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AFRFB/ATRFB/AFT 2012

DIREITO ADMINISTRATIVO
PROFESSOR LUCIANO OLIVEIRA – AULA 00

Olá, caríssimos concurseiros! Esta é a hora de estudar para os cargos


de Auditor Fiscal e Analista Tributário da Receita Federal do Brasil
(AFRFB e ATRFB, respectivamente) e Auditor Fiscal do Trabalho (AFT), do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)!

O MTE já anunciou 600 vagas para 2012, conforme matéria abaixo:

http://www.senado.gov.br/noticias/ministerio-do-trabalho-contratara-
auditores-fiscais-aprovados-em-concurso-de-2010-e-realizara-novo-
processo-seletivo.aspx?parametros=minist%c3%a9rio+do+trabalho

Já a Receita Federal quer fazer quatro grandes concursos para


ambos os cargos, cada um com mais de 1.000 vagas, de 2012 a 2015.
Veja a notícia:

http://www.pontodosconcursos.com.br/artigos3.asp?prof=3&art=6903
&idpag=1

MEUS AMIGOS! É A MAIOR OPORTUNIDADE QUE JÁ SE VIU


PARA INGRESSAR NA CARREIRA DA AUDITORIA FEDERAL!

Todos sabemos que a Receita Federal e o MTE são ótimos lugares


para trabalhar, Além disso, os subsídios iniciais de Auditor Fiscal e Analista
Tributário não são de se jogar fora, certo? Confiram vocês mesmos:

CARGO CLASSE PADRÃO SUBSÍDIO (R$)


IV 19.451,00
III 18.910,61
Especial
II 18.576,24
I 18.247,78
IV 17.545,94
AFRFB e III 17.201,90
B
AFT II 16.864,61
I 16.533,93
V 15.898,01
IV 15.586,28
A III 15.280,67
II 14.981,05
I 13.600,00
Analista IV 11.595,00
Especial
Tributário III 11.181,37

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II 10.962,13
I 10.747,19
IV 10.333,83
III 9.936,38
B
II 9.554,21
I 9.186,74
V 8.833,40
IV 8.660,20
A III 8.490,39
II 8.323,91
I 7.996,07

Muito bem, vamos agora à apresentação deste que lhes fala!

Meu nome é Luciano Oliveira. Muito prazer! Sou Consultor


Legislativo do Senado Federal (área de orçamentos públicos). Já exerci
os cargos de Auditor Federal de Controle Externo do TCU e Analista de
Finanças e Controle do Tesouro Nacional. Em 2006, fiz o curso de formação
de AFRFB, após obter a 2.ª colocação no concurso (Unidades Centrais), mas,
por razões pessoais, acabei optando, na época, pelo cargo de Auditor
Federal do TCU. Antes disso, fui Oficial da Marinha por sete anos (sou
Capitão-Tenente da reserva). Ministro aulas de Direito Administrativo e de
resolução de questões discursivas em todo o Brasil.

Bem, posso dizer que sou um concurseiro de carteirinha! Estou


sempre fazendo algum concurso, para não perder o costume! (esse aí só
pode ser maluco...). Mas é isso mesmo! Professor de cursinho tem que
saber o que está acontecendo nesse meio, de preferência, sentindo na
própria pele o que os concurseiros estão vivendo! Saibam que vocês
terão aqui não apenas um professor da matéria, mas um conselheiro na área
de concursos. Fiquem à vontade para tirar suas dúvidas e fazer perguntas
sobre Direito Administrativo, dicas para fazer a prova etc.

Além disso, sou autor dos livros Direito Administrativo:


Cespe/UnB, publicado pela Editora Ferreira, e Direito Administrativo:
Questões Discursivas Comentadas, pela Editora Impetus. Mantenho
também um pequeno blog na internet sobre Direito Administrativo
(http://diretoriojuridico.blogspot.com), onde podem ser encontradas dicas
valiosas sobre concursos públicos, inclusive sobre questões discursivas.

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Por fim, sou presidente da Associação Nacional dos Concurseiros


(Andacon) (www.andacon.org.br), que sempre acompanha de perto os
principais concursos públicos realizados, a fim de verificar a eventual
ocorrência de irregularidades e fazer o que for possível para saná-las.

