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Fátima Mustafá
Beira
2018
FATIMA MUSTAFA
Docente:
Dr. Saimone B. Lamo
Beira
2018
Trabalho de Investigação de Química analítica
Avaliado por_______________________________
Classificação_________________________ (_______)
Fátima Mustafá
______________
Beira
2018
Índice
2.7 Conclusão........................................................................................................................ 12
1.0 INTRODUÇÃO
A água é importante para a manutenção da vida e a sua sanidade e utilização racional são de
impacto para a economia e preservação da saúde da coletividade. A água para o consumo
humano é aquela cujos parâmetros microbiológicos, físico-químicos e radioativos atendem aos
padrões de potabilidade e não oferecem risco à saúde da população. Essas águas são captadas
de mananciais superficiais.
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1.1 Objectivo
Para a concretização deste trabalho serão seguidas etapas que conferem um trabalho analítico
para a obtenção de resultados fiáveis e precisos as que se seguem:
Identificação de um problema,
Seleção de um método analítico,
Amostragem,
Processamento da amostra,
Calculo de resultados,
Relatório e interpretação de resultados,
Conclusão.
De acordo com a Fundação Nacional de Saúde (FNS) (2013), os cloretos estão presentes em
águas brutas e tratadas em concentrações que podem variar de traços ate miligramas (mg) e se
apresentam em forma de cloreto de sódio, cálcio e magnésio. A água do mar possui
concentração elevada de cloretos que está em torno de 26.000 mg/L. No entanto, o mesmo autor
refere que, é estabelecido o teor de 250 mg/L como o valor máximo permitido para água
potável. No entanto, Andrade (2010) refere que, o valor do pH da água potável deverá se situar
no intervalo de 6,9 a 7,1 e a concentração mínima de cloro residual livre em qualquer ponto da
rede de distribuição deverá ser 0,2 mg/L.
Paulos (2008) refere que, com o avanço da química foi possível conhecer a composição da água,
sendo a sua qualidade depende, dentre vários aspectos, dos sais dissolvidos onde quanto maior
for a concentração desses sais apresenta um sabor desagradável é pesada no estomago e não
convém o seu uso doméstico.
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A água consumida pela população residente na cidade da beira é abastecida pelo FIPAG, para
alem deste fornecimento, os residentes desta cidade abrem poços em suas residências na
tentativa de reduzir os custos de pagamento a esta empresa, porem a água proveniente destes
furos considera-se impropria para o consumo humano devido ao sabor salubre que apresenta.
Olhando para as condições descritas acima surge a seguinte pergunta: qual é a concentração de
cloretos em água dos poços na cidade da beira?
De acordo com o Instituto Adolfo Lutz (IAL) (2008), Dependendo da origem e tratamento
recebido, as características das águas potáveis variam, sendo de grande relevância o conjunto
de determinações físico-químicos que avaliam essas propriedades. Os referidos ensaios são
destinados à verificação da qualidade de águas provenientes de poços, minas, água mineral e
de abastecimento público.
Tratando-se de aniões do segundo grupo, estes são titulados com iões prata em solução nítrica
(AgNO3) que vão favorecer a precipitação do cloreto de prata quantitativamente.
2.3 Amostragem
Segundo Skoog (2005), A amostragem é o processo de coletar uma pequena massa ou volume
de um material cuja composição represente exatamente o todo do material que está sendo
amostrado.
De acordo com Skoog (2005), Para gerar informações representativas, uma análise precisa ser
realizada com uma amostra que tem a mesma composição do material do qual ela foi tomada.
Ainda o mesmo autor acrescenta que, não importa que a amostragem seja simples ou complexa,
no entanto, o analísta deve ter a certeza de que a amostra de laboratório é representativa do todo
antes de realizar a análise, pois a amostragem é a etapa mais difícil e a fonte dos maiores erros.
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Para este trabalho, amostra de água é uma parte tomada do universo da água de um determinado
poço. Esta amostra deve ser coletada em frascos de vidro branco, boca larga, com tampa de
vidro esmerilhada, bem ajustada, com capacidade de 500ml.
De acordo com Skoog (2005), O processamento da amostra representa a terceira etapa em que,
sob certas circunstâncias, nenhum processamento da água não pode ser feita antes de medir o
seu pH diretamente. No entanto, a FNS (2004) diz que, deve-se ajustar o pH entre 7 e 10 se
necessário, com NaOH ou H2SO4. Geralmente deve-se processar a amostra de alguma forma,
a primeira etapa é, muitas vezes, a preparação da amostra de laboratório.
A preparação da amostra de água não exige muitas etapas de processamento, pois sim, se
apresenta de forma liquidas, porem, não se deve deixar em frascos abertos o que pode alterar a
concentração do analito, o frasco da amostra deve ser mantido dentro de um segundo recipiente
selado, talvez durante todo o procedimento analítico, para prevenir a sua contaminação.
Medidas especiais, incluindo a manipulação da amostra e a medida em atmosfera inerte, podem
ser exigidas para preservar a integridade da amostra.
Reagentes
Para o Indicador cromato de potássio a 10% m/v, pesa-se 5 g de cromato de potássio, transferido
para um balão volumétrico de 50 mL, posteriormente é dissolvido e completa-se o volume com
água destilada e deionizada.
