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Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Engenharia Química


Departamento de Engenharia de Sistemas Químicos

Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+/HP50g


e Principais Aplicações em Engenharia

Prof. José Vicente Hallak d’Angelo

Campinas - SP
Junho/2012
Apresentação

Atualmente, os estudantes e profissionais da área de engenharia e demais ciências


exatas e tecnológicas, contam com recursos potentes para resolver problemas
matemáticos das mais diferentes ordens de complexidade. Além de diversos tipos de
hardware, existe uma infinidade de programas e softwares comerciais que facilitam a
realização de cálculos e a análise dos resultados.
Porém, apesar do grande potencial desses recursos e da crescente facilidade de
acesso a eles, a calculadora científica continua sendo uma importante ferramenta de
trabalho para o engenheiro e demais profissionais da área de ciências exatas devido
principalmente à sua portabilidade, grande potencial para realização de cálculos,
ferramentas direcionadas às necessidades mais freqüentes e facilidade de uso.
Dentre as calculadoras científicas disponíveis atualmente no mercado, as
calculadoras gráficas da HP (em especial a HP50G que é o modelo mais recente desse
fabricante) se destacam pelo grande número de recursos e funções que dispõem e por
apresentarem uma excelente relação entre o potencial de aplicações e a facilidade de
utilização e se comportam praticamente como um computador programável/gráfico.
Essa apostila foi desenvolvida com o objetivo de incentivar e facilitar o uso das
calculadoras HP49g+ e HP50G por alunos dos cursos de graduação das áreas de engenharia
e ciências exatas, bem como por profissionais graduados dessas áreas, fazendo com que
essa ferramenta seja utilizada como um instrumento diário de trabalho e que seu potencial
seja explorado de forma correta e adequada. Assim o usuário dessa importante
ferramenta poderá reduzir o tempo gasto com a realização de cálculos e dedicar maior
tempo ao raciocínio e compreensão dos diferentes problemas e exercícios e à análise dos
resultados obtidos .
Ela foi baseada nos guias do usuário das calculadoras HP49g+ e HP50G, editados pela
Hewlett-Packard e disponíveis gratuitamente no site do fabricante
(http://h20000.www2.hp.com/bc/docs/support/SupportManual/c00748623/c00748623.p
df e http://h10032.www1.hp.com/ctg/Manual/c00364357.pdf) e também no material
desenvolvido para diversos cursos ministrados para os alunos de diferentes cursos de
engenharia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde atuo como docente
desde 2002, na Faculdade de Engenharia Química.
Essa apostila não é uma mera tradução dos manuais dessas calculadoras. Ela procura
realizar uma abordagem didática, com exemplos de aplicação em engenharia,
apresentando as principais operações e menus de comandos, buscando familiarizar o
aluno com os recursos da calculadora.
Ao incentivar o uso de uma calculadora científica gráfica, ao contrário do que possa
parecer, promove-se ainda mais o desenvolvimento do raciocínio e da capacidade crítica
dos alunos, pois os mesmos poderão realizar diversos cálculos em um curto intervalo de
tempo, podendo realizar uma análise dos problemas, sob o ponto de vista prático da
engenharia. Assim, a calculadora torna-se um instrumento indispensável na busca de
melhores soluções. Além do mais, os alunos estarão se atualizando com uma ferramenta
de trabalho que certamente os tornará mais competitivos perante o mercado de trabalho.
O conteúdo dessa apostila está em constante atualização, para atender da melhor
maneira possível os objetivos propostos. Nesse sentido, toda e qualquer sugestão para sua
melhoria/correção será sempre bem-vinda.

Prof. José Vicente Hallak d’Angelo


SUMÁRIO
Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 1

1. Introdução

Inicialmente é importante salientar que as calculadoras HP49g+ e HP50G possuem dois


modos diferentes de operação: o modo Notação Polonesa Reversa (RPN, do inglês Reverse Polish
Notation) e o modo algébrico (ALG). Os modelos de calculadoras da HP anteriores a esses (em
especial as HP48 G/G+/GX) operam exclusivamente no modo RPN.
A notação polonesa reversa foi inventada pelo filósofo e cientista da computação australiano
Charles Hamblin em meados dos anos 1950 e deriva da notação polonesa introduzida em 1920
pelo matemático polonês Jan Lukasiewicz, como uma forma de escrever expressões matemáticas
sem usar parênteses e colchetes.
Num primeiro momento, a reação da maioria dos usuários desse modo de operação é de
rejeição, preferindo o modo tradicional de operação (algébrico), pois a operação em RPN requer
um pouco mais de atenção. Porém, com um pouco mais de familiaridade com o RPN o usuário irá
perceber suas enormes vantagens frente ao método algébrico.
Seja na computação automatizada ou no cálculo manual assistido por instrumentos de
cálculo, o RPN apresenta as seguintes vantagens:
1. reduz o número de passos lógicos para se realizar operações, portanto o número total de
passos lógicos necessário a um determinado cômputo será sempre menor que aquele que
utiliza a sintaxe convencional (lógica algébrica direta). Assim o RPN economiza tempo e toque
nas teclas, não sendo necessário contar os parênteses ao fazer os cálculos, seguindo um
processo similar à forma como se realizam os cálculos matemáticos manualmente;
2. trabalha com números ordenados à priori, somente definindo a operação ao final, o que o
torna um modo mais lógico, pois o usuário primeiro fornece os números (operandos) e depois
define o operador, ou seja, o que se deseja realizar com esses números;
3. possibilita visualizar os resultados intermediários à medida que os cálculos são realizados,
permitindo ao usuário corrigir erros mais facilmente ao acompanhar as etapas de cálculo;
4. minimiza os erros de computação, automática ou manual assistida;
5. maximiza a velocidade operacional na solução de problemas.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Nota%C3%A7%C3%A3o_polonesa_inversa)
Em 1972, a Hewlett-Packard Co. percebeu que no uso de calculadoras e computadores, o
método de Lukasiewicz era superior às expressões algébricas padrão, e adaptou o RPN para sua
primeira calculadora científica de mão, a HP 35 e continuou adotando nos modelos posteriores.
(http://www.hp.com/latam/br/produtos/calculadoras/rpn.html).
As vantagens da notação RPN podem ser melhor visualizadas na Tabela 1.1, por meio da
contagem de números de passos lógicos operacionais, quando comparado com o modo
convencional. Essa notação tem larga utilização no mundo científico pela fama de permitir uma
linha de raciocínio mais direta durante a formulação, dispensando o uso de parênteses, sem abrir
mão de manter a ordem de resolução.

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Tabela 1.1 – Comparação do número de passos lógicos entre notação convencional e a RPN.
Notação Número de Notação Número de
Operação
convencional passos polonesa reversa passos
 a+b 3 ab+ 3


(a + b)/c 7 ab+c/ 5

       ab*cd*-ef

 
((a*b)-(c*d))/(e*f) 19 11
*/

  √   b2^4a*c*-

((b+SQR(b^2-
28 SQR b + 2 a * / 18

(4*a*c)))/(2*a))^d
d^

Outras vantagens e implicações práticas do modo RPN são:


• os cálculos ocorrem tão logo um operador é especificado;
• calculadoras avaliam facilmente expressões altamente complexas, uma vez que os resultados
intermediários podem ser armazenados automaticamente para serem utilizados futuramente;
• colchetes e parênteses são desnecessários, pois o usuário só precisa realizar os cálculos na
ordem necessária;
• as calculadoras que operam no modo RPN não utilizam a tecla “ = ” (igual) para realizar um
cálculo; porém requerem uma tecla para separar os operandos adjacentes (tecla ENTER);
• o estado da calculadora se constitui sempre de valores em ordem esperando uma operação,
sendo que é impossível entrar com um operador na pilha operacional;
• calculadoras em modo RPN têm a vantagem de forçar o usuário a entender a expressão que
está senso calculada, não é possível simplesmente copiar a expressão da forma como está
escrita no papel para a calculadora e obter o resultado
• a RPN também reflete a forma como cálculos são realizados usando papel e caneta, assim é um
conceito fácil de se ensinar e aprender;
Devido às vantagens do modo de operação RPN sobre o modo algébrico, todo o material
desenvolvido e apresentado nessa apostila será feito utilizando a HP operando em RPN. O uso de
algumas funções das HP49g+ e HP50g é mais fácil operando no modo algébrico, porém
considerando os objetivos dessa apostila, a elaboração de exemplos lidando paralelamente com
ambos os modos de operação implicaria em um material muito extenso. Por isso, caso seja de
interesse do leitor, é deixada a tarefa de consultar os manuais das respectivas calculadoras para
verificar como as funções, teclas, menus, recursos e comandos aqui citados seriam executados no
modo de operação algébrico.
Ressalta-se que todos os comandos, exemplos, funções e posições das teclas descritos ao
longo de toda a apostila são exatamente iguais para ambas as calculadoras HP49g+ e HP50g.

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2. Noções Básicas

2.1. Modos de Operação e Sinalizadores


Uma vez que todo o conteúdo dessa apostila
apostila será desenvolvido utilizando a calculadora HP
no modo de operação RPN, o primeiro passo é mostrar como se faz a alteração de um modo de
operação para outro.
O modo de operação padrão da calculadora é o modo algébrico. Nesse esse modo a tecla `
funciona como se fosse o sinal de “ = ” das calculadoras comuns e assim, assim uma operação no
método algébrico, como por exemplo (4 + 5) x 6 seria realizada com a seguinte sequência de
teclas: 4+5`x6` enquanto que no RPN a sequência seria
4`5+6x.
culadora pela primeira vez o usuário irá deparar com a seguinte tela:
Ao se ligar a calculadora

Para acionar o modo RPN existem duas opções:

a) usar o menu MODE acionado pela tecla H; ou


b) utilizar uma sequência específica de teclas.

No caso da opção (a) ao digitar a tecla H aparecerá a seguinte tela:

Para alterar o modo de operação de “Algebraic” para “RPN” (ou


( vice-versa)
versa) o usuário deverá
colocar o cursor sobre o atual modo de operação e clicar na tecla W ou então clicar em B
que corresponde a acionar a opção CHOOS e em seguida deslocar o cursor para RPN usando a tecla
˜e finalmente clicar @OK@.

Caso o usuário escolha a opção (b) as sequências específicas de teclas são:

• de ALG para RPN: ~c~f!--95`


~c~f!

• de RPN para ALG: 9 5 W`~s~f `

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HP50 4

Nessas sequências de teclas o número 95 representa o sinalizador (flag) ( de


ativação/desativação do modo algébrico. Um sinalizador é uma variável da calculadora que
controla certa operação ou modo da calculadora e que assume o status de ativado ou desativado.
Esse status afeta o comportamento
tamento da calculadora,
calculadora, se for um sinalizador de sistema ou o de um
programa, se for um sinalizador do usuário.
Os sinalizadores de sistema podem ser acessados usando a tecla He clicando em FLAGS. A
d HP. Os que estão assinalados com um são
tela a seguir mostra a visualização dos sinalizadores da
os que estão ativados. Para ativar ou desativar um sinalizador, basta deslocar o cursor até o
sinalizador desejado utilizando as teclas —ou ˜ e então clicar em @/CHK. @/CHK É possível um
deslocamento rápidoido do cursor, bastando teclar umm número de (0 a 9) para deslocar o cursor para
o grupo de flags que começa com esse número. Note que a descrição do texto ao lado do número
do sinalizador se altera, indicando o efeito no sistema. Pressione @OK@ para confirmar a(s)
ção(ões) escolhida(s) para os sinalizadores e sair do menu ou CANCL para cancelar as
definição(ões)
alterações feitas e sair do menu.

Alguns doss principais sinalizadores da HP e seus respectivos efeitos sobre o sistema são
apresentados na Tabela 2.1 a seguir. Exemplos
mplos de sua utilização e comentários sobre os demais
serão realizados na medida em que forem sendo utilizados ao longo dessa apostila.
apostila

Tabela 2.1 – Principais sinalizadores das calculadoras HP e seus efeitos sobre o sistema.
Sinalizador
Definição
ão Ativado () Desativado
(Flag)
02 Exibe uma constante Exibe valor numérico Exibe o símbolo
03 Exibe uma
ma função Exibe valor numérico Exibe a expressão
40 Relógio digital Exibe o relógio Não exibe o relógio
51 Separador decimal Separador é vírgula Separador é ponto
56 Sinal sonoro Sem som de beep Com som de beep
72 Fonte de texto da pilha Mini fonte Fonte do Display Mode
90 Fonte de texto dos menus Mini fonte Fonte do Display Mode
95 Modo de operação Algébrico RPN
97 Listas Disposição vertical Disposição Horizontal
103 Modo Complexo Ativado Desativado
105 Modo de cálculo CAS Modo Aproximado Modo Exato
117 Exibição dos menus Lado a lado (Soft Menu) Em caixa (Choose Boxes)
128 Tipo de variáveis Reais Complexas

A alteração do status de alguns sinalizadores


sinalizadores também pode ser realizada dentro de menus
específicos da calculadora e não necessariamente seguindo os passos descritos anteriormente.
Algumas alternativas de alteração dos sinalizadores dentro de menus serão comentadas em itens
específicos dessa apostila.
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2.2. Configuração básica da HP


A configuração básica da HP é realizada dentro do ambiente “CALCULATOR MODES”
acessado por meio da tecla H. Nesse ambiente é possível definir: o modo de operação (RPN ou
ALG, visto no item anterior); o formato do número que será exibido na calculadora (Number
Format); o tipo de separador decimal (FM = Fraction Mark); a unidade de medida de ângulos
planos (Angle Measure) ; o sistema de coordenadas (Coord System); a ativação do sinal sonoro
(Beep); clique de tecla (Key Click) e última pilha (Last Stack). Cada uma dessas opções de
configuração é detalhada a seguir.

Formato Numérico (Number Format)

Utilizando as teclas de movimentação do cursor, ressalte a opção Number Format dentro


do ambiente “CALCULATOR MODES”. Para alternar entre as quatro opções disponíveis o usuário
poderá usar a tecla Wou então selecionar o menu CHOOS e escolher uma opção usando o cursor
e em seguida clicando em @OK@ para confirmar. As características de cada formato são descritas a
seguir:

• Formato Padrão (Std) – apresenta números que usam precisão completa. Todos os números
significativos à direita do ponto decimal são mostrados até 12 dígitos. Os números inteiros são
mostrados sem nenhum zero decimal, qualquer que seja ele. Os números com caracteres
decimais diferentes de zero são ajustados no visor para que apenas os números decimais
necessários sejam mostrados.