Desta vez, minha missão é ensinar a vocês a disciplina Direito


Administrativo para os concursos de AFRFB, ATRFB e AFT. Como assim,
Luciano? Três em um? É isso mesmo! O programa dessa matéria é o
mesmo para os três cargos, daí porque o curso serve para todos. Ou seja,
estudando este curso, vocês matam três coelhos com uma cajadada
só! Maravilha, não? A propósito, quem quiser fazer algo semelhante com o
Direito Comercial, é só comprar o meu curso dessa matéria, para AFRFB e
AFT, aqui mesmo, no Ponto.

Muito bem! Lembrem-se de que o Direito Administrativo é uma das


matérias de maior peso nesses concursos, cobrada inclusive nas
discursivas, por isso, não vacilem. Deixar de lado essa disciplina pode
significar a perda da vaga. Por isso, eu estou aqui para ajudar vocês!

Aliás, já que falamos de questões discursivas, vale checar também o


meu curso de discursivas para AFT, já disponível aqui no Ponto. Em breve,
lançarei também esse curso para AFRFB. Esses cursos são feitos em parceria
com os professores Luiz Henrique Lima e Cyonil Borges.

Vejamos agora qual foi peso do Direito Administrativo nos últimos


concursos:

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AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Pontuação total da objetiva: 350


Pontuação de Direito Administrativo: 20 (prova de 2010)
Questões discursivas: 20 pontos /200 pontos (prova de 2010)
Peso percentual total: 40 / 450 = 8,89%

ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Pontuação total da objetiva: 230


Pontuação de Direito Administrativo: 20 (prova de 2010)
Peso percentual na objetiva: 20 / 230 = 8,70%

Agora, vejam só uma coisa: nesse concurso, a discursiva foi um tema


valendo 100 pontos, de uma única matéria, dentre: Direito Constitucional e

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Administrativo; Direito Tributário e Previdenciário; Direito Internacional


Público e Comércio Internacional; e Administração Geral. Em 2010, caiu
Comércio Internacional, o que alavancou o peso dessa disciplina. Se tivesse
caído Direito Administrativo, teríamos, então, 120 pontos de um total de
330, isto é, 36,4%. Já pensou?

Por fim, as questões de AFT:

AUDITOR FISCAL DO TRABALHO

Pontuação total da objetiva: 270


Pontuação de Direito Administrativo: 12 (prova de 2010)
Questões discursivas: 20 pontos /200 pontos (prova de 2010)
Peso percentual: 32 / 470 = 6,81%

A banca examinadora desses concursos, como vocês sabem, é sempre


a nossa gloriosa Escola de Administração Fazendária (Esaf)! Assim,
comentaremos exercícios anteriores dessa banca, para que vocês se
especializem no estilo dos enunciados que ela cobra. Abordaremos o
programa de Direito Administrativo nos exatos termos em que figurou nos
últimos editais, de modo que vocês sejam capazes de “matar” todas as
questões dessa matéria no dia da prova!

Vejamos agora como nosso curso está organizado, cobrindo todo o


programa do edital (é claro!):
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Aula 00 (15/08/2011): Conceito e fontes do Direito Administrativo.

Aula 01 (29/08/2011): Regime jurídico administrativo. Princípios


administrativos.

Aula 02 (12/09/2011): A Administração Pública: Conceito.


Organização administrativa brasileira: espécies, formas e características.
Centralização e Descentralização da atividade administrativa do Estado.
Concentração e Desconcentração. Administração Pública Direta e Indireta,
Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia
Mista. Entidades paraestatais. Organizações Sociais. Contratos de Gestão.

Aula 03 (26/09/2011): Poderes Administrativos: poder vinculado,


poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder
regulamentar e poder de polícia. Poderes e deveres do administrador
público. Uso e abuso do poder.

Aula 04 (10/10/2011): Atos Administrativos: fatos da


Administração Pública, atos da Administração Pública e fatos
administrativos. Conceito, formação, elementos, atributos e classificação.
Mérito do ato administrativo. Discricionariedade. Ato administrativo
inexistente. Atos administrativos nulos e anuláveis. Teoria dos motivos
determinantes. Revogação, anulação e convalidação do ato administrativo.

Aula 05 (24/10/2011): Constituição Federal: Título III, Capítulo VII


– Da Administração Pública (arts. 37 a 43 da CF/88).

Aula 06 (07/11/2011): Regime Jurídico dos Servidores Públicos


Civis da União: provimento e vacância de cargos públicos, remoção,
redistribuição (Lei 8.112/1990).