A determinação de cloretos sera feita em três amostras coletadas em três pocos diferentes e vai
seguir a mesma técnica. De acordo com IAL (2008), Transfire-se 50 mL da água para o interior
do copo de Erlenmeyer de 100 mL. É Aquecida em banho-maria até reduzir o volume a
aproximadamente 20 mL. Seguidamente adiciona-se 1 mL do indicador cromato de potássio.
Posteriormente é titulado com a solução de nitrato de prata em bureta de 10 mL e o
aparecimento de uma coloração avermelhada se nota depois de 6 mL, 5 mL e 7 mL gastos no
gotejo do nitrato de prata para cada amostra.
6.38154
C= 0.02L
C = 319.08 mg/L
𝐶 = 265.897 𝑚𝑔/𝐿
0.03𝑥0.007𝑥35.453𝑥1000
𝐶=
0.02
𝐶 = 372.256
2.6.1 Água
De acordo com Andrade (2010), Quimicamente a água é definida como um composto que tem
uma composição definida e constante. Neste contexto, como qualquer composto puro, deveria
exibir características químicas e físicas próprias e previsíveis, o que favoreceria que a água
fosse sempre a mesma, independentemente de sua origem. Contudo, isso não acontece uma vez
que a composição da água depende do tempo de contato da mesma com o solo terrestre, bem
como do tipo de solo da região com que a água está em contato. Cabendo assim, afirmar a
composição de uma água dependerá de sua localização geográfica.
Paulos (2008) refere que, entre os recursos naturais, a água é o elemento mais importante para
a subsistência das espécies que dependem da sua disponibilidade para satisfazer as suas
necessidades. Quase todos os aspectos da vida do homem giram em torno desta, razão pela qual
os povos se desenvolveram, ao longo da história, nas proximidades de fontes de água
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Uma das propriedades físicas da água é de ser um solvente universal, é nesta perspectiva que a
água na natureza raramente encontra-se de uma forma pura. Portanto, a quantidade de
contaminantes presentes em águas naturais depende das características do solo onde a água é
encontrada e da poluição que esta água sofre.
De acordo com Paúlos (2008), as fontes naturais de abastecimento de água são a água da chuva,
as águas superficiais (rios, lagos) e águas subterrâneas (aquíferos, mananciais). Estas fontes são
parte fundamental do sistema ecológico e são imprescindíveis para o desenvolvimento
económico. A água para consumo humano que é captada de fontes superficiais e subterrâneas
é cada vez mais procurada pelas populações, no entanto, cada dia está mais escassa e cara.
2.6.2 Cloretos
Os cloretos são iões extremamente solúveis em água, podendo ser de sódio, cálcio, magnésio e
ferro. Segundo Andrade (2010), os cloretos estão presentes em todas as águas naturais, em
concentrações variáveis. As águas da montanha e de terras altas têm normalmente baixo teor,
enquanto as águas dos rios e subterrâneas podem possuir quantidades apreciáveis. Os mares e
oceanos possuem teores em cloretos elevados. O mesmo autor revela que, o padrão de consumo
de quantidade de iões cloreto em água potável é de 250mg/L.
Andarade (2010) diz que, usando o método de Mohr para determinação de cloretos, o haleto é
titulado com uma solução padrão de nitrato de prata usando-se cromato de potássio como
indicador. No ponto final, quando a precipitação do cloreto for completa, o primeiro excesso
de íoes Ag+ reagirá com o indicador ocasionando a precipitação do cromato de prata, amarelo
avermelhado.
O conhecimento do teor de cloretos da água tem por finalidade obter informações sobre o seu
grau de mineralização ou indícios de poluição, como esgotos domésticos e resíduos industriais
das águas e por essa razão o sua concentração deve ser conhecida e controlada.
Dos cálculos de determinação de cloretos na página 9 foram obtidos valores para cada amostra
como ilustra a tabela seguinte.
Olhando para a tabela acima de valores de cloretos obtidos através de análise de 3 amostras de
água, colhidas em igual número de poços da cidade da beira, mostra que a concentração de
cloretos em águas de poços nesta cidade varia de 265.897 a 379.078 mg/L, com uma media de
319.078 mg/L. estes valores são considerados fora do normal permitido, lembrado que Andrade
(2010) e FNS (2013) referem que, o valor máximo permitido do teor de cloretos para água
potável é de 250 mg/L.
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2.7 Conclusão
Partindo da análise química da água tomada nos poços da cidade da beira, conclui-se que a
concentração de cloretos é maior em relação a concentração máxima permitida para água
potável, revelando uma concentração mais elevada naqueles poços mais próximos da praia. Isso
revela que a salinidade da água do poço desta cidade é devido ao contacto do lençol freático
com a água do mar que favorece ao aumento da concentração de cloretos e outros iões como
sódio, cálcio e magnésio, bem como outras substâncias, levando a água a dureza para alem de
apresentar um sabor salubre e a rejeição do seu consumo pelos populares desta urbe. Pois sim,
nestas condições em que se apresenta torna-se improprio para o consumo e uso humano.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fundação Nacional de Saúde [FNS]. (2004). Manual prático de análise de água. (2ª ed).
Brasilia: funasa.
Fundação Nacional de Saude [FNS]. (2013). Manual prático de análise de água. (4ª ed).
Brasilia: funaso.
Instituto Adolfo Lutz. (2005). Método físico-químicos para análise de alimentos. (4ª ed). São
paulo. Autor.