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FGTS
HABITAÇÃO
Segurança
Lazer
Educação
Saúde
Água
Energia
Infraestrutura
A referida pesquisa foi desenvolvida sob a forma reduzida ou simplificada e teve como
foco avaliar os programas Carta de Crédito Associativo – CCA e Carta de Crédito Individual –
CCI, nas modalidades Aquisição de Unidade Habitacional, Construção de Unidade Habitacional
e Cesta de Material de Construção, nos aspectos de Economicidade, Procedimento de Gestão,
Impacto nas Condições de Vida dos Moradores e Atendimento às Necessidades Habitacionais.
A coleta de dados em campo, que visa subsidiar a avaliação dos programas mencionados
anteriormente, foi realizada no período de 18 de julho a 09 de outubro de 2013, em parceria
com a empresa CP2 – Pesquisa e Planejamento Ltda, sediada na cidade de Belo Horizonte -
MG, contratada na forma da lei.
A empresa CP2 utilizou aplicativo específico que possibilitou a inserção dos questionários
em dispositivos eletrônicos, o que facilitou o acompanhamento das entrevistas, o tratamento dos
dados coletados e a localização geográfica dos entrevistadores.
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1 Programa Carta de Crédito Associativo - CCA
1.3 Público-Alvo
1.5 Recomendações
1.6.3 Prazos
1.7.3 Prazos
O prazo de Carência é previsto para execução das obras, limitado a 24 meses, contados 15
a partir da data da assinatura do contrato de financiamento, prorrogável pela metade do prazo
original contratado.
O prazo de Amortização é resultante da média ponderada dos prazos dos financiamentos
concedidos aos mutuários finais, limitado a 30 anos.
1.7.4 Prestações
Pagas mensalmente, junto com os demais acessórios que compõem o encargo mensal e
calculadas de acordo com o Sistema de Amortização pactuado entre o Agente Financeiro e o
mutuário final.
2.2 Modalidades
2.3 Público-Alvo:
2.4.3 Prazos
2.4.4 Prestações
2.5.3 Prazos
De Carência: é o prazo previsto para execução das obras, limitado a 24 meses, contados
a partir da data da assinatura do contrato de financiamento, prorrogável pela metade do prazo
original contratado.
De Amortização: o prazo de amortização dos financiamentos é de até 30 anos.
2.5.4 Prestações
Pagas mensalmente, junto com os demais acessórios que compõem o encargo mensal e
calculadas de acordo com o Sistema de Amortização pactuado entre o Agente Financeiro e o
mutuário final.
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Apresentação
As análises apresentadas foram apuradas com base nas respostas disponíveis em banco
de dados, oriundas dos questionários aplicados pela empresa de pesquisa CP2 - Pesquisa e
Planejamento Ltda, sediada na cidade de Belo Horizonte - MG, contratada na forma da lei.
Neste período foram realizadas 5.113 (cinco mil cento e treze) entrevistas por meio
de visitas a empreendimentos, prefeituras municipais, cooperativas habitacionais, construtoras
responsáveis pela execução das obras e beneficiários finais dos programas do FGTS,
contratados/concluídos entre os anos de 2009 e 2010.
0,6%
22,9%
24
8,7%
47%
20,8%
Gráfico 1 - Distribuição da amostra por região
2 Distribuição de entrevistas por Programa/
Modalidade
O gráfico abaixo demonstra que houve maior concentração de entrevistas no programa
CCA com 77,83% do Plano Amostral, seguido do CCI, modalidade Construção com 7,43%,
Cesta com 7,39% e Aquisição com 7,35%.
25
26
Gráfico 3 – CCA – Ocupação principal do Chefe de Família
27
28
29
30
31
Gráfico 14 – CCI Construção – Renda Familiar
6 Avaliação do imóvel pelo entrevistado
Conforme declaração dos entrevistados, no tocante à avaliação dos imóveis objeto
de financiamento com recursos do FGTS, os gráficos abaixo demonstram que em todos os
programas a grande maioria declarou estar “satisfeita” com a moradia atual, com percentuais de
86% no programa CCA, 85% no CCI Aquisição, 92% no CCI Cesta e 90% no CCI Construção.