Aula 07 (21/11/2011): Regime Jurídico dos Servidores Públicos


Civis da União: direitos e vantagens, licenças e afastamentos e seguridade
social do servidor (Lei 8.112/1990 – continuação).

Aula 08 (05/12/2011): Serviços Públicos: conceitos: classificação;


regulamentação; controle; permissão; concessão e autorização.

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Aula 09 (19/12/2011): Responsabilidade civil do Estado. Ação de


Indenização. Ação Regressiva.

Aula 10 (02/01/2012): Controle da Administração Pública:


Conceito. Tipos e Formas de Controle. Controle Interno e Externo. Controle
Prévio, Concomitante e Posterior. Controle Parlamentar. Controle pelos
Tribunais de Contas. Controle Jurisdicional. Meios de Controle Jurisdicional.

Note ainda que a parte da Lei 8.112/1990 referente ao regime


disciplinar do servidor público (item 12 do programa) não será tratada neste
curso, mas no curso de Ética na Administração Pública, a cargo do meu
amigo e, agora, Juiz Federal, Professor Leandro Cadenas. Dê uma
conferida nesse curso, aqui do Ponto, pois ele complementa a matéria
tratada em nosso curso de Direito Administrativo.

Nossas aulas foram ordenadas de modo a se obter uma sequência


mais didática no estudo da disciplina. Em cada aula, apresentarei a teoria
da matéria, ilustrada com exercícios anteriores de concurso, para
mostrar a forma de pensar da Esaf, e permitir que vocês fiquem focados nos
aspectos mais importantes do programa. A idéia aqui não é apresentar um
Tratado de Direito Administrativo. Temos pouco tempo pela frente e uma
importante missão: fazer vocês passarem na prova! Esse é o nosso
objetivo neste curso, de modo que nós trabalharemos juntos para
chegarmos à vitória!

Muito bem! Iniciemos agora os trabalhos, com a Aula 00.

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1. Direito

Como você sabem, o Direito Administrativo é um ramo do Direito. Mas


o que é o Direito? Em linhas gerais, o Direito pode ser definido como a
ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em
sociedade. Objetivamente considerado, é o conjunto de regras de
conduta obrigatoriamente impostas pelo Estado. Distingue-se da
Moral, que não possui a obrigatoriedade como característica.

2. Funções Estatais

Para bem cumprir sua missão, um Estado desempenha três funções


típicas: a função legislativa, a função administrativa e a função
jurisdicional. Essas funções são consideradas especializações do poder
político. Este é uno e indivisível, mas repartido funcionalmente nas três
atividades citadas.

Por meio da função legislativa, o Estado cria regras obrigatórias


de conduta para toda a sociedade, regulando os direitos individuais e
coletivos e a forma de exercê-los. Estas regras são previstas na
Constituição, nas leis e nos atos normativos infralegais.

Por intermédio da função administrativa, o governo utiliza todas


essas leis (em sentido amplo) para gerir o Estado e a sociedade,
interpretando-as e aplicando-as aos casos concretos decorrentes das
relações entre o Estado e os particulares, reconhecendo ou limitando
direitos, impondo obrigações ou decidindo sobre pedidos formulados pelos
administrados, sempre tendo em vista o atendimento ao interesse público.
Desse modo, a função administrativa consiste em aplicar a lei, de ofício,
aos casos concretos.

Uma importante característica da função administrativa é que ela se


desenvolve segundo uma estrutura de hierarquia. Em outras palavras, os
agentes administrativos são subordinados uns aos outros, agindo conforme
as determinações de um superior hierárquico. Tal característica não está
presente nas demais funções, nas quais os seus respectivos agentes
(parlamentares ou magistrados) atuam com independência funcional.

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E se surgir de conflitos de interesses na aplicação da lei, seja entre o


Estado e os particulares, seja entre estes? Aí caberá ao próprio Estado
decidir o assunto definitivamente, por meio do exercício da função
jurisdicional. Essa definitividade da jurisdição leva o nome de coisa
julgada, entendida como a decisão judicial da qual não caiba mais recurso.

FUNÇÕES DO ESTADO
FUNÇÃO FUNÇÃO FUNÇÃO
LEGISLATIVA ADMINISTRATIVA JURISDICIONAL
Criar regras Resolver os conflitos de
Aplicar a lei, de ofício,
obrigatórias de interesse com força de
aos casos concretos.
conduta. coisa julgada.

