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1.

Introdução
Ao longo deste trabalho são estudadas as fendilhaçoes de estruturas de betão armado. É
feita uma pesquisa bibliográfica onde se começam por saber como é feita o controlo de
fendas, as suas causas, estados limites de fendilhação a considerar e o mecanismo de
Fendilhação.

O betão está sujeito a efeitos diferidos no tempo como a retracção que corresponde a
uma deformação imposta que, ao ser restringida, pode originar tensões de tracção nos
elementos estruturais (em particular nas paredes dos depósitos) e proporcionar o
aparecimento de eventuais fissuras.

O controlo da fendilhação é bastante importante tanto ao nível da estética como da


segurança e tempo de vida da estrutura. Isto é, a abertura de fendas expõe o aço
estrutural aos agentes ambientais levando, consequentemente, à corrosão destes.

Objectivo geral

Este trabalho tem como principal objectivo o estudo da fendilhação de elementos de


betão armado.
2. Conceito
A Fendilhação é um fenómeno quase inevitável em estruturas de betão armado, devido e
à baixa resistência à tracção do betão. Como tal, deve ser encarado como um fenómeno
natural numa estrutura de betão sendo o seu controlo um dos requisitos que o projectista
deve respeitar.
De uma forma geral pode-se dizer que o fenómeno da fendilhação ocorre sempre que a
tensão no elemento iguala a tensão de rotura do betão à tracção – fctm.

3. Controle Da Fendilhação
3.1 Generalidades
 A fendilhação deve ser limitada de modo que não prejudique o funcionamento
correcto ou a durabilidade da estrutura nem torne o seu aspecto inaceitável;
 A fendilhação ocorre em estruturas de betão armado sujeitas a flexão, esforço
transverso, tracção e torção resultante de acções directas ou de coacção ou de
deformações impostas;
 As fendas são provocadas também por outras causas como a retracção plástica
ou a reacção química expansivas internas do betão endurecido;
 Poderão ser aceites fendas, sem procurar limitar a sua largura ou evitar a sua
formação, desde que não prejudiquem o funcionamento da estrutura;

4. Limites De Abertura De Fendas

O aparecimento de fendas em estruturas de betão armado é quase inevitável. Existem


varias razoes para limitar a abertura de fendas a valores relativamente pequenos tais
como:

 Evitar a possível corrosão de armadura devido á penetração de agentes


agressivos
A protecção contra a corrosão tem haver fundamentalmente com requisitos de
durabilidade, os limites a estabelecer para a fendilhação terão a ver, quer com a
agressividade ambiente, quer com a sensibilidade das armaduras a corrosão,

Um adequado recobrimento de armaduras e um betão de boa qualidade são muito


importantes como meio de proteger a armadura para além de limites dos limites de
fendilhação a impor.

Para controlar a fenda com vista á corrosão, será preferível se necessário recorrer a uma
redução de tensão na armadura em vez do uso irrealista de varões de espaçamento muito
pequenos.

 Evitar ou Limitar a Permeabilidade Através das Fendas

A importância das fugas depende da natureza e da pressão do líquido, do tipo de fenda e


ainda da abertura de fendas.

 Aparência

As fendas podem ser desagradáveis, e incomodar os ocupantes ou os donos dos imoveis.


O valor de abertura de fendas aceitável do ponto de vista de aspecto depende de vários
factores. Estudos efectuados sugerem que fendas sobre superfícies lisas com aberturas
superiores a 0.3mm podem causar preocupações no público, sendo isso de admitir
aberturas máximas por volta deste valor.

5. Agressividade dos Ambientes a Considerar


Do ponto de vista da sua agressividade os ambientes classificam -se em:
5.1 Ambientes Pouco Agressivos: Neste ambiente, nota-se a habitual baixa
humidade relativa sem a esperança de aparecimento de agentes corrosivos no
caso dos interiores de edifícios de habitação e de escritórios.
5.2 Ambientes moderadamente agressivos: A humidade relativa é dita
habitualmente elevada nos interiores, ou seja há esperança de presença
temporária de agentes corrosivos, não há concentração particular de agentes
corrosivos nos seus exteriores e em termos de aguas e solos não são agressivos.
5.3 Ambientes muito agressivos: Presença de forte concentração habitual de
agentes corrosivos, líquidos agressivos, aguas muito puras, águas salubres e com
solos especialmente agressivos, líquidos agressivos, aguas muito puras, águas
salubres e solos especialmente agressivos.
6. Estados limites de Fendilhação a considerar
Os estados limites de Fendilhação a considerar podem ser de descompressão e de
largura das fendas.
No caso de armaduras ordinárias, os estados limites a considerar é o de largura de
fendas, como é indicado no quadro abaixo.

Estados limites de Fendilhação


Armaduras ordinárias
Ambiente Combinação de acções Estado limite
Pouco agressivo Frequente Largura de fendas
W= 0,3𝑚𝑚
Moderadamente agressivo Frequente Largura de fendas
W= 0,2𝑚𝑚
Muito agressivo Raras Largura de fendas
w= 0,1𝑚𝑚

No caso de Armaduras de pré-esforço, os estados limites a considerar é o de largura de


Fendas e de descompressão como é indicado no quadro abaixo.
Estados limites de Fendilhação
Armaduras de pré-esforço
Ambiente Combinação das acções Estado limite
Pouco agressivo Frequente Largura de fendas
𝑤 = 0,2𝑚𝑚
Quase permanente Descompressão
Moderadamente agressivo Frequentes Largura das fendas
w=0,1mm
Quase permanentes Descompressão
Muito agressivo Raras Largura de fendas
w=0,1mm
Frequentes Descompressão
6.1 Estado Limite De Descompressão

A segurança em relação ao estado limite de descompressão considera-se satisfeita se


não existirem, nas secções do elemento, tracções ao nível da fibra extrema que ficaria
mais traccionada por efeito de esforços actuantes com exclusão do pré-esforço.

A determinação de tensões necessárias a verificação desta condição deve ser feita


considerando as secções em fase não fendilhada, descontando os vazios correspondentes
a eventual existência de armaduras ainda não aderentes e admitindo comportamento
elástico perfeito dos materiais.

No caso de se pretender ter em conta a contribuição de armaduras aderentes, o valor do


coeficiente de homogeneização α = Es/Ec a considerar deverá reflectir a influência da
duração das acções sobre o valor do módulo de elasticidade do betão; nos casos
correntes poderá considerar-se α = 18 para acções com carácter de permanência e
poderá tomar-se α = 6 nas restantes situações.

6.2 Estado limite de largura de fendas

A segurança em relação ao estado limite de largura de fendas considera-se satisfeita se o


valor característico de largura de fendas, ao nível das armaduras mais traccionadas não
exceda o valor de W.

A determinação do valor de característico Wk, pode ser efectuada pelas expressões:

Wk= 1.7Wm

Wm=Srm ɛsm em que :

Wm é o valor médio de largura de fendas, Srm é a distância media entre as fendas e

ɛsm é a extensão média entre fendas.

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