32
- CCI AQUISIÇÃO -
AVALIAÇÃO DA MORADIA ATUAL
10%
5%
SATISFEITO
INSATISFEITO
85%
2% 6%
SATISFEITO
INSATISFEITO
92%
33
- CCI CONSTRUÇÃO -
AVALIAÇÃO DA MORADIA ATUAL
8%
2%
SATISFEITO
INSATISFEITO
90%
34
36
Gráfico 23 – CCA – Conhecimento quanto à origem dos recursos
37
38
39
40
41
42
Gráfico 35 – CCA – Condições de Segurança
43
45
47
48
Gráfico 47– CCA – Relações com a Vizinhança
49
54
As notas apresentadas no gráfico acima indicam que a gestão dos recursos do FGTS
destinados aos programas de Habitação permanece sendo realizada de forma plenamente
satisfatória, com garantias suficientes e o retorno nos prazos previstos, proporcionando, além
dos ganhos sociais, segurança para o patrimônio do trabalhador.
A seguir apresentamos os gráficos dos indicadores que compõem este aspecto.
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Gráfico 54 – Aspecto Procedimento de Gestão
Conforme gráfico acima as variações apresentadas nas notas não indicam mudanças
consideráveis na avaliação deste aspecto em relação à pesquisa anterior, ratificando o bom
desempenho dos programas no que se refere aos procedimentos de gestão, sendo que a
maior variação foi verificada no programa CCI na modalidade de aquisição de unidades
habitacionais que teve a nota reduzida de 82,33 para 68,54.
A seguir apresentamos os gráficos dos indicadores que compõem este aspecto.
Gráfico 55 – Indicador Participação e Gestão do Empreendimento e do Contrato
Gráfico 56 – Indicador Desempenho Operacional
57
58
59
Ainda que os programas CCI construção e CCA apresentaram nota 66,58 e 51,87,
respectivamente, pode-se afirmar que estes programas apresentaram bons resultados, uma vez
que conforme análises a seguir, os indicadores de “mudança nas condições de moradia”
e “avaliação dos moradores sobre suas condições de vida” demonstraram desempenho
plenamente satisfatórios.
60 Gráfico 58 – Indicador Mudanças nas Condições de Moradia
61
Tabela 3 – Relatório de Notas – Aspecto Impacto nas Condições de Vida dos Moradores Indicador 1
No indicador “mudança nas condições de propriedade e da posse”, verificou-se que o
desempenho apresentado foi insuficiente e ainda, para o programa CCA, houve considerável
redução na nota aferida, caindo de 70,46 para 54,77.
Gráfico 61 – Indicador Condições de Sociabilidade, Participação e Organização
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Gráfico 63 – Avaliação Comparativa do Morador
Abaixo demonstramos as notas dos programas avaliados obtidas neste aspecto:
65
Tabela 4 – Relatório de Notas – Asp. Impacto nas Condições de Vida dos Moradores Indicadores 2, 3, 4 e 5
4 Aspecto Atendimento às Necessidades
Habitacionais
O aspecto Atendimento às Necessidades Habitacionais avalia a capacidade dos
programas em atender ao perfil da demanda constituída pelas famílias com necessidade
de moradia. O objetivo é o de se estabelecer relações entre os resultados alcançados pelo
programa e as diferentes categorias de demanda que podem ser identificadas e agregadas,
muito embora se considere que não é objetivo do FGTS atender o conjunto do déficit, posto que
se trata de um recurso oneroso e que não responde exclusivamente pela política de habitação.
66
67
70
1 Apresentação
A Metodologia de Avaliação dos Programas do FGTS foi desenvolvida a partir da
necessidade de o Conselho Curador do FGTS ter instrumento capaz de proporcionar um
acompanhamento do desempenho dos programas lastreados com recursos do Fundo, dos
impactos ocorridos nas condições de vida das famílias beneficiadas e das melhorias nas
cidades onde são aplicados os recursos.
Sua aplicação permite a avaliação dos programas e dos empreendimentos financiados
com recursos do FGTS, sob a ótica de 3 (três) grandes dimensões: Processo, Produto e Impacto.
Dentro de cada uma dessas dimensões são avaliados aspectos cujos resultados espelham
a forma como os processos de financiamentos foram conduzidos, o nível de qualidade dos
produtos contratados e os respectivos impactos por eles causados diretamente aos beneficiados,
às cidades e suas comunidades.