• Formato Fixo (Fix) – apresenta números arredondados para um número específico de casas
decimais. É interessante quando se trabalha com uma precisão limitada. Números reais são
apresentados no visor com separador de dígitos (de três em três) e as casas decimais podem
ser separadas do número inteiro utilizando-se vírgula ou ponto. Os números inteiros que são
separados em conjuntos de três, utilizam o marcador inverso daquele que separa as casas
decimais (ou seja, ponto se o separador decimal for vírgula e vice-versa). É possível selecionar
o número específico de casas decimais colocando o cursor no campo adjacente ao campo do
formato e indicar o número de casas decimais desejadas de duas maneiras: digitando o
número diretamente no campo ou utilizando o menu CHOOS e em seguida as teclas de
movimentação do cursor. O número é mostrado na calculadora de forma arredondada, mas
internamente todas as casas decimais continuam sendo consideradas. É possível definir entre
0 e 11 casas decimais, lembrando que a HP possui uma limitação de armazenamento de 12
dígitos significativos.

• Formato científico (Sci) – apresenta um número em notação científica, com uma mantissa
com 1 dígito à esquerda do ponto decimal e um número específico de casas decimais, definido
pelo usuário e um expoente para a potência de 10. A forma de definição do número de casas
decimais é feita seguindo o mesmo procedimento do formato fixo.

• Formato engenharia (Eng) – é semelhante ao modo científico, sendo que os expoentes da


potência de 10 serão necessariamente múltiplos de três.

A Tabela 2.2 apresenta a forma com a calculadora exibe números nos diferentes formatos.

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HP50 6

Tabela 2.2 – Forma de apresentação


presentação do resultado de uma operação matemática nos diferentes
formatos disponíveis na calculadora HP.

Operação
Formato inserir o número 456,87654321009988
calcular 5450 ÷ 3
que tem 14 dígitos após a vírgula

Padrão

Fixo c/ 4 casas
decimais

Científico c/ 3
casas decimais

Engenharia c/ 2
casas decimais

OBS: notar que no caso da segunda coluna, para escrever na notação de engenharia a calculadora
não usa 0,46E3 pois esse formato procura manter sempre um algarismo diferente de zero antes da
vírgula. Por isso é mantido 457,E0
E0 e considera-se
considera se o E0 como as duas casas decimais. Se fosse usada
uma notação com, por exemplo, 4 casas decimais, a calculadora apresentaria 456,88E0.

Separador Decimal
D (FM = Fraction Mark)

Na calculadora HP é possível
ossível optar entre dois tipos de separadores de casas decimais: o
ponto ou a vírgula. O usuário poderá trabalhar com o separador que melhor lhe convier, sem que
isso cause qualquer alteração na forma como a calculadora opera. Para escolher o tipo de
H mova o cursor até o campo FM e pressione Wou @/CHK para
separador decimal, pressione H,
alterar a opção. O símbolo àà frente do campo _FM indica que o separador decimal será a vírgula.
Na HP também existe um separador de variáveis, usado, por exemplo, para separar s
argumentos de uma função. Esse separador é uma vírgula que é inserida na calculadora teclando
@#.. Quando o separador decimal selecionado é a “,” esse separador de argumentos é
visualizado como “;” e quando o separador decimal é o ponto “.”, ele é visualizado
visualizado como “,” (que é
o símbolo do teclado). Portanto é preciso estar atento ao separador decimal escolhido para utilizar
corretamente o separador de argumentos e também para interpretar os resultados numéricos
num
mostrados no visor da HP.. Além disso, dependendo
dep do separador decimal escolhido,
escolhido números com
mais de três algarismos significativos na parte inteira apresentarão separadores distintos desses
números em blocos de três. Veja os exemplos a seguir.

Separador decimal Separador de dígitos Separador dee argumentos


. 478,932.45 (A, B, 89)
, 478.932,45 (A; B; 89)

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Unidade de Medida de Ângulos Planos (Angle Measure)

A HP fornece três opções diferentes de unidades de medida de ângulos planos:


• Graus (Degrees): existem 360 graus (360o) em uma circunferência completa ou 90o em um
ângulo reto. Essa opção é mais usada em cálculos envolvendo geometria básica e cálculos
mecânicos e estruturais.
• Radianos (Radians): existem 2π radianos (2π rad) em uma circunferênica completa ou π/2 rad
em um ângulo reto. Essa opção é principalmente usada para resolver problemas matemáticos e
físicos e é a opção padrão da HP.
• Grados (Grades): existem 400 grados (400 gon) em uma circunferência completa ou 100 gon
em um ângulo reto.

Curiosidade: o grado é uma unidade de medida de ângulos planos equivalente


a π/200 radianos ou 0,9 grau. O símbolo internacional para esta unidade é "gon"
(de acordo com a ISO 31-1). Outros símbolos usados no passado incluíam "gr",
"grd", e "g", o último algumas vezes escrito como um sobrescrito, de modo similar
g
ao símbolo de grau: 50 = 45°.

A unidade de medida de ângulo plano afeta as funções trigonométricas como seno, co-seno
e tangente e associadas. Para alterar o modo de medida do ângulo, use o seguinte procedimento:
pressione o botão H, movimente o cursor teclando ˜duas vezes. Selecione o modo Angle
Measure usando a tecla \ ou pressionando @CHOOS e as teclas de seta — ˜, para selecionar
o modo e pressione @OK@ para completar a operação. A opção de unidade de ângulo plano é
indicada na parte superior esquerda do visor da HP, apresentando DEG, RAD ou GRAD.

Sistema de Coordenadas (Coord. System)

A seleção de um sistema de coordenadas afeta a forma com que os vetores e números


complexos são exibidos e inseridos na HP. Existem três opções de sistemas de coordenadas:
• cartesiano ou retangular, no qual um ponto P terá três coordenadas lineares (x, y, z) medidas
da origem ao longo de cada um dos três eixos mutualmente perpendiculares (no modo 2D a
coordenada z é considerada como 0);
• polar ou cilíndrico, no qual as coordenadas de um ponto são (r, θ, z) sendo r a distância medida
da origem no plano xy e θ é o ângulo que a distância radial r forma com o eixo x medido como
positivo no sentido antihorário e z é a mesma coordenada do sistema cartesiano (também no
modo 2D, z é considerado como 0);
• esférico, no qual as coordenadas de um ponto são (ρ, θ, ϕ) sendo ρ uma distância radial
medida de um ponto de origem de um sistema cartesiano, θ é o ângulo que representa o
ângulo formado pela projeção da distância linear ρ no eixo xy (similar a θ no sistema polar) e ϕ
é o ângulo do eixo z positivo para a distância ρ radial.
Números complexos são vetores bidimensionais e podem ser dispostos em coordenadas
retangulares ((X,Y) ou [X Y]) ou polares ((R,~)ou [R ~]). Vetores tridimensionais
podem ser dispostos em coordenadas retangulares ([X Y Z]), cilíndricas ([R ~ Z]) ou
esféricas ( [R ~ ~]).
Para mudar o sistema de coordenadas o usuário pode seguir os mesmos passos já descritos
anteriormente para as demais opções de configuração da HP.

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Sinal Sonoro, Clique de Tecla e Última Pilha (Beep,


(Beep, Key Click, Last Stack)

Na última linha do ambiente CALCULATOR C MODES encontram-se


encontram as opções:
Stack Ao colocar o curso em cada uma delas e teclar Wou @/CHK a
_ Beep _ Key Click _ Last Stack.
marca de verificação  irá indicar que a opção foi ativada.
ativada A seguir são apresentadas as descrições
desc
de cada uma dessas opções:
• Beep: quando
uando selecionado, o sinal
s sonoro (beep) da calculadora é ativado. Esta operação se
aplica principalmente para mensagens de erro.erro Aconselha-sese a deixar essa opção desativada,
principalmente em ambientes de estudo parapa não incomodar.
• Key Click: quando
uando selecionado, cada tecla produz um som de “clique” ao ser acionada (para
isso, a opção beep também deverá estar ativada). Pode ser útil para se certificar que todas as
teclas foram realmente acionadas, porém também é inconveniente
inconveniente em ambientes de estudo.
• Last Stack: mantém
antém os conteúdos da última entrada da pilha para uso com as funções UNDO e
ANS,, última operação realizada se for preciso usá-la
usá la para um novo cálculo.

Sistema Algébrico do Computador (CAS)

Dentro do ambientee CALCULATOR MODES existe o diretório @CAS que acessa o sistema
algébrico do computador (CAS = Computer Algebraic System). ). O CAS é o centro matemático da
calculadora no qual as operações e funções matemáticas simbólicas e funções são programadas.
As configurações do CAS podem e devem ser ajustadas
ajustadas de acordo com o tipo de operação que
será realizada pela HP. A tela abaixo ilustra o ambiente CAS da HP.

Para navegar através das diversas opções no formulário de entrada CAS MODES, use as
teclas de setas: š™˜— —. Para selecionar ou alterar a seleção ão de qualquer uma das
configurações, selecione o campo à frente da opção de interesse acionando a tecla @/CHK até que
a configuração correta seja alcançada. Quando uma opção for selecionada, a marca de verificação
confirmar as seleções realizadas, tecle @OK@ para retornar ao
será mostrada no sublinhado.. Para confirmar
ambiente CALCULATOR MODES.
As opções de configuração do CAS são as seguintes:
• Selecionar a variável independente: muitas funções da HP usam uma variável independente
pré-determinada
determinada e o padrão adotado
adotado para essa variável é a letra X (maiúscula). O usuário pode
alterar essa variável por outra letra ou combinação de letras e números (nesse caso,
começando sempre com um número), para isso é só editar o campo Indep var na caixa CAS
MODES.

Importante: a HP
P possui uma variável chamada VX que fica localizada em um diretório
{HOME CASDIR}, na qual é armazenada como padrão a letra X, X, a qual é utilizada como variável
independente para aplicações algébricas e de cálculo. O uso de outros nomes de variáveis
independentes
pendentes com algumas funções da HP pode fazer com que o CAS não funcione
corretamente! Nesse caso, o valor de VX deverá ser alterado de forma adequada.
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• Módulo (Modulo):: a opção módulo apresenta um número padrão (13) usado na aritmética
modular. Informações
ações detalhadas sobre a aritmética modular da HP podem ser encontradas no
manual do fabricante.
• Modo numérico e simbólico (Numeric):
( quando o CAS numérico for selecionado,
cionado, serão exibidos
os valores numéricos de certas constantes na calculadora, caso contrário, serão exibidos seus
respectivos símbolos.
• Modo aproximado e exato (Approx
Approx): quando selecionado as operações simbólicas (ex: integrais
definidas, raízes quadradas,
adas, etc) serão calculadas numericamente. Se estiver desmarcado
(modo exato ativado), as operações simbólicas serão calculadas como expressões algébricas
sempre que isso for possível. O exemplo abaixo mostra o visor da HP para cada um desses
modos.

Visualização do resultado no visor da HP em função do modo


Operação Sequência de teclas na HP
Numérico + Aproximado Simbólico + Exato

5`8+R

7`4/@Q

 Dica:
Um atalho de teclado para alternar entre o
modo APPROX e EXACT é pressionar a tecla
@ e mantendo-a pressionada, teclar `.

No modo Exato sempre que um número inteiro é inserido ele aparece no visor do jeito que foi
digitado, sem nenhuma casa decimal, independente
independe do formato numérico escolhido. Caso o modo
Aproximado esteja ativado, quando se insere na pilha um número inteiro, ele é automaticamente
transformado em real e se adapta ao formato numérico escolhido.

Se você está realizando um cálculo como por exemplo 7 ÷ 4 e o visor da calculadora indica

há duas maneiras de visualizar o resultado dessa divisão: alterar o modo Exato para Aproximado no CAS da HP
igitar @` que ativa a função → NUM. Essa função também pode ser
(equivale a ativar o flag 105) ou digitar
usada quando se tem uma constante simbólica e se deseja saber seu valor numérico.

Os demais modos do CAS não serão abordados nessa apostila e recomenda-se


recomenda ao leitor a
consulta ao manual do fabricante para
par obter maiores detalhes sobre eles.

Menu de Modos de Exibição (DISP)

É possível personalizar o visor da calculadora de acordo com as preferências do usuário. O visor


da calculadora pode ser personalizado com as suas preferências.
preferências. Para verificar a configuração
confi
atual pressione H e em seguida @@DISP@ (D) para exibir o ambiente DISPLAY MODES. Para
navegação utilize as teclas: š™˜—.
š™˜ Para selecionar ou alterar a seleção de qualquer uma
das configurações selecione o subjacente antes da opção de interesse e alterne erne a tecla @/CHK@@ até
que a configuração desejada seja alcançada. Quando uma opção for selecionada a marca de
verificação ()será mostrada sublinhada. A tela a seguir mostra o ambiente DISPLAY MODES.
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HP50 10

As opções desse ambiente são:


• Font - permite escolher
lher o tamanho da fonte do visor dentre Ft8, Ft7 ou Ft6. O uso de Ft6
permite visualizar até 9 níveis na pilha da calculadora (veja as telas a seguir). A opção Browse dá
acesso à memória da calculadora, permitindo navegar à procura de fontes que possam ter sido
criadas ou instaladas pelo usuário.

System Font8 System Font7 System Font6

• Edit - nessa linha existem as opções _Small, _Full Page e _Indent que quando ativadas, têm o
seguinte efeito, respectivamente: altera o tamanho
tamanho da fonte para pequeno; permite colocar o
cursor depois do final da linha e permite avanço automático do cursor ao introduzir mudança
de linha.
• Stack - as opções nesse caso são:são _Small que altera o tamanho da fonte para pequeno e
maximiza o volume de informações
ormações exibidas no visor (se ativada substitui equivale também a
selecionar a opção Small do Edit) ou _Textbook que exibe expressões matemáticas no modo
matemática gráfica.
• EQW - as opções são: _Small altera o tamanho da fonte para pequeno enquanto usa o Editor de
Equação; _Small Stack Disp mostra a fonte pequena na pilha para a exibição do estilo texto.
• Header - corresponde ao tamanho do cabeçalho. A HP utiliza o valor 2 como padrão, isso
significa que a parte superior do visor conterá duas linhas, uma que mostra a configuração
atual e a outra que mostra o subdiretório atual. Essa opção pode ser alterada para 1 ou 0.
• Clock e Analog - quando selecionadas exibirão no canto superior direito do d visor um relógio
com as horas em formato digital ou analógico.
analógico A opção Analog só funciona com Clock também
ativado. O relógio só é mostrado se o cabeçalho apresentar espaço suficiente.
Após apresentar as noções básicas de configuração da HP, as telas a seguir ilustram a
configuração que será adotada nos exemplos e ilustrações
ilustrações desenvolvidos (exceto quando forem
mencionadas
ionadas alterações específicas) e os seguintes flags deverão estar necessariamente ativados:
02, 03, 51, 56, 105, 117 e 128.

