saber o que dela pensam os seus semelhantes e não despreze a
opinião dos seus inimigos. Os inimigos nenhum interesse têm em mascarar a verdade e
Deus muitas vezes os coloca ao seu lado como um espelho, a fim de que seja advertido
com mais franqueza do que o faria um amigo.
Sabermos que se errarmos, teremos a constante oportunidade de consertar, de
modificar e continuar progredindo. Alimentar o sentimento de culpa em nada ajuda nossa
evolução, ao contrário, provoca enfermidades do corpo e da mente.
É necessário cultivar a auto-aceitação, que fortalece a paciência e nos ajuda a viver
em harmonia conosco e com os semelhantes. Na adolescência é comum nos sentirmos
insatisfeitos com nossa aparência, nosso corpo, devido às grandes transformações que
nele ocorre. Refletir positivamente, aceitando-o, modifica nosso humor e contribui para um
bom relacionamento.

Atividade 4: Conhecimento de si mesmo


Tempo: 20min.

Assistir aos seguintes trechos do filme “Kung Fu Panda”:


Cena 18 – 62m03s a 69m48s: Po tem acesso ao Pergaminho e descobre que não
há nada nele, retirado dos moradores do vale e descoberta do segredo especial da sopa de
macarrão do pai de Po; e
Cena 21 – 77m05s a 79m55s: final da batalha entre Po e Tai Lun.

Discutir como Po saiu do descrédito geral, inclusive o auto-descrédito, até descobrir


seu verdadeiro potencial, um potencial ilimitado, que apenas Oogway percebera. Por que
ele descobriu o segredo? Notar que Po apenas foge e se defende Tai Lung, esperando
cansá-lo ou fazê-lo desistir. Por que Tai Lung perdeu a batalha? Ele teve a chance, após as
sábias palavras de Po. Como Tai Lung não desistiu da luta e o segredo do pergaminho já
fora descoberto, Po, considerado gordo, usou seu potencial para acabar a luta: maciez,

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gordura e capacidade de absorver impactos e devolvê-los a Tai Lung.

Conclusão
Tempo: 5 min.

O egoísmo está presente em nosso dia-a-dia. Precisamos estar atentos para evitá-lo
e combatê-lo em qualquer situação.
É necessária uma constante auto-avaliação para saber quem realmente somos e, a
partir daí, melhorarmos nossa auto-aceitação e acelerarmos nosso progresso moral.

Fontes de pesquisa
1. Livro dos Espíritos, questão 919
2. DVD “Pixar Curtas”
3. DVD “Kung Fu Panda”
4. Site www.momento.com.br, acessado em 01/10/2010

Fontes de Pesquisa e Recursos Utilizados por Atividade:


Atividade 1: [2]
Atividade 2: [4]
Atividade 3: [1] e [4]
Atividade 4: [3]

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ANEXO 1 - O EGOÍSMO NOSSO DE CADA DIA

Diariamente, há inúmeras demonstrações de egoísmo partindo de nós ou à nossa


volta.
É o motorista que para o carro em fila dupla, só por um minutinho.
O torcedor que, para festejar a vitória do seu time esportivo, sai com seu carro
buzinando pelas ruas, independente da hora e do local.
É o religioso que, a pretexto de atender os seus fiéis, transmite seu ato litúrgico
através de autofalantes.
O passageiro que entra no transporte coletivo e corre para pegar o lugar vazio, sem
olhar se tem algum idoso, alguma senhora grávida, ou uma mãe com criança, que
precisaria trafegar melhor acomodado.
São as comemorações com fogos de artifício, sem se cogitar de enfermos nos
hospitais, crianças dormindo nas casas.
É aquele que procura furar a fila, tentando um jeitinho, desconsiderando os que
chegaram antes dele.
São os pais que se portam com intolerância e irritação, quando o filho pequenino
não se porta adequadamente no restaurante, exigindo-lhe atenção e ocasionando demora
à sua refeição.
Dificultar a circulação de veículos, por não dar a vez ao motorista que está saindo da
garagem, de estacionamento ou tentando entrar numa via preferencial.
Com o pretexto de estar com pressa, tratar os familiares com grosseria e estupidez.
Prender a porta do elevador enquanto conclui a conversa ou se despede
demoradamente.
Estacionar o seu veículo, sem observar se está ocupando mais de uma vaga, ou se
não vai trancar ou dificultar a movimentação dos demais veículos.
Infelizmente, há muitos exemplos a serem dados de egoísmo explícito.
O egoísmo é um dos grandes males da Humanidade, também por ser fonte geratriz
de orgulho, de prepotência, de ingratidão, de desordem, de rebeldia, de violência, de
sovinice, de indiferença.
A primeira providência para combater esse mal em nós é examinar-nos com atenção
e intenção, identificando as atitudes egoístas de cada dia, desde as mais pequeninas até
às mais relevantes.
Depois, começar a dobrar essa personalidade equivocada, impondo-se medidas
corretivas, intencionalmente corretivas.
Eis algumas dicas bem singelas:
• em casa, não se apressar ou atropelar tudo e todos, para ter tempo de assistir a
telenovela ou ao telejornal;