A coleta dos dados que possibilitam a avaliação dos programas ocorre nos processos
de financiamentos, nas prefeituras municipais, imobiliárias locais, junto aos beneficiários finais
dos financiamentos, no empreendimento e no seu respectivo entorno.
Em cada uma dessas fontes de coleta, vários instrumentos (questionários e fichas) são
aplicados por técnicos com o adequado perfil (engenheiros, arquitetos, assistentes sociais –
formados ou estudantes do último ano).
Toda a operacionalização e a aplicação da metodologia vem sendo conduzida pelo
Agente Operador do FGTS (Superintendência Nacional de Fundo de Garantia – SUFUG) que,
para tanto, desenvolveu e vem aprimorando sistema informatizado capaz de realizar a guarda
dos dados, processamento de cálculos e geração de relatórios das avaliações realizadas. 73
Os resultados dessa avaliação possibilitarão o diagnóstico e a promoção de melhorias
nos programas de aplicação, para que os processos fiquem mais ágeis e racionais e os produtos
mais aprimorados, elevando o nível de qualidade de vida das famílias beneficiadas.
Registre-se que a dinâmica de melhoria ocorre não apenas nos programas ou
empreendimentos produzidos com recursos do FGTS, mas também na própria metodologia, que
ao final de cada aplicação pode sofrer um processo de adequação evolutiva, contemplando,
caso necessário, novos programas criados e/ou novos indicadores com finalidades ainda não
abrangidas.
Neste anexo apresentamos, de forma sintética, os principais conceitos, objetivos e
processos relativos à Metodologia de Avaliação dos Programas do FGTS, com o intuito de
facilitar a compreensão e leitura dos seus resultados gerados.
O conteúdo principal concentra-se no resumo dos aspectos sob os quais os programas
são submetidos à avaliação, desmembrando-se os respectivos Indicadores.
A parte final deste anexo contempla o meio pelo qual a avaliação se concretiza, desde
a apresentação dos instrumentos utilizados para a coleta de dados, considerando-se todas as
fontes necessárias, até a explicação dos processos envolvidos para o alcance dos resultados
que a sustentam.
2 Metodologia de Avaliação
A construção dos aspectos gerais foi estabelecida a partir de uma cadeia de indicadores
formados pelas variáveis obtidas das respostas dos instrumentos de coleta dos dados aplicados
para os empreendimentos da amostra, conforme estrutura a seguir:
A avaliação de cada um dos aspectos gerais, é o resultado das notas ponderadas
75
obtidas pelos indicadores que compõem o respectivo aspecto conforme quadro abaixo, e que
orientam a definição final dos indicadores bem como os critérios de parametrização que guiam
sua construção e, consequentemente, suas notas.
Aspectos Gerais Valores
Sustentabilidade econômico-financeira; Eficiência; Melhoria da
Economicidade
relação custo/benefício.
Agilidade; Eficácia, Satisfação do usuário; Participação;
Procedimento de Gestão
Descentralização; Transparência.
Qualidade; Conforto; Racionalidade; Sustentabilidade;
Produto
Satisfação do usuário.
Impacto nas condições de vida dos Melhoria na qualidade de vida, respeito aos direitos sociais e à
moradores cidadania e a participação.
Além desta avaliação geral por aspecto, indispensável para permitir uma leitura
mais global e clara de cada programa, a metodologia permite conhecer todas as notas dos
indicadores, além dos indicadores simples e, até mesmo, das variáveis que geraram a nota
final.
As notas possibilitam construir tanto séries históricas por aspectos e indicadores, como
também observar questões mais específicas de cada programa, o que transforma a metodologia
num instrumento de gerenciamento para identificar problemas e soluções.
A definição de cada um destes aspectos, assim como dos indicadores que os compõe
serão apresentados a seguir.