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HP50 11

2.3. Organização do Visor


Na maior parte das operações realizadas com as calculadoras HP49g+ e HP50g o visor pode
ser dividido em três seções, conforme mostra a tela abaixo, na qual cada uma das seções é
indicada.
Cabeçalho

Níveis da pilha
operacional

Rótulos de menus
O cabeçalho contém duas linhas com informações que descrevem as configurações atuais da
eira linha mostra os caracteres RAD XYZ DEC R= 'X',
calculadora. A primeira 'X' indicando que a
HP está configurada para ângulos em radianos, sistema de coordenadas retangulares, base
decimal, números reais, modo exato,
exato, a variável independente é ‘X’ e modo de operação é RPN. A
da linha mostra o diretório atual {HOME} e também informações da hora e data.
segunda
No campo acima do horário e data, aparecem também algumas indicações do status da
calculadora:
• ALG – indica que a calculadora está operando no modo algébrico (não (não há nenhuma indicação
indi
no cabeçalho quando o modo de operação é o RPN); RPN
• HALT – indica que a execução de um programa foi interrompida (para continuar a execução
tecle !=).
• PRG – indica que o modo de programação está ativado.
Deixa-se
se para o usuário a tarefa de verificar as indicações para outros tipos de configuração.
A área acima do cabeçalho é reservada para apresentar alguns anunciadores que indicam o
estado da calculadora. Esses anunciadores são:

% Shift-esquerdo ativado
Shift
^ Shift
Shift-direito ativado
α Teclado alfabético ativado
((•)) Alerta: bateria fraca
 Ocupado – incapaz de receber nova entrada
Transmitindo dados para um dispositivo externo

No seção de rótulos de menus os menus @EDIT @VIEW @STACK @@RCL@@ @PURGE !CLEAR estão
associados com as seis teclas,, F1 até F6: ABCDEF. Os seis menus exibidos na
parte inferior do visor serão alterados dependendo de qual menu principal está sendo exibido.
Mas A será sempre associada com o primeiro símbolo exibido, B com o segundo e assim
por diante.
A pilha operacional é um conjuntoconjunto de endereços de armazenamento de memória para
números e outros objetos. Estes endereços são chamados de níveis 1, 2, 3, etc da pilha. O número
de níveis muda de acordo com a quantidade de objetos armazenados na pilha, desde nenhum até
centenas.
Na medida
edida em que números ou objetos são colocados na pilha, a mesma cresce para poder
acomodá-los,los, os novos dados ocupam o nível 1 da pilha e os demais sobem um nível cada um.
Quando se utilizam dados da pilha, por exemplo realizando algum cálculo, os níveis da d pilha
decrescem e os dados descem na pilha. A linha de comando aparece sempre que o usuário
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HP50 12

começa a teclar ou editar um texto. As linhas da pilha sobem um nível de modo a criar um
ambiente que é ocupado pela linha de comando. Se mais de 21 caracteres foremfo teclados, a
informação irá rolar para o lado esquerdo do visor e reticências irão aparecer, indicando que
existem mais informaçõess naquela direção (vide tela abaixo) e quando esse número (ou
expressão) é inserido na pilha, uma seta no lado direito do visor
v indica
ca que uma parte da
visualizá totalmente tecle I VIEW e movimente o cursor.
informação está oculta. Para visualizá-la

Entrando com o número. Número ocupando nível 1 da pilha.

As telas a seguir mostram exemplos de acomodação de dados na pilha operacional.

Tela com três níveis da pilha. Na linha Tela com quatro níveis da pilha. Sendo Tela com sete níveis da pilha, mostrando
o o
inferior (linha de comando), o valor 25 que o valor 25 ocupa o nível 1 após ter do 3 ao 9 nível. Para subir na pilha e
está sendo digitado. entrado na pilha e os demais subiram um visualizar os níveis superiores use a tecla
nível. —.

2.4. Organização do Teclado


A figura abaixo, retirada do Manual do Usuário da HP, mostra um diagrama do teclado da
calculadora, com a numeração de suas linhas e colunas.

Coluna
Linha:

Coluna

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Pela figura anterior, vê-se que as 10 linhas podem estar combinadas com 3, 5 ou 6 colunas.
Existem 4 teclas de setas no lado direito do teclado, ocupado pelas linhas 2 e 3. Cada tecla tem de
3 a 5 funções. A função principal da tecla corresponde ao símbolo mais proeminente. Pode-se
fazer uso combinado das teclas de shift esquerdo (!, tecla verde na HP49g+ e branca na
HP50G); shift direito (@, tecla vermelha na HP49g+ e laranja na HP50G) e a tecla ~ (amarela
para ambas as HP), com outras teclas para ativar funções alternativas que não são mostradas no
teclado.
Uma tecla pode ter até 6 funções associadas a ela:
a) Função primária: representada pelos rótulos impressos no primeiro plano de cada tecla. Ex: os
números de 0 a 9, as quatro operações básicas, as setas de deslocamento, etc.
b) Função com shift-esquerdo: é ativada pressionando-se a tecla !. As teclas de shift-
esquerdo ativam as funções que se localizam acima e à esquerda da tecla primária
correspondente.
c) Função com shift-direito: é ativada pressionando-se a tecla @. As teclas de shift-direito
ativam as funções que se localizam acima e à direita da tecla primária correspondente.
d) Função alpha: é ativada pressionando-se a tecla ~ para inserir uma letra maiúscula.
e) Função alpha-shift-esquerdo: é ativada combinando ~!para inserir uma letra minúscula.
f) Função alpha-shift-direito: ativada combinando ~@para inserir um caractere especial (a
figura a seguir mostra os caracteres que podem ser inseridos usando essa função).

Para digitar vários caracteres alfabéticos em seguida, basta pressionar a tecla ~ 2 vezes
seguidas para travar o modo de entrada alfabética (para isso o flag 60 deverá estar desativado), o
que será indicado pela presença do anunciador α acima do cabeçalho da HP. Digite os caracteres e
depois pressione ~ novamente para destravar. Pode-se também manter pressionada a tecla
~, digitar os caracteres desejados e, em seguida, soltar a tecla ~. Na Tabela 2.3 são
apresentados alguns resultados que são obtidos no visor da HP após uma seqüência de teclas.

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Tabela 2.3 – Resultados


esultados visualizados na HP após uma sequência
seq ência de teclas.

Seqüência Resultado no visor


~A ~ B ~ C ABC
~ (segure) ABC (solte) ABC
~ ~ ABC ~ ABC
~ A ~!~ B ~C AbC
~ (segure) A !B C (solte) AbC
~ ~ A ! BC ~ AbC
~ ~ ! ~ABC ~ abc
~@A~@ B ~@ C αβ∆

A calculadora HP também permite escrever 255 caracteres especiais.


especiai A maioria deles se
encontra acessível no teclado da calculadora, mas para aqueles cuja seqüência de acesso não é tão
fácil de ser memorizada, pode-se se utilizar o aplicativo CHARS,, que permite selecionar caracteres
diretamente do visor e inseri-los
los na posição do cursor. Para acessar esse aplicativo, tecle …±
(associado com a tecla EVAL), que permitirá visualizar a seguinte tela:

Mova o cursor até o caractere desejado usando š™˜—e para inserir o caractere
selecionado tecle @ECHO1 (insere o caractere e volta para a pilha) ou @ECHO (insere o caractere e
continua no ambiente de caracteres especiais). Para finalizar digite `ou ou $. O menu @MODIF
permite modificar o caractere. No canto
canto inferior esquerdo do visor é mostrada a sequência de
teclas que representam o atalho para acessar o caractere que está ressaltado (ao lado dessa
sequência é mostrado o número do caractere).
esquerdo associadas com as teclas A a F são utilizadas com a
As seis funções shift-esquerdo
configuração e produção de gráficos e tabelas e serão discutidas detalhadamente no capítulo
sobre gráficos. Ressalta-se
se aqui que ao usar estas funções no modo RPN, é necessário pressionar a
tecla ! simultaneamente com a tecla desejada (A a F).
Existem 5 teclas de cursor: š™˜— ƒ(sendo que essa última contém duas funções
DEL e CLEAR, acionadas pelas teclas de shift). Estas tecla diferem-se se das demais porque seu
comportamento depende se o cursor se encontra visível no visor ou não. Quando
Qua o cursor estiver
visível, o comportamento dessas teclas pode ser resumido da seguinte forma, de acordo com a
Tabela 2.4.
Sem o cursor estar visível, a tecla ƒ é usada para apagar um nível por vez da pilha
operacional e as funções DEL e CLEAR podem ser ser usadas indistintamente para apagar todos os
níveis da pilha operacional de uma só vez. Em geral, a função DEL é usada para apagar variáveis e a
função CLEAR para apagar a pilha.

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Tabela 2.4 – Comportamento das teclas de cursor.

Tecla Sem shift direito ativado Com shift direito ativado


š move o cursor para a esquerda move o cursor para o início
™ mover o cursor para a direita move o cursor para o final
˜ move o cursor para baixo move o cursor para o fundo
— move o cursor para cima move o cursor para o topo
ƒ deleta o caractere anterior deleta todos os caracteres prévios até o início

As quatro setas de cursor também têm funções importantes associadas a elas, que são
acionadas quando o cursor não está visível. São elas:

Tecla Função (descrição)


š Entra no ambiente de gráfico
™ SWAP = troca os níveis 1 e 2 da pilha
˜ Ativa modo de edição
— Ativa menu de operações de pilha

☺ Duas dicas importantes:

1) É possível ajustar o contraste do visor de sua HP para economizar a carga das


pilhas. Para isso basta pressionar simultaneamente a tecla $ e a tecla +
(para aumentar o contraste) ou - (para diminuir o contraste).
2) A tecla $ quando pressionada uma vez, cancela elimina mensagens de erro
que aparecem no visor da HP destravando a calculadora e também pode ser
usada para sair de ambientes e menus, cancelando a operação em curso.

2.5. Objetos da Calculadora

Daqui pra frente o conteúdo refere-se aos comandos e teclas da HP48


(é o que precisa ser modificado para ficar atualizado com a HP50g)

2 – Operações Básicas

2.1 – Soma, subtração, multiplicação, divisão

As operações básicas sempre operam com os primeiros níveis da pilha operacional, ou seja, ao
entrar com os números na pilha e teclar a tecla de adição, os dois primeiros níveis serão
somados. Se for acionada nova operação, será realizada com o resultado obtido na primeira
operação e o próximo número da pilha operacional.
Para entrar com os dados na pilha o usuário poderá optar pelo uso da tecla ! que irá
armazenar um dado em cada nível da pilha operacional ou então poderá utilizar a tecla ) que
irá alocar os números na linha de comando, separando-os com um espaço em branco. Veja os
exemplos nas figuras abaixo.

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Exemplo: Calcular 78 + 34

Seqüência utilizando a tecla !: Seqüência utilizando a tecla ):


78 ! 34 + 78 ) 34 +

obs: note que a tecla ! deve ser acionada apenas entre números, não sendo necessária ser
acionada entre o último número e a operação (a menos que o usuário deseje).

Exemplo: Calcular (15 + 5) x (2 + 3)

Seqüência de teclas Visor Comentários


Mostra no nível 1 da pilha o
15!5+
resultado da adição de 15 e 5.

Mostra no nível 2 da pilha o


2!3+ resultado anterior e no nível 1 o
resultado da adição de 2 e 3.
Mostra no nível 1 da pilha o
* resultado da multiplicação dos
dois resultados anteriores.

Exemplo: calcular [ (45 – 5) x (90 + 10) ] ÷ 20

Seqüência de teclas Visor Comentários

Mostra no nível 1 o resultado


45!5-
de (45 – 5)

Mostra no nível 1 o resultado


90 ! 10 + *
de (45 – 5) x (90 + 10)

Mostra o resultado da divisão


20 /
do número anterior por 20

2.2 – Exponenciação e radiciação

As teclas que realizam as operações de exponenciação e radiciação, inclusive as que operam


com logaritmos (base 10 e logaritmo natural), são as seguintes: V, W (a tecla X permite obter
o inverso do número que está ocupando o nível 1 da pilha) que com o acionamento das teclas de
shift (% e ^) permitem acessar as demais funções, que são:
1) Elevar ao quadrado o número que está no nível 1 da pilha: % V
2) Obter a n-ésima raiz (nível 1) de um número que está no nível 2 da pilha: ^ V
3) Obter o resultado de 10 elevado ao número que está no nível 1 da pilha: % W
4) Obter o valor do logaritmo (base 10) do número que está no nível 1 da pilha: ^ W
5) Obter o resultado de e (= 2,718282...) elevado ao número que está no nível 1 da pilha: % X
6) Obter o valor do logaritmo natural (base e) do número que está no nível 1 da pilha: ^ X

obs: as teclas que utilizam apenas um número, x, podem ser acionadas sem a necessidade de
entrar com esse número na pilha operacional. Basta digitá-lo na linha de comando e acionar a
função.
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3 1  1 
Exemplo: calcular 4e 8
+ − log 567 + (56 2 − 4 3 ) − ln 
7  345 
Seqüência de teclas Visor Comentários
(HP48)

4!8! Mostra o valor do primeiro termo da


3^V%X* expressão do exemplo

Inverte o valor da raiz quadrada de 7,


soma com o resultado anterior (29,5562),
7VX+5 obtém o log10 de 567 e subtrai dessa
67^W- soma. Notar que nessa seqüência não
foi feito uso da tecla !
Calcula os dois últimos termos da
expressão que são adicionado e
subtraído, respectivamente, obtendo o
56%V4! resultado final da expressão. Notar que
3W-+34 nessa seqüência, foi preciso usar a tecla
5X^X- ! para elevar 4 ao cubo, pois são 2
números distintos (y e x). Nesse caso, y
deverá estar um nível acima de x, para
que a tecla W seja usada corretamente.

