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Procrastinação: “Amanhã eu faço”

Fevereiro 15, 2018 em Psicologia

Procrastinação
Quantas vezes temos algo importante para fazer e adiamos ao ponto de não fazermos nada? Você
acha que essa negligência é justificada? Você acha que a situação não tem solução? Explicaremos
no que consiste a procrastinação, quais são suas repercussões e como combatê-la.
A procrastinação é um hábito de comportamento relacionado com o desejo e a vontade de agir.
Refere-se à ação de atrasar ou adiar situações ou atividades que temos pendentes e que devem ser
resolvidas. Vamos nos aprofundar.
Amanhã eu faço… Ou no mês que vem
Imagine que você deve fazer um relatório para um dos seus melhores clientes. Seu chefe está
pressionando-o porque deste relatório depende o fechamento de um acordo muito importante. O
mais coerente a se fazer é finalizá-lo o mais rápido possível, mas a procrastinação o instiga a adiá-
lo. Na verdade, você realiza inúmeras pequenas tarefas, supérfluas e prorrogáveis, deixando o
grande relatório para o final de semana.
Outro exemplo. Sua bolsa foi roubada e levam, entre outras coisas, sua identidade, sua carteira de
motorista e vários cartões de crédito. Normalmente você abriria uma ocorrência, cancelaria seus
cartões de crédito e solicitaria uma segunda via de sua carteira de motorista. Não fazer isso seria,
além de um comportamento um tanto negligente, uma maneira de procrastinar.
Consequências da procrastinação
A procrastinação costuma ser usada para se referir ao sentimento de ansiedade causado por não se
ter força de vontade para terminar uma tarefa que está pendente.
Nos casos anteriores estaríamos adiando indefinidamente um contratempo, mesmo sabendo que se
trata de uma situação realmente urgente e que deve ser resolvida sem demora. Essa não-resolução
gera um certo peso. Atrasar o dever não se traduz numa redução da angústia, raiva ou
preocupação que podemos sentir. Muito pelo contrário.
Esses desconfortos aumentarão à medida que o tempo passa e o conflito não é resolvido. A pessoa
sabe que algo importante está pendente e que, se ela não enfrentar isso, se prejudicará. Além
disso, se esse comportamento ocorrer continuamente, pode se tornar um hábito muito difícil de
mudar e muito prejudicial.
Procrastinadores vivem durante um bom tempo numa espécie de letargia. Eles se encontram
imersos em atividades inconsequentes, enquanto outras tarefas que devem fazer são deixadas para
o último momento ou nunca são executadas.
Razões para adiar
Quando atrasamos tarefas ou situações urgentes, fazemos isso por dois motivos: porque a
substituímos por outra atividade mais agradável ou irrelevante; ou, simplesmente, porque
preferimos não fazer nada.
Se a justificativa é que outra tarefa nos pressiona, seremos vítimas do “aqui e agora”. Atualmente
existe uma tendência de tomar como urgente o que surge no dia a dia. Com isso, atrasamos
grandes projetos com recompensas ou benefícios melhores a longo prazo.
Se preferimos não fazer nada, estaremos então nos tornando nossos próprios inimigos. Embora
seja bom descansar de vez em quando, cair na preguiça, no abatimento, na relutância ou
desinteresse vai contra nós mesmos. Procrastinar é um hábito inimigo da produtividade e não nos
permite aproveitar nosso potencial.
Estratégias para combater a procrastinação
Algumas orientações simples que podem reduzir o seu nível de procrastinação envolvem fazer
estas perguntas a si mesmo:
Se mais cedo ou mais tarde eu tiver que fazer isso, o que eu ganho ao atrasar sua
execução?
É algo que afeta somente a mim ou que envolve muitas outras pessoas?
Uma vez respondidas, talvez sua atitude tenha mudado. No entanto, você ainda precisa de mais
estratégias para combatê-la:
 Regra de 2 minutos: baseia-se na ideia de que, se você levar mais de 2 minutos para
planejar uma ação, deve parar de planejar e executá-la.
 Supere sua resistência: uma vez que o primeiro passo é dado, seu medo de fazer
desaparece.
 Gerencie mais sua energia, menos seu tempo: se você está cansado ou com raiva, as
chances de abandonar a tarefa aumentam e, com isso, a procrastinação aumenta.
 Divida e conquiste: segmentar o trabalho em pequenas tarefas ou etapas ajuda a visualizar
o fim cada vez mais próximo.
 Estabeleça recompensas : uma vez que você alcance seu objetivo, é bom que você se
recompense. Faça algo que o relaxe, que o acalme ou simplesmente que você esteja com
vontade de fazer.
Procrastinação positiva
Existem algumas teorias que falam de procrastinação positiva para se referir a boa intenção que
existe por trás da atitude negativa dos procrastinadores. É uma abordagem instrumental que
defende a forma de agir das pessoas para obter um benefício. Por exemplo, para evitar tarefas que
nos chateiam, entediam ou são muito mecânicas, com a finalidade de não gerar confrontos,
situações violentas ou dolorosas.
Nesse sentido, para pessoas que são muito perfeccionistas, a procrastinação pode até ser uma
virtude. Para não fazer algo com pressa e correndo para que o resultado seja ótimo, decidem
atrasar a tarefa. E eles não começam até que se assegurem de ter tempo suficiente para terminar
com perfeição.
Outros autores falam sobre a preguiça produtiva. Eles a definem como aquilo que motiva as
pessoas a procurar truques, soluções ou atalhos cognitivos para executar uma tarefa com o
mínimo de esforço.
Fugir da responsabilidade ou se refugiar em tarefas supérfluas pode transformá-lo em um
procrastinador crônico. Resolva este problema e tente abandonar essa atitude.
FONTE: https://amenteemaravilhosa.com.br/procrastinacao/. Acesso em agosto/2018.

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