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ASPECTO 1
ECONOMICIDADE
Fator de solvabilidade 30
Subtotal 100
78
* 100
10 2. RECURSOS COMPLEMENTARES
Subtotal 100
* O indicador recursos complementares é construído diretamente por 3 variáveis simples (BD0201 - Listagem dos valores dos investimentos;
BD0102 – Listagem dos valores contratados; BD0308 – Listagem dos empreendimentos – amostra)
** Este valor (100) é resultado da raiz quadrada da soma dos dois primeiros indicadores, multiplicada pelo terceiro.
*** Este subtotal é fruto da raiz quadrada do produto das notas dos 2 indicadores simples.
80
Participação na etapa do projeto 50
Subtotal 100
Acessibilidade arquitetônica 10
20 7. HABITABILIDADE URBANA Padrão do Empreendimento 10
Implantação urbana *
Subtotal 100 83
Conforto ergométrico 35
Subtotal 100
Racionalização do produto 15
Patologias 70
25 9. CONSTRUTIBILIDADE
Padrão da construção 15
Subtotal 100
Diversidade tipológica 50
Subtotal 100
Do conforto da UH 20
Do tamanho da UH 20
11. AVALIAÇÃO DA MORADIA PELO
25 Da construção 20
USUÁRIO
Quanto a localização 20
* O valor aferido neste indicador produz um fator multiplicador que deve ser aplicado sobre o valor total obtido pela soma dos indicadores
anteriores. Assim, por exemplo: o bom desempenho de um só indicador ou de um grupo de indicadores pode ser relativizado caso o
desempenho do indicador multiplicador seja baixo.
O indicador habitabilidade da unidade habitacional diz respeito ao conjunto de
aspectos que interferem na qualidade de vida e comodidade dos moradores, bem como na
satisfação de suas necessidades físicas, psicológicas e sociais. Os conceitos mobilizados foram
os de conforto ergonométrico (adequação dos ambientes e equipamentos) do conforto ambiental
luminoso (nível de iluminância e fator de luz diurna), conforto ambiental térmico (transmitância
térmica, atraso térmico e fator de calor solar), conforto ambiental acústico (nível de isolamento
sonoro), segurança do usuário (estrutural, e quanto a incêndios, acidentes atmosféricos e
acessibilidade) e salubridade, aqui se incluindo estanqueidade (a gases e líquidos), higiene e
condições atmosféricas. Em relação aos conceitos de conforto ambiental, deverão ser cruzados
os dados objetivos levantados com a percepção do usuário.
Os indicadores simples que compõem a habitabilidade da unidade são:
- conforto ergonométrico;
- conforto ambiental;
- salubridade;
- acessibilidade intraedifício.
Subtotal 100
Variação nas condições de propriedade e
13. MUDANÇAS NAS CONDIÇÕES DA 100
20 da posse
PROPRIEDADE E DA POSSE
Subtotal 100
14. MUDANÇAS NOS GASTOS Variação no gasto mensal com moradia 100
25
MENSAIS COM MORADIA Subtotal 100
Vínculos de sociabilidade 20
15. CONDIÇÕES DE SOCIABILIDADE, Ocorrência de processos participativos e
15 80
PARTICIPAÇÃO E ORGANIZAÇÃO organização local
Subtotal 100
16. AVALIAÇÃO DO MORADOR SOBRE Avaliação comparativa do morador sobre
15 100
SUAS CONDIÇÕES DE VIDA suas condições de vida
100 Subtotal 100
Os valores que servem de referência para a avaliação deste aspecto são a melhoria na
qualidade de vida, o respeito aos direitos sociais e à cidadania e a participação.
O foco destes valores, que norteia a construção da maior parte dos indicadores de
impacto nas condições de vida da população, é a melhoria na qualidade de vida, entendida
enquanto um conjunto de aspectos que indicam mudanças qualitativas no cotidiano de vida
da população, dentro de um determinado contexto histórico, político, econômico e cultural.
Assim, é de fundamental importância a obtenção de dados sobre a situação anterior ao
empreendimento, ou seja, ter a informação de quais eram as condições de vida antes da
implantação dos programas, para que se possa comparar e aferir os impactos.
O conceito de qualidade de vida envolve dois elementos: a qualidade propriamente
dita das condições de vida do homem e do meio ambiente e a democratização dos acessos
ao usufruto dos serviços sociais produzidos pela sociedade. Significa a possibilidade do
desenvolvimento de um ambiente saudável, participativo e ecologicamente sustentável e de
construção da cidadania enquanto extensão e consolidação de direitos sociais.
