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Cálculo Diferencial e Integral I

Limites e Continuidade

Luiz C. M. de Aquino

aquino.luizclaudio@gmail.com
http://sites.google.com/site/lcmaquino
http://www.youtube.com/LCMAquino
Limites e Continuidade
Noção intuitiva

Nós dizemos que alguma coisa é contı́nua se ele não possui


interrupções.
Limites e Continuidade
Noção intuitiva

Nós dizemos que alguma coisa é contı́nua se ele não possui


interrupções.
Como aplicar essa idéia às funções?

Figura: As funções g e f são descontı́nuas em x = p. A função h é


contı́nua em qualquer ponto do seu domı́nio.
Limites e Continuidade
Conexão dos conceitos

Podemos conectar o conceito de Continuidade de uma função em


x = p com o Limite da função quando x tende a p.
Definição
Seja uma função f e um ponto p em seu domı́nio. Dizemos que f
é contı́nua em p se:

lim f (x) = f (p)


x→p
Limites e Continuidade
Conexão dos conceitos

Podemos conectar o conceito de Continuidade de uma função em


x = p com o Limite da função quando x tende a p.
Definição
Seja uma função f e um ponto p em seu domı́nio. Dizemos que f
é contı́nua em p se:

lim f (x) = f (p)


x→p

Pela definição, três coisas devem o ocorrer:


(i) A função está definida em x = p, isto é, existe f (p)
(ii) Existe o limite da função quando x tende a p.
(iii) Os valores de f (p) e lim f (x) devem ser iguais.
x→p
Limites e Continuidade
Exemplo 1

 2
x +x −6

 ; x <2

 x −2
Considere a função f (x) = 5; x =2 .
3 2
 x − 2x + x − 2 ;


x >2

x −2
A função é contı́nua em x = 2?
Limites e Continuidade
Exemplo 1

 2
x +x −6

 ; x <2

 x −2
Considere a função f (x) = 5; x =2 .
3 2
 x − 2x + x − 2 ;


x >2

x −2
A função é contı́nua em x = 2?
Responder a essa pergunta significa verificar se ocorre
lim f (x) = f (2).
x→2
Limites e Continuidade
Exemplo 1
 2
x +x −6

 ; x <2

 x −2
f (x) = 5; x =2 .
 x 3 − 2x 2 + x − 2


 ; x >2
x −2

Facilmente percebemos que f (2) = 5.


Limites e Continuidade
Exemplo 1
 2
x +x −6

 ; x <2

 x −2
f (x) = 5; x =2 .
 x 3 − 2x 2 + x − 2


 ; x >2
x −2

Facilmente percebemos que f (2) = 5.


Falta avaliar lim f (x). Para isso, precisamos calcular os limites
x→2
laterais.
Limites e Continuidade
Exemplo 1
 2
x +x −6

 ; x <2

 x −2
f (x) = 5; x =2 .
 x 3 − 2x 2 + x − 2


 ; x >2
x −2

Facilmente percebemos que f (2) = 5.


Falta avaliar lim f (x). Para isso, precisamos calcular os limites
x→2
laterais.

x2 + x − 6 −2)(x
(x  + 3)
lim = lim = lim x + 3 = 5

x→2− x −2 x→2− (x
 −2)

x→2−
Limites e Continuidade
Exemplo 1
 2
x +x −6

 ; x <2

 x −2
f (x) = 5; x =2 .
 x 3 − 2x 2 + x − 2


 ; x >2
x −2

Facilmente percebemos que f (2) = 5.


Falta avaliar lim f (x). Para isso, precisamos calcular os limites
x→2
laterais.

x2 + x − 6 −2)(x
(x  + 3)
lim = lim = lim x + 3 = 5

x→2− x −2 x→2− (x
 −2)

x→2−

x 3 − 2x 2 + x − 2  2 + 1)
−2)(x
(x
lim+ = lim+ = lim+ x 2 + 1 = 5

x→2 x −2 x→2  −2)
(x  x→2
Limites e Continuidade
Exemplo 1
 2
x +x −6

 ; x <2

 x −2
f (x) = 5; x =2 .
 x 3 − 2x 2 + x − 2


 ; x >2
x −2

Facilmente percebemos que f (2) = 5.


Falta avaliar lim f (x). Para isso, precisamos calcular os limites
x→2
laterais.

x2 + x − 6 −2)(x
(x  + 3)
lim = lim = lim x + 3 = 5

x→2− x −2 x→2− (x
 −2)

x→2−

x 3 − 2x 2 + x − 2 (x  2 + 1)
−2)(x
lim+ = lim+ = lim+ x 2 + 1 = 5

x→2 x −2 x→2 (x
 −2)
 x→2
Portanto, f é contı́nua em x = 2.
Limites e Continuidade
Exemplo 2

 2
 x + x − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

A função é contı́nua em x = 2?
Limites e Continuidade
Exemplo 2

 2
 x + x − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

A função é contı́nua em x = 2?
Temos que f (2) = 7.
Limites e Continuidade
Exemplo 2

