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Portugal pelo “Global Peace Index” 2017 é o 3º país mais seguro do mundo e
na 5.ª edição do Barómetro 2014 da Segurança, Proteção de Dados e
Privacidade em Portugal é revelado que 73% dos inquiridos consideram
Portugal como um país seguro ou muito seguro.
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É um excelente registo tendo em conta que são considerados todos os tipos de
segurança desde a militar, passando pelas forças da ordem e segurança
privada e terminando na segurança e higiene no trabalho, ou seja a segurança
de pessoas e bens na sua generalidade.
Para se ter uma ideia mais precisa, são três os fatores que mais contribuem
para a sensação de insegurança dos portugueses, para que se compreenda a
importância do resultado:
- Desemprego (76,3%);
Pode assim constatar-se que por sermos o país seguro que somos os
portugueses têm uma ideia de risco totalmente diferente, por exemplo, da dos
franceses e belgas, que mudou certamente após os ataques terroristas de
Paris e Bruxelas.
Pare se ter uma ideia mais fiel destas probabilidades em particular, viajam por
ano em média 2,84 biliões de passageiros em aviões comerciais, tendo havido
560 mortes em acidentes aéreos em 2015, das quais 374 foram devidas a atos
premeditados.
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Logicamente quanto menor for a lotação ou a presença de pessoas menor a
probabilidade.
Todo o ser humano após o estímulo para o risco, que pode ser um serviço
noticioso por exemplo, elabora a sua própria perceção consoante o grau de
capacidade que têm para lidar com aquela situação em particular. A perceção
desse mesmo risco será sempre inversamente proporcional á sensação de
impotência para resolver ou minimizar o impacto do possível acontecimento.
Deve-se enfatizar que os fatores sociais, culturais e políticos também têm uma
influência considerável na aceitação do risco e também na ameaça de o
enfrentar. Portanto, uma especial atenção a esses fatores deveria fazer parte
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de uma estratégia de informação generalizada, porque não em pequenos spots
institucionais em horário nobre, de modo a desinquietar a população,
identificando, alertando e explicando quais as influências sociais a que estamos
sujeitos e que nos levam a conjeturar erradamente formas de comportamento
para determinado risco e assim criar formas incorretas de reforço. Assim, há
que estimular a investigação para se poder ter uma resposta às questões que
precisam muita atenção neste contexto e proporcionar, tanto formação como
ferramentas para elaboração de estratégias eficazes:
As pessoas devem estar cientes dos sinais de risco reais para disfrutarem dos
prazeres da vida sem pensarem que algo pode acontecer a qualquer momento
- poder pode, mas se imaginarmos que existem milhões de maneiras de
podermos correr riscos, desde o simples engasgar com um copo de água,
então vivamos conscientes das infinitesimais probabilidades e informados das
reais perceções, para podermos disfrutar de todas as coisas boas da vida que
são muito mais prováveis de nos acontecer.
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Bibliografia e Webgrafia
John A. Michon, Dealing with Danger, Technical Report nr. VK 79-01, Traffic
Research Centre, University of Groningen