RELATÓRIO RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE – MS
Conforme pesquisa, constatou-se que foi instituído em Campo Grande, no dia
07 de julho de 2010, o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC). Seguindo a resolução CONAMA nº 307, de julho de 2002, o plano prevê que os resíduos sejam destinados a áreas indicadas, visando a triagem, a reutilização, reciclagem, reserva ou destinação mais adequada. O PGRCC é constituído por um conjunto integrado de áreas físicas e ações. A resolução CONAMA defini o conceito de Resíduos de Construção Civil como: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. Os resíduos não podem ser dispostos em áreas de “bota fora”, corpos d’água, lotes vagos, passeios, vias e outras áreas públicas, áreas não licenciadas e áreas protegidas por lei.
Os resíduos são divididos em 4 classes: Classe A (resíduos reutilizáveis como
agregado, tais como, tijolos, tubos, concreto, solos), Classe B (recicláveis para outras áreas, tais como, plástico, vidro, papelão e metais), Classe C (resíduos que não são economicamente viáveis para reciclagem, tais como, os produtos oriundos do gesso) e Classe D (resíduos perigosos, tais como, tinta, óleos e provenientes de reformas em clínicas odontológicas, instalações industriais, etc.).
Os geradores de Resíduos da Construção Civil têm a responsabilidade de
providenciar a correta destinação de acordo com a quantidade de resíduos, seja ela abaixo ou acima de 1m3. Para realização do transporte deve-se usar caçamba estacionária, não sendo permitido utilizar chapas e placas para aumento da capacidade volumétrica das caçambas estacionárias. O material da construção civil só pode ser transportado se estiver acompanhado de CDR (Controle de Transporte de Resíduo), documento que deve ser formalizado entre o gerador do resíduo e a empresa contratada para a realização dos serviços de triagem, transporte e destinação. Os receptores de Resíduos da Construção Civil têm a responsabilidade de realizar a triagem dos resíduos priorizando a reutilização e reciclagem e a obtenção do licenciamento pelos órgãos competentes.
A fiscalização é responsabilidade de um Núcleo Permanente de Gestão,
organizado a partir das secretarias SEMADUR, SEINTRHA, SEDESC e SESAU. É responsabilidade do Núcleo, orientar e inspecionar os geradores, transportadores e receptores, vistoriar os veículos e expedir notificações e autos de infração. As penalidades ao infrator são multa, embargo, apreensão de equipamentos, suspensão ou cassação de alvará.
Uma dificuldade, não só no município de Campo Grande – MS, mas no Brasil
inteiro, é a conscientização dos geradores de resíduos para dar o destino correto para os Resíduos da Construção Civil. Uma solução seria aumentar a fiscalização para poder penalizar de maneira severa e exemplar os geradores que não cumprem com o PGRCC. Somente assim, podemos ter um município exemplar seguindo o exemplo do Plano Nacional de realizar a destinação adequada, eliminando entulhos que por sua vez, quando não destinados corretamente, aumentam outros indicadores negativos.