Neste sentido, considera-se Impacto nas Condições de Vida dos Moradores as mudanças
que ocorrem após a implantação dos programas no que se refere às condições de moradia,
estatuto de propriedade do imóvel, condições sócio-econômicas das famílias e mudanças na
sociabilidade, participação e organização do grupo social envolvido na intervenção. Busca-
se detectar as modificações significativas, positivas ou negativas, geradas neste conjunto de
aspectos por determinado empreendimento habitacional, a partir da comparação do que se
convencionou chamar de antes e depois (A/D), do programa ou ação pública.
A proposta metodológica de avaliação de impacto busca analisar as alterações de
uma situação anterior em relação a uma posterior, como também detectar mudanças ocorridas 87
posteriormente, mas, que não necessariamente podem ser comparadas com uma situação
anterior. A comparação dos dados de diferentes momentos possibilita apreciar os avanços e
retrocessos no período considerado e verificar as mudanças ocorridas.
Observa-se que o conjunto de indicadores apresentados pode ou não se aplicar a um
determinado programa ou modalidade, dependendo de suas características e especificidades,
o que pode ser verificado nos quadros de análise referentes a cada programa.
O indicador mudança nos gastos mensais com moradia está diretamente relacionado
com as alterações nas condições sócio-econômicas, no que diz respeito diretamente à composição
da renda familiar e as possibilidades de sustentação financeira da família. A mudança nos
gastos mensais com moradia se expressa através da variação no gasto mensal com prestação
ou aluguel do imóvel, tarifas e taxas de água e esgoto, energia elétrica, condomínio, IPTU e a
variação do percentual da renda familiar comprometida com gasto com moradia. Engloba um
único indicador simples: variação no gasto mensal com moradia.
Subtotal 100
Subtotal 100
Valorização imobiliária 50
19. IMPACTO NA
10 DINÂMICA IMOBILIÁRIA NO Indução de novos empreendimentos imobiliários 50
ENTORNO
Subtotal 100
Subtotal 100
100* Total 1
90
Relação entre população/ número de unidades
21. POTENCIAL DE IMPACTO DO do empreendimento e população urbana do 50
município
EMPREENDIMENTO
100
Relação entre o padrão do empreendimento e o
50
padrão do entorno
** 100
30 (-)* 22. CONSECUÇÃO DAS METAS FÍSICAS
Subtotal 100
Atendimento ao perfil do déficit até 3 salários
mínimos 50
23. ATENDIMENTO AO PERFIL DO Atendimento ao perfil do déficit até 5 salários
40 (70*) 50
DÉFICIT mínimos
Subtotal 100
* Pesos a serem aplicados até a definição das metas físicas pelo CCFGTS.
* Quando o indicador atendimento às solicitações não puder ser aplicado, por indisponibilidade de informação, o respectivo peso será
redistribuído proporcionalmente entre os demais indicadores.
Atendimento ao perfil do déficit - a mais ampla categoria de demanda que pode ser
definida é aquela representada pela quantificação do déficit de moradias que se manifesta de
forma diferenciada segundo regiões do País e faixas de renda. Este aspecto – o atendimento
ao déficit ou mais propriamente impacto no déficit – constitui o horizonte mais palpável a ser
perseguido pela política de habitação. Ademais, o déficit é uma das variáveis que compõem
a equação para a distribuição dos recursos entre as Unidades da Federação e deveria servir
ainda como baliza importante para avaliar os programas.
Assim, entende-se que a avaliação do impacto produzido no déficit resultante da
produção de uma certa quantidade de unidades implementadas pelo conjunto dos programas
torna-se um dos principais indicadores de desempenho da política. No entanto, considerou-se
que não é objetivo do FGTS atender o conjunto do déficit, posto que se trata de um recurso
oneroso e que não responde exclusivamente pela política de habitação. Assim, optou-se por
avaliar apenas em que medida os programas atendem ao perfil do déficit, de acordo com
as resoluções do CCFGTS. Na perspectiva, este indicador é composto por dois indicadores
simples: atendimento ao perfil do déficit até 3 salários mínimos e atendimento ao perfil do
déficit até 5 salários mínimos.