Agora, adivinha de qual das três funções o Direito Administrativo se


ocupa? O nome já diz, não é? É a função administrativa, incluindo
também os sujeitos que a exercem (órgãos, entidades e agentes públicos
administrativos).

3. Direito Público e Privado

É bom saber que o Direito se divide em público e privado. O Direito


Privado visa a regrar as relações jurídicas entre particulares, que atuam em
pé de igualdade frente ao Direito. Predomina, neste caso, o interesse
particular. Divide-se em Direito Civil e Direito Empresarial (Comercial).

Já o Direito Público rege as relações entre o Estado e o particular,


onde predomina o interesse público. O particular não atua em pé de
igualdade com o Estado, tendo este supremacia nas relações jurídicas. Não
há dúvida de que o Direito Administrativo pertence a esse grupo, não é?
Outros ramos do Direito Público são o Direito Constitucional, o Direito
Tributário, o Direito Penal e o Direito Processual.

4. Conceito de Direito Administrativo

4.1. Critério da Administração Pública

OK, o Direito Administrativo é um dos ramos do Direito Público. Mas


qual seu objeto, de que ele trata? Ora, o Direito Administrativo disciplina as
atividades, os órgãos e os agentes da Administração Pública,
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interessando-se pelo Estado em seu aspecto dinâmico, funcional, deixando a


parte estática, estrutural, para o Direito Constitucional.

Existem vários conceitos para definir o Direito Administrativo. O


critério que predomina hoje é o que diz que ele é ramo do Direito que
regula a administração pública. É o chamado critério da administração
pública. A expressão pode ser entendida em duplo sentido. Podemos ver a
“administração pública” como o conjunto de órgãos, entidades e agentes
que exercem a função administrativa (sentido subjetivo, orgânico ou
formal). Mas a expressão pode ser entendida também como a própria
função administrativa pública (sentido objetivo, funcional ou material).
A propósito: quando adotada em sentido subjetivo, alguns autores
costumam grafar a expressão com iniciais maiúsculas (Administração
Pública).

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SENTIDO SUBJETIVO, SENTIDO OBJETIVO,
ORGÂNICO OU FORMAL FUNCIONAL OU MATERIAL
Órgãos, entidades e agentes que A própria função administrativa.
exercem a função administrativa.

Como visto acima, o Estado, em sua atuação, desempenha funções


administrativas, legislativas e jurisdicionais. Lembre que o Direito
Administrativo estuda o funcionamento estatal em relação à função
administrativa, não regendo as demais, certo? A função legislativa é
estudada pelo Direito Constitucional e a função jurisdicional, também
chamada de atividade contenciosa (porque tem por objeto resolver as
contendas, os conflitos de interesse), pelo Direito Processual.

Agora, importante: isso não significa que o Direito Administrativo não


esteja presente nos três Poderes do Estado (Executivo, Legislativo e
Judiciário), pois em todos os Poderes há atividade administrativa, para
organização e funcionamento de seus serviços, administração de seus bens
e regência de seu pessoal. Apenas as atividades especificamente legislativas
e judiciais escapam do campo do Direito Administrativo. Se, por exemplo, o
Legislativo fizer um concurso para admitir servidores efetivos, ele estará
exercendo função administrativa.

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É bom lembrar que a função administrativa de caráter finalístico


(atividades-fim) engloba as atribuições de  serviço público (prestação de
serviços essenciais ou úteis aos membros da sociedade), polícia
administrativa (condicionamento e restrição do exercício dos direitos
fundamentais, a fim de manter a harmonia social e o bem-estar coletivo),
fomento (incentivo às atividades da iniciativa privada de interesse público)
e intervenção, subdividindo-se esta em intervenção na propriedade
(condicionamento e limitação do uso da propriedade, assegurando sua
função social e o bem-estar da sociedade) e intervenção no domínio
econômico (regulação da iniciativa privada nas diversas áreas econômicas).
As atividades-fim da função administrativa são normalmente de incumbência
do Poder Executivo.

Além disso, as atividades-meio da Administração, como a gestão do


patrimônio público e dos servidores públicos e a contratação de obras e
serviços, também estão no âmbito da função administrativa. Essas são
desempenhadas por todos os Poderes de Estado.

Por fim, a atividade normativa infralegal (Decretos, Portarias,


Decisões Normativas etc.) é considerada também função administrativa. Já a
produção de leis e normas constitucionais, por outro lado, representam
função legislativa.