2.3 – Cálculos com expoentes fracionários, negativos e potências de 10

Finalizando este item de operações elementares, serão abordados os cálculos com expoentes
fracionários, negativos e como escrever números em potências de 10.
A tecla Y é a responsável pela troca de sinal de um número, de positivo para negativo e vice-
versa. Para criar um expoente negativo, basta digitar o número desejado e em seguida trocar o
seu sinal, utilizando essa tecla. Para se operar com expoentes fracionários, basta obter o valor
correspondente ao expoente e depois aplicar a função W.

−2 1
Exemplo: calcular 5 + 2
5
8
Seqüência de teclas Visor Comentários

Entra com o valor 5 (y), digita-se o valor


5!2YW de x (= -2) e aplica-se a função W

Entra com a base (8) prepara o


expoente dividindo 2 por 5 (=0,4), eleva
8!2!5 a base (y) a esse resultado (x), obtendo
/WX+ (2,2974), inverte esse valor e soma com
o resultado anterior, obtendo o valor
final da expressão.

Para operar com potências de 10, faz-se uso da tecla Z, que gera na tecla um número que
representa 10 elevado a um expoente qualquer.

Exemplo: calcular 5x104 + 6x103

Seqüência de teclas Visor Comentários

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 18

4
Digita o valor 5x10 na linha de
comando, devendo digitar primeiro o
5Z4 número que vem antes da potência de
10 e depois o expoente.

! Entre com o valor na pilha operacional

Digita o valor do segundo termo e faz-se


6Z3+ a adição entre os números

Exercícios:

Calcule os valores das seguintes expressões, utilizando as operações básicas de sua calculadora
HP 48:

1) 345 – 234 + (678 – 25).(25987 ÷ 134) = 126749,1418


2) [457 – 15.(2345 ÷ 12) + 234] = - 2240,25
3) 2x104 – (5x103).(7x10-2) + 3x102 = 19950,00
4) 34 – 52 + 2/(4-3) = 184,00

5) 765 − 2,5
1
( )
+ ln 124 − e
−4
5
 1 
+ log  = 765,1201
456  56,8 

4 – Diretórios e Variáveis

Para facilitar cálculos e organizar melhor as variáveis na HP, o usuário poderá criar diversos
diretórios e subdiretórios, nos quais serão armazenadas as variáveis de interesse. O diretório
principal da HP é o diretório HOME, que é uma seção da memória da calculadora que funciona da
mesma maneira que um disquete de computador. Cada objeto ou variável inserido nesse diretório
é análogo a um arquivo de computador em um disquete. Embora muitos diretórios e subdiretórios
possam ser criados dentro do diretório HOME, apenas um único diretório pode estar ativado por
vez e o seu nome é mostrado na área de estado do visor.

Diretório HP48

4.1 – Criação de diretórios

A seguir são apresentados os passos para criar o diretório HP48, o qual será utilizado para
armazenar outros subdiretórios e variáveis que serão utilizados no decorrer deste curso.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 19

Passo Ação Tela

Digite ^ J para acessar o menu de subdiretórios


e variáveis do diretório HOME (a tela em branco e
1 demais opções de menu em branco na barra
inferior indicam que não existem variáveis e
subdiretórios em HOME)

Para criar um novo objeto (diretório ou variável)


2
clicar em @NEW@

Digitar Q Q para deixar o cursor no campo do


diretório e clicar em @/CHK ativar a criação do
3
diretório. Em seguida digitar K para ativar o campo
no qual será inserido o nome do diretório.

Clicar na opção @EDIT@ para editar o nome do


4 diretório que será criado. Digitar $$ para travar o
teclado alfabético e digitar HP48 $@OK@

Digitar @OK@ novamente para sair do menu de


criação de novos diretórios. Agora o subdiretório
5 HP48 aparece como um dos objetos do diretório
HOME. A indicação DIR END mostra que HP48 é
um diretório.

Clicar L e em seguida @OK@ para voltar ao visor


com a pilha operacional. Agora o diretório HP48
6 aparece na barra inferior de menus do diretório
HOME. Para acessar o diretório HP48, basta digitar
a tecla branca correspondente ao diretório.

4.2 – Criação e armazenamento de variáveis

Para criar variáveis que serão armazenadas em diretórios, segue-se um procedimento


semelhante ao da criação de diretórios. Como exemplo será criada a variável TC, dentro do
diretório HP 48, que conterá o valor da temperatura crítica da água. Os passos utilizados nesse
procedimento são apresentados a seguir.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 20

Passo Ação Tela

Clicar na tecla branca referente ao diretório HP48 para ativar


este diretório. Note que na área de estado aparecerá entre
1 chaves o diretório atual. A barra de menu está toda em
branco pois ainda não existe nenhuma variável nesse
diretório.

Digitar ^ J para acessar o menu de subdiretórios e


variáveis do diretório HP48 (a tela em branco e demais
2
opções de menu em branco na barra inferior indicam que
não existem variáveis e subdiretórios em HP48)

Para criar um novo objeto (diretório ou variável) clicar em


3 @NEW@. Poderia ser criado um novo subdiretório dentro de
HP48, mas nesse exemplo será criada uma nova variável.

Com o campo OBJECT selecionado, clicar em @EDIT@ para


fazer a edição do novo objeto, no caso, a nova variável
(temperatura crítica da água = 647,4 K). Digitar
4 647.4 na linha onde está o cursor. Em seguida,
teclar @OK@ ou ! para entrar com o valor numérico no
campo OBJECT. Automaticamente será ativado o campo
NAME para que o usuário possa digitar o nome da variável.
Para entrar com o nome da variável, teclar novamente @EDIT@.
O cursor muda para a linha inferior da tela e o nome da
variável pode ser teclado, por exemplo travando-se o teclado
alfabético. Digitar $$ T C e em seguida @OK@ ou
5
!para entrar com o nome da variável (TC). Se optar por
teclar @OK@ lembrar de teclar $ antes, para poder destravar o
teclado alfabético, caso contrário, aparecerá a letra F no
nome da variável.

Clicando novamente em @OK@ irá aparecer a tela que contém


6 as variáveis e subdiretórios do diretório HP48. No caso, a
única variável é TC e ao lado dela aparecerá seu valor.

Clicar L e em seguida @OK@ para voltar ao visor com a pilha


operacional. Agora a variável TC aparece na barra inferior de
7 menus do diretório HP48. Para recuperar o valor da variável
na tela, colocando-o no primeiro nível da pilha operacional,
basta digitar a tecla branca correspondente à variável.

O usuário poderá ter acesso imediato a todas as variáveis e subdiretórios armazenados em um


diretório, bastando para isso pressionar j para que elas sejam exibidas na barra de menus na
parte inferior do visor. Se houver mais de seis objetos no diretório em questão, pressionar l
para acessar os demais.

Dicas para armazenamento e uso de variáveis:


• armazene no diretório HOME variáveis que você deseja acessar de qualquer diretório;

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 21

• armazene variáveis específicas, utilizadas apenas em alguns casos, em diretórios específicos


que utilizem essas variáveis;
• podem existir variáveis com nomes iguais, desde que em diretórios diferentes;
• o nome das variáveis não pode conter mais que 127 caracteres;
• nomes de variáveis podem conter letras e dígitos, mas não podem conter caracteres que
separam objetos (espaço, período, vírgula, @); nem delimitadores e nem funções
matemáticas;
• letras minúsculas e maiúsculas são diferenciadas pela HP 48, portanto uma variável chamada
de PMW é diferente de outra denominada Pmw, por exemplo;
• nomes de variáveis não podem começar com dígitos;
• nomes de variáveis não podem utilizar nomes de comandos (ex: COS, π);
• o nome PICT não pode ser utilizado para variáveis.

OBS: na linha de rótulos de menu, para diferenciar o que é um diretório e o que é uma variável,
basta observar aquele que contém uma barra horizontal em cima do nome. Os que contêm essa
barra são diretórios e ao digitar a tecla correspondente a esse diretório, novos menus serão
apresentados.

Um método rápido para criação de subdiretórios e variáveis também pode ser utilizado. Como
exemplo, será criado o subdiretório AGUA dentro do diretório HP48 e a variável MM (massa molar
da água) dentro desse novo diretório.

Passo Ação Tela

Estando dentro do diretório HP48 (veja endereço na


área de estado), clicar M $$ AGUA
1
!%J @@DIR@@ @CRDIR@ J. Este procedimento cria o
diretório AGUA, mostrando-o na tela.

Para criar a variável MM no diretório AGUA, primeiro


aciona-se esse diretório, clicando na tecla branca
2 correspondente. Notar o novo endereço do diretório na
área de estado e também que não existem variáveis na
linha de menus.

Para criar a variável MM pelo método rápido, digita-se


18 (valor da massa molar da água), ! para
3
entrar com esse valor e M $$ MM para dar
nome à variável.

Digita-se N para armazenar o valor 18 na variável


4 MM, que irá aparecer automaticamente na linha de
menus.

4.3 – Seleção, edição e recuperação de variáveis

Para selecionar uma variável no diretório atual, pressione ^J e utilize as teclas de cursor (
K e Q) para selecionar a variável desejada. Quando o diretório possui muitas variáveis, o
usuário poderá pressionar a tecla $ e uma letra qualquer do alfabeto, para que o cursor vá
diretamente até a primeira variável que começa com a letra digitada. O usuário também poderá

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 22

selecionar um grupo de variáveis, bastando para isso pressionar @/CHK (ou Y) para incluir a
variável no grupo que está sendo selecionado, repetindo os mesmos passos para incorporar mais
variáveis à seleção. Uma vez selecionada uma variável ou um grupo de variáveis, podem ser
realizadas diversas operações.
Para selecionar variáveis em um diretório diferente do que está na área de estado, proceder da
seguinte maneira: teclar ^Je em seguida pressionar @CHOOS@ para fazer com que apareça no
visor todos os diretórios e subdiretórios de HOME. Selecione o diretório ou subdiretório, conforme
explicado anteriormente.

Para editar uma variável uma variável pressione ^Je selecione a variável que se deseja
alterar. Pressionar @EDIT@ @EDIT@ e edite a variável usando o ambiente de edição. Pressione @OK@
@OK@ para terminar.

Exemplo: editar a variável MM criada, substituindo o valor 18 para 98 (massa molar do ácido
sulfúrico).

Passo Ação Tela

Estando no diretório HOME, tecle ^Jpara acessar a


1
tela de diretórios e variáveis de HOME

Utilize o menu @CHOOS para que apareçam os


2
subdiretórios e variáveis de HP48

Posicione o cursor em AGUA, que é o diretório que


3 contém a variável MM e clique em @OK@ para entrar
nesse diretório

Clicar @EDIT @EDIT e substituir o valor 18 por 98. Em


4 seguida clicar em @OK@ e @OK@ novamente. O valor da
variável MM agora será 98.

Para recuperar uma variável e alterar seu valor pode-se utilizar os seguintes passos:

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Passo Ação Tela

Recupera o valor da variável, pressionando a tecla


1
branca correspondente à variável

2 Recupera o nome da variável, digitando M @@MM@@


!

Muda o valor da variável novamente para 18, digitando


3
1 8 % @@MM@@ @@MM@@

Pode-se também não só alterar o valor da variável como também realizar operações
aritméticas com ele e armazenar o resultado na mesma variável. Isso pode ser feito através de
comandos que podem ser acionados pela seguinte seqüência de teclas: % J @ARITH@. Para
verificar as funções dos comandos que podem ser acionados nesse menu, consultar o manual da
calculadora.

4.4 – Cópia, transferência e eliminação de variáveis

Para apagar um diretório, podem-se utilizar duas vias:


1) Colocar o nome do diretório no nível 1 da pilha, pressionar % J @DIR@ @PGDIR@.
2) Pressionar ^J, selecionar o diretório desejado, pressionar L e teclar @PURG@.

OBS: para deletar variáveis, somente pode ser utilizada a segunda via descrita acima.

Para copiar variáveis seguir os passos abaixo:


1) Pressionar ^J.
2) Selecionar o variável ou variáveis que se deseja copiar.
3) Pressionar @COPY@

Escolhendo o diretório para o qual Diretório AGUA contendo a


Escolhendo a variável TC
ela será copiada variável TC após cópia

4) No campo COPY TO:, digitar um novo nome de variável ou de uma variável já existente (para
substituir seu conteúdo) ou um endereço de um diretório para armazenar a variável com um
mesmo nome só que em outro diretório. Para isso, usar o menu @CHOOS@ e teclar @OK@ @OK@.

Para mover uma variável:

1) Pressionar ^J.
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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 24

2) Selecionar o variável ou variáveis que se deseja mover.


3) Pressionar @MOVE@.
4) Entrar no campo de MOVE TO: com um dos seguintes itens: um novo nome de variável, uma
variável existente ou um diretório.
5) Pressionar @OK@.

Selecionando a variável MM para Escolhendo o diretório HP 48 para Diretório HP 48 agora contendo a


ser movida. mover a variável MM. variável TC que não está mais no
diretório anterior AGUA.

OBS: para sair de um subdiretório qualquer e ir diretamente para o diretório raiz HOME, basta
teclar ^M. Utilizando a seqüência % M, muda-se para o diretório que contém o subdiretório
atual, subindo um nível na escala. Veja os exemplos:

Para sair do subdiretório AGUA e ir para HP48, pode-se teclar Ou então se pode ir
%M diretamente para o diretório
HOME teclando-se ^M
Exercícios:
1) Criar o diretório HAC para armazenar variáveis (propriedades físico-químicas) do ácido
acético.
2) No diretório HAC criar as seguintes variáveis: ω (fator acêntrico), TC (temperatura crítica - K) e
PC (pressão crítica - bar), armazenando os valores 0,467; 719,7 e 77 respectivamente.
3) Criar um subdiretório em HAC, denominado CEQ, para armazenar futuramente equações que
calculem as constantes de uma equação de estado utilizando as grandezas físico-químicas do
diretório HAC.
4) Copiar nesse diretório recém-criado as variáveis contidas no diretório HAC.
5 – Editor de Equações

As calculadoras HP possuem um editor de equações, que é um aplicativo para introduzir e


revisar equações e expressões algébricas da forma mais familiar para o usuário, ou seja, do modo
como ele geralmente visualiza a impressão desses objetos ou da forma como ele escreveria. Por
exemplo, seja a expressão:
V2
δH = Q +
∫ PdV
V1

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na pilha operacional esta equação ficaria da seguinte forma

e no ambiente do aplicativo Equation Writer, o usuário veria

.
5.1 – Construindo equações

O aplicativo Equation Writer consiste de três modos diferentes, cada qual com um propósito
especial:

1. Modo de entrada: para entrar e editar equações.


2. Modo de rolagem: para visualizar equações extensas.
3. Modo de seleção: para editar expressões dentro de equações.

Para entrar no aplicativo Equation Writer, pressione % !((HP48) ou @ O (HP49 e


HP50G). Para sair do aplicativo, o usuário pode optar por colocar a equação digitada na pilha
operacional, pressionando ! ou então poderá descartar a atual equação e sair, pressionando
CANCEL (equivalente à tecla &).
Exemplos:

Expressão Seqüência de teclas Tela da calculadora

2
$XW5R+$XW2
5
x +x 5 =B 2+ x /5RR%0$BW
2+$XR!