 2
 x + x − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

A função é contı́nua em x = 2?
Temos que f (2) = 7. Quanto ao limite quando x tende a 2, nós
temos:
lim x 2 + x − 2 = 4 lim+ 2x + 3 = 7
x→2− x→2
Limites e Continuidade
Exemplo 2

 2
 x + x − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

A função é contı́nua em x = 2?
Temos que f (2) = 7. Quanto ao limite quando x tende a 2, nós
temos:
lim x 2 + x − 2 = 4 lim+ 2x + 3 = 7
x→2− x→2
Não existe lim f (x), pois os limites laterais possuem valores
x→2
diferentes.
Limites e Continuidade
Exemplo 2

 2
 x + x − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

A função é contı́nua em x = 2?
Temos que f (2) = 7. Quanto ao limite quando x tende a 2, nós
temos:
lim x 2 + x − 2 = 4 lim+ 2x + 3 = 7
x→2− x→2
Não existe lim f (x), pois os limites laterais possuem valores
x→2
diferentes.
Portanto, a função é descontı́nua em x = 2.
Limites e Continuidade
Exemplo 3

 2
 x + kx − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

Para que valor de k a função é contı́nua em x = 2?


Limites e Continuidade
Exemplo 3

 2
 x + kx − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

Para que valor de k a função é contı́nua em x = 2?


Deve ocorrer lim f (x) = f (2). Facilmente calculamos que
x→2
f (2) = 7.
Limites e Continuidade
Exemplo 3

 2
 x + kx − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

Para que valor de k a função é contı́nua em x = 2?


Deve ocorrer lim f (x) = f (2). Facilmente calculamos que
x→2
f (2) = 7. Além disso, notamos que lim+ f (x) = 7.
x→2
Limites e Continuidade
Exemplo 3

 2
 x + kx − 2; x <2
Considere a função f (x) = .
2x + 3; x ≥2

Para que valor de k a função é contı́nua em x = 2?


Deve ocorrer lim f (x) = f (2). Facilmente calculamos que
x→2
f (2) = 7. Além disso, notamos que lim+ f (x) = 7. Falta
x→2
acontecer lim f (x) = 7.
x→2−
2
lim x + kx − 2 = 7
x→2−

22 + 2k − 2 = 7
5
k= 2
Limites e Continuidade
Funções contı́nuas

Se f e g são funções contı́nuas em x = p, então as funções abaixo


também são contı́nuas em x = p.
(i) kf , com k uma constante qualquer.
(ii) f + g
(iii) fg
f
(iv) g, com g (p) 6= 0
Limites e Continuidade
Funções contı́nuas

As seguintes funções são contı́nuas em seus domı́nios:


(i) Polinômio: f (x) = an x n + an−1 x n−1 + . . . + a1 x + a0

(ii) Raiz: f (x) = n x, n ∈ N∗
(iii) Exponencial: f (x) = ax , a ∈ R∗+ − {1}
(iv) Logaritmo: f (x) = loga x, a ∈ R∗+ − {1}
(v) Trigonométrica: f (x) = sen x, g (x) = cos x.
Limites e Continuidade
Composição de funções e a Continuidade

Se f é contı́nua em L e lim g (x) = L, então


x→p
 
lim f (g (x)) = f lim g (x) = f (L)
x→p x→p
Limites e Continuidade
Composição de funções e a Continuidade

Se f é contı́nua em L e lim g (x) = L, então


x→p
 
lim f (g (x)) = f lim g (x) = f (L)
x→p x→p

Exemplo
p
3
r √
x 2 + 1 = 3 lim (x 2 + 1) = 5
3
lim
x→2 x→2
Limites e Continuidade
Teorema do Valor Intermediário

Se f é uma função contı́nua no intervalo [a, b], então para todo d


compreendido entre f (a) e f (b) existe um c em (a, b) tal que
f (c) = d.
Limites e Continuidade
Teorema do Valor Intermediário

Se f é uma função contı́nua no intervalo [a, b], então para todo d


compreendido entre f (a) e f (b) existe um c em (a, b) tal que
f (c) = d.

Figura: Interpretação geométrica do Teorema do Valor Intermediário.


Limites e Continuidade
Teorema do Valor Intermediário

Exemplo
Prove que existe uma raiz para a função f (x) = 3x 3 + 4x 2 − 5 no
intervalo [−1, 1].
Limites e Continuidade
Teorema do Valor Intermediário

Exemplo
Prove que existe uma raiz para a função f (x) = 3x 3 + 4x 2 − 5 no
intervalo [−1, 1].
Temos que f (−1) = −4 e f (1) = 2.
Limites e Continuidade
Teorema do Valor Intermediário

Exemplo
Prove que existe uma raiz para a função f (x) = 3x 3 + 4x 2 − 5 no
intervalo [−1, 1].
Temos que f (−1) = −4 e f (1) = 2. Como 0 ∈ (f (−1), f (1)),
então existe c ∈ [−1, 1] tal que f (c) = 0.

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