4.2. Outros Critérios

Muito bem! Voltemos aos conceitos de Direito Administrativo. Além do


critério da administração pública, existe outros para conceituar esse ramo
jurídico. Alguns deles são: o legalista, o do serviço público, o do Poder
Executivo e o negativo. Vejamos cada um deles.

O critério legalista, exegético, empírico ou caótico foi o primeiro


que surgiu. Segundo ele, o Direito Administrativo era o ramo do Direito que
tinha por objeto o estudo das leis que tratavam de matéria administrativa.
Esse conceito era insuficiente, pois o Direito não se resume às leis. Estas são
apenas uma das fontes do Direito, que não prescinde da análise de outras
fontes, como os princípios jurídicos, os costumes e a jurisprudência,
necessárias à formação do conhecimento jurídico harmônico e sistematizado.

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O critério (ou escola) do serviço público reza que o Direito


Administrativo é o ramo do Direito que disciplina a prestação de serviços
públicos. Embora tenha vigorado por vários anos, esse conceito começou a
perder força a partir da metade do Século XX, pois havia imprecisão na
definição da expressão “serviço público”. Para uns, como Léon Duguit, ela
era entendida em sentido amplo, abrangendo toda a atividade do Estado,
inclusive a legislação e a jurisdição; para outros, como Gaston Jèze, era
compreendida em sentido estrito, referindo-se apenas às atividades de
satisfação das necessidades coletivas (serviços públicos propriamente ditos),
com exclusão de outras funções de natureza administrativa, como o poder
de polícia, o fomento e a intervenção na propriedade privada (ex.:
tombamento, desapropriação).

Pelo critério do Poder Executivo, o Direito Administrativo seria o


ramo do Direito que regula as atividades desempenhadas por esse Poder.
Tal critério é insuficiente, pois todos os Poderes de Estado desempenham a
função administrativa, de forma típica (Executivo) ou atípica (Legislativo e
Judiciário).

Por fim, o critério negativo ou residual reza que o Direito


Administrativo regula as atividades desenvolvidas pelo Estado, com exceção
da legislação e da jurisdição. O critério se baseia na ideia de que as funções
do Estado são três, de modo que, excluída as duas citadas, sobraria apenas
a função administrativa.

CONCEITOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO


Ramo do Direito que tem por objeto
CRITÉRIO LEGALISTA
o estudo das leis administrativas.
CRITÉRIO DO Ramo do Direito que disciplina a
SERVIÇO PÚBLICO prestação de serviços públicos.
CRITÉRIO DO Ramo do Direito que regula as
PODER EXECUTIVO atividades do Poder Executivo.
Ramo do Direito que regula as
CRITÉRIO RESIDUAL atividades do Estado, exceto a
legislação e a jurisdição.
CRITÉRIO DA Ramo do Direito que regula a
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA administração pública.

5. Governo e Administração Pública


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É preciso diferenciar Governo de Administração Pública. Em sentido


subjetivo, o Governo é o conjunto de poderes e órgãos constitucionais.
Exerce atividades políticas, funções estatais básicas, como a definição de
objetivos sociais, de estratégias governamentais, de definição dos rumos do
Estado. Suas decisões são de alto nível e representam o exercício da função
política. São exemplos de atos políticos: elaboração do orçamento público,
sanção e veto presidencial, declaração de guerra e celebração de paz,
concessão de indulto e celebração de tratados internacionais.

Já a Administração Pública, em sentido estrito (stricto sensu),


constitui-se dos órgãos que exercem a função administrativa, composta por
as atividades instrumentais do Estado, destinadas a executar as ações
definidas pelo Governo. Estas são atividades administrativas, sem o
cunho político das ações de governo. A administração Pública promove o
funcionamento do Estado e a satisfação das necessidades coletivas,
exercendo o poder administrativo. São exemplos de atividades
administrativas, conforme já citado: a polícia administrativa; a prestação
de serviços públicos; o fomento de atividades privadas de interesse
público; e a intervenção do Estado na propriedade privada e no domínio
econômico.