5 ^S$XR$XW3R
∂x 3 R+^V3R$X+
∂x ∫
+ 3 x + 4 − cos(3x )dx 4R-
^T4R5RT3$
4
xRR$x!

4 ^U$IR1R4R$
∑ i + 1,8.10 2 kg
h
I+1.82Z2^
*K$K$GR$HR
i =1 !

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Qualquer expressão que for editada no aplicativo Equation Writer pode ser armazenada
numa variável dentro do corrente diretório, após sair do editor. Para tanto, basta armazenar a
expressão, criando uma variável de acordo com os seguintes passos: tecle ! para sair do
ambiente do editor, M para digitar o nome da variável, usando o teclado alfabético e em seguida
tecle N para armazenar a equação na variável criada.
O aplicativo Equation Writer também oferece várias opções para editar equações:
1. Edição com retrocesso (backspace): pressione P até que o erro seja apagado e depois
complete a expressão corretamente.
2. Edição de uma equação completa: se a equação termina numa subexpressão incompleta,
complete-a, pressionando % Y. Edite a equação na linha de comando. Pressione ! para
gravar as alterações (ou & para descartá-las) e retorne ao aplicativo Equation Writer.
3. Visualizar uma equação extensa: pressione %P para ativar o modo de rolagem e as teclas
de cursor para mover a janela de visualização. Pressione %P para retornar ao modo
anterior.

Exercícios:

Utilize o aplicativo Equation Writer para entrar com as seguintes equações na pilha
operacional:

 ∂V  2) P =
RT

a
(eq. de van der Waals)
1) V = Vo +  T (eq. Gay-Lussac)
 ∂T  V − b V2

3) b =
RTc
(cte. da Eq. 2) 27(RTc )2
4) a = (cte. da Eq. 2)
8Pc 64Pc

vf v2
nRT  ∂U 
5) W=
∫ V
dV 6) δU =
∫  dV
 ∂V 
vi v1
(variação de energia numa variação
(trabalho de expansão de um gás ideal) isotérmica de volume)

7) Cp = R (3,1916 + 0,9241.10 −3 T − 1,410.10 −7 T 2 ) (calor específico do monóxido de carbono)

6 – Editor de Matrizes

6.1 – O ambiente Matrix Writer

O ambiente do aplicativo Matrix Writer da HP permite ao usuário a entrada e manipulação de


matrizes (tanto unidimensionais – vetores, como bidimensionais). A tela desse ambiente mostra os
elementos da matriz em células individuais, dispostas em linhas e colunas, como mostra a figura
abaixo.
Colunas
Tamanho da matriz

Linhas

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da célula Cursor
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Para entrar numa matriz utilizando o aplicativo Matrix Writer, siga os passos:
1. Pressione ^!(HP48) ou ! o (HP49 e HP50G).
2. Tecle os números na primeira linha, e pressione ! após cada um.
3. Pressione Q para marcar o fim da primeira linha.
4. Tecle os números restantes da matriz, sempre pressionando ! após cada um deles. Note
que quando você entra com o último número de cada linha, o cursor automaticamente se
move para o começo da próxima linha.
5. Após ter entrado com todos os números na matriz, pressione ! novamente para introduzir
a matriz na pilha operacional.
4 − 5 6
Exemplo: entrar na calculadora com a seguinte matriz  
1 0 4 
2 7 − 8
Passo Ação Tela

1 Selecione o aplicativo Matrix Writer digitando ^!

Entre com os três elementos da primeira linha da


2 matriz, (células 1-1 a 1-3) digitando 4 ! 5 Y
!6!

Utilize Q para encerrar a primeira linha e entre com o


3 resto da matriz, digitando 1 ! 0 ! 4 !
2!7!8Y!

Digite ! novamente para entrar com a matriz na


4
pilha operacional

Na pilha operacional a matriz é mostrada na forma de número entre limitadores, representados


por colchetes. Um par de colchetes delimitam toda a matriz e pares adicionais de colchetes
delimitam cada linha da matriz. Vetores, também denominados matrizes de uma coluna,
aparecem na pilha como números dentro de um único nível de delimitadores (colchetes). Quando
os vetores forem matrizes de uma linha, eles irão aparecer na pilha delimitados por dois pares de
colchetes.
Para editar matrizes que já foram introduzidas na calculadora, proceda da seguinte forma:
1. dentro do ambiente do Matrix Writer pressione as teclas de movimento do cursor (P R K
Q) para mover o cursor;
2. utilize as operações do aplicativo listadas na tabela abaixo;
3. pressione ! para gravar as alterações ou pressione & para descartá-las e retornar à pilha
operacional.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 28

4 − 5 0 2
Exemplo de edição de matrizes: alterar a matriz anterior para 
1 0 0 3
2 7 0 9 

Passo Ação Tela

Se a matriz já tiver sido introduzida na pilha


operacional e estiver no primeiro nível da mesma,
1 tecle Q para voltar ao ambiente do Matrix Writer.
Caso contrário, certifique-se de colocar a matriz no
nível 1 da pilha e então aperte Q.

Primeira, será editada a última coluna, que contém


os números 6, 4 e –8 para substituí-los por 2, 4 e 9;
respectivamente. Utilizando as teclas do cursor,
2
coloque-o sobre o número que deve ser alterado e
introduza o novo número na linha de comando,
pressionando em seguida a tecla !

Tecle 2 ! para substituir o número 6 por 2.


Note que o cursor se posicionará na próxima linha,
3
primeira coluna, porque a operação GO→ está
ativada.

Leve o cursor sobre o algarismo 4 e ative a opção


GO↓ para que agora, após teclar ! o cursor vá
4 diretamente para a próxima linha, porém na mesma
coluna. Tecle 3 para editar a posição 2-3 da
matriz.

Agora a posição 2-3 da matriz já foi editada e o


5 cursor se encontra na posição 3-3 já pronta para
ser feita a última alteração.

Digite 9 e tecle ! para terminar a edição dos


6
números da matriz.

Para inserir uma coluna inteira com zeros, no caso,


a terceira coluna, posicione o cursor na posição 1-3,
tecle L para acessar mais opções do menu do
9 aplicativo e em seguida tecle @+COL@ para introduzir
uma coluna inteira com zeros e fazer com que a
terceira coluna se transforme na quarta coluna,
obtendo finalmente a matriz que se desejava.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 29

6.2 – Sistema de equações lineares

Um sistema linear de n x n é um conjunto de n (n ≥ 2) equações lineares e n incógnitas. Este


sistema linear pode ser colocado em sua forma matricial A.X = B. A HP usa essa representação
matricial para resolver sistemas de equações lineares de forma rápida e eficiente.

Sistema de equações lineares podem cair em três categorias:


1. Sistemas sobre-determinados: são aqueles que possuem mais equações lineares
independentes do que variáveis independentes. Não existe uma solução exata para esses
sistemas, de modo que a melhor solução é procurada, utilizando o método dos mínimos
quadrados.
2. Sistemas sub-determinados: são aqueles que possuem mais variáveis independentes do que
equações lineares independentes. Também não há solução para esses sistemas ou então há
um número infinito de soluções.
3. Sistemas determinados: são aqueles que possuem um número igual de equações e variáveis
independentes. Em geral, mas nem sempre, há uma única solução exata para esse sistema.
Um sistema de equações lineares pode ser transformado em forma matricial, do modo
demonstrado a seguir:

a11x1 + a12x2 + ... + a1nxn = b1 a11 a12 ... a1n x1 b1

a21x1 + a22x2 + ... + a2nxn = b2 a21 a22 ... a2n x2 b2


. =
... ... ... ... ... ... ... ... ...

an1x1 + an2x2 + ... + annxn = bn an1 an2 ... ann xn bn

Para calcular a melhor solução de um sistema de equações lineares, proceda de acordo


com os seguintes passos:
1. Pressione ^7 KK (HP48) ou @ 7 “ “ “ (HP49/50) e em seguida @OK@ para abrir
o ambiente de solução de equações lineares.
2. No campo onde está a letra A entre com a matriz dos coeficientes do sistema linear. Para isso,
tecle @EDIT@ no menu do visor ou então digite %* para entrar com os delimitadores de
matrizes (colchetes) e então digite os números correspondentes aos coeficientes. Optando
por usar a tecla @EDIT@ a HP48 automaticamente irá acionar o ambiente do aplicativo Matrix
Writer para que você possa entrar com os valores dos coeficientes.
3. No campo onde está a letra B entre com a matriz (ou vetor) das constantes (também por um
dos dois modos citados no item anterior).
4. Pressione @SOLVE@ para calcular a melhor solução para o sistema de equações lineares, que
será armazenada no campo das variáveis, X.

Para resolver sistemas sobre ou sub-determinados siga os procedimentos descritos no


manual da sua calculadora. Para resolver sistemas lineares exatamente determinados pode-se
entrar com o vetor das constantes na pilha operacional, utilizando os delimitadores, em seguida
entrar com a matriz quadrada dos coeficientes, ou seja, número de colunas (variáveis) deve ser
igual ao número de elementos do vetor. Pressione / e o resultado será apresentado na forma
de um vetor de mesmo tamanho do vetor das constantes.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 30

Exemplo: deseja-se preparar 500 kg uma solução de soda cáustica (NaOH) com uma
concentração de 32 % em massa a uma temperatura de 180 oC, utilizando-se para isso três outras
soluções que se encontram a temperaturas e concentrações diferentes, conforme a tabela abaixo.
Qual a massa de cada uma das soluções a ser utilizada para preparar a solução desejada? Nas
condições dadas, a solução final possui uma entalpia específica de 135 kJ/kg.

Concentração T Entalpia
Solução
(% em massa) (oC) (kJ/kg)
1 20 150 100

2 40 190 150

3 50 170 200

OBS: dados obtidos do diagrama entalpia-concentração para soluções de NaOH.

Utilizando-se as informações fornecidas, pode-se montar o seguinte sistema de equações:


Balanço de massa total: m1 + m2 + m3 = 500
Balanço de massa p/ NaOH: 0,2m1 + 0,4m2 + 0,5m3 = 160 (32 % de 500 kg)
Balanço de energia total: 100m1 + 150m2 + 200m3 = 67500 (500 kg x 135 kJ/kg)

Colocando esse sistema de equações na forma matricial, tem-se:

1 1 1  m1   500 
0,2 0,4 0,5  .m2 =  160 
    
100 150 200  m3  67500

Para resolver este sistema linear na HP 48, siga os passos abaixo:

Passo Ação Tela

Entrar no ambiente do aplicativo Solve linear system,


1
digitando ^7 Q Q Q e então pressione @@OK@@

No ambiente de resolução de sistemas lineares, com o


cursor no campo A: clique em @EDIT@ para abrir o
2
ambiente de edição de matrizes, ative a tecla @@GO@@ → e
entre com a matriz A dos coeficientes.

Digite 1) 1) 1!Q0 . 2 ) 0
3 .4)0.5!100)15
0 ) 2 0 0 !!

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 31

Entrar com a matriz B de constantes, digitando Q e


4 @EDIT@ @@GO@@↓ 5 0 0 ) 1 6 0 ) 6 7
5 0 0 !!

Agora leve o cursor para o campo X: e pressione


5
@SOLVE@ para achar os valores das variáveis

Para visualizar melhor a resposta, pressione @EDIT@ ou


então L @@OK@@ para inserir o vetor de resposta das
6 massas das soluções na pilha operacional. Conforme
se pode observar, a resposta seria misturar 250 kg da
solução 1, 150 kg da solução 2 e 100 kg da solução 3.

6.3 – Operações básicas com matrizes

Os procedimentos para a realização de algumas operações básicas com matrizes são


apresentados neste item. Para tal, será tomada a matriz mostrada no item 6.1, dada por:

 4 − 5 6
1 0 4 
 
2 7 − 8

Em todas as operações citadas a seguir, o primeiro passo consiste em colocar a matriz no


nível 1 da pilha operacional, para tanto, proceda com a seguinte seqüência de teclas:

Seqüência Tela

%*%*4)5Y)6R%*
1)0)4R%*2)7)8
Y!

Determinante de uma matriz quadrada:

Para obter o determinante da matriz, pressione G


@MATR@ @NORM@ L @DET@ (ou $ $ D E T
!).

Matriz transposta:

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 32

Para obter a matriz transposta, pressione G


@MATR@ @MAKE@ @TRN@ (ou $ $ trn!).

Matriz inversa:

Pressione X. Note que a inversa de uma matriz A


só existe se seu determinante for diferente de zero.

Multiplicação (ou divisão) de matriz por escalar:

Entre com o escalar (número real ou complexo) e


digite * ou /. Multiplicando a matriz por 5
obtém-se a seguinte tela.

Matriz oposta:

Pressione Y.

Para obter o produto de duas matrizes, entre com as mesmas nos níveis 1 e 2 da pilha
operacional e pressione * (note que o produto só será efetuado se o número de colunas da
primeira matriz for igual ao número de linhas da segunda matriz).

7 – Unidades

7.1 – O aplicativo UNITS

O aplicativo UNITS da HP 48 possui um catálogo de 147 unidades que o usuário pode


combinar com números reais para criar objetos. Com este aplicativo, o usuário poderá:
• converter unidades;
• fatorar unidades;
• realizar cálculo com unidades.

O aplicativo UNITS consiste de dois menus:


• o menu catálogos (^6), contendo as unidades organizadas por tipo. Este menu permite
criar objetos contendo unidades e convertê-los com relação a outras unidades no catálogo;
• o menu de comandos (%6), contendo comandos para converter unidades e gerenciar
objetos.