Consecução de metas físicas - outro indicador que permite avaliar os resultados dos
programas é consecução das metas estabelecidas para cada programa. Estas quantificam, ano
a ano e em um prazo mais extenso de tempo, os recursos e os objetivos físicos que o programa
pretende alcançar. Ao serem estabelecidas, dimensionam a contribuição que determinado
programa pretende dar para a eliminação do déficit. Obviamente esta avaliação somente seria
possível se anualmente forem estabelecidas as metas orçamentárias e físicas, por programa, o
que se propõe que seja adotado.
A relação entre metas e resultados, aspecto usual de avaliação de políticas públicas, se
coloca aqui como uma das análises sobre a capacidade que os programas estabeleceram para
atendimento às necessidades da demanda. É, desta forma, um indicador de desempenho dos
programas, na medida em que estabelece um balanço entre as propostas (metas) e a efetiva
realização (resultados). Assim, o único indicador simples relacionado com este indicador é a
relação entre metas físicas e resultados.
94
5.1.1 Questionário com o beneficiário final – QBF
Esta ficha tem como finalidade coletar informações sobre o produto unidade habitacional
que é oferecido pelos Programas Carta de Crédito Associativo, Pró-Moradia na modalidade
produção de conjunto habitacional e Carta de Crédito Individual nas modalidades aquisição de
unidade habitacional, construção de unidade habitacional e cesta de materiais de construção.
A ficha de observação das áreas coletivas do empreendimento deve ser aplicada apenas
para os empreendimentos que sejam condomínios e conjuntos habitacionais, verticais ou
96 horizontais, isto é, que contenham, além das unidades de moradia (casas e/ou apartamentos),
áreas e/ou construções de uso coletivo restrito aos moradores do empreendimento, mas que
não são áreas de uso público. Daí este instrumento se referir basicamente aos programas
Pró-Moradia e Carta de Crédito Associativo. Caso o objeto de pesquisa seja uma unidade
financiada por meio do programa Carta de Crédito Individual e que esteja dentro de um
edifício/empreendimento, a FC deve ser preenchida.
97
Antes de iniciar a primeira fase da coleta de dados, para facilitar o trabalho e garantir
a segurança dos documentos, todos os processos relativos aos empreendimentos da amostra
são centralizados nas Gerências de Filial do FGTS – GIFUG.
Em seguida uma equipe do instituto de pesquisa contratado, formada por engenheiros e
arquitetos, efetua a coleta de dados nos processos e a montagem de um dossiê que subsidiará
a coleta de dados em campo.
Na segunda fase de coleta as equipes, agora formadas também por entrevistadores,
efetuam visitas aos empreendimentos, unidades habitacionais, entorno, prefeituras, imobiliárias
e operadoras de saneamento para preenchimentos dos demais instrumentos.
Concluído o devido preenchimento de todos os instrumentos, os dados coletados são
inseridos no sistema de avaliação dos programas do FGTS – SIAPG que após validação efetua
os cálculos e gera os respectivos relatórios de notas dos Programas/Modalidades avaliados.
Relatório Geral 2013
80,69
B
Beneficiários/Mutuários finais – Pessoas ou entidades que obtiveram financiamento com
recursos do FGTS ou que moram na região beneficiada por empreendimento financiado com
tais recursos.
C
CCFGTS – Conselho Curador do FGTS –- Colegiado composto por representantes dos 105
diversos segmentos da sociedade, os trabalhadores (Confederações e Centrais Sindicais) dos
Empregadores (confederações), e órgãos de Governo (Ministérios, Banco Central e Caixa
Econômica Federal).
F
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – Fundo constituído criado mediante
contribuição dos empregadores, em nome dos empregados, o qual tem por finalidade garantir
segurança ao trabalhador em caso de demissão, aposentadoria, doenças e calamidades bem
como para fomentar o desenvolvimento de políticas para as áreas de habitação, saneamento
e infraestrutura.
G
GAP/CCFGTS – Grupo de Apoio Permanente ao Conselho Curador do FGTS –- Grupo
constituído para assessoramento técnico aos membros do Conselho Curador do FGTS.
O
Operadoras de Serviço de Saneamento – Empresas e/ou Órgãos municipais ou
estaduais que atuam na prestação de serviços na área de saneamento, como a água, esgoto,
infra-estrutura urbana.
R
Resolução do Conselho Curador do FGTS – Expediente por intermédio do qual o
Conselho Curador do FGTS delibera e determina providências a serem adotadas com relação
aos recursos do FGTS.
106