Agora, fiquem atentos: É possível utilizar a expressão “administração


pública” em sentido amplo (lato sensu), compreendendo, em sentido
subjetivo, os órgãos políticos ou governamentais (Governo), de cúpula, que
compõem a própria estrutura do Estado, e os órgãos administrativos
(administração pública em sentido estrito), de natureza instrumental ou de
execução; e, em sentido objetivo, a função política e a função
administrativa. Já em sentido restrito, a administração pública representa,
em sentido subjetivo, apenas os órgãos, entidades e agentes
administrativos; e, em sentido objetivo, somente a função administrativa.

CONCEITOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Órgãos, entidades e
Subjetivo agentes governamentais
SENTIDO AMPLO
e administrativos.
(Governo + Administração Pública stricto sensu)
Funções política e
Objetivo
administrativa.
SENTIDO RESTRITO Subjetivo Somente órgãos,

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(apenas Administração Pública stricto sensu) entidades e agentes


administrativos.
Somente função
Objetivo
administrativa.

6. Fontes do Direito Administrativo

O conceito de fonte do Direito significa o manancial, a origem de onde


vêm as regras e princípios jurídicos. São fontes do Direito Administrativo a
lei, a doutrina, a jurisprudência e os costumes.

A lei, como fonte do Direito Administrativo, é vista em sentido amplo,


englobando a Constituição, as leis em sentido estrito e os atos
normativos infralegais, como decretos, portarias, instruções normativas
etc. Quando possui poder de inovar o Direito, de criar direitos e obrigações
(Constituição e leis), é considerada fonte primária (principal) do Direito
Administrativo, pois estabelece as regras obrigatórias que regem as relações
entre a Administração Pública e os administrados. A lei consubstancia o
chamado direito positivo, isto é, as normas escritas. As demais fontes
(doutrina, jurisprudência e costumes) são consideradas secundárias.

Vale destacar que o Direito Administrativo não é codificado. Como


assim, Luciano? É que não existe no Brasil um Código Administrativo, como
existe o Código Civil, o Código Penal etc. Veremos que nossa matéria
encontra-se dispersa em uma série de leis e atos normativos, que devem ser
estudados de forma harmônica e conjunta, para evitar contradições na
interpretação das normas.

A doutrina é o conjunto de opiniões e interpretações dos juristas, que


enunciam princípios e criam teorias sobre o Direito Administrativo, as quais
acabam por influenciar a elaboração das próprias leis e a tomada de
decisões judiciais.

A jurisprudência é o conjunto das decisões de nossos tribunais sobre


determinado assunto em um mesmo sentido, influenciando fortemente a
formação do Direito Administrativo. Possui um caráter mais prático, pois
representa a aplicação da lei ao caso concreto.

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Notem que uma única decisão judicial não é jurisprudência. É preciso


um conjunto de decisões semelhantes sobre determinado assunto para
caracterizá-la. Quando a jurisprudência se torna consolidada, os tribunais
costumam formular enunciados que sintetizam a sua posição. São as
súmulas.

A doutrina e a jurisprudência não vinculam o aplicador da lei, salvo,


quanto à jurisprudência, nos casos das súmulas vinculantes, introduzidas
em nosso ordenamento jurídico no final de 2004.

Os costumes consistem na prática reiterada de um comportamento,


com a convicção de seu acerto. São normas não escritas que preenchem
as lacunas da lei. Somente são admitidos quando não forem contrários às
leis. Há três tipos de costumes:

− Secundum legem – de acordo com a lei;


− Praeter legem – suprem as lacunas da lei;
− Contra legem – contrários à lei (inadmissíveis).

Os costumes secundum legem são aqueles que estão previstos na


lei, embora não sejam descritos por ela. Vejam este exemplo do Código
Civil, na parte referente ao contrato de locação de coisas:

Art. 569. O locatário é obrigado:


(...)
II - a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de
ajuste, segundo o costume do lugar; (grifos nossos)

Um exemplo muito comum de costume são as filas em órgãos


públicos. Embora não esteja escrito em lugar nenhum (costume praeter
legem), todos concordam que é justo que a ordem de atendimento dos
administrados ocorra de acordo com a ordem de chegada na repartição.

Existem dois elementos no costume: o objetivo (prática reiterada da


conduta) e o subjetivo (convicção geral da correção do comportamento).
Um comportamento que possua somente o elemento objetivo não é
costume, mas apenas praxe administrativa.

FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO


FONTE CONCEITO OBSERVAÇÃO
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Constituição, leis e atos Norma escrita. Fonte


Lei
normativos infralegais. primária.
Fonte secundária. Não
Doutrina Opiniões dos juristas.
vincula.
Fonte secundária. Não
Decisões judiciais em um
Jurisprudência vincula, salvo súmulas
mesmo sentido.
vinculantes.
Norma não escrita. Fonte
Prática reiterada
secundária. A mera
(elemento objetivo) com
Costume prática, sem a convicção,
a convicção de seu acerto
caracteriza apenas praxe
(elemento subjetivo).
administrativa.

Muito bem, vista a teoria, vamos aos exercícios! Destaco que não há
muitas questões disponíveis da Esaf sobre essa matéria inicial de hoje.
Quem achar alguma, além desses aí abaixo, por favor, joga lá no fórum de
dúvidas (Tá lançado o desafio!!...rs). Para as próximas aulas, as listas já
serão maiores, OK? Tentem resolver as questões antes de lerem os
comentários. Bons estudos!

7. Exercícios Comentados

1) (Esaf/CGU/Analista/2006) O Direito Administrativo é considerado como


sendo o conjunto harmonioso de normas e princípios, que regem o exercício
das funções administrativas estatais e
a) os órgãos inferiores, que as desempenham.
b) os órgãos dos Poderes Públicos.
c) os poderes dos órgãos públicos.
d) as competências dos órgãos públicos.
e) as garantias individuais.

Os órgãos que desempenham a função administrativa são os órgãos


administrativos, de execução, o que exclui os órgãos políticos dos Poderes
de Estado, que exercem funções regidas pelo Direito Constitucional. Já as
garantias individuais também são matéria desse ramo do Direito. A letra A,
assim, é a que melhor responde o enunciado, sendo o gabarito.

2) (Esaf/Receita Federal/Técnico/2003) No conceito de Direito


Administrativo, pode-se entender ser ele um conjunto harmonioso de
normas e princípios, que regem relações entre órgãos públicos, seus
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servidores e administrados, no concernente às atividades estatais, mas não


compreendendo
a) a administração do patrimônio público.
b) a regência de atividades contenciosas.
c) nenhuma forma de intervenção na propriedade privada.
d) o regime disciplinar dos servidores públicos.
e) qualquer atividade de caráter normativo.

A atividade administrativa, objeto do Direito Administrativo, compreende a


administração do patrimônio público, a intervenção na propriedade privada,
a gestão de pessoal, incluindo a aplicação do regime disciplinar dos
servidores públicos, e as atividades normativas infralegais (decretos,
portarias etc.). Já a regência de atividades contenciosas é objeto do Direito
Processual, pois representa exercício da função jurisdicional do Estado
(jurisdição). O gabarito é a letra B.

3) (Esaf/DF/Procurador/2007) Em relação ao conceito e evolução histórica


do Direito Administrativo e ao conceito e abrangência da Administração
Pública, selecione a opção correta.
a) Na evolução do conceito de Direito Administrativo, surge a Escola do
Serviço Público, que se desenvolveu em torno de duas concepções. Na
concepção de Léon Duguit, o Serviço Público deveria ser entendido em
sentido estrito, abrangendo toda a atividade material, submetida a regime
exorbitante do direito comum, desenvolvida pelo Estado para a satisfação de
necessidades da coletividade.
b) Na busca de conceituação do Direito Administrativo encontra-se o critério
da Administração Pública, segundo o qual, sinteticamente, o Direito
Administrativo deve ser concebido como o conjunto de princípios que regem
a Administração Pública.
c) A Administração Pública, em sentido objetivo, deve ser compreendida
como o conjunto das pessoas jurídicas e dos órgãos incumbidos do exercício
da função administrativa do Estado.
d) O conceito estrito de Administração Pública abarca os Poderes estruturais
do Estado, sobretudo o Poder Executivo.
e) Na evolução histórica do Direito Administrativo, encontramos a Escola
Exegética, que tinha por objeto a interpretação das leis administrativas, a
qual também defendia o postulado da carga normativa dos princípios
aplicáveis à atividade da Administração Pública.

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Letra A: errada, pois era Gaston Jèze que entendia a expressão “serviço
público” em sentido estrito.
Letra B: correta, conforme apresentado na teoria. O critério da
Administração Pública é o que predomina na atualidade. É o gabarito.
Letra C: errada, porque expressa o sentido subjetivo da Administração
Pública, não o objetivo, que seria dado pela própria função administrativa.
Letra D: falsa, pois o conceito de Administração Pública que abarca os
Poderes estruturais do Estado é o amplo, que engloba os órgãos políticos. O
conceito estrito abrange apenas os órgãos administrativos.
Letra E: incorreta, porque a Escola Exegética não defendia os princípios
administrativos, pelo contrário, dizia que o Direito Administrativo é tão
somente o conjunto das leis administrativas.