O aplicativo UNITS da HP 48 é baseado no Sistema Internacional de Unidades (SI) que


possui 7 unidades básicas específicas:

m (metro) kg (quilograma) s (segundo)

A (ampére) K (kelvin) Cd (candela) mol (moles)

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 33

A HP 48 também faz uso de duas outras unidades básicas que são o r (radiano) e sr
(esteroradiano). O menu de catálogos contém estas nove unidades básicas e 141 unidades
compostas, derivadas dessas unidades básicas.
Um objeto de unidade possui duas partes: um número real e a unidade (ou combinação de
unidades). Essas duas partes são ligadas pelo caractere “ _ “ que é acessado teclando-se ^*.
Por exemplo: 2_m (2 metros) e 45_l/h (45 litros por hora). Um objeto de unidade pode ser
colocado na pilha operacional, armazenado numa variável ou ser utilizado em expressões e
programas. A ordem de prioridade das operações num objeto de unidade é a seguinte:

1. ( ) (prioridade mais alta)


2. ^
3. * e /

Por exemplo, 25_m/s^2 são 25 metros por segundo ao quadrado e 25_(m/s)^2 são 25
metros quadrados por segundo ao quadrado.

7.2 – Menu de unidades

O menu de catálogo de unidades é composto por 3 páginas de teclas, apresentando


diferentes grandezas, que podem ser acessadas utilizando-se a tecla L. Cada tecla, quando
pressionada, permite acessar submenus que contêm as unidades relacionadas àquela grandeza.
A seguir são apresentadas as 3 telas (páginas de teclas) principais do menu de unidades, que
pode ser acessado digitando-se ^*.

comprimento volume velocidade força potência temperatura ângulo radiação

área tempo massa energia pressão eletricidade luz viscosidade

Um objeto de unidade pode ser criado no nível 1 da pilha operacional ou então na linha de
comando. Para o primeiro caso:
1. tecle a parte numérica do objeto de unidade;
2. pressione ^6 e selecione o menu de unidades apropriado;
3. pressione a tecla do menu para a unidade desejada (se desejar o inverso da unidade que o
menu apresenta, tecle ^ e a tecla do menu);
4. para unidades compostas repetir os passos 2 e 3 para cada unidade individual a ser
introduzida na expressão da unidade.
No segundo caso:
1. tecle o número;
2. tecle o caractere _ pressionando ^*, que ativa o modo de entrada algébrica;
3. tecle a expressão da unidade como você faria com uma expressão algébrica. Para teclar o
nome da unidade utilize o teclado alfabético e para unidades compostas, pressione * /
W e % /( [ = ( ) ] conforme requerido.

Exemplo: criar o objeto de unidade 4,18 J/(g.oC) correspondente ao calor específico da água pura,
(sem considerar a influência da temperatura) e armazenar este valor numa variável CPA. O objeto
de unidade será introduzido via linha de comando, já que é possui uma unidade composta que
não está disponível no menu de unidades.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 34

Passo Ação Tela

Entrar com a parte numérica teclando 4.18 e


1 em seguida teclar ^* separar a parte numérica da
unidade.

Digite $J/ para entrar com o numerador do objeto


2
de unidade.

Digite %/ para abrir o parêntesis do denominador


3 do objeto de unidade, para poder digitar g.oC e digite
$%g *, obtendo o primeiro termo.

Para entrar com o símbolo de graus Celsius, utilize o


menu de unidades, digitando ^ 6 L @TEMP@ @@C@ e
4
em seguida tecle ! para introduzir o objeto na pilha
operacional

Tecle M para abrir o delimitador de variáveis e digite


$ $ para travar o teclado e tecle C P A .
Digite $ para destravar o teclado e tecle N para
armazenar o calor específico da água na variável CPA.
5 Digite J para mostrar as variáveis do diretório atual e
veja que a variável recém-criada se encontra presente.
Agora esse valor com as unidades respectivas pode
ser recuperado sempre que desejado, digitando-se a
tecla branca correspondente à variável CPA.

7.3 – Conversão de unidades

A HP 48 possui basicamente três formas diferentes para a conversão de objetos de unidade,


que são:
• o menu de catálogos UNITS, que converte somente as unidades embutidas na HP;
• o comando CONVERT, que converte para qualquer unidade; e
• o comando UBASE, que converte uma unidade composta em suas unidades básicas
equivalentes do SI, fatorando-a.
A seguir são apresentados exemplos dessas três formas de conversão.

Menu de catálogos UNITS


Entre no nível 1 da pilha com o objeto de unidade com
suas unidades originais. Exemplo: 100 km/h. Digite 1
1 0 0 ^* $ $ % $ K M / H(note que
é importante entrar com as unidades em letras
minúsculas, pois a HP difere minúsculas de maiúsculas).

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 35

Pressione ^6 e selecione o tipo de menu que contém


2
a unidade desejada, no caso @SPEED@

Pressione % e a tecla de menu para a unidade


desejada. No caso, iremos converter 100 km/h para
3
cm/s. Na tela irá aparecer automaticamente a unidade já
convertida.

quando se tratar de uma unidade que já existe no menu


de unidades da HP, o usuário poderá optar por apenas
digitar o valor da grandeza, utilizando ^ 6para entrar
com a unidade desejada. No caso desse exemplo o
OBS: mesmo resultado poderia ser alcançado, com a seguinte
seqüência de teclas: 1 0 0 ^ 6 E D,
obtendo a tela mostrada à direita (kph = km/h). O passo
2 é eliminado, indo direto para o passo 3, obtendo a
conversão desejada.
Comando CONVERT
Entre no nível 1 da pilha operacional com o objeto de
unidade que você deseja converter com suas unidades
1 originais. No caso será feita a conversão de 30 m3/h para
l/min. Digite 3 0 ^ * $ % M W 3 / $
%h!

Entre com qualquer número, tal como 1, e coloque nesse


número as unidades para as quais você deseja converter
2
o número anterior (no caso 30 m3/h). Digite 1
^*$ %L/$$ % $ M I N !

Digite % 6 e a tecla correspondente ao menu @CONV@


para converter o valor do segundo nível da pilha
3
operacional para as unidades do valor do primeiro nível
da pilha.

Comando UBASE
Entre no nível 1 da pilha operacional com o objeto de
unidade com suas unidades originais que você deseja
1 converter para unidades do SI. No caso será feita a
conversão de 450 Btu/h. Digite 450 ^ * $B
$% T $ %U/$%H!

Digite %6 @UBASE@ para converter Btu/h em unidades


do SI. Note que no SI a unidade de energia é o joule (J),
2
que é definido como newton x metro = (kg).(m/s2).(m),
resultando então na unidade final = (kg.m2)/s3

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 36

Exercícios:

1) Converter o valor de uma aceleração de 15 cm/s2 para km/ano2.


2) Converter 23 lbm.ft/min2 para kg.cm/s2.
3) Converter 4,18 J/(g.oC) para cal/(g.oC), J/(lbm.oC), Btu/(lbm,oC), J/(g.oF).
4) Um fluido escoa em uma tubulação de 2,067 in de diâmetro (D), a uma velocidade 0,048 ft/s
(v), com uma viscosidade (µ) de 0,43 cP (centipoise) e esse fluido possui uma massa
específica (ρ) de 0,805 g/cm3. Calcule o número de Reynolds (Re = ρvD/µ) desse fluido,
utilizando a função UBASE para transformar todas as grandezas em unidades do SI.

8 – Funções Matemáticas

8.1 – Funções definidas pelo usuário

O usuário poderá adicionar suas próprias funções que irá se comportar como uma função
embutida da HP 48. O comando DEFINE permite a criação de uma função definida pelo usuário,
diretamente de uma equação. Este comando é bastante útil, especialmente quando se quer
calcular o valor numérico de uma função para diversos valores de uma dada variável, sem ter que
digitar a mesma seqüência de teclas toda vez que se deseja realizar o cálculo. A equação que
representa esta função pré-definida pelo usuário deve ter, necessariamente, a seguinte forma:

‘ nome (argumentos) = expressão ‘

Para criar uma função, proceda com os seguintes passos:


1. entre com uma equação que especifica o nome da função e seus argumentos no lado
esquerdo do sinal de igualdade e a expressão que define o cálculo, do lado direito. No lado
esquerdo, utilize vírgula para separar múltiplos argumentos;
2. pressione % N (comando define – tecla DEF).

Exemplos:

1) Cria a função DELTA que calcula o valor de ∆ para equações do segundo grau

Passo Ação Tela

Digite M para abrir o delimitador de expressões de


funções e em seguida digite o nome da função e os
1
seus argumentos, pressionando $ $ D E L
T A % / A % . B % . C$

Entre com o sinal de igualdade, pressionando % 0


e em seguida com a expressão do cálculo de delta
para as equações de segundo grau, digitando B
2
W 2 - 4 * A * Ce tecle ! para
colocar a expressão da função no nível 1 da pilha
operacional.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 37

Execute o comando DEFINE pressionando %


N(HP48) ou @ 2 (HP49/50). Note que agora a
3
função recém-criada aparece no menu de teclas do
visor da calculadora.

Calcule o ∆ da equação 2x2 – 5x + 8, entrando com


os valores dos coeficientes um em cada nível da
pilha ou com todos na linha de comando, utilizando
4
) para separá-los, seguindo a mesma ordem dos
argumentos contidos entre os parênteses da função.
Digite 2 ) 5 Y ) 8

Pressione @DELTA@ para acionar a função que foi


5
definida e obter diretamente a resposta no visor.

Exercícios:

1) Crie a função AVDW que calcula o parâmetro a da equação de estado de van der Waals, dada
27 ( RTc )2
pela seguinte equação: a= e teste com os valores das grandezas críticas do
64 Pc
álcool etílico, fornecidas no exemplo anterior.

2) Crie a função VCIL que calcula o volume de um cilindro de raio r e altura h.

3) Crie a função TITU que calcula o título de uma mistura (L + V)sat a partir de grandezas do
líquido e vapor saturados e da grandeza total da mistura.

4) Crie a função GRT que calcula uma grandeza termodinâmica qualquer, a partir dos valores do
título de uma mistura de ( L + V )sat e das grandezas do líquido e vapor saturados.

8.2 – Integração e derivação

8.2.1 – Integrais indefinidas

Integrais indefinidas são aquelas cujos limites de integração não foram definidos e
portanto, necessariamente, o resultado da integração é sempre simbólico, não havendo como
obter um valor numérico. Para encontrar a integral indefinida de uma função, pressione ^ 9 e
escolha o campo Integrate ... na tela do visor, posicionando o cursor sobre esse campo e
apertando a tecla @@OK@@ .

Exemplo: calcular a integral indefinida


∫ x 3 dx pela HP48.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 38

Passo Ação Tela

Entre no ambiente para teclar a expressão da integral,


1
digitando ^9 e pressionando @@OK@@

Agora a tela mostra o ambiente para edição da


expressão da integral. Comece a entrar diretamente
2
com a expressão da função, que irá ocupar a linha
onde está escrito ENTER EXPRESSION

Digite $ X W 3 !(expressão sem o sinal da


integral) $ X !(variável de integração - VAR) 0
! (limite inferior – LO) $ X ! (limite superior –
3
HI, que é a própria variável de integração). Certifique-se
que a variável da integração não existe como variável
no diretório atual.

Se o campo RESULT estiver apresentando a palavra


Symbolic pressione @OK@ para efetuar a integração e
4
retornar à pilha operacional, caso contrário, digite Y
até que essa palavra apareça no campo RESULT.

Para visualizar melhor o resultado da expressão da


integral, digite % ! para entrar no ambiente do
5
aplicativo Equation Writer e então resgate a equação
que está na pilha operacional pressionando ^ N.

8.2.2 – Integrais definidas

A integração numérica na HP 48 utiliza um procedimento numérico iterativo para obter o


resultado exato ou uma boa aproximação. Ao selecionar a integração numérica, o formato
standard – STD fornece uma maior precisão no cálculo de integrais. Após o cálculo da integração
a incerteza da integração é armazenada na variável IERR e pode ser acessada pelo usuário para
verificar o grau de precisão do cálculo realizado.
1
Exemplo: calcular a integral definida
∫ x dx
0
3

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 39

Passo Ação Tela

Entre no ambiente para teclar a expressão da integral,


1
digitando ^9 e pressionando @@OK@@

Agora a tela mostra o ambiente para edição da


expressão da integral. Comece a entrar diretamente
2
com a expressão da função, que irá ocupar a linha
onde está escrito ENTER EXPRESSION

Digite $ X W 3 !(expressão sem o sinal da


integral) $ X !(variável de integração - VAR) 0
3 ! (limite inferior – LO) 1 ! (limite superior – HI,
que é a própria variável de integração). Certifique-se
que a variável da integração não existe como variável
no diretório atual.

Se o campo RESULT estiver apresentando a palavra


Numeric pressione @OK@ para efetuar a integração e
retornar à pilha operacional, caso contrário, digite Y
4 até que essa palavra apareça no campo RESULT ou
então utilize o menu @CHOOS@ . Note que o formato do
resultado da integração está especificado no campo
NUMBER FORMAT

O resultado da integração é mostrado no nível 1 da


5
pilha operacional depois de realizada a operação.

Para calcular uma integral definida pela HP49/50, existe um procedimento bem prático, de
acordo com os seguintes passos:

1) Entre na pilha com o limite inferior;


2) Entre em seguida com o limite superior;
3) Entre com a função a ser integrada (‘x^3’);
4) Entre com a variável independente (‘x’);
5) Aperte as teclas ^ u.

8.2.3 – Derivada simbólica

Do mesmo modo como explicado para a integral indefinida, também a derivação simbólica de
uma função pode ser obtida por meio da sua HP 48. Uma expressão simbólica pode ser
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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 40

diferenciada passo-a-passo, de modo que o usuário possa acompanhar as substituições, ou então


pode ser feita de uma só vez, indo direto para o resultado final. Se a expressão contiver apenas
funções analíticas (aquelas para as quais a HP 48 fornece o inverso e a derivada) então se pode
obter um resultado explícito para a derivada.
Os passos para se obter a derivada de uma função são semelhantes aos descritos no item
anterior:
• pressione ^9 Q @@OK@@ para abrir o ambiente DIFFERENTIATE;
• entre com a função no campo EXPR: ;
• entre com a variável a ser diferenciada no campo VAR: ;
• pressione Y se necessário, para mudar o resultado para o tipo simbólico;
• pressione @@OK@@ para colocar a expressão da derivada da função no nível 1 da pilha.

Exemplo: derivar a função y = x3.

Passo Ação Tela

Entre no ambiente para teclar a expressão da derivada,


1
digitando ^9Q e pressionando @@OK@@

Agora a tela mostra o ambiente para edição da


expressão da derivada. Comece a entrar diretamente
2
com a expressão da função, que irá ocupar a linha
onde está escrito ENTER EXPRESSION

Digite $ X W 3 !(expressão a ser derivada)


$ X !(variável da derivação - VAR). Certifique-se
3
que a variável da integração não existe como variável
no diretório atual.

Se o campo RESULT estiver apresentando a palavra


Symbolic pressione @OK@ para efetuar a derivação e
4
retornar à pilha operacional, caso contrário, digite Y
até que essa palavra apareça no campo RESULT.

Para realizar a derivação passo-a-passo, pressione @STEP@ no menu do ambiente de


diferenciação. O primeiro passo da derivação será computado e retornado para a pilha
operacional. Pressione O repetidamente para avançar com a avaliação da derivada passo-a-
passo.

8.2.4 – Derivada numérica

Para realizar a derivada numérica de uma expressão, siga os mesmos passos do item anterior,
com a diferença que no campo RESULT deverá constar a palavra Numeric. Esse procedimento
abrirá o campo VALUE: no qual deverá ser digitado o valor para o qual se deseja computar a

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 41

derivada. Em seguida, pressione @@OK@@ para colocar o resultado no nível 1 da pilha operacional.
Veja como ficaria a derivada numérica do exemplo do item anterior no ponto x = 4.

Depois de mudar o campo RESULT: para


Numeric, aparece o campo VALUE: no qual foi
digitado o valor 4.

Pressionando @@OK@@ obtém-se o resultado da


derivada para x = 4.

Exercícios:

Calcule as integrais e derivadas (simbólicas ou numéricas, dependendo do caso) das


funções a seguir.

30

1)
∫ (x 2
)
+ 6 x − 8 dx 2)

20
( 33 ,46 + 0 ,688T + 0 ,7604T 2 − 3 ,593T 3 )dT

3) y = 45 x 2 − 90 x + 20 4) y = e x + ln( 5 x )

5) y = x 3 − 5 x derivada no ponto 6) y = ln 3 x − 6  derivada no ponto x = 4


x=2  x2 
9 – Raízes de Equações

9.1 – O aplicativo Solve Equation

Para resolver uma equação rapidamente, obtendo respostas numéricas, você normalmente
utiliza o seguinte procedimento:
• escreve a equação que deseja resolver;
• se possível, manipula a equação de modo a isolar a variável desconhecida (incógnita);
• substitui valores conhecidos para as demais variáveis;
• calcula o valor da incógnita.
Com o aplicativo SOLVE da HP 48 ou menu NUM.SLV (digitando @ 7 nas HP49/50)
você irá seguir um procedimento semelhante, exceto que você não precisa isolar a incógnita, o
que simplifica bastante o processo.

Para resolver uma equação com uma incógnita, siga os passos:


1. pressione ^7 @@OK@@;
2. entre ou escolha a equação que você deseja resolver;
3. entre com os valores de todas as demais variáveis presentes na equação;
4. você pode optar por entrar com uma estimativa inicial para a incógnita, o que poderá fazer
com que o processo de resolução da equação seja mais rápido ou então que não corra o risco
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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 42

de convergir para outra raiz, quando for o caso de haver várias soluções possíveis para a
equação;
5. mova o cursor para o campo da variável desconhecida e pressione @SOLVE@.

O aplicativo SOLVE pode ser utilizado para obter o valor numérico de uma variável em
uma equação, expressão ou programa. Uma equação é um objeto algébrico que contém o sinal
de igualdade (ex: ‘X+Y=Z’ ), nesse caso, a solução é um valor da variável desconhecida que faz
com que ambos os lados da igualdade tenham o mesmo valor numérico. Uma expressão é um
objeto algébrico que não contém o sinal de igualdade (ex: ‘X+Y+Z’ ) e a solução é uma raiz da
expressão para a qual a incógnita faz com que a expressão seja igual a zero. Um programa que
deve ser resolvido retorna como resposta uma número real, nesse caso, a solução é um valor
para a incógnita que faz com que o programa retorne zero.

Ao entrar no aplicativo SOLVE digitando ^7o usuário depara com o seguinte menu de
opções:

Por esta tela, o usuário tem a opção de escolher a resolução para achar a(s) raiz(es) de:
equações; equações diferenciais; polinômios, sistemas lineares e cálculos financeiros. Neste item
será analisada a resolução de equações e nos itens a seguir a resolução de polinômios e
sistemas lineares. A resolução de equações diferenciais e cálculos financeiros não será abordada
neste curso.
Para entrar com uma nova equação e achar sua raiz, utilize os passos a seguir:
• abra o aplicativo SOLVE e se o cursor estiver sobre o campo Solve equation... tecle
@@OK@@, para entrar no ambiente de resolução de equações;
• no campo EQ: pode haver ou não uma equação;
• com o cursor neste campo digite na linha de comando a equação, expressão ou programa
(com os delimitadores apropriados) e pressione ! ou então pressione % ! e então
digite a equação, expressão ou programa no ambiente do Equation Writer e então pressione
!.
Para selecionar uma equação já previamente criada de modo a achar sua raiz:
• abra o aplicativo SOLVE, se necessário, pressionando ^7;
• certifique-se que o cursor esteja no campo EQ: e então pressione @CHOOS@;
• utilize as setas do cursor para encontrar a variável desejada no diretório corrente. Caso ela
não esteja no diretório atual, pressione @CHOOS@ novamente, selecione então o diretório
apropriado e pressione @@OK@@. Então encontre a variável desejada e pressione @@OK@@ uma vez
mais para entrar com a variável no campo EQ:.

Exemplos:

1) Achar a raiz da equação da velocidade de um corpo (v = vo + at) editando essa equação no


ambiente do aplicativo SOLVE. Calcular o valor da aceleração a para um corpo que se
encontra a 50 m/s, com uma velocidade inicial de 15 m/s decorridos 40 s.

Passo Ação Tela

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 43

Entre no aplicativo SOLVE pressionando ^7 e


1
pressione @@OK@@

Digite a equação na linha de comando de acordo com a


2 seqüência de teclas: M $ V % 0 $ V 0
+$%A*$%T

Entre com a equação no campo EQ: pressionando


!. Automaticamente aparecerão campos
correspondentes às variáveis. Entre então com os
3
valores das variáveis conhecidas. Digite 5 0 !
1 5 ! R 4 0 !Q Q(para deixar o
cursor no campo da variável A: ) @SOLVE@

No campo A: irá aparecer o resultado obtido para a


4
incógnita desejada.

Teclando & o visor volta a apresentar a pilha


5 operacional com o nome da incógnita e seu valor
ocupando o nível 1 da pilha.

2) Neste exemplo, será utilizada uma equação que já se encontra previamente criada. Para
tanto, entre com a equação H = U + PV, que calcula a entalpia de uma substância e
armazena-a na variável ENTAL. Então, calcule o valor do volume específico para uma entalpia
de 2977 kJ/kg, uma pressão de 100 kPa e uma energia interna de 2736 kJ/kg.

Passo Ação Tela

Digite M $ H % 0 $ U + P * $ V
1
! M $$ EN T A L $

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 44

Agora a equação recém-criada aparece no menu do


2 diretório, com o nome ENTA, devido ao espaço não ter
sido suficiente para aparecer todo o nome da equação.

Entre no aplicativo SOLVE pressionando ^7 e


3 pressione @@OK@@. Note que agora o visor pode estar
apresentando a equação e as variáveis utilizadas na
última vez em que o aplicativo foi acionado.

Pressione @CHOOS@ para ter acesso às variáveis contidas


no diretório atual, que está sendo mostrado na linha
4 superior da janela que contém as variáveis. No caso, o
diretório atual é o { HOME }. Mova o cursor até a
equação desejada (se for o caso) e pressione @@OK@@.

Automaticamente aparecerão campos correspondentes


às variáveis. Entre então com os valores das variáveis
5 conhecidas. Digite 2 9 7 7 ! 2 7 3
6 ! 1 0 0 !(o cursor já irá parar na
variável que se deseja calcular V: ) @SOLVE@

No campo V: irá aparecer o resultado obtido para a


6
incógnita desejada.

Teclando & o visor volta a apresentar a pilha


7 operacional com o nome da incógnita e seu valor
ocupando o nível 1 da pilha.

9.2 – Raízes de polinômios

Para calcular todas as raízes de um polinômio cuja forma geral pode ser dada por:

a n x n + a n − 1 x n − 1 + ... + a 2 x 2 + a1 x + a0 = 0

o processo é bastante simples. Basta construir um vetor com os coeficientes do polinômio, em


ordem decrescente do grau da incógnita dentro do ambiente do SOLVE que calcula todas as
raízes de um polinômio.

Exemplo: achar as raízes do polinômio x3 – 5x + 18 = 0.


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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 45

Passo Ação Tela

Entre no aplicativo SOLVE pressionando ^7 e


1 pressione Q Q @@OK@@ para entrar no ambiente de
resolução de raízes de polinômios.

Se o campo COEFFICIENTS estiver acionado comece a


digitar os coeficientes do polinômio na linha de
comando (não se esquecendo de digitar os
2 delimitadores apropriados). Digite % * 1 ) 0
) 5 Y ) 18 ! (não esquecendo de
colocar 0 para o coeficiente do termo x2). Agora com o
campo ROOTS: acionado pressione @SOLVE@.

Uma matriz com as raízes do polinômio irá aparecer no


3 campo ROOTS: e uma cópia dessa matriz é enviada para
a pilha operacional.

Pressionando & retorna à pilha operacional, podendo


visualizar as raízes do polinômio. Para visualizar
4
melhor os resultados, digite % K e utilize os
comandos de rolagem da pilha operacional.

10 – Plotagem de Gráficos e Análise de Funções

10.1 – O aplicativo PLOT

O aplicativo PLOT permite desenhar gráficos de uma ou mais funções em vários formatos,
calcular raízes e outros parâmetros, plotar dados estatísticos e personalizar gráficos com
elementos adicionais. O menu PICTURE FCN (acionado pelas teclas % P @FCN@) permite a
análise do comportamento matemático de funções plotadas. É possível calcular valores de
funções, coeficiente angular, áreas sob curvas, raízes, extremos e outros pontos críticos e
interseções de duas curvas. É possível também plotar derivadas de funções plotadas.

Exemplo: plote o gráfico da função y = x3 - 2x2 – 5x + 6 e encontre todas as suas raízes reais
(pontos nos quais o gráfico toca o eixo x).

Passo Ação Tela

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Inicie o aplicativo PLOT digitando ^8 e escolha o


tipo de função, digitando K $ F Q, deixando o
1
cursor em posição de reinicializar os padrões de
plotagem.

Tecle @ Q ! para reinicializar os padrões. Em


seguida tecle % ! para abrir o ambiente do
2 Equation Writer a fim de digitar a equação desejada.
Pressione $ X W 3 Q - 2 $ X W 2 Q
- 5$X+6 !

Apague o conteúdo da tela gráfica (que poderia conter


alguma função já plotada anteriormente) e plote a
3
função correspondente à equação que você acabou de
entrar, pressionando @ERASE@ @DRAW@

Você pode verificar que existe apenas uma única raiz


real para esta equação (função). Faça um zoom no
4 eixo vertical para ver melhor o gráfico, digitando @ZOOM@
L @VZOUT@ (que é um dos 15 diferentes tipos de zoom
da sua HP 48).

Para encontrar a raiz da função, utilize as teclas de


cursor para posicioná-lo próximo à raiz desejada
5
(quando houver mais de uma) e pressione @FCN@ @ROOT@.
Na parte de baixo do visor aparecerá o valor da raiz.

Para encontrar uma outra raiz mova, por exemplo, o


6 cursor até a raiz mais à esquerda e pressione L
@ROOT@.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 47

Para encontrar a terceira raiz (mais à direita) mova


7 novamente o cursor e pressione uma vez mais L
@ROOT@.

Para encontrar a inclinação da reta tangente ao gráfico


da função num ponto qualquer, por exemplo, x = -2,
ative o modo TRACE pressionando L L @PICT@
8 @TRACE@ e use as teclas de cursor (P ou R) para
posicioná-lo no ponto x = -2 e y = 0. Para isso, ative o
modo que mostra as coordenadas do cursor,
pressionando @(X,Y)@.

Quando o valor da abscissa for igual a – 2 encontre a


9 inclinação da tangente nesse ponto pressionando L
@FCN@ @SLOPE@

Mova agora o cursor até o ponto x = 2 e plote a linha


tangente ao gráfico da função nesse ponto,
10 pressionando L L @PICT@ @(X,Y)@ R (se necessário) L
(para o menu reaparecer) e @FCN@ L @TANL@. Certifique-
se que a função TRACE continua acionada.

Para determinar o ponto de mínimo local, já próximo do


ponto atual do cursor, pressione L L @EXTR@, que
11
mostrará na parte inferior da tela o ponto de mínimo
local (2,12 ; 4,06).

Para determinar o ponto de máximo local, mova o


cursor para próximo desse ponto pressionando L e
12
as teclas do cursor e em seguida pressione @EXTR@
novamente.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 48

Para determinar os pontos de inflexão que são os


pontos críticos do gráfico da derivada primeira,
13 desenhe o gráfico da derivada da função e em seguida
encontre seu ponto crítico. Pressione L L @@F@@ @FCN@
@EXTR@.

Calcule agora os pontos de interseção entre os gráficos


14
da função e de sua derivada. Pressione L @ISECT@

Posicione o cursor próximo do outro ponto de


15 interseção e ache esse ponto, pressionando L, teclas
do cursor e novamente @ISECT@.

Exemplo: calcular a área sob o gráfico de f(x) = 1/x entre x = 2 e x = 0,5. Hachure a área e faça
um zoom na mesma.
Passo Ação Tela

Reinicialize todos os padrões do aplicativo PLOT e


construa o gráfico da função do exemplo, pressionando
1
^8K$FQ@Q!M1/$X
!

Pressione @ERASE@ @DRAW@ para apagar qualquer gráfico


2 já traçado previamente e para traçar o gráfico da
função atual (1/x).

Use o zoom decimal para forçar o escalonamento do


eixo horizontal para que cada pixel se iguale
3
exatamente a unidade de 0,1, pressionando @ZOOM@ L
L @ZDECI@ @(@X,Y@)@

Leve o cursor até o x = 0,5 e pressione * para


4
marcar a posição do cursor.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 49

Agora leve o cursor até x = 2 e pressione L @FCN@


@AREA@ para obter o valor da área sob a curva entre os
pontos x = 0,5 e x = 2. Note que o valor da área é
5 2


exatamente o valor de: 1
dx = ln 2 − ln 0 ,5 = 1,3863
x
0 ,5

6 Para hachurar a área calculada, pressione L @SHADE@

Agora para dar um zoom na área hachurada, mova o


cursor para um canto escolhido da região de interesse
7
e use o zoom retangular, clicando @ZOOM@ @BOXZ@
marcando a região com as teclas de cursor.

Agora clique em @ZOOM@ para ver a área de perto (note


8
que o hachurado desaparece).

Exercícios:

1) Construa o gráfico da função f(x) = x2 e determine o ponto mínimo dessa função.

2) Construa o gráfico da função f(x) = 2x2 – 3x e determine a equação da reta tangente no ponto
x = 2 e o ponto de mínimo dessa função.

3) Verifique a localização dos pontos de pico do gráfico da seguinte função: f(x) = x/(x2 – 3x + 2).

4) Ache a equação da reta tangente a y = 6/(x + 2) no ponto x = 1.

5) Calcular e hachurar a área sob a curva da função dada por y = x4/(7 + x5)1/3 entre x = 0 e x = 1.

6) Calcular e hachurar a área delimitada pela curva dada por y = x2 entre x = -2 e x = 3.

2 2
 1
7) Calcule o valor da integral
∫  x +  dx .
 x
1

11 – Probabilidade e Estatística

11.1 – O aplicativo STAT

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 50

Na calculadora HP 48 os dados podem ser armazenados na forma de dois objetos diferentes:


matrizes ou listas. Em geral, as listas são mais adequadas para análise estatística de uma variável
e matrizes para várias variáveis. Matrizes só podem conter dados numéricos, mas listas podem
conter qualquer tipo de dado.
O aplicativo STAT sempre utiliza dados na forma de matrizes, que ficam armazenados na
matriz estatística corrente, denominada ΣDAT. O aplicativo STAT é iniciado com a seqüência de
teclas ^ 5. Os submenus correspondentes podem ser acessados com % 5.
Para entrar com dados estatísticos na forma de lista, pressione % + para começar a lista e
digite cada dado seguido por ). Pressione ! após digitar o dado final. Essa lista poderá ser
armazenada numa variável que você pode criar, a fim de gravá-la para ser usada posteriormente.
A seguir serão dados alguns exemplos de utilização do aplicativo STATS.

Exemplo: um termopar com mostrador digital de temperatura foi utilizado para monitorar a
corrente de vapor de saída de uma caldeira, durante sua partida, realizando uma medida da
temperatura a cada hora, durante 5 horas. A tabela a seguir apresenta os resultados obtidos:

Amostra Temperatura (oC)


1 100
2 110
3 122
4 135
5 160

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 51

Menus do aplicativo
Estatísticas de variável simples

Freqüência de distribuição de dados

Tela inicial do aplicativo STAT

Ajuste de dados a modelos pré-definidos

Resumo estatístico

Determinar:
a) a média e o desvio padrão amostral dos valores x e y;
b) o modelo de regressão linear (calculando por extrapolação, y para x = 7);
c) o melhor modelo de regressão y = f(x) para este exemplo;
d) resumo estatístico (Σx, Σy, Σx2, Σy2).

Passo Ação Tela

Entrar com a matriz dos dados, apagando alguma


1 matriz anterior se for o caso. Digite ^5 ! ou
@@OK@@ e @ ! (se necessário)

Pressione @EDIT@ ative @@GO@@→ e entre com os dados,


2 pressionando 1 ) 1 0 0 ! Q 2 ) 1
10)3)122)4)13
5)5)160!

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 52

3 Tecle ! novamente para voltar ao menu anterior.

Para processar a coluna 1 da matriz ΣDAT e obter a


média e desvio padrão amostral dos valores de x digite
4 R 1 ! $ S R @@CHK@@ R @@CHK@@ @@OK@@ e
pressione % I @FMT@ 4 @@FIX@@ (para mudar o modo
numérico para fixo com quatro casas decimais).

Processar agora a coluna 2 da matriz e obter sua


5 média e desvio padrão. Pressione ^5 ! R 2
! R @CHK@ R @CHK@ @@OK@@

Para calcular o resumo das estatísticas pressione ^


6 5 K ! Q 1 ! 2 ! @CHK@ R @CHK@ R
@CHK@ R @CHK@ @@OK@@

Para fazer a regressão linear e estimar y para x = 7 é preciso ativar o menu de ajuste de dados,
pressionando ^5 QQ ! QQ @CHOOS@ . Este procedimento levará ao seguinte ambiente
do visor:

Neste visor o usuário poderá optar por 5 modelos diferentes para realizar a regressão dos
dados armazenados na matriz, conforme mostrado a seguir:

Nome do modelo Equação do modelo


Ajuste linear (linear fit) y = a + bx
Ajuste logarítmico (logarithmic fit) y = a + b.ln(x)
Ajuste exponencial (exponential fit) y = a.ebx
Ajuste polinomial (power fit) y = a.xb
Melhor ajuste (best fit) usa o modelo que melhor se ajusta aos dados

Prosseguindo então com a regressão, siga os passos abaixo:


Passo Ação Tela

Digite ! @PRED@ K 7 ! . Após essa seqüência


1 de teclas o cursor estará no campo Y: que é a variável
para a qual se pretende calcular o valor por
extrapolação, utilizando o modelo de regressão linear.

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 53

Pressione então @PRED@ para que o modelo faça a


2
predição do valor de y.

Para visualizar na pilha operacional a equação do


3 modelo juntamente com o seu coeficiente de correlação
e a covariância pressione & (cancel) @@OK@@.

Conforme observado na tela de sua HP 48, o coeficiente de correlação (símbolo r) foi de


0,9813, indicando que os dados se ajustam bem a uma reta, pois quanto mais próximo de 1,0
melhor será o ajuste. É possível porém verificar se o modelo linear escolhido é realmente aquele
que tem o maior coeficiente de correlação, ou seja, se é o que melhor ajusta (modela) os dados.
Para tal, basta digitar a seguinte seqüência de teclas: % 5 @+PAR@ @MODL@ @BESTF@, obtendo então:

que indica ser o modelo exponencial dado por y = 87,758.e0,1145 o que tem o maior coeficiente de
correlação, r = 0,9925, que pode ser verificado digitando-se % 5 @FIT@ @CORR@.
O aplicativo STATS também realiza cálculos de probabilidade e estatísticas de teste. No
primeiro caso, utilizando os comandos do menu PROB ( G L @PROB@ ) tem-se acesso aos menus
que calculam combinações, permutações, fatoriais e números aleatórios. Clicando-se em L tem-se
acesso aos menus de cálculos de probabilidades upper-tail de variáveis estatísticas de teste. Aqui
serão abordados apenas os comandos de probabilidade, ficando a cargo do usuário a leitura do
manual da calculadora para maiores informações sobre os comandos das estatísticas de teste. A
tabela a seguir apresenta os comandos de probabilidade e sua descrição, em seguida, apresenta-
se um exemplo.
Tecla Descrição
número de combinações de n elementos (no nível 2) tomados m (no
@@COMB@@ nível 1) por vez
número de permutações de n elementos (no nível 2) tomados m (no
@@PERM@@ nível 1) por vez
fatorial de um número inteiro positivo. Para números não-inteiros,
@@@@I@@@@ retorna Gama de x+1
retorna o próximo número real n (0 ≤ n ≤ 1) em uma seqüência
@RAND@ numérica pseudo-randômica. Cada número real se torna a origem do
próximo número randômico
toma o número real do nível 1 como uma origem do próximo número
@@RDZ@@ randômico

Exemplo: calcular a probabilidade de acertar a Mega Sena (6 dezenas em 60) com apenas 1
cartão. Digite a seguinte seqüência de teclas: @ (para limpar a tela) 6 0 ) 6 G L
@PROB@ @COMB@

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Introdução às Operações com Calculadoras HP49g+ e HP50g 54

ou seja, 1 em mais de 50 milhões ! Boa sorte !

Exercícios:

1) Amônia é comprimida em um dispositivo pistão-cilindro de um estado inicial de 30 oC e 500 kPa


até uma pressão final de 1400 kPa. Os dados abaixo foram obtidos durante esse processo de
compressão:
P (kPa) 500 653 802 945 1100 1248 1400
V (L) 1,25 1,08 0,96 0,84 0,72 0,60 0,50
Faça uma análise estatística completa desses dados, determinando médias, desvios-padrão,
resumo estatístico, ajuste de dados (utilizando todos os modelos disponíveis em sua HP e
determinando o melhor a ser utilizado) e também calcule qual seria o volume a 1000 kPa,
utilizando a correlação obtida no seu modelo.

2) A pressão de vapor (pressão de saturação) da água, foi medida para diversas temperaturas
diferentes, obtendo-se o seguinte conjunto de dados:
P (mmHg) 5 24 93 289 760
T (oC) 0 25 50 75 100
repita todo o procedimento de análise estatística, realizado no exercício anterior e calcule qual a
pressão de vapor a 80 oC utilizando a correlação obtida no seu modelo de ajuste. Compare o valor
calculado com o valor obtido em uma tabela de vapor, calculando o desvio entre esses dados.

12 – A Biblioteca de Equações

12.1 – O aplicativo Equation Library

A Biblioteca de Equações (Equation Library) de sua HP 48 é uma coleção de equações e comandos que
permitem ao usuário resolver problemas comuns de engenharia e ciências. Ela possui mais de 300 tipos de
equações, agrupadas em 15 tópicos técnicos que contêm mais de 100 títulos de problemas. Cada problema
contém uma ou mais equações que ajudam a resolver aquele tipo de problema. No manual do usuário da
HP 48 o Apêndice F apresenta uma tabela desses grupos e de suas equações. Para resolver um problema
utilizando a biblioteca de equações utilize os seguintes passos:
1. pressione ^3 para iniciar a biblioteca;
2. selecione a opção do sistema de unidades que você deseja trabalhar pressionando @@SI@@ ou @ENGL@ e em
seguida as teclas do menu @UNITS@;
3. escolha o campo que você deseja, utilizando K ou Q e depois pressione !;
4. selecione o título desejado;
5. para cada variável conhecida da equação digite o seu valor e pressione o menu correspondente.
Pressione L se necessário para acessar variáveis adicionais;
6. pressione @SOLV@ para iniciar a resolução do problema;
7. quando possível, forneça uma estimativa inicial da variável desconhecida (incógnita) pois isso poderá
acelerar o processo de resolução;
8. pressione % seguido da tecla de menu da variável para a qual você deseja resolver. Se você estiver
resolvendo um sistema de equações, você pode pressionar % @ALL@ para resolver as incógnitas
remanescentes, ou seja, as variáveis que ainda não foram previamente definidas.

Quando você aciona o menu a calculadora abandona o menu da Biblioteca de Equações e começa
a resolver a equação selecionada, fazendo o seguinte:
• a(s) equação(ões) são armazenadas numa variável apropriada: EQ quando for uma só equação e EQ e
Mpar para mais de uma equação (Mpar é um nome reservado).
• Cada variável é criada e a ela é atribuído o valor zero, a menos que ela já exista.

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• As unidades de cada variáveis são condicionadas ao sistema de unidade escolhido (SI ou Sistema
Inglês), a menos que a variável já exista e possua unidades consistentes especificadas pelo usuário.
• A resolução da equação é iniciada, utilizando o ambiente do aplicativo SOLVR (ver item 9.4).

Quando você seleciona um campo e um título na Biblioteca de Equações, você especifica um


conjunto de uma ou mais equações, a partir da(s) qual(is) você pode obter as seguintes informações:
• o formato da equação em si e o número de equações existentes para o campo selecionado;
• as variáveis utilizadas e suas unidades (as quais podem ser alteradas);
• uma figura do sistema físico em questão (para grande parte das equações existentes).

Para visualizar a biblioteca de constantes envolvendo grandezas físicas, números matemáticos, etc,
pressione % 3 @COLIB@ @CONLI@. O usuário poderá optar por visualizar a descrição do símbolo da constante
ou o seu valor, pressionando para isso o menu @VALUE@. Poderá também escolher as unidades dessas
constantes (SI ou sistema inglês) e poderá enviar para a pilha operacional qualquer uma dessas constantes,
conforme mostram as telas abaixo:

Tela com a definição das Tela com os valores numéricos Constante ocupando o nível 1 da
constantes das constantes pilha após teclar →@STACK@

Exemplo: para o escoamento de fluidos em dutos fechados, visualizar as equações que


calculam as variáveis envolvidas nesse escoamento e também as figuras que esquematizam as
variáveis envolvidas.
Passo Ação Tela
Entre na biblioteca de equações de sua HP 48
pressionando ^3 e em seguida pressione Q Q
para selecionar o campo relativo a fluidos. Verifique se
1
o sistema de unidades desejado está com a marca de
checagem e então tecle ! para entrar no ambiente
de equações de fluidos.

Pressione K para selecionar o campo de escoamento


2 em dutos fechados e então pressione ! para
acessar as equações dessa área.

A tela mostra agora a primeira de oito equações (1 OF


3 8 *) utilizadas em cálculos de escoamento de fluidos
em dutos fechados.

Para visualizar as variáveis que estão presentes


4
nessas equações, pressione @VARS@.

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Pressionando @PIC@ será mostrada na tela da calculadora


5 um esquema físico do assunto em questão, com suas
variáveis.

Pressionando @EQN@ ou @NXEQ@ o visor mostrará a forma


6
da equação no formato do ambiente Equation Writer.

Pressionando ! volta a mostrar a forma da equação


7
atual como um objeto algébrico.

Pressionando ! novamente ou então se utilizando


as teclas K ou Q, as próximas equações podem ser
8
visualizadas. Por exemplo, após teclar ! 6 vezes ou
pressionar K 2 vezes tem-se a tela ao lado.

Pressionando →@STK@ mostra a forma da equação


9
colocando na pilha operacional.

Bibliografia:

• FILHO, G. P.; “Guia Prático Calculadoras HP 48 G/G+/GX”, editoração eletrônica pelo próprio
autor, 2000.

• HEWLETT PACKARD; “HP 48G Series – User’s Guide”, 8a edição, 1994.

• PERRY & CHILTON; “Manual de Engenharia Química”, 5a edição, Guanabara Dois, 1984.

Prof. José Vicente Hallak d’Angelo – DESQ/FEQ/UNICAMP

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