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• não deixar as crianças com fome, esperando que você termine de assistir a esse ou
aquele programa na televisão, ou que você conclua a longa conversa ao telefone;
• se o seu filho lhe pedir para brincarem juntos, deixe a leitura do jornal ou da revista
para depois, e vá diverti-lo, com toda a atenção e boa vontade;
• se estiver cuidando do seu filho, busque atividades que digam respeito à idade e à
vontade dele, e não insistir para que ele faça o que você quer. Não fique ao lado dele,
somente, enquanto ele brinca. Brinque com ele, role no chão, viva o mundo dele;
• sentado à mesa para a refeição, procure servir aos demais, em primeiro lugar, com
paciência e zelo;
• quando for tomar banho, faça-o adequadamente, mas com rapidez. Tem gente na
fila;
• ao terminar seu banho, deixe o banheiro em condições de uso para os outros, para
que esses não tenham que fazer uma faxina antes de usar;
• ao invés de ficar pedindo pelas coisas em casa, antecipe-se e providencie o que
você quer, por conta própria;
• ajude na arrumação da casa, cuidando para não bagunçá-la;
• ao se levantar pela manhã, faça-o sem pressa, arrume sua cama, ajude no
atendimento dos menores, providencie o café da manhã, trate a todos com cortesia e
simpatia;
• ao sair de casa, seja cortês no trânsito, no transporte coletivo, nas ruas, nos
elevadores, para com os atendentes, para com os colegas de trabalho.

O egoísmo deve ser sobreposto pelo altruísmo. No egoísmo você é o único e o


primeiro. No altruísmo, o próximo existe e merece toda a sua dedicação.
Amar ao próximo como a si mesmo, já ensinou Jesus há mais de dois mil anos.
Está mais do que na hora de modificar o egoísmo nosso de cada dia, para o
altruísmo nosso de todos os dias.
Pense nisso!

Redação do Momento Espírita.


Em 07.06.2010.
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1111&let=E&stat=0

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ANXO 2 - CONHECIMENTO DE SI MESMO

Os adultos geralmente não lêem revistas em quadrinhos, mas algumas delas trazem
ensinamentos profundos, de maneira lúdica e inteligente.

Com desenhos bem feitos e cores vivas, os personagens criados pelos artistas vão
passando lições de filosofia e conceitos importantes para a formação de uma geração
mais consciente.

Por vezes, numa única página encontramos grandes lições.

E uma dessas começa com o personagem chamado Horácio, um pequeno


dinossauro verde, que caminha por entre as rochas e de repente se vê diante de um
grande espelho.

Olha para sua imagem refletida diante de si, e algo lhe chama a atenção.

Depois de uma observação atenta, exclama para si mesmo: Perninhas curtinhas...

Olha mais detidamente e pensa: Bracinhos minúsculos!

Uma olhada a mais e se dá conta: Olhos esbugalhados e um cabeção enorme!

Observa-se um pouco mais e depois se vai, feliz da vida, pensando consigo mesmo:

Ah, tudo bem! Deve ser um daqueles espelhos que deformam a gente!

Nós também nos deparamos constantemente com o espelho da nossa própria


consciência, que não só aponta as nossas deformidades morais, como indica a melhor
conduta que deveríamos adotar.

Quando não é o espelho da consciência, são as pessoas que convivem conosco que
nos falam sobre os nossos defeitos.

No entanto, muitos de nós fazemos como Horácio. Damos as costas e dizemos que
a deformidade é culpa do espelho.

Quando a consciência nos alerta sobre a inveja que enfeia a nossa imagem, nós nos
desculpamos dizendo que o outro não tem direito ou merecimento, e que fomos preteridos
pela Divindade.

Se o ciúme projeta uma imagem deformada e o espelho íntimo nos assinala o


problema, dizemos que é excesso de amor ou bem-querer, e que temos o direito de exigir
posse exclusiva.

Se a avareza mostra sua face distorcida em nosso espelho íntimo, conformados, nos
consolamos: Sou apenas econômico e previdente!

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Quando o orgulho alardeia sua soberania, e a consciência faz o alerta, a desculpa


surge de imediato: Em mim só há dignidade!

Mas se as nossas deformidades morais são apontadas pelos outros, que são nossos
espelhos externos, nós dizemos que isso não passa de inveja, ciúme, despeito...

Não há dúvida de que o auto-engano é uma realidade, e ocorre em nível


inconsciente, mas existem maneiras de verificar se nossa conduta está ou não
equivocada.

Também não há dúvida de que o autoconhecimento é a chave do progresso


individual.

Para quem deseja realmente se autoconhecer, para fazer em si a reforma moral


necessária à felicidade eterna, eis algumas dicas do grande filósofo Santo Agostinho:

Quando estiver indeciso sobre o valor de uma de suas ações, pergunte como a
qualificaria se fosse praticada por outra pessoa.

Se você a censura noutrem, não a pode ter por legítima quando for o seu autor, pois
Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça.

Procure também saber o que dela pensam os seus semelhantes e não despreze a
opinião dos seus inimigos.

Os inimigos nenhum interesse têm em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os


coloca ao seu lado como um espelho, a fim de que seja advertido com mais franqueza do
que o faria um amigo.

Todo aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar
de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas, deve indagar a
sua consciência sempre e sem receio de ouvi-la.

É justo que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna.

Não trabalhamos todos os dias com o objetivo de juntar haveres que nos garantam
repouso na velhice, que geralmente é cheia de dores e sofrimentos?

Seguramente valerá muito mais a pena investir alguns esforços para conquistar a
felicidade sem fim.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita com base no item 919,


de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1435&let=C&stat=0

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Relatório da Aula

Aula muito proveitosa. Os alunos gostaram bastante dos filmes e


pudemos discutir muito. Tempo adequado.
Na atividade 2, começamos a leitura, mas paramos no exemplo do
egoísmo em filas, que dominou a atividade. Riquíssima discussão, pois é a
vivência dos alunos: filas na escola, na cantina, etc. Depoimentos
surpreendentes, onde pudemos confrontar a posição do egoísta e a da vítima
do egoísmo. Fizemos a dinâmica da questão 919 também com o exemplo da
fila e com a participação de quase todos. Na próxima vez, recomendo que se
explore este exemplo ao invés de fazer a leitura do texto.

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