4) (Esaf/Receita Federal/Técnico/2006) A primordial fonte formal do Direito


Administrativo no Brasil é
a) a lei.
b) a doutrina.
c) a jurisprudência.
d) os costumes.
e) o vade-mécum.

A lei é a fonte primária do Direito Administrativo em nosso país. Já a


doutrina, a jurisprudência e os costumes são considerados fontes
secundárias, que não podem contrariar a lei. Gabarito: letra A.

5) (Esaf/Receita Federal/Técnico/2000) A fonte formal e primordial do


Direito Administrativo é a (o)
a) motivação que a fundamenta
b) povo
c) parlamento
d) Diário Oficial
e) lei

Aqui vale o mesmo comentário da questão anterior. Gabarito: letra E.

Muito bem, pessoal! Por hoje é só. Espero que tenham gostado dessa
pequena amostra do que vem por aí. Convido-os a ler a nossa próxima aula,
na qual tratarei do Regime Jurídico Administrativo e dos princípios
administrativos, assunto que costuma cair bastante nas provas da Esaf.
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Espero vocês também no nosso fórum de dúvidas, onde discutiremos vários


assuntos do Direito Administrativo.

Um grande abraço!

Luciano Oliveira

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LISTA DE QUESTÕES DA AULA 00

1) (Esaf/CGU/Analista/2006) O Direito Administrativo é considerado como


sendo o conjunto harmonioso de normas e princípios, que regem o exercício
das funções administrativas estatais e
a) os órgãos inferiores, que as desempenham.
b) os órgãos dos Poderes Públicos.
c) os poderes dos órgãos públicos.
d) as competências dos órgãos públicos.
e) as garantias individuais.

2) (Esaf/Receita Federal/Técnico/2003) No conceito de Direito


Administrativo, pode-se entender ser ele um conjunto harmonioso de
normas e princípios, que regem relações entre órgãos públicos, seus
servidores e administrados, no concernente às atividades estatais, mas não
compreendendo
a) a administração do patrimônio público.
b) a regência de atividades contenciosas.
c) nenhuma forma de intervenção na propriedade privada.
d) o regime disciplinar dos servidores públicos.
e) qualquer atividade de caráter normativo.

3) (Esaf/DF/Procurador/2007) Em relação ao conceito e evolução histórica


do Direito Administrativo e ao conceito e abrangência da Administração
Pública, selecione a opção correta.
a) Na evolução do conceito de Direito Administrativo, surge a Escola do
Serviço Público, que se desenvolveu em torno de duas concepções. Na
concepção de Léon Duguit, o Serviço Público deveria ser entendido em
sentido estrito, abrangendo toda a atividade material, submetida a regime
exorbitante do direito comum, desenvolvida pelo Estado para a satisfação de
necessidades da coletividade.
b) Na busca de conceituação do Direito Administrativo encontra-se o critério
da Administração Pública, segundo o qual, sinteticamente, o Direito
Administrativo deve ser concebido como o conjunto de princípios que regem
a Administração Pública.
c) A Administração Pública, em sentido objetivo, deve ser compreendida
como o conjunto das pessoas jurídicas e dos órgãos incumbidos do exercício
da função administrativa do Estado.

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d) O conceito estrito de Administração Pública abarca os Poderes estruturais


do Estado, sobretudo o Poder Executivo.
e) Na evolução histórica do Direito Administrativo, encontramos a Escola
Exegética, que tinha por objeto a interpretação das leis administrativas, a
qual também defendia o postulado da carga normativa dos princípios
aplicáveis à atividade da Administração Pública.

4) (Esaf/Receita Federal/Técnico/2006) A primordial fonte formal do Direito


Administrativo no Brasil é
a) a lei.
b) a doutrina.
c) a jurisprudência.
d) os costumes.
e) o vade-mécum.

5) (Esaf/Receita Federal/Técnico/2000) A fonte formal e primordial do


Direito Administrativo é a (o)
a) motivação que a fundamenta
b) povo
c) parlamento
d) Diário Oficial
e) lei

Gabarito

1a 2b 3b 